Araçatuba, Setembro a Dezembro de 2016 - ANO IV - Edição nº 7 · Crescer dói, costumo dizer. E...

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- Araçatuba, Setembro a Dezembro de 2016 - ANO IV - Edição nº 7 Gabriela Marques, aluna do 2º. ano, é uma entre milhares de adolescentes que sofre de ansiedade quando o assunto é provas e vestibular. O que fazer para amenizar esta sensação? Veja na página 2. Bisbilhotar a vida alheia. Ou perseguir alguém. O hábito não é recente, mas tem sido facilitado pela grande quantida- de de informações que os usuários disponibilizam nas redes sociais. Leia mais e saiba dos perigos na página 5. Alunas abordam o tema e especialistas como a Dra. Doriana Garcia (foto) explicam o uso da pílula. Desde tratamento de pele até método contracepti- vo. Veja na página 5. Reprodução Reprodução Reprodução Arquivo pessoal Arquivo pessoal ANSIEDADE VOCÊ STALKEIA? ANTICONCEPCIONAIS? QUANDO USAR As novas tecnologias vieram para ficar. Os alunos desejam que elas sejam incorporadas no dia a dia da sala de aula o mais breve possível. E querem mais. Desejam discutir sobre os fatos atuais junto com professores, pedem por uma grade curricular flexível e sugerem outros modelos de provas. Leia mais na página 03. ESCOLA DO FUTURO

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-Araçatuba, Setembro a Dezembro de 2016 - ANO IV - Edição nº 7

Gabriela Marques, aluna do 2º. ano, é uma entre milhares de adolescentes que sofre de ansiedade quando o assunto é provas e vestibular. O que fazer para amenizar esta sensação? Veja na página 2.

Bisbilhotar a vida alheia. Ou perseguir alguém. O hábito não é recente, mas tem sido facilitado pela grande quantida-de de informações que os usuários disponibilizam nas redes sociais. Leia mais e saiba dos perigos na página 5.

Alunas abordam o tema e especialistas como a Dra. Doriana Garcia (foto) explicam o uso da pílula. Desde tratamento de pele até método contracepti-vo. Veja na página 5.

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ANSIEDADE

VOCÊ STALKEIA?

ANTICONCEPCIONAIS?

QUANDO USAR

As novas tecnologias vieram para ficar. Os alunos desejam que elas sejam incorporadas no dia a dia da sala de aula o mais breve possível. E querem mais. Desejam discutir sobre os fatos atuais junto com professores, pedem por uma grade curricular flexível e sugerem outros modelos de provas. Leia mais na página 03.

ESCOLA DO FUTURO

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EXPEDIENTE

O Leão Gordo é uma publicação dos alunos do Colégio Cidade de Araçatuba - Anglo, situado à Rua

São Marcos, 349, Jardim Sumaré, Araçatuba/SP,

CEP 16015-280, Tel. (18) 3117-0000.

Este material só poderá ser reproduzido com autorização expressa dos responsáveis.

DIREÇÃO

Waldman Biolcati

COORDENAÇÃO DO JORNAL

Prof.ª Ayne Salviano (Mtb 19.031)

COLABORADORA

Silmara Ignácio - Diagramação

Os artigos assinados são de inteira

responsabilidade dos seus autores.

www.angloaracatuba.com.br

Youtube: angloaracatuba

Twitter: @angloaracatuba

Facebook: angloaracatuba

O Leão Gordo | Anglo Araçatuba -- 02 --

Que venha 2017Enquanto este jornal estava sendo elaborado, você provavelmente estava planejando a nossa gincana cultural

e esportiva.Agora, deve estar se preparando para o Enem, e se for dos segundos e terceiros anos, já precisa ir arrumando a

malinha para o tour de novembro: Unesp, Fuvest, Unicamp, só para começar.A esta altura, o terceiro ano já escolheu o padrinho, a madrinha, o paraninfo, e agora só está esperando a festa

de formatura, certo?Sim, o tempo passa muito rápido.Esperamos que este ano tenha sido proveitoso para você. Que tenha feito novas amizades,

adquirido muitos conhecimentos, mas especialmente, que tenha amadurecido para as próximas etapas onde estão seus passos mais importantes.

Crescer dói, costumo dizer. E é verdade. Quanto mais velhos ficamos, mais responsabilidades temos. Mas é preciso que você encare esta realidade de frente. Esteja aberto a sugestões e mudanças. Pense fora da caixinha. Não tenha medo de viver. E seja, antes de tudo, feliz. Sim, é possível, basta entender que a vida é feita de fases e tudo passa.

Aproveite estas últimas semanas dando o melhor de si. Tenha a certeza de concluir da melhor forma cada uma de suas etapas. E conte conosco sempre. Vamos nos ver muito por aí, mas o Leão Gordo só volta em 2017. Então, até lá!

