ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

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2013 ALEXANDRO F. VIEIRA ARQUITETURA HOSPITALAR CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL [AVC]

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Arquitetura Hospitalar - proposta de implantação de equipamento para prevenção, tratamento e reabilitação do paciente sequelado pelo AVC (Acidente Vascular Cerebral)

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ALEXANDRO F. VIEIRA

ARQUITETURA HOSPITALARCENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL [AVC]

Page 2: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário

Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais

para a obtenção do título de graduação em Arquitetura e

Urbanismo sob orientação da Prof.ª Ruth Cristina

Montanheiro Paolino.

ARQUITETURA HOSPITALAR

CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL [AVC]

Ribeirão Preto. 2013

ALEXANDRO F. VIEIRA

Page 3: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário

Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais

para a obtenção do título de graduação em Arquitetura e

Urbanismo sob orientação da Prof.ª Ruth Cristina

Montanheiro Paolino.

ARQUITETURA HOSPITALAR

CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO

DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL [AVC]

Ribeirão Preto, ____de __________________de 2013.

ALEXANDRO F. VIEIRA

BANCA EXAMINADORA

Professor Orientador

Profª. Ruth Cristina M. Paolino

Examinador 01 Examinador 02

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que nunca me abandonou mesmo nos momentos de fraqueza,

guiando e iluminando meus passos. A minha esposa Rosemara Rosa Vieira e as minhas

filhas Bianca Rosa Vieira e Livia Rosa Vieira pela paciência nos dias de ausência em que não

pude dar a atenção merecida e mesmo assim sempre me receberam com sorrisos e muito

amor. A minha mãe Maria Hélia que batalhou muito para que eu chegasse até aqui. A

minha vó Zilda F. Vaz pelos conselhos e a simplicidade das palavras. Ao meu avô Argemiro

Ferreira Vaz, que mesmo não estando presente entre nós, pela alegria e admiração. Aos

professores da faculdade Moura Lacerda que contribuíram ao longo desses anos. A minha

professora orientadora Ruth Cristina M. Paolino pela dedicação, clareza e motivação nesta

etapa final.

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RESUMO

Este trabalho fala acerca da arquitetura em relação a um

equipamento na promoção de saúde. Resume um pouco a história

da saúde no mundo. Destaca, como proposta de projeto piloto,

baseado na demanda, um equipamento para prevenção e

tratamento do AVC (Acidente Vascular Cerebral). Através da

fundamentação teórica é possível entender essa relação onde

autores especialistas em arquitetura hospitalar falam das

particularidades desses equipamentos, como questões de

salubridade, conforto térmico e acústico, além do uso de materiais

e elementos sustentáveis. O projeto é fundamentado num

equipamento multiuso que consiga atribuir ações conjuntas de

prevenção, tratamento e reabilitação de pacientes sequêlados pelo

AVC. É discutido neste trabalho questões de uso de materiais e

tecnologia sustentáveis na produção de espaços salubres com o

mínimo de elementos residuais ou entulho. Neste processo utiliza-

se o aço como forma estrutural e o concreto celular como forma de

fechamento, além de elementos especiais para proteção e controle

da ventilação e insolação excessiva. O estudo de caso discutido

neste trabalho proporcionou uma reflexão e observação do uso

dessas ações adaptadas em equipamentos mal projetados, pois as

atividades propostas são realizadas em ambientes que não seguem

questões mínimas de conforto e salubridade, como: ventilação e

iluminação natural. Além disto, nem sempre são respeitadas as

normas técnicas específicas para equipamentos assistenciais de

saúde, gerando conflitos nas questões de acessibilidade e

locomoção do usuário. Com isso define-se que o programa de

necessidades, atribuído a organização das atividades, deve prever

essas situação como forma de evita-las. Entender este processo e a

solução dessas problemáticas, garantindo qualidade e propriedade

em projetos de equipamentos de saúde é o objetivo desse trabalho.

PALAVRAS CHAVE: Arquitetura Hospitalar, Reabilitação, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Conforto Ambiental, Estabelecimentos Assistenciais

de Saúde, Acessibilidade, Humanização, Sustentabilidade.

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ABSTRACT

This work talks about architecture in relation to equipment in the

promotion of health. Resume a little history of global health.

Highlights, as proposed pilot project, based on demand, equipment

for prevention and treatment of stroke (cerebrovascular accident).

Through theoretical is possible to understand this relationship

where expert authors in hospital architecture speak of the

particularities of such equipment, as issues of health, thermal and

acoustic comfort, and the use of sustainable materials and

elements. The project is based on a multipurpose device that can

assign joint prevention, treatment and rehabilitation of patients by

stroke sequelae. It issues discussed in this paper use of materials

and technology to produce sustained spaces salubrious elements

with minimum waste or debris. This process uses steel as a

structural and cellular concrete as a form of closure, and special

elements for protection and control of ventilation and excessive

sunlight. The case study discussed in this work provided a reflection

and observation of the use of these actions adapted poorly

designed equipment, because the proposed activities are

conducted in environments that do not follow minimal issues of

comfort and hygiene, such as natural ventilation and lighting.

Besides, are not always respected technical standards specific to

health care equipment, generating conflicts on issues of

accessibility and mobility of the user. With this set up the program

needs, given the organization of activities, should provide such

situation as a way to avoid them. Understanding this process and

the solution of these problems, ensuring quality and property

projects in healthcare equipment is the aim of this work.

KEYWORDS: Hospital Architecture, Rehabilitation, Cerebral Vascular Accident (CVA), Environmental Comfort, Health Care Facilities,

Accessibility, Humanization, Sustainability.

