Área - Componente Curricular Língua Portuguesa Ensino Médio - Série 1ª TÓPICO Sequências...

24
Área - Componente Curricular Língua Portuguesa Ensino Médio - Série 1ª TÓPICO Sequências Tipológicas: narrativa, descritiva e dialogal

Transcript of Área - Componente Curricular Língua Portuguesa Ensino Médio - Série 1ª TÓPICO Sequências...

Área - Componente Curricular Língua Portuguesa

Ensino Médio - Série 1ª

TÓPICOSequências Tipológicas: narrativa, descritiva e dialogal

Objetivos

COMPONENTE CURRICULAR : Língua Portuguesa Tópico: Sequências Tipológicas: narrativa, descritiva e dialogal - 1ª Série

COMPONENTE CURRICULAR : Língua Portuguesa Tópico: Sequências Tipológicas: narrativa, descritiva e dialogal - 1ª Série

Texto narrativo

• Características:

Observe como se aplicam no texto de Manuel Bandeira esses elementos:

Tragédia brasileira

Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.Conheceu Maria Elvira na Lapa — prostituída com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada e os dentes em petição de miséria.

Misael tirou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou médico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria.

Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.

Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez nada disso: mudou de casa.

Viveram três anos assim.

Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.

Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ramos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, encantado, Rua Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos...

Por fim na Rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e inteligência , matou-a com seis tiros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi azul.

(Manuel Bandeira)

Respondendo às perguntas:

A narrativa pode apresentar diálogo

Pense num cabra brabo... O homem mais ignorante do Mundo!!!! O Sr. Lunga é da região

do Cariri (Crato), Ceará.O funcionário do banco veio avisar:- Seu Lunga, a promissória venceu.- Meu filho, pra mim podia ter perdido ou empatado. Não torço por nenhuma promissória..

Seu Lunga entrando em uma agropecuária.-Tem veneno pra rato?-Tem! Vai levar? - Pergunta o balconista.- Não, vou trazer os ratos pra comer aqui!!! - responde seu Lunga.

Seu Lunga, no elevador (no subsolo-garagem). Alguém pergunta:- Sobe?Seu Lunga:- Não, esse elevador anda de lado.

Seu Lunga vai saindo da farmácia, quando alguém pergunta:- Tá doente, Seu Lunga?- Quer dizer que seu fosse saindo do cemitério, eu tava morto???

Seu Lunga dava uma bela surra no filho e o menino gritava:- Tá bom, pai! Tá bom, pai! Tá bom, pai!- Tá bom? Quando tiver ruim, você me avisa, que eu paro.

O amigo de seu Lunga o cumprimenta:- Olá, seu Lunga! Tá sumido! Por onde tem andado?- Pelo chão, não aprendi a voar ainda...

Na década de 70, Seu Lunga chega num bar e fala pro atendente:- Traz uma cerveja e bota o disco de Luiz Gonzaga pra eu ouvir!- Desculpe seu Lunga, não posso botar música hoje...- Mas por que??- Meu avô morreu!- E ele levou os discos, foi?

Durante a madrugada, a mulher do seu Lunga passa mal:- Lunga! Ta me dando uma coisa..- Receba!- Mas é uma coisa ruim!- Então devolva!! (1)

Narração em 1ª pessoa

Narrador personagem (o foco narrativo é em primeira pessoa ) - um personagem participante da história narra os fatos. Vê os fatos de dentro para fora e a narrativa desenvolve-se em primeira pessoa.

Exemplo: Contou-me uma guia em Buenos Aires que, quando se diz que essa cidade é a mais europeia das Américas, muitas pessoas torcem no nariz. Pura dor de cotovelo! Quem conhece Buenos Aires como eu, sabe que isso é verdade (2).

Narrativa em 3ª pessoa O narrador-observador, também chamado objetivo, conta a

história fora dela, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Tal narrador conta como quem observou objetivamente os acontecimentos, com distanciamento e neutralidade para narrar as situações e apresentar as personagens.