Editorial

Especial

Gabriela Marques: ‘‘As vezes erro coisas simples’’

estudante de escola particular Ocresce sabendo o significado de uma palavra em especial: vestibu-

lar. Ouve isso diariamente em casa, na escola e em praticamente todos os veículos de comunicação.

É inevitável sentir-se pressionado. Essa pressão tem se tornado motivo de problemas psicológicos que podem

atrapalhar o seu desempenho, como a ansiedade crônica.

Hebiatra, pediatra e residente do terceiro ano de Psiquiatria, Orli Carvalho da Silva Filho, e a graduanda de Psicologia Mariana Pereira da Silva, explicam que TA G ( Tra n s t o r n o d e A n s i e d a d e Generalizada) é o tipo de ansiedade causado principalmente pela pressão dos vestibulares e “apresenta-se como uma preocupação excessiva, com prejuízo funcional em uma variedade de aspectos, como competência, desempenho, segurança pessoal e interações sociais”, podendo causar prejuízos na hora de fazer provas, por exemplo.

Gabriela Marques, estudante do segundo ano do ensino médio, afirma muitas vezes errar coisas simples por conta da ansiedade. “Pessoas muito capazes de prestar um vestibular e se sair muito bem às vezes não têm um melhor desempenho por conta dessa pressão”, afirmam os especialistas. Essa ansiedade, porém, não é apenas aquele “frio na barriga” nos momentos de maior importância para o jovem. Ela pode vir a se tornar mais grave causando cefaleia, náuseas e vômitos, taquicardia, sudorese, parestesias e dor muscular.

DADOS POSITIVOS

A psicóloga educacional do Colégio

Anglo Araçatuba, Célia Aparecida Gargantini de Morais, afirma que é preciso ter foco para não ter consequências ruins quanto às escolhas feitas na época dos vestibulares. Ela acredita que a pressão deve ser bem vista, pois estimula o d e s e n v o l v i m e n t o d e u m a responsabilidade em relação aos estudos.

Além disso, para tudo existe um limite, e nenhum jovem deve se sentir pressionado a ponto que precise desistir de sua vida so-cial, da sua saúde e de seu prazer por conta dos estudos. “Tem aqueles [alunos] que com duas horas já conseguem estudar e tem outros que com 16 horas não conseguem aprender tudo”, diz Célia. “Então esse que tem mais dificuldade pre-cisa priorizar o que é importante pra vida dele”, ensina.

A ansiedade é vista como um dos problemas da chamada “Geração Y”. É papel fundamental de responsáveis e professores levar à sério essa doença e sa-ber como lidar com ela. Já, aos alunos, cabe a responsabilidade de manter o foco para não ter reações negativas às pressões dos vestibulares e informar caso sofra com os sintomas da ansiedade, para que essa seja tratada de forma adequada por um profissional.

Ansiedade, a doença do vestibular

Carolina Andrioli, Henrique Figueiredo eJosé Eduardo Cavalari, 2º ano

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Ayne Salviano, Editora

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ara começar bem um dia de aula, o Paluno, ao entrar no ambiente esco-lar, se deparará com um outdoor ele-

trônico informando as últimas notícias so-bre política, descobertas científicas, entre outros assuntos.

Ao entrar na sala de aula, o aluno se alo-jará em sua confortável cadeira de couro lo-calizada em um perímetro circular com vári-as outras e abrirá seu notebook.

Haverá um tempo para debater as notí-cias mostradas pelo outdoor e comentadas pelos professores. Após o debate, acompa-nhado de um reforçado café da manhã, os professores aplicarão as disciplinas sobre as respectivas manchetes. Não haverá a ne-cessidade de intervalos já que as aulas não serão exaustivas, mas interessantes.

Os alunos serão orientados desde pe-quenos a terem bons comportamentos, se-rem fraternos e amistosos. Influenciar o comportamento dos jovens será possível graças à implantação da sociologia como base para formação das características de um indivíduo respeitado e admirado. Os uniformes serão elegantes e confortáveis para ampliar a sensação real de que cada aluno está exercendo uma profissão im-portante.

Os dias letivos serão decididos pelos alu-nos, sendo que haverá uma cota para ser cumprida. Haverão provas diariamente, após o término da aula, que serão dadas as-sim que todos os temas forem discutidos, para garantir que o aluno entendeu e guar-dou os ensinamentos do dia.

Notícias e conforto

Debates e soluções Reforma já

Tecnologia gratuita Inovaçãos futuras escolas brasileiras serão Amais tecnológicas. Todas serão pú-blicas. Cada professor terá uma sala

de aula específica para sua matéria.

Toda sala terá lousa digital, computa-dores ou tablets, disponibilizando pesqui-sas na internet.

A estrutura física das escolas será base-ada em grandes prédios, com no mínimo três andares, assim vamos economizar ter-reno para a ala de estudos e ao lado dela te-rão quadras, campos e piscinas para as ati-vidades físicas não só dos alunos como dos professores também.

