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MESCE GYN.

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ARQUIDIOCESE DE GOINIA

ARQUIDIOCESE DE GOINIA

PREPARAO PARA

MINISTROS DA SAGRADA

COMUNHO EUCARISTICAI - SOBRE OS MINISTRIOS

A palavra ministrio (do latim, ministerium) significa servio funo servil, e todo cristo chamado a servir, como uma espcie de prestao de servios a indivduos e grupos, por parte de uma pessoa que o faz de modo espontneo, organizado, desinteressado e gratuito.

O ministrio tem uma caracterstica comunitria: A cada um Deus confere dons para que possa coloc-los a servio da comunidade ( Rom. 12,4-5).

Todos ns conforme o dom que cada um recebeu de Deus, devemos consagrar-nos ao servio uns dos outros, como bons dispensadores das diversas graas de Deus ( 1Pd 4,10 ).

misso da Igreja pregar o Evangelho, pois a Igreja deve ser toda ministerial, e servidora. Ela servidora, porque o prprio Jesus falou: Eu vim para servir e no para ser servido o Pai enviou seu filho para prestar um servio de amor humanidade.

Ns estamos no mundo para dar continuidade ao servio de Cristo, colocando nossa vida a servio dos irmos, porque a Bblia nos fala dos ministrios, e nos convoca ao servio.

EXISTEM DOIS TIPOS DE MINISTRIOS:

1 Ministrios Ordenados aqueles que recebem o Sacramento da Ordem: Dicono, Padre e Bispo. A Igreja atribui um valor muito especial a esses ministrios, porque os considera institudos por Cristo. No Sacramento da Ordem, o prprio Cristo que investe da sua autoridade os ministros ordenados.

2 Ministrios no Ordenados certo que ao lado dos Ministrios Ordenados, a Igreja reconhece tambm o lugar dos Ministrios no Ordenados que so aptos para assegurar um especial servio da mesma Igreja. So os que tm como base o batismo e a crisma. No esto acima do padre, no o superam, mas prestam um servio prprio, original, insubstituvel.

MINISTRIO - um servio prestado comunidade, respondendo a uma necessidade duradoura ou permanente desta comunidade. A pessoa que tem esta funo representa a prpria comunidade, agindo em nome dela, mas com muita cautela, longe de ser autoritrio, longe de exercer poder. O ministro dever conscientizar-se de que a sua preocupao est voltada para uma relao intima entre o ministrio e a comunidade. Ele deve lembrar-se sempre, que o ministrio estar a servio da comunidade, isto , de todos os cristos, tornando essa comunidade mais ativa, mais missionria.

VISO DOS DOCUMENTOS DA IGREJA certo que, ao lado dos Ministrios Ordenados, a igreja reconhece tambm o lugar de Ministros no Ordenados que so aptos para assegurar um especial servio da mesma igreja.

A instituio dos Ministros Extraordinrios da Sagrada Comunho est regulamentada pela instituio da Sagrada Congregao para a Disciplina dos Sacramentos.Immensae Caritatis de 29 de janeiro de 1973. ( AAS 65, 1.973, PP 264 - 271 ).

O exerccio do ministrio extraordinrio est autorizado pelo (pargrafo) 3 do CAN 230. consubstanciado pelo 2 do CAN 910 do Cdigo de Direito Cannico.

CN 230 3 : Onde a necessidade da igreja o aconselhar, podem tambm os leigos, na falta dos ministros ordenados,mesmo no sendoleitores ouaclitos, suprir alguns de seus ofcios, a saber exercer o: MinistriodaPalavra,presidir asoraeslitrgicas,administrar o Batismo e distribuir aSagrada Comunho, de acordo com as prescries do direito.

CN 910 1 : Ministro Ordinrio da Sagrada Comunho so: O Bispo, o Presbtero e o Dicono. 2 : Ministro Extraordinrio da Sagrada Comunho o aclito ou outro fiel designado de acordo com o CN 230 3.

CN 911 1 : Tem dever e direito de levar a Santssima Eucaristia como Vitico aos doentes, o Proco, os Vigrios paroquiais, os capeles, como tambm o Superior da Comunidade nos institutos Religiosos clericais ou nas sociedades de vida apostlica, em relao a todos que se encontram na casa.

2 : Em caso de necessidade ou com a licena ao menos presumida do Proco, do Capelo, ou do superior, a quem se deve informar deve faz-lo qualquer Sacerdote ou outro Ministro da

Sagrada Comunho.

NOTA AO CANON 910: A designao dos Ministros Extraordinrios da Sagrada Comunho est regulamentada pela Instruo da Sagrada Congregao para a disciplina dos Sacramentos.

IMMENSAE CARITATIS de 29 de janeiro de 1.973. No se deve esquecer o carter extraordinrio destes Ministrios. A este respeito, a citada Instruo adverte:

Dado que estas faculdades foram concedidas unicamente em vista do bem espiritual dos fiis e para os casos em que se verifica verdadeira necessidade, tenham os sacerdotes presente que, em virtude das mesmas no ficam eximidos do dever de distribuir a Santssima Eucaristia aos fiis que legitimamente a desejam receber e de modo particular do dever de a levar e ministrar aos doentes e idosos.

A instruo Fidei Custos, do 30/04/69 do Papa Paulo VI preconiza: Confere-se a quem recebe a investidura a misso de distribuir a Santa Comunho a si e aos fiis, e de lev-la aos enfermos, idosos em suas residncias ou hospitais, quando impossibilitados de irem Igreja.

CONDIES DE SELEO

O Padre rene-se com lideranas da comunidade paroquial, acompanhado da coordenao dos ministros leigos, para indicao de nomes de pessoas que iro participar da formao para os ministrios leigos. Antes de sugerir qualquer nome interessante, que se faa uma orao invocando a presena do Esprito Santo para que nos oriente, em seguida se medite uma leitura bblica(1Tim3,1-16)

Os nomes indicados devem estar de acordo com as normas e documentos da Igreja, devendo-se proceder um levantamento criterioso da vida social e religiosa do candidato.

Sejam escolhidas Pessoas de boa vivncia familiar e comunitria; que tenham bom relacionamento com o Padre.

Que tenham boa sade fsica, mental, moral e poltica. E que tenham boa vontade para visitar os doentes.

Ser catlico e ter idade igual ou superior a 25anos, salvo casos especiais, plenamente estudados e analisados. Ser perseverante na orao e na escuta da Palavra de Deus; ser fiel com o dizimo. Ter uma f pura: no acreditar em supersties, crendices, espiritismo, macumba e outras praticas de benzies.

No ser viciado em bebida alcolica, jogo que gaste dinheiro ou o tempo de estar com a famlia ou na comunidade.

Quando casado, viver em harmonia com o sacramento do matrimonio e contar com a aceitao e participao do cnjuge e dos filhos.

E que estejam engajados em alguma Pastoral ou Servio da Comunidade. Inseridos pelo Batismo, enquanto Sacramento da pertena , no corpo mstico de Cristo que a Igreja. Confirmados e robustecidos na fora do Esprito Santo pelo Sacramento da Crisma, onde recebem do prprio Cristo a delegao de participar de sua misso salvadora. Alimentados pelo Corpo e Sangue do Senhor Jesus, no sacramento da Eucaristia e reconciliados, com Deus e os irmos pelo Sacramento da Penitencia.

Aps a escolha o Padre quem faz o convite para a formao e o servio.

A FORMAO A formao de Ministros Extraordinrios da Sagrada Comunho dever ser feita dentro da Parquia ou onde a Parquia indicar.

A formao Bblica e Litrgica deve ter um lugar de destaque dentro da formao.

Formao pratica de como levar a Sagrada Comunho aos enfermos e idosos e aos impossibilitados de irem Igreja.

Como auxiliar o proco na celebrao Eucarstica e na Liturgia da Palavra.

Como agir sempre em comunho com o proco e sob a orientao da hierarquia da Igreja Particular da Arquidiocese a que pertence.

O Ministro Extraordinrio da Sagrada Comunho deve estar apto a participar da Pastoral de Conjunto com os ministrios afins: ( Diconos, aclitos, evangelizadores...).

Deve aprimorar-se na orao, praticar a penitncia, conhecer e respeitar os documentos da Igreja e viver a doutrina crist.

As coordenao arquidiocesana, do Vicariato e parquias, em sintonia com o responsvel por este ministrio, devem oferecer os subsdios necessrios para a realizao dos aprofundamentos nos correspondentes nveis.

Participar com responsabilidade da formao para receber o Ministrio, dentro da Comunidade ou onde ela indicar.

Aproveitando todas as formaes que forem oferecidas pela Diocese, Vicariato, Forania e Parquia.

A ESPIRITUALIDADEO aprimoramento espiritual dos Ministros Extraordinrios da Sagrada Comunho dever realizar-se dentro das seguintes normas:

Estudo e pesquisa dos documentos da Igreja com avaliaes.

Adorao ao Santssimo em grupo uma vez por ms, e retiros em grupo ao menos uma vez ao ano.

Reciclagem por meio de cursos, conferncias, seminrios e congressos promovidos em mbito regional ou paroquial.

Permanente atualizao bblica, teolgica e pastoral luz da Eucaristia, buscando a santificao prpria e dos outros atendendo com dedicao aos servios caritativos.

Cada Ministro, seja testemunha da ressurreio e da vida do Senhor Jesus, e sinal vivo do amor de Deus .

A MISSOO Ministrio Extraordinrio da Sagrada Comunho tem por objetivo suprir uma necessidade da igreja, atribuindo ao ministro extraordinrio o desempenho das seguintes atividades:

Ministrar a Sagrada Comunho a si e aos outros fiis, quando necessrio, durante a Santa Missa.

Levar a Santa Eucaristia aos hospitais, residncias, asilos, favelase aonde a caridade crist exigir a sua presena, tendo sempre em vista as seguintes consideraes:

Estabelecer contato com os familiares.

Inteirar-se da situao econmica e vida crist da famlia, oferecendo, na medida do possvel, a soluo adequada aos problemas constatados.

Proporcionar aos doentes e seus familiares o conforto cristo.

Preparar o doente para a recepo dos Sacramentos da Penitencia e da Uno dos Enfermos.

Procurar despertar o interesse de todos os membros da famlia do assistido para que participem da celebrao.

Atender tambm aos idosos, mesmo no sendo doentes.

Visitar as famlias, em outras circunstncias, para uma conversa amiga ou leitura da Palavra e oraes.

O Ministro leigo que no visita e leva a Sagrada Comunho para nenhum idoso ou doente da Comunidade, no tem razo para ser Ministro; pois este um ministrio da mesa Eucarstica, da acolhida, e da visita.

A visita a Igreja, assumindo sua misso, saindo das paredes dos seus templos para anunciar Jesus Cristo no meio do mundo.

Presidir a Celebrao da Palavra com distribuio da Eucaristia na ausncia do bispo, do presbtero ou do dicono, o ministro extraordinrio pode presidir o culto, seguindo roteiros j existentes para essa finalidade. devendo Preparar com antecedncia as Celebraes, evitando os improvisos.

Expor o Santssimo Sacramento para a adorao dos fiis nos termos do CANON 943.

Presidir o sacramento do Batismo em caso de necessidade e com autorizao da Diocese.

Assistir o sacramento do Matrimonio com autorizao da Diocese.

Irradiar sempre que oportuno, a mensagem da Palavra de Deus por ocasio das visitas, ou no ambiente comunitrio, de forma evangelizadora.

Aproveitar o tempo de velrio para uma adequada celebrao dando um sentido cristo morte.

