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Reabilitação dos centros históricos Carmen Fernandes Coimbra, Dezembro de 2008

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Reabilitação dos centros históricos  

 

 

 

 

 

Carmen Fernandes 

Coimbra, Dezembro de 2008 

 

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Ficha técnica: 

 

Disciplina: Fontes de Informação Sociológica. 

Docente: Paulo Peixoto 

Projecto: Trabalho no âmbito da avaliação continua. 

Titulo: Reabilitação dos centros históricos. 

Autora do trabalho: Carmen Zita Silva Fernandes 

Nº de estudante: 20081260 

 

 

 

Imagem da capa retirada de:  

http://olhares.aeiou.pt/universidade_de_coimbra_foto1905658.html 

 

  

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“Nas ruas há também uma quantidade de ruídos equívocos que perpassa. 

Produziu‐se pois uma mudança durante estas últimas semanas. Mas onde? É 

uma mudança que não se fixa em sítio nenhum. Fui eu que mudei? Se não fui, 

então foi este quarto, esta cidade, esta natureza; é preciso escolher.” 

 

Jean‐Paul Sartre, in A Náusea 

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Índice 

 

1 Introdução ………………………………………………………………………………………………… 5 

2 Estado das artes ………………………………………………………………………………………7  

2.1 Concepções, evolução e reflexões sobre a Reabilitação dos  

Centros Históricos…………………………………………………………………………… 7 

2.2 Realidade na reabilitação do centro histórico de 

Coimbra………………………………………………………………………………………………. 11 

2.3 Mapa dos centros históricos da cidade de 

Coimbra……………………………………………………………………………………………….13 

2.4 Efeitos favoráveis e não favoráveis dos centros 

históricos.……………………………………………………………………………….……………14  

3 Descrição detalhada da pesquisa ………………………………………………………………. 18 

4 Avaliação de uma página da Internet………………………………………………………… 22 

5 Ficha de leitura……………………………………………………………………………………….24 

6 Conclusão ……………………………………………………………………………………………. 29 

7 Referencias Bibliográficas………………………………………………………………………….31 

 

Anexo A 

  Página da internet 

    

   

Anexo B 

  Livro da ficha de leitura  

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1 Introdução  

 

  Para  a  realização  deste  trabalho  académico,  o  tema  que  escolhi  foi 

Reabilitação  dos  Centros  Históricos,  na  disciplina  de  Fontes  de  Informação 

Sociológica. Seleccionei este tema por ser o que mais se identifica comigo, pelo 

prazer que me dá passear‐me por um centro histórico onde haja vida, para a 

contemplação  de  pedras,  a  admiração  da  arte,  entre  conversas  que  vamos 

trocando  com o  chão que pisamos, porque antes de o pisarmos, nós, meros 

cidadãos, já o pisaram ilustres figuras, que contribuíram para o enriquecimento 

da  nossa  cultura.  E  através  delas  temos  hoje  em  dia,  os  saberes  mais 

profundos, para desvendar os mistérios decorridos de uma época antiga.  

Contar o passado e destapar o que nele aconteceu, sempre me cativou, 

por isso a escolha deste tema, foi imediata. 

E no decorrer desta minha pesquisa, apercebi‐me que a  cidade,  sendo 

diversificada é ideal para desenvolver a liberdade, e não diz respeito apenas ao 

morar, mas também ao construir, ao renovar. O tema que vou desenvolver irá 

centrar‐se na análise de noções, evoluções dos processos de reabilitação destes 

centros,  e  de mentalidades mais  abertas,  como  da  importância  dada  a  esta 

questão,  seguindo‐se  planos  elaborados  para  fomentar  esta  importância, 

finalizando  com  a  reabilitação  particular  no  centro  histórico  de  Coimbra. 

Escolhi a cidade de Coimbra por  ser  rica em história. Porque para cada  lugar 

que  nos  destinamos  a  vaguear,  visitar,  olhar,  há  qualquer  coisa  de 

contemplativo.  Coimbra  era  a  cidade  ideal  para  efectuar  este  trabalho  no 

sentido em que é para mim mais familiar, é‐me mais fácil entender as pessoas 

e a sua história. Porque me sinto um habitante desta cidade.  

  

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De  um  modo  mais  geral,  vou  esclarecer  os  benefícios  trazidos  pela 

reabilitação dos centros históricos, bem como alguns aspectos negativos, por 

exemplo, a criminalidade, o aumento da insegurança, o abandono de edifícios, 

entre outros.  

Em suma, tentarei ilustrar de modo objectivo e claro todos os itens a que 

me propus.  

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2 Estado das artes 

 

2.1 Concepções, evolução e reflexões sobre a Reabilitação dos 

Centros Históricos  

 

Foi no  século XIX que  se assistiu ao aparecimento de novas  ideologias, 

com  o  objectivo  de  preservação,  conservação,  inovação,  renovação, 

restauração,  reformação,  reparação,  reabilitação,  dos  centros  históricos.  As 

cidades  são,  em  primeiro  lugar,  o  sitio  que  dá maior  importância  á  arte  e  a 

cultura, representando o seu  lado estético e de grande valor artístico, onde a 

sua particularidade está na configuração arquitectónica. 

Inicialmente,  queria  referir  através  de  uma  citação  a  noção  de 

reabilitação de centros históricos:  

 

“ Acervo de uma herança comum e indivisível, que sendo insubstituível é, 

também, indissociável quer da História da humanidade, quer do seu futuro. (…) 

Para  além  dos  edifícios  individuais  com  valor  monumental,  os  conjuntos 

construídos  e  o  tecido  urbano:  cidades,  bairros,  centros  históricos,  etc.” 