Os alunos farão todas as matérias até o ensino fundamental. Já no ensino médio poderão escolher todas as matérias que quiserem.

Com a escola digitalizada, as provas se-rão escritas e orais, online.

escola do futuro será em formato Ade edifício para economizar terre-no. As salas de aula possuirão, no lu-

gar de lousa, um sistema digital integrado às carteiras onde serão exibidos os conteú-dos. Os professores deixarão de transmitir as informações e passarão a mediar os co-nhecimentos.

A grade de disciplinas será estipulada de acordo com a área de preferência do alu-no. Com relação às avaliações, os discentes terão disponível uma pequena vídeoaula para que os conteúdos sejam reforçados e, por fim, aprendidos para depois serem tes-tados.

A tecnologia, a escola, o modo de ensi-nar e aprender mudarão muito, todavia não mudará a necessidade da existência de professores qualificados e de alunos com vontade de estudar e se dedicar.

Leonardo Ferreira Menechelli, 1º ano

escola do futuro precisa dar ao alu-Ano a oportunidade de debater idei-as, fazer seus próprios experimen-

tos e adquirir habilidades, como a solução de problemas e trabalho em equipe. Para is-so, ela tem que ter uma infraestrutura e uma organização diferentes.

As carteiras deverão ser distribuídas de forma circular para que todos tenham uma visão ampla do professor e da sala. Além disso, uma boa escola deverá contar com la-boratórios mais completos para os alunos aprenderem na prática o que vêem na teo-ria.

Aulas facultativas e ao ar livre, profes-sores competentes e bem remunerados, a possibilidade de selecionar as matérias que deseja-se fazer e pequenos lugares pa-ra a vivência de um pouco do cotidiano de cada profissão.

O sistema de provas deverá acabar e ser substituído por simulados trimestrais de todas as matérias, assim o tempo de es-tudo será maior. Os horários de aula serão estendidos até o final da tarde, contudo o aluno fará somente as disciplinas que dese-jar.

Júlia Fernandes e Júlia Tiemy, 1º ano

Cérebros do amanhão futuro as apostilas serão aboli-Ndas dando lugar aos computado-res, hologramas e salas de realida-

de virtual serão utilizadas para que o aluno "viva" o cenário de uma guerra que está aprendendo na aula de história ou "visite" alguma floresta exótica na aula de biologia.

Os alunos poderão escolher as matéri-as que desejam estudar, cada qual localiza-da em um andar da escola, e farão provas práticas aplicando o conteúdo aprendido em situações diárias.

Aulas de robótica e tecnologia serão acrescentadas na grade de matérias, além de aulas vespertinas de música, teatro e es-portes. Os alunos poderão optar por cardá-pios mais abrangentes e mais saudáveis na cantina, além de poderem escolher o pe-ríodo em que desejarão estudar.

Para que tudo funcione com harmonia, os professores deverão ser preparados pa-ra estas mudanças, para que aprendam a li-dar com essas tecnologias, e deverão ser melhor remunerados, já que terão novas habilidades e tarefas.

Cauê Leite, Eliseu Rodas e Gabriel Zampieri, 1º ano Breno Tozzi Araújo, 1º ano

Juan Pablo Tonheiro e Matheus de Moraes, 1º ano

Kadu Torres Momesso, 1º ano

iante do grande avanço da tecno-Dlogia, o mundo precisa pensar em uma nova forma de educar os seus

habitantes. Necessitamos repensar um no-vo modelo de escola, tanto em relação ao espaço físico quanto a grade curricular, e também pensar nos benefícios que eles vão trazer para os alunos e os professores

A escola deve ser construída em um lu-gar aberto, as salas devem ser claras e bem arejadas, além de limpas e modernizadas.

O material a ser estudado deve ser ela-borado constantemente de acordo com a evolução do aluno e acontecimentos mun-diais. Quanto a grade curricular do ensino fundamental, devem ser fixas, para que os alunos conheçam as matérias e possam montar a própria grade no ensino médio fo-cada na profissão desejada por ele.

As aulas devem ser separadas em três grupos: Biológicas, Humanas e Exatas. Além da grade escolhida por ele, deverá fre-quentar aulas de leitura, cursos técnicos e esportes a sua escolha em horários alter-nativos.

Escola do Futuro

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Bebidas alcoólicas Aborto

ImaturidadeJuvenil

Giórgia Ferreira, 2º ano

Por trás da lei, há razão

Gabriela Ramos, 2º ano

evido ao aumento dos casos de Dmicrocefalia no Brasil, o aborto e a sua legalização voltam à pauta. No

país, a prática é ilegal, com exceção de casos como estupro ou risco de morte da gestante. Essa legislação, contudo, precisa ser mudada uma vez que a mulher, como um indivíduo independente, deve ter o to-tal poder de escolha sobre seu corpo, sua descendência e seu núcleo familiar.

