APRESENTAÇÃO - Operação de migração para o novo data ... · produtivo da indústria...

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1 APRESENTAÇÃO O PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE - instituído pela Secretaria de Estado de Educação do Paraná, tem como objetivo principal , aprimorar o trabalho desenvolvido pelos educadores nas escolas públicas estaduais.Como projeto inovador de Formação Continuada, possibilita na sua organização , a intervenção direta na prática pedagógica dos estabelecimentos de ensino, além de proporcionar a parceria com as Instituições de Ensino Superior . Esta produção didático-pedagógica é pertinente ao objeto de estudo/problema, devidamente sistematizado no Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola. Realizado no primeiro período desta formação, na área de Pedagogia, este material deverá ser utilizado pelo professor PDE em situações específicas, planejadas, com o subsídio para o trabalho a ser desenvolvido junto aos alunos e/ou professores. Nesta perspectiva, irá auxiliar a compreensão da realidade objetiva, como também possibilitará transformá-la. Ao propor reflexões teóricas práticas referentes ao tema CONSELHO DE CLASSE, contribuirá também para que as condutas de seus constituintes sejam adequadas, direcionando a comunidade escolar a desempenhar seu papel social. O presente material foi organizado de forma a auxiliar neste trabalho, no qual constam as etapas que se seguem : Problematização: visa situar a realidade escolar, em seu cotidiano apontando para as necessidades de mudança na prática pedagógica . Introdução: Gestão Democrática: Neste texto, estaremos lendo um pouco sobre a Gestão Democrática , relacionando-a às práticas administrativas da instituição escolar , entendendo um pouco a sua história . Após esta etapa , este caderno temático será dividido em 5 fragmentos de texto para estudo do Conselho de Classe , nos quais constarão também ao seu final , uma sugestão de aprofundamento teórico e reflexões sobre nossa prática escolar :

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APRESENTAÇÃO

O PLANO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE - instituído

pela Secretaria de Estado de Educação do Paraná, tem como objetivo principal ,

aprimorar o trabalho desenvolvido pelos educadores nas escolas públicas

estaduais.Como projeto inovador de Formação Continuada, possibilita na sua

organização , a intervenção direta na prática pedagógica dos estabelecimentos de

ensino, além de proporcionar a parceria com as Instituições de Ensino Superior .

Esta produção didático-pedagógica é pertinente ao objeto de

estudo/problema, devidamente sistematizado no Projeto de Intervenção Pedagógica na

Escola. Realizado no primeiro período desta formação, na área de Pedagogia, este

material deverá ser utilizado pelo professor PDE em situações específicas, planejadas,

com o subsídio para o trabalho a ser desenvolvido junto aos alunos e/ou professores.

Nesta perspectiva, irá auxiliar a compreensão da realidade objetiva, como também

possibilitará transformá-la.

Ao propor reflexões teóricas práticas referentes ao tema CONSELHO DE

CLASSE, contribuirá também para que as condutas de seus constituintes sejam

adequadas, direcionando a comunidade escolar a desempenhar seu papel social.

O presente material foi organizado de forma a auxiliar neste trabalho, no qual

constam as etapas que se seguem :

Problematização: visa situar a realidade escolar, em seu cotidiano apontando para

as necessidades de mudança na prática pedagógica .

Introdução: Gestão Democrática: Neste texto, estaremos lendo um pouco sobre a

Gestão Democrática , relacionando-a às práticas administrativas da instituição

escolar , entendendo um pouco a sua história .

Após esta etapa , este caderno temático será dividido em 5 fragmentos

de texto para estudo do Conselho de Classe , nos quais constarão também ao seu

final , uma sugestão de aprofundamento teórico e reflexões sobre nossa prática

escolar :

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Fragmento de Texto I – Nesta leitura, iremos perceber a importância da

gestão democrática para a instituição, a prática e o funcionamento das

Instâncias Colegiadas no ambiente escolar .

Fragmento de Texto II - Conheceremos através deste estudo a origem do

Conselho de Classe no Brasil e sua fundamentação legal .

Fragmento de Texto lII - Nesta etapa de nosso estudo, iremos definir o

Conselho de Classe , suas finalidades no espaço escolar como

instância avaliativa do trabalho pedagógico .

Fragmento de texto IV - Aqui, analisaremos situações referentes às

práticas avaliativas na escola com enfoques diferenciados, a fim de

percebermos quais são as que realmente contribuem para um trabalho de

qualidade .

Fragmento de Texto V - Abordaremos nesta leitura, uma proposta de

Conselho de Classe Participativo e suas possibilidade práticas na

escola.

Artigo Final: Após a leitura dos fragmentos e reflexões propostas em cada

estudo, faremos a leitura de um texto com fundamentação teórica baseada

no Projeto a ser realizado na escola.

Reflexão Final: Será proposta a fim de direcionarmos o nosso trabalho

teoricamente. Sugestão de Trabalho Prático: Aqui teremos a oportunidade de elaborarmos

uma prática de Conselho de Classe, condizente com nossa realidade para atendermos

as necessidades de nossa comunidade escolar, oportunizando a sua participação nessa

Instância Colegiada .

Boa Leitura !

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PROBLEMATIZANDO . . .

Será que as afirmações que se seguem a

respeito dos Conselhos de Classe fazem

parte do cotidiano de sua escola?

“Não há referências comuns que sejam critérios de julgamento à luz do qual os professores avaliem a aprendizagem

as atitudes do aluno dentro e fora da sala de aula .”

“O Conselho de Classe se centra nas questões disciplinares e não nas de ensino - aprendizagem.”

“A avaliação que se faz é sobre uma parte e não sobre”.

todo o processo de ensino,pois não se analisam as práticas dos professores, e sim a dos alunos. “

“O aluno é objeto do trabalho e não sujeito da sua educação,

por isso é excluído do processo avaliativo.”

“A tomada de decisão fica prejudicada e, de modo geral a responsabilidade recai sobre o aluno.”

(Carrilho,2005 )

Pretendemos ousar fazendo algo diferente ?

Então, vamos em frente!

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O CONSELHO DE CLASSE É UMA IMPORTANTE

INSTÃNCIA COLEGIADA,

PELOS OBJETIVOS DE SEU TRABALHO.

COMO ESTÁ ACONTECENDO ESTE MOMENTO

EM SUA ESCOLA?

DE QUE FORMA A DINAMIZAÇÃO DO COLETIVO PELA

VIA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

DO PROCESSO DE ENSINO PODE CONTRIBUIR PARA

A QUALIDADE DO TRABALHO

ESCOLAR?

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A gestão democrática está em voga. Nunca, o termo foi tão usado, discutido e

comentado. Carrega em si, uma carga de significados e símbolos que precisam ser

compreendidos.

O propósito deste texto é transitar nos caminhos do conhecimento a respeito da

gestão democrática, e subsidiar uma reflexão mais profunda para que nossa prática se

torne mais consistente, e compreender cada um dos segmentos que obrigatoriamente

compartilha desta idéia.

Foi elaborado com o cuidado de fundamentar-se em autores que comungam com

a pedagogia histórico crítica.

Para compreender os caminhos da gestão democrática em educação, é

necessário voltarmos um pouquinho no tempo.