(Peixoto, 2006) 

 

O conceito de centros históricos  remete‐me para grandes ruas, praças 

enigmáticas, imóveis e construções com um passado amplo, onde o mistério e 

o encanto da história de cada rua, praça, imóvel e construção, me faz idealizar 

um  passado  que  não  tive,  mas  que  o  torna  tão  memorável,  autêntico  e 

singular.  E  assim,  vou  deambulando  pelas  ruas  e  calçadas,  observando 

pormenorizadamente desde as  imagens, e tudo o que elas transmitem, até às 

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lajes que pisamos, pois cada uma delas é tão  importante para percebermos o 

fascínio de um tempo clássico, do qual este tempo já não faz parte.   

Os  centros  históricos  têm  como  finalidade,  satisfazer  os  interesses  de 

atracção  turística  e  de  lazer  dos  indivíduos.  Pois,  descobre‐se  uma  certa 

identidade  e  uma  grande  qualidade  de  vida  nestas  áreas. Mas,  para  isso  é 

necessário que estas áreas estejam em boas condições para, de um ponto de 

vista estético agradar aos olhos de todos.  

 

 “  (…) Quando  falamos de cidade, devemos  falar  também, por um  lado, 

das  imagens  que  lhe  vão  sendo  associadas  e  que  devem  a  sua  existência  a 

práticas e discursos diversos e, por outro lado, dos poderes que lhe dão força e 

que  a  apresentam  tendo  em  conta  as  imagens  para  eles mais  vantajosas.” 

(Baptista apud Gomes, 2005)  

“ As  cidades  são,  além  de  tudo  o  resto,  conjunto  de  símbolos  que,  ao 

longo  da  história,  vão  sendo  hierarquizados  e  têm  expressão  tanto  nas 

estruturas físicas como nos aspectos da vida quotidiana e nos discursos acerca 

da cidade. Esta dimensão está intimamente relacionada com os indivíduos que 

lá  residem,  uma  vez  que  os  locais  vão  sendo  associados  a  valores, 

acontecimentos históricos e sentimentos.” (Shields apud Gomes, 2005) 

 

Tal como está referido acima, para os  indivíduos que vivem nesta zona, 

que  passaram  a  sua  existência  nestes  locais  e  os  querem  que  fique 

resguardada,  é  para  eles  difícil  observar  a  decadência  a  que  os  centros 

históricos estão  sujeitos. Seria uma  sensação de  revolta,  tristeza, melancolia, 

acompanhada depois de uma certa nostalgia de tempos que a sociedade quer 

ver reabilitados. Tempo esse que os esqueceu e os menosprezou. 

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Mas,  a  dimensão  que  registou  esta  temática  tem  vindo  a  crescer.  Os 

centros históricos  servem para analisar a  lógica urbana e a mudança para  se 

aprender a cidade no  seu  todo, e ao pormenor. Numa  forma de  fortalecer o 

presente através da atribuição de uma “segunda vida” e um passado mais ou 

menos parado e supostamente distante. Para uns é preciso morrer para nascer 

de novo, para outros é preciso nascer e viver, guardando tudo o que se viveu, 

para mais tarde recordar. Assim foram criados alguns processos de intervenção 

nos  centros  históricos,  como:  PRAUD  (1988),  que  tem  como  objectivo  re‐

estabelecer  os  espaços  públicos,  a  qualidade  do  ambiente  urbano  e  a 

salvaguarda do património. Depois foi criado o RECRIA (1998), com a finalidade 

de  recuperar os edifícios degradados. Por  fim,  foi  criado o REHABITA  (1996), 

que pretende, melhorar as condições de habitabilidade dos edifícios antigos e 

contribui  para  a melhoria  da  imagem  visual  das  zonas mais  antigas. Através 

destes  três  princípios  a  questão  dos  centros  históricos  ganhou  mais 

importância na  sociedade. Embora actualmente o centro histórico, que antes 

era  visto  como  uma  recusa  de  um  objecto,  agora  alarga‐se  para  o  lado  do 

interessante  porque  promove  a  tradição  e  a  conservação  dos  centros 

históricos. Portanto, a cidade deve  ser  transformada através do seu passado. 

Com  os  centros  históricos  recuperados,  ficamos  com  uma  nova  realidade 

metafórica da cidade.  

 

“O  espaço  recuperado  aparece  assim  como  uma  nova  plataforma  de 

pendor artístico  capaz de gerar  significados  sociais,  como  se o  visual  fosse a 

condição  fundadora de novas sociabilidades. Finalmente, os centros históricos 

funcionam como alegoria nas situações em que o seu esplendor e a qualidade 

urbanística  dos  seus  espaços,  as  cores  garridas  das  fachadas  recuperadas, 

frequentemente contrastando com o resto da cidade que os envolve, os tornam 

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uma espécie de obra de arte que representa uma ideia abstracta de qualidade 

de  vida.  Neste  âmbito,  funcionam  como  imagem  metonímica  da  cidade, 

convidando  a  tomar  a  parte,  ordenada  e  embelezada,  pelo  todo.”  (Peixoto, 

2006) 

 

Para  preservar  e  conservar  esta  cultura  que  nos melhora  e  nos  torna 

desmedidos enquanto pessoas, passou a ser moda este conceito de reabilitar 

os centros históricos. Agora, é uma preocupação geral da  sociedade que não 

quer  ver  “morrer”  o  Portugal  e  as  suas  características mais  harmoniosas  e 

inspiradoras. 