Segundo o filósofo Jean-Jacques Rousseau, todo ser humano nasce livre, sendo a sociedade o seu limitante, em todos os aspectos; psicológico, intelectual, financeiro e cultural. É ela, portanto, a responsável pela reprovação (tanto legal quanto moral) da interrupção de uma gravidez, quaisquer que sejam os motivos da gestante. A mulher, como indivíduo único, não deve estar acorrentada à vontade e expectativa social; é necessário que ela tenha o direito de exercer sua capacidade de decisão autônoma perante a prática de um aborto.

A realidade brasileira evidencia que os recursos básicos não são, todavia, garantidos a todos; não na prática. Portanto, nem sempre as necessidades básicas de um bebê microencefálico poderão ser plenamente atendidas.

A gestante, que será responsável pelos cuidados de seus descendentes, nem sempre estará em condições psicológicas e financeiras adequadas para a criação de uma criança. Logo, o direito de optar por um aborto faz-se necessário.

É i n e g á v e l , p o r t a n t o , q u e a possibilidade de decidir interromper uma gravidez não pode, de forma alguma, ser negada a uma mulher. Essa possibilidade deve, ainda, ser respaldada pelo Sistema Único de Saúde, que deve fazer-se responsável pela prática adequada (e em condições apropriadas) do aborto, assim como pelo lado psicológico da mulher que optar pela prática. Negar a qualquer mulher tal direito é como nadar contra a corrente, desgastante, frustrante e, principalmente, ineficiente, não levando a lugar algum.

Um direito de escolha

Olga Okada, 3º ano

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consumo de bebidas alcoólicas Oentre os menores de 18 anos vem aumentando nos últimos anos. A

proibição por lei da venda e do consumo para os jovens não parece representar obstáculo, e são inúmeras as consequênci-as negativas trazidas por esta prática irresponsável.

Um adolescente de 16 anos, por exemplo, ainda está em desenvolvimento, tanto físico como psicológico.

O consumo precoce do álcool pode acarretar problemas neste desenvolvi-mento, prejudicar a saúde e ainda aumentar as chances de dependência do indivíduo.

Aos 18 anos, os jovens já têm maturidade para tomar suas decisões e se responsabilizam, inclusive legalmente, pelas consequências de suas escolhas. Além disso, eles têm uma habilidade maior para lidar com problemas.

Este é, aliás, um dos principais motivos do consumo entre os menores: a busca por uma escapatória de seus problemas familiares, escolares, que dão a falsa impressão de serem amenizados pela bebida.

Para alterar essa realidade será necessário maior rigor e fiscalização das leis e da venda em todo país.

As famílias também representam um papel muito importante, devem estar presentes para apoiar e ajudar os jovens quando tiverem problemas e educá-los para que tenham responsabilidade e ética, sabendo colocá-las em prática e respeitar regras.

ropagandas, problemas pessoais e, Pmuitas vezes, os próprios amigos apresentam, erroneamente, a

bebida alcoólica como solução de problemas e garantia de popularidade.

O problema é a enorme frequência com que isso tem ocorrido entre os jovens menores de 18 anos, prejudicando seu organismo e envolvendo um comporta-mento de risco. É por isso que, no Brasil, a lei permite esse consumo apenas após a maioridade.

Uma pesquisa realizada pela Unifesp mostrou que as taxas de gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, acidentes de carro, envolvimento em brigas e notas baixas na escola são muito maiores entre os jovens que bebem em excesso. Dentre eles, 70% se tornaram dependentes de álcool ou de drogas ilícitas e 75% desenvolveram algum transtorno mental.

Para a saúde, verificou-se que com o cérebro ainda em formação, as atividades do hipocampo (aprendizado e memória) e do córtex pré-frontal (planejamento de longo prazo e controle das emoções) sofrem um estrago enorme.

No fígado, maior chance de cirrose, enquanto no coração há destruição do tecido muscular. É afetada também a produção de hormônios, com risco de infertilidade, impotência e osteoporose. Tudo isso é intensificado nos jovens consumidores.

Com a proibição de publicidade provocante e com campanhas de conscientização é possível reduzir esse consumo ilegal tão prejudicial ao jovem.

‘‘A mulher não deve estar acorrentada à

vontade e expectativa social’’

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tualmente, o uso do anticoncepci-Aonal tem se intensificado entre as mulheres com um crescimento de

8% nos últimos cinco anos.

Trazendo benefícios, tem sido uma al-ternativa como método contraceptivo, pa-ra controlar algumas doenças como mio-matoses uterinas e hemorragias, para me-lhoras físicas como diminuição de acne e re-tenção de líquido, e diminuindo a TPM (Ten-são Pré-Menstrual).