Formar a comunidade crist atravs da Palavra de Deus, despertar-lhe a f e prepar-la para celebrao eucarstica.

Participar ativamente da festa de Corpus Christi, congressos eucarsticos e semanas eucarsticas.

Zelar pela dignidade do Culto Eucarstico e de tudo que lhe diz respeito.

Os ministros extraordinrios devero ajudar-se mutuamente e confraternizar-se entre si, tanto no plano espiritual como no plano material.

O ministro extraordinrio dever desenvolver suas atividades sincrnica e harmoniosamente com os ministrios afins nas outras pastorais da Igreja ( nos termos do 2 do titulo 2. )

Buscar Continuamente formao Bblica, pois quem deixa de se alimentar na fonte da vida que a Palavra viva de Deus, pode acabar por anunci-la de maneira incorreta, ou simplesmente no anunci-la, e sem exercitar os talentos podemos acabar por perd-los. (Mt 25, 14-30).

A roupa para o altar, a que voc usa sempre, desde que composta, pois devemos ser os mesmos dentro e fora da Igreja.

RESPONSABILIDADES:

Era uma vez quatro ministros que se chamavam:

TODO MUNDO, ALGUM, QUALQUER UM e NINGUM.

Havia um trabalho importante a ser feito e TODO MUNDO tinha certeza de que ALGUM o faria.QUALQUER UM poderia t-lo feito, mas NINGUM o fz.

ALGUM ficou aborrecido com isso, porque entendia que era responsabilidade de TODO MUNDO.

TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia faz-lo, mas NINGUM imaginou que TODO MUNDO deixasse de faz-lo.

Moral da Historia: Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUM quando NINGUM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.

Assumir com responsabilidade o Servio que lhe fora confiado, por Deus e pela Comunidade. Cuidar do altar, da Sacristia e do sacrrio. Zelar pela conservao das hstias.

Participar dos Encontros e Reunies de Ministros promovidos pela Parquia, Forania,Vicariato e pela Diocese, para manter a unidade da Igreja. (Voc ministro para a sua Comunidade Paroquial)

O ministro deve se comportar com toda ateno e presteza no altar, sem se desligar pois a qualquer momento o celebrante pode precisar dele.

Os maiores erros cometidos, so por quem sai falando, criticando e julgando, do que por quem involuntariamente os comete.

Responsabilizando-se e respeitando a escala para participao dos ministros em todas as missas. Para as grandes celebraes, todos so convocados a estarem presentes e disposio para as diversas atividades dentro da celebrao.

Se no puder cumprir a escala de servio sua responsabilidade encontrar algum para substitu-lo.

A INSTITUIO:

Rito litrgico celebrado dentro da Comunidade pelo Bispo, ou Vigrio Episcopal em caso de impossibilidade, ele autoriza previamente o Proco.

Alguns dias antes de receberem o mandato, os candidatos so apresentados pelo padre ou por seu formador comunidade.

Os candidatos devem fazer um retiro espiritual e receberem o Sacramento da Penitencia.

Durante a celebrao eles so apresentados pelo proco ao bispo, e diz como se deu a formao dos mesmos, ao termino da celebrao eles recebem a veste com a qual serviro ao altar e sero enviados para a misso.

Devido o Ministrio ser provisrio este rito deve ser renovado, de acordo com as normas da Diocese.

II - CARISMAS, MINISTRIOS E AES:

1 - CARISMAS: Palavra que significa a Graa, o Gratuito. O Carisma o Dom Gratuito que cada um recebe de Deus atravs do Esprito Santo. No devemos privilegiar os Carismas mais extraordinrios ou espetaculares.

2 - MINISTRIOS: Palavra que vem do Grego Diaconia que significa Servio. O Ministrio , portanto, o Servio, a Vocao a que cada um chamado. Todos os Servios existentes na Comunidade, que forem suscitados pelo Esprito Santo, e sustentados pela Santssima Trindade so Ministrios. Porm nem todo Carisma Ministrio.

S Ministrio o Carisma que se caracteriza pela dimenso de servio e Misso na Comunidade, desde que reconhecido pela mesma, sendo que seu portador deve aspirar o Dom maior que o amor.

3 - AES: a disposio de se colocar os Carismas a Servio da Comunidade, dentro de nossa capacidade, de nossas aptides e qualidades, com nosso jeito prprio e particular de ser e de agir. Onde cada um um!

Paulo relaciona estas palavras e seus significados a Deus. A Trindade Santa se torna origem de tudo.

Os Carismas( Dons) vm do Esprito Santo.

Os Ministrios (Servios) vm do Senhor Jesus.

As Aes e o Modo de agir vm de Deus Pai.

Existem dons diferentes, mas o Esprito o mesmo; diferentes Servios, mas o Senhor o mesmo; diferentes modos de agir, mas o mesmo Deus que realiza tudo em todos. (1Cor12,4 11)

DEUS PAI AES

COMUNIDADE

CRISTO MINISTRIOS ESP. SANTOCARISMAS

III - COMUNIDADE IGREJA:

A Trindade origina a Comunidade, como um corpo unido na comunho dos seus membros; como origina tambm a diversidade, distribuindo Dons, Servios e modos diferentes de agir a cada pessoa.A Comunidade :

Unidade Mesmo Deus, mesma F, mesmo Batismo, mesma Caminhada.

Diversidade = Inculturao - muda de local para local, de pessoa para pessoa. ( O Evangelho o mesmo o que muda a realidade e o local onde ele vivido. Dom Helder Cmara).

A Igreja : Povo de Deus em marcha rumo casa do Pai, em Comunho com o Filho, luz do Esprito Santo. So Paulo diz que ser Igreja ser Templo vivo do Esprito Santo, logo ser Igreja ser s Carismas, s Servios e s Aes. (1Cor 3, 16-17)

COMUNIDADE IGREJA MINISTERIAL: Toda Servio; Onde todos se colocam a servio de todos.Uma Comunidade torna-se Ministerial, no pela quantidade de Ministros Ordenados, institudos e Reconhecidos que ela possui, e sim pelo amor e gratuidade, com que seus membros se colocam a servio dos irmos, da Comunidade e do Reino.

TIPOS DE MINISTRIOS (Servios):

1. Ordenados (Apostlicos ou Pastorais = Clero):

Quando o Carisma conferido atravs do Sacramento da Ordem, que visa manter a unidade da Igreja na F e na Caridade, ligados a S Apostlica pela imposio de mos (Mt 16,18-19. Lc 22,31-32 . Jo 21,15-18).

2. Institudos ou Confiados (No Ordenados = Leigos): Extraordinrios e estveis.

Funo conferida pela Igreja , aos Leigos e Leigas atravs do rito Litrgico da Instituio, que celebrado pelo Bispo, ou pelo prprio Padre, na Comunidade.

SERVIR COMO CRISTO NO LAVA-PSNa ltima Ceia Jesus depois de dar o po e o sangue e dizer fazei isto em minha memria (Lc 22,19), tambm diz: Se, portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os ps, tambm deveis vs lavar os ps uns aos outros. Dei-vos o exemplo para que, como eu vos fiz, tambm vs o faais (J 13, 14). Parece que Eucaristia e Lava-ps esto intimamente relacionados. Somos chamados ao servio da Eucaristia e do Lava-ps ao mesmo tempo. Nem h Eucaristia sem Lava-ps, e nem h Lava-ps sem Eucaristia. A vida de Jesus foi um lava-ps do incio at o fim. Jesus nos deu o exemplo. Se para Pedro naquela hora no estava muito claro, para ns hoje est muito claro. S no entende, nem faz, aquele que no quer. Tanto pessoalmente, quanto como Igreja, devemos seguir o exemplo de servio de Cristo.

Talvez aqui esteja uma fonte de inspirao para que progressivamente recuperemos o verdadeiro papel do Ministro leigo na celebrao eucarstica. O papel do Ministro seria ajudar a passar da liturgia vida, da memria imitao da Eucaristia.

No Lava-ps estamos diante de um grande mistrio.

Santidade: O Servio do Lava-ps grita aos Ministros leigos, por algumas urgncias, para converso, e mudana de rumo: Precisamos de Ministros santos, esvaziados de poder mundano, apaixonados por Cristo Servidor, conscientes de que Ministro que no servidor no serve para ser Ministro.

A Igreja tem urgente necessidade de mostrar ao mundo, sofrido e violento, a presena de Jesus na pessoa do ministro servidor da vida, misturado aos pobres, famintos, sedentos, drogados, sem terra, sem moradia, prostitudos. SOBRE OS MINISTRIOS NO CATECISMO DA IGREJA CATLICA

873 As prprias diferenas que o Senhor quis estabelecer entre os membros de seu Corpo servem sua unidade e sua misso. Pois, embora "exista na Igreja diversidade de servios, h unidade de misso. Cristo confiou aos apstolos e a seus sucessores o mnus de ensinar, de santificar e de governar em seu nome e por seu poder. Os leigos, por sua vez, participantes do mnus sacerdotal, proftico e rgio de Cristo, compartilham a misso de todo o povo de Deus na Igreja e no mundo". Finalmente, "em ambas as categorias [hierarquia e leigos] h fiis que, pela profisso dos conselhos evanglicos, se consagram, em seu modo especial, a Deus e servem misso salvfica da Igreja; seu estado, embora no faa parte da estrutura hierrquica da Igreja, pertence, no obstante, sua vida e santidade".

910 Os leigos podem tambm sentir-se chamados ou vir a ser chamados para colaborar com os prprios pastores no servio da comunidade eclesial, para o crescimento e a vida da mesma, exercendo ministrios bem diversificados, segundo a graa e os carismas que o Senhor quiser depositar neles."

2039 Os ministrios devem ser exercidos em um esprito de servio fraterno e dedicao Igreja, em nome do Senhor. Ao mesmo tempo, a conscincia de cada fiel, em seu julgamento moral sobre seus atos pessoais, deve evitar encerrar-se em uma considerao individual. Do melhor modo possvel ela deve abrir-se considerao do bem de todos, tal como se exprime na lei moral, natural e revelada, e por conseguinte na lei da Igreja e no ensino autorizado do magistrio sobre questes morais. No convm opor a conscincia pessoal e a razo lei moral ou ao magistrio da Igreja.

553 Jesus confiou a Pedro uma autoridade especfica: "Eu te darei as chaves do Reino dos Cus: o que ligares na terra ser ligado nos Cus, e o que desligares na terra ser desligado nos Cus" (Mt 16,19). O "poder das chaves" designa a autoridade para governar a casa de Deus, que a Igreja. Jesus, "o Bom Pastor" (Jo 10,11), confirmou este encargo depois de sua Ressurreio: "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21,15-17). O poder de "ligar e desligar" significa a autoridade para absolver os pecados, pronunciar juzos doutrinais e tomar decises disciplinares na Igreja. Jesus confiou esta autoridade Igreja pelo ministrio dos apstolos e particularmente de Pedro, o nico ao qual confiou explicitamente as chaves do Reino.

983 A catequese empenhar-se- em despertar e alimentar nos fiis a f na grandeza incomparvel do dom que Cristo ressuscitado concedeu sua Igreja: a misso e o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministrio dos apstolos de seus sucessores:

O Senhor quer que seus discpulos tenham um poder imenso: quer que seus pobres servidores realizem em seu nome tudo que havia feito quando estava na terra.

Os presbteros receberam um poder que Deus no deu nem aos anjos nem aos arcanjos. Deus sanciona l no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui embaixo.

Se na Igreja no existisse a remisso dos pecados, no existiria nenhuma esperana, nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertao eterna. Demos graas a Deus, que deu Igreja tal dom.