    

   

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2.2 Realidade na reabilitação do centro histórico de Coimbra  

 

“Coimbra é uma cidade média à escala nacional. Em termos territoriais e 

administrativos, é a principal cidade da Região Centro de Portugal e situa‐se na 

sub‐região  do  Baixo  Mondego.  É  capital  de  um  distrito  composto  por  17 

concelhos, e sede de um município, com cerca de 319 Km², constituído por 31 

freguesias.” (Gomes, 2008) 

 

A Câmara Municipal de Coimbra tem vindo a desenvolver a recuperação 

e  protecção  dos  centros  históricos,  visto  que  tem  um  património  histórico 

bastante degradado. Por consequência elaborou três planos para promover o 

seu núcleo urbano mais antigo. O primeiro plano, visa apoiar as áreas urbanas 

degradadas,  pretendendo  que  os  proprietários  das  imóveis  recuperassem  as 

fachadas dos  edifícios. O  segundo plano  é um  “  Projecto de  revitalização da 

Baixinha: programa de apoio à modernização do comércio na área central da 

cidade.” Neste espaço ainda é hoje em dia a zona comercial que predomina em 

em Coimbra, e é abundantemente ocupada por uma população envelhecida. 

Então  pegou‐se  nesta  principal  característica,  e  fez‐se  dela  uma  grande 

estratégia  para  a  recuperação  urbana.  O  terceiro  plano,  é  destinado  à 

reabilitação  urbana.  Este  plano  tem  como  objectivo  combater  os  principais 

problemas  sociais  da  Baixa,  como  o  envelhecimento  da  população,  a 

prostituição e crianças na rua e sem apoio familiar. 

Assim,  todos  estes  planos  concebidos  pela  Câmara  Municipal  de 

Coimbra, com o desejo de se  realizarem, mostram o quanto é apaixonante e 

marcante trabalhar para a recuperação da zona mais bonita e esplendorosa da 

cidade. 

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Como  resultado  espera‐se  desenvolver  a  “qualidade,  dignidade  e  a 

vivência perdida”  (Fernandes et al apud Pereira e Midões, 1996), para deste 

modo continuar a testemunhar a história da cidade.  

 

“O  termo  reabilitação  designa  toda  a  série  de  acções  empreendidas 

tendo em vista a  recuperação e beneficiação de um edifício,  tornando‐o apto 

para  o  seu  uso  actual. O  seu  objectivo  fundamental  consiste  em  resolver  as 

deficiências  físicas  e  anomalias  construtivas,  ambientais  e  funcionais, 

acumuladas  ao  longo  dos  anos,  procurando  ao  mesmo  tempo  uma 

modernização  e  uma  beneficiação  geral  do  imóvel  sobre  o  qual  incide  – 

actualizando as  suas  instalações, equipamentos e a organização dos espaços 

existentes – melhorando o seu desempenho funcional e tornando esses edifícios 

aptos para o seu completo e actualizado re‐uso”. (Gomes, 2005) 

 

Assim com as palavras de Carina Gomes, concluo que a  reabilitação do 

centro  histórico  de  Coimbra  está  a  re‐usar  a  sua  história  da melhor  feição, 

sendo  a  Baixa  um  dos melhores  sítios  para  espairecer,  conviver,  conversar, 

sentir.  Com  uma  vista magnífica  sobre  o  rio Mondego  deleitamos  os  nossos 

olhares enquanto nos passeamos pelos restaurantes ou pelos cafés.  

   

 

   

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2.3 Mapa dos centros históricos da cidade de Coimbra: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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2.4 Efeitos favoráveis e não favoráveis dos centros históricos: 

 

Neste  item  debruço‐me  principalmente  sobre  os  aspectos  negativos  e 

positivos  dos  centros  históricos.  Neste  sentido  procuro  referenciar  a 

importância  (ou  a  falta  dela)  dada  à  reabilitação  dos mesmos.  Do  geral  ao 

particular; do tradicionalismo ao modernismo; do passado, presente e  futuro; 

do  visível  ao  habitacional;  do  Homem  ao  indivíduo.  Irei  considerar  os 

semblantes de  ligação, de  separação e união mais  relevantes de  todos estes 

pareceres.  

Inicialmente vou referir os aspectos negativos:      

As  cidades, devido  a  várias  transformações que  têm ocorrido  ao 

longo dos anos, deixaram para  trás  funções sociais e económicas 

importantes, que se devem à moda que se generalizou à volta dos 

centros históricos.  

Os  centros  históricos  originam  riscos,  porque  expulsam  idosos  e 

classes sociais mais modestas. Quando se encontram em crise os 

centros  históricos  as  classes médias  acabam  por  os  abandonar, 

ficando só aqueles que não têm alternativa.  

Há  centros  históricos  que  foram  esquecidos,  mas  depois 

relembrados  e  sujeitos  a  uma  função  diferente  daquela  que 

tinham  anteriormente.  Assim,  em  alguns  casos  os  centros 

históricos  são  vistos  como  um  entrave  ao  desenvolvimento  e  à 

mudança.    

Durante a noite verifica‐se uma maior desertificação, excepto nos 

centros  históricos  que  se  tornaram  centros  de  actividades 

nocturnas. Isto gera um crescente clima de insegurança.  

Os centros históricos têm uma zona habitacional mais degradada.  

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As  ruelas  estreitas  e  a  anarquia  em  termos  de  estacionamento 

dificultam as situações de emergência.  