Você sabia que a gestão está na forma de conceber, gerir e administrar recursos

envolvidos na produção de um bem ou serviço? Não te parece tão empresarial?

Vejamos:

VOCÊ CONHECE A ORIGEM DO TERMO GESTÃO? O termo gestão aparece para designar funções técnicas, contábeis, financeiras,

comerciais, de segurança, administração e ainda conhecimentos de psicologia,

antropologia, estatística, mercadológica, ambiental etc.

Os termos gestão e administração confundiram-se ao longo do tempo, levando a

pensar que refletiam uma só prática, isto deve - se ao fato de ambas exercerem

influências sobre o indivíduo, para coordená-lo, orientá-lo e dirigi-lo.

O vocábulo gestão, que parece ser novo, tem sua origem do latim no Século XV,

conforme o Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa (1982), onde

podemos constatar:

Do lat. genere, por gerere // dirigir, Séc. XV. Digesto. Sm. ‘coleção justiniana das decisões dos jurisconsultos romanos’, 1813. Do lat. cient. Digestórius, gerência, gerente, 1881.

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Do lat. gerens-entis, com possível influência francesa: gesta, Séc.XVIII.

Após várias transformações no vocábulo, surge a palavra “gestão”, em 1858 e

gerência/ gerente, em 1881.

Robert L. Trewatha (1979) relata os primeiros estudos sobre administração na Grécia

Antiga por Platão e Sócrates, em que Sócrates escreve sobre defesa da universalidade

dos princípios administrativos e leva-se a pensar que daí teria ocorrido a associação

entre administração e o bem público, visto que esses filósofos davam enfoque às

instituições estatais, isto por não haverem outras para servirem como objeto de seus

estudos.

Porém, a administração não subsiste em si só, mas é necessário que haja funções

corporativas para existir e do objeto para agir.

Por outro lado, a gestão não é cargo, mas as funções inerentes ao cargo

(administração, comercial, contabilidade, finanças e técnicas). Portanto percebe-se aí

um equívoco na colocação dos termos e o correto seria, por exemplo, gestão da

produção e administração na produção e assim compreender que a gestão incorporada

da administração constituiria o conjunto ideal para o seu desempenho.

O fator histórico pode ter sido relevante para a diferenciação dos termos, visto que

M. Gilbert Frost relata o surgimento da gestão quando da transição do sistema familiar

de produção para o sistema doméstico de produção. Já Drucker (1975), coloca como

origem do termo “Management”, o fim do século XIX e início do século XX.

Muitas das idéias muitas idéias que concordam com a semelhança entre gestão e

administração são compartilhadas por Fayol (1960), Barnard(1971), Tead (1972),

Drucker (1975), Koontz (1978), Trewatha (1979) e Taylor (1990), além de Sócrates e

Platão, ainda na Grécia Antiga, entre outros, em tempos atuais.

Refere-se ao processo que vai determinar e orientar a trajetória de uma

empresa buscando alcançar objetivos por elas determinados.

Como se pode observar, a questão da “gestão” não é uma criação do

contexto educacional, e sim da empresa que foi adaptado para a escola, considerando

que esta é uma organização responsável por uma determinada prática social. No geral,

a gestão hoje, refere-se ao processo, caminho traçado por uma empresa para a

realização de seus objetivos, dentro de um conjunto de análises, decisões,

comunicação, liderança, motivação, avaliação, controle, e outras atividades que são

próprias da administração. (ANSOFF, 1977) Portanto, “ao se falar em gestão, está se

falando na própria administração do negócio”. (GARAY, p.101)

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No processo administrativo busca-se planejar, organizar, dirigir e controlar

os recursos da empresa, a fim de atingir os objetivos desejados, buscando o aumento

de produtividade, mas, principalmente a reprodução das relações de poder, das

relações entre capital e trabalho. A administração tem sua origem na gerência.

Esse processo não visa apenas o aumento da produtividade, mas, principalmente

a reprodução das relações de poder das relações entre capital e trabalho.

Capital Trabalho

Poder

Metas...

Planejar...

Dirigir...

Controlar

recursos...

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A administração científica tem seus principais representantes em:

O Taylorismo é uma teoria criada pelo engenheiro Americano Frederick W.

Taylor (1856-1915) que a desenvolveu a partir da observação dos trabalhadores nas indústrias.

O engenheiro constatou que os trabalhadores deveriam ser organizados de forma hierarquizada e

sistematizada, ou seja, cada trabalhador desenvolveria uma atividade específica no sistema

produtivo da indústria (especialização do trabalho). No taylorismo, o trabalhador é monitorado

segundo o tempo de produção, cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor tempo possível,

sendo premiados aqueles que se sobressaem, isso provoca a exploração do proletário que tem que

se “desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.

http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm

Dando prosseguimento à teoria de Taylor, Henry Ford (1863-1947), dono de

uma indústria automobilística (pioneiro), desenvolveu seu procedimento industrial baseado na

linha de montagem para gerar uma grande produção que deveria ser consumida em massa. Os

países desenvolvidos aderiram totalmente, ou parcialmente, a esse método produtivo industrial,

que foi extremamente importante para consolidação da supremacia norte-americana no século

XX. Os países subdesenvolvidos não se adequaram ao fordismo no sistema produtivo, pois a sua

população não teve acesso ao consumo dos produtos gerados pela indústria de produção em

massa.

A essência do fordismo é baseada na produção em massa, mas para isso é preciso que haja

consumo em massa, outra ideologia particular é quanto aos trabalhadores que deveriam ganhar

bem para consumir mais. http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm

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No decorrer da década de 80, sob a forma democratizante, buscou-se articular

estado, democracia e políticas educacionais movidas pelas novas perspectivas dos

movimentos sociais pós período ditadura militar. Nesta época nas escolas foram

reativados os grêmios estudantis livres, o conselho escolar, e até mesmo, as eleições de

diretores em alguns estados. Porém, os governos populares eleitos não permitiram a

ampliação da perspectiva democrática. Nas escolas então, as instâncias implantadas

como forma participativa passaram a assumir um caráter meramente burocrático e

tinham como fundamento o controle social. Tal perspectiva foi rompida nos anos de

1990 passando a ter uma “democratização” mercadológica.

É fundamental para o desempenho de atividade de gestão, a compreensão

acerca do processo pedagógico. O modelo de gestão a partir de 1995 distancia o gestor

do pedagógico. Transforma-o num gestor de recursos humanos que executa apenas

tarefas pré-estabelecidas. Sendo que a atividade-fim, deve ser a aprendizagem em uma

instituição escolar, e a administrativa deve constituir-se em atividade-meio, para atingir

essa atividade-fim, que é a aprendizagem (PARO, 1997).

É nesta perspectiva que este caderno temático se orientará, buscando por meio

de discussões relacionadas a gestão escolar, recuperar o sentido maior desta, que é

garantir que a educação atinja suas finalidades.

As mesmas palavras utilizadas num mesmo contexto são vistas analisadas

e utilizadas de forma diferente, pela vertente neoliberal e pela vertente democrática.

Veja isso!

Gestão Democrática

Vinculado ao conceito de “cidadania controlada” participação instrumental

e competitividade individual.