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QUADRO DE FIGURAS

FIGURA 01 – MORTALIDADE NO BRASIL EM 2004 ...................................................................................................................... 18

FIGURA 02 – ANEXO HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – ADPTAÇÃO SOBRE A VIA ............................................................................ 20

FIGURA 03 – HOSPITAL REDE SARAH RIO DE JANEIRO – AS COBERTURAS CURVAS DE LELÉ ...................................................... 21

FIGURA 04 – HOSPITAL INFANTIL REDE SARAH RIO DE JANEIRO – ILUMINAÇÃO PELOS SHEDS.................................................. 21

FIGURA 05 – ESQUEMA DE VENTILAÇÃO E CIRCULAÇÃO DE AR ................................................................................................ 22

FIGURA 06 – CENPES – COBERTURA EFICIENTE .......................................................................................................................... 23

FIGURA 07 – CENPES – IMPLANTAÇÃO ....................................................................................................................................... 23

FIGURA 08 – HOSPITAL REDE SARAH RIO – ESPELHO D’AGUA, JARDIM INTERNO E SISTEMA DE VENTILAÇÃO NATURAL ......... 26

FIGURA 09 – HOSPITAL REDE SARAH RIO – IMPLANTAÇÃO, PLANTA E CORTES ......................................................................... 27

FIGURA 10 – HOSPITAL REDE SARAH MACAPÁ ........................................................................................................................... 28

FIGURA 11 – EDIFICIO HILÉA ...................................................................................................................................................... 29

FIGURA 12 – EDIFICIO HILÉA – IMPLANTAÇÃO E CORTE ............................................................................................................ 30

FIGURA 13 – HOSPITAL REGIONAL SALZBURG ÁUSTRIA ............................................................................................................. 31

FIGURA 14 – HOSPITAL REGIONAL SALZBURG ÁUSTRIA - PLANTA E CORTE................................................................................ 32

FIGURA 15 – CENPES DA PETROBRAS RIO DE JANEIRO ............................................................................................................... 33

FIGURA 16 – CENPES DA PETROBRAS RIO DE JANEIRO – VENTOS PREDOMINANTES E INTERPERES DO CLIMA ........................ 34

FIGURA 17 – HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – FACHADA E NOVA PASSARELA DE ACESSO ............................................................. 35

FIGURA 18 – HOSPITAL ALBERT EINSTEIN – PLANO URBANÍSTICO E CORTE ............................................................................... 36

FIGURA 19 – SEMPRE JABOTICABAL – MAPA LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................... 38

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FIGURA 20 – SEMPRE JABOTICABAL – FACHADA ........................................................................................................................ 39

FIGURA 21 – SEMPRE JABOTICABAL – RECEPÇÃO E EXAUSTORES DE VENTILAÇÃO ................................................................... 40

FIGURA 22 – SEMPRE JABOTICABAL – BANHEIROS MAL ADAPTADOS ........................................................................................ 41

FIGURA 23 – SEMPRE JABOTICABAL – AUDITÓRIO E ACADEMIA ................................................................................................ 42

FIGURA 24 – SEMPRE JABOTICABAL – QUADRA DE TÊNIS E COZINHA ADAPTADA ..................................................................... 43

FIGURA 25 – SEMPRE JABOTICABAL – DEGRAUS E CIRCULAÇÃO FORA DA NORMA TÉCNICA ................................................... 44

FIGURA 26 – SEMPRE JABOTICABAL – PISCINA AQUECIDA E SHEDS DE VENTILAÇÃO ................................................................ 45

FIGURA 27 – SEMPRE JABOTICABAL – SALAS DE FISIOTERAPIA .................................................................................................. 46

FIGURA 28 – SEMPRE JABOTICABAL – ÁREA DE AMPLIAÇÃO E SALA DE MANUTENÇÃO ........................................................... 47

FIGURA 29 – SEMPRE JABOTICABAL – HIDROGINASTICA, PROBLEMAS ESTRUTURAIS E ACESSIBILIDADE ................................. 48

FIGURA 30 – O SISTEMA – MÓDULO TIPO .................................................................................................................................. 51

FIGURA 31 – O SISTEMA – PAINEIS DE FECHAMENTO ................................................................................................................ 52

FIGURA 32 – O SISTEMA – DETALHAMENTO COBERTURA .......................................................................................................... 53

FIGURA 33 – O SISTEMA – ORGANIZAÇÃO E PARTIDO ............................................................................................................... 54

FIGURA 34 – O SISTEMA – SIMULAÇÃO DO PROGRAMA SETORIZADO ...................................................................................... 55

FIGURA 35 – REGIÃO ADMINISTRATIVA DE RIBEIRÃO PRETO ..................................................................................................... 57

FIGURA 36 – EIXO OESTE ............................................................................................................................................................ 58

FIGURA 37 – EIXO LESTE ............................................................................................................................................................. 59

FIGURA 38 – EIXO NORTE ........................................................................................................................................................... 59

FIGURA 39 – LOCALIZAÇÃO ......................................................................................................................................................... 60

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FIGURA 40 – VISTA AÉREA TERRENO .......................................................................................................................................... 61

FIGURA 41 – O TERRENO ............................................................................................................................................................ 62

FIGURA 42 – SIMULAÇÃO DE VENTOS PREDOMINANTES ........................................................................................................... 63

FIGURA 43 – INSOLAÇÃO DAS FACES – CARTAS SOLARES ........................................................................................................... 64