Os  prédios  abandonados  são  frequentemente  ocupados  pelos 

sem‐abrigo o que pode causar incêndios por negligência. 

 

Os aspectos positivos são: 

 

A maior consequência perante esta  situação é a  sustentabilidade 

que  junta  a  função  e  a  tradição  dos  centros  históricos.  Através 

desta unificação assegura um maior poder financeiro, ecológico e 

gestionário.  

Durante  o  dia  os  centros  históricos  são  repletos  de  vida.  Os 

habitantes  da  cidade  põem  em  prática  as  suas  actividades, 

convívios  com  o  outro  e  os  turistas  sedentos  de  fotografias  e 

recordações  culturais  que  podem  guardar  para  a  posteridade. 

Neste aspecto tenho que salientar que a faixa etária abrangente é 

idosa.  

A higienização dos centros históricos passa pela consciencialização 

da  sociedade. Há  uma  preocupação maior  com  as  condições  de 

vida dos habitantes dos centros históricos.  

 

“ (…) A título de exemplo, é significativo que a câmara municipal de Guimarães 

tenha destacado um dos seus  funcionários para afastar do coração do centro 

histórico,  (…), os  toxicodependentes que aí  se costumam  reunir. O  recurso ao 

derrame de lixívia (um produto que simboliza a pureza e a higiene) para impedir 

que os toxicodependentes façam uso dos bancos de pedra da praça (iniciativa 

que foi adoptada pelo funcionário), é simbolicamente reveladora de medidas de 

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higienização social que estão a ocorrer nos centros históricos.”  (Fortuna et al, 

2003)   

  

Os  centros  históricos  são  espaços  óptimos  para  festas, 

manifestações  recreativas  e  culturais,  entre  outras  dinâmicas  de 

lazer.  

Actualmente  os  centros  históricos  tentam  afirmar‐se  como 

identidades  capazes  de  converter  o  passado  em  elemento 

renovador. Se por um lado o passado atribui identidade ao centro 

histórico,  é  também  o  passado  que  mostra  a  importância  do 

desenvolvimento no presente e o impulsiona para o futuro. 

 

Um dos aspectos pode ser considerado positivo e negativo:  

  

Os  centros  históricos  requalificados  procuram  ser  um  exemplo 

tanto  para  os  próprios  centros  históricos  como  para  o  resto  da 

cidade.  Estando  sujeitos  a  constantes  formas  de  mercado, 

encarados como empresas. Desta  forma os centros históricos são 

frequentemente  utilizados  como  meio  de  industrialização 

passando a cidade a ter uma  imagem um pouco negativa. O facto 

de  os  centros  históricos  de  certo  modo  reflectirem  o  resto  da 

cidade  através  da  industrialização  pode  ser  considerado  um 

aspecto  positivo  na  medida  em  que  essa  industrialização  é 

sinónimo  de  desenvolvimento.  Em  contrapartida,  os  centros 

históricos  sofrem  com  essa  industrialização,  por  causa  do 

alargamento do mercado.   

 

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“  O  objectivo  desta  estratégia  tem  a  ver  com  o  facto  de  o  estado 

degradado  do  centro  histórico  permitir  uma  dramatização  da  condição  da 

cidade que acaba por  funcionar  como  justificação e  factor de  legitimação da 

reivindicação de  recursos  financeiros e de  instrumentos  legais que agilizem a 

desejada renovação identitária.” (Peixoto, 2006) 

 

Assim, verificamos que as cidades se transformam cada vez mais rápida e 

verdadeiramente.  

Mas,  há  cidades  que  pretendem  ter  uma  imagem  de  cidade  histórica 

para  se  tornar  sustentável  a  todos  os  níveis,  principalmente  económicos.  E 

assim,  se  opõe  o  antigo  e  o moderno,  o  passado  e  o  presente,  para  criar  a 

imagem de marca que os centros históricos representam. Com a afirmação do 

moderno  numa  estética  de  estilos  arquitectónicos  diferente,  origina  a 

diversidade de géneros e feitios, assim pode ser uma condição para continuar a 

confirmar  a  sustentabilidade  cultural  no  seu  todo.  Recordando  assim,  que  a 

cidade não tem só um passado mas também um futuro.    

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3 Descrição detalhada da pesquisa 

 

Para  a  realização  deste  trabalho  foi  útil  para  a minha  pesquisa  arranjar 

duas  formas  de  me  instruir  acerca  do  assunto  seleccionado,  assim  foi  por 

internet  e  recorrendo  a  Bibliotecas  que  consegui matéria  suficiente  para  a 

execução do mesmo.  

Inicialmente  a  minha  pesquisa  começou  na  Biblioteca  Geral  da 

Universidade  de  Coimbra,  onde  através  do  catálogo  online  da  biblioteca 

seleccionei dois  livros e uma tese, foi através deles que começou o avanço do 

meu  trabalho. Um deles  foi uma  tese de doutoramento de Paulo Peixoto, no 

qual me baseei primitivamente para a realização do  trabalho e o segundo  foi 

um  livro  intitulado,  “Regionalização  e  Identidades  Locais.  Preservação  e 

reabilitação dos centros históricos”, que tem vários autores e  inspiradores no 

seu interior. O qual utilizei para fazer uma abordagem mais abrangente sobre a 

reabilitação dos centros históricos em Coimbra. O terceiro  livro, “Reabilitação 

dos centros históricos. O exemplo da cidade do Porto”, o qual não teve grande 

interesse e intervenção no meu trabalho, visto que me fundamentei no centro 

histórico de Coimbra e não do Porto, ao qual se limitava o livro.  

