Apresentação1

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Atividade: Elaboração individual de texto Mediador pedagógico: Suely Carneiro Mascarenhas Cursista: Solange Borges Camargo A avaliação da aprendizagem como um princípio no desenvolvimento da autoria.

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Page 1: Apresentação1

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS

EDUCACIONAIS

DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

Atividade: Elaboração individual de texto

Mediador pedagógico: Suely Carneiro Mascarenhas

Cursista: Solange Borges Camargo

A avaliação da aprendizagem como um

princípio no desenvolvimento da autoria.

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A avaliação da aprendizagem constitui-se um dos pilares

do processo formativo no contexto da prática educativa. Ao

planejar uma aula, ou até mesmo um curso, se faz

necessário estabelecer os objetivos que pretendemos

desenvolver com a ação e, com foco no cumprimento destes

objetivos, refletir sobre o processo avaliativo.

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Muito tem se discutindo sobre a re criação da escola numa

perspectiva democrática e como a avaliação pode contribuir

ou dificultar esse processo, para é preciso ter clareza de

que as mudanças não são da mesma natureza e se

constituem em meio a um jogo de interesses e relações de poder.

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O discurso da avaliação democrática, formativa e

emancipadora não se sustentam numa escola

autoritária, legitimada por relações sociais e culturais

totalmente conservadoras, seletivas, classificatórias e

opressoras.

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[...] é inútil insistir na avaliação formativa onde não

existe nenhum espaço de manobra para os

professores, onde a diferenciação não passa de um

sonho nunca realizado, porque as condições de

trabalho, o número de alunos nas turmas, a sobrecarga

dos programas, a rigidez dos horários ou qualquer outra

imposição fazem do ensino expositivo uma fatalidade ou

quase (PERRENOUD, 1991, p. 174).

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Numa abordagem formativa, mudar a avaliação

significa mexer radicalmente na escola, Como já

afirmava Paulo Freire(200b), é preciso mudar a cara

da escola , transformá-la, fazer rupturas, (re)criá-la

substantivamente democrática numa perspectiva de

qualidade social.

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Enfrentar essa questão implica ultrapassar os

muros institucionais e construir “um novo discurso

da qualidade”, pois segundo Gentili (1996), deve

se inserir na democratização radical do direito à

educação.

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Nessa perspectiva, não pode existir contradição

entre o acesso à escola e o tipo de serviço por ela

prestado. Assim como não há democratização sem

igualdade de acesso, tampouco haverá sem igualdade

na qualidade recebida por todos.

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As experiências colocadas são a libertação definitiva

de qualquer diferenciação ou segmentação social, a

garantia das necessidades básicas de

aprendizagem, um ensino a serviço da formação

plena dos estudantes e a conseqüente a melhoria do nível educacional.

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A qualidade conservadora precisa ser transformada na qualidade como um direito, e não como uma mera mercadoria vendida ao que der o melhor preço. A

escola, numa perspectiva de educação democrática, é um espaço social onde se exercita esse direito.

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Não existe qualidade na dualização social. Não existe qualidade possível quando se discrimina, quando a

maioria é submetida à miséria e condenadas à marginalidade, quando se nega o direito à cidadania.

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Passa de uma visão unidirecional da avaliação e passa

para uma multidimensional e colaborativa, para a interação

do sujeito com o processo de aprendizagem e o diálogo

crítico., valorizando assim seus saberes de experiências

feitos juntamente com os conteúdos curriculares, serão estes

os eixos básicos para a construção de uma nova cultura da

avaliação escolar.

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O que significa uma educação democrática em

que ela pode auxiliar a compreensão da função da

avaliação numa perspectiva formativa e

emancipadora.

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[...] substantivamente democrática, jamais separa o

ensino dos conteúdos o desvelamento da realidade. É

a que estimula a presença organizada das classes

sociais populares na luta em favor da transformação

democrática da sociedade, no sentido da superação

das injustiças sociais.

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É a que respeita os educandos, não importa qual seja sua

posição de classe e, por isso mesmo, leva em

consideração, seriamente, o seu saber e sua experiência, a

partir do qual trabalha o conhecimento com rigor de

aproximação aos objetos. É a que

trabalha, incansavelmente, a boa qualidade do ensino, a que

se esforça em intensificar os índices de aprovação através de

rigoroso trabalho docente, e não com frouxidão

assistencialista; é a que capacita suas professoras

cientificamente á luz dos recentes achados em torno da

aquisição da linguagem, do ensino da escrita e da leitura.

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Formação científica e clareza política de que as

educadoras e os educadores precisam para superar

desvios que, se não são experimentados pela

maioria, acham-se presentes em minoria

significativa [...] (FREIRE, 2000c, p. 101.)

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A avaliação, nessa perspectiva, não pode ser destinada

para privilegiar a certificação, com ênfase nos produtos

educacionais. Ela precisa ser ressignificada no processo

educativo como um dos seus pilares mais fortes no

redirecionamento do currículo e n gestão dos processos

pedagógicos do ensinar e do aprender. A construção de uma

escola substantivamente democrática exige a prática de uma

avaliação ético-crítica, portanto indissociável da reflexão

sobre a autonomia individual e coletiva.

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A questão da autonomia e sua articulação com a

problemática da avaliação na escola e da escola precisa ser

tratada numa concepção de totalidade social, em que se

colocam, no centro dos debates as contradições sociais

dentro e fora da instituição e as especialidades d cultura da

escola e, em especial , da sala de aula.