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Democracia na concepção neoliberal

“preza-se no individualismo que se fundamenta no

princípio da liberdade e no qual a igualdade de

oportunidade está vinculada “segundo a capacidade de cada indivíduo e não aa

igualdade real na sociedade” (Vieira, 1992, p. 72)

Qualidade

“Para o neoliberalismo é vista numa ótica e como

única pragmática, gerencial e administrativa”

(Silva, 1996, p. 170)

Democracia social A concretização de uma

sociedade democrática ocorre onde os indivíduos participam

do controle de decisões, “havendo, portanto real participação deles no

rendimento da produção” (Vieira, 1992, p.13)

Qualidade

Vinculada ao combate à desigualdade como

instrumento de análise da vida política.

(Bosco, 2004 , p.21)

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PARTICIPAÇÃO ...

DESCENTRALIZAÇÃO ...

AUTONOMIA ...

ÓTICA DEMOCRÁTICA SOCIAL

A possibilidade de a comunidade escolar identificar os problemas pertinentes à escola, apresentar alternativas e solucioná-los e administrar recursos financeiros e materiais consoantes com tais alternativas.

ÓTICA NEOLIBERAL O ÓTICA NEOLIBERAL

Transferência da responsabilidade de manutenção da escola para a comunidade.

Diminuição do papel do estado frente ao público, privilegiando o pri- vado. “ Quem quer autonomia, tem o dever de manter e

subsidiar o órgão autônomo

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A democratização da escola vai além da participação da comunidade,

professores e funcionários na escolha de seu dirigente. Ela deve

articular com outros mecanismos de participação,

tais como a construção do Projeto Político Pedagógico, a consolidação

dos conselhos escolares e grêmios estudantis, a luta pela progressiva

autonomia da escola, a discussão sobre novas formas

de organização do trabalho na escola entre outros aspectos.

Para isso, é imprescindível o conhecimento das Leis de Diretrizes

e Bases e leis que regulamentam os sistemas educacionais,

para o efetivo exercício da cidadania e democracia.

Dourado, L. F. (1998) “A gestão democrática e a construção de processos coletivos de participação e decisão na escola”. In AGUIAR, M.A. (org.) Para onde vão a orientação e a supervisão Educacional.

Campinas, 2002, p.159.

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REFERÊNCIAS ALLEN, L. A. Administração profissional: novos conceitos e métodos provados. São Paulo: Mac Graw-Hill, 1974. AMARU, A. C. M. Introdução à Administração. 7. ed., SP: Atlas, 2007. BARNARD, C. I. As Funções do Executivo. São Paulo: Atlas, 1971. CUNHA, A. G. Dicionário Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2ª. Ed.,Nova Fronteira, 1982. DIAS, E. P. Conceitos de Gestão e Administração: Uma Revisão Crítica. Revista Eletrônica de Administração, Facef, vol. 01, julho-dezembro 2002. DOURADO, L. F. (1998) “A gestão democrática e a construção de processos coletivos de participação e decisão na escola”. In AGUIAR, M.A. (org.) Para onde vão a orientação e a supervisão Educacional. Campinas, 2002, p.159. DRUCKER, P. F. Administração, tarefas, responsabilidades, práticas. São Paulo: Pioneira, 1975. FAYOL, H. Administração Industrial e Geral. 4ª. Ed. São Paulo: Atlas, 1960. FERREIRA, A. A. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias, evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo:Pioneira, 1997. FROST, G. M. Aprenda Sozinho Administração.Traduzido do original Teach Yorself Management. 2. ed. São Paulo: Pioneira,1973. http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo-fordismo.htm - acesso em 05/10/2008 http://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taylorismo - acesso em 05/10/2008TREWATHA, R. L. Administração: funções e Comportamento. São Paulo: Saraiva, 1979.

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FRAGMENTO I

DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação.Perspectivas na Gestão Pedagógica da Escola _Campinas,SP.Papirus,2004Coleção Magistério:Formação e Trabalho Pedagógico. A escola se constrói na sua relação com a sociedade, sendo um reflexo das

necessidades socioculturais de cada época [...] Esse processo não se faz de um dia

para, exigindo dos sujeitos a reflexão crítica das práticas já sedimentadas e a

construção de novas, gradativamente, incorporando as alterações necessárias para

novos tempos. [...]

[...] mais do que nunca, são exigidas dos sujeitos uma participação intensa e

efetiva, transparência em seus posicionamentos e a explicitação dos objetivos das suas

decisões [...]

[...] Nesse contexto, os educadores de uma escola precisam ter clareza e

discernimento para garantir a elaboração dos objetivos comuns a serem alcançados. O

diretor, o coordenador ou o supervisor pedagógico, o orientador educacional e também

o professor, no papel de coordenador, devem saber se organizar para explicitarem as

diferenças entre as posturas, clarearem em conflitos e articularem as ações de modo

que não se perca de vista a riqueza das divergências e da diferença para proposição de

projetos originais e concretos .torna-se assim ,necessária a organização de espaços

coletivos de reflexão e análise contínuas das práticas pedagógicas,sociais e

escolares,para que todos os educadores-gestores e professores -participem de maneira

democrática e construtiva.

Na gestão democrática todos serão chamados a pensar, avaliar e agir

coletivamente diante das necessidades apontadas elas relações educativas,

percorrendo um caminho que se estrutura com base no diagnóstico das dificuldades e

necessidades e do conhecimento das possibilidades do contexto. Nesse trajeto a equipe

de profissionais vai traçando os objetivos que nortearão a construção cotidiana das

ações cotidianas de seu trabalho. Essa travessia permite a cada escola a construção

coletiva de sua identidade. [...]

[...] Nesse contexto, instâncias de decisão coletivas , que fazem parte da estrutura

de funcionamento da escola –os colegiados, os Conselhos de Classe,as assembléias de

pais e mestres e as reuniões pedagógicas de professores ou de pais

são fundamentais [...]

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REFLETINDO PARA AGIR .... Dependendo do tipo de relação pedagógica estabelecida entre os sujeitos e sua prática ,assim como do conhecimento que se produz nessa relação,os rumos da instância “Conselho de Classe”seguirão os caminhos da construção crítica e democrática da escola ou, ao contrário,permanecerão reproduzindo uma cultura escolar apegada ao autoritarismo,à seletividade e à exclusão social. ( Dalben, 2008)

Quais os posicionamentos que estamos perpetuando

Através de nossa prática profissional diária? O que almejamos com essa prática ?

Assista aos DVDS Salto Para o Futuro

( Coleção II) Título : Gestão da Escola –parte I

e II

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O OBJETIVO DESTA LEITURA É CONHECERMOS MELHOR COMO

SE DEU A INSTITUIÇÃO

DO CONSELHO DE CLASSE NO ESPAÇO

ESCOLAR, RETOMANDO O SEU

CARÁTER HISTÓRICO E CONCEITUAL !

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FRAGMENTO II

DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro de Freitas.Conselhos de Classe e Avaliação.Perspectivas na Gestão Pedagógica da Escola _Campinas,SP.Papirus,2004Coleção Magistério:Formação e Trabalho Pedagógico.