  Seguidamente  foi  ao  CES,  Centro  de  Estudos  Sociais,  uma  instituição 

onde  obtive  um maior  número  de  livros,  revistas  e  teses.  Com  a  ajuda  de 

pessoas que trabalham nesta  instituição ao  fim de poucos minutos tinha uma 

mesa  cheia  de matéria  relacionada  com meu  tema.  Depois  de  uma  análise 

profunda  sobre os  temas que estavam presentes nos  livros,  teses e  revistas, 

acabei  por  seleccionar  os  capítulos  que  mais  me  interessavam,  para  desse 

modo  tentar  clarificar o meu ponto de vista  sobre a  reabilitação dos  centros 

históricos. Acabei por acarretar duas  teses de Carina Gomes, “Modos de vida 

das cidades. E processos de reabilitação urbana. O caso de Coimbra” e “ A (re) 

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criação dos  lugares. Coimbra: cidade e  imaginário  turístico”,  foram essenciais 

para o meu trabalho, esta última, é bastante recente, feita em 2008, o que fez 

com que eu tivesse um ponto de vista mais actual. Uma tese feita pelo CES, “ 

Intermediários culturais, espaço público e cultura urbana. Um estudo sobre a 

influência  dos  circuitos  culturais  globais  em  algumas  zonas  da  cidade”,  esta 

tese  foi  sugerida  pelo  Dr.  Paulo  Peixoto,  ganhei  esse  conhecimento  pelo 

comentário feito do funcionário que me estava a ajudar na minha desenfreada 

procura de matéria para acrescentar no meu trabalho.  

  Por  último,  fiz  uma  pesquisa  na  Internet  para  progredir  os 

conhecimentos  sobre  o  tema  do  meu  trabalho.  Comecei  pelo  motor  de 

pesquisa Google, onde em pesquisa simples, na Web, coloquei Reabilitação dos 

centros  históricos,  onde  me  apareceu  283.000  registos,  mas  era  muito 

abrangente,  e  tive  que  limitar  a minha  pesquisa.  Seguidamente  na  caixa  de 

texto introduzi, reabilitação dos centros históricos em Portugal, e o número de 

registos diminuiu para 139.000, como ainda era um número bastante elevado 

limitei a minha pesquisa, mais uma vez, e coloquei pesquisar só em páginas de 

Portugal, o número de registos diminuiu drasticamente para 56.400. Depois de 

uma  análise profunda  sobre  as páginas que me  foram  apresentadas,  concluí 

que de todas as páginas que analisei nenhuma se referia concretamente ao que 

pretendia,  a  maior  parte  dessas  páginas  tinha  uma  cidade  específica  e 

nenhuma das analisadas era Coimbra. Assim, apesar da diminuição de registos, 

não considerei nenhuma página  importante voltando atrás e pesquisando nas 

páginas  da  Web.  Onde  tinha  encontrado  uma  página  que  se  referia 

concretamente ao que eu esperava. Mas não me  ficando só por uma página, 

porque reprimia o meu trabalho, voltei a iniciar uma pesquisa no Google, mas 

desta vez em pesquisa avançada. Então, com  todas as palavras: Reabilitação. 

Com  frase  exacta:  Centros  históricos.  Com  pelo  menos  uma  das  palavras: 

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16  

Portugal.  Onde  me  apareceu  28.500  registos,  um  número  bem  menor  dos 

analisados anteriormente 

Seguidamente,  para  ter  base  de  comparação,  iniciei  uma  pesquisa  no 

Altavista, onde procedi exactamente da mesma maneira. Em pesquisa simples 

coloquei Reabilitação dos  centros históricos, e  fiquei  com 4.308  registos. Um 

número  muito  mais  reduzido  comparando  com  os  registos  do  Google. 

Contrastando com o interesse que tive sobre as páginas do Google, o Altavista 

convinha‐me  muito  mais.  Encontrei  logo,  duas  páginas  que  suscitaram 

imediatamente  o  meu  interesse  e  entusiasmo.  Mesmo  assim,  e  com  o 

propósito de arranjar mais matéria para o meu trabalho, continuei a pesquisa. 

Apliquei na  caixa de  texto Reabilitação dos  centros históricos em Portugal, e 

como  tinha  acontecido  previamente,  os  registos  diminuíram  em  ralação  ao 

Google, 536 registos. No qual um deles promoveu a minha curiosidade. Depois 

substitui a parte de pesquisar em todo o mundo para só em Portugal. Mas os 

registos  não  diminuíram  muito,  o  valor  dado  foi  534  registo,  com  dados 

equitativos aos anteriores. Por fim, em pesquisa avançada coloquei, em todas 

as palavras: Reabilitação; em frase exacta: centro histórico e em qualquer uma 

destas palavras: Portugal. Da mesma maneira que fiz com a página do Google, 

e  os  resultados  foram  6  registos.  Muito  pequenos  e  delimitados  para  o 

pretendido.  

Com a pesquisa feita, passei a analisá‐la mais profundamente. A selecção 

de  matéria  foi  muito  difícil,  pois  havia  variadíssimas  coisas  que  eram 

interessantes, no entanto, algumas  fugiam um pouco do assunto ao qual me 

comprometi e me foquei mais neste trabalho. 

