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Cresce o combate ao crime do qual as locadoras são as principais vítimas APROPRIAÇÃO INDÉBITA #84 2019 MAIO / JUNHO Sérgio Vale, da MB Associados, fala sobre as perspectivas da economia no Brasil e no mundo Locação mostra sua força na geração de empregos Aluguel para condutores de aplicativos se consolida como nicho de mercado Placa Mercosul gera dificuldades para as empresas do setor

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Cresce o combate ao crime do qual as locadoras são as principais vítimas

APROPRIAÇÃO INDÉBITA

#842019

MAIO / JUNHO

Sérgio Vale, da MB Associados, fala sobre as perspectivas da economia no Brasil e no mundo

Locação mostra sua força na geração de empregos

Aluguel para condutores de aplicativos se consolida como nicho de mercado

Placa Mercosul gera dificuldades para as empresas do setor

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Palavra do Presidente

Paulo Miguel JuniorPresidente do Conselho Nacional

A LOCAÇÃO de veículos se tornou uma impor-tante válvula de escape para pequenas, médias e grandes empresas que adotam a terceirização de frotas como estratégia para redirecionarem o capital imobilizado em automóveis próprios. Inde-pendentemente da quantidade de carros, a tercei-rização é também a mais interessante alternativa para liberar recursos para o caixa das empresas.

Ao mesmo tempo em que se reduzem os inves-timentos para compra e manutenção de carros próprios, libera-se recursos para o caixa e melho-ra-se a qualidade da frota e dos serviços especia-lizados na gestão dos automóveis. Nosso setor tem sido cada vez mais proativo em demonstrar que a terceirização proporciona ao cliente, por exemplo, escapar da depreciação, dos custos com licenciamento e com seguro, além dos gastos ad-ministrativos e de pessoal necessários para a ges-tão de automóveis próprios.

Conforme o mais recente Censo da ABLA (re-ferente ao balanço anual de 2018) 52% dos 826 mil veículos das locadoras estiveram a serviço de pessoas jurídicas, índice auditado pela Grant Thornton Brasil, mundialmente reconhecida pelos órgãos de mercado de capitais e entidades regu-ladoras. E há atualmente no Brasil uma proporção de aproximadamente 80% de empresas com veí-culos próprios e somente 20% de empresas com veículos alugados.

A partir disso, é possível estimar o vasto po-tencial de crescimento para a terceirização de

frotas no nosso país, que pode atender a todos os segmentos, desde multinacionais até empresas de pequeno porte. Para as multinacionais, que normalmente já calculam os investimentos em dólares ou euros, a locação ficou até mais ‘bara-ta’ em comparação com o passado recente, em função do atual patamar das moedas estrangei-ras em relação ao real.

Nos 10 últimos anos, a terceirização também já cresceu junto a órgãos públicos, com destaque para frotas de ambulâncias e frotas de veículos para a segurança pública. As vantagens para as empresas privadas são válidas, portanto, também para o setor público, diante da realidade de carros próprios que correm o risco de ficarem parados devido à burocracia para manutenção e reposição de peças e de partes.

Ao alugar os automóveis, o setor público ainda gera recolhimento de impostos, ou seja, os impos-tos pagos pelas locadoras na compra e no licencia-mento da frota são recolhidos e assim se revertem em benefício do próprio estado.

Na ABLA, onde cada vez mais valorizamos o associativismo, network e capacitação dos profis-sionais do setor, temos claro que as perspectivas são positivas para estimular as locadoras a não desistirem de expandir seus negócios. O mercado é grande e existe espaço inclusive em nichos ain-da pouco explorados e em novos segmentos nos quais há oportunidades para a terceirização e ges-tão das frotas.

Não desistam de expandir seus negócios

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16Capa Combate à apropriação indébita

08 EntrevistaO economista Sérgio Vale analisa as perspectivas econômicas mundiais e para a América Latina e Brasil

10 Na FrenteABLA marca presença na WTM Latin America

12Recursos Humanos O mapa de empregos da locação no país

18MercosulA polêmica em torno das placas do Mercosul: como a mudança afeta as locadoras

24MercadoFrota das locadoras está mais jovem

26Pílulas de GestãoConselhos de superou grandes desafios para quem toma decisões no negócio “locação”

28TecnologiaMarketing digital para ativar novos negócios

30ComunicaçãoNovos meios de comunicação incrementam o relacionamento da ABLA com o associado e o mercado

32Tira-TeimaEsclarecimento de dúvida para o atendimento aos clientes

33RegionaisArtigo do assessor jurídico da ABLA comenta a inserção de conceitos empresariais praticados pelas locadoras no atual cenário econômico brasileiro

36ServiçosCuidados a serem observados ao firmar contratos de locação

Ano XV | No 84 | maio/junho 2019

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38DocumentaçãoVersões eletrônicas de documentos ampliam eficácia da fiscalização

40MobilidadeVeículos para aplicativos se consolidam como mercado para as locadoras

42FrotaÉ hora de avaliar a implantação do Buy Back?

Use o leitor QR Code do seu smartphone para acessar o site da ABLA56

56 Por Dentro Onix Joy, campeão de aceitação entre as locadoras

60 Ao VolanteNovidades que chegam para incrementar a frota das locadoras

65 Fim de Papo Um panorama das conquistas recentes da ABLA, por Alberto Faria

60 Ao Volante48

Por Dentro

44Tendências Aumenta a receptividade do compartilhamento

46FenalocAssociação prepara reforma no estatuto

48 Brasil Viagem Maranhão e Piauí reúnem muitos atrativos a serem conhecidos com automóvel alugado

Brasil Viagem

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Expediente

CONSELHO GESTOR

Paulo Miguel Junior (Presidente do Conselho Nacional), Marco

Aurélio Gonçalves Nazaré (Vice-Presidente do Conselho

Nacional), Jacqueline Moraes de Mello, Renato Franklin,

Wilson José Benali, Marcelo Ribeiro Fernandes, Simone

Pino, Saulo Tomaz Froes, Carlos Cesar Rigolino Junior, Eládio

Paniagua Junior, Lusirlei Albertini e Eduardo Correa da Silva.

CONSELHO GESTOR (SUPLENTES)

Leonardo Soares Nogueira Silva, Cleide Brandão Alvarenga,

Célio Fonseca, Tércio Bergel Gritsch, Nilson Oliveira Silva,

Flávio Kanaan Nabhan, Rogéria Vianna de Alencar, Rodolfo

Miranda Marques, Ricardo Eduardo dos Santos Nogueira,

Marcio Campos Palmerston, Nildo Pedrosa e Luiz Carlos Lang.

CONSELHO FISCAL

Alvani Manoel Laurindo, Ricardo Cesar Mendes Zamuner,

Amadeu Oliveira Silva, Rodrigo Selbach da Silva, Paulo

Hermas Bonilha Junior e Marconi José de M. Dutra.

CONSELHO FISCAL (SUPLENTES)

Miguel Alves Ferreira Junior, Otávio de Meira Lins Neto,

Rodrigo Reda Gonçalves, Romero Rosa, Sidnei Reche

Galdeano Filho e Marcio Castelo Branco Gonçalves.

CONSELHO CONSULTIVO

Adriano Donizelli, José Zuquim Militerno,

Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer.

ABLA JOVEM

Jaqueline Denadai, Rodrigo Reda e Saulo Froes Júnior.

COORDENAÇÃO GERAL

Olivo Pucci.

PUBLICIDADE

Jorge Pontual e Francine Evelyn

(11) 5087-4100.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA

DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS – ABLA

www.abla.com.br

email: [email protected]

São Paulo: Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar –

CEP 04011-904 – (11) 5087.4100.

Brasília: SAUS Quadra 1 – Bloco J – edifício CNT

sala 510 – 5º andar – Torre A – CEP 70070-010 – (61) 3225-6728.

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Em Foco Comunicação Estratégica

E-mail: [email protected] | (11)3819-3031

Editor: Nelson Lourenço [MTB 22.899]

Textos: Nelson Lourenço, Rodrigo Neves,

Victória Bernardes e Aurea Figueira

ARTE: Estúdio Mirador

Direção de arte: Leandro Cagiano

TIRAGEM: 3.500 exemplares

IMPRESSÃO: Mundial Gráfica

A Revista Locação não se responsabiliza

pelas opiniões emitidas nos artigos assinados.

Permitida a reprodução das matérias,

desde que citada a fonte.

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Comunicação para superar obstáculos

Editorial

COMO REPRESENTANTE nacional do setor de lo-cação, a ABLA considera fundamental conscienti-zar as locadoras sobre os obstáculos que atingem ou atingirão o mercado, bem como divulgar todos os atalhos possíveis para superá-los.

Apesar de ainda não ser implementada em to-dos os estados brasileiros, a adoção das novas placas do Mercosul é um exemplo que tem gerado transtornos para as locadoras. É com o objetivo de expôr os transtornos e as vantagens do novo modelo de emplacamento que esta edição da Revista Locação aborda a questão em sua repor-tagem de capa. O assunto é polêmico, e por isso foram ouvidos profissionais que atuam no setor e sofreram diretamente o impacto das mudanças para permitir que todos os leitores sejam capazes de construir sua própria opinião sobre o assunto.

Com o mesmo objetivo de divulgar obstáculos e atalhos para as locadoras, esta edição da revis-ta apresenta uma entrevista com o economista Sérgio Vale sobre a situação econômica do Brasil e do mundo, com foco na situação da América Latina. O objetivo é dar subsídios para a execu-ção de um planejamento a longo prazo de todas as locadoras associadas.

Boa leitura!

Esta edição da revista também aborda solu-ções para problemas comuns das locadoras. Na seção Tecnologia, o instrutor Sérgio Falcão, da UNIABLA, compartilha alguns de seus ensina-mentos de marketing digital para as locadoras que ainda não começaram a divulgar seus ser-viços utilizando as mais modernas ferramentas de comunicação.

Da mesma forma, a instrutora da UNIABLA e advogada Luciana Mascarenhas, especialista no setor de locação, foi a principal entrevistada da seção Serviços. Nessa matéria, a advogada ex-plicou alguns dos erros cometidos pelas empre-sas na elaboração de seus contratos de locação, assim como os pontos fundamentais que devem constar em um contrato eficiente.

Por fim, com o mesmo mote de comunicar para contornar dificuldades, esta edição da Locação apresenta novidades na comunicação institucio-nal da ABLA: um novo perfil no Instagram e novos vídeos para apresentação da entidade.

Com esta edição e com estas novidades, espe-ra-se que todas as locadoras encontrem um su-porte para se tornarem ainda mais eficientes na superação de seus obstáculos.

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Entrevista

Economia global está desacelerando

Sérgio Vale,

economista-chefe da

consultoria MB Associados

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EM EVENTO promovido pela empresa ALD Auto-motive dedicado a empresas de terceirização de frotas, o economista Sérgio Vale falou sobre as perspectivas econômicas mundiais e para a Amé-rica Latina e Brasil, oferecendo subsídios impor-tantes para os empresários do setor.

Economista-chefe da consultoria MB Associados, Sérgio Vale possui mestrado em economia pela USP e é colaborador da revista Exame. Confira a entrevista com ele a seguir.

O que esperar da economia mundial para os próximos meses?China e Estados Unidos, os principais atores globais, estão desacelerando. O caso mais com-plexo é o da economia americana. Percebe-se uma desaceleração nos Estados Unidos desde o ano passado. Não é que necessariamente vai haver uma recessão, mas teremos dois anos mais fracos de crescimento naquele país. Ou seja, os Estados Unidos devem crescer entre 1 e 2% em 2019 e 2020. A perspectiva de desaceleração na China existe, mas é pequena. O crescimento da economia chinesa foi de 6,4% em 2018 e deve ba-ter em 6,2% neste ano. A expectativa é que essa tendência se mantenha nos próximos quatro anos. Para o Brasil, que depende muito de exportações para a China, esse quadro de crescimento mais estável é uma boa notícia. Pela primeira vez a América Latina tem muito provavelmente neste momento, em 2019, um cenário mais positivo, depois de anos de experimentações na economia, para vários lados. Se formos focar regiões mais específicas, podemos dizer que aqui na América do Sul o cenário é relativamente positivo, apesar das incertezas em relação ao Brasil.

Existe então uma tendência de desaceleração?O mundo como um todo está em processo de desaceleração, principalmente a Alemanha. O mundo vai crescer menos em 2019 e 2020. Qual o lado positivo? O lado positivo é que, se consideramos que pertencemos ao bloco da América Latina, estamos no sentido contrário. Estamos fazendo reformas, estamos sinalizan-do ser um atrativo de investimento, estamos dando sinais para o mundo que estamos em um caminho diferente de crescimento. Isso na

verdade é extremamente positivo: se o mundo está retraindo, os investimentos vão para onde está crescendo, e podem vir para o Brasil.

Qual a sua visão sobre o preço do petróleo?A gente tem uma visão otimista em relação ao preço de petróleo. Os Estados Unidos aumen-taram sua produção de petróleo de 2 milhões de barris por dia para 12 milhões, sem afetar os preços. Ao mesmo tempo, temos uma demanda decrescente. Acho difícil o preço do petróleo disparar ou aumentar muito.

E o futuro da indústria automobilística?O futuro da indústria automobilística causa apreensão. Muito provavelmente esse mercado passará por fusões e aquisições. Vamos ver uma maior reestruturação no mercado automobilísti-co mundial nos próximos anos, pois o mundo não comporta toda essa quantidade de montadoras.