Porém, ele também possui seus malefí-cios que dependem do organismo da pes-soa e da composição do medicamento. Uma pesquisa publicada pelo British Medical Journal mostra que pessoas que usam anticoncepcionais que contém Drospirenona, Ciproterona, Desogestrel e Gestodeno correm o risco de manifestar uma trombose venosa em relação aos que não possuem esses componentes.

Anticoncepcionais: Fique de olho

FINALIDADE

“Os anticoncepcionais têm sido usados não somente como método contraceptivo, mas também como tratamento de endo-metriose e cólicas menstruais. Portanto, tem vários benefícios, além de prevenir câncer de ovário e do endométrio,” explica a ginecologista Doriana Garcia.

Segundo outra ginecologista, Vanielli de Fátima, o aumento do uso de anticon-cepcionais para tratamento de pele tem co-mo causa a “redução dos níveis sanguíneos de andrógeno e, dessa forma, podem cola-borar para diminuir a gravidade da acne.”

Uma das maiores procuras pelos anti-concepcionais é para o método contracep-tivo, pois os jovens estão começando a ter uma vida sexual ativa mais cedo, e as mu-lheres que não querem engravidar estão tendo o anti-concepcio-nal como um aliado

De acor-do com os es-pecialistas, os anticon-cepcionais só trariam m a lef í c io s na vida adul-ta dependendo do estilo de vida de cada pa-ciente, como associar os anticoncepciona-is ao álcool, tabaco, sedentarismo, obesi-dade e hereditariedade. Apesar de muitos benefícios, é necessária a orientação de um médico.

Giovanna Garcia e Giovanna Barretto, 2º ano

Comportamento

Geração Stalker: Livro aberto digital termo stalker vem do inglês, foi Oadaptado pelos jovens e proliferou através da internet. A expressão sig-

nifica '' perseguidor'' e é aplicada ao desig-nar alguém que importuna, observa ou es-piona de forma insistente e obsessiva as ati-vidades e os comportamentos de outro, ge-ralmente alguém por quem sente atração ou repudia.

Mas o conceito ‘‘stalking’’ não é de ho-je. Comportamentos desse tipo vêm sendo documentados há séculos. Mas o termo é usado desde a década de 1980 quando ha-via uma obstinada perseguição a celebri-dades.

MUITO TRABALHO

Em conversa com a adolescente de no-me fictício Eliza, que possui o costume de stalkear, ela conta que usa o Facebook, '' po-is muitas pessoas postam sua vida toda lá''.

A adolescente cruza dados, acha ami-gos em comum e até lugares que a pessoa frequenta e, a partir daí, é possível desco-brir e explorar mais sobre o indivíduo.

Eliza explica que seus motivos geral-mente são os pedidos de amigas para que ela descubra algo, ou quando ela quer sa-ber alguma coisa que lhe interessa. Ela res-salta que da mesma forma que ela busca in-formações e facilmente acha respostas, ou-tras pessoas podem usar as informações descobertas para um fim ruim.

PERSEGUIÇÕES

O processo de stalking pode ser físico ou cibernético. Ações como enviar cartas, aparecer na casa de alguém ou fazer liga-

ções telefônicas, quando compulsivas, ca-racterizam a perseguição física.

Com a ascensão das redes sociais, a tare-fa dos stalkers cibernéticos foi facilitada, po-is nelas eles podem conseguir todas as infor-mações desejadas sobre o seu alvo. Isso por-que muitos usuários têm uma grande quan-tidade de dados pessoais divulgados na re-de, aliado às comodidades que o persegui-dor possui para se '' esconder''.

O delegado de polícia Delcir Getúlio Nardo alerta sobre as consequências de tal comportamento, que quando contínuo e acompanhado de ameaças, o perseguidor adquire caráter criminoso podendo levar de 3 meses a 1 ano de cadeia, além de multa.

CADEIA

O delegado cita o dispositivo de Código Penal Brasileiro, que foi inserido no capítulo VI, Seção IV, com redação dada pela lei n°12.737, desde 30 de novembro de 2012:

''Art.154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de compu-tadores, mediante violação indevida de me-canismo de segurança e com o fim de ob-ter, adulterar ou destruir dados ou infor-mações sem autorização expressa ou táci-ta do titular do dispositivo ou instalar vul-nerabilidade para obter vantagem ilícita.''

Casos extremos de stalking tendem a envolver uma explícita intimidação, ligada a atitudes violentas, e já é considerado cri-me em muitos países, inclusive no Brasil, como já tipificado, dependendo do senti-mento da vítima em relação ao persegui-dor, lembrando que nos termos do artigo 154-B e apuração dos crimes do artigo ante-rior somente se procede mediante repre-sentação.

Isabella Nardo, Isabela Rodrigues eMariana Santos, 2ª ano

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Arquivo pessoal

Dra. Doriana Garcia

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Comportamento Escola sem partido

Relacionamento na balança

A tristeza docyberbullying

amoro: “união de duas pessoas Nem um compromisso sério”. Hoje no Brasil, pequena parte dos jo-

vens assume esse tipo de relacionamento. Seja por não serem maduros o suficiente ou por não existir a necessidade de algo “sé-rio”, já que a famosa “ficada” é normal.