Seleccionei  primeiramente  matéria  dos  livros,  teses  e  revistas  que 

possuía sobre o tema, e comecei a  fazer o trabalho sem me preocupar muito 

com a parte da  internet, porque de todas as páginas que observei, apesar de 

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serem  interessantes  e  estando  disponíveis  a  todo  o  que  pretendia,  a 

informação que continham era muito escassa e não satisfazia a ambição a que 

me propus. 

Para concluir, e depois da difícil tarefa de seleccionar matéria, acho que 

todos os  itens a que me propus estão clarificados de modo a entender bem o 

pretendido,  que  era mostrar  de  uma maneira  translúcida  e  transparente  a 

importância que há em mostrar o passado reabilitado de histórias, tradições e 

costumes no presente e, assim espero, no futuro.       

   

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4 Avaliação de uma página da Internet 

 

  Para avaliar esta página da  internet utilizei de base a ficha modelo para 

avaliação de um sítio da internet dado pelo docente Paulo Peixoto. Deste modo 

o  site  seleccionado  para  a  realização  do  meu  trabalho  foi: 

http://www.ub.es/geocrit/‐xcol/70.htm, que me foi proporcionado pelo motor 

de pesquisa Altavista. 

  Escolhi esta página da  internet por se enquadrar completamente com o 

tema  do  meu  trabalho,  por  considerar  que  desenvolvimento,  conservação, 

intervenção  sócio‐urbanista  e  património  urbano  sejam  palavras‐chave  que 

têm  uma  distinta  importância  na  cultura  e  na  tradição.  Aborda  o  tema  da 

reabilitação de uma maneira  geral, não  se  confina  a  Portugal,  apesar de  ser 

esse o ponto principal do trabalho, mas como é uma página muito interessante 

e acessível acabei por utiliza‐la. 

 Foi escrito por Marluci Menezes, com a  intenção de dar a  sua opinião 

informando  a  sociedade  este problema,  é de  fácil  leitura mas nota‐se que  a 

autora percebe muito bem do que fala, pela sua abordagem ao tema deparo‐

me com a enorme capacidade de discurso que tem.  

  O site e de fácil acesso e é um documento do X colóquio internacional de 

geocritica feito na universidade de Barcelona. 

  A sua linguagem oficial e espanhola, mas está traduzido para português. 

Dispõe  apenas  de  um  ícone  que  o  faz  voltar  ao  menu  principal  onde 

encontramos  outros  ícones  sobre  a  mesma  matéria,  sendo  este  o  mais 

interessante e acessível. A  informação é bastante esclarecedora do ponto de 

vista  do  autor,  este  recorre  a  variados  autores  para  citar  as  suas  fontes  e 

opiniões, mostrando no final do documento uma bibliografia da qual Marluci se 

baseou  para  este  congresso.  O  texto  apresenta  uma  leitura  perceptível  e 

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informativa. No que diz  respeito  ao  seu  grafismo  é  agradável, não  contendo 

imagens nem publicidade, talvez por não ser necessário, porque o seu texto é 

muito esclarecedor.  

  No que diz respeito ao período de tempo da página, este e muito actual 

porque e referente no titulo do texto que este congresso se realizou no dia 26‐

30 de Maio de 2008. 

  Este página desfrutou de um protagonismo importante na elaboração da 

minha opinião e do meu tema, de modo a aumentar, enriquecer, desenvolver e 

contemplar a Reabilitação dos centros históricos. 

     

   

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5 Ficha de leitura 

 

Título de publicação: Regionalização e identidades locais. Preservação e 

reabilitação dos centros históricos.  

 

Autores: Arnaldo Pereira e Ágata Midões. 

 

Local onde se encontra: Biblioteca geral. 

 

Data de publicação: 1997 

 

Edição: 1ª Edição 

.  

Local de edição: Lisboa. 

 

Editora: Cosmos.  

 

Cota: 972‐762‐061‐2 

 

Assunto: Reabilitação dos centros históricos de varias cidades. 

 

Palavras‐chave: Reabilitação, reformação, renovação, re‐estruturar, 

restaurar, refazer, reviver, preservar, conservar …  

  

Data de leitura: 19 de Dezembro de 2008 

 

Observações: nada a registar. 

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Notas sobre os autores: 

 

Arnaldo António pereira:  

  Presidente da Comissão organizadora. Vereador da câmara 

municipal de Oeiras.  

 

Ágata Patacho Midões: 

  Socióloga. Câmara municipal de Oeiras.  

 

Carlos Tavares Rodrigues: 

  Vereador da câmara municipal de Oliveira de Frades.  

Tem  como  objectivo  que  a  autarquia  pertença  ao  PLANALTO 

BEIRÃO,  Associação  de  Municípios  do  Planalto  Beirão,  cuja  entidade 

gestora é a Ecobeirão. Deste sistema fazem parte os concelhos de Aguiar 

da Beira, Carregal do Sal, Castro d'Aire, Gouveia, Mangualde, Mortágua, 

Nelas, Oliveira de Frades, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Santa 

Comba Dão, Sátão, São Pedro do Sul, Seia, Tábua, Tondela, Vila Nova de 

Paiva, Viseu e Vouzela, num total de 365 mil habitantes. A Associação de 

Municípios  tem  prevista  a  instalação  de  uma  central  de  valorização 

orgânica por digestão anaeróbia, em Tondela.  

 

  

O  livro é composto por um conjunto de  textos sobre a  reabilitação em 

varias cidades de Portugal, mas o que irei resumir é o capítulo B que começa na 

página 189 e acaba na página 201. É  intitulado de “Recuperação dos centros 

históricos  e  reabilitação urbana: perspectivas multidisciplinares” e  tem  como 

subtítulo “ A identidade local no contexto europeu”.  

