Argamassa_projetada
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7/24/2019 Argamassa_projetada
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Argamassa Projetada
Revestimento Projetando o futuro
Construtoras apostam no uso de projetores de argamassa para melhorar a produtividade e a
qualidade dos revestimentos de fachada
De canequinha ou de bomba, o fator que realmente condiciona a opo pelo sistema de projeo a
logstica da obra. A produtividade conferida pelo equipamento s torna!se possvel com o uso de
balancins eltricos, para troca r"pida de pavimentos
A adoo de equipamentos de projeo de argamassa sinali#ada como uma das solu$es para
diminuir a interfer%ncia da mo!de!obra nas constru$es, principalmente em revestimentos de
fachada. Antes de adotar o equipamento em seus procedimentos, porm, necess"rio que a
empresa avalie seu real interesse& se deseja um ganho imediato ou uma melhora na qualidade do
revestimento que, por conseq'%ncia, gera outro tipo de economia, a de manuteno.
(esquisadores e engenheiros civis ouvidos pela reportagem afirmam que trocar a argamassa lanadamanualmente pela aplicada por canequinhas ou projetores mais sofisticados rende melhorias j" na
visuali#ao do trabalho e)ecutado nas fachadas ! mais uniforme que a aplicada manualmente. *o
entanto, e)ige uma logstica mais apurada ! como balancins maiores ! e um custo maior de aplicao.
+A energia de lanamento do equipamento constante, o que oper"rio no consegue lanando
manualmente, a no ser que seja muito h"bil+, e)plica a professora ercia aria -ottura de -arros,
da scola (olitcnica da /0( e integrante do Consitra 1Consrcio 0etorial para 2novao em
3ecnologia de 4evestimentos de Argamassa5, conv%nio criado para o desenvolvimento de sistemas
construtivos com argamassas de cimento (ortland. +6uando se introdu# o equipamento nesse
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servio, elimina!se essa vari"vel da mo!de!obra, que pode comprometer a qualidade final do
revestimento+, prossegue.
0egundo ercia, a forma como o oper"rio aplica a argamassa, em chapadas, concentra uma
quantidade de massa muito grande e, mesmo que ele imprima uma grande fora, a energia de
impacto fica menor, por ter uma massa muito maior para aplicar naquela superfcie. +7 equipamento
proporciona uma resist%ncia de ader%ncia maior e mais uniforme. 8"rias construtoras j" conseguiram
esse resultado+, aponta.
Dois sistemas
7 mercado brasileiro tem dois tipos de projetores& com recipiente acoplado, a canequinha, e as
bombas de argamassa. 0egundo a Abai 1Associao -rasileira de Argamassas 2ndustriali#adas5, as
construtoras de 0o (aulo que utili#am o sistema de projeo optaram pelo primeiro tipo, enquanto o
segundo tem uma adeso maior em 0alvador, Curitiba e -raslia. A e)plicao da escolha paulista a
facilidade de operao da canequinha. 7 treinamento simples, os riscos de entupimento menores e
no e)ige argamassas especialmente fabricadas para esse uso ! praticamente a mesma usada na
aplicao manual.
9 comum a argamassa composta para o revestimento e)terno ser usada tambm na "rea interna das
constru$es, j" que h" uma certa resist%ncia quanto ao uso de projetores para revestir a parte interna
da obra ! nesse caso, volta a fora humana dos pedreiros e suas colheres. A concluso de
especialistas, no entanto, diverge desse relato. 0egundo eles, a produtividade nas "reas internas
seria maior com o projetor por no necessitar de logstica mais sofisticada do que o prprio uso do
equipamento.
