Arquimedes e o saber inconsciente universal
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Transcript of Arquimedes e o saber inconsciente universal
Algumas memoráveis formulações científicase várias invenções foram atribuídas
ao filósofo grego Arquimedes,
apesar de ter sido pequena a partede sua história documentalmente conhecida.
Esta mesma indefinição documentalme permite chamar Arquimedes de filósofo.E de fato na época não era clara a distinção
entre matemáticos (geómetras),físicos (cientistas naturais)
e filósofos.
Isso, aliás, talvezconfirme a razão pela qual
a filosofia ainda se acha no direitode se meter em todos os assuntos.
A meu ver,além de tudo o que Arquimedes
formulou e inventou, algo que aconteceucom ele ainda nos serve perfeitamente
como prova da existência de um“saber inconsciente universal”
...(para dar seqüência ao
que foi proposto nacrônica anterior:Almagesto*ra).
Isso começou pela sua dificuldade em encontrar a fórmula da “Lei da Hidrostática”,
esta que mostraria a razão de um corpoperder peso quando introduzido n’água.
Assim, pelas suas características, a fórmuladeve ter realmente ocorrido na mente
de Arquimedes quando ele estavacom seu corpo mergulhado
na água de umabanheira
...
E, de fato,certo dia em sua casa, ao entrar na banheirae notar como parte da água se derramava,ele recebeu do inconsciente a súbitasolução do problema..., assim,como mágica, numa frasepronta:
“ Qualquer corpo submersoperde o equivalente ao peso do líquidoque desloca! ”
Ficou tão surpreso que,num impulso, gritou ― “Encontrei!”
Ficou tão surpreso que,num impulso, gritou ― “Encontrei!”
De acordo com a história,sua surpresa e seu entusiasmo
foram tão grandes ou intensos queo levaram a saltar da banheira
e a sair de casa, correndonu pelas ruas gritando:
“Eureka!, Eureka!...”
Esta história revelavários fatos interessantes.
Revela..., porque o próprio Arquimedesdemonstrou considerar a sua fórmulacomo originária de uma “revelação” e
não realmente de uma “criação”,autocontrolada e previsível,
obtida por méritosexclusivamente
próprios... .
Mesmo assim,no decorrer do tempo,
ninguém jamais considerou queArquimedes tivera uma “revelação divina”,
certamente porque assuntos de cunhoscientíficos nunca se mostravam
compatíveis com assuntosde cunhos divinos, próprios
daqueles poderosos seres quecriavam sem qualquer necessidade
de explicar “como?”...
Reconhecemosque o genial Arquimedes
tinha enviado ao inconscientetodas as informações e as reflexões
conscientemente possíveis...,
mas não podemos reconhecer, como fato,que tenha sido ele próprio o legítimo
autor daquela definição final... . ...
A prova distosaiu do seu próprio grito
de surpresa.
... . ...
Ainda um mistério.Precisamos também refletir.
Como entender, enfim?O que aconteceu com Arquimedes
será compatível com o que nos disse outrodos primeiros grandes filósofos gregos, Platão?
Este se referiu à existência de uma “Alma”e defendeu a presença em nós, humanos,
de um “conhecimento inato..., referenteao aparado racional e intuitivo de
que somos dotados desdeo nascimento.”...
Assim,de acordo com Platão,
existiria “o saber universal doinconsciente”..., por este ângulo
não só humano, se levarmos em contaque os outros animais são dotados de um claro
conhecimento inato ― relativo à vida e a este mundoou às suas vidas neste mundo.
E quanto a nós, então,que ainda existimos através de um
organismo vivo perfeitamente funcional,é claro que carregamos uma bagagem
de elementos inatos naturalmenteadequáveis à compreensão.
Assim, a meu ver, Platão chegou muito próximo
das idéias do meu psiquiatra favorito,Carl Jung..., porém com uma
diferença fundamental:
referente ao meio ambienteou à parte externa e universal,
esta que claramente existe“fora do homem”
.
Nisto, aliás, encontrou-se a diferença entrefilósofos proféticos e filósofos matemáticos:
os primeiros pareciam capazes de somentedefinir verdades a respeito do próprio homem(como se este de fato existisse isoladamente― sendo o elemento central do Universo ),
e os segundos eram capazes de definirverdades relacionadas aos elementos
físicos que estavam ao redordeste mesmo homem
. ...
Assim podemos dizer que as grandes inspirações científicas,embora ocorressem no “meio interno” (no íntimo humano),
os seus “argumentos” eram sempre tirados domeio ambiente ou do “meio externo”.
Foi o que se deu na mente de Arquimedesobservando o que acontecia entre o
seu corpo e a água da banheira.
E agora, enfim, podemos repetir,para entender, o que nos disse Carl Jung
“ :o inconsciente não é somente dinâmico, pois é dotado de uma autonomia própria
ligada à fonte original ― externa! ―do saber inconsciente universal
. ”
Realcei a fonte “externa”para destacar que o saber universal,
mesmo sendo “inconsciente”, não existede maneira inata em nosso próprio inconsciente,
este que então precisa “alcançá-lo”, ligando-se a ele.
“Alcançá-lo”, através de enorme esforçopróprio e imensa sensibilidade,
naturalmente.
Assim“o nosso inconsciente,
nutrido pelo saber universal,é capaz de nos proporcionar verdades
que em tempo oportuno se tornam conscientes.” ...
Esta definição apresenta o quede mais evoluído temos..., pois se prende
a uma proporcionalidade racional e conveniente,quando sugere que o saber inconsciente universal
só se deixa conhecer “em tempo oportuno”...,
o que significa que o homem, primeiro,tem de adquirir um conhecimento próprio básico,
para só então ser nutrido pelo saber universal!
Mais do que isso, aliás,receberíamos o conhecimento pronto,
sem qualquer necessidade de pensar ou refletir,
o que enfim poderia ser traduzido numa evoluçãosem mérito, pois de fato não seria nossa
ou não seria própria.
E para concluir eu ouso afirmar quetemos acesso ao saber inconsciente universal
porque somos dotados de “Alma”..., ligada a Deus,o Criador do Universo. Este que em relação a nós,entretanto, por qualquer ângulo, jamais nos ajuda
sem antes perceber o nosso esforço, ou semtentarmos, darmos o primeiro passo!
2011 - Lanier Wcr - Luz - MG