Exemplo: “Curvado no guidão lá vai ele numa chispa. Na esquina dá com o sinal vermelho e não se perturba – levanta voo bem na cara do guarda crucificado. No labirinto urbano persegue a morte com o trim-trim da campainha: entrega sem derreter o sorvete a domicílio”.

(Dalton Trevisan. Os desastres do amor. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1968.)

Narrador-onisciente O narrador-onisciente é mais complexo. Conta a história em

3ª pessoa, mas, às vezes, permite-se certas intromissões falando na 1ª pessoa. Ele sabe tudo sobre as personagens e sobre o enredo. Sabe o que se passa no interior das personagens , conhece suas emoções e seus pensamentos mais íntimos, revelando dimensões inconscientes das personagens.

Exemplo: “Baleia respirava depressa, a boca aberta, os queixos desgovernados, a língua pendente e insensível. Não sabia o que tinha sucedido. O estrondo, a pancada que recebera no quarto e a viagem difícil do barreiro ao fim do pátio desvaneciam-se no seu espírito”.

(Graciliano Ramos. Vidas secas. São Paulo, Record, 1977.)

A descrição apresenta características de alguém ou de alguma coisa. Ela é um processo de caracterização que requer sensibilidade. A apresentação conjunta de traços físicos e psicológicos permite que a descrição se torne mais concreta.

Um texto narrativo pode apresentar descrição. Vejamos exemplos:

O grande desastre aéreo de ontem “Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para

noiva, abraçado com a hélice. E o violinista , em que a morte acentuou a palidez , despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius”.

( Jorge de Lima. Poesia e prosa. © by Maria Thereza Jorge de Lima e Lia Corrêa Lima de Alves. Rio de Janeiro, Nova Aguilar.)

Observe no texto da canção “Sapato velho”, do grupo Roupa Nova, as características de um texto narrativo com descrição. a) Destaque essas características;b) Identifique a quem se referem tais características.

Música: “Sapato velho”; grupo: Roupa Nova

Você lembra, lembra ? Daquele tempo Eu tinha estrelas nos olhos Um jeito de herói

Era mais forte e veloz Que qualquer mocinho de cowboy Você lembra, lembra ? Eu costumava andar Bem mais de mil léguas Pra poder buscar Flores de maio azuis E os seus cabelos enfeitar

Imagem: Dinkum / Creative CommonsCC0 1.0 Universal Public Domain Dedication

Água da fonte Cansei de beber Pra não envelhecer Como quisesse Roubar da manhã Um lindo pôr do sol Hoje, não colho mais As flores de maio Nem sou mais veloz Como os heróis

imag

em: R

ich

Nie

wiro

ski J

r. /

Cre

ativ

e C

omm

ons

Attr

ibut

ion

2.5

Gen

eric

É talvez eu seja simplesmente Como um sapato velho Mais ainda sirvo Se você quiser Basta você me calçar Que eu aqueço o frio Dos seus pés

Imag

em: B

ertil

vide

t / M

ando

e / G

NU

Fre

e D

ocum

anta

tion

Lice

nse

Exercício1º) Assista ao vídeo “Vida Maria”, observando os

elementos da narrativa. Em seguida, identifique:a) Fatos principais;b) Personagens e características;c) Enredo;d) Espaço ou lugar;e) Época ou tempo;f) Tipo de narrativa;

2º) Escreva qual a temática do texto.

Assista ao vídeo Vida Maria, clicando no link abaixo http://vimeo.com/28397701.

Slide Autoria / Licença Link da Fonte Data do Acesso

19 Dinkum / Creative Commons CC0 1.0 Universal Public Domain Dedication.

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Blue_flowers_in_bloom.jpg

13/02/2012

20 Rich Niewiroski Jr. / Creative Commons Attribution 2.5 Generic

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Arizona-sunset.jpg

13/02/2012

21 Imagem: Bertilvidet / Mandoe / GNU Free Documantation License

http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mandoe.JPG

13/02/2012

Tabela de Imagens