FIGURA 44 – INSOLAÇÃO DAS FACES – CARTAS SOLARES ........................................................................................................... 65

FIGURA 45 – MAPA USO ............................................................................................................................................................. 66

FIGURA 46 – MAPA EVOLUÇÃO SOCIAL ...................................................................................................................................... 67

FIGURA 47 – FLUXOGRAMA GERAL ............................................................................................................................................ 77

FIGURA 48 – FLUXOGRAMA CONSULTÓRIOS .............................................................................................................................. 78

FIGURA 49 – FLUXOGRAMA TRATAMENTO COM APARELHOS .................................................................................................... 79

FIGURA 50 – FLUXOGRAMA TRATAMENTO NEUROMOTOR ........................................................................................................ 80

FIGURA 51 – FLUXOGRAMA ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................... 81

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 10

2 ARQUITETURA E SAÚDE .............................................................................................................................. 16

2.1 O AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL .................................................................................... 17

2.2 A ARQUITETURA DA SAÚDE .......................................................................................................... 18

2.3 O ARQUITETO TÉCNICO ................................................................................................................ 19

3 LEITURAS PROJETUAIS ................................................................................................................................. 25

3.1 HOSPITAL REDE SARA RIO ............................................................................................................ 26

3.2 HOSPITAL REDE SARA MACAPÁ .................................................................................................... 28

3.3 EDIFICIO HILÉA .............................................................................................................................. 29

3.4 AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL, SALZBURG, ÁUSTRIA ........................................................ 31

3.5 AMPLIAÇÃO DO CENPES DA PETROBRAS, ILHA DO FUNDÃO, RIO DE JANEIRO............................. 33

3.6 ANEXO HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN, SÃO PAULO, BRASIL ............................................ 35

4 ESTUDO DE CASO ......................................................................................................................................... 37

4.1 SEMPRE – SERVIÇO DE MEDICINA PREVENTIVA ........................................................................... 38

5 O SISTEMA .................................................................................................................................................... 50

6 IMPLANTAÇÃO ............................................................................................................................................. 56

7 PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................................................................... 68

8 FLUXOGRAMA GERAL .................................................................................................................................. 74

9 ANTEPROJETO .............................................................................................................................................. 79

10 PROJETO FINAL .......................................................................................................................................... 89

11 ANEXOS ...................................................................................................................................................... 97

12 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................. 105

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INTRODUÇÃO

INT

RO

DU

ÇÃ

O

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Este trabalho tem como objetivo discutir e refletir acerca da

relação entre arquitetura e saúde muito além da necessidade de

adaptação do edifício ao programa propriamente dito. A proposta

surge na concepção de se criar um espaço de forma que contribua

diretamente na promoção de saúde, relacionando conforto,

programas de prevenção e tratamento.

Há muito tempo se discute uma nova visão sobre

arquitetura hospitalar, uma vez que as referenciais aos centros de

saúde trazem uma ideia vinculada, automaticamente, em ambiente

de angústia e tristeza. O objetivo deste trabalho está relacionado

em unir o programa de necessidades ao objeto através de projetos

humanizados capazes de não só promoverem saúde, mas atuarem

de forma eficaz e especializada na prevenção e no tratamento.

Discutiu-se procedimento metodológico além de questões

fundamentais de demanda, questões sociais, localização, entre

outras para justificar a viabilidade do projeto.

Quando a demanda está relacionada com a área da saúde,

pode-se dizer que algumas doenças ocorrem com mais frequência

que outras e necessariamente despertam o desejo de se criar

mecanismos que, acaso não consiga eliminar, então que se criem

equipamentos e ferramentas que minimizem seus efeitos.

Podem-se destacar muitas dessas doenças, mas estaria

muito além da proposta deste trabalho, pois demandaria um

aprofundamento do assunto, detalhando caso a caso. Como a ideia

desse trabalho aparece como projeto piloto, ou seja, o uso de uma

metodologia especifica que poderia ser adaptado para cada caso, o

projeto destaca apenas uma dessas doenças, o AVC (Acidente

Vascular Cerebral), mais conhecido popularmente com “derrame”.

O AVC é uma das doenças que mais mata no mundo,

perdendo apenas para outro tipo de isquemia (entupimento de

vasos sanguíneos), o cardíaco, no Brasil o AVC já ocupa o primeiro

lugar desse ranking.

A proposta deste trabalho surge especificamente sobre este

assunto. Abordando apenas reabilitação estará nos dirigindo

apenas a um novo equipamento de saúde como fisioterapia, se

pensasse apenas num espaço de prevenção agora a questão esta

relacionado às unidades de saúde pública que já cumprem com

esse papel.

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Assim surge a proposta de centralizar essas ações de forma

conjunta num único espaço, tratado agora como um projeto

especializado na prevenção e tratamento do AVC. O projeto irá

contemplar um programa onde deverão estar dispostos espaços

físicos destinados para cada estágio, prevenção e tratamento, como

academia, piscina com hidroginástica, áreas de recreação, quadra

poliesportiva, auditório para palestras, entre outros espaços.

Relacionado ao tratamento, o projeto contempla a

reabilitação do paciente, auxiliando o paciente na sua reinserção na

sociedade. Será discutido até que ponto a arquitetura pode atuar

de forma eficaz e permanente num programa na promoção de

saúde. Este trabalho tem como objetivo garantir que essas ações

sejam prestadas de forma conjunta fazendo com que o usuário

permaneça o menor tempo possível na sua locomoção e que inicie

com maior agilidade durante o seu tratamento.