O que esperar da economia brasileira?Sou otimista, ainda que reconheça alguns problemas. Temos a esperança que as reformas aconteçam. Essas reformas começaram no go-verno anterior e devem evoluir no governo atu-al. Provavelmente, teremos concessões, priva-tizações e reforma tributária após a reforma da previdência. Precisamos seguir nessa trajetória.

Qual setor reserva mais oportunidades para a terceirização de frotas?O agronegócio. O Brasil alimenta o mundo. O PIB do agronegócio é responsável 25% do PIB total brasileiro, e continua crescendo. Quando a gente olha clientes possíveis, o setor do agro-negócio se sobressai. Ele vai continuar cres-cendo e demandando prestação de serviços. n

Entrevista

“A indústria automotiva vai

passar por uma reestruturação

nos próximos anos”

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Na Frente

ABLA participa da WTM Latin AmericaPELA primeira vez, a ABLA teve um espaço próprio no World Travel Market Latin America (WTM). A WTM Latin America é um dos principais eventos internacionais de turismo e sua sétima edição foi organizada em São Paulo entre os dias 2 e 4 de abril de 2019.

A WTM é uma feira business-to-business (empresas para empresas) com cerca de 600 expositores e conta com a participação de dez mil pessoas, sendo que oito mil dos partici-pantes são empresários. Entre os expositores estão representantes de destinos turísticos nacionais e internacionais, assim como ope-radoras de viagens, empresas hoteleiras e de-mais participantes do segmento turístico. Um

dos participantes desta edição da feira foi o atual ministro do Turismo, Marcelo Álvaro An-tônio, que inclusive, ao circular pelo evento, passou pelo espaço da ABLA.

A presença da ABLA na feira foi resultado de uma parceria com a empresa organizadora do evento, a Reed Exhibition, e por isso não causou nenhum custo à associação. Segundo o presiden-te do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior, a participação da associação foi muito positiva. “Sob o viés da locação de veículos, essa ação proporcionou mais uma ótima aproximação do setor de locação com o segmento do turismo, criando no espaço ABLA dentro da WTM uma es-pécie de Central de Informações da Locação para

WTM 2019: mais um esforço de

aproximação da ABLA com o mercado

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Segundo o Anuário Brasileiro do setor de Lo-cação de Veículos de 2019, 48% da frota de todas as locadoras nacionais está voltada para atender o turismo, sendo 27% do total voltado para o tu-rismo de lazer e 21% para o turismo de negócios. Desta forma, é clara a importância que o turismo tem para o ramo de locação.

“A locação de automóveis acaba se transfor-mando em um meio de transporte importante, seja a partir do aluguel no próprio aeroporto, seja fazendo a reserva do automóvel em uma das em-presas que atuam na área urbana de cada destino. Isso porque, com o automóvel alugado, o turista fica livre ampliar o horizonte de sua viagem, co-nhecendo não apenas a cidade ou destino em si, mas também as atrações turísticas próximas. Um turista de lazer, ou mesmo de negócios, que chega de avião a São Paulo, por exemplo, ao alugar um veículo poderá conhecer também com muito mais facilidade o litoral ou o interior do estado. E assim por diante, para todos os destinos no Brasil. Cha-mamos isso de turismo de roteiros, o que somente com um automóvel alugado é possível fazer com mais liberdade. Daí a importância do nosso setor para o segmento do turismo e vice-versa, ou seja, o turismo também é fundamental para a boa saúde das empresas de locação”, afirmou Paulo Miguel. n

empresários, profissionais que trabalham em lo-cadoras e também para os demais participantes e visitantes interessados em saber mais sobre a locação de veículos”, explicou o presidente. “Nes-se sentido, a divulgação institucional do setor de aluguel de carros, a divulgação das vantagens da locação e o estímulo para que mais pessoas des-cubram que pagar somente pelo uso dos carros é muito mais barato do que pagar pela propriedade, foram fatores importantes e que justificaram ple-namente nosso esforço para participar do evento. Ficamos muito satisfeitos.”

Assim, com um espaço próprio, a ABLA foi ca-paz de estreitar relações com representantes de destinos turísticos e operadoras de viagem para aumentar a consciência sobre a comodidade e as vantagens da locação de veículos. Muitos dos des-tinos expositores só são alcançados por via rodovi-ária, o que incrementa os negócios das locadoras.

“Resumidamente, temos trabalhado para criar a ‘cultura do aluguel de veículos no Brasil’. Trata--se de habituar os brasileiros a notarem que pa-gar pelo uso do veículo é mais inteligente do que pagar pelo status da propriedade. Por exemplo: quanto mais diárias se contrata, menor é o valor médio da diária no período de utilização”, expli-cou Paulo Miguel.

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SETOR DE LOCAÇÃO CONTINUA A GERAR MAIS EMPREGOS

Recursos Humanos

MAIO É conhecido como o mês do trabalhador, em homenagem às pessoas que trabalham duro para mover a economia do país. Em que pese a atual situação econômica brasileira, em que o número de desempregados é maior do que 12 milhões de pessoas, deve-se comemorar o fato de que o setor de locação de veículos continua crescendo e ge-rando cada vez mais empregos para o país.

Assim, é importante demonstrar como o se-tor de locação de veículos é importante para a economia brasileira, não apenas por sua contri-buição para a infraestrutura e para o turismo, mas também por ser um importante gerador de empregos no Brasil. Nesta reportagem, a revista Locação detalha e apresenta esta contribuição do setor para a geração de empregos em todas as unidades federativas.

ACRE

100

RONDÔNIA

297

AMAZONAS

1.982

RORAIMA

107

RIO GRANDE DO SUL

2.340

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MATO GROSSO DO SUL

971

MINAS GERAIS

8.256

BAHIA

6.319

GOIÁS

2.835

TOCANTINS

286

MARANHÃO

1.700

RORAIMA

107

AMAPÁ

269

PARÁ

2.393

MATO GROSSO

870ALAGOAS

1.224

PERNAMBUCO

5.112

CEARÁ

4.005

PIAUÍ

1.297

RIO DE JANEIRO

5.778

RIO GRANDE DO NORTE

1.209

ESPÍRITO SANTO

1.378

PARAÍBA

742

PARANÁ

3.716

SANTA CATARINA

1.238

SÃO PAULO

25.239

SERGIPE

1.308

DISTRITO FEDERAL

1.667

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Recursos Humanos

Em números absolutos, o estado responsável pela geração de mais empregos foi São Paulo, com 3.785 vagas geradas entre 2017 e 2018. O se-tor de locação deste estado é o que mais emprega no país, com um total de 25.239 empregados.

Goiás ficou com o segundo lugar no quesito crescimento absoluto, gerando 766 mais empregos entre 2017 e 2018, seguido por Minas Gerais, res-ponsável pela criação de 564 vagas de trabalho.

Em questão de crescimento relativo, Goiás está em primeiro lugar no ranking. De 2.069 vagas em 2017, o estado saltou para 2.835 empregos em 2018, um crescimento de 37%. Em seguida está o Piauí, que de 1.024 vagas cresceu para 1.297, um aumento de 26,6%. O Maranhão vem em terceiro lugar, com um aumento de 23%, de 1.381 empre-gados em 2017 para 1.700 em 2018.

Segundo o diretor regional da ABLA em Goiás, Rogério Vila Verde Reis, o aumento de vagas de trabalho em seu estado foi realmente perceptível. “Eu percebi este aumento. Não sei nos demais es-tados, mas o que percebemos é que os aplicativos de transporte, como Uber e 99, causaram um au-mento de carros alugados por este segmento e de pessoas trabalhando nas locadoras ou em novas lo-cadoras”, disse Reis. Assim, neste estado que apre-sentou o maior crescimento relativo de vagas de empregos e segundo maior aumento absoluto, os resultados foram puxados pela popularização dos aplicativos principalmente em sua capital, Goiânia.

Por outro lado, no Maranhão, que está em ter-ceiro lugar no ranking de crescimento relativo, o crescimento foi puxado principalmente pela terceirização de frota, segundo o diretor regio-nal da ABLA no estado, Romero Rosa. Segundo ele, o crescimento poderia ter sido bem maior se houvesse maior investimento no turismo local. n

Segundo o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos 2019, da ABLA, em 2018 o setor de lo-cação foi responsável por ter empregado um total de 82.638 pessoas.

Em sua grande maioria, 59% destes emprega-dos possuem apenas o ensino médio completo, um total de 48.855 pessoas. Entre 2017 e 2018, a idade média dos trabalhadores do setor continuou a mesma: 37 anos.

Uma mudança significativa no perfil dos em-pregados tem relação com o gênero. Se em 2017 os homens eram 70% dos trabalhadores de loca-doras, em 2018 este número passou a ser 68%. Ou seja, houve um aumento na participação das mulheres na força de trabalho de 30% para 32%. No total, as vagas ocupadas pelas mulheres sofre-ram um aumento de 14,84% entre 2018 e 2019.

Mesmo com uma situação econômica desfavorá-vel entre 2017 e 2018 houve um crescimento de va-gas de trabalho no setor de 6%, ou seja, foram con-tratadas 4.739 pessoas neste intervalo de tempo.

201882.638

4.739

empregados

59%

6%

2018 a 2019

2017 a 2018

têm ensino médio completo

mais vagas

pessoas contratadas

mais mulheres ocupando vagas

14,84%

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Estado2017

número de vagas

2018número

de vagas

crescimento absoluto

crescimento relativo

Acre 102 100 -2 -2%

Alagoas 1199 1224 25 2%

Amapá 262 269 7 2,6%

Amazonas 1687 1982 295 17,48%

Bahia 6749 6319 -430 -6,4%

Ceará 4035 4005 -30 -0,8%

Distrito Federal 1775 1667 -108 -6,08

Espírito Santo 1284 1378 94 7,3%

Goiás 2069 2835 766 37%

Maranhão 1381 1700 319 23%

Mato Grosso 818 870 52 6,35%

Mato Grosso do Sul 1260 971 -289 -22,9%

Minas Gerais 7692 8256 564 7,3%

Pará 2377 2393 16 0,67%

Paraíba 686 742 56 8,1%

Paraná 3596 3716 120 3,3%

Pernambuco 5113 5112 -1 -0,02%

Piauí 1024 1297 273 26,6%

Rio de Janeiro 5720 5778 58 1%

Rio Grande do Norte 1589 1209 -380 -23,9%

Rio Grande do Sul 2336 2340 4 0,17%

Rondônia 281 297 16 5,6%

Roraima 109 107 -2 -1,8%

Santa Catarina 1144 1238 94 8,2%

São Paulo 21454 25239 3785 17,64%

Sergipe 1324 1308 -16 -1,2%

Tocantins 293 286 -7 -2,38%

Total 77899 82638 4739 6,08%

Recursos Humanos

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Capa

A REDE Globo de Televisão, por meio do progra-ma Fantástico, exibiu recentemente uma longa reportagem a respeito do tema “Apropriação In-débita de Veículos de Locadoras”, mostrando que as empresas de locação de veículos têm sido víti-mas dessa modalidade de crime, que cresceu nos últimos anos. Mais do que isso, o programa deixou claro que o setor de locação, por meio da ABLA e dos SINDLOCS, está agindo com ênfase junto às autoridades competentes para solucionar esse grave problema de segurança pública.

Via Ministério da Justiça, a ABLA está traba-lhando para obter agenda para reunião no DENA-TRAN, com pauta exclusiva sobre a questão da apropriação indébita. O objetivo é avançar para que conste nos registros dos DETRANS, não ape-nas os casos de roubo e furto, mas também os de apropriação indébita. A ABLA tem como pleito, também, a rápida solução para a atual falta de sistemas interligados na gestão dos DETRANS e das polícias, para que os próprios criminosos e/ou os receptadores comecem a enfrentar restrições de circulação quando em posse dos veículos apro-priados de maneira indevida.

As locadoras são vítimas da apropriação indé-bita, que é crime previsto no artigo 168 do Código

Penal Brasileiro: consiste em se apoderar de coisa alheia móvel, sem o consentimento do proprietá-rio. O criminoso recebe o bem por empréstimo ou em confiança, e passa a agir como se fosse dono.

A apropriação indébita consiste na não devolu-ção do veículo da locadora, enquanto o furto é a subtração do veículo que estava na posse da pró-pria locadora, sem que a empresa o tenha entre-gado de boa fé ao suposto cliente. Além disso, as seguradoras que atuam no Brasil ainda não dispo-nibilizaram no mercado de maneira eficaz uma co-bertura específica para a apropriação indébita de veículos, inclusive porque questões regulatórias acabam por dificultar que as seguradoras aceitem de maneira ampla tal cobertura.

Os veículos que são apropriados pelos crimi-nosos têm sido repassados a terceiros mediante venda (inclusive por meio de websites) por valores substancialmente abaixo dos preços de mercado. No sentido de inibir esse tipo de comércio ilegal, é importante lembrar que as pessoas que ficam rodando com os veículos nessas condições estão sujeitas a responder pelo crime de receptação.

Paralelamente, a ABLA também trabalha para que, nas delegacias, para efetuar boletim de ocorrência, as locadoras deixem de enfrentar a

COMBATE à apropriação indébita ganha novos capítulos

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dificuldade das autoridades que não permitirem o enquadramento como Roubo ou Furto, (sendo orientadas a solicitar perante a Justiça liminar para o caso de apropriação) e só então retornar à delegacia para a busca do veículo – ou seja, me-diante solicitação judicial.

Além disso, é pacífico nos estados que no caso de furto, roubo ou perda total do veículo por sinis-tro, só é devido o pagamento do IPVA até a data do ocorrido, o que não era aplicado nos casos de apropriação indébita. O fato novo é que, consulta-da pelo SINDLOC/BA, a Secretaria da Fazenda da-quele estado respondeu que os casos de apropria-ção indébita também terão o mesmo tratamento (veja mais no Box), o que poderá vir a ser aplicado também em outros estados.