1536 O SACRAMENTO DA ORDEM A ordem o sacramento graas ao qual a misso confiada por Cristo a seus Apstolos continua sendo exercida na Igreja at o fim dos tempos; , portanto, o sacramento do ministrio apostlico. Comporta trs graus: o episcopado, o presbiterado e o diaconado.

M.33.4 Ministrio catequtico pregao palavra

9 O ministrio da catequese haure energias sempre novas nos Conclios. O Conclio de Trento constitui neste ponto um exemplo a ser sublinhado: deu catequese prioridade em suas constituies e em seus decretos; est ele na origem do Catecismo Romano, que tambm leva seu nome e constitui uma obra de primeira grandeza como resumo da doutrina crist. Este conclio suscitou na Igreja uma organizao notvel da catequese. Graas a santos bispos e telogos, tais como So Pedro Cansio, So Carlos Borromeu, So Torbio de Mogrovejo, So Roberto Belarmino, levou publicao de numerosos catecismos.

24 Por sua prpria finalidade, este Catecismo no se prope realizar as adaptaes da exposio e dos mtodos catequticos exigidas pelas diferenas de culturas, de idades, de maturidade espiritual, de situaes sociais e eclesiais daqueles a quem a catequese dirigida. Tais adaptaes indispensveis cabem aos catecismos apropriados e mais ainda aos que ministram instruo aos fiis:

Aquele que ensina deve "fazer-se tudo para todos" (1 Cor 9,22), a fim de conquistar todos para Jesus Cristo... Particularmente, no imagine ele que lhe confiado um nico tipo de almas, e que consequentemente lhe permitido ensinar e formar de modo igual todos os fiis verdadeira piedade, com um s e mesmo mtodo, sempre igual! Saiba ele bem que uns so em Jesus Cristo como que criancinhas recm-nascidas, outros, como que adolescentes, e finalmente alguns esto como que na posse de todas as suas foras... Os que so chamados ao ministrio da pregao devem, na transmisso dos mistrios da f e das regras dos costumes, adaptar suas palavras ao esprito e inteligncia de seus ouvintes.

132 "Que o estudo das Sagradas Pginas seja, portanto, como que a alma da Sagrada Teologia. Da mesma palavra da Sagrada Escritura tambm se nutre salutarmente e santamente floresce o ministrio da palavra, a saber, a pregao pastoral, a catequese e toda a instruo crist, na qual deve ocupar lugar de destaque a homilia litrgica."

903 Se tiverem as qualidades exigidas os leigos podem ser admitidos de maneira estvel aos ministrios' de leitores e de aclitos. "Onde a necessidade da Igreja o aconselhar, podem tambm os leigos, na falta de ministros mesmo no sendo leitores ou aclitos, suprir alguns de seus ofcios a saber exercer o ministrio da palavra, presidir s oraes litrgicas administrar o Batismo e distribuir a sagrada Comunho de acordo com as prescries do direito."

981 Depois de sua Ressurreio, Cristo enviou seus Apstolos para "anunciar a todas as naes o arrependimento em seu Nome, em vista da remisso dos pecados" (Lc 24,47). Este "ministrio da reconciliao" (2Cor 5,18) os Apstolos e seus sucessores no o exercem somente anunciando aos homens o perdo de Deus merecido para ns por Cristo e chamando-os converso e f, mas tambm comunicando-lhes a remisso dos pecados pelo Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graas ao poder das chaves recebido de Cristo:

A Igreja recebeu as chaves do Reino dos Cus para que se opere nela a remisso dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ao do Esprito Santo nesta Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver com Cristo, cuja graa nos salvou.

1442 A vontade de Cristo que toda a sua Igreja seja, na orao, em sua vida e em sua ao, o sinal e instrumento do perdo e da reconciliao que "ele nos conquistou ao preo de seu sangue". Mas confiou o exerccio do poder de absolvio ao ministrio apostlico, encarregado do "ministrio da reconciliao" (2Cor 5,18). O apstolo enviado "em nome de Cristo", e " o prprio Deus" que, por meio dele, exorta e suplica: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).

1461 O ministro deste sacramento Como Cristo confiou a seus apstolos o ministrio da Reconciliao, os Bispos, seus sucessores, e os presbteros, colaboradores dos Bispos, continuam a exercer esse ministrio. De fato, so os Bispos e os presbteros que tm, em virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados "em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo".

1462 O perdo dos pecados reconcilia com Deus, mas tambm com a Igreja. O Bispo, chefe visvel da Igreja Particular, , portanto, considerado, com plena razo, desde os tempos primitivos, aquele que principalmente detm o poder e o ministrio da reconciliao: ele o moderador da disciplina penitencial. Os presbteros, seus colaboradores, o exercem na medida em que receberam o mnus, quer de seu Bispo (ou de um superior religioso), quer do Papa, por meio do direito da Igreja.

OS MINISTRIOS NA HISTRIA DA IGREJAA IGREJA PRIMITIVA: Quando Jesus funda a Igreja no dia de Pentecostes, ele funda uma Comunidade onde o maior aquele que serve mais (Mc 9, 33-37), e assim a Igreja caminhou nos primeiros sculos. As pessoas vinham para a comunidade atrados pelo amor que os cristos Demonstravam uns pelos outros, ( cegos, prostitutas, vivas, leprosos, escravos ...) At 2,42-47. 4,32-37

A Igreja ideal, unidade na diversidade, comungar com o diferente, pois atravs dele se manifesta a diversidade do Esprito Santo.

A Igreja no vive em funo dos Apstolos, nem uma Igreja de estrelas, vive em funo da Palavra que a estrela desta Igreja.

Os 4 pilares de sustentao da Igreja Primitiva:

1. Perseverana nos ensinamentos dos Apstolos: Estar sempre em formao o diploma a ressurreio. Conhecer para praticar e testemunhar com a vida. A Palavra indica o caminho. A comunidade que no gera novas comunidades estril, no tem vida.

2. Comunho fraterna: Partilha, unio, amor e caridade. Utopia, no quer dizer impossvel. um horizonte inatingvel para quem fica parado, mas que se concretiza a cada passo de quem anda.

3. Frao do Po: Eucaristia diria nas casas, Dom de amor e partilha concreta. Comungar dar graas com as mos, servir com amor e gratuidade aos irmos a comunidade e ao reino.

Orao fraterna: No Templo lugar de encontro com Deus. Todas as decises so tomadas em comum e iluminadas pela orao, assim os Apstolos so capazes de realizar os Sinais e Prodgios que Cristo realizou.

A Igreja domestica e Ministerial: nasce das famlias e cresce, convertendo e transformando o mundo de forma ministerial, onde os apstolos conduzem a Palavra viva de Deus at os confins da terra, animados pelo Esprito Santo(Primeiro plano de pastoral da Igreja At1,8) Comeando com os doze (Novo povo de Deus) onde Matias (At1,20-26) substitui Judas. o Esprito que vai capacitar e encorajar os Apstolos e toda a comunidade a levar a boa nova at os confins da terra. Uma grande LEI unia-os em comunidade: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amo (Jo15,18).Um s e grande Testemunho preocupava a todos: Nisto todos havero de reconhecer que sois meus seguidores, se realmente vos amardes uns aos outros. (Jo 13,35). Uma grande razo os unia: Jesus Cristo ressuscitado, sua pessoa e sua mensagem. Um grande ideal os fazia caminhar: construir um mundo de amor, paz e fraternidade, o mundo da libertao segundo o plano de Deus.

IGREJA PRIMITIVA

Apstolos Excludos

O MAIOR O QUE

Pagos SERVE MAIS Judeus

Samaritanos Nazarenos

ImpurosIGREJA SOCIEDADE: Mas com o tempo a Igreja comeou a se distanciar do projeto de Cristo, a Igreja dos pobres fica rica, conquista naes inteiras mas se esquece de converter o povo, no amor. surgem grandes distores ( Dominao, poder, venda de indulgencias, nomeaes de bispos polticos e ricos, inquisio e etc..) A Igreja torna-se uma sociedade onde o maior o Papa. O Padre celebra a Missa de costas para o povo, e em Latim, o povo no tinha acesso a Bblia. A Igreja atrelada ao Estado onde os reis tinham que ser ungidos pelo Papa, comeam as disputas internas, fim dos ministrios, o povo fica a margem de tudo e a Igreja torna-se sacramentalista.

A Igreja deixa de ser missionria e gera o cristo de hoje, e de ministerial passa a clerical.

PAPA

BISPOS

PADRES

RELIGIOSAS(OS) O POVO DE DEUS

IGREJA DE HOJE: O Concilio Vaticano segundo, foi uma maravilhosa exploso do impulso restaurador e renovador do Esprito Santo, foi um Pentecostes novo, em pleno sculo XX. Ele foi realizado entre outubro de 1962 e setembro de 1965, onde se reuniram: Cardeais, Bispos, congregaes, Cientistas, Mdicos, Leigos e lideres de outras religies. Foi iniciado pelo Papa Joo XXIII, que morreu dia 05 de Junho de 1963, e encerrado pelo Papa Paulo VI.

A Igreja volta a ser Ministerial, o maior aquele que serve mais, As CEBs so fortalecidas. A Bblia traduzida e vendida para o povo. A Missa celebrada na lngua do povo, e com o Padre de frente para o povo. Os padres no precisam andar de batina, nem as religiosas de habito.

Muda-se a catequese, que passa a ter inicio com a Pr-Eucaristia pr volta dos 7 anos, Eucaristia, Perseverana e se encerra com o Crisma pr volta dos 18 anos, normalmente com o jovem assumindo algum servio na comunidade, mas ele volta para casa e encontra o exemplo do cristo de hoje que seu Pai, sua Me, seus Padrinhos, seus Avs, vizinhos gerados pela Igreja clerical (Sociedade).

IGREJA DE HOJE

Liturgia Padre Casais

Catequista O Ministrios MAIOR

Juventude O QUE Bispos SERVE

Movimentos MAIS Religiosas Papa Dizimo

LITURGIA E MISSASACRIFCIO EM GERAL

O sacrifcio a oferta voluntria de uma coisa sensvel que destruda, se for um ser inanimado, ou imolada, se for um ser animado; feita por um ministro legtimo, a Deus s, para reconhecer seu domnio absoluto e, no caso de pecado, para aplacar sua justia e obter a reconciliao e a unio com ele.

O sacrifcio, que o ato de culto mais caracterstico e mais sublime, deriva da dupla obrigao do homem para com Deus: a nossa dependncia absoluta d'Ele, como criaturas; a nossa inimizade com Ele, como pecadores.

A necessidade do sacrifcio como reconhecimento da nossa dependncia de Deus sempre existiu, mesmo no estado de inocncia de nossos primeiros pais, no paraso terrestre, antes da queda: Ado e Eva, mesmo se no tivessem pecado, teriam de oferecer sacrifcios a Deus, em sinal de submisso e de gratido. Quando, porm, o pecado abriu um abismo entre Deus e o homem, o sacrifcio assumiu uma segunda finalidade, tornando-se o meio de reconciliao. O sacrifcio, enquanto expiao do pecado, tem o carter de representao ou substituio.

1. A essncia do sacrifcio a destruio de uma coisa sensvel ou a imolao de um ser vivo. A melhor maneira para o homem exprimir sua dependncia e a dependncia das outras criaturas , evidentemente, a morte voluntria, isto , o fato de entregar livremente sua vida quele de quem a recebeu. Foi isto que Deus quis fazer entender aos homens quando ordenou a Abrao que Lhe imolasse seu Filho nico, Isaac. Mas, quando logo depois, satisfeito pela obedincia cega de seu servo, substituiu Isaac por um carneiro, desaprovou ao mesmo tempo os sacrifcios humanos, aos quais tinha direito, e indicou o modo de substitu-los.