O objetivo geral deste trabalho é propor um equipamento

como projeto piloto na forma de incrementar um programa de

prevenção e tratamento de pacientes vitima ou com potencial para

o AVC abrindo discussão acerca da valorização do espaço físico

incluindo o bem estar físico e mental do paciente, de seus

familiares e funcionários envolvidos no programa, além da

observação sobre conforto ambiental e humanização desses

espaços destinados a promoção de saúde. Como proposta de

implantação desse equipamento, a cidade de Pradópolis foi

escolhida por oferecer inúmeras características que será observado

mais adiante.

Como objetivos específicos têm-se:

Entender e compreender a história da arquitetura da saúde

no Brasil e no mundo;

Entender como a arquitetura pode contribuir com espaços

destinados a atividades de saúde;

Avaliar o estudo de viabilidade baseada numa demanda

local e regional;

Propor adequações justificadas e avaliadas em forma de

diretrizes para o projeto;

Analisar projetos que possuem programas similares.

Nunca se discutiu tanto questões como humanização da

arquitetura como hoje, muito mais que projetar é tornar o

ambiente agradável e funcional, independente do programa

estabelecido. Na arquitetura hospitalar não é diferente, uma vez

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que essas questões ligadas à salubridade, motivação, recuperação,

tratamento, etc. são condicionantes fundamentais para o projeto.

Através dos estudos dessas condicionantes é que pode-se

compreender a relação entre essa arquitetura e a promoção da

saúde.

Do ponto de vista acadêmico é discutida essa relação,

através das análises de projetos de uso semelhante e propondo

adequações para novos centros especializados.

As estatísticas mostram que o AVC é a doença que mais

mata no Brasil e no mundo, e contribuir para a diminuição desses

índices é o objetivo deste trabalho. Outra análise é direcionada na

arquitetura de forma funcional, referindo estudo de ocupação e

pós-ocupação, analisando projetos de vários autores especializados

na área de edifícios de saúde.

Do ponto de vista prático a necessidade de equipamentos

que promovam saúde aumenta a cada dia. Os maiores centros

especializado, tanto público quanto privado estão sobrecarregados,

pois a demanda é maior que a oferta. Pode-se destacar uma das

principais referências de unidade pública de saúde, o Hospital das

Clinicas de Ribeirão Preto, que é responsável em atender uma rede

de municípios que formam a DRS (Divisão Regional de Saúde) de

Ribeirão Preto, além de unidades particulares como hospitais e

clinicas que, da mesma forma, não consegue atender toda essa

demanda e, ao mesmo tempo, garantindo um tratamento digno e

eficiente.

Na arquitetura hospital os primeiros critérios que remetem

à saúde são as questões relacionadas à segurança, como

contaminação e normas técnicas, mas será visto neste trabalho

outras questões que fazem da arquitetura hospitalar uma

referencia total e comprometida com o programa de saúde.

Como fundamentação teórica e referencial da arquitetura

hospitalar, tem-se um leque muito amplo desse assunto, como

critérios legais, normas e leis que regulamentam projetos de saúde,

critérios conceituais e arquitetônicos referindo-se a partidos e

conceitos, critérios funcionais referindo-se a programas, como uso

e circulação, entre outros.

Neste trabalho todos esses temas são tratados e analisados

de forma significativa, já que a proposta é um equipamento de

saúde, mas serão analisados, com maior ênfase, dois critérios

específicos: os técnicos, referindo questões de humanização da

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arquitetura, como conforto térmico e acústico, sistemas

construtivos e dimensionamento

e critérios funcionais, referente ao uso, a circulação e

dimensionamento dos espaços destinados a saúde.

Para isso este trabalho está fundamentado por artigos

académicos de variados autores onde se pode compreender o

papel da arquitetura em prol da saúde, destacando conceitos e

visões de arquitetos que já trabalham com a arquitetura para

saúde, entre eles destacaremos a arquitetura de João Filgueira

Lima, mais conhecido como Lelé, que trabalha com uma arquitetura

humanizada utilizando luz e ventilação natural como marca de seus

projetos.

Outra referencia à arquitetura hospital, está baseada nos

projetos de Jarbas Karman, que trabalha muito bem com questões

de flexibilidade no ambiente hospitalar. Também será discutido a

arquitetura de Siegbert Zanettini, na sua forma de projetar, um

pouco mais parecido com Lelé, preocupado nas questões de

conforto, ventilação natural e jardins compondo o espaço.

Outras fontes bibliográficas que servem de base para a

conclusão deste trabalho são as revistas especializadas em

arquitetura, além de artigos acadêmicos relacionados ao tema, que

abordam tendências atuais, estudos de aplicações de novos

materiais, tanto nacional como internacional, que será apresentado

numa segunda etapa deste trabalho.

Como se conhece o local de implantação do projeto será

aplicado procedimentos metodológicos com o objetivo de utilizar

instrumentos para coleta de dados de pesquisa bibliográfica e

documental deste local.

O estudo de caso também contribui com esse trabalho

numa observação sistemática, do programa estabelecido e

promovido pelo edifício, através de entrevista estruturada, além de

questionários de questões abertas com profissionais que atuam na

área de arquitetura de saúde.

O equipamento escolhido como estudo de caso foi um

edifício privado que oferece a seus usuários um programa voltado a

prevenção de doenças, o SEMPRE (Serviço de Medicina Preventiva)

da Unimed de Jaboticabal. Neste estudo foi feita analises técnicas

como materiais, estrutura, uso, localização, partido, etc.