B.A (15 anos) alega nunca ter se unido a alguém e vê poucas vantagens nessa ida-de, pois interfere na forma de se relacionar com os outros. “Agora eu estou aprovei-tando com meus amigos. Se namorasse, sa-iria bem menos.”

Os namorados já não vêem a relação co-mo um impasse no aproveitamento da ado-lescência. L.A (16 anos), por exemplo, na-mora há 7 meses e acredita que a melhor vantagem é ter sempre uma boa compa-nhia, mas se vê privada de algumas coisas.

Sua amiga S.S (15 anos) não gosta mui-to, pois tem que dividir a atenção da amiga com o namorado e sente que ela se afas-tou.

Numa sala de 54 alunos, um sexto deles namora, os outros ou nunca chegaram a es-se ponto ou já não se enquadram mais na categoria “namorando”. Todos afirmam se-rem muito jovens para tal atitude. G.V (16 anos), após um relacionamento duradou-ro, hoje assume que “Namorar é muito ro-lê, tem que aproveitar essa fase.”

E que não dá para sustentar um namo-ro se seus amigos não tiverem uma boa re-lação com sua namorada e vice-versa. “Nunca envolve só os dois”, diz ele.

Como qualquer adolescente, escolhi

“uma foto minha que achei legal e pos-

tei, mas meus colegas acharam en-

graçado e começaram a zombar de mim.

Agora, na escola, fico isolada, sem amigos,

enquanto todos riem e se divertem às mi-

nhas custas”, conta a garota de 15 anos, es-

tudante da escola pública José Cândido,

em Araçatuba.

A postagem foi feita no dia 23 de março

e desde então ela vem sofrendo com o

cyberbullying. Isso está refletindo na vida

escolar também. Ela não pode comentar

nem fazer nada de errado em sala de aula

que já é satirizada pela turma.

Cyberbullying é uma prática que envol-

ve o uso de tecnologias de informação e co-

municação para dar apoio a comporta-

mentos deliberados, repetidos e hostis pra-

ticados por um indivíduo ou grupo com in-

tenção de prejudicar o outro.

Basta uma foto ou vídeo na internet pa-

ra virar motivo de piada ou de um perfil vir-

tual falso.

‘‘Alguém se passa por você e diz que fez

ou é coisas que não são verdade”, explica a

pedagoga Cleo Fante, autora do livro “Bull-

ying Escolar – perguntas e respostas”, da

Editora Artmed.

Entre dicas dos especialistas para as víti-

mas de cyberbullying, algumas são: evitar

colocar fotografias em sites de relaciona-

mentos; dizer, com dureza, aos colegas que

não aceita o apelido que inventaram e não

esconder do professor e dos pais que é víti-

ma de brincadeira de mau gosto na escola

ou na internet.

m nome da democracia e da liberda-Ede de expressão, amordacemos os professores para que eles não mani-

festem suas ideologias.

Alguns políticos, em 1964, fizeram jus-tamente isso com as escolas brasileiras, em nome do crescimento econômico. E agora, em nome do que será permitido violar o ar-tigo 1° inciso V, 3° inciso I, 5° inciso IV, VIII e IX da Constituição Federal?

Aristóteles já afirmava, ainda na Antiguidade, que o homem é um ser políti-co e a educação é uma virtude democráti-ca, ela prepara o homem para a vida públi-ca. É preciso, então, que o professor esti-mule o aluno a pensar, apresentando-lhe uma pluralidade de ideias para ele poder criar um senso crítico e a consciência dos desafios da coletividade.

A proposta da "Escola sem partido" é, além de um paradoxo, um atentado à pró-pria liberdade de expressão, desrespeitan-do, inclusive, pactos internacionais sobre os direitos civis e políticos (art. 19).

Além disso, seus argumentos são rasos quando afirmam que o aluno é “vulnerá-vel” e “ o elo mais fraco”. Mesmo que fosse possível construir uma escola totalmente apartidária como a proposta utópica de Miguel Nagib, ela só colaboraria com a alie-nação dos jovens e para uma sociedade ain-da mais conservadora.

Porém, é impossível acreditarmos na neutralidade do projeto, visto que “neu-tro” já é uma posição partidária. Assim, não estaríamos fazendo uma escola sem partido de fato, apenas trocaríamos as ide-ologias.

E o que seriam das matérias principal-mente de Humanas que baseiam-se no es-tudo do homem e seu comportamento a partir de suas crenças, politicas e tradi-ções? Eliminadas, talvez, ou censuradas, tornando o trabalho de criatividade e transformação do professor impossível, re-duzindo, assim, a escola a um meio literal de controle social.