[...] O Conselho de Classe como instância na organização do trabalho escolar,

tem uma razão de ser que deve ser analisada à luz de suas origens. Tem-se como

pressuposto, que houve um processo histórico do qual resultou o tipo de resolução

atual, com base no quais os elementos dessa organização, têm-se articulado [...] assim,

dois eixos de análise sobre o Conselho de Classe sugerem caminhos: o primeiro,

relaciona-se ao seu caráter de instância coletiva,procurando-se assim,um corpo de

idéias que apontaria para a valorização de organizações dessa natureza, e o segundo

relaciona-se á sua institucionalização formal no trabalho escolar ,levando-o a integrar os

órgãos componentes da escola [...]

[...] essa instância tem suas origens na França por volta de 1945, surgindo pela

necessidade de seu trabalho interdisciplinar com classes experimentais [...]

[...] a experiência francesa foi vivida por dez educadores brasileiros estagiários em

Sévis em 1958: entre eles Laís Esteves Lafrield e Myrtes de Luca Wenzel ,que

trouxeram a idéia ao Brasil,sendo o rio de janeiro o estado primeiro de sua implantação,

a qual se deu no Colégio de Aplicação da universidade do rio de Janeiro (CAP).

Acredita-se que a importação de idéias trazidas pelo Conselho de Classe francês,

só ocorreu porque já teria havido um sucesso de desenvolvimento de um ideário

pedagógico que estaria impregnando o meio educacional com a percepção de suas

potencialidades [...]

[...] Na busca de uma legislação específica que dirigisse o funcionamento dos

conselhos de classe, em Minas Gerais, verificou-se que sua expansão formal começou

a partir da Lei 5692/71. Essa Lei surge para dirigir o sistema escolar por meio de um

processo político pautado no autoritarismo, sem a participação dos setores

representativos da nacionalidade. Ela la vem definir uma nova estrutura para o sistema

educacional. [...]

[...] um de seus propósitos fundamentais é a transformação do estudante em

indivíduo treinável: instrumentalizado nos valores do capital, na competição e

naracionalidade deste [...] a implantação do Conselho de classe não se deu claramente

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por meio dessa nova Lei, mas ocorreu indiretamente, por meio de orientações vindas

do modelo de escola proposto por Preman, que apresentava-o como órgão constituinte

da escola [...]

[...] os Conselhos Estaduais de Educação com base em pedidos de

esclarecimento sobre o referido, produziram pareceres e resoluções orientadoras que de

certa forma encaminharam as discussões para a formalização das instâncias de

avaliação coletiva, do tipo do Conselho de Classe [...]

[...] a prática dos Conselhos de classe, ficou presa a simples legitimação dos

resultados já apresentados pelos professores. A ruptura da visão tradicional do

ensino,que segregava os segmentos sociais ,iniciou com a Lei Federal 9394/96. todo o

conceito acerca dessa Lei educacional e suas organizações foi revisto,com base nos

princípios democráticos para nortear o desenvolvimento desse documento.Faz-se

flexível para atender a realidade da comunidade no que se refere aos interesses

coletivos para a melhoria do ensino,condizente com a sociedade que entendemos

como social-democrata.

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Colsulte e leia : a LDBN n º 9394/96

Art. 24. inciso V ( Brasil 1996 ) que trata da Avaliação e do Conselho de Classe;

a Deliberaão nº 07/99- CEE ( Cobselho Estadual de Educação )

REFLETINDO PARA AGIR .... A atual legislação educacional ,por si só , garante que a organização do

Conselho de Classe aconteça de forma a legitimar o espaços de

participação de sua escola? Por quê?Quais os conhecimentos necessários

à nossa prática, além da fundamentação legal?

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A SEGUIR, CONCEITUAREMOS

O CONSELHO DE CLASSE NA INSTITUIÇÃO

ESCOLAR E CONHECEREMOS SUAS

FINALIDADES NUMA

CONCEPÇÃO PARTICIPATIVA,

BEM COMO SUAS FORMAS DE

ORGANIZAÇÃO COMO

INSTÂNCIA COLETIVA!

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FRAGMENTO III

CARRILHO, Carlos Henrique. Conselho de Classe Participativo: espaço diagnóstico da prática educativa escolar. Brasília, AEC do Brasil & São Paulo, Edições Loyola, 2005. (Coleção Fazer e Transformar, v 7 ). Repensando o Conselho de Classe O nome e o sentido do Conselho de Classe [...] O dicionário do Aurélio registra como última acepção de conselho: Reunião de

professores, presidida pelo reitor ou diretor da universidade ou escola onde lecionam,

para tratar de assuntos de ensino ou de ordem. A prática das escolas reduziu o

conselho de classe a uma reunião em que apresentam as notas/conceitos que os

alunos obtiveram durante o período e se discute a questão de disciplina das turmas .

Há uma significativa precedência das questões disciplinares sobre as da

aprendizagem que, quando aparecem,o fazem como apêndices de questões

disciplinares em expressões parecidas com “O aluno X na prova consegue se sair bem,

mas conversa muito, e por isso vai ficar com R (regular )”.

Em poucos lugares se discutem as questões do ensino - aprendizagem do aluno e

a pertinência dessas dimensões como Projeto Político Pedagógico da escola.

Essa inadequação da prática ao que se propõe ser, nos faz questionar se o nome

Conselho de classe é pertinente.Primeiro porque só se reúnem professores e não a

classe, a turma que é avaliada . Em segundo lugar, porque pela prática observada nas

escolas, o conselho de classe tem sido mais conselho disciplinar do que Conselho de

Avaliação diagnóstica. Aliás de avaliação ele tem muito pouco, pois avaliação é um juízo

de valor que se faz de uma determinada realidade,à luz de um referencial,para

promover mudanças na realidade analisada [...]

[...] Democraticamente orientado, o Conselho de classe pode reforçar e valorizar as

experiências praticadas pelos professores, incentivar a ousadia para mudar seu

instrumento de transformação da cultura escolar sobre avaliação. É o momento e o

espaço de avaliação diagnóstica da ação educativa da escola, feita pelos professores e

pelos alunos, à luz do Projeto Político Pedagógico.

Essa avaliação realizada de forma participativa, como construção conjunta, cumpre

a função de ajudar na formação da subjetividade e criticidade do professor e do

aluno.como processo auxiliar de aprendizagem, o Conselho deve refletir a ação

pedagógica - educativa e não apenas ater-se a notas ,conceitos ou problemas de

22

determinados alunos.

O Conselho de classe verifica se os objetivos, processos, conteúdos e relações

estão coerentes com o referencial de trabalho pedagógico da escola. Sob esse ponto de

vista, ele é uma forma de avaliação, de controle da realização da proposta pedagógica

(Perrenoud,1998).

A avaliação do Conselho de Classe é uma ação pedagógica histórica, isto

é,inserida dentro do processo de vida da escola,intencionalmente executada e com um

fim claro.É ainda um espaço de reflexão pedagógica em que professor e aluno se

situam conscientemente no processo que juntos desenvolveram.Não é apenas um

espaço burocrático de” entrega de notas dos alunos à coordenação”. Para isso, não há

necessidade do Conselho de Classe. [...]

[...] deve ter e vista o que se vai fazer os fins que se pretendem e não apenas a

revisão e o debate do que já foi feito [...]