Conforme estimativa da ABLA, aproximada-mente nove mil veículos sofreram apropriação in-débita no último ano. Isso equivale entre 1% e 2% da frota total do setor no Brasil. Os criminosos não somente fazem investidas nas locadoras que estão nos aeroportos, mas também em locadoras nos centros urbanos. Assim, as locadoras devem manter a documentação de suporte atualizada de forma a utilizá-la no caso de localização do veícu-lo e/ou de precisar de futuro suporte jurídico para a recuperação dos veículos.

A Procuradoria Fiscal da Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PROFIS/PGE) decidiu com base na Lei do IPVA daquele estado, que em qualquer hipótese que prive o titular do veículo dos direitos inerentes à propriedade, configura-se a dispensa do IPVA no montante proporcional ao tempo em que se deu esta privação.

O SINDLOC/BA protocolou requerimento na PROFIS/PGE sugerindo a alteração da Lei do IPVA, a fim de contemplar, de forma expressa, a dispensa do referido tributo nos casos de crimes de apropriação indébita e estelionato. A PROFIS/PGE concluiu que não seria necessária alteração legislativa, por entender que o §5º do art. 7º da Lei nº 6.348/91 contempla a situação em que o titular do bem é privado dos direitos inerentes à propriedade, bastando apenas que a locadora apresente o Boletim de Ocorrência do crime.

A PROFIS/PGE, ainda, conferiu caráter uni-forme ao pronunciamento jurídico. Ou seja, as conclusões apresentadas devem ser observadas em todos os demais processos administrativos e judiciais que versem sobre a questão. Assim, por meio do pronunciamento jurídico da PROFIS/PGE e do parecer da SEFAZ/BA, o setor conse-guiu resolver de forma definitiva no estado da Bahia a questão da dispensa do IPVA nos casos de apropriação indébita. Certamente, as ma-nifestações proferidas tornam-se precedentes para nortearem a atuação de todos os estados e até mesmo da jurisprudência brasileira.

IPVA PROPORCIONAL

ABLA segue trabalhando pelo melhor e mais rápido atendimento para as principais necessi-dades das empresas de locação para a redução de riscos relacionados com a apropriação indébi-ta, problema que atinge as pequenas, médias e grandes locadoras. Nesse sentido, é importante lembrar que as locadoras associadas já podem contar com produtos e serviços que auxiliam a prevenção, tais como sistemas de rastreamento da frota, bloqueadores e serviços de biometria que podem ser contratados junto a parceiros de negócios da ABLA, a partir de condições comer-ciais diferenciadas e previamente negociadas pela associação junto aos fornecedores.

APOIO PARA LOCADORAS ASSOCIADAS

ABLA e a FENALOC, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, estão divulgando uma novi-dade do Sistema Nacional de Alarmes (SINAL). Trata-se da criação e da inclusão de um campo específico para receber informações sobre ca-sos de apropriação indébita no sistema SINAL (https://www.prf.gov.br/sinal).

Isso porque, com o apropriado registro para os casos de apropriação indébita no SINAL, a Polícia Rodoviária Federal pode identificar e fazer a con-sequente retenção dos veículos que se encontra-rem nessa situação, numa iniciativa que aumenta a probabilidade de recuperação e a chance da lo-cadora ter o veículo de volta à sua frota.

Para usar esse novo campo do SINAL, basta acessar o portal do sistema e incluir no histórico da ocorrência, junto com os dados do veículo, a cidade, a Delegacia de Polícia, a data, o número do Boletim de Ocorrência e um telefone de conta-to para o caso de retenção. O próprio sistema se encarrega de enviar automaticamente uma men-sagem ao telefone funcional dos agentes da PRF.

AVANÇO NO SISTEMA SINAL

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Mercosul

PLACA DO MERCOSUL

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SINAL DE CONFUSÃO

PLACA DO MERCOSUL

Histórico da adoção de emplacamento única entre os países do bloco registra muitas idas e vindas. Diretores regionais apontam benefícios e desvantagens da novidade

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Mercosul

A IMPLEMENTAÇÃO da placa de identificação de veículos no padrão Mercosul é uma verdadeira novela, com reviravoltas, idas e vindas. A ideia de unificar as placas de Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (a Venezuela está atualmente suspen-sa do bloco) foi aprovada pela primeira vez em 15 de dezembro de 2010, em um encontro diplomá-tico realizado em Foz de Iguaçu. A justificativa da ideia era facilitar a circulação de veículos pe-los países do bloco, além de melhorar as condi-ções de segurança viária.

Assim, a odisseia de implementação da cha-mada “placa azul” dura quase uma década. Em outubro de 2014, em outro encontro diplomáti-co, desta vez realizado em Buenos Aires, o mo-delo inicial da placa do Mercosul foi aprovado, com implantação prevista a partir de 2016. En-tretanto, no Brasil, a adoção da nova placa só foi formalizada em março de 2018, através da Re-solução n°729 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), que decretou o estabelecimento do novo padrão.

Segundo esta resolução, a nova placa segue as mesmas dimensões das antigas “placas cin-zas”, que medem 40 cm de largura por 13 cm de altura. Além disso, as letras e os números da nova placa não são mais separadas, mas em-baralhadas seguindo o padrão LLL NLNN para automóveis e LLL NN LN para motocicletas (em que L é letra e N, número). Desde que a Reso-lução n°729 foi publicada, entretanto, houve di-versas alterações no modelo da placa: o chip de segurança e identificação que seria acoplado à placa foi substituído por um QR code; o lacre previsto inicialmente foi descartado; e as ban-deiras e brasões do estado e da cidade que não estavam previstos, foram adotados por pressão das secretarias estaduais de segurança pública, e depois foram novamente abandonados.

Todavia, essas não foram as únicas idas e vin-das. Em novembro de 2018, uma nova resolução do CONTRAN (n°748) adotou uma implantação es-calonada das placas por estados, começando pelo Rio de Janeiro. A ideia era que até 31 de dezembro de 2018 todos os novos veículos de todos os esta-dos seriam emplacados com o novo modelo.

A reviravolta aconteceu cerca de um mês depois, em 20 de dezembro de 2018. Nesta data, o CON-TRAN publicou a Resolução n°770, que prorrogou o prazo de implantação até 30 de junho de 2019, além de permitir ao DENATRAN alterar este prazo caso fosse comprovada a falta de integração entre o sis-tema nacional e o sistema de cada estado.

“Foram implementados ao longo de 2018 pra-zos relativamente curtos para que os estados

adotassem o padrão de placa do Mercosul”, ex-plica o advogado Adriano Augusto Pereira de Castro. “A placa do Mercosul é potencialmente um avanço, mas foi implementada de maneira prematura em relação às medidas que deveriam acompanhá-la. O que foi prematura é a forma de implementação, porque não era o momento. Não por questão de segurança, mas por questão de in-fraestrutura. O modelo é bom, mas o problema é a infraestrutura operacional do sistema que não foi criada de forma completa, o que acabou geran-do mais problemas. Mas a ideia, como conceito, é boa, o problema foi a execução”.

Desta forma, as idas e vindas do CONTRAN em relação ao prazo de implementação das placas acabou prejudicando diversos setores econômicos, principalmente as locadoras de ve-ículos. “O novo modelo foi implementado, mas alguns estados não implementaram e ficamos

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Mercosul

trabalhando no pior dos mundos”, descreve Cas-tro. “Porque se você tem um carro que roda ape-nas em um estado, tudo bem, mas quando você tem grandes frotas rodando em vários estados, você tem placas e padrões diferentes causando uma duplicidade nos sistemas de registros. Sem contar que os sistemas todos utilizam a placa original que foi colocada, para migrar de um sistema para outro a transição foi muito curta. Esse problema existiu nos estados, nos órgãos públicos e também nas empresas, em que todos os sistemas de administração de frota ficaram obsoletos. Então você tem uma base de dados duplicada, o que é um absurdo”.

O resultado da implementação escalonada da placa é que, até agora, apenas sete estados fo-ram obrigados a fazer a alteração: Rio de Janei-ro, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. No total,

mais de um milhão de veículos já circulam com a nova placa pelo Brasil.

Segundo o presidente do SINDILOC do Paraná, Michel Barbosa Lima, a implementação em ape-nas alguns estados gerou uma competição desi-gual entre as locadoras. “Está um transtorno, as empresas que estão em São Paulo e Minas Gerais hoje tem uma vantagem competitiva contra os ou-tros estados que já têm a placa”, disse Lima.

No entanto, este não é o único dos diversos problemas gerados pela adoção da placa azul. “Este novo padrão também altera algumas roti-nas operacionais importantes para as locadoras, relacionadas a emplacamento, licenciamento, no-vas vias de placas em casos de colisão e até mes-mo a substituição documental”, explica Castro.

Um dos problemas é o fato que agora o docu-mento de veículo está vinculado à placa física. “O documento ser vinculado à placa física em tese é bom, porque aumentaria a segurança e apertaria o cerco a documentos falsos e placas clonadas. Mas do jeito que foi implementado, a gente ficou com um bloqueio: se você perde o documento tem que trocar a placa física. O que é bem complicado operacionalmente”, disse Castro. Lima também concorda que a vinculação entre documento e placa é problemática: “Isto tudo é transtorno. Se o carro é do Paraná e está rodando no Maranhão, se você perder o documento tem que enviar a nova placa até lá”.

Outro problema é que, devido a uma das re-soluções do CONTRAN, apenas os fabricantes de placas podem emplacar os veículos. “Apesar da placa não precisar mais do lacre, uma resolução do Denatran diz que a placa só pode ser coloca-da pelo fabricante”, reclama Lima. “O que é um absurdo. Porque é só parafusar, como não tem lacre não tem nada. Só que gerou um problema para as locadoras, se um carro em outro estado perde a placa”.

Márcio Gonçalves, diretor regional da ABLA no Espírito Santo, também concorda que isto é um problema. “O maior problema é no próprio empla-camento, em que você precisa levar o veículo até o setor de emplacamento, coisa que antigamen-te não precisava. Agora não, você tem que levar no emplacador para tirar foto do veículo e poder emplacar. Então os emplacamentos ficaram mais complicados”, disse Gonçalves.

“Outro detalhe é que o QR code implantado é colocado na placa física, não na estamparia”, aler-ta Castro. “Então se você perde um documento ou sofre um dano na placa, você tem que trocar a placa física. O processo de troca física se tor-nou muito mais lento, então se antes em um ou

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PROMESSA DE CAMPANHA

Além dos problemas gerados pela nova pla-ca do Mercosul, outro elemento foi adiciona-do à confusão. Durante a campanha eleito-ral de 2018, o então candidato a presidência Jair Bolsonaro reiteradamente declarou que anularia a medida caso fosse eleito. Após sua posse, o presidente da república afirmou em uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, em março de 2019, que a medida se-ria realmente revista.

“Nós também estamos em contato já há algum tempo com o nosso ministro Tarcísio, da Infraestrutura, para ver se a gente consegue anular essa placa do Mer-cosul. Porque eu acho que não tem ali o município, a placa de trânsito dos nossos carros ali. Não traz, no meu entender, be-nefício para o Brasil essa placa do Merco-sul. É um constrangimento, é uma despesa a mais para a população. Vamos tentar en-tão, estamos tentando uma maneira legal. Eu acho que dá para encontrar a solução de acabarmos com essa placa do Mercosul também”, disse o presidente.

Por outro lado, em comunicado, o Mi-nistério da Infraestrutura admitiu que manteria a implementação das novas pla-cas. Assim, além dos atuais problemas enfrentados, não está claro qual será o futuro das placas do Mercosul.

dois dias você tinha placa nova, agora o prazo é de até 20 dias, o que é muito longo para as locadoras. Perder documento ou sofrer algum dano nas placas são ocorrências comuns nas vidas das locadoras, mas isso agora está geran-do uma demora para substituição bem maior. E além de gerar prejuízo para a locadora, tam-bém é uma fonte inesgotável de conflitos: quem vai pagar pelos dias do carro parado? Vai ser o cliente? A seguradora?”.

“Nosso mercado de locação foi prejudicado por causa disso”, disse Lima. “Se eu tenho um carro do Paraná rodando no Mato Grosso ou no Amazonas e perder a placa, enquanto a fábrica do Paraná não tiver a placa nova, o carro fica para-do. Hoje em dia se você perdeu uma placa ou se ela foi roubada, é no mínimo quatro ou cinco dias úteis até trocar a placa. E o cliente não está preo-cupado, o problema é da locadora. Até você pedir a placa, pagar a taxa, mandar a placa por sedex, marcar hora com a empresa credenciada… Não é um processo automático em que você pega a placa e manda para filial e um próprio funcionário pode solucionar o problema”.

O preço das novas placas também é uma recla-mação comum das locadoras de veículos nos es-tados que já as adotaram, apesar de inicialmente ser divulgado que os preços seriam mais baixos do que antes. “Aqui no Espírito Santo está 200 re-ais o par de placas, apesar de você não ter o lacre. Enquanto isso em Minas Gerais o par de placas é 40, 50 reais”, explicou Gonçalves.