A realização dessa pesquisa foi de forma exploratória

descritiva que visa descrever as características dos usuários. A

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metodologia de pesquisa tem como modelo básico a pesquisa

quantitativa, onde se devem conhecer quantos usuários usam esse

tipo de equipamento, assim como, os centros de reabilitação atuam

de forma produtiva, sendo públicos e privados.

Foi utilizada uma pesquisa documental e icnográfica, onde

serão elaboradas a partir de documentos, fotos, reportagens, entre

outros, de forma a conhecer a arquitetura e a estrutura do edifício,

sua importância para o município, sua identidade.

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ARQUITETURA E SAÚDE

AR

QU

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2.1 O AVC – ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Embora o AVC nos remeta a ideia de ser apenas doença de

pessoas idosas notam-se dados que contradizem isso. Entre vários

fatores, devido a mudanças de comportamento e hábitos

alimentares, o AVC tem feito vítimas cada vez mais jovens.

Exemplo disso é uma matéria escrita pela colunista do jornal

o estadão Clarissa Thomé do dia 11 de novembro de 2012, acerca

de um levantamento do AVC nos últimos dez anos, segundo Thomé,

Doença que mais mata no País e que costuma ser associado a pacientes idosos, o acidente vascular cerebral (AVC) também atinge jovens. Levantamento feito pelo Ministério da Saúde mostra que 62.270 pessoas com menos de 45 anos morreram no País, entre os anos 2000 e 2010. Do início da década até setembro deste ano, 2000 mil pacientes nessa faixa etária foram internados em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) - não entram na conta as internações na rede particular.

Outra matéria também discutida num artigo de jornal do

Ribeirão Preto Online de autor desconhecido no dia 05 de setembro

de 2011, agora numa escala regional diz, “O Acidente Vascular

Cerebral (AVC) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE) faz cerca de

120 vítimas por mês na região de Ribeirão Preto”.

Como o projeto surge como proposta de discussão de um

modelo existente implica em duas questões: “Descentralização e

Centralização”, quando se refere ao AVC, sabe-se que é tratado de

forma centralizado pelos hospitais públicos e privados, mas que ao

longo do tratamento a dificuldade de reabilitação se dá pelo fato da

demanda que muitas vezes esbarram em falta de centros

especializados.

Também na forma de prevenção essas entidades não

conseguem manter um trabalho constante por muitas vezes se

fundirem em vários programas ao mesmo tempo, desmotivando o

paciente em participar das campanhas de incentivos e

esclarecimentos.

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Fonte: DATASUS 2006

Como se pode observar no gráfico acima, mostram as

principais causas de mortalidade no Brasil em 2004(superior),

sendo que as doenças cardiovasculares aparecem em destaque na

parte inferior da tabela.

2.2 A ARQUITETURA DA SAÚDE

Em 1780 deu-se o surgimento do hospital, na França como

instrumento terapêutico, destinado a curar. Até então o papel do

hospital não era de cura, mas funcionava como uma instituição de

assistência aos pobres. Não se olhava o paciente como um doente,

apena que estava morrendo e necessitava de assistência social,

material e espiritual. Vamos verificar essa condição quando

buscamos entender as primeiras referencias brasileiras de edifícios

ligados à saúde, as Santas Casas de Misericórdia, que prestava esse

papel assistencial aos presos e moribundos.

Outra característica dos hospitais nesse período servia para

separar os enfermos da sociedade, para esperar a morte, não

havendo quase nenhuma intervenção sobre a doença ou o

doente.

No final do século XVIII e inicio do XIX, os avanços

tecnológicos, vindos dos primeiros resultados da Revolução

Industrial, onde evitando que o trabalhador adoecesse, nasce a

iniciativa visando melhorar as respostas motoras, de conforto, de

Figura 01 – Mortalidade no Brasil/2004

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esforço e bem estar do individuo. Ao longo dos anos a

arquitetura hospitalar, com a incorporação de novos materias além

de técnicas construtivas alcançou outro patamar, abandona o papel

de curadora para o de promotora da saúde. Não se pode observar a

arquitetura contemporânea sem levar em consideração os aspectos

de conforto ambiental e bem estar social.

Essa nova definição da arquitetura hospitalar vem sendo

traduzidas muito bem nos projetos atuais, o conhecimento técnico

e estrutural garantem uma arquitetura bela, humana, funcional e

eficiente. Segundo Amaral (2011, p.11)

A humanização do espaço não é válida apenas para assegurar o conforto dos pacientes, mas como de seus familiares que muitas vezes acompanham o paciente e de seus funcionários.

Vê-se aqui uma nova visão da arquitetura de assistência à

saúde, não se trata apenas o paciente, mas todo o conjunto

estruturado para esse fim. A arquitetura inicia-se pensando na

aplicação dos materiais, condicionantes climáticos, demanda,

programa de necessidades, entre outros, conceitos e critérios

aplicados a essa nova visão.

2.3 O ARQUITETO TÉCNICO

Neste trecho decorre-se brevemente sobre a trajetória de

alguns arquitetos que trabalham com arquitetura hospitalar,

conhecendo os critérios adotados, aplicações e implicações de suas

escolhas visando o entendimento aplicado que contribuam com

esse trabalho, onde falam de métodos construtivos e relação

arquitetura e humanização.

O arquiteto Jarbas Karman, iniciou sua carreira aos 17 anos,

juntamente com seu irmão no ramo imobiliário, formado em

engenharia aos 24 anos era obrigado a construir para arquitetos

projetos que não aprovava. Karman dizia, “quanto mais durável,

menos durável”, era uma resposta aos arquitetos que engessavam

seus projetos, referindo-se pela falta de flexibilidade, não

permitindo a expansão. Aos 30 anos se forma em arquitetura.