[...] A Dimensão do processo de avaliação supõe que os conselhos estejam

relacionados uns com os outros e provoquem ações concretas que possam interferir na

prática educativa. Essa inter-relação não se reduz a conhecer a nota que o aluno tirou

no bimestre anterior, nem ao relato do que fez de errado. È necessário que um conselho

esteja estruturalmente relacionado com o anterior para que fique configurada a

dimensão de processo orgânico de educação.

[...] Além disso, o Conselho de Classe ajuda à que:

a equipe se conheça melhor como equipe para agir como tal;

avalie sua ação como equipe que interage com os alunos da série ou da turma;

descubram meios mais eficientes e eficazes para que os alunos cresçam como

pessoas e como estudantes,pessoal e coletivamente.

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Leia o texto : Os Conselhos de Classe e

o Cotidiano do Trabalho Escolar

( p41 á 54) DALBEN, Ângela Imaculada Loureiro

de Freitas. Conselhos de Classe e Avaliação.Perspectivas na Gestão

Pedagógica da Escola _Campinas,SP.Papirus,2004Coleção

Magistério:Formação e Trabalho Pedagógico.

REFLETINDO PARA AGIR ....

As diferentes concepções sobre o Conselho de classe estão baseadas em

nossas experiências, em como avaliamos e para que estamos avaliando

no processo de ensino aprendizagem.Temos utilizado este espaço na

escola submetendo nossas práticas e seus resultados á uma apreciação

quantitativa ou qualitativa ?

24

AQUI, ANALISAREMOS

SITUAÇÕES REFERENTES

ÀS PRÁTICAS.

AVALIATIVAS NA ESCOLA COM

ENFOQUES DIFERENCIADOS,

A FIM DE PERCEBERMOS QUAIS SÃO

AS QUE REALMENTE CONTRIBUEM

PARA UM

TRABALHO DE QUALIDADE.

25

FRAGMENTO IV ESTEBAN, Maria Teresa. Escola, Currículo e Avaliação. 2. ed. - São Paulo: Cortez, 2005, -(Série cultura, memória e currículo, v.5). Ser professora: avaliar e ser avaliada Em meio a pilhas de cadernos, exercícios, trabalhos diversos, provas, registros

dos acontecimentos cotidianos, boletins, fichas, relatórios... A professora avalia seus

alunos e alunas [...]

[...] A professora deve informar o que cada aluo e aluna sabe e atribuir um

valor aos seus conhecimentos .Tarefa árdua,constantemente apreendida como um

processo simples.[...]

[...] Repetidas vezes no cotidiano escolar, avaliar diz respeito a uma tarefa

solitária e de responsabilidade exclusiva da professora que propõe os instrumentos a

serem usados, elabora-os, aplica-os e analisa-os, acompanhada de pressão constante

decorrente das repercussões do resultado da avaliação na vida do aluno ou da aluna[...]

[...] A avaliação como tarefa escolar, para estudantes e professora, inscreve-se

num conjunto de práticas sociais que tomam o conhecimento como meio para

manifestar e dominar o mundo, percebido mediante uma concepção mecanicista da

natureza, fazendo-o funcionar segundo as determinações de um sujeito a - histórico que

conhece para prever os fenômenos e para controlá-los, atos que definem a qualidade[...]

[...] Como tarefa a ser cumprida para prever e manipular, a avaliação quantitativa

expressa,no âmbito escolar,a epistemologia positivista que conduz uma metodologia em

que a manipulação dos dados tem prioridade sobre a compreensão do processo. Os

instrumentos usados precisam ser de simples manuseio e permitir apreensão objetiva

neutra do conhecimento. Encontramos, na avaliação escolar, a prática do exame, que

reduz a riqueza e a complexidade dos processos de aprendizagem e de ensino, das

relações sociais nas quais as relações pedagógicas se constituem e dos sujeitos que

aprendem e que ensinam,como a materialização da concepção positivista de

conhecimento[...] Assim, a professora encontra meios para fragmentar o conhecimento

nas disciplinas escolares,fragmentar os alunos e alunas em partes observáveis,que

podem ser quantificadas, medidas ,comparadas , classificadas e receber um valor, que

é registrado e que informa a posição dos estudantes na hierarquia da sala de aula, da

escola da sociedade.[...]Tais instrumentos, têm como função isolar a subjetividade que

26

constitui a dinâmica escolar e dar visibilidade a resultados quantitativos que exponham o

rendimento de cada estudante e que sejam compreendidos como demonstração da

aprendizagem realizada [...] Essa prática exclui do processo,ações indispensáveis para

um contexto pedagógico favorável à aprendizagem de todos , portanto é insuficiente

para a professora que deseja ensinar a todos os seus alunos e alunas.[...] O que seria

a apresentação do desempenho do sujeito em determinadas circunstâncias torna-se

uma característica que identifica o sujeito:o mau ( ou bom ) rendimento produz o mau (

ou bom ) aluno.[...]

[...] Na escola aprendizagem, assim como o ensino, seria decorrência de um

sistema eficiente de vigilância e de punição, facilmente traduzível em provas, testes,

notas, conceitos , recuperação , aprovação, reprovação

A professora no espelho

[...] A avaliação remete a ação da professora sobre alunos e alunas, muitas vezes

vista como uma relação de poder. Esse procedimento também evoca uma avaliação, às

vezes indireta, da própria professora, Pelos resultados dos alunos e alunas também se

atribuem resultados à professora [...] o resultado de sua turma, indica o seu

desempenho que pode ser medido, produzindo uma classificação na qual a professora é

exposta. Ao avaliar, também é avaliada [...].

[...] O processo escolar age explícita e diretamente sobre os estudantes. São eles

Os avaliados. São compulsoriamente incorporados ao processo e deles participam

realizando algumas tarefas, quase sempre definidas por outros , muitas vezes impostas,

respondendo as exigências externas [...]

[...] A professora sabe, ou intui, que ao recortar alunos e alunas recorta a si mesma,

que ao expô-los, expõe-se, que ao avaliá-los avalia-se e é avaliada.

[...] A professora, às vezes, sabe, ou suspeita que muitas vezes a reprovação não

faz o aluno ou aluna aprender, que nem sempre é uma nova oportunidade , mas sabe

também , ou continua suspeitando, que para não classificar e excluir, é preciso que

muita coisa mude na escola, inclusive em si mesma .

No cotidiano escolar, avaliando e sendo avaliada, a professora vai aprendendo duas

lições contraditórias: é preciso classificar para ensinar; e classificar não ajuda a ensinar

melhor, tampouco a aprender mais - classificar produz exclusão e para ensinar é

indispensável incluir [...]

27

Que respostas existem nas perguntas que faço ?

[...] A avaliação qualitativa tenta responder à impossibilidade de a avaliação

quantitativa apreender a dinâmica e a intensidade da relação aprendizagemensino,

porém permanece articulada por princípios que sustentam o conhecimento – regulação-

mercado, Estado e comunidade. Sendo a comunidade o menos desenvolvido deles,

apresenta-se como o mais indicado para instaurar uma dialética positiva com o pilar da

emancipação . A reordenação do processo avaliativo pela incorporação de alguns

princípios do conhecimento – emancipação, em especial da comunidade com suas

dimensões de participação, em especial de solidariedade, permite transformações no

processo, dando – se maior ênfase aos aspectos subjetivos e coletivos da avaliação [...]