Devido a todos estes problemas, ainda não está claro se as placas do Mercosul trouxeram vantagens para as locadoras. Michel Lima, por exemplo, é categórico: “Se em junho de 2019 resolvesse o problema, não estaria preocupa-do. O problema é que tudo o que estamos en-frentando aqui no Paraná vai se alastrar pelo Brasil inteiro. Não deveria ter sido feito, foi criado simplesmente para alguns fabricantes. A justificativa é integrar o Mercosul e admi-nistrar as multas de estrangeiros, mas isso é tão pouco que não justifica prejudicar todo o Brasil. Não existe ganho de competitividade, não existe ganho de segurança. Foi feito tudo na correria, com pressa. É perda de tempo, au-mento de custos. Não vejo benefícios para nin-guém, nem para o Governo, nem para seguran-ça para o proprietário. A visualização da placa azul ainda é pior que a antiga.”

Por outro lado, Márcio Gonçalves é mais oti-mista: “está bem cedo para avaliar a longo pra-zo quais foram os benefícios ou os malefícios em relação à segurança. Operacionalmente, você tem que fazer um ajuste de sistema, mas que não é

nada tão complicado. Você tem que reorganizar a questão de arquivamento, porque você utilizava apenas numerais e agora se usa letras também, mas é um problema simples de ser resolvido”.

“Fiquei satisfeito que o Espírito Santo está saindo na frente”, conclui Gonçalves. “Porque eu acho que a gente tem que sempre manter a mo-dernidade e essa questão da placa nova no meu entender visa dar mais segurança, principalmen-te em questão de roubo de carros ou clonagem de placas. Ainda não tenho provas do sistema, nenhum carro nosso foi roubado ou clonado, mas entendo que será algo que ficará mais difícil para criminosos atuarem”. n

Mercosul

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XIV Fórum Internacional do Setor de Locação de VeículosEm outubro de 2019 realizaremos o maior evento do setor de locação de veículos da América Latina!

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS LOCADORAS DE AUTOMÓVEIS

Não perca a chance de participar e obter informações do mercado de locação: Público qualificado, painelistas internacionais, tradução simultânea e uma grande chance de apresentar seus produtos às locadoras.

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Mercado

Frota das locadoras está maisjovem

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Mercado

SEGUNDO o Anuário Brasileiro do Setor de Loca-ção de Veículos de 2019, publicado pela ABLA, a frota das locadoras de veículos está na contramão da tendência geral do país no quesito de idade mé-dia dos veículos. Em 2016 a idade média da frota era de 20,7 meses, em 2017 este número caiu para 18 meses e chegou a 17 meses em 2018.

Como se sabe, a idade média dos veículos das locadoras poderia ser ainda menor caso a situa-ção econômica brasileira melhorasse e se os ban-cos oferecessem mais crédito para a compra de novos e seminovos. O resultado é que a frota bra-sileira, no geral, está envelhecendo.

De acordo com um recente estudo do Sin-dicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o Re-latório da Frota Circulante, a idade média dos carros brasileiros está cada vez maior, reflexo da recessão econômica pela qual passou o país nos últimos anos.

Entre 2012 e 2017, a idade média dos automó-veis em circulação no Brasil subiu um ano. Se em 2012, antes da crise econômica, a idade média era de oito anos e seis meses, em 2017 este valor sal-tou para nove anos e seis meses. Se forem consi-derados na análise outros veículos, como ônibus e caminhões, a idade da frota teria subido um ano e um mês entre os dois períodos. Segundo o Sin-dipeças, a tendência é de piora para os próximos dois anos. A projeção para 2020 é que a idade média dos carros chegue a dez anos.

Assim, comparando os dados do relatório com as estatísticas do Anuário ABLA, os números re-velam que as locadoras estão na frente ao serem capazes de oferecer à população veículos com uma idade média de apenas 17 meses. A pesqui-sa também aponta para mais uma oportunidade a ser explorada a partir da divulgação da cultura do aluguel do automóvel, em detrimento da cultura da propriedade.

Por um lado, considerando a necessidade de desmobilização, o envelhecimento geral da frota pode afetar a atividade das locadoras, ao sinalizar uma tendência de dificuldade na comercialização de seminovos.

O mesmo relatório demonstra que, do total de automóveis em circulação, apenas 30% dos veí-culos têm até cinco anos de idade. 35% dos auto-móveis possuem entre seis a dez anos de idade, enquanto 29% possuem mais de dez anos.

Isto é reflexo direto da queda de vendas de veículos após a crise econômica. Em 2013 foram vendidos 3,76 milhões de carros zero quilômetro, enquanto em 2018 este número recuou para 2,56 milhões, uma quantidade de 1,17 milhão a menos.

Locação tem mais

oportunidades diante

dessa tendência, uma

vez que a idade média

da frota das locadoras

caiu para 17 meses

“Se não houver ajuda para promover a troca de veículos mais antigos, o problema vai conti-nuar”, afirma Elias Mufarej, diretor do Sindipe-ças. Na avaliação da entidade, uma frota mais velha traz efeitos danosos em relação à segu-rança, principalmente nas estradas, e as conse-quências são graves.

O estudo do Sindipeças também revelou que o número de habitantes por veículos em circulação diminuiu em dez anos, ou seja, a quantidade de automóveis em circulação aumentou. Em 2007, havia 7,3 habitantes por veículos no Brasil, valor reduzido a 4,8 habitantes por veículos em 2017. Houve, assim, uma queda de 34,2%.

Apesar desta relativa melhora, os números são modestos frente a países desenvolvidos e até mesmo aos nossos vizinhos. Nos Estados Unidos, por exemplo, a relação é de 1,2 habitante por veí-culo, na Alemanha o valor é de 1,7 e na Argentina há 3,2 moradores por automóvel. n

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A importância da resiliênciaO portal de empreendedorismo Business Insider recentemente escreveu uma matéria sobre os motivos pelos quais a resiliência emocional é importante. Em um momento de crise, manter a cabeça no lugar pode ser um diferencial entre o desastre e a solução do problema. Pensando nisso, o site elencou uma série de dicas para empresários serem mais resilientes, como:

1. mantenha sempre perto de você um círculo de pessoas de sua confiança.

2. não fique paralisado diante de um problema, atue!

3. não lute contra mudanças, aceite-as.

4. tente reformular sempre suas perspectivas, apegando-se às mais positivas.

O ensinamento de Thomas Edison Nascido no século XIX, Thomas Edison foi um dos empreendedores mais famosos do mundo. Cientista e inventor, foi responsável pela criação da lâmpada e da câmera de filmar, entre outras coisas. Assim, vale sempre a pena lembrar de uma de suas frases mais famosas: “quase todos os homens que desenvolvem uma ideia trabalham com ela até o ponto onde parece ser impossível, e então eles desanimam. Este não é o momento para desanimar”. Ou seja, para Edison, é diante de tarefas que muitos julgam serem impossíveis que está um dos segredos do sucesso.

O que podemos aprender com empreendedores do passado?

Como enfrentar maus momentos?

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A importância do autocuidadoUma pesquisa recente da Universidade da Califórnia alerta: empreendedores têm duas vezes mais chances de sofrerem de depressão, se comparados com a média da população. Todos sabem que a vida de um empresário não é fácil, mas muitos ignoram que o dia-a-dia estressante pode gerar problemas mentais à longo prazo. Por isso este dado é importante, porque ele mostra que não é incomum sofrer de depressão e que é recomendável procurar ajuda profissional de um psiquiatra ou psicólogo aos sinais de sintomas como cansaço constante e pensamentos negativos em excesso. Lembre-se: autocuidado faz parte do sucesso!

Os passos de Barack ObamaRecentemente, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama deu uma palestra para empresários do setor de tecnologia. Lá, ele explicou seu passo a passo para a resolução de problemas extremamente difíceis. O primeiro passo é aceitar que não há solução perfeita, então a solução envolve pensar em qual o caminho tem maior probabilidade de sucesso (ou menor chance de fracasso). O segundo passo é deixar seu ego de lado e se cercar de pessoas inteligentes. O terceiro e último passo é perguntar, perguntar e perguntar. Só assim você estará bem informado para agir.

Empreender pode fazer mal à saúde?

Como solucionar problemas difíceis?

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Tecnologia

Marketing digitalTIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE O MARKETING DIGITAL PARA SUA EMPRESA

SEGUNDO Sérgio Falcão, consultor de Marke-ting Digital, o marketing tradicional era invasivo. Quando você assiste televisão, uma propaganda tradicional invade sua sala de estar, interrom-pendo seu entretenimento. Hoje, com a migração cada vez mais acelerada do público para as mí-dias digitais, o caminho entre empresa e consu-midor foi invertido.

“Hoje é o consumidor que procura a empresa. Então o que a empresa tem que fazer? É pavimentar a estrada do consumidor até o cliente”, avisa Fal-cão. “Quem está interessado em alugar um veículo hoje, um turista, por exemplo, chega no destino com o carro já contratado. Na cidade original dele ele já fez uma busca de veículos no Google, e no ranking do buscador já aparecem os anúncios das empresas que pagam e também os resultados gratuitos, por merecimento. Então a locadora que não está listada no Google não existe para esse consumidor. A chan-ce de ele chegar à locadora é mínima”.

Assim, mais do que uma necessidade, o marketing digital é uma obrigação para as locado-ras no século XXI. E isto não vale apenas para as locadoras especializadas em aluguel diário. Quem pretende trabalhar com terceirização de frota também precisa se atentar para as mudanças no mercado e nos meios de comunicação. “Se for uma locadora de terceirização de frota ela precisa ter um bom site, porque a maioria das empresas estão procurando o serviço através de seus com-putadores. Segundo uma pesquisa, 70% do públi-co que procura uma terceirização de frota faz isso através do computador. Então a locadora precisa ter um site completo, aparecer na primeira página do Google. E as redes sociais também são um lu-gar obrigatório, onde a gente consegue direcionar a publicação para um público alvo interessado em seus produtos”, disse Falcão.

Em relação às redes sociais, Falcão também tem dicas para as locadoras. Quem trabalha com aluguel diário precisa ter perfis no Facebook e no

Instagram, sendo este último especialmente mais importante para se atingir o público jovem e mais antenado. Já como o público das locadoras de ter-ceirização de frota é composto por pessoas jurí-dicas, o recomendado é ter um perfil no LinkedIn, que reúne um público mais profissional, e também no Instagram, para agregar valor à sua marca.

Também é preciso prestar atenção aos erros mais comuns cometidos no marketing digital. O primeiro erro é ter um conteúdo inadequado. Um exemplo é destacar em seu site preços baixos quando na verdade seu consumidor está interes-sado em um serviço de qualidade. Outro engano é direcionar sua comunicação para um público errado, como quando uma empresa de terceiriza-ção de frota direciona seu conteúdo para pesso-as físicas, em vez de pessoas jurídicas. O terceiro equívoco mais comum é anunciar nos canais er-rados, como investir em uma rede social que não é adequada à sua empresa.

Mas, afinal, como começar a investir em marketing digital? Há alguns caminhos, sendo o primeiro a criação de um departamento pró-prio para o assunto dentro de sua empresa. Entretanto, esta opção depende do tamanho da empresa e também esbarra na falta de pro-fissionais competentes na área. Outra escolha é a contratação de um consultor de marketing digital freelancer, que criará um projeto para solucionar pontualmente os problemas da em-presa. A última escolha é contratar uma agência de marketing. Apesar dos custos, esta opção é recompensadora por oferecer de uma só vez um leque de especializações de marketing, como redatores, publicitários e designers.

Antes de contratar um profissional ou uma agência é essencial ter alguns cuidados. É impor-tante avaliar bem o profissional, ver se ele tem ex-periência pregressa com o setor de locação (que possui muitas peculiaridades) e pegar referências de clientes atuais ou antigos. n

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ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE AS REDES SOCIAIS

INSTAGRAM LINKEDINFACEBOOK

Rede social voltada para networking entre profissionais e empresas. É uma plataforma mais séria que o Facebook e Instagram, então é importante prestar muita atenção na linguagem, que deve ser mais formal. É uma rede importante para quem quer anunciar para pessoas jurídicas.

O Facebook é provavelmente a rede social mais utilizada no Brasil, permitindo postagem de textos, fotos ou vídeos. Seu sistema de publicidade avança-do permite direcionar anúncios pagos para o seu público-alvo, de acordo com característi-cas como local e interesses. Entretanto, é uma plataforma mais informal, não sendo recomendada para quem busca melhorar o relacionamento com pessoas jurídicas.

Uma das redes sociais que mais cresce no momento, o Instagram é especializado em fotos e vídeos. É especialmente eficaz quando seu público-alvo é composto por pessoas mais jovens.

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Comunicação

ABLA INVESTE em novos meios de comunicação

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A ABLA tem uma preocupação constante de aprimorar seus canais de comunicação com as empresas associadas e também com o público em geral, buscando conscientizar empresários e cidadãos sobre a importância que o setor de lo-cação possui para a mobilidade urbana e para a infraestrutura do Brasil. Neste sentido, recente-mente a ABLA inaugurou um novo canal de co-municação digital, através de seu novo perfil no Instagram, e investiu em duas animações para seu canal no Youtube.

O Instagram é uma rede social que cresce rapidamente, principalmente entre os mais jo-vens. Nos últimos anos se tornou uma plata-forma obrigatória para quem quer manter uma boa presença digital. Através de fotos, a ABLA pretende manter o público constantemente atu-alizado sobre suas atividades, além de divulgar uma imagem positiva sobre a locação de veícu-los no Brasil.

No Youtube, a ABLA marcou sua presença com a estreia de dois vídeos: um sobre a própria associação e outro sobre a UNIABLA. Ambos os vídeos foram realizados pela agência Animadís-simos em estilo motion graphics, ou seja, foram animados digitalmente.