Desse modo, a proposta da Escola sem Partido não é uma forma de progresso, e, sim, um retrocesso. À época da ditadura, da censura e do medo. Criando homens não melhores, mas sistematicamente vol-tados a uma única ideologia e incapazes de contestar, argumentar e criticar o sistema, ou mesmo tolerarem uns aos outros pela di-vergência de opiniões.

Maria Maroni, Beatriz Brito eIsadora Zonetti, 2º ano

Lucas Gáspari, Felipe Farias e Gabriel Yudi, 2º ano

Rachel Pozzetti, curso extensivo

“Agora eu estou aproveitando com meus amigos...’’

Basta uma foto ou vídeo na internet para virar motivo de piada ou de um perfil virtual

falso

Ordem é progresso?

Reprodução

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Opinião

As fronteiras dialéticas

Natália Pastorello e Silva, Curso Extensivo

martphones, impressoras 3D e nano-Srobótica são apenas alguns dos fru-tos do avanço tecnológico que, liga-

dos à inteligência moral, tornam-se de grande importância para a humanidade.

Entretanto, infelizmente, a tecnologia, muitas vezes, tem sido utilizada de forma amoral e degradante, tornando-se uma ameaça social graças ao uso irracional moti-vado pelo egocentrismo e pela imoralida-de de alguns indivíduos.

O desenvolvimento de novas tecnologi-as ao longo da história tem proporcionado ao homem diversos benefícios, como aces-sibilidade à informação, rapidez no deslo-camento espacial e na comunicação e, tam-bém, um aumento na qualidade e na ex-pectativa de vida, por meio da genética, da manipulação atômica, da informática e da robótica.

Entretanto, estas também permitiram a

criação de bombas atômicas, que destruí-ram Hiroshima e Nagasaki no final da 2º Guerra Mundial, o desenvolvimento de ar-mas químicas, como o Napalm, utilizado na guerra do Vietnã, e a criação de drones que são utilizados em combates militares, as-sim como a espionagem por meio de veícu-los de comunicação, como o caso apresen-tado pelo ex-agente da NSA, Edward Snowden.

CUIDADOS

Para o astrofísico Stephen Hawking, o desenvolvimento de máquinas com inteli-gência artificial, algoritmos que possuem a capacidade de reconhecer, analisar e exe-cutar ações de acordo com determinadas situações, deve ser cessado, uma vez que estas poderiam avançar por conta própria e os humanos, limitados biologicamente, fi-cariam ultrapassados.

Tecnologia, egocentrismo e autodestruição

Breno Pederiva de Sá, Curso Extensivo

Para Paul Kordis, a "evolução tecnológi-ca do ser humano progrediu em um ritmo exponencial incompatível com a evolução da nossa capacidade moral".

Entretanto, os aspectos positivos supe-ram facilmente os negativos, pois inova-ções tecnológicas foram e sempre vão ser de extrema necessidade para a sobrevi-vência humana, uma vez que a nossa des-vantagem biológica, em relação a outros se-res, é superada pela capacidade de racioci-nar e compreender o universo a nossa vol-ta, em sua totalidade.

Portanto, o que determina e direciona o uso de adventos tecnológicos é a ética, a moralidade humana e o pensamento soci-al, os quais devem ser preservados, uma vez que o ser humano tende a autodestrui-ção quando egocêntrico e imoral.

liberdade de expressão foi Aconquistada pelo ser humano por meio da democracia. Entretanto,

parece que essa liberdade transformou-se em libertinagem, pautando-se em alguns discursos presentes entre representantes da política brasileira.

Ser livre para se expressar é um direito social, desde que não haja incentivo ao crime. Ou seja, os cidadãos possuem a liberdade de falar o que a lei permite, e não simplesmente falar o que quiserem, pois este comportamento gera graves consequências sociais. Percebe-se que, na prática, as autoridades não têm total liberdade, visto que há censura no meio político.

O decoro parlamentar é necessário no país, por meio de regras, controles e limites, inclusive punições, desde que tais condições não afetem os direitos humanos e a privacidade dos indivíduos. Torna-se urgente a ética e o bom senso e, além disso, certo equilíbrio na liberdade de expressão. A liberdade é essencial, mas a moralidade e a autoridade também são.

Em situações de intensos conflitos na política, para sua eficiência, é necessário rever as condutas dos representantes públicos, havendo reflexão e discernimen-to.

Infelizmente, essa libertinagem transformou-se em um grande caos no governo brasileiro.

O astrofísico Stephen Hawking

O ‘cogumelo’ atômico de Hiroshima

Reprodução

Page 8: Araçatuba, Setembro a Dezembro de 2016 - ANO IV - Edição nº 7 · Crescer dói, costumo dizer. E é verdade. Quanto mais velhos ficamos, mais responsabilidades temos. Mas é preciso

Glória e Escória

luz do sol que ilumina um anteparo Aprovocando opostamente a ele uma sombra junto com uma leve

penumbra é a dualidade comportamental presente no homem. Dualidade que se destaca friamente entre mau e bom, amor e ódio, ternura e raiva, sucesso e fracasso, frio e calor, e que, ocasionalmente, essa mistura de opostos se cruzam formando incertezas no homem.