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Como falar para os professores que eles devem

possibilitar a construção ou respeitar a autonomia do

educando se ele vivencia situações de aprisionamento

dentro da escola e se vê imobilizado dia após dia o seu

direito de opinar, participar das decisões, colocar-se com

autenticidade e com responsabilidade política.

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Para ampliar o conceito de autonomia para além de sua

própria etiologia, torna-se necessário compreender a constituição

da subjetividade enquanto a socialização e cidadania. Não

podendo desvincular a autonomia de suas questões éticas. A

ética, autonomia e senso de justiça são inseparáveis da prática

educativa, mas são passíveis de transgressão, por isso a

vigilância e a luta devem ser constantes

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O sistema de avaliação pedagógica de alunos e de

professores vem se assumindo cada vez mais como discursos

verticais, de cima para baixo, mas insistindo em passar por

democráticos. .A questão que se coloca a nós é lutar em favor

da compreensão e da prática da educação enquanto

instrumento de apreciação do que fazer de sujeitos críticos a

serviço, por isso mesmo da libertação, e não do contrario.

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Freire (2000 a e d) explica como determinadas práticas

educativas contribuem para reforçar a opressão. Reafirma

que alunos e professores precisam se assumir

radicalmente no processo educativo: plenos, com suas

possibilidades, dificuldades, experiências e

inexperiências, compreendendo assim seu próprio processo

de aprendizagem situados no mundo, podendo analisar

criticamente a avaliação que os outros fazem de si, de suas

aprendizagens, como a interpretação autônoma do seu

processo de conhecimento.

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Avaliar a aprendizagem, o ensino, a escola, o

mundo, possibilita aos alunos transitar com maior autonomia

na contemporaneidade. Fazer da avaliação um modo ético

de educar para a reflexão e intervenção crítica permanente é

abrir caminhos para a reafirmação do não aos fatalismos e

para o sim às possibilidades.

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[...] ao pensar sobre o dever que tenho, como

professor, de respeitar a dificuldade do educando, sua

autonomia, sua identidade em processo, devo pensar

também, como já salientei, em como ter uma prática

educativa em que aquele respeito, que se deve ter ao

educando, realize-se, em lugar de ser negado. Isso exige de

mim uma reflexão crítica permanente sobre minha

prática, através da qual vou fazendo a avaliação do meu

próprio fazer com os educandos.

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O ideal é que, cedo ou tarde, invente-se uma forma

pela qual os educandos possam participar da avaliação.

É que o trabalho do professor é o trabalho do professor

com os alunos, e não do professor consigo mesmo

(FREIRE, 2000ª, p. 71, grifos nossos).

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Para Vygotsky (1991), a autonomia do sujeito e a

regulação de suas ações são construções culturais e sociais.

A direção da atividade humana é compartilhada, apreendida e

regulada pelas relações com o outro.

Porém, para que a instituição escolar privilegie a formação

plena dos educandos, ela precisa ser regida por princípios

democráticos. Entre os fundamentais, destaca-se o princípio

da autonomia.

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Construir o projeto político-pedagógico da escola numa

perspectiva democrática cidadã, com base, ente outros

princípios, na autonomia, é colocar a instituição e todos os

seus membros em permanente processo de auto-

avaliação, exercitando a criticidade ética para, a partir do

olhar crítico sobre o significado das ações de cada membro

da comunidade escolar e as práticas pedagógicas

institucionais, ressignificá-las de solidariedade e justiça.

Consolidando uma cultura de tomada de decisão coletiva.

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A avaliação emancipatória tem dois objetivos básicos:

iluminar o caminho da transformação e beneficiar as

audiências no sentido de torná-las auto determinadas. O

primeiro objetivo indica que essa avaliação está

comprometida com o futuro, com o que se pretende

transformar, a partir do autoconhecimento crítico do

concreto, do real, que possibilita alternativas para a revisão

desse real. O segundo objetivo aposta no valor emancipador

desse processo para os agentes que integram um programa

educacional.

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Pode –se então constatar que há uma relação dialética

entre emancipação e autonomia e que a auto-avaliação é a

base do processo democráticas e das transformações

educativas. A auto avaliação se alia aos processos

externos de avaliação para autoconhecer criticamente a

escola, seus membros, o currículo e ressignificá-lo de

democracia.

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A auto avaliação é um caminho para autonomia da

escola, dos professores com seus educandos, com base no

processo democrático na escola é a constituição de um

coletivo pedagógico reflexivo, atuante e ético. Isso pressupõe o

agir de forma responsável e autônoma. Os profissionais

capazes de auto avaliarem criticamente se abrem ao diálogo e

investem na construção dos processos de autonomia em suas

salas de aula. O autoritarismo é a negação da autonomia. A

participação democrática é a sua aliada.

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Justificar que os sistemas de avaliação externos devem ser

priorizados, tanto com relação aos alunos como aos

professores, é ocultar o verdadeiro sentido da relação arbitrária

dentro da escola e, numa posição mais radical, é consolidar

ações dentro da escola e sala de aula possibilitando

efetivamente processos participativos que afirmam a

responsabilidade social.

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Na medida em que formos aprendendo e

consolidando um diálogo crítico e solidário no ambiente

escolar, como algo necessário ao trabalho pedagógico

coletivo, reconhecendo-nos assim como sujeitos

históricos, capazes de compartilhar

conquistas, corrigindo os erros e superando as ações

autoritárias nas nossas práticas pedagógicas tornando

assim a escola formadora de indivíduos autônomos.