:" as bombas necessitam de argamassa industriali#ada, de uma composio prpria, e por isso
encontram resist%ncia. +A dificuldade que a bomba precisa de uma argamassa muito particular. 9
difcil produ#ir uma argamassa em obra que passe por esse projetor. 6uando o equipamento entope,
p"ra o trabalho. *o -rasil a variao dos materiais grande, principalmente dos agregados+, analisa
ercia. +ssa facilidade de adequao da argamassa para a canequinha fa# com que seja mais
utili#ada.+
(or outro lado, a associao do ramo de argamassa industriali#ada acredita que esse tipo de projetor
gera mais ganhos do que o primeiro. +9 nesse sistema que a gente aposta+, afirma o presidente da
Abai, ;abio Campora. (ara ele, as bombas de argamassa so os verdadeiros projetores, j" que as
necessidades especiais do material fa#em com que a massa seja bem produ#ida e, por
conseq'%ncia, bem projetada. +fetivamente, h" um ganho de produtividade com as bombas de
argamassa, pois trata!se de um sistema de maior tecnologia. as, por ser mais sofisticado, mais
sujeito
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j" que contam com tanques de argamassa, o equipamento mais simples tem limita$es como o
pequeno espao para arma#enamento da argamassa ! uma pequena cai)a acoplada < canequinha.
+7 correto aplic"!la sempre perpendicular < parede, o que o uso de jatos com os braos facilita. A
canequinha requer muita movimentao do punho do oper"rio.+
Fator balancim
Conferir a produtividade do sistema, porm, ultrapassa as especifica$es do equipamento. +7 fator
limitante, na 3ecnisa, a movimentao dos balancins. 0e voc% utili#ar um balancim eltrico,
consegue aumentar a produtividade. 0 que o custo mais alto. *o trreo, o oper"rio produ# quatro
ve#es mais+, aponta aurcio -ernardes, gerente de qualidade e desenvolvimento tcnico da 3ecnisa.
+A nossa opo mais tcnica do que econ=mica. A produtividade maior, s que a gente no
consegue ter ganhos com isso ! ganha apenas no trreo, no nos outros andares.+
Campora, no entanto, fala em ganhos de at >?@ de ader%ncia da argamassa na base com a
aplicao do sistema. +3odas as empresas que fi#eram essa opo t%m ganhos de qualidade. A
Crella fala em um potencial de ganho de B?@ s no chapisco.+ 0egundo ele, essa produtividade
pode chegar at a projeo da massa, mas no do acabamento ! que depende muito mais do
desenho arquitet=nico.
" de ser levada em conta a logstica necess"ria para a utili#ao desses equipamentos. (ara
Campora, simplesmente retirar as colheres das mos dos pedreiros para colocar um projetor no
resolve a equao. +9 necess"rio repensar a logstica, trabalhar com equipes maiores de produo,
talve#. 3rabalha!se com um balancim de m, de repente troc"!lo por um de E a B m. 0eno as
condi$es de trabalho do oper"rio ficam muito limitadas+, avalia Campora.
Ainda que e)ista a possibilidade de os projetores serem locados, as construtoras maiores optaram
pela compra do equipamento. 7 mesmo, no entanto, no pode ser feito com os compressores, cujo
custo considerado alto ! mais vi"vel, nesse caso, seria alugar. 0e em um primeiro momento as
empresas optaram pelo compressor eltrico, a opo pelo diesel veio em F??G, durante a crise de
energia no (as 1o Apago5. A vantagem no foi apenas econ=mica H a troca de compressor refletiu
em uma queima menor de equipamentos nas obras.
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7s chamados pulm$es condicionam a presso dos projetores, que deve variar de I? a GGE libras
Controle de procedimentos
anter um compressor operando requer cuidados. 7 equipamento deve ficar em um local bem
ventilado ! se dei)ado no subsolo, a parede pode ficar preta por causa da fumaa e forar custos que
no estavam previstos no oramento ! e de prefer%ncia longe do local a ser projetada a argamassa,
para evitar que ela caia sobre o equipamento e haja preju#os. + fa# um pouco de barulho, por isso
deve ser usado o mais afastado possvel dos vi#inhos+, di# aurcio -ernardes, da 3ecnisa, que
limitou o uso do equipamento na obra das J
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limpe#a enrgica da fachada para retirar o desmoldante. 0em isso, o trabalho pode ser comprometido
1veja bo)e5. (or Pltimo, o controle de aceitao da obra e)ecutada.