2. O ministro do sacrifcio deve ser legtimo. O sacrifcio um ato de culto pblico. Ningum pode cumpri-lo se no tiver ttulos para falar ou agir em nome da sociedade. Na Lei evanglica como na Lei mosaica (e at entre os pagos) somente os sacerdotes so delegados para esta misso.

3. O fim, o escopo do sacrifcio, reconhecer o absoluto domnio de Deus e aplacar sua justia, se o ofendemos.

Pela criao existe entre o Criador e sua criatura um lao que os liga um ao outro: lao de soberania da parte do primeiro, e lao de dependncia da parte do segundo. O sacrifcio o ato pelo qual exprimimos esta relao e proclamamos, de um lado, a infinita grandeza de Deus, e, de outro, o nosso nada, a nossa pequenez; e no caso de natureza decada, nossa ingratido e nosso arrependimento.

A coisa essencial num sacrifcio dar ou renunciar a um objeto de valor (valor em si ou para quem d), por amor de Deus. Para dar a esta oferta todo o seu significado, os homens costumavam destruir o objeto sensvel: esta destruio impedia que se pudesse voltar a possuir aquele objeto e com isto se exprimia a verdade seguinte: que no somos nada diante de Deus.

A ddiva oferecida ocupava o lugar do homem. Por isso aquele que fazia a oferta colocava, muitas vezes, a mo sobre o animal sacrificado, e fazia-se aspergir com o sangue ainda quente e fumegante da vtima. Assim fizeram Abel, Caim, No. Abel imolou e queimou as primcias dos seus rebanhos; Caim, seu irmo, queimou os frutos da terra; No matou e queimou animais sada da arca.

Sacrifcios sangrentos e no sangrentos

Todos os povos e todas as religies tiveram seus sacrifcios. Aparecem j praticados pelos filhos dos nossos primeiros pais, Caim e Abel (Gn 4), e achamo-los em todas as pocas entre os pagos e os judeus. Egpcios, Caldeus, Assrios, Persas, Gregos, Romanos etc. ofereciam sacrifcios a seus deuses para aplac-los ou para implorar seu auxlio. Chegaram at a imolar seres humanos. Sabemos, pela Sagrada Escritura, que o rei dos Moabitas, para escapar ao cerco do rei de Israel, imolou seu filho primognito. Os Fencios e outros povos da sia sacrificavam, todos os anos, crianas a Moloc, o deus do fogo com cabea de touro. "O que os pagos imolam, escrevia So Paulo aos Corintios, imolam-no aos demnios e no a Deus" (1Cor 10,20).

A humanidade, mesmo envolta nas trevas da ignorncia e da perverso, sempre sentiu a necessidade de oferecer sacrifcios divindade, ainda que confundindo o verdadeiro Deus com os falsos dolos. Em Atenas, no tempo de So Paulo, no havia entre os inmeros altares um altar ao "Deus desconhecido"?

Havia sacrifcios cruentos e sacrifcios incruentos (sangrentos e no sangrentos). Os primeiros consistiam na imolao, no derramamento do sangue de uma vtima escolhida no reino animal (bezerros, carneiros, ovelhas, cabras, rolas e at seres humanos). Nos segundos, em que no se derramava sangue, as ofertas eram escolhidas no reino vegetal e podiam ser objetos slidos (trigo, farinha, po, frutos da terra etc.), ou lquidos (vinho, azeite). Os slidos eram queimados e os lquidos derramados ao p do altar. Oferecia-se tambm incenso.

SACRIFCIOS DO ANTIGO TESTAMENTO OU DA LEI MOSAICA

Os sacrifcios dos pagos no eram seno tentativas para chegar ao verdadeiro sacrifcio de expiao ou de ao de graas divindade: ofereciam animais sem defeitos fsicos, crianas inocentes ou produtos escolhidos da terra, para serem vtimas perfeitamente imaculadas e, portanto, agradveis aos deuses. Quando Deus escolheu para si, nos descendentes de Abrao, um povo eleito, do meio do qual ia nascer o Salvador do gnero humano, ele prprio fez a Moiss, aps a sada do Egito, numerosas prescries sobre os sacrifcios que lhe deviam ser oferecidos, enquanto durava a Antiga Aliana.

"No Antigo Testamento tudo era coberto de sangue como figura do sangue de Jesus Cristo que nos devia purificar" (Bossuet). Pela Bblia sabemos que os judeus tinham trs tipos de sacrifcios: os holocaustos, os sacrifcios de expiao e os sacrifcios pacficos.

1. No holocausto (gr.: los, inteiro; e castos, queimado), chamado tambm "sacrifcio perfeito", a vtima era imolada e inteiramente consumida pelo fogo sobre o altar. Demonstrava-se assim o domnio absoluto de Deus sobre suas criaturas, representadas pela vtima. No Templo de Jerusalm, nico lugar onde se podiam oferecer sacrifcios, todo dia ao nascer do sol e tarde imolava-se um cordeiro que devia ser queimado por completo; e aos sbados, em vez de um, sacrificavam-se dois cordeiros pela manh e dois tarde. Ao mesmo tempo, no altar dos perfumes, um outro sacerdote queimava incenso sobre o braseiro que ali se encontrava. esta ltima funo que desempenhava Zacarias, quando lhe apareceu o anjo para lhe anunciar que teria um filho, "a quem por o nome de Joo" (Lc 1).

2. Os sacrifcios expiatrios destinavam-se a aplacar a clera do cu, a expiar os pecados do povo, e a purific-lo das suas iniqidades. Destas vtimas, uma parte era queimada sobre o altar e outra ficava reservada para o sustento dos sacerdotes. Cada ano os judeus celebravam a festa da expiao (Yom Kippur). Neste dia o sumo sacerdote oferecia em holocausto um touro para a expiao de seus prprios pecados e dos pecados da sua famlia; e um bode oferecido pelo povo, para a expiao dos pecados da comunidade. Em seguida, pondo suas mos sobre a cabea de um segundo bode vivo oferecido tambm pelo povo, carregava-o de todos os pecados da nao e o expulsava para o deserto, levando assim simbolicamente para longe de Deus as iniqidades de seu povo (bode expiatrio). No dia da sua purificao, isto , 40 dias aps o nascimento de Jesus, Maria e Jos, em obedincia lei, "levaram o menino a Jerusalm para o apresentarem ao Senhor, e para oferecerem em sacrifcio (de expiao) um par de rolas ou dois pombinhos" (Lc 2,22-24).

3. Os sacrifcios pacficos tinham por finalidade dar graas a Deus pelos bens e dons recebidos, pedir-lhe uma graa ou cumprir uma promessa: aps a imolao da vtima, uma parte dela era queimada no altar; uma outra reservada aos sacerdotes e uma terceira consumida, num convvio sagrado, pela pessoa que mandou oferecer o sacrifcio e pelos membros de sua famlia. Esta refeio figurava a Eucaristia.

Alm dessas trs espcies de sacrifcios sangrentos, havia os sacrifcios no sangrentos, ou oblaes, que acompanhavam obrigatoriamente os holocaustos e os sacrifcios pacficos, ou podiam ser feitos isoladamente. A matria oferecida era uma substncia, slida ou lquida, mais freqentemente incenso, farinha (misturada com sal e azeite), ou vinho. Todos estes sacrifcios no eram seno figura do verdadeiro Sacrifcio da Nova Aliana selada pelo sangue de Cristo. Por isso cessaram, conforme os profetas o tinham anunciado, depois do Sacrifcio do Calvrio: o smbolo deve ceder o lugar realidade, como a noite luz.

So Paulo, na sua Epstola aos Hebreus, (9,11), diz a esse respeito: "Cristo veio como Pontfice dos bens futuros; e passando por um tabernculo mais excelente e perfeito, no feito por mo do homem, quer dizer: 'no deste mundo', entrou no santurio no pelo sangue de bodes ou de bezerros, mas pelo seu prprio sangue, e de uma vez para sempre, porque alcanou a redeno eterna. Ora, se o sangue dos cabritos e dos touros e a asperso da cinza duma novilha santifica os impuros pela purificao da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Esprito Santo, se ofereceu sem mcula a Deus, purificar a nossa conscincia das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo!"

SACRIFCIO DA NOVA ALIANA

Na Nova Aliana, h um s sacrifcio: o sacrifcio que Jesus Cristo instituiu na ltima Ceia, consumou no dia seguinte sobre a Cruz e que a Missa renova todos os dias.

Jesus, Sacrificador e Vtima

Nos sacrifcios antigos o sacerdote era distinto da vtima. Escolhiam como vtima, nos sacrifcios cruentos, considerados os mais perfeitos, um ser vivo, de preferncia um animal domstico, que, por pertencer ao homem, podia legitimamente substitu-la. Ofertavam-no a Deus, separando-o de todo uso profano, para consagr-la ao servio e honra da divindade. Imolavam-no em seguida, a fim de mostrar que o pecador, tendo ofendido a Deus, no tinha mais o direito de viver, que merecia a morte. Em certos sacrifcios, aps ter queimado uma parte da vtima, comiam a outra parte, para comungar assim vtima e, por meio dela, divindade. Porque, aps a glorificao de Deus, a unio com ele, quebrada pelo pecado, era o fim para o qual tendia o sacrifcio.

Portanto, trs atos principais constituam o sacrifcio: o oferecimento, a imolao e a comunho que se chamava tambm consumao. Tudo isto no eram seno figuras ou smbolos que preparavam o sacrifcio verdadeiro, o sacrifcio que devia oferecer o Homem-Deus, o Sumo Sacerdote da nova Lei, para glorificar a Deus e salvar seus irmos. Ora, Deus tem direito a homenagens infinitas; para render-lhe tais homenagens e reparar a ofensa a ele feita pelo pecado, era necessrio um sacrifcio de valor moral infinito. E, para que assim seja, Jesus, nosso Sumo Sacerdote, quis ser no somente o sacrificador, mas tambm a vtima. S deste modo, sob este duplo aspecto, o sacrifcio oferecido por ele teria verdadeiramente um valor infinito, pois a dignidade de um sacrifcio depende da dignidade da pessoa que o oferece e da vtima oferecida. Ora, Jesus, sacerdote e vtima, no outro seno o Homem-Deus, isto , uma pessoa infinita.

Desde o primeiro instante de sua encarnao no seio virginal de Maria, Cristo se ofereceu a seu Pai como vtima para substituir todos os holocaustos. Lemos na Epstola aos Hebreus 10,5-6: "Entrando no mundo, Cristo diz: 'Tu no quiseste sacrifcio nem oblao, mas me deste um corpo. Os holocaustos pelo pecado no te agradam. Ento eu disse: eis que venho para fazer, Deus, a tua vontade"'. E toda a sua vida foi uma cruz e um martrio, orientada para a imolao final que constitura o ato essencial de seu sacrifcio. Sua imolao como vtima comea com sua Paixo, no Jardim da Agonia, para terminar no Calvrio. Mas, antes de se deixar imolar pelos algozes, Jesus quis de novo oferecer-se como vtima e, desta vez, num verdadeiro sacrifcio, acompanhado de ritos misteriosos, o sacrifcio da ltima Ceia. "Tomai e comei, este o meu Corpo, dado por vs." "Bebei todos, porque este o meu sangue, o sangue da Nova Aliana, que derramado por vs para a remisso dos pecados."