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Resumo: 

 

A  identidade  imagina‐se num espaço e numa  cultura, onde  se  tem em 

conta o tempo e a actividade humana que não param. Desta maneira juntam‐

se duas dimensões: a mutabilidade essencialmente a dinâmica e a permanência 

que  é  mais  estática.  Todas  as  identidades  caracterizam‐se  pela  sua 

homogeneidade, nos valores e na afirmação com vida própria.   Nasce assim o 

cidadão português. Seguidamente nascem as culturas. Valorizando deste modo 

o  nosso  património,  porque  sem  ele  não  há  identidade  que  resista,  nem 

diferença que se afirme. 

  Os  valores,  os  conceitos,  as  tradições,  os  costumes,  os  patrimónios,  a 

língua,  o  espaço  e  o  meio,  são  factores  que  exprimem  a  diferença  e  são 

determinantes para a própria identidade. 

  Assim, relativamente aos centros históricos, a contemplação de pedras, a 

admiração da arte, a identificação com aqueles espaços, é um maior bem para 

os cidadãos.  

  “Numa  época  em  que  o  crescimento  demográfico  é  regra  corrente,  a 

nível mundial, mas  não  verificasse,  assimetricamente,  em  tantas  das  nossas 

terras,  devolver  aos  centros  históricos  à  permanência  de  habitantes  é 

imperiosa necessidade. (…) Mais de um desenvolvimento urbano circular, que 

empurre  para  fora  da  porta  as  pessoas  e  encha  de  serviços  esses mesmos 

centros.  Impõe‐se  a  sua  reutilização,  para  evitar  as  noites  vazias  e  uma 

asfixiante terciarização durante o dia de trabalho.” 

  Sem  se  ser  exageradamente  tradicionalista  pode  criar‐se  condições 

agradáveis  de  habitação  sem  prejudicar  o  património  cultural.  Também  é 

necessário  atrair  os  habitantes  de  níveis  etários  mais  baixos  para  evitar  o 

esvaziamento.  

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  Em suma, e necessário defender o património, com  ideias,  indicações e 

regulamentos,  de modo  a  reabilitar,  preservar  e  conservar  estes  agradáveis 

lugares. Com o objectivo de pensar na sociedade primeiramente, e por ultimo 

nos serviços. Assim, só nos afirmaremos se conseguirmos defender e preservar 

a nossa identidade, com o valor de construir permanentemente.  

 

Estrutura: 

 

  Os  autores  que  se  encontram  na  obra  são  variados,  e  com  profissões 

também elas diversas e distintas. Este tema, reabilitação dos centros históricos 

é de interesse público, e ninguém fica indiferente perante este assunto. Assim 

cada  um  dos  autores  se  disponibiliza  para  falar  dos  centros  históricos  que 

fazem  parte.  As  cidades mencionadas  na  obra  são:  Lisboa, Oeiras,  Coimbra, 

Seixal,  Santarém,  zona  baixa  de  Tancos,  Serpa,  Funchal,  Porto,  Alvito,  Paço 

d´Arcos,  Barcarena,  Lagos,  Beja,  Évora,  Vila  do  Conde,  Cascais,  Viana  do 

Castelo, Abrantes, Macau e Aguiar da Beira. E cada uma destas  localidades é 

um  capítulo  do  livro.  O  livro  é  dividido  em  duas  partes,  a  primeira  é, 

“Intervenções  autárquicas:  projectos  e  experiências”,  e  o  segundo  é 

“Recuperação  dos  centros  históricos  e  reabilitação  urbana.  Perspectivas 

multidisciplinares”.  

  Antes da primeira parte do  livro estão as secções de abertura, onde os 

presidentes,  fazem  um  discurso  sobre  as  questões mais  relevantes  do  tema 

reabilitação.  Na  primeira  parte  do  livro,  os  autores  pronunciam‐se  sobre  as 

questões  das  autarquias  e  como  estas  têm  conduzido  os  centros  históricos, 

acompanhando‐os  de  vários  planos  para  exercer  nos  pontos  mais  fracos 

portugueses. A segunda parte do  livro,  faz  referência essencial á  reabilitação, 

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restauração, preservação, conservação, reutilização, entre outros, aos centros 

históricos.   

Deste modo, com o encontro que foi estabelecido no inicio do livro, veio 

se  a  constatar  que  os  objectivos  foram  cumpridos,  como  constituir‐se  como 

fórum de reflexão e debate o problema da salvaguarda e recuperação do nosso 

património, como espaço de troca de conhecimentos e projectos autárquicos. 

Com  a  abordagem  feita pelos  autores  às  várias  cidades portuguesas  ficamos 

com a possibilidade de constatar pontos de vista e de percursos, de contactar 

realidades  diferentes,  de  cruzar  saberes,  experiencias  e  perspectivas 

diversificadas.  Mas  estavam  ambos  unidos  na  defesa  e  recuperação  do 

património, no que diz respeito á história e raízes onde se funda a identidade e 

se prepara melhor o futuro.  

Para  concluir,  a  importância  dos  centros  históricos  na  consciência  da 

sociedade veio reforçar a grandeza que é a preservação e a revitalização desta 

cultura magnânima.  

     

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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6 Conclusão  

 

  No  inicio do meu trabalho a opinião que possuía sobre reabilitação dos 

centros  históricos,  era  que  esta  expressão  apenas  dizia  respeito  a 

monumentos, estava completamente errada, afinal centros históricos é muito 

mais que monumentos,  são  ruas,  são  casas,  são  estátuas,  são  travessas,  são 

praças,  são  calçadas… Uma  infinidade de história que percorre os olhares da 

sociedade a cada passo que dê.     