(ara um melhor desempenho, a argamassa deve estar homog%nea. 0e estiver segregada no cai)ote,
com a "gua por cima, dificilmente sair"& o ar fa# buracos na argamassa, e no ser" projetada. Alm
disso, deve!se verificar a limpe#a do equipamento, que bem simples, bastando mergulhar o projetor
num tonel com "gua e disparar a pistola que d" va#o < argamassa.
Patologias
auricio -ernardes, da 3ecnisa, considera bai)a a refle)o da argamassa projetada ! quando mediu,
ficou em torno de F a Q@. *esse caso, a perda maior no ocorre pela refle)o, e sim pela camada ser
muito mais compactada. +;i#emos alguns testes e decidimos reaproveitar a argamassa que cai no
assoalho. Cada trao tem um tempo m")imo de rePso. *o nosso caso, esse material pode ser
reaproveitado at umas quatro horas aps o uso.+
0egundo o engenheiro -ernardes, patologias podem ocorrer depois de concludo o revestimento ! por
e)emplo, se o desempeno se deu com uma argamassa muito mole, o revestimento pode apresentar
fissuras. +as isso tem mais a ver com o material do que propriamente com a fase de lanamento da
argamassa+, di#. 9 a viso de Campora, que aponta mais defeitos anteriores < aplicao, que s
podem ser conferidos depois. /ma estrutura muito esbelta, por e)emplo, causaria posteriormente
uma patologia no revestimento da fachada.
(or enquanto, no se verificaram patologias especficas desse tipo de aplicao ! em geral, elas
corrigem alguns defeitos da argamassa aplicada com a colher de pedreiro e mant%m outros. +*as
empresas que usam esse equipamento, o relato de que os revestimentos no t%m apresentado
problema+, conta ercia. +7 potencial de ter problemas menor, porque a argamassa mais
compactada, com maior ader%ncia. Diria que essas empresas, mesmo que estivessem reali#ando
manualmente, tambm teriam um nPmero bai)o por conta de todo o controle que elas t%m na
produo.+
*esse processo, a qualidade do servio do trabalhador interfere menos do que se aplicasse a
argamassa com a colher. +(ara aplicar manualmente, o oper"rio tem que ser muito mais qualificado e
treinado para o servio do que fa#er a aplicao pela canequinha. A forma de aplicao dada pelo
equipamento. A energia j" est" dada, e a argamassa j" est" definida por uma central de produo ou
foi comprada+, analisa a professora ercia.
ercia comparou equipamentos nacionais ! canequinha e bomba ! com similares franceses e
me)icanos e v% a necessidade de uma adequao dos nossos equipamentos. +*o nosso projetor, a
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argamassa cai por todos os lados. *em toda argamassa vai para a parede. 9 um mtodo mais
eficiente que a aplicao manual, mas pode melhorar.+
O vilo desmoldante
ais do que a forma de projeo ! se mecOnica ou manual !, os cuidados antes da projeo
determinam a qualidade do revestimento de fachada.
(ara os consultores ouvidos pela reportagem, no h" patologias claras de uso do projetor. ntre Q?
servios e)ecutados da mesma forma e acompanhados por um grupo de pesquisadores, porm, foi
registrado um problema em uma da obras devido < lavagem malfeita da estrutura antes da aplicao
da argamassa, resultando em diferenas no revestimento.
*esse caso, a ader%ncia da argamassa ! uma das vantagens da aplicao por projetores ! foi
prejudicada pois o produto no retirado impediu a argamassa de penetrar no concreto. (or isso, os
pesquisadores recomendam a lavagem enrgica da estrutura, por hidrojateamento, com m"quina de
alta presso 1em torno de F.??? librasRcmF5, para garantir uma boa limpe#a.