[...] A avaliação qualitativa apresentando novos horizontes, traz desafios que

podemos enfrentar vinculando nossa discussão ao movimento em que se acontece o

conhecimento – emancipação [...]

28

Leia o texto : As influências de um rio

chamado avaliação escolar ( p41 á 54)

ESTEBAN, Maria Teresa. Escola,

Currículo e Avaliação. 2. ed. - São Paulo: Cortez, 2005, -(Série cultura, memória e currículo, v.5) – p. 137 à

151

REFLETINDO PARA AGIR ....

De que forma estamos definindo padrões e critérios nos processos

avaliativos em nossa escola?Em que se baseiam? Quem participa dessas

escolhas ? Será que estamos facilitando e qualificando nossas ações

pedagógicas , ou agimos contrariamente ao nosso verdadeiro papel. Que

mudanças são necessárias em relação à estes processos ?

29

ABORDAREMOS NESTA

LEITURA, UMA PROPOSTA

DE CONSELHO

DE CLASSE

PARTICIPATIVO

E SUAS POSSIBILIDADE

PRÁTICAS NA

ESCOLA.

30

FRAGMENTO V

CARRILHO, Carlos Henrique. Conselho de Classe Participativo: espaço diagnóstico da prática educativa escolar. Brasília, AEC do Brasil & São Paulo, Edições Loyola, 2005. (Coleção Fazer e Transformar, v 7 ). [...] Mais do que a presença do aluno no conselho,queremos que haja mais

participação do aluno no processo de avaliação e menos poder discricionário dos

professores sobre os alunos na avaliação.Contudo é importante que haja mecanismos

sistemáticos de participação,sobretudo nestes momentos significativos de avaliação do

processo educativo da escola ,como o Conselho de Classe .

O outro Conselho: O Conselho de Classe Participativo [...] Ele tem a finalidade de debater os processos metodológicos , as relações

entre os alunos e professores.Não se discutem notas,conceitos,relatórios,mas o

trabalho que se desenvolve em sala de aula .

Organização do Conselho Participativo

1.Nos primeiros Conselhos Participativos, os alunos podem registrar suas

observações por escrito sem assinar os papéis em que fazem o registro. Isso diminui o

medo de possíveis “perseguições” por parte dos professores, prática condenável sob

todos os aspectos, mas infelizmente, ainda presentes em muitas escolas [...]

[...] Refletindo sobre os problemas ocorridos nos conselhos participativos,

consideramos imprescindível que os alunos falem primeiro.

A fala articulada e logicamente encadeada do professor,aliada ao poder que

detém,são fatores mais do que suficientes para inibir possíveis críticas dos alunos.

Quando os professores falam antes é comum que os alunos se amedrontem. Mesmo

que não tenham razão naquilo que dizem, é natural que a argumentação dos

professores seja muito mais bem articulada do que a dos alunos. O Conselho

participativo estimula o diálogo,fortalece ,fortalece o sentido crítico, pois ajuda os alunos

e professores a verem a realidade em que estão inseridos, a partir da fala do outro [...]

2. Após a fala dos alunos, abre-se a palavra aos professores para que

expliquem pontos que não ficaram claros em seu trabalho e que podem estar sendo

31

objeto de crítica dos alunos. Ouvir, refletir e ponderar com os alunos os pontos que

merecem reflexão,têm dado bons resultados.A humildade é a marca dos magnânimos

Saber ouvir pode convencer mais do que argumentos lógicos em defesa de teses

falsas.

Mas nem sempre tem sido fácil conseguir isso dos professores. Alguns se

irritam com as críticas e as devolvem com certo grau de agressividade. Esse talvez seja

o maior risco dos Conselhos Participativos.

As experiências feitas, têm demonstrado retorno positivo por parte dos alunos

professores mais conscientes e abertos.[...]

[...] O Conselho participativo, ou outro nome que se dê a esta prática,é uma

experiência sujeita a críticas e aperfeiçoamentos ,mas que e tem mostrado positiva

como instrumento de realização dos referenciais pedagógicos que defendemos, pois:

aumenta o espaço de participação como construção conjunta;

provoca mudanças na cultura docente da escola;

gera tensões e conflitos;

ensina a administrá-las como processos necessários ao crescimento do grupo

como equipe de trabalho.

“Participação que dá certo, gera conflito” ,mas é um conflito,como ensina Pedro

Demo, mas é um conflito positivo para o crescimento de alunos e professores.

32

Leia o Fragmento de Texto : O Conselho de Classe e a

Construção do Fracasso escolar. In: MATTOS, Carmem Lúcia

Guimarães. Educação e Pesquisa. V.31 n.2 SãoPaulo

maio/ago/2005 .

Este material foi encaminhado ao Grupo de Estudos

Pedagogos/2008/SEED -

REFLETINDO PARA AGIR ....

Como educar para a participação, entendida como construção conjunta? Como educar para a liberdade restringindo-se apenas á espaços de

debates eventuais e controlados por quem detém o poder na escola?Em sua escola,existe um espaço sistemático,aberto,sobre a ação dos sujeitos

envolvidos no processo educativo ?

33

SOBRE A PRÁTICA DO CONSELHO DE CLASSE

Vânia de Oliveira Kuss ¹ Zuleika C .Piassa ² Resumo Pretende-se caracterizar os componentes envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, determinando a função do Conselho de Classe na dinâmica participativa e avaliativa da aprendizagem no contexto atual da instituição escolar. Um dos maiores problemas apresentados na prática avaliativa é a falta de atuação ativa do Conselho de Classe na relação professor-aluno e ação pedagógica, uma vez que desviado de seu papel como instância colegiada, este tem se transformado em espaço de julgamento junto aos professores das turmas, verificando quem merece ficar retido ou não, esquecendo de refletir o que foi proposto ao educando no transcorrer do ano letivo para superar suas dificuldades. Com isso, pretende-se contribuir para que as condutas destes constituintes do processo de ensino e aprendizagem sejam adequadas a sua verdadeira função, auxiliando-os no caminho que percorrer até tornarem-se indivíduos independentes, críticos e participativos e desempenhar seu papel social. Palavras-Chave: Conselho de Classe;Gestão Democrática;Participação;Avaliação.

O Conselho de Classe está inserido num contexto que abrange avaliação, a

metodologia e a construção efetiva de uma prática pedagógica coletiva, percebe-se

então a necessidade de destacá-lo como momento propício para a análise e proposta

de intervenção possível às dificuldades presentes no cotidiano escolar.

Faz-se necessário rever o processo de interação entre corpo docente e o

Conselho de Classe em sua dinâmica bem como suas ações, que não podem limitar-se

à reuniões esporádicas, que tornam-se “sessões de julgamento” com enfoque à

resultados especificamente numéricos com uma séria tendência a restringir-se nos

pareceres formais de aprovação e reprovação. No âmbito escolar, os Conselhos de

Classe são estratégias importantes na busca de alternativas para a superação de

problemas pedagógicos relacionados ao ensino e principalmente à aprendizagem, pois

este momento não está sendo utilizado como espaço de reflexão e definição de

estratégias para o cumprimento de currículo de cada disciplina e para garantir a melhor

aprendizagem do aluno. Por ser também neste momento que os resultados de cada

turma se expõem, refletindo as dificuldades e o trabalho realizado bimestralmente , há

¹ - Professora da Rede Estadual participante do PDE 2008 Programa de Desenvolvimento Educacional SEED -PR

² - Professora Orientadora ,participante do Programa PDE pela IES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA .

34

uma visível resistência em revê-los como oportunidades de tomar direcionamentos

diferenciados e significativos para as práticas diárias dentro e fora de sala de aula

A escola m sua prática avaliativa precisa envolver o corpo docente e discente

nas discussões e enfrentamento de problemas referentes ás práticas pedagógicas

escolares, bem como compreender o Conselho de Classe como espaço de

reflexão/ação produtiva para a qualificação do processo ensino-aprendizagem.

Relacionadas à esta mudança de postura deverá analisar a prática atual , bimestral e

final, considerando se os resultados apresentam-se satisfatórios à melhoria da

aprendizagem do aluno bem como estudar a fundamentação legal e também a teórica

constante no Projeto Político Pedagógico que explicita o conceito, as finalidades e a

organização dos Conselhos de Classe,identificando junto ao corpo docente as ações

que facilitarão a revisão dos procedimentos avaliativos que acompanham o processo de

construção do conhecimento . Assim, poderá então dinamizar a organização atual do

Conselho de Classe da escola, com vistas a interferir positivamente no processo ensino-

aprendizagem e seus resultados, proporcionando a participação efetiva do aluno.

Nesse sentido, o Conselho de Classe é uma importante estratégia na busca

de alternativas para superar problemas pedagógicos e administrativos da escola, com a

participação direta ou indireta da comunidade nela inserida, para que se construam

propostas que permitam uma ação conjunta, visando saná-los. Também o Conselho de

Classe pode ser instrumento na luta pela democratização do espaço escolar. A escola

deve comprometer-se com os reais interesses de sua comunidade, entre os quais a

aprendizagem, o respeito às diferenças individuais, igualdade de direitos e de condições

à justiça ao diálogo e portanto á democracia. A transformação da educação escolar só

será realizada por sujeitos auto-reflexivos, esclarecidos e conscientes de seu papel

social.

Considerando o exposto na atual LDB (BRASIL, 1996), seção IV, artigo 35

º,entre as demais finalidades da escola de nível médio ,destaca-se “o aprimoramento do

educando como pessoa humana,incluindo a formação ética e o desenvolvimento da

autonomia intelectual e do pensamento crítico.” Em seu artigo 36º ,define ainda que o

currículo de ensino médio,”adotará metodologias de ensino e avaliação que estimulem a

iniciativa dos estudantes”.

35

A Deliberação n º 07/CEE ( PARANÁ,2007) estabelece em relação aos

Conselhos de Classe em seu artigo 7º que:

“Caberá ao órgão indicado pelo Regimento Escolar, o acompanhamento de avaliação da série, ciclo, grau ou período,devendo debater e analisar os dados intervenientes na aprendizagem “

§1º-O órgão será composto, obrigatoriamente, pelos professores, pelo Diretor e pelos profissionais de supervisão e orientação educacional.

§2º-É recomendável a participação de um representante dos alunos.

§3º-A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação.

As referências acima citadas permitem-nos constatar claramente que o foco

então de todas as discussões que permeiam o Conselho de Classe, deverá centrar-se

na aprendizagem do aluno, nos procedimentos avaliativos e principalmente permitir a

sua participação na busca de soluções para problemas apresentados, gerando ações

educativas em seu próprio benefício, não perdendo de vista que o objetivo maior desse

processo é a possibilidade de reorganizar o processo ensino-aprendizagem de cada

disciplina a partir de dados apontados,discutidos e registrados em sua dinâmica.

[...] pelos resultados de alunos e alunas também se atribuem valores á professora [...] o aluno, tornado objeto expõe que a professor, presumidamente sujeito da ação também se torna objeto (...) a professora sabe que ao recortar alunos e alunas, recorta a si mesma, que ao expô-los, expõe-se, que ao avaliá-los, avalia-se e é avaliada. (Esteban ,2005 p. 21 e 22 )

Nesse contexto, descarta-se apenas a culpabilização do professor pelos

problemas educativos. Todos os segmentos hierárquicos do sistema educacional têm

sua co-responsabilidade pelos suc0essos e insucessos relacionados ao mesmo.

Analisar o seu papel na escola atual por ser ele o sujeito direto de trabalho com o aluno,

junto á equipe pedagógica e a família, esta última que por questões de organização

social deixa de inserir-se nesse processo como atuante, tornado-se omissa e na maioria

das vezes,o que é pior, assumindo sua incompetência diante dos próprios filhos na

tarefa de educar-lhes, não significa colocar somente à ele,a tarefa de enfrentamento dos

problemas escolares. Há também necessidade do resgate da participação da família,

“peça” importantíssima na montagem desse “quebra –cabeça”.

36

[...] o professor pessoa sofre as conseqüências de uma sociedade em profunda mudança (...)a competência para ser professor passa assim por sua capacidade de acompanhamento das mudanças e das novas condições de trabalho .” (MOURA. 2001 p 153 )

Retomando a dinâmica de sua relação com o Conselho de Classe, docentes

e equipe pedagógica, devem estar cientes de que não são necessárias somente

adaptações às mudanças exigidas e sim, uma abertura em ouvir, interagir com alunos e

família com a finalidade de transpor os resultados quantitativos analisados e

considerados nestes momentos para resultados qualitativos. Isto se viabiliza, se é

descartada a função de terminal idade pela qual as avaliações são realizadas, para

utilizar-se os resultados obtidos como retomada de procedimentos e formação global do

aluno, lembrando ainda que estes devem refletir o exposto como objetivos nos planos

de trabalho docente e nas DCES .

Para Isabel Alarcão, “A escola como organização, tem de ser um sistema

aberto, pensante e flexível. Sistema aberto sobre si mesmo, e aberto à comunidade em

que se insere.” (2007 p. 15). Assim o Conselho de Classe como instância colegiada na

instituição de ensino só se fará legítimo se tornar-se um elo de interação entre aluno,

docentes e família. Esta participação poderá se fazer de forma direta e indireta, quando

alunos e família colocam suas expectativas e dificuldades pertinentes à escola, nos

momentos de comunicação dos resultados bimestrais e finais e retorno de decisões

tomadas para cada turma, após o Conselho, entre outras. Permitir que o aluno e família

fossem ouvidos e auxiliem nesses momentos, não significa atribuir-lhes funções

específicas do trabalho docente e pedagógico, mas aproveitar suas contribuições,

revertendo-as positivamente no encaminhamento do trabalho diário escolar. O que

importa à escola é saber a proporcionalidade em que esta participação acontece, além

de definir esses momentos..

Se falarmos em gestão democrática, podemos iniciar pelas atividades escolares

que necessariamente exigem a participação do coletivo, que é o caso dos Conselhos de

Classe. As relações de poder que se perpetuaram no interior da escola, em toda a sua

trajetória, através do autoritarismo imposto pelas práticas pedagógicas conservadoras,

precisam transpor-se para relações de cooperação e experiências diárias produtivas. Os

instrumentos de avaliação sempre foram utilizados como reforçadores de hierarquia e

poder no espaço escolar.