O primeiro vídeo explica ao público o que é a ABLA, qual sua importância e quais são seus objetivos. “Com sedes em Brasília e São Pau-lo, estimulamos investimentos e oferecemos suporte para locadoras para diversas áreas de administração e de gestão com uma equipe de profissionais preparada para atender as empre-sas associadas nas principais questões do dia a dia do negócio”, afirma o vídeo.

Além disso, o vídeo destaca como a ABLA faz parte de um movimento para destacar como a locação de veículos é um fator cada vez mais im-portante para a mobilidade. “Comparando com a compra, cada vez mais pessoas descobrem que o aluguel é o jeito mais moderno, inteligente e barato de dirigir um carro. Para isso existem milhares de locadoras no Brasil que se dedicam a atender os desejos de liberdade e comodidade

exigidos por um novo conceito de mobilidade ur-bana”, diz o primeiro vídeo.

Já o segundo vídeo se dedica a explicar a im-portância da UNIABLA para a capacitação e o desenvolvimento das empresas de locação de carros no Brasil. “Para que as locadoras aten-dam ainda melhor os milhões de usuários de car-ros alugados, nós da ABLA criamos a UNIABLA, um projeto de qualificação profissional.

“Na UNIABLA valorizamos o esforço individu-al de cada profissional e potencializamos os seus conhecimentos, ampliando a visão empreende-dora e melhorando ainda mais o desempenho do negócio. O sucesso e aprimoramento devem ser contínuos”, explica o vídeo.

Ambos os vídeos são curtos, ágeis e com um formato contemporâneo, sendo perfeitos para in-troduzir a um público leigo qual o papel da ABLA e da UNIABLA. Devido ao seu amplo conteúdo, os vídeos devem se manter atuais durante um longo tempo, o que os tornam úteis para apresentações em eventos. Assim, ambos os vídeos merecem ser acessados e compartilhados por todos.

Confira-os em: www.youtube.com/abla

@ABLABRASIL

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Tira-Teima

Cliente: É melhor viajar de carro alugado ou ir com o carro próprio? ABLA Responde: Caso você opte por sair já de automóvel, certa-mente a opção de locar o veículo traz muitas vantagens em rela-ção ao uso do carro próprio. Entre as mais significativas, evita-se o desgaste do automóvel próprio e, em caso de pane ou acidente, a locadora tomará todas as providências necessárias para garantir a sequencia da sua viagem.

Cliente: É melhor viajar de carro alugado ou ir de avião e alugar um carro no destino?ABLA Responde: Quanto a viajar de avião, a locação de automóveis acaba se transformando em um meio de transporte complementar ao modal aéreo, seja a partir do aluguel no próprio aeroporto, seja fazendo a reserva em uma das empresas que atuam em cada desti-no. Com o automóvel alugado, o turista que chega de avião fica livre ampliar o horizonte de sua viagem, conhecendo não apenas a cida-de/destino em si, mas também as atrações turísticas próximas. Um turista de lazer, ou mesmo de negócios, que chega de avião numa capital, por exemplo, ao alugar um veículo poderá conhecer tam-bém, com muito mais facilidade, o litoral de outros estados vizinhos ou o interior do estado. E assim por diante, para todos os destinos no Brasil. Chamamos isso de turismo de roteiros, o que somente com um automóvel alugado é possível fazer com qualidade.

Cliente: Além das viagens, em quais situações é vantajoso alugar um carro?ABLA Responde: O setor de locação de veículos tem sentido a ex-pansão do aluguel diário exatamente porque a demanda pelo alu-guel por parte das pessoas físicas não ocorre somente em função das viagens: há uma série de outras situações cotidianas em que o automóvel alugado tem se mostrado como boa alternativa. Por exemplo: há os que locam enquanto seu veículo próprio está para-do, por questões de mecânica ou de funilaria; especificamente na cidade de São Paulo, ainda há a possibilidade de locar o automóvel para os dias de rodízio; e há clientes que, antes de adquirir um novo carro, o alugam por alguns dias como uma boa opção para conhecer o modelo desejado e, assim, observar de fato seu desempenho no trânsito da cidade e nas estradas.

Cliente: É possível reservar determinado modelo de veículo?ABLA Responde: É possível, porém na maioria das locadoras a re-serva é feita somente por categoria (grupo de veículos). Por exem-plo, ao reservar a locação de um veículo de luxo, nas locadoras que trabalham com esses modelos, o cliente certamente terá à disposi-ção um Audi, BMW, Mercedes Benz, entre as opções de diferentes montadoras que já atuam nesse nicho de mercado.

?

Atendimento ao Cliente

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Regionais

Lançamentos estaduais do Anuário atraem atençõesEventos regionais para a apresentação das mais recentes estatísticas do setor colaboram para estimular a cultura do aluguel de veículos de norte a sul do país

DEPOIS de ter sido inicialmente lançado em São Paulo, o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veículos, versão 2019, também está sendo apresentado em diversas regiões do país, por meio de eventos organizados pelos diretores re-gionais da ABLA, com apoio dos SINDLOCS.

A maioria desses encontros estaduais tem contado, inclusive, com a presença do Presiden-te do Conselho Nacional, Paulo Miguel Júnior, ao lado de concessionárias e distribuidores de veí-culos, entidades de classe locais e instituições de crédito, entre outros fornecedores de produtos e serviços para locadoras.

No Espírito Santo, o diretor regional Marcio Castelo Branco Gonçalves conta que recebeu aproximadamente 45 convidados. Em 2019, o es-

Espírito Santo

tado comprou 8% menos veículos que em 2017, mas, mesmo assim, obteve crescimento na frota total, que foi de 4.739 para 4.803 automóveis e comerciais leves. “Isso reflete a questão da ativi-dade econômica e é por isso que, em 2019, a gente espera aumento não só da frota total, como tam-bém dos emplacamentos”, diz ele. “Estamos com expectativa de melhores ventos econômicos”.

Importante destacar que os diretores regio-nais têm tido papel fundamental não só para via-bilizar os eventos, como buscando meios para re-aliza-los praticamente sem custos para a ABLA. Isso se dá na medida em que os diretores atuam na busca de parceiros e patrocinadores, evitando gastos com a locação de espaço e com serviços de Buffet.

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Regionais

Paraná

Minas Gerais

Rio Grande do SulEspirito Santo – O diretor da ABLA/ES Marcio Castelo

Branco Gonçalves (à esquerda) recebeu convidados dos

públicos externo e interno para o lançamento, como Paulo

Nemer (conselho consultivo da ABLA) e os conselheiros

Jacqueline Moraes de Mello. O presidente do Conselho

Nacional, Paulo Miguel Junior (alto), apresentou os

números do setor

Paraná – O lançamento no Paraná contou com

representantes das locadoras e de toda a cadeia de

fornecedores do setor

Minas Gerais – O vice-presidente do Conselho Gestor da

ABLA, Marco Aurélio Gonçalves Nazaré, apresentou os

dados do Anuário para o público de Minas Gerais

Rio Grande do Sul - O lançamento no mercado gaúcho foi

uma oportunidade para discutir os desafios do setor

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agilidade necessária para o setor em relação ao li-cenciamento dos veículos. “Isso é muito importante porque, no caso das locadoras, cada dia parado em função de trâmites burocráticos significa prejuízo direto para a atividade e para os clientes”, diz Leo-nardo Soares, diretor regional da ABLA no estado.

Leonardo acrescenta o aumento de demanda por parte de motoristas de aplicativos, não só em Minas como em todo o Brasil, assim como o cresci-mento da modalidade de aluguel de longa duração para pessoas físicas. “Esses nichos foram fatores importantes para a redução da taxa de ociosidade dos veículos em Minas”, avalia. “Também estamos apostando na retomada econômica brasileira, o que será fundamental para que a atividade de lo-cação de veículos continue crescendo”.

No Rio Grande do Sul, o lançamento do Anuá-rio 2019 reuniu mais de 40 pessoas. “O mercado de aluguel de veículos no nosso estado é marcado pela grande competitividade, o que torna ainda mais importante os cuidados de gestão do ne-gócio para garantir margens de lucro, que ficam cada vez mais apertadas”, avalia Rodrigo Selba-ch, diretor regional no estado.

Ricardo Zamuner, diretor regional de Santa Catarina, conta que, embora ainda tímido, o cres-cimento da oferta de empregos no setor durante o ano passado pode ser visto como um sinal posi-tivo em relação ao ritmo da atividade de locação. “As coisas estão caminhando”, diz ele. “Porém, boa parte das locadoras está aguardando melho-res condições macroeconômicas para voltar a in-vestir com mais ênfase em renovação e ampliação da frota”, afirma Zamuner.

Em Goiás, o lançamento das estatísticas da lo-cação contou com o apoio do diretor regional Ro-gério Vila Verde Reis. “Tenho 15 anos de trabalho nesse setor e, mesmo depois desse tempo, ainda me surpreendo com a capacidade que a maioria dos empresários tem para superar as dificulda-des”, diz ele. Rogério também destaca o cresci-mento de demanda por parte de motoristas de aplicativos, assim como a retomada de consultas e de negócios relacionados com a terceirização de frotas no estado.

Rogério Vila Verde Reis acrescenta ainda que os cursos de capacitação oferecidos pela UNIA-BLA têm sido muito importantes para a consolida-ção do setor de aluguel de veículos em Goiás. “Os cursos estimulam a união do setor, fortalecendo e especializando um número cada vez maior de profissionais e de empresários”.

Vale lembrar que todas as locadoras associa-das já receberam, via Correios, exemplares do Anuário do Setor, que também pode ser consulta-do gratuitamente no portal www.abla.com.br.

Santa Catarina

Goiás

O Paraná é exemplo disso. Tercio Gritsch, di-retor regional da ABLA no estado, explica que o evento em Curitiba repetiu o êxito verificado em 2018. “Um sucesso, com cerca de 60 pessoas em um café da manhã patrocinado pela EuroIT Tecnologia”, destaca.

Em Minas Gerais, o evento de lançamento teve destaque, principalmente por se tratar do estado no qual há a maior concentração de emplacamen-tos de veículos de locadoras no Brasil. Paralelamen-te, há ainda o bom trabalho do DETRAN mineiro, que vem se estruturando para proporcionar a

Santa Catarina - O evento em Santa Catarina refletiu o

otimismo e a expectativa por mudanças no mercado local

Goiás – “Os números do Anuário refletem a capacidade de o

empresário do setor se reinventar”, definiu o diretor regional da

ABLA/GO Rogério Vila Verde Reis

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Serviços

Evitando prejuízos com contrato de locaçãoO MODELO de negócio das locadoras é essencial para a infraestrutura do país, mas é um negócio naturalmente arriscado: os empresários investem seu capital em veículos e ganham a vida cedendo temporariamente seus bens para inúmeras pessoas. Um dos fatores que tornam o negócio seguro e sustentável é, entretanto, muitas vezes subestimado pelas locadoras. Trata-se do contrato de locação de veículos, uma rede de proteção jurídica essencial para as empresas evitarem constantes prejuízos.

“As locadoras colocam o bem delas na mão de inúmeras pessoas, completamente desconhecidas. E a única salvaguarda que elas têm, que é o contrato, algumas copiam de qualquer lugar, como do Google e de amigos”, alerta Luciana Mascarenhas, advogada especialista no setor de locação de veículos e instrutora de cursos da UNIABLA.

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OUTRO erro frequentemente cometido é não inves-tir em um advogado com experiência no setor, que possui várias especificidades. “O principal diferencial para quem atua no setor de locação dos veículos é o conhecimento das cláusulas que salvaguardam a empresa da súmula 492. A súmula é muito antiga, tem mais de 50 anos, e ela prejudica enormemente as locadoras de veículos”, explica a advogada.

“A súmula 492 do STF fala que a empresa loca-dora de veículos responde civil e solidariamente com o locatário pelos danos por este causado a terceiros no uso do carro locado. Ou seja, o locatá-rio alugou o veículo, causou um sinistro e prejuízos a um terceiro, que cobra juridicamente. Ainda que a locadora não tenha culpa nenhuma no sinistro, ela acaba sendo condenada junto com o locatário devido à súmula 492”.

“Assim, os contratos de locação de veículos devem conter várias e várias salvaguardas para que as locadoras tenham defesa jurídica através do próprio contrato, contra essas ações movidas por estes terceiros. Porque quando há uma conde-nação, 98% das locadoras são condenadas junto com o locatário”, avisa Luciana.

Ter um bom contrato, com cláusulas que pro-tejam as locadoras da súmula 492, pode garantir menos dores de cabeça. Isto comprova como ter a consultoria de um especialista durante a elabo-ração de um contrato de locação é essencial, pois pode evitar ainda mais despesas no futuro, já que muitas vezes o locatário envolvido em um sinistro só paga uma parcela do prejuízo causado.

Luciana Mascarenhas também alerta sobre outro erro fácil de ser evitado pelas empresas. O segredo é garantir que o contrato seja assinado por duas teste-munhas, além da locadora e do locatário. “Juridica-mente falando, com um contrato assinado por duas testemunhas, você entra com uma coisa denominada ação de execução, onde o devedor é citado para pa-gar em até três dias. Apenas três dias”, explica Lu-ciana. “Entretanto, se você não tem um contrato as-sinado por testemunhas, ou seja, o equivalente a um papel de pão, você segue com uma ação de cobrança dentro de um processo de conhecimento. Neste pro-cesso, o juiz desconhece de quem é o direito, é uma ação que vai demorar anos e anos”.