Segundo Karman,

Uma parede de concreto tem vida útil de 50 anos aproximadamente, no entanto engessa o ambiente por impossibilitar mudanças, é um absurdo o arquiteto barrar o progresso.

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Jarbas Karman une engenharia à medicina, enxerga o

hospital como organismo vivo quando se refere a flexibilidade e a

correlação funcional dos espaços. Outra questão defendida por

Karman está relacionada as instalações de equipamentos nos

ambientes, diz que quando se pensa nisso como parte do projeto,

se permite a flexibilidade do local, pois o equipamento poderá ser

disposto de várias maneiras, evitando o “quebra-quebra” de

paredes. Recomendando aos jovens arquitetos bom senso, Karman

dizia, “vence quem for

capaz de algo a mais, mais rápido e organizado”.

A funcionalidade e a flexibilidade foram bandeiras que

Karman defendeu ao longo de sua vida.

Figura 2 – Anexo Hospital Albert Einstein - Adaptação sobre a via.

http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura-hospitalar-kahn-arquiteto-

arthur-brito-23-10-2009.html

O artigo publicado numa revista hospitalar Jarbas Karman

fala sobre o “levantar precoce”, referindo-se em dar ao paciente o

máximo de acessibilidade às instalações sanitárias, introduzindo o

banheiro como anexo aos quartos. Discorre acerca do abandono

precoce do leito hospitalar, do uso do solário pelo paciente, uma

área que utilizada apenas como sala de estar e recreio, agora ganha

valores terapêuticos de recuperação do paciente. Dizia Karman,

O levantar precoce é um exemplo que evidencia o quanto a arquitetura hospitalar está em estreita dependência com a medicina, e esta por sua vez, dos meios e recursos facilitados por aquela.

Não se pode falar de arquitetura hospitalar sem deixar de observar

os projetos de Lelé, quase como marca registradas as coberturas

com traçado sinuoso e ondulado propõe uma arquitetura orgânica,

limpa e eficiente.

Lelé assim como Karman também carrega na sua

arquitetura o conceito de flexibilidade e a possibilidade de

expansão.

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Figura 3 – Hospital Rede Sarah Rio. As coberturas curvas são características da arquitetura de Lelé. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquiteto-joao-filgueiras-lima-lele-hospital-rede-sarah-27-10-2009.html

O uso de estruturas pré-fabricadas demostra a intensão do

arquiteto que estuda cada espaço minuciosamente de forma

particular, cada etapa é prevista muito antes da aplicação dos

materiais, quase como uma combinação perfeita entre os

elementos pré-fabricados.

Outra característica marcante nos projetos de Lelé está

relacionada racionalização de mecanismos artificiais de iluminação

e ventilação, já que é termo sustentabilidade aparece em cada

planta de arquiteto. Vê-se a preocupação quanto ao conforto

ambiental, através do uso de pé direito mais alto, na forma de

jardins internos e aumento de aberturas visando melhor

aproveitamento dos recursos naturais como ventilação e

iluminação.

Figura 4 – Hosp. Infantil Rede Sarah Rio Iluminação Natural através dos sheds Fonte imagem: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/joao-filgueiras-lima-lele-hospital-infantil-23-04-2002.html

Observa-se na figura 3 a estrutura da cobertura que

favorece a iluminação natural e a ventilação praticamente o dia

todo. Técnica e arte em prol do bem estar humano, é assim que

descrevemos suas obras, recursos arquitetônicos que amenizam a

dor e estimulam os pacientes a se estabelecerem. Conforme Lelé,

É preciso que a arquitetura seja encarada como um processo. Não como um episódio que envolve a criação no primeiro momento ou apenas a construção, tem de ser integral.

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Os conceitos de Lelé envolvem criação de espaços mais

humanos integrados a medicina, acredita que para curar um

paciente é preciso primeiro curar sua cabeça e depois tratar do seu

corpo.

Figura 5 – Esquema de ventilação e circulação de ar. Fonte imagens: http://cadernoteca.polignu.org/wiki/Rede_de_Hospitais_Sarah_Kubitschek_-_Jo%C3%A3o_Filgueiras_Lima_(Lel%C3%A9)

Humanização e eficiência resumem bem seus traços,

acredita que a luz natural é a melhor e traz economia de energia,

recurso alcançado através do uso de sheds estrategicamente

posicionados para capturar a iluminação natural e extrair o ar

quente do ambiente.

Para Lelé a arquitetura é um processo que nunca termina,

continua mesmo que o edifício é ocupado, observando aquilo que

deu certo e o que precisa ser melhorado. Lelé diz,

“Uma das coisas mais complicadas para o arquiteto é aceitar que é uma figura que tem que errar. A gente aquelas memorias que os arquitetos escrevem, de um modo geral são sempre sobre uma coisa infalível. Não existe projeto ideal, perfeito. Essa convivência com o

erro é Fundamental.”

Outro arquiteto, não menos importante, referência nacional

e internacional da arquitetura hospitalar é Siegbert Zanettini, mais

conhecido como o “Papa do Aço”. Embora trabalhe muito bem com

a madeira e o concreto, sua maior preocupação está nos métodos

construtivos, contraído através de um intimo contato com o

ambiente de construção.

Referente a sua fama do uso de aço, como as estruturas

metálicas na construção, Zanettini defende a rapidez e facilidade de

montagem nas coberturas, com a limpeza do canteiro de obra e

com os grandes vãos vencidos utilizando muito pouco material.