O raio de luz solar é intenso, forte, quente, vivo e tão brilhante que chega a ofuscar a visão. Encaixam-se todo e qualquer tipo de sucesso das ações antrópicas que levaram à cura de doenças, avanços tecnológicos, descobertas inimagináveis ou até mesmo a sorrisos, aconchegos no coração, paz na alma, gargalhadas incontroláveis. Tal luz é base para a vida do homem em qualquer aspecto estudado: religioso, histórico, biológico, natural, comportamental.

Porém, todo raio de luz tem a sua própria sombra que não importa a hora do dia, está sempre atrás dele. Basta um desaforo, um desentendimento, um ódio cultivado, uma ambição acumulada, uma aliança comercial ou até mesmo uma tristeza, um coração partido, uma lágrima, que é capaz de levar o homem às trevas, à total escuridão, provocando ações de inúmeras e intensas consequências. É lado devastador do homem, temido e evitado até por ele mesmo.

Nesse cruzamento de opostos, a penumbra é presente na maioria dos casos: momentos de dúvidas, incertezas, arrependimentos; o medo do novo e do arriscado predominam. Por serem momentos breves, pequenos e sem intensidades, o homem tende a optar apenas por entre dois caminhos e serão suas escolhas: raios de luzes ou de sombras. Essa dualidade é terrível, porém inevitável, natural e essencial como característica do ser racional humano.

homem vive em constante Oconflito. Aquele que o perturba, que o aflige. Conflito interno entre

suas decisões, sobre o certo e o errado; o bem ou o mal. Dentre todas as suas conquistas, todos os seus feitios e a todos os seus medos, com as mãos que ele constrói o mundo, são as mesmas que o destroem.

Não é maldade pura ou malícia exacerbada. O homem não nasce com "sangue ruim", mas a má companhia o desvirtua, a sociedade o decepciona e o tempo o degenera.

É a interferência do meio em sua vida, onde existe uma barreira até chegar nos seus sonhos.

A corrupção de seu ser explica o porquê de tal brutalidade e revolta com o mundo; ele não é mau, ele adquire tal sentimento com sua experiência de vida.

Entretanto, ora descobridor de uma cura, ora destruidor de lares, já autor de infinitas obras de arte e terrorista do século XXI.

O antagonismo que o cerca torna o homem imprevisível, um ser racional que quase sempre é levado pelas emoções. Ser emocional, considerado superior por ser pensante.

Dessa forma, é difícil referir-se ao homem sem lembrar de peculiar bipolaridade, a versão real mais próxima do yin /yang. Suas ações fazem jus ao seu sucesso, tanto como seu fracasso. Criador de teoremas e eterno pecador, ele é a glória e a escória do universo.

Sombras ou raios de luzes?

Cintia Koike, 3º ano Fernanda Kimie, 3º ano

Paradoxo Ambulante

globalização possibilita uma Agrande circulação de informações. Isso tem se intensificado de tal

forma que as pessoas tomam ciência da maioria dos fatos que ocorrem no mundo. Por outro lado, o constante contato com tragédias reduz a sensibilidade do ser, que, i n f e l i z m e n t e , a c o m o d o u - s e e m permanecer imóvel diante de tanta barbaridade e violência, assim, como resultado, a sociedade se torna cúmplice pela persistência.

A cidade da Grécia antiga, Atenas, foi precursora do que se chama de teatro. Este, divertia o público através da simulação das tragédias do cotidiano, sendo a satisfação dos espectadores, o estímulo à criação de cenas cada vez mais violentas. Séculos depois, exatamente no XXI, a sociedade, ignorando os atos horrendos de agressividade, continua sendo quem controla sua constância e permanência.

O filósofo inglês Thomas Hobbes defendia que o homem era o “lobo” de si mesmo, ou seja, é seu próprio inimigo: mente, rouba, mata. Infelizmente, atitudes como essas são reflexos de uma sociedade desigual.

A impetuosidade que tal condição provoca faz com que as pessoas encontrem, na violência, uma “fuga” da realidade; inacreditavelmente, há um estado de conforto quando se observa alguém em situação pior. A violência está incorporada no homem e muito longe de ser erradicada. Deve-se aprender que “nenhum homem é uma ilha isolada”, a nação funciona em conjunto, é errado acreditar que um ato de violência só prejudica a vítima, pensar dessa forma é ser irracional.

Animal irracional

Thalita Souza, curso extensivo

Há um estado deconforto quando seobserva alguém em

situação pior

Suas ações fazem jus ao seu sucesso,

tanto como seu fracasso

O Leão Gordo | Anglo Araçatuba -- 08 --