37

[...] Todo o processo educativo, envolve por um lado,alguém com a pretensão de modificar comportamentos alheios (educador) e alguém cujos comportamentos se supõem passíveis de serem modificados (educandos) . ( PARO.2008, p.45 )

Paro, em sua interpretação afirma que a relação de poder - sobre, deva

substituir-se pela relação de poder - fazer, a única forma compatível com a educação

democrática que visa a constituição de sujeitos livres. Se há uma relação pedagógica

competente por parte do professor ou da escola, toda a ação planejada para ensinar

resulta na flexibilidade que permite modificá-la a partir da resposta do educando no

processo de ensino. Há necessidade então, de um maior tempo para que todos os

envolvidos no processo compreendam o sentido do trabalho coletivo para que

participem politicamente do mesmo. Na experiência participativa não se tem ainda

clareza dos limites e possibilidades de cada um, mas esta certeza só se definirá por

experiências que possibilitem essa organização.

“Na perspectiva de rever a função do Conselho de Classe na avaliação escolar,intensificando a necessidade das práticas avaliativas serem desvinculadas do conceito tradicional,principalmente no que diz respeito ao fato de ser instrumento bastante utilizado ainda como classificatório para promover o educando, que precisam ser revistas as funções do Conselho de Classe “.(HOFFMANN,1991;1994).

A avaliação, sobre a orientação da lei vigente sugere a importância do

professor não atuar como único responsável pelo processo avaliativo, uma vez que este

deve estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico, enfatizando juntamente

o Regimento Escolar, que não deve ser considerado com displicência. Embora todas as

instâncias colegiadas devam atuar diretamente nas vivências escolares, o Conselho de

Classe apresenta características que o diferencia das demais, pois os seus constituintes

são os professores das diferentes disciplinas, gestor e professor pedagogo e, ainda em

alguns casos os alunos. Assim, é espaço que apresenta maiores possibilidades de

articular os diversos segmentos da escola, tomando como objeto de estudo o processo

de ensino e a avaliação da aprendizagem.

Nessa direção, este conhecimento praticado e inserido no coletivo, reafirma o

nosso compromisso de com a democracia no espaço da sala de aula sala de aula,

destacando o nosso trabalho pedagógico, desde as ações mais simples, a serviço da

aprendizagem dos alunos e de sua formação plena .Assim nos tornamos responsáveis

pela realização de uma nova proposta educativa em cada escola .

38

Se pensarmos as instâncias avaliativas na escola e suas múltiplas

possibilidades educativas, iremos perceber que o nosso trabalho na escola e em sala de

aula poderá compor uma miscelânea de saberes necessários às práticas

educativas/avaliativas, nos mostrando ser possível uma ação compartilhada entre

educadores, alunos e suas respectivas famílias.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pelo presente estudo, podemos constatar que o Conselho de Classe

como Instância Colegiada é uma das opções de trabalho pedagógico viável, para

efetivar mudanças significativas nas práticas avaliativas da escola. A oportunidade de

participação dos alunos como “coadjuvantes” e de certa forma , como “parâmetros”

pelos resultados e considerações que apresentam , permite que sejam diagnosticados,

analisados e revistos os caminhos percorridos no processo ensino-aprendizagem, tanto

pelo educador como pelo educando , com vistas a alcançar os objetivos propostos

à cada disciplina e aos princípios educativos da instituição escola. A Gestão

Democrática concretizar-se - á , na medida que permitirmos espaços de participação

coletiva , sem distorcermos as responsabilidades de cada um nesse processo , nas

funções lhe são pertinentes. O sucesso do coletivo , depende do compromisso e do

empenho individual de todos os envolvidos com a educação.

Nem tudo o que se enfrenta pode ser modificado.

Mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado .

(James Baldwin,EUA,1926-1993)

39

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HORA DE AGIR PARA MUDAR ...

Caro educador ! Chegou a sua vez !

Após as leituras e reflexões realizadas e sugeridas no estudo deste material ,construa em conjunto com seus colegas de trabalho, uma proposta de Conselho de Classe Participativo , que atenda as necessidades de sua realidade educativa , considerando os seguintes aspectos :

Possibilidades de aplicação na escola onde trabalha;

Organização espaço/tempo; Regimento escolar; Concepções constantes no Projeto Político

Pedagógico; DCES; Envolvimento da comunidade escolar . Mãos à obra !

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REFERÊNCIAS ABRANCHES, Mônica .Colegiado Escolar : espaço de participação da comunidade.São Paulo,Cortez,2003._(Coleção Questões da Nossa Época;v. 102). ALARCÃO, Isabel. Professores Reflexivos em uma Escola Reflexiva. 5ª ed.,São Paulo,Cortez,2007._(Coleção Questões da Nossa Época ;v. 104). ALLEN, L. A. Administração profissional: novos conceitos e métodos provados. São Paulo: Mac Graw-Hill, 1974. AMARU, A. C. M. Introdução à Administração. 7. ed., SP: Atlas, 2007. ANTUNES, Celso Professores e Professauros ,reflexões sobre a aula e práticas pedagógicas diversas.Petrópolis RJ,Vozes,2007 BARNARD, C. I. As Funções do Executivo. São Paulo: Atlas, 1971. BRASIL-MEC. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Lei Federal 9394/96. Brasília, MEC, 1996. CARRILHO, Carlos Henrique. Conselho de Classe Participativo: espaço diagnóstico da prática educativa escolar .Brasília,AEC do Brasil & São Paulo, Edições Loyola,2005 . (Coleção Fazer e Transformar, v 7 ). CUNHA, A. G. Dicionário Nova Fronteira da Língua Portuguesa. 2ª. Ed.,Nova Fronteira, 1982. DALBEN, Ângela Maria Imaculada. Trabalho Escolar e Conselho de Classe 4ª ed. Campinas, Papirus Editora, 1996._(Coleção Magistério:Formação e Trabalho Pedagógico ). __________.Conselho de Classe e avaliação: perspectivas da Gestão Pedagógica da Escola. Papirus Editora, 2004._(Coleção Magistério:Formação e Trabalho Pedagógico ). __________.Conselho de Classe e avaliação do Projeto Político Pedagógico da Escola .Revista Presença Pedagógica ,Minas Gerais , 2004. DEMO, Pedro . Avaliação Qualitativa .São Paulo,Cortez.1988. DIAS, E. P. Conceitos de Gestão e Administração: Uma Revisão Crítica. Revista Eletrônica de Administração, Facef, vol. 01, julho-dezembro 2002. DOURADO, L. F. (1998) “A gestão democrática e a construção de processos coletivos de participação e decisão na escola”. In AGUIAR, M.A. (org.) Para onde vão a orientação e a supervisão Educacional. Campinas, 2002, p.159. DRUCKER, P. F. Administração, tarefas, responsabilidades, práticas. São Paulo: Pioneira, 1975. DUARTE, Newton. Educação escolar,Teoria do Cotidiano e A Escola de Vigotsky. 4ª ed., Campinas, Autores Associados, 2007._ (Coleção Polêmicas do Nosso Tempo ;v 55 ).

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