Um bom contrato de locação também pode pro-teger as locadoras de problemas com multas. Em seus contratos, muitas empresas não estipulam durante quanto tempo o locatário ficará respon-sável pelas multas, o que é um problema porque vários órgãos de trânsito demoram para enviar as notificações. “Então o contrato tem que prever a responsabilidade do locatário pelo pagamento das multas por até cinco anos desde o prazo da locação”, aconselha Luciana.

Outro ponto ressaltado pela especialista é o fato que muitas empresas cometem o erro de utili-zar um mesmo contrato por anos e anos. A lei bra-sileira não é estática, assim como não deve ser o contrato de locação. A lei sofre modificações cons-tantes, que exigem um contrato frequentemente atualizado. Para garantir ainda mais segurança ju-rídica há os cursos da UNIABLA, que entram em muito mais detalhes de como elaborar um contrato de locação ajustado às necessidades das locadoras e também sobre os pontos importantes dos contra-tos de compra e venda de veículos. n

Serviços

EVITE PREJUÍZOS COM OS CURSOS DA UNIABLA

Os conselhos de Luciana Mascarenhas presentes nesta matéria são apenas alguns pontos explorados pelo curso “Análise do Contrato de Locação e Com-pra e Venda de Veículos”. O objetivo do curso é ajudar as locadoras a aprimorar seus contratos, explicando e detalhando as cláusulas que devem estar presentes nesses documentos. O curso também se aprofunda sobre todo o nascedouro da súmula da 492 e o quão erroneamente os juízes a aplicam de forma indiscrimi-nada, ainda que a origem seja diversa das situações atuais.

Luciana também é instrutora do curso “Gestão de Multas de Trânsito e Análise Prática de Acidentes de Veículos”, funda-mental para a gestão das locadoras.

“ANÁLISE DO CONTRATO DE LOCAÇÃO E COMPRA E VENDA DE VEÍCULOS”

ESTADOS DATA Amazonas 07 ago Distrito Federal 24 out Espirito Santo 26 nov Minas Gerais 13 jun Paraíba 08 out Paraná 09 abr Pernambuco 10 set Rondônia 07 jun São Paulo 07 nov São Paulo [Bauru] 29 out São Paulo [Ribeirão Preto] 22 mai São Paulo [S. J. dos Campos] 18 set

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Governo oferece versões eletrônicas de documentosNovidade aumenta a eficácia da fiscalização

Documentação

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Documentação

DESDE abril de 2018, todos os estados brasileiros oferecem aos motoristas a comodidade de acessar a versão eletrônica da Carteira Nacional de Habi-litação que é alternativa ao documento conven-cional de papel, impresso. No entanto, a novidade não parou por aí. O governo brasileiro também vem trabalhando para ofertar outras comodidades, como o Certificado de Registro de Veículo Eletrô-nico (CRVe), a Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo Eletrônica (ATPVe) e Cer-tificado de Registro e Licenciamento de Veículo Eletrônico (CRLVe). Com a versão eletrônica destes documentos, não só a vida dos motoristas ficará mais cômoda, mas também a gestão de frotas por parte das locadoras será mais fácil.

Os documentos podem ser acessados pelo apli-cativo Carteira Digital de Trânsito, disponível para download para celulares Android ou iPhones, ou no sistema do DENATRAN.

É normal desconfiar de novidades eletrônicas, mas a versão digital dos documentos é comple-tamente segura. A autenticidade é garantida por assinaturas com certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP--Brasil, um sistema criptografado que consegue assegurar a identidade de cada um dos usuários.

“O documento eletrônico também aumentará a eficácia da fiscalização, principalmente em caso de furto ou roubo”, explica o advogado Adriano Augus-to Pereira de Castro. “A documentação eletrônica tende a não só facilitar a ação policial, que daria mais controle ao impedimento de circulação, como também dificultará fraudes na venda do veículo. As fraudes que atualmente atingem as locadoras são feitas com documentos de outros estados. Com a

centralização eletrônica, os documentos irão difi-cultar o estelionato na revenda de veículos”.

O CRV é um documento obrigatório para todos os carros que trafegam no Brasil e não apresenta data de vencimento, nem precisa ficar sob posse do motorista. No verso da versão física do CRV, está a ATPV, que antigamente deveria ser preen-chida com firma reconhecida em cartório no caso de transferência de propriedade do veículo. Tanto o vendedor quanto o comprador precisavam assi-nar fisicamente o documento.

Com a versão eletrônica do ATPV, o processo de revenda de carros está muito mais fácil. A partir da versão eletrônica do CRV, é possível solicitar uma ATPVe e autenticá-la utilizando certificado digital do vendedor e do comprador. Assim, a transferên-cia pode ser comunicada ao DENATRAN sem a ne-cessidade de comparecimento aos postos físicos dos órgãos de trânsito. Os procedimentos devem ser realizados nos sistemas digitais do DENATRAN, que podem ser acessados com certificado ICP--Brasil do antigo proprietário ou de uma entidade pública ou privada com atribuição legal.

Para evitar ser responsabilizado por qualquer penalidade imposta ao veículo após a data afir-mada na ATPVe, o antigo proprietário deve, em um prazo máximo de 30 dias, realizar o envio da transação eletrônica de comunicação de venda do veículo através do sistema do DENATRAN.

“A ATPV eletrônica é conveniente porque vários estados exigem a confirmação de firma, dando mo-rosidade ao processo de transferência do veículo. Com a tranferência eletrônica, além de diminuir o custo de ter que assinar uma procuração ou ter que entregar o documento assinado no cartório para o comprador, futuramente ela poderá ser rea-lizada na própria locadora”, disse Castro.

Enquanto o ATPVe e o CRVe já estão disponíveis para quase todos os estados, o CRLVe está previsto para funcionar até o dia 30 de junho de 2019. Ao contrário do CRV, o CRLV (conhecido como “licen-ciamento”) possui porte obrigatório por parte do motorista do carro e tem vencimento anual. Para ter acesso a este documento, é necessário estar em dia com o pagamento de débitos relativos a tri-butos, encargos e multas de trânsito e ambientais vinculados ao veículo. Uma das vantagens do CRLV digital é a possibilidade de baixar uma versão PDF do documento que serve como cópia autenticada do documento graças a um QRcode.

“O CRLVe evitará que o condutor precise portar sempre com ele a via original do documento. O sis-tema ainda não está completamente encaminhado e ainda não permite jogar o documento no aplica-tivo do locatário, mas irá dispensar andar com o documento original em mãos”, disse Castro. n

Versão eletrônica da CNH já é realidade.

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De carona com os aplicativosAntes vista como ameaça, a oferta de transporte por meio de plataformascomo o Uber e o 99 se tornou uma oportunidade para as locadoras

Mobilidade

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Mobilidade

O USO dos aplicativos de transporte como o Uber e 99 é um dos maiores exemplos da chamada economia disruptiva, ou seja, aquele tipo de ino-vação que vira o mercado de cabeça para baixo. Os aplicativos se consolidaram ao mesmo tempo em que a sociedade passou a se questionar mais seriamente sobre as soluções de mobilidade ur-bana. Eles acabaram se integrando ao sistema de transporte usado pela população nas grandes cidades (sistema esse que inclui a locação de veí-culos). Hoje, São Paulo possui 150 mil motoristas habilitados em apenas um único aplicativo.

A princípio vistos como ameaça entre as loca-doras, os aplicativos se tornaram uma oportuni-dade, compensando eventuais quedas na procura pelo aluguel dirigido ao turismo. Há locadoras que já contam com estruturas totalmente dedicadas a atender os motoristas de aplicativos, e até mes-mo locadoras especializadas nesse nicho estão surgindo para disputar uma fatia do mercado. Atualmente, as locadoras são os principais forne-cedores de veículos para os motoristas de aplica-tivos poderem exercer sua profissão.

“Com o tempo percebemos que eles são gran-des clientes. Hoje temos uma parte significativa da frota sendo locada para eles”, esclarece o presi-dente do Conselho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior. A adoção do uso do veículo alugado entre os motoristas de aplicativo vem ao encontro da tendência de que o público em geral passou a uti-lizar com mais frequência a locação como solução

de mobilidade. “O brasileiro está descobrindo quea locação não é difícil nem cara, e pratica preços bem acessíveis”, completa o presidente da ABLA.

As locadoras que enxergam nos aplicativos uma oportunidade de expandir negócios precisam estar atentas a questões como a situação cadastral do cliente e a possibilidade de inadimplência. Entre as vantagens desse cliente estão a chance de se contar com períodos mais longos de locação e a di-minuição da ociosidade da frota. Do ponto de vista do motorista, há uma série de benefícios, sempre o principal deles a garantia de que sempre poderá contar com um veículo para trabalhar, uma vez que as locadoras possuem a agilidade necessária para substituir o automóvel, caso necessário.

Essas mesmas vantagens – comodidade e eli-minação de custos com impostos e manutenção – já estão sendo percebidas com clareza pelo pú-blico em geral.

“Estamos passando por uma grande mudança cultural. As pessoas deixaram de dar grande valor à posse do automóvel. Muitos fizeram as contas e descobriram que em muitos casos o aluguel é mais vantajoso, ao eliminar os custos com manu-tenção e documentação, entre outros. Isso tam-bém contribui para a questão da mobilidade nas grandes cidades, sem mencionar a qualidade am-biental. A tendência é que o volume de pessoas físicas que buscam o aluguel de automóveis pros-siga aumentando nos próximos anos”, completa Paulo Miguel Júnior. n

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Frota

Avaliando o

Buy BackAdotar a recompra pode ser uma estratégia inteligente para montadorasinteressadas no crescimento das vendas para o setor de locação.

NA INDÚSTRIA automotiva, o Buy Back é um con-trato comercial em que há um acordo de recompra do automóvel vendido por parte da montadora. A prática ainda é algo inédita no mercado brasileiro, mas já está sendo adotada em Portugal. Ao ob-servarmos que houve êxito na implantação des-se canal naquele país, é possível dizer que esta é uma estratégia inteligente para montadoras, que não devem descartar o Buy Back para expandir as vendas entre o setor de locação.

Em Portugal, o Buy Back surgiu como forma de enfrentar a saturação do mercado: poucas vendas, mesmo entre as locadoras dedicadas à terceiriza-ção de frotas. Em 2000, o número de veículos co-mercializados no país chegava a 420 mil, dos quais um terço era importado. Em 2011, esse volume caiu para menos da metade (191 mil veículos), e pratica-mente nenhuma importação. Isso forçou as monta-doras a estabelecerem novas políticas comerciais, entre elas o Buy Back entre as locadoras.

No Brasil, executivos ligados à indústria automo-tiva lembram que, do ponto de vista das montadoras, o Buy Back sempre foi considerado algo "proibido", em virtude dos impactos contábeis e financeiros para recomprar os veículos usados e administrá-los no es-toque até a nova venda.

O entendimento do mercado é que os tempos mudaram, e o Buy Back volta ser avaliado como uma possibilidade na atual conjuntura brasileira. A sorte está lançada, e a primeira montadora que for mais audaciosa comercialmente sairá na fren-te na conquista das locadoras com esse mecanis-mo de venda.

Especialistas apontam como alternativa mo-delos de acordo com a rede de concessionárias. No caso, a concessionária que recebeu uma co-missão para fazer a entrega do veículo novo as-sina um contrato de recompra com regras claras de quilometragem, estado geral da mecânica e lataria, apenas como exemplo. Assim, haveria a premissa de a montadora “endossar” este con-trato de recompra, assegurando que uma outra concessionaria mantivesse este compromisso caso a primeira, não importa o motivo/razão, não pudesse cumpri-lo.

Caso o Buy Back venha a ser considerado uma opção para a relação comercial entre montadoras e locadoras, será necessário elaborar uma sé-rie de detalhes que precisam ser definidos para viabilizar a prática: que tipo de contratos serão firmados e quais os parâmetros financeiros que sustentarão a operação?

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Programa de Buy Back da

Totality estará disponível

para locadoras

Anunciada na edição 82 da revista Locação, a parceria que a empresa de blindados Totality fina-lizou para oferecer às locadoras de veículos tem como grande novidade a adoção do Buy Back.

Segundo João Cláudio Bourg, diretor comer-cial da Totality, o veículo blindado vem aumen-tando sua participação no segmento de tercei-rização de frotas por várias razões. Uma delas é o fato de que o blindado muitas vezes é um diferencial na política de retenção de talentos das empresas de pequeno e médio porte que buscam a terceirização. “Procuramos oferecer um produto que viabiliza às locadoras aprovei-tar essa oportunidade de receita, principalmen-te nas situações em que esteja participando de

uma licitação envolvendo um maior volume de veículos não blindados e seja condicionada a ofertar, na concorrência, dois, três ou mais ve-ículos blindados, que atenderão aos executivos da empresa que esteja contratando a terceiriza-ção”, esclarece Bourg.

O Buy Back surge então como um facilitador que assegura às locadoras terem uma desmobi-lização da frota blindada sem grandes preocupa-ções. “Assusta um pouco a locadora pensar no que fazer para vender um blindado após 12 ou 24 meses, por exemplo. É uma venda burocrática e demorada, principalmente quando o cliente inte-ressado não possui o CR, Certificado de Registro do Exército”, relata Bourg.

Por meio do produto batizado de Buy Back To-tality, a empresa combina indicadores de quilome-tragem com tabela FIPE e outras variáveis para, ao final do período combinado, comprar o veículo. Dessa forma, as locadoras poderão usufruir do primeiro sistema de recompra em que a empresa vende um serviço (a blindagem) e compra depois o veículo completo (blindado).