Mas cada sociedade se constrói a si própria, através dos seus símbolos, 

da sua cultura, da sua tradição. Os grandes edifícios são livros que nos contam 

histórias  passadas,  conduzindo‐nos  para  o  lado  preferível  da  existência,  o 

imaginário.  É  dominante  levantar  as  estratégias  para  construir  o  futuro 

respeitando o passado.  

  Os centros históricos são hoje, os testemunhos mais complexos das 

sociedades que, um dia, elegeram um  lugar para viver e  implementar as 

suas condições, que são elas económicas, sociais, habitacionais, políticas e 

culturais,  em  respeito  mútuo.  Como  documentos  vivos,  representam 

autênticas  crisálidas  do  património  cultural,  da  organização  do  espaço 

urbano, dos sistemas e dos materiais de construção, dos valores estéticos 

de  referência, da  cor e da  imagem da  vila e da  cidade, das  relações de 

vizinhança aí contraídas e dos sistemas de relação e de comunicação.  

  O  que  mais  me  fascina  são  as  cores,  a  imagem,  as  pedras 

trabalhadas,  a  arte  do  pormenor,  a  história,  o  conto  de  aventuras  e 

desventuras,  tristezas  e  alegrias,  guerras  e  glórias  que  nos  são 

transmitidas por pequenos cantos de cada centro histórico. Levando‐me 

para sítios e recantos que ao estar eu dentro deles me fazem crer que são 

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meus. Cada visita consumada para este  trabalho caracteriza‐se por uma 

utopia de sensações novas e afectos violentos que me vão fazendo querer 

continuar  a  saber  estas historia  e  tradições de um  tempo passado. Por 

tudo  isto  compreendo que  a  sociedade não queira deixar  esse passado 

que tão bem marca a história de Portugal morrer, quer vê‐lo reabilitado, 

reafirmado, reformado, preservado e nunca abandonado.  

   

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7 Referencias Bibliográficas 

 

Livros e teses:   

 

Fortuna, Carlos et al (2003), “ Intermediários culturais, espaço público e 

cultura  urbana.  Um  estudo  sobre  a  influência  dos  critérios  culturais 

globais em algumas  cidades portuguesas.” Coimbra: Centro de estudos 

sociais. 

 

Gomes,  Carina  Gisela  Sousa  (2005),  “Modos  de  vida  nas  cidades  e 

processos  de  reabilitação  urbana.  O  caso  da  baixa”,  dissertação  de 

licenciatura  em  sociologia.  Coimbra:  Faculdade  de  Economia  da 

Universidade de Coimbra.  

 

Gomes, Carina Gisela Sousa (2008), “ A (re) criação dos lugares. Coimbra: 

cidade  e  imaginário  turístico”,  dissertação  de mestrado  em  sociologia. 

Lisboa:  Faculdade  ciências  sociais  e  humanas  da  universidade  nova  de 

Lisboa.  

 

Pereira, Arnaldo e Midões, Ágata  (1997), “Regionalização e  identidades 

locais:  preservação  e  reabilitação  dos  centros  históricos:  actas  /  do  IV 

encontro Nacional de Municípios com centro histórico.” Lisboa: Cosmos. 

 

 

 

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28  

Peixoto,  Paulo  Jorge Marques  (2006),  “O passado  ainda não  começou. 

Funções  e  estatuto  dos  centros  históricos  no  contexto  urbano 

Português”, Tese de doutoramento em sociologia. Coimbra: Faculdade de 

Economia da Universidade de Coimbra. 

 

 

Internet: 

 

Menezes, Marluci  (1999),  “Diez  años  de  cambios  en  el Mundo,  en  la 

Geografía  y  en  las  Ciencias  Sociales,  1999‐2008.  Actas  del  X  Coloquio 

Internacional  de  Geocrítica.”  Pagina  consultada  a  21  de  Dezembro  de 

2008. Disponível em http://www.ub.es/geocrit/‐xcol/70.htm. 

 

Portela, Ana Margarida e Queiroz, Francisco (2004), “Restauro urbano e 

integrado e estudos sobre núcleos históricos.” Pagina consultada a 15 de 

Dezembro  de  2008.  Disponível  em 

http://www.queirozportela.com/resturba.htm. 

 

Portela, Ana margarida e Queiroz, Francisco (2004), “ Restauro urbano e 

integrado.” Pagina consultada a 17 de Dezembro de 2008. Disponível em 

http://www.queirozportela.com/cursoresturb.htm 

 

 

 

Imagem do mapa do centro histórico de Coimbra retirado de: 

http://viajar.clix.pt/chegar.php?c=143&lg=pt&mc=coimbracentro&mg=1 

 

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Anexo A: 

 

 

Página da internet:  

 

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Anexo B: 

 

 

Livro da ficha de leitura: 

 

Pereira, Arnaldo e Midões, Ágata (1997), “Regionalização e  identidades  locais: 

preservação  e  reabilitação  dos  centros  históricos:  actas  /  do  IV  encontro 

Nacional de Municípios com centro histórico.” Lisboa: Cosmos. 

 

Capitulo seleccionado:  

 

Capitulo  B,  “Recuperação  dos  centros  históricos  e  reabilitação  urbana. 

Perspectivas  multidisciplinares.”  Subtítulo:  “Identidade  local  no  contexto 

europeu”.