Foi a partir dessas experiências que Zanettini entra

definitivamente na era do aço, marcando o restante de toda a sua

vida. Sua visão holística sobre arquitetura atinge um ponto máximo,

quando um trabalho em conjunto com outros escritórios acontece

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no intuito de resolver questões de clima, de redução de consumo

energético, economia de recursos, estéticos, entre outros.

Figura 6 – CENPES – Cobertura eficiente Fonte imagem: http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/483/Projeto-arquitetonico-define-a-eficiencia.aspx

A flexibilidade e a possibilidade de alterações nos seus

projetos são totais, a utilização de jardins que permeiam o

ambiente (Figura 06), além de buscar sistemas alternativos para

reaproveitamento da água e geração energia, conceito de

ecossistema. Acredita a partir desses trabalhos uma valorização da

arquitetura brasileira, para Zanettini essa preocupação, “representa

a nossa cultura, ao mesmo tempo em que olha para o futuro, une

equipes, respeita o meio ambiente e qualifica o local onde se

insere”.

Figura 7 – CENPES – Implantação. 1º Prêmio de obra Sustentável Fonte imagem: http://www.engenhariaearquitetura.com.br/noticias/483/Projeto-arquitetonico-define-a-eficiencia.aspx

Com 50 anos de atuação profissional e 1.200 projetos

realizados, Zanettini resume sua carreira como “projetar com razão

e sensibilidade”. Fala acerca da sustentabilidade na arquitetura

moderna dizendo,

Na arquitetura moderna o verde era um passe-partout de entorno. Já nessa nova arquitetura, o meio ambiente é parte estrutural do projeto – daí vem a sustentabilidade.

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Zanettini faz uma grande critica aos arquitetos que

envidraçam seus projetos utilizando o conceito de sustentabilidade

(Figura 07).

Numa entrevista a revista AU referente a quem faz

arquitetura contemporânea no Brasil, Zanettini se compara a

arquitetura de Lelé dizendo,

Apenas nós dois, temos formação dupla, de arquitetura e engenharia, e uma ligação profunda com a produção. Ele tem uma formação de garimpeiro da argamassa armada e eu de marceneiro, ou seja, temos uma ligação muito violenta com a matéria. (...) É igualmente importante a obra ser bela, duradoura, resolver o problema de quem vai usufruir dela, não gerar desperdício e não ferir o meio ambiente.

Numa analogia sobre estes arquitetos pode-se observar a

individualidade da forma de projetar e a preferência pela utilização

de certos materias, mas os conceitos empregados são os mesmos.

Todos defendem uma arquitetura flexível, sustentável e

humanizada, não se pode falar quem estar certo ou errado, como

diria Lelé, “Não existe projeto ideal, perfeito, essa convivência com

o erro é fundamental”.

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LEITURAS PROJETUAIS

LE

ITU

RA

S P

RO

JE

TU

AIS

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3.1 HOSPITAL REDE SARAH Rio de Janeiro, Brasil

Arquitetos: João Filgueiras Lima - Lelé Data do Projeto: 2001/2008 Humanização, jardins, rampas de traçados sinuosos,

estímulos, tratamento e reabilitação. A arquitetura de Lelé revela a

preocupação em humanizar a construção. A arquitetura e o

programa trabalhando juntos em beneficio do usuário. Uma

arquitetura revelada pela luz e ventilação natural, além de

racionalizada e economicamente viável, foram o que tornou a Rede

Sarah um símbolo de boa arquitetura brasileira. Passarelas do

solário, interligadas aos dois andares do setor de internação através

de lajes de estrutura metálica.

Os quartos são voltados para a área central com o objetivo

de proporcionar aos pacientes um ambiente confortável, diferente

aos hospitais convencionais. Outro fato revela o uso de iluminação e

ventilação natural, marca registrada dos projetos de Lelé.

O croqui mostra detalhes da cobertura ondulada, revelando

os sheds, e o esquema de ventilação natural. Esquema de ventilação

produzida pelo autor.

Fonte Imagens - http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquiteto-joao-filgueiras-lima-lele-hospital-rede-sarah-27-10-2009.html

Figura 08 – Hospital Rede Sarah Rio – Acima o espelho d’água,

jardim interno e o sistema de ventilação natural.

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HOSPITAL REDE SARAH Rio de Janeiro, Brasil

A organização do programa separa a área administrativa do

edifício do espaço hospitalar, ou seja, a área operacional aparece

como um anexo do projeto, também define o sistema de circulação.

Nos cortes nota-se o traçado quase que orgânico, lembrando

folhagem de plantas.

1. Estacionamento / 2. Auditório / 3. Hospital

Figura 09 – Hospital rede Sarah Rio – Ao lado Implantação. Acima a Planta e Cortes Fonte Imagens - http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquiteto-joao-filgueiras-lima-lele-hospital-rede-sarah-27-10-2009.html

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3.2 HOSPITAL REDE SARAH Macapá, Brasil Arquitetos: João Filgueiras Lima - Lelé Data do Projeto: 2000/2005

Orgânico como uma árvore, flexibilidade e possibilidade de

expansão. A cobertura ondulada dos projetos de Lelé são marcas

registradas, neste projeto outras questões são abordadas,

flexibilidade e possibilidade de expansão.

Agora surgem critérios funcionais são levados em

consideração, como a circulação adaptada através de uma passarela

interligada até o ponto de ônibus permitindo ao usuário acesso

seguro ao complexo. Conforme figuras ao lado nota-se o esquema

de ventilação tão adotada nos projetos de Lelé.