No Jardim das Oliveiras, vendo-se carregado dos pecados dos homens, submerso pelas guas turvas de todas as iniqidades humanas e isto diante do Deus de toda santidade, uma tristeza mortal apodera-se de sua alma e um suor de sangue corre-lhe ao longo do corpo. Gostaria de ver longe dele este clice de amarguras, mas submete-se vontade de Deus: "Meu Pai, se possvel, permiti que passe de mim este Clice; faa-se, contudo, no como eu quero, mas como vs quereis" (Mt 26,39).

Trado por Judas, renegado pelo chefe dos doze, abandonado por quase todos os seus discpulos, esbofeteado, injuriado pelos servos do sumo sacerdote, condenado pelo Sindrio por ter-se proclamado o Filho de Deus, condenado por Pilatos que, no entanto, momentos antes tinha proclamado sua inocncia, flagelado, coroado de espinhos e carregando uma pesada Cruz, sobe penosamente o monte Calvrio, estende seus membros doloridos, v seus ps e suas mos traspassados pelos cravos, ouve os insultos e as zombarias dos chefes de seu povo, Escribas e Fariseus; e em vez de se vingar, como bem poderia fazer, pede a seu Pai que lhes perdoe, porque no sabem o que fazem. Ele o Bom Pastor que d sua vida por suas ovelhas, conforme tinha dito: "Eu sou o Bom Pastor; o Bom Pastor d sua vida por suas ovelhas... Ningum me tira a minha vida, mas eu a entrego por mim mesmo; tenho o poder de entreg-la e tenho o poder de retom-la novamente. Este o mandamento que recebi de meu Pai" (10 10). Cumprido o mandamento, pde exclamar: "Est tudo consumado". S lhe falta permitir morte levar sua vtima voluntria, e o fez oferecendo-se pela ltima vez a seu Pai como vtima de propiciao. "Pai, em vossas mos entrego meu esprito" (Lc 23,46). Dizendo isto, expirou; e Deus foi glorificado como jamais o tinha sido; e os homens foram salvos.

Os antigos, aps a imolao da vtima, desejavam um sinal que comprovasse ter sido a oferta aceita por Deus. s vezes o Senhor enviava o fogo do cu para consumir a vtima que, ento, se elevava ao cu como um sacrifcio de agradvel odor (ver Elias). Houve algo de anlogo aps a imolao do Calvrio. Em vez de enviar o fogo do cu, para consumir a vtima, Deus ressuscitou seu Filho, conferindo a seu corpo glorioso um poder santificador que se exercer pela Eucaristia, banquete sagrado pelo qual entramos em comunho com a vtima e por meio desta com Deus a quem foi oferecida.

Quarenta dias aps sua ressurreio, Cristo subiu glorioso ao cu, de corpo e alma, para assentar-se direita do Pai, onde, continuamente, advoga a nossa causa e intercede por ns. So Paulo, aps ter observado que os sacerdotes da Lei antiga tinham necessidade de sucessores porque eram mortais, acrescenta: "Mas Este (Cristo) como permanece para sempre, possui um sacerdcio eterno. E por isso pode salvar perpetuamente os que por ele chegam a Deus; est sempre vivo para interceder por ns. Tal , com efeito, o Pontfice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, segregado dos pecadores e mais elevado do que os cus; que no precisa, como os outros sacerdotes, oferecer diariamente sacrifcios, em primeiro lugar pelos seus pecados, depois pelos do povo; porque isto o fez uma vez por todas, oferecendo-se a si mesmo" (Hb 7,24-27).

Sacrifcio Eucarstico

Na noite em que foi entregue, no decorrer da Ceia pascal, o Senhor Jesus tomou o po e, depois de ter dado graas, o abenoou, partiu e deu a seus discpulos, dizendo: "Tomai e comei, isto meu corpo que entregue por vs". Do mesmo modo, tomou o clice, deu graas e entregou-lhes, dizendo: "Bebei dele todos, porque isto o meu sangue, sangue da Nova Aliana, que vai ser derramado por vs e por muitos para a remisso dos pecados". E acrescentou: "Fazei isto em memria de mim".

O Cordeiro que os judeus imolavam no era seno o smbolo do verdadeiro Cordeiro de Deus que veio imolar-se para tirar os pecados do mundo. Sem dvida, somente no dia seguinte, este Cordeiro ser imolado de modo sangrento na Cruz; mas na Ceia ele est j oferecido como vtima destinada com antecedncia morte; Jesus se oferece como vtima aceitando livremente a morte que lhe ser imposta, no dia seguinte; oferece de maneira ritual e mstica a imolao que, no dia seguinte, ser realizada de maneira visvel e sangrenta; doravante sua vida no lhe pertence mais, Ele a entregou j para a salvao do mundo.

Assim, o Salvador sacerdote segundo a ordem e o ritual de Melquisedec; este ltimo ofereceu a Deus em sacrifcio po e vinho; Jesus, na ltima Ceia, ofereceu-se a Si prprio, sob as espcies do po e do vinho, tornando assim realidade o que o salmista tinha predito, h muitos sculos: "O Senhor fez juramento e no se arrepender: Tu s sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec" (SI 109,4). Aps ter convertido o po e o vinho em seu corpo e em seu sangue, Jesus disse a seus discpulos: "Fazei isto em memria de mim". Com estas palavras, deu-lhes o poder de consagrar seu corpo e seu sangue, e imps-lhes o dever de se lembrarem d'Ele. So Paulo nos explica de que maneira se faz essa lembrana: "Todas as vezes que comerdes este po e beberdes este clice, anunciareis a morte do Senhor" (1 Cor 11 ,26). , pois, Jesus Crucificado que a Eucaristia nos lembra; seu corpo partido, seu sangue derramado!

A Missa durante a qual a Eucaristia consagrada , portanto, um memorial da Paixo de Cristo, de Cristo agonizando, de Cristo morrendo por ns; tambm uma representao viva do sacrifcio da cruz: o sacerdote o mesmo, a vtima tambm. O Sumo Sacerdote da Nova Lei, ou melhor, o nico Sacerdote, Jesus Cristo. E se na Missa Ele se oferece pelo ministrio dos sacerdotes, unicamente porque ele assim quis fazer depender sua presena no altar da vontade e da ao de um homem. O sacerdote no sacerdote seno em dependncia de Cristo, e s age como seu representante. Na consagrao ele diz: "Isto meu corpo, isto meu sangue" e no isto o Corpo de Cristo, isto o sangue de Cristo. Assim como a ltima Ceia foi um verdadeiro sacrifcio porque oferecia a vtima que ia ser imolada no dia seguinte, assim tambm a Missa um verdadeiro sacrifcio, porque renova a oferta da vtima j imolada no Calvrio.

Cumprindo a ordem do Senhor: "Fazei isto em memria de mim", os Apstolos e depois deles os seus sucessores, os bispos e os sacerdotes, tm sempre oferecido este sacrifcio. No tempo dos Apstolos, os cristos j se reuniam para o que chamavam "a frao do po" especialmente ao domingo. Nos Atos dos Apstolos, lemos no captulo 20: "No primeiro dia da semana, quando nos reunimos para partir o po..."So Paulo diz muitas vezes que benziam e bebiam o clice e que partiam e comiam o po: "O clice de bno, escreve ele aos Corintios, que consagramos no , porventura, a comunho do sangue de Cristo? E o po que partimos no a comunho do Corpo do Senhor?" (lCor 10,16).

O SACRIFCIO DA MISSA

O Sacrifcio da Missa a continuao no tempo e no espao do Sacrifcio da Cruz; no Altar oferecida a mesma Vtima que foi imolada no Calvrio, isto , o prprio Cristo; uma Vtima que est fisicamente presente, que tem uma Presena Real ainda que sacramental, pois est escondida sob as aparncias do po e do vinho. S a maneira de oferecer diferente: no Calvrio a imolao sangrenta, na Missa a imolao reproduz-se sacramentalmente, isto , por um sinal sacramental, a Deus reservado, que produz e realiza o que significa. A separao das oblatas sinal sagrado que significa a morte de Cristo na Missa.

No sacrifcio de animais da Antiga Aliana, a separao do corpo e do sangue significa a morte da vtima; no Sacrifcio da Nova Aliana, a separao do po e do vinho consagrados significa sacramentalmente a morte da Vtima: Cristo.

No Sacrifcio da Missa, o sacerdote sacrificador tambm Cristo, que perpetua a oferenda voluntria de seu sacrifcio, mas, agora, Ele o faz pelos lbios de seus ministros, que so seus instrumentos, que, agindo in persona Christi, atualizam a palavra como se o prprio Cristo a pronunciasse. Com efeito, o sacerdote, pelas palavras que ele pronuncia na Consagrao, faz vir Deus terra; quando fala o sacerdote o prprio Cristo que fala e que opera o milagre, isto , a transubstanciao do po e do vinho no Corpo e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso mesmo, os seus ministros devem fazer, por ocasio do Sacrifcio da Missa, aquilo que Jesus Cristo fez na ltima Ceia, quando Ele antecipou, por assim dizer, o Sacrifcio da Cruz.

Ao dizer hoc facite fazei isto em memria de Mim. Jesus Cristo no s estabeleceu o mandato, como tambm instituiu o que e como devia ser oferecido o santo Sacrifcio da Missa, por quem devia faze-lo; de fato, para a validez duma Missa existem condies essenciais: a matria e a forma do sacramento, o sacerdote validamente ordenado e a inteno de fazer o que sempre fez a Igreja. Como matria do sacramento Ele escolheu o po e o vinho, como o havia feito Melquisedeque, que so separados do uso comum e se tornam as oblatas; a forma do sacramento so as palavras que Jesus pronunciou na ltima Ceia e, por elas, as oblatas so transubstanciadas no Corpo e no Sangue do Senhor, o que torna a Vtima efetivamente presente e no apenas simbolicamente; e os sacerdotes so aqueles que foram separados da vida comum para servirem ao Senhor e que, como sucessores dos Apstolos, receberam o mandato de oferecer o santo Sacrifcio da Missa. E se tomarmos um bispo qualquer de nossos tempos, podemos reconstituir a fila ininterrupta que pode ser assim imaginada: mos antigas impostas em cabeas novas, e outras mos mais antigas pousadas em outras cabeas, at o dia em que os primeiros Apstolos receberam de Cristo a primeira sagrao episcopal; e por isso mesmo: nunca se ver faltar os sacerdotes e os sacrifcios, como predisse Jeremias.

E o Sacrifcio da Missa, que ser oferecido, at o fim dos tempos, e em toda parte pelo sacerdote eterno segundo a ordem de Melquisedeque, por meio de seus ministros, ofertado a Deus com os seguintes fins:

para ador-Lo, para honr-Lo como convm, e sob este ponto de vista o sacrifcio LATRUTICO;

para Lhe dar graas pelos benefcios recebidos, e sob este ponto de vista o sacrifcio EUCARSTICO;

para aplac-Lo, dar-Lhe a devida satisfao pelos nossos pecados, para sufragar as almas do Purgatrio, e sob este ponto de vista o sacrifcio PROPICIATRIO

para alcanar todas as graas que nos so necessrias, e sob este ponto de vista o sacrifcio IMPETRATRIO

Temos, assim, o nico Sacrifcio da Nova Aliana substituindo todos os sacrifcios da Antiga Aliana, os quais no agradavam a Deus.

O SACRIFCIO DA MISSA NO A MISSA

Convm esclarecer que o Sacrifcio da Missa e a Missa no constituem uma s e mesma coisa, mas o sacrifcio se efetua na Missa.

De fato, na dupla Consagrao que se realiza o Sacrifcio; nesse rito, prescrito pelo Senhor, que se renova sacramentalmente o Sacrifcio do Calvrio.