Bourg lembra que a Totality já está à disposi-ção para esclarecimentos e propostas de seu pro-grama de Buy Back. n

Bourg: oportunidade para as

locadoras participarem de licitações

que envolvam blindados

Luís Martinez, da Totality, está à frente da

formatação do programa que tem o Buy

Back como grande novidade

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Tendências

Pesquisa aponta queda de desejo por carros próprios

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Tendências

"Mais espaço para

que locadoras cresçam

como soluções para a

mobilidade urbana"

RECENTE pesquisa realizada pela MOB Inc, em São Paulo, identificou que o pessoal descolado – os chamados easy adopters, ou seja, consumido-res mais adeptos às novidades tecnológicas – está perdendo o interesse em ter carros próprios. Para a maioria (58%) dos entrevistados, ter vários veí-culos na garagem já “é algo a considerar”...

Para as locadoras de veículos, esse resultado significa que, cada vez mais, há oportunidades de negócios para quem trabalha com a locação diá-ria. Isso porque, na medida em que principalmente as novas gerações vão deixando de lado o interes-se na propriedade dos veículos, cresce também o espaço para que as locadoras surjam como uma das soluções de mobilidade para esse público.

Na realidade, feitas as contas e levando--se em consideração os benefícios e a comodi-dade do aluguel, manter um único veículo pró-prio já se mostra prejudicial em boa parte dos casos. Ter mais de um carro, então, é certamen-te sinônimo de mais gastos desnecessários. Há clientes do setor que já buscam, na locação, as soluções para suas necessidades pontuais de loco-moção, confirmando o resultado apontado pela pes-quisa feita com os easy adopters (veja mais no Box).

Por exemplo, aqueles que também possuem propriedades rurais, como sítios ou fazendas, não precisam ter uma picape 4 x 4 na garagem, usada essencialmente apenas aos finais de semana para as viagens até tais propriedades. Isso gera cus-tos (impostos, manutenção, seguro, entre outros), que se tornam ainda “mais caros” na medida em que o veículo fica parado na maior parte do tem-po. Basta alugar, para uso somente nos dias ne-cessários, para eliminar de imediato tais custos.

O mesmo vale para proprietários de veículos pequenos, usados essencialmente para ir e vir ao trabalho, de segunda à sexta-feira. Nos finais de semana, feriados ou férias prolongadas, esses proprietários podem simplesmente alugar um ve-ículo de maior porte para as viagens com a famí-lia, inclusive no sentido de garantir mais confor-to, segurança e comodidade ao pegar a estrada. Há soluções, diversos exemplos e motivos para esses usos inteligentes do aluguel de veículos, sempre em comparação com a cada vez mais ul-trapassada ideia de manter vários modelos pró-prios na garagem, conforme demonstrou a pes-quisa da MOB Inc.

Esse tipo de demanda, ou seja, a “do aluguel do segundo ou mesmo do terceiro carro da família”, no Censo anual do setor de locação fica embutida no nicho “aluguel para turismo de lazer”. Em 2018, a demanda desse nicho foi responsável pelo uso de 27% da frota total de 826.331 automóveis e co-merciais leves das locadoras que atuam no Brasil.

Na pesquisa realizada pela MOB Inc fo-ram ouvidos 80 consumidores enga-jados e considerados apaixonados por automóveis, dos quais metade com-posta por homens e a outra metade formada por mulheres, na faixa etária de 25 a 55 anos, das classes A, B e C. Os critérios avaliados foram combus-tível, preço, tecnologia, cidades, meio ambiente e status. Os subsegmentos estudados incluíram os SUVs, Hatch e Sedan. Além da questão sobre o dese-jo e o interesse de manter ou não mais de um carro próprio, foram colhidas im-pressões sobre o conforto e design in-teligente dos veículos, receptividade à ideia de adotar o compartilhamento de caronas, o aluguel de carros e o trans-porte privado por meio de aplicativos. Entre outras conclusões, identificou-se preferência crescente por veículos pe-quenos, que utilizem recursos renováveis como combustível (a preocupação com o meio ambiente foi citada por 85% dos participantes da pesquisa), apontando cada vez mais para a preferência por veí-culos elétricos ou híbridos.

PREFERÊNCIA POR VEÍCULOS PEQUENOS

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Fenaloc

VICE-PRESIDÊNCIA DA CNTTambém no dia 27 de março, em Brasília, o presidente da FENALOC, Paulo Gaba Júnior, assumiu o cargo de vice-Presidente da seção de Infraestrutura da Confederação Nacional do Transporte (CNT). Também tomou posse como diretor da CNT o presidente do Conse-lho Nacional da ABLA, Paulo Miguel Junior.

A posse de ambos representa marco his-tórico na institucionalização da indústria de locação de veículos. É a primeira vez que o setor possui representantes diretos na dire-ção da CNT.

INTERNATIONAL CAR RENTAL SHOWAinda em março, a FENALOC foi representada no International Car Rental Show em Las Ve-gas, Estados Unidos. O presidente da federa-ção, Paulo Gaba Júnior proferiu palesta como keynote speaker durante o evento.

Reforma do Estatuto está encaminhadaEntidade adapta-se à realidade ditada pela nova legislação

Paulo Gaba JúniorPresidente da FENALOC

O CONSELHO de Representantes da FENALOC (Federação Nacional das Locadoras de Veículos) se reuniu em São Paulo, na sede da ABLA, para reunião extraordinária que discutiu a reforma do estatuto social da entidade.

A reforma do estatuto social representa reação da FENALOC à nova realidade brasileira, na qual as contribuições sindicais patronais compulsórias foram extintas pela reforma trabalhista efetuada pela Lei 13.467, de 13 de julho de 2017.

Além da extinção do modelo anterior de financiamento do sistema sindical, a Lei 13.467/2017 também procurou prestigiar as convenções coletivas de trabalho e trouxe ou-tros desafios para o funcionamento das entida-des sindicais.

A proposta de reforma do estatuto social da FENALOC procura adaptá-lo a esse novo contexto regulatório e incorporar recentes modificações do mercado de locação de veículos.

Dentre as modificações introduzidas, pode-mos destacar a divisão do quadro associativo entre Sindicatos e Entidades Associadas. Agora também poderão participar do quadro associati-vo da FENALOC entidades associativas de loca-doras de veículos as quais não possuam registro sindical no Ministério da Justiça. As Entidades Associadas não poderão participar do Conselho de Representantes, nem praticar quaisquer atos estabelecidos em lei como privativos das entida-des sindicais, mas a criação da nova categoria é importante para permitir a expansão do quadro associativo da FENALOC.

Outros ajustes importantes são as alterações nas condições de elegibilidade para Diretoria e do Conselho Fiscal, a fim de se preservar a higidez da representatividade sindical da FENALOC em negociações coletivas de trabalho. n

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Brasil Viagem

Período entre maio e setembro é o ideal para conhecer a região

LOCALIZADO entre o Oceano Atlântico, a caa-tinga, o cerrado e a Amazônia, o Maranhão é um estado brasileiro riquíssimo em patrimônios natu-rais. Também é lar de uma forte cultura popular, o que transparece em suas músicas, em sua gastro-nomia e em seu folclore.

O melhor período para se visitar o Maranhão é entre maio e setembro, época em que o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses apresenta suas mais belas paisagens, e suas lagoas se en-contram cheias após a estação chuvosa. É a me-lhor época do ano, portanto, para alugar um carro na capital, São Luís, e fazer um roteiro de viagem pelo estado para conhecer sua cultura e suas ri-quezas naturais.

Roteiros dos dois estados que podem ser percorridos com

veículo alugado está à espera dos clientes do aluguel diário

MARANHÃO E PIAUÍ

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Brasil Viagem

Fundada por franceses, invadida por holandeses, reconquistada por portugueses e sob forte influên-cia dos africanos, São Luís é uma cidade diversa e cheia de história. Caminhar pelo centro histórico, considerado um Patrimônio Mundial pela Unesco, é um passeio indispensável. Aos finais de semana, a região é bem agitada, e o ritmo do reggae é tão presente que a cidade é chamada de “Jamaica bra-sileira”. Nos outros dias, o centro é um bom lugar para comprar artesanatos como redes, cerâmicas e objetos de madeira.

Além do centro histórico, vale a pena alugar um carro para conhecer as praias da cidade. Um dos destaques é a popular praia do Calhau, a nove quilômetros do centro. Considerada uma das mais bonitas da cidade, a praia é bem servida por res-taurantes e hotéis.

MARANHÃO

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BARREIRINHAS – LENÇÓIS MARANHENSES

Pela BR-135 e, depois, pela BR-402, é possível chegar em menos de quatro horas em Barreiri-nhas a partir de São Luís. Muito pacata, a cidade é a porta de entrada para os Lençóis Maranhenses. Localizada às margens do Rio Preguiça, o muni-cípio é muito bem estruturado para receber os visitantes. Ao chegar, a dica é contratar um guia turístico para chegar em um dos principais pontos turísticos da região, a Lagoa Azul. Apesar do ca-lor, os visitantes são recompensados com vistas incríveis e banhos refrescantes nas lagoas dos Lençóis Maranhenses.

Além de conhecer as dunas, outro programa im-perdível em Barreirinhas é passear de lancha, cha-mada localmente de voadora, pelo Rio Preguiça e apreciar a belíssima vegetação local.

Brasil ViagemFo

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TUTÓIA

De Barreirinhas, só são neces-sárias duas horas de estrada pela MA-315 para chegar até Tu-tóia, outro paraíso no Maranhão. Uma das atrações da cidade é os Pequenos Lençóis, repletos de pequenas dunas e lagoas de água doce. Também vale a pena conhecer a Praia do Amor, pra-ticamente intocada, assim como outras praias da região. Em ju-nho, os pescadores da cidade re-alizam uma procissão de barcos, que percorre diversos igarapés até a baía de Tutóia.

Brasil Viagem

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PIAUÍEntre maio e agosto, enquanto as temperaturas caem na maioria do país, o Piauí se torna um refú-gio para quem detesta o frio. Apesar de ainda não ser um dos destinos mais populares do Nordeste, este estado possui um grande potencial de encan-tamento graças aos seus belos cenários naturais. Recentemente, o Piauí também tem se destacado como um bom destino para os interessados por turismo de aventura.

Para conhecer bem todas as maravilhas deste estado, é recomendável alugar um carro, já que boa parte dos seus pontos turísticos estão muito distantes uns dos outros.

Brasil Viagem

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TERESINA

Teresina é a única capital nordestina que não está localizada no litoral. Entretanto, a cidade possui tantas qualidades que se iguala às outras capitais no quesito turístico. Suas ruas arborizadas e sua grande quantidade de parques e praças fizeram a capital ser conhecida como “Cidade Verde”.

Um dos passeios recomendados pela cidade é conhecer o Mercado Central São José, também conhecido como Mercado Velho. Lá é possível experimentar a excelente gastronomia local e comprar temperos. Também vale a pena ir ao Polo Cerâmico do Poty Velho, que reúne cerca de 300 famílias artesãs, e comprar artesanatos por um preço bem acessível.

Brasil Viagem

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PARQUE NACIONAL DAS SETE CIDADES

Partindo de Teresina pela BR-343, o viajante de-mora cerca de três horas para atingir a cidade de Piripiri e, dali chegar até o Parque Nacional das Sete Cidades. Situado entre a caatinga e o cerra-do, a grande atração do parque é seu conjunto de pedras de arenito esculpidas ao longo de milhares de anos pela força da natureza, produzindo uma paisagem extraordinária. O calor é intenso, mas entre maio e junho é possível mergulhar em algu-mas das cachoeiras da região. Outro destaque do parque é a coleção de pinturas rupestres, feitas há mais de seis mil anos, o que tornou a região conhecida internacionalmente.

Brasil Viagem

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DELTA DO PARNAÍBA

Dirigindo a partir de Piripiri pela BR-343, é possí-vel chegar em Parnaíba em cerca de duas horas. Esta cidade é a porta de entrada para o Delta do Parnaíba, lar de uma das mais belas paisagens naturais do Brasil. Ao desaguar no Oceano Atlân-tico, o rio Parnaíba forma um conjunto de mais de 70 ilhas, sendo considerado o terceiro maior delta do mundo. Mangues, igarapés, dunas, lago-as e praias: todas essas paisagens se misturam, formando um ecossistema riquíssimo. Chegando com o veículo aos municípios de Parnaíba ou Luís Correia, vale muito a pena contratar um passeio de barco pelo Delta, assim como relaxar em suas inúmeras praias paradisíacas. n

Brasil Viagem

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Por Dentro

POPULAR, SEGURO E ECONÔMICO

ONIX JOY

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HÁ mais de três anos, o Chevrolet Onix está na posição de carro mais vendido do Brasil. O suces-so não se restringe ao nosso país, já que o modelo também é o mais vendido na América Latina, o que levou a GM a recentemente promover o veícu-lo a nome global da montadora.

O Chevrolet Onix também é o veículo mais em-placado pelas locadoras. Apenas em 2018 foram 61.425 unidades compradas pelo setor, segundo o Anuário Brasileiro do Setor de Locação de Veí-culos 2019. Um incremento substancial: em 2017, esse total foi de 37.859 (aumento de 62,2% de 2017 para 2018).

Apesar de o modelo LT do Onix ser, no ranking geral de vendas, a opção mais vendida, a versão Joy está logo atrás, segunda colocada entre um total de sete versões disponíveis. Nos últimos anos, foi a versão Joy que se tornou a queridinha das locadoras, principalmente para o mercado de terceirização de frota.