Jesus Cristo , portanto, Ele mesmo, o autor da Missa naquilo que ela tem de essencial. a Igreja que, por sua vez, institui os ritos da Missa para magnificar o Sacrifcio do Senhor e para explicitar seu mistrio e dispor, desse modo, os espritos aos sentimentos de adorao e de devoo.

(fonte: www.eclesia.com.br/biblioteca/liturgia)

LITURGIA

Liturgia: Grego - Laos = povo + urgia = ao, servio.

Tudo que feito pelo povo em favor do prprio povo.

a atualizao da entrega e sacrficio de Cristo para a salvao dos homens. Atravs da celebrao litrgica, onde somos inseridos nas realidades da sua salvao.

A liturgia o cume e a fonte da ao da igreja

A liturgia renova e aprofunda a aliana do Senhor com os homens, na eucaristia, fazendo-os arderm o amor de Cristo. Dela, pois, especialmente da eucaristia, como de uma fonte, derrama-se sobre ns a graa e brota com soberana eficcia a santidade em Cristo e a glria de Deus, fim para o qual tudo tende na Igreja. Aps considerarmos estes aspectos, podemos apropriar-nos da definio que a Igreja faz da liturgia: Liturgia uma ao sagrada, atravs da qual, com ritos, na Igreja e pela Igreja, se exerce e prolonga a obra sacerdotal de Cristo, que tem por objetivos a santificao dos homens e a glorificao de Deus (SC 7).

Em outras palavras, a liturgia a continuidade do plano de salvao do Pai, atravs da presena mstica de Cristo nos sacramentos, que so administrados e perpetuados pela Igreja. Note-se, Igreja cabe a misso de continuar a obra de Cristo, que se d, sobretudo, atravs da liturgia. Sem liturgia, no h Igreja e sem Igreja no h liturgia. E sem liturgia no h continuidade no mistrio da salvao da humanidade.

POSIES CORPORAIS - NOSSO CORPO TAMBM CELEBRAPosies corporais e gestos na liturgia se tornam orao. Na liturgia toda a pessoa chamada a participar. Assim, os gestos corporais so tambm vivamente litrgicos. Assim, temos:

- Estar em p: a posio do Cristo Ressuscitado, atitude de quem est pronto para obedecer, pronto

para partir. Demonstra prontido para por em prtica os ensinamentos de Jesus.

- Estar sentado: a posio de escuta, de dilogo, de quem medita e reflete. Na liturgia, esta posio

cabe principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a leitura do Evangelho), na hora da homilia e quando a pessoa est concentrada, meditando.

- Estar ajoelhado: a posio de quem se pe em orao profunda, confiante.

- Fazer genuflexo: faz-se dobrando o joelho direito at o solo. Significa adorao, pelo que reservado ao Santssimo Sacramento, quer exposto, quer guardado no sacrrio. No fazem genuflexo nem inclinao profunda aqueles que transportam os objetos que se usam nas celebraes, por exemplo, a cruz, os castiais, o livro dos evangelhos.

- Prostrar-se: significa estender-se no cho; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e tambm de splica. Gesto previsto na sexta-feira santa, no incio da celebrao da Paixo. Tambm os que vo ser ordenados diconos e presbteros se prostram.

- Inclinar o corpo: uma atitude intermediria entre estar de p e ajoelhar-se. Sinal de reverncia e de honra que se presta s pessoas ou s imagens. Faz-se inclinao diante da cruz, no incio e no fim da celebrao; ao receber a bno; quando, durante o ato litrgico, h necessidade de passar diante do tabernculo; antes e depois da incensao, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos diversos livros litrgicos.

- Erguer as mos: um gesto de splica ou de oferta do corao a Deus. Geralmente se usa durante a recitao do Pai-Nosso e nos cantos de louvor.

- Bater no peito: expresso de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto ocorre na orao Confesso a Deus todo poderoso...

- Silncio: atitude indispensvel nas celebraes litrgicas. Indica respeito, ateno, meditao, desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na celebrao eucarstica, se prev um instante de silncio no ato penitencial e aps o convite orao inicial, aps uma leitura ou aps a homilia. Depois da comunho, todos so convidados a observar o silncio sagrado.

O Ano Litrgico

Nos incios da Igreja, todo Domingo era dia de Pscoa. Os cristos se reuniam para celebrar a ressurreio de Jesus. Aos poucos, os cristos foram percebendo que o Mistrio Pascal de Jesus est presente no mistrio da vida de todos os dias. Cristo continua nascendo, vivendo, morrendo e ressuscitando na vida da Igreja. No era mais possvel recordar tudo isso num s Domingo. Foi por isso que surgiu o que hoje conhecemos por ANO LITRGICO.

A Igreja percebeu que era melhor celebrar os mistrio da vida de Cristo ao longo do ano. Este ano no coincide com o ano civil, que comea no dia primeiro de janeiro e termina em trinta e um de dezembro.

O ano litrgico comea no advento, passa pelo Natal e pela Epifania, continua na Quaresma, Semana Santa e Pscoa, atravessa a Ascenso e Pentecostes e termina com o tempo comum, na festa de Cristo Rei. Ao longo deste ano so recordados os principais fatos e ensinamentos da vida de Cristo.

"Atravs do ciclo anual, a Igreja comemora o mistrio de Cristo, desde a Encarnao ao dia de Pentecostes e espera da vinda do Senhor" (SC n 102).

CICLO DO NATALADVENTO: Inicia-se o ano litrgico. Incio: 4 domingos antes do NatalTrmino: 24 de dezembro tardeEspiritualidade: Esperana e purificao da vidaEnsinamento: Anncio da vinda do MessiasCor: Roxa

NATAL : 25 de dezembro. comemorado com alegria, pois a festa do Nascimento do Salvador.Incio: 25 de dezembro Trmino: Na festa do Batismo de Jesus Espiritualidade: F, alegria e acolhimento. Ensinamento: O filho de Deus se fez Homem Cor: Branca

TEMPO COMUM1 PARTE: ( Durao de 5 9 semanas).Incio: 2 feira aps o Batismo de Jesus Trmino: Vspera da Quarta-feira das Cinzas Espiritualidade: Esperana e escuta da Palavra Ensinamento: Anncio do Reino de Deus Cor: Verde

2 PARTE: ( Durao de 24 29 semanas).Incio: Segunda-feira aps o Pentecostes Trmino: Vspera do 1 Domingo do Advento Espiritualidade: Vivncia do Reino de Deus Ensinamento: Os Cristos so o sinais do Reino Cor: Verde

CICLO DA PSCOA QUARESMA : Tempo forte de converso e penitncia, jejum, esmola e orao. um tempo de 5 semanas em que nos preparamos para a Pscoa. No se diz "Aleluia", nem se colocam flores na igreja, no devem ser usados muitos instrumentos e no se canta o Hino de Louvor. um tempo de sacrifcio e penitncias, no de louvor.Incio: Quarta-Feira das CinzasTrmino: Vspera da Quinta-feira da Semana SantaEspiritualidade: Penitncia e conversoEnsinamento: A misericrdia de Deus

Cor: Roxa

PSCOA: Incio: Quinta-feira Santa (Trduo Pascal)Trmino: No PentecostesEspiritualidade: Alegria em Cristo RessuscitadoEnsinamento: Ressurreio e vida eternaCor: Branca

Comea com a ceia do Senhor na quinta-feira santa. Neste dia celebrada a Instituio da Eucaristia e do sacerdote. Na sexta-feira celebra-se a paixo e morte de Jesus. o nico dia do ano que no tem missa. Acontece apenas uma Celebrao da Palavra.No sbado acontece a solene Viglia Pascal. Forma-se ento o Trduo Pascal que prepara o ponto mximo da pscoa: o Domingo da Ressurreio. A Festa da Pscoa no se restringe ao Domingo da Ressurreio. Ela se estende at a Festa de Pentecostes. (Pentecostes: celebrado 50 dias aps a Pscoa. Jesus ressuscitado volta ao Pai e nos envia o Parclito.)

Importante:O Tempo comum ao todo so 33 ou 34 semanas. um perodo sem grandes acontecimentos. um tempo que nos mostra que Deus se fez presente nas coisas mais simples. um tempo de esperana e acolhimento da Palavra de Deus."O Tempo comum no tempo vazio. tempo de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos trabalhos pelo Reino." (CNBB - Documento 43, 132).

AS CORES LITRGICAS: SUA FUNO E SIGNIFICADOS

O uso das cores litrgicas pode ajudar-nos a penetrar no mistrio que celebramos, quer na celebrao do dia quer no tempo litrgico. Como nos diz o Missal Romano em suas instrues gerais: A diversidade de cores nas vestes sagradas tem como fim expressar com mais eficcia, ainda que exteriormente, as caractersticas dos mistrios da f que se celebram... (IGMR 307)

O branco: simboliza a pureza, paz, alegria, jbilo. Sendo assim usada no Natal e na Epifnia, durante todo o tempo pascal. Tambm se usa nas festas e solenidades de Cristo e da Virgem Maria, nas festas dos anjos e santos que no se tornaram mrtires.

Os vencedores do Apocalipse triunfam vestidos de linho branco (Ap 19, 14).

Na transfigurao no monte Tabor, a glria de Cristo simbolizada com vestes brancas como a luz e a neve (Mt 17,2). Usa-se: na quinta-feira Santa, na Viglia Pascal do Sbado Santo, em todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (quando no mrtires) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixo). a cor predominante da ressurreio.

O vermelho: Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martrio. Sendo assim, seu simbolismo adapta-se ao sentido do amor ardente: uma paixo to profunda que leva a doao da prpria vida. usada do Domingo de Ramos na ao litrgica da Paixo, na Sexta-Feira da Paixo e na festa da exaltao da Santa Cruz, no Domingo de Pentecostes a melhor aproximao simblica dos tormentos do Cristo sofredor.

Tambm usada nas festas dos apstolos, evangelistas e todos os santos, mrtires; eles deram testemunho de Cristo com o prprio sangue. Seu uso se d ainda na solenidade de pentecostes e na celebrao da confirmao, uma vez que o Esprito Santo o fogo da vida.

O verde: O verde a cor da esperana, a cor da vegetao mais viva, e da advm a essa cor diversos simbolismos e aproximaes metafricas: a cor do equilbrio ecolgico, da serenidade, e, sobretudo simboliza a esperana. O verde a cor do Tempo Comum : as 34 semanas nas quais no se celebra um

mistrio concreto de Cristo, mas o conjunto da histria da salvao e sobretudo o mistrio semanal do Domingo como o dia do Senhor. Simboliza os frutos que o mistrio pascal de Cristo deve produzir nos coraes dos fiis. Usa-se no Tempo Comum. (Quando no TC se celebra uma festa do Senhor ou dos santos, usa-se ento a cor da festa).

O roxo: Simboliza a penitncia. a juno do azul e do vermelho. Indica discrio, contrio, penitncia, e s vezes adquire uma conotao de dor e tristeza. Sendo assim a cor que distingue as celebraes do sofrimento, da reflexo e da espera. Tambm utilizada nas celebraes penitenciais e nas celebraes para os fiis defuntos. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma. Pode-se tambm usar nos ofcios e missas pelos mortos. (Quanto ao Advento, est havendo uma tendncia a se usar o violeta, em vez do roxo, para distingui-lo da Quaresma, pois Advento tempo de feliz expectativa e de esperana, num viver sbrio, e no de penitncia, como a Quaresma).