Um dos fatores que pode explicar a populari-dade do Onix Joy é a sua relação custo-benefício. Ao lançar a versão, a Chevrolet buscou responder

Por Dentro

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A parte mecânica não sofreu alterações entre as linhas 2018 e 2019. O Onix Joy possui um mo-tor 1.0 flex confiável, com até 80 cavalos e quatro cilindros. A transmissão manual de seis marchas possui a sexta marcha mais longa, o que garante um consumo econômico de gasolina nas estradas, enquanto as primeiras marchas são mais curtas, perfeitas para a rotina nas cidades. Segundo o In-metro, o Joy percorre 15,2 km/l na estrada e 12,8 km/l na cidade com gasolina. Com etanol as mé-dias são 10,5 km/l e 8,7 km/l, respectivamente.

A direção com assistência elétrica facilita as manobras do dia-a-dia, sendo macia no ponto cer-to. No quesito conforto, importante ressaltar a boa visibilidade à direção.

No aspecto da segurança, os freios ABS pos-suem distribuição eletrônica de frenagem com um sistema muito bem acertado, que torna mais fácil controlar a força aplicada no pedal. Como as de-mais versões do Onix, a Joy recebeu reforços na estrutura na sua versão 2019, o que garantiu três estrelas nos testes do Latin NCAP em 2018 tanto para adultos quanto para crianças.

Completam a lista de itens de série: duplo air-bag, alarme, sombreira do passageiro com es-pelho, cinto de segurança do motorista com re-gulagem de altura e aviso de não afivelamento, ar-condicionado, vidros dianteiros e travas com acionamento elétrico e quadro de instrumentos com velocímetro digital.

O Chevrolet Ônix Joy pode ser considerado um carro muito confiável e econômico, com direção confortável. Faz juz assim ao seu objetivo: ser um veículo com boa relação custo-benefício, sem abrir mão de qualidades indiscutíveis em um au-tomóvel que tem presença importante nas frotas das locadoras. n

às demandas dos consumidores que procuram um carro de entrada econômico, mas ao mesmo tempo espaçoso para os padrões da categoria. O modelo Joy é a versão mais em conta da família Chevrolet Onix.

O exterior do Onix Joy foi atualizado na linha 2019 com novo acabamento nos faróis e nas lan-ternas. Aos faróis foi adicionada máscara negra com elementos cromados, enquanto as lanternas passaram a ter detalhe fumê similar ao das con-figurações mais sofisticadas. As calotas de aro 14 também foram renovadas. No conjunto, foram ressaltados os aspectos urbanos do automóvel, resultando em um estilo mais contemporâneo.

A renovação na linha 2019 também chegou ao interior do veículo, com novo revestimento dos bancos, apoio de cabeça central nos bancos tra-seiros e cinto de segurança de três pontos. O esti-lo da chave também é novo, no formato canivete, seguindo o mesmo padrão estético dos demais modelos de passeio da Chevrolet. No porta-malas, cabem até 280 litros, volume considerado bom para a categoria.

Por Dentro

Um reparo aparentemente consensual entre jornalistas especializados em auto-móveis está relacionado à ausência de um sistema de som integrado na versão Joy do Onix como item de série. Muitos argu-mentam que é anacrônico oferecer rádio como um item opcional nos dias de hoje.

FIQUE DE OLHO

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Lançado ainda em dezembro do último ano, o Jetta 250 TSI é equipado com motor 1.4 TSI Total Flex (de até 150 cv e 250 Nm de torque) e trans-missão automática de seis marchas.

O sedã médio é oferecido em cinco opções de cores, sendo três sólidas (Branco Puro, Pre-to Ninja e Vermelho Tornado) e duas metálicas (Prata Snow e Cinza Platinum). Linhas dinâmicas e superfícies bem nítidas dão ao novo Jetta uma aparência esportiva. São 4.702 milímetros (mm) de comprimento, 1.799 mm de largura (sem os es-pelhos retrovisores), 1.474 mm de altura e entre--eixos de 2.688 mm.

Os instrumentos e infotainment do novo Jetta estão dispostos horizontalmente, em acabamento soft touch. A tela de 8 polegadas é sensível ao to-que e recebe comando de voz, comporta conexão Bluetooth, duas entradas USB e tecnologia App Con-nect para Android Auto, Apple CarPlay e Mirrorlink.

VW Jetta 250 TSI

AO VOLANTE

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A versão trekking vem para completar a família Argo, modelo que já completa 100 mil unidades vendidas e está entre os cinco mais comercializa-dos do país.

De acordo com um teaser divulgado no início de abril, a suspensão do hatch compacto será ele-vada em três cm, os pneus serão de uso misto e as rodas terão desenho exclusivo. Apliques de plásti-co estarão dispostos na carroceria. Terá também barras no teto e capas dos retrovisores preta.

O motor desse aventureiro intermediário será o mesmo da versão 1.3, o Firefly 8V com potência de 109cv e câmbio automático de seis marchas.

Fiat Argo

AO VOLANTE

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O Renault Captur 1.6 SCe chega com a promessa de ser confortável e econômico, graças à transmissão X-TRONIC CVT, um moderno câmbio variável de até seis marchas simuladas. Aliada ao motor 1.6SCe, ga-rante condução suave em velocidade de cruzeiro, já que não tem trocas de marchas e, em constante ro-tação, reduz o consumo de combustível.

O sistema Lock-up com Active Slip Control libera a po-lia de forma gradual para que o torque seja transmitido de forma linear. Essa característica possibilita acelera-ções com respostas mais vigorosas e sem alternâncias, pois "segura" a polia e a solta de forma gradual, para que o torque seja transmitido de forma linear e rápida.

Comporta até cinco pessoas. O veículo possui 4,33m de comprimento e 2,67m de entre-eixos, os maiores números do segmento. Os bancos R-Confort proporcio-nam bidensidade e formato concha, o que garante mais ergonomia para o condutor e passageiros. As rodas de 17’’, disponíveis com dois desenhos, integram o conjun-to de grafismo cromado na parte inferior das portas. São oferecidas 13 combinações de cores, incluindo nove combinações em biton. O teto do Captur pode ser preto ou marfim. A carroceria pode ser preta, branca, marrom, laranja, marfim, vermelha, prata ou cinza.

Renault Captur

AO VOLANTE

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A Toyota faz questão de se gabar da segurança oferecida no Etios. E não é para menos: o mode-lo foi o primeiro compacto do Brasil a conquistar quatro de cinco estrelas em proteção no teste de colisão do Latin NCAP. São diferentes itens de segurança: sistemas de controle de estabilidade (VSC), assistente de arranque em subida (HAC) e controle de tração (TRC).

A linha Etios 2019 traz cinco versões, tanto na categoria hatchback quanto sedã. Os destaques di-ferenciais são visíveis nas opções X, X-Plus, que vem no lugar da intermediária XS, além da XLS. Na lista de aprimoramentos da X-Plus, em relação à anterior XS, foram incluídas rodas de liga leve aro 15 polega-das e luzes de setas nos espelhos retrovisores.

A principal mudança estética na linha Etios 2019, em ambas categorias, foi o desenho frontal: do X até o Platinum, a moldura que envolve a gra-de central do Etios ganhou retoque na cor preta que amplifica a área do emblema e oferece uma máscara negra que cobre os faróis e lanternas do veículo. As cores disponíveis para o modelo são prata, branco pérola e sólida, preto, cinza e soma, ainda, a super vermelho.

Toyota Etios

AO VOLANTE

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AO VOLANTE

O Creta é o SUV compacto da Hyundai, cuja linha 2019 foi batizada Prime Hyundai, e está disponí-vel nas versões Attitude, Smart, Pulse Plus, Sport e Prestige. Elas reúnem características como um espaçoso porta-malas, importante para PcDs; ventilação no banco do motorista da frente; e pulseira Smart Key, que funciona como chave do veículo, entre outras.

Possui um dos maiores espaços internos do segmento, entre-eixos de 2.590 mm e porta-ma-las de 431 litros. A linha Prestige, a segunda ver-são mais vendida do Creta em 2018, vem equipa-da com motor 2.0 de 166 cv, seis airbags, controle de estabilidade, bancos de couro na cor marrom com ventilação para o motorista, ar-condicionado automático digital, saída de ar para os bancos tra-seiros, chave presencial “smart key” com partida do motor por botão, sistema Stop & Go de parada do motor, luzes diurnas de LED e faróis direcio-nais “cornering lamp”.

Hyundai Creta

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Um olhar diferenteAlberto Fariaconselheiro da Lupa Rent a Car e ex-conselheiro da ABLA.

Fim de Papo

“UMA ASSOCIAÇÃO que, embora reúna con-correntes, defende eticamente os direitos de todos os seus associados”. Esse poderia ser um resumo da importante missão da ABLA, mas após 25 anos como associado, diretor regional, conselheiro fiscal e conselheiro gestor, tenho a convicção de que a ABLA já foi muito além.

Trata-se de uma associação de companhei-ros, de mãos dadas, lutando pela união, forta-lecimento e defesa do setor. Os representantes gestores da entidade agem, por muitas vezes, como os embaixadores do nosso setor, estimu-lando o crescimento pessoal dos associados e consequentemente das suas locadoras.

Aprendi, muito, ao longo da minha trajetória no associativismo, que começou no SINDILOC/BA, onde fui por três vezes presidente. Mas a ABLA é “a menina dos meus olhos”.

Rendo homenagens a todos aqueles ges-tores que idealizaram, criaram e alicerçaram essa associação. Admiração especial e respei-to aos presidentes com os quais tive a honra de trabalhar, começando por José Zuquim Mi-literno, quando, ainda, eu era presidente do sindicato baiano e ao mesmo tempo diretor da ABLA na Bahia.

Em seguida, ao Alberto Vidigal, como com-panheiro na época em que fui membro efetivo

“Momentos tensos

também foram muitos,

mas os resultados

fortaleceram nossa

convicção de estar no

caminho certo”

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da diretoria nacional da ABLA. Posteriormen-te, com a criação do conselho, elegendo por aclamação o companheiro e amigo Adriano Donzelli, seguido dos também companheiros e amigos Paulo Gaba Junior e Paulo Nemer. Cada um, com sua personalidade dinâmica de gestão, dá o melhor de si como embaixador do setor de locação no Brasil.

Momentos tensos também foram muitos. Mas os resultados fortaleceram a nossa convicção de estar no caminho certo, o que me traz grandes recordações, tais como a organização dos Fó-runs do setor, realizados a cada dois anos, sem-pre como um dos desafios da associação.

De um lado enxergamos fundamental mostrar a força do segmento junto à economia nacional, em relação aos poderosos segmentos automo-bilístico, financeiro e governamental. Por outro lado, a ABLA também cumpre a missão de forta-lecer as locadoras filiadas em todo o país, apro-ximando-as dessas fontes de “matéria-prima”: montadoras, bancos e órgãos públicos.

O fortalecimento das locadoras sempre es-teve presente nas propostas da ABLA e isso se tornou mais efetivo com a criação das conven-ções nacionais, importantes para a busca de soluções para os associados. As convenções têm os objetivos de integração e de obtenção de resultados, sem perder de vista os parceiros de negócios de setores afins.

Ao mesmo tempo em que realizávamos tra-balhos de fortalecimento das locadoras, demos também início a um programa coordenado pela renomada consultora Cecília Lodi, voltado ao aperfeiçoamento do modelo de gestão adotado pela ABLA. Lembro-me ainda do embrião da fe-deração do setor, a FENALOC, durante um des-pretensioso almoço em Salvador (BA), quando da visita do companheiro e então presidente do SINDLOC/ES, hoje grande amigo, Eduardo Correa.

Entre conversas com Eduardo e com o em-presário Júlio Gontijo sobre dificuldades que encontrávamos como gestores de sindicatos, discutiu-se ali a viabilidade de uma entidade nacional formada por representantes sindicais. E, já no mês seguinte, durante a décima Con-venção da ABLA, demos sequência com outros presidentes e representantes de sindicatos e aprovamos, com entusiasmo, a primeira reu-nião oficial a ser realizada em Salvador (BA).

Esse encontro deu tão bons resultados e criou tantas expectativas que o segundo, assim como o terceiro, foram rapidamente realizados

em Vitória (ES) e em Porto Alegre (RS), logo depois em Belo Horizonte (MG) e em outras ca-pitais, todos com sucesso.

Com a elaboração das atas, coordenadas por Luís Cabral, então superintendente da ABLA, e o então presidente da associação, Alberto Vidigal, companheiros e amigos sempre presentes, foi uma questão de tempo para que esses encon-tros viessem a comprovar a necessidade de uma federação capaz de agregar, complemen-tando e reforçando ações da ABLA.

Sob a coordenação do então presidente, companheiro e amigo Adriano Donzelli, tiveram início os processos e os debates que levaram aquele embrião a tomar forma e converter-se, no ano 2000, na nossa FENALOC.

De lá para cá, muitos foram os companheiros que se dedicaram arduamente nessa luta seto-rial, não podendo me esquecer do valoroso ami-go Valmor Weiss, conhecedor e membro da Con-federação Nacional do Transporte, cujo edifício em Brasília (DF) hoje abriga a sede da FENALOC.

As entidades setoriais são casas que lhe dão oportunidade de fazer grandes amigos, amiza-des consolidadas de norte a sul do país, inde-pendentemente do ambiente de concorrência ou de um mercado competitivo. Parabéns a to-das as locadoras que já são associadas e que assim entendem a significativa importância do verdadeiro associativismo. n

Fim de Papo

“As entidades setoriais são

casas que lhe dão

oportunidade de fazer

grandes amigos, amizades

consolidadas de norte a sul do

país, independentemente do

ambiente de concorrência ou

de um mercado competitivo.”

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