O Preto: smbolo de luto. a negao da cor, evoca espontaneamente a escurido, falta de luz; tipicamente a cor do luto e da tristeza. Na idade mdia era a cor do Advento e da Quaresma. Seu uso agora ficou muito mais discretamente indicado: permanece apenas como uso facultativo nas celebraes de exquias e demais celebraes para os defuntos. Pode ser usado nas missas pelos mortos, mas nessas celebraes pode-se usar tambm o branco, dando-se ento nfase no dor, mas ressurreio.

O rosa: Simboliza a alegria. a cor litrgica usada em apenas duas ocasies do ano litrgico: no 3 domingo do Advento (domingo Gaudete) e tambm no 4 domingo da Quaresma (domingo Laetare), ambos os domingos da alegria. Seu uso deu-se a pedagogia de um tempo que chegou a sua metade e quer adiantar de alguma forma a meta festiva a que se dirige.

SMBOLOS LITRGICOS LIGADOS NATUREZA

A gua - A gua simboliza a vida (remete-nos, sobretudo ao nosso batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode simbolizar tambm a morte (enquanto por ela morremos para o pecado).

O fogo - O fogo ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Est presente na liturgia da Viglia Pascal do Sbado Santo e nas incensaes, como as brasas nos turbulos. O fogo pode multiplicar-se

indefinidamente. Da, sua forte expresso simblica. smbolo, sobretudo da ao do Esprito Santo.

A luz - A luz brilha, em oposio s trevas, e mesmo no plano natural necessria vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama pode estender-se a um nmero infinito de chamas e destruir, assim, a mais espessa nuvem de trevas. o smbolo mais expressivo do Cristo Vivo, como no Crio Pascal. A luz e, pois, a expresso mais viva da ressurreio.

O po e o vinho - Smbolos do alimento humano. Trigo modo e uva espremida, sinais do sacrifcio da natureza, em favor dos homens. Elementos tomados por Cristo para significarem o seu prprio sacrifcio redentor.

O incenso - Com sua especificidade aromtica. Sua fumaa simboliza, pois, a orao dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como splica.

O leo - Temos na liturgia os leos dos Catecmenos, da Crisma e dos Enfermos, usados liturgicamente nos sacramentos do Batismo, da Crisma e da Uno dos Enfermos. Nos trs sacramentos, trata-se do gesto litrgico da uno. Aqui vemos que o objeto - no caso, o leo - alm de ele prprio ser um smbolo, faz nascer uma ao, isto , o gesto simblico de ungir. Tal tambm acontece com a gua: ela supe e cria o banho lustral, de purificao, como nos ritos do Batismo e do "lavabo" (ablues), e do "asperges", este em sentido duplo: na missa, como rito penitencial, e na Viglia do Sbado Santo, como memria pascal de nosso Batismo. A esses gestos litrgicos e tantos outros, podemos chamar de "smbolos rituais". A uno com o leo atravessa toda a histria do Antigo Testamento, na consagrao de reis, profetas e sacerdotes, e culmina no Novo Testamento, com a uno misteriosa de Cristo, o verdadeiro Ungido de Deus. A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido, por excelncia.

As cinzas - As cinzas, principalmente na celebrao da Quarta-Feira de Cinzas, so para ns sinal de penitncia, de humildade e de reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas mesmas cinzas esto intimamente ligadas ao Mistrio Pascal. No nos esqueamos de que elas so fruto das palmas do

Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.

MISSA = CELEBRAO EUCARSTICA OU EUCARISTIA = AO DE GRAAS

A Missa uma ao de graas solene, onde celebramos toda a nossa vida. Relembramos o ontem, Celebramos o hoje e preparamos o nosso amanh.

A Missa o centro da vida da Comunidade e seu sinal de unidade, pois celebrada por aqueles que receberam o mesmo Batismo, vivem a mesma F e participando do sacrifcio redentor de Cristo se alimentam do mesmo Po

A Missa o Po da Palavra e o Po da Eucaristia!

Pelo Po da Palavra, Deus fala solenemente a toda Comunidade e intimamente a cada um dos presentes, pois segundo So Paulo: A Palavra de Deus til para ensinar, repreender, corrigir e para formar na justia. Por Ela o homem de Deus se torna perfeito e capacitado para toda boa obra. (2Tm 3, 16-17). Jesus disse: No s de Po vive o homem, mas de toda Palavra que brota da boca de Deus. (Mt 4,4). E que: As Palavras que Eu disse a vocs so Esprito e Vida.(Jo 6,63).

O Po da Eucaristia, como Sacramento renova a ceia e o mistrio Pascal de Cristo, que envolve a vida de Cristo e a vida de todos ns, mas o ponto mais alto da historia da ressurreio o Cristo vivo.

Como Sacrifcio, renova o ato redentor de Cristo na cruz, cujo sangue derramado pela redeno da humanidade. Mas a Missa no Sacrifcio de morte e sim de vida!

Mas alm de Celebrar a primeira Missa da histria, na Quinta-feira Santa, o prprio Jesus que nos convida com amor, para celebrarmos a Missa sempre que tivermos saudade Dele, Fazei isso em memria de mim. (Lc 22, 19).

O Concilio Vaticano II, acabou com o verbo assistir e passou de participar para Celebrar a Missa, portanto, todos que se fazem presentes na Missa so celebrantes, desde que celebrem com F e Amor.

A Missa o envio para a Misso. A Missa s termina quando Celebramos outra Missa.

No meio do caminho havia uma pedra. Aparentemente uma simples pedra. Os que passavam tropeavam nela. E ela ia rolando para frente e para trs. um dia algum parou, pegou a pedra e limpou a poeira. Ento, viu que era uma pedra preciosa, que transformou sua vida.

A Missa semelhante a essa pedra, no que ela esteja suja, mas nossos olhos esto cobertos da poeira da ignorncia ou do preconceito, que nos impede de ver a Missa tal qual ela , na pureza de origem divina e na beleza de seu mistrio. A Missa, vivida segundo o pensamento de Deus, tem a fora de transformar a nossa vida.

LITURGIA E A MISSA PARTE POR PARTE

A palavra "liturgia" uma palavra da lngua grega: LEITURGUIA de leiton-rgon que significa "ao do povo", "servio da parte do povo e em favor do povo". Na tradio crist, ele quer significar que o povo de Deus torna parte na "obra de Deus". Pela Liturgia, Cristo, nosso redentor e sumo sacerdote, continua em sua Igreja, com ela e por ela, a obra de nossa redeno, Com razo, portanto, a liturgia tida como o exerccio do mnus sacerdotal de Jesus Cristo, no qual, mediante sinais sensveis, significada e, de modo peculiar a cada sinal, realizada a santificao do homem, e exercido o culto pblico integral pelo Corpo Mstico de Cristo, cabea e membros. Disto se segue que toda a celebrao litrgica, como obra de Cristo sacerdote e de seu corpo que a Igreja, ao sagrada por excelncia, cuja eficcia, no mesmo titulo e grau, no igualada por nenhuma outra ao da Igreja.

(Conclio Vaticano II, Constituio SacrosanctumConcilium, 7)

exerccio do mnus sacerdotal de Cristo Realizado mediante sinais sensveis;

Culto pblico integral, cabea e membros do Corpo mstico de Cristo;

Realiza a santificao do homem; obra de Cristo e do seu corpo;

ao sagrada por excelncia; Na celebrao litrgica, a Igreja serva imagem do seu Senhor, o nico liturgo, participando de seu sacerdcio (culto) proftico (anncio) e rgio (servio de caridade): A missa o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor.

A DUPLA DIMENSO DA LITURGIAcatecismo 1083

1) AO DE GRAAS:

A liturgia resposta de f e de amor s bnos espirituais com as quais o Pai nos presenteia. Por um lado, a Igreja, unida a seu Senhor e sob a ao do Esprito Santo, bendiz o Pai por seu dom inefvel (2Cor 9,15) mediante a adorao, o louvor e a ao de graas.

2 - SPLICA INCESSANTE

Por outro lado, e at a consumao do projeto de Deus, a Igreja no cessa de oferecer ao Pai a oferenda de seus prprios dons e de implorar que Ele envie o Esprito Santo sobre a oferta, sobre si mesma, sobre os fiis e sobre o mundo inteiro, a fim de que pela comunho com a morte e a ressurreio de Cristo Sacerdote e pelo poder do Esprito estas bnos divinas produzam frutos de vida para louvor e glria de sua graa (Ef 1,6).

CIC1344 Assim, de celebrao em celebrao, anunciando o Mistrio Pascal de Jesus "at que ele venha" (1 Cor 11,26), o povo de Deus em peregrinao "avana pela porta estreita da cruz" em direo ao banquete celeste, quando todos os eleitos se sentaro mesa do Reino. Na liturgia da Igreja, Cristo significa e realiza principalmente seu mistrio pascal. ... que nasce na ceia, passa pela cruz, comea a florir na Pscoa e tem seu cume em Pentecostes (Dom Washington Cruz, Carta Pastoral 10, 16)

Receita de Missa

Para realizarmos uma missa precisamos de alguns ingredientes, assim como uma receita de bolo:

a) A palavra de Deus

b) Altar (a missa uma ceia, precisamos de uma mesa);

c) Assemblia (no mnimo uma pessoa);

d) Inteno do que se faz, tanto da parte da assemblia quanto do ministro;

e) Ministro ordenado (padre ou bispo);

f) Po, gua e vinho.

Estes so os ingredientes indispensveis a qualquer celebrao eucarstica. Sobre cada um deles, explicaremos no decorrer de cada parte da missa.

1. A missa ao de graas

A missa tambm pode ser chamada de eucaristia, ou seja, ao de graas. E a partir da passagem do servo de Abrao pudemos ter uma noo do que uma orao eucarstica ou de ao de graas. Pois bem, esta atitude de ao de graas recebe o nome de berakah em hebraico, que traduzindo-se para o grego originou trs outras palavras: euloguia, que traduz-se por bendizer; eucharistia, que significa gratido pelo dom recebido de graa; e exomologuia, que significa reconhecimento ou confisso.

Diante da riqueza desses significados podemos nos perguntar: quem d graas a quem? Ou melhor, dizendo, quem d dons, quem d bnos a quem? Diante dessa pergunta podemos perceber que Deus d graas a si mesmo, uma vez que sendo uma comunidade perfeita o Pai ama o Filho e se d por ele e o Filho tambm se d ao Pai, e deste amor surge o Esprito Santo. Por sua vez, Deus d graas ao homem, uma vez que no se poupou nem de dar a si mesmo por ns e em resposta o homem d graas a Deus, reconhecendo-se criatura e entregando-se ao amor de Deus. Ora, o homem tambm d graas ao homem, atravs da doao ao prximo a exemplo de Deus. Tambm o homem d graas natureza, respeitando-a e tratando-a como criatura do mesmo Criador. O problema ecolgico que atravessamos , sobretudo, um problema eucarstico. A natureza tambm d graas ao homem, se respeitada e amada. A natureza d graas a Deus estando a servio de seu criador a todo instante.

A partir desta viso da ao de graas comeamos a perceber que a Missa no se reduz apenas a uma cerimnia realizada nas Igrejas, ao contrrio, a celebrao da Eucaristia a vivncia da ao de Deus em ns, sobretudo atravs da libertao que Ele nos trouxe em seu Filho Jesus. Cristo a verdadeira e definitiva libertao e aliana, levando plenitude a libertao do povo judeu do Egito e a aliana realizada aos ps do monte Sinai.

2. A missa sacrifcio

Sacrifcio uma palavra que possui a mesma raiz grega da palavra sacerdcio, que do latim temos sacer-dos, o dom sagrado. O dom sagrado do homem a vida, pois esta vem de Deus. Por natureza o homem um sacerdote. Perdeu esta condio por causa do pecado. Sacrifcio, ento, significa o que feito sagrado. O homem torna sua vida sagrada quando reconhece que esta dom de Deus. Jesus Cristo faz justamente isso: na condio de homem reconhece-se como criatura e se entrega totalmente ao Pai, no poupando nem sua prpria vida. Jesus nesse momento est representando toda a humanidade. Atravs de sua morte na cruz d a chance aos homens e s mulheres de novamente orientarem suas vidas ao Pai assumindo assim sua condio de sacerdotes e sacerdotisas.

Com isso queremos tirar aquela viso negativa de que sacrifcio algo que representa a morte e a dor. Estas coisas so necessrias dentro do mistrio da salvao, pois s assim o homem pode reconhecer sua fraqueza e sua condio de criatura.

3. A Missa tambm Pscoa

A Pscoa foi a passagem da escravido do Egito para a liberdade, bem como a aliana selada no monte Sinai entre Deus e o povo hebreu. E diante desses fatos o povo hebreu sempre celebrou essa passagem, atravs da Pscoa anual, das celebraes da Palavra aos sbados, na sinagoga e diariamente, antes de levantar-se e deitar-se, reconhecendo a experincia de Deus em suas vidas e louvando a Deus pelas experincias pascais vividas ao longo do dia. O povo judeu vivia em atitude de ao de graas, vivendo a todo instante a Pscoa em suas vidas.

MISSA PARTE POR PARTE

RITOS INICIAIS

Instruo Geral ao Missal Romano, n. 24:

Os ritos iniciais ou as partes que precedem a liturgia da palavra, isto , cntico de entrada, saudao, ato penitencial, Senhor, Glria e orao da coleta, tm o carter de exrdio, introduo e preparao. Estes ritos tm por finalidade fazer com que os fiis, reunindo-se em assemblia, constituam uma comunho e se disponham para ouvir atentamente a Palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.

1. Comentrio Inicial

Este tem por fim introduzir os fiis ao mistrio celebrado. Sua posio correta seria aps a saudao do padre, pois ao nos encontrarmos com uma pessoa primeiro a saudamos para depois iniciarmos qualquer atividade com ela.

2. Canto de Entrada

Reunido o povo, enquanto o sacerdote entra com os ministros, comea o canto de entrada. A finalidade desse canto abrir a celebrao, promover a unio da assemblia, introduzir no mistrio do tempo litrgico ou da festa, e acompanhar a procisso do sacerdote e dos ministros(IGMR n.25)

Durante o canto de entrada percebemos alguns elementos que compem o incio da missa:

a) O canto

Durante a missa, todas as msicas fazem parte de cada momento. Atravs da msica participamos da missa cantando. A msica no simplesmente acompanhamento ou trilha musical da celebrao: a msica tambm nossa forma de louvarmos a Deus. Da a importncia da participao de toda assemblia durante os cantos.

b) A procisso

O povo de Deus um povo peregrino, que caminha rumo ao corao do Pai. Todas as procisses tm esse sentido: caminho a se percorrer e objetivo a que se quer chegar.

c) O beijo no altar

Durante a missa, o po e o vinho so consagrados no altar, ou seja, no altar que ocorre o mistrio eucarstico. O presidente da celebrao ao chegar beija o altar, que representa Cristo, em sinal de carinho e reverncia por to sublime lugar.

Por incrvel que possa parecer, o local mais importante de uma igreja o altar, pois ao contrrio do que muita gente pensa, as hstias guardadas no sacrrio nunca poderiam estar ali se no houvesse um altar para consagr-las.

3. Saudao

a) Sinal da Cruz

O presidente da celebrao e a assemblia recordam-se por que esto celebrando a missa. , sobretudo pela graa de Deus, em resposta ao seu amor. Nenhum motivo particular deve sobrepor-se gratuidade. Pelo sinal da cruz nos lembramos que pela cruz de Cristo nos aproximamos da Santssima Trindade.

b) Saudao

Retirada na sua maioria dos cumprimentos de Paulo, o presidente da celebrao e a assemblia se sadam. O encontro eucarstico movido unicamente pelo amor de Deus, mas tambm encontro com os irmos.

4. Ato Penitencial

Aps saudar a assemblia presente, o sacerdote convida toda assemblia a, em um momento de silncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericrdia de Deus. Aps o reconhecimento da necessidade da misericrdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrio: Confesso a Deus Todo-Poderoso... Em forma de dilogo por versculos bblicos: Tende compaixo de ns... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Aps, segue-se a absolvio do sacerdote. Tal ato pode ser substitudo pela asperso da gua, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e atravs do simbolismo da gua pedirmos para sermos purificados.

Cabe aqui dizer, que o Senhor, tende piedade no pertence necessariamente ao ato penitencial. Este se d aps a absolvio do padre e um canto que clama pela piedade de Deus. Da ser um erro omiti-lo aps o ato penitencial quando este cantando.

5. Hino de Louvor

Espcie de salmo composto pela Igreja, o glria uma mistura de louvor e splica, em que a assemblia congregada no Esprito Santo, dirige-se ao Pai e ao Cordeiro. proclamado nos domingos - exceto os do tempo da quaresma e do advento - e em celebraes especiais, de carter mais solene. Pode ser cantado, desde que mantenha a letra original e na ntegra.

6. Orao da Coleta

Encerra o rito de entrada e introduz a assemblia na celebrao do dia.

Aps o convite do celebrante, todos se conservam em silncio por alguns instantes, tomando conscincia de que esto na presena de Deus e formulando interiormente seus pedidos. Depois o sacerdote diz a orao que se costuma chamar de coleta, a qual a assemblia d o seu assentimento com o Amm final (IGMR 32).

Dentro da orao da coleta podemos perceber os seguintes elementos: invocao, pedido e finalidade.

O RITO DA PALAVRA

O Rito da Palavra a segunda parte da missa, e tambm a segunda mais importante, ficando atrs, somente do Rito Sacramental, que o auge de toda celebrao.

Iniciamos esta parte sentados, numa posio cmoda que facilita a instruo. Normalmente so feitas trs leituras extradas da Bblia: em geral um texto do Antigo Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus Cristo, respectivamente. Isto, porm, no significa que ser sempre assim; s vezes a 1 leitura cede espao para um outro texto do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2 leitura, para um texto extrado dos Atos dos Apstolos; raro acontecer, mas acontece... Fixo mesmo, apenas o Evangelho, que ser extrado do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou Joo.

1.Primeira Leitura

Como j dissemos, a primeira leitura costuma a ser extrada do Antigo Testamento.

Isto feito para demonstrar que j o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele mesmo o cumpriu (cf. Mt 5,17). De fato, no poucas vezes os evangelistas citam passagens do Antigo Testamento, principalmente dos profetas, provando que Jesus era o Messias que estava para vir.

O leitor deve ler o texto com calma e de forma clara. Por esse motivo, no recomendvel escolher os leitores poucos instantes antes do incio da missa, principalmente pessoas que no tm o costume de freqentar aquela comunidade. Quando isso acontece e o "leitor", na hora da leitura, comea a gaguejar, a cometer erros de leitura e de portugus, podemos ter a certeza de que, quando ele disser: "Palavra do Senhor", a resposta da comunidade, "Graas a Deus", no se referir aos frutos rendidos pela leitura, mas sim pelo alvio do trmino de tamanha catstrofe!

Ora, se a f vem pelo ouvido, como declara o Apstolo, certamente o leitor deve ser uma pessoa preparada para exercer esse ministrio; assim, interessante que a Equipe de Celebrao seja formada, tambm, por leitores "profissionais", ou seja, especial e previamente selecionados.

2.Salmo Responsorial

O Salmo Responsorial tambm retirado da Bblia, quase sempre (em 99% dos casos) do livro dos Salmos. Muitas comunidades recitam-no, mas o correto mesmo cant-lo... Por isso uma ou outra comunidade possui, alm do cantor, um salmista, j que muitas vezes o salmo exige uma certa criatividade e espontaneidade, uma vez que as tradues do hebraico (ou grego) para o portugus nem sempre conseguem manter a mtrica ou a beleza do original.

Assim, quando cantado, acaba lembrando um pouco o canto gregoriano e, em virtude da dificuldade que exige para sua execuo, acaba sendo simplesmente - como j dissemos - recitado (perdendo mais ainda sua beleza).

3.Segunda Leitura

Da mesma forma como a primeira leitura tem como costume usar textos do Antigo Testamento, a segunda leitura tem como caracterstica extrair textos do Novo Testamento, das cartas escritas pelos apstolos (Paulo, Tiago, Pedro, Joo e Judas), mais notadamente as escritas por So Paulo.

Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apstolos dirigido s comunidades crists.

A segunda leitura deve ser encerrada de modo idntico ao da primeira leitura, com o leitor exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo com: "Graas a Deus!".

4.Canto De Aclamao Ao Evangelho

Feito o comentrio ao Evangelho, a assemblia a se pe de p, para aclamar as palavras de Jesus. O Canto de Aclamao tem como caracterstica distintiva a palavra "Aleluia", um termo hebraico que significa "louvai o Senhor". Na verdade, estamos felizes em poder ouvir as palavras de Jesus e estamos saudando-O como fizeram as multides quando Ele adentrou Jerusalm no domingo de Ramos.

Percebemos, assim, que o Canto de Aclamao, da mesma forma que o Hino de Louvor, no pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria como se no confissemos Naquele que d a vida e que vem at ns para pregar a palavra da Salvao. O Canto deve ser tirado do lecionrio, pois se identifica com a leitura do dia, por isso no se pode colocar qualquer msica como aclamao, no basta que tenha a palavra aleluia.

Comprovando este nosso ponto de vista est o fato de que durante o tempo da Quaresma e do Advento, tempos de preparao para a alegria maior, tambm a palavra "Aleluia" no aparece no Canto de Aclamao ao Evangelho.

5.Evangelho

Antes de iniciar a leitura do Evangelho, se estiver sendo feito uso de incenso, o sacerdote ou o dicono (depende de quem for ler o texto), incensar a Bblia e, logo a seguir, iniciar a leitura do texto.

O texto do Evangelho sempre retirado dos livros cannicos de Mateus, Marcos, Lucas e Joo, e jamais pode ser omitido. falta gravssima no proceder a leitura do Evangelho ou substitu-lo pela leitura de qualquer outro texto, inclusive bblico.

Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou dicono profere a expresso: "Palavra da Salvao!" e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo: "Glria a vs, Senhor!". Neste momento, o sacerdote ou dicono, em sinal de venerao Palavra de Deus, beija a Bblia (rezando em silncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam perdoados os nossos pecados") e todo o povo pode voltar a se sentar.

6.Homilia

A homilia nos recorda o Sermo da Montanha, quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras para ensinar todo o povo reunido. Observe-se que o altar j se encontra, em relao aos bancos onde esto os fiis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse episdio.

Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, aps sua ascenso, a Igreja recebeu a incumbncia de pregar a todos os povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo pregou. A autoridade de Cristo foi, portanto, passada Igreja.

A homilia o momento em que o sacerdote, como homem de Deus, traz para o presente aquela palavra pregada por Cristo h dois mil anos. Neste momento, devemos dar ouvidos aos ensinamentos do sacerdote, que so os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o prprio Cristo que disse: "Quem vos ouve, a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda a comunidade deve prestar ateno s palavras do sacerdote.

A homilia obrigatria aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela tambm recomendvel, mas no obrigatria.

7.Profisso De F (Credo)

Encerrada a homilia, t