Jardim interno e iluminação natural conseguida através das

aberturas dos sheds. No esquema percebe-se, além dessa

iluminação, a simulação do movimento do ar que proporciona

conforto térmico e salubridade dos ambientes internos.

Figura 10 – Hospital Rede Sarah Macapá Fonte Imagens http://cadernoteca.polignu.org/wiki/Rede_de_Hospitais_Sarah_Kubitschek

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3.3 EDIFÍCIO HILÉA São Paulo, Brasil

Arquitetos: Aflalo & Gasperini Data do Projeto: 2001/2007

Centro de convivência para idosos, incluindo áreas de lazer,

hotelaria e atendimento à saúde. As razões pela escolha desse

projeto como referência estão no fato de ser um equipamento

voltado para uma tipologia de usuários, reunindo, no mesmo

edifício, várias especialidades, como gerontologia, fisioterapia,

fonoaudiologia, nutrição e terapia ocupacional, entre outras. Os

usuários podem passar o dia ou morar no local.

A humanização da área de convivência, o uso de iluminação

zenital e composição do ambiente, estimulam as lembranças

sentimentais. Ao lado vê-se a piscina adaptada com rampa de

acesso para idosos e cadeirantes.

Figura 11 – Edifício Hiléa – Acima vista em perfil e entrada principal. Abaixo a área de recreação e a piscina adaptada ao idoso.

Fonte imagens: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/aflalo-amp-gasperini-arquitetos-premio-roberto-08-01-2009.html

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EDIFÍCIO HILÉA São Paulo, Brasil

Os usuários que utilizam o edifício possuem a sua disposição

inúmeras atividades de lazer. No subsolo (figura ao lado)

encontramos os jardins, a piscina, academia, os ateliês de pintura

entre outras. As crianças que visitam os usuários também possuem

uma área exclusiva promovendo atividades. Abaixo se percebe o

uso do subsolo como garagem aproveitando o desnível do terreno.

Implantação – Hiléa 1. Praça de acesso / 2. Espaço de eventos / 3. Recepção / 4. Hall social 5. Cozinha / 6. Bar/café / 7. Restaurante / 8. Espaço de convivência 9. Sala de família / 10. Jardim

Fonte imagens: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/aflalo-amp-gasperini-arquitetos-premio-roberto-08-01-2009.html

Figura 12 – Edifício Hiléa – Ao lado implantação. Acima o folder e o um corte transversal.

Corte AA

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3.4 AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL Salzburg, Áustria Arquitetos: Atelier Thomas Puncher Data do Projeto: 2012

Estrutura funcional e áreas verdes com qualidade terapêutica. Essa referência internacional ver demonstrar a mesma

preocupação da nova arquitetura hospitalar é tratado às questões

de salubridade não só para os pacientes, mas a seus familiares e aos

funcionários também. Na proposta funcional prevê uma ligação

direta às linhas de trem, facilitando o transporte e acesso.

Conhecidos como “jardins de bolso”, criados com diferentes

tamanhos e texturas, oferecem um lugar de contemplação e de

relaxamento para os funcionários, pacientes e famílias. Estas áreas

verdes são também reconhecidas por possuírem qualidades

terapêuticas, impulsionando a reabilitação e o bem-estar de seus

usuários.

Figura 13 – Hospital Regional Salzburg – Áustria – Vistas externas e interna.

Figura 14 – Hospital Regional Salzburg – Áustria / Acima Implantação em planta e um corte longitudinal.

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AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL REGIONAL Salzburg, Áustria

A proposta deste edifício tem como objetivo garantir o

máximo desempenho, assegurando mínimas distâncias entre as

funções e oferecendo uma visão clara da estrutura e organização do

hospital. Uma das ideias principais foi integrar os espaços abertos

verdes por todo o edifício que proporcionam tanto luz natural como

um toque de natureza.

No detalhe abaixo os blocos interligados por jardins de

diferentes tamanhos e níveis

Fonte imagens: http://www.archdaily.com.br/31570/1o-lugar-concurso-internacional-ampliacao-do-hospital-regional-de-salzburg-atelier-thomas-puncher

Implantação

Figura 14 – Cenpes da Petrobras – Acima vista aérea. Abaixo vemos a simulação de temperatura e circulação de ventos

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3.5 AMPLIAÇÃO DO CENPES DA PETROBRAS) Ilha do Fundão, Rio de Janeiro.

Arquitetos: Siegbert Zanettini Data do Projeto: 2005/2010

Sustentabilidade e flexibilidade. Neste projeto Siegbert

Zanettini, considerado a maior autoridade em aço da arquitetura

brasileira, defende a arquitetura, onde diz que "a obra deve ser

bela, duradoura, resolver o problema de quem vai usufruir dela,

identificar-se com sua forma de produção, não gerar desperdício e

não ferir o meio ambiente“.

Outra questão defendida pelo arquiteto e é visivelmente em

seus projetos relaciona arquitetura, urbanização, sistemas de

conforto ambiental e eficiência energética, sistemas prediais de

utilidades, sistemas construtivos estruturais e de recomposição dos

ecossistemas naturais.

Pode-se notar nas figuras ao lado uma simulação de estudo

das massas de ar quente, além do um esquema de ventilação e

insolação no complexo. O uso de jardins internos não só

proporcionam o conforto ambiental, mas também contribuiu

regulando a velocidade do vento capturado pelas aberturas.

Fonte imagens: http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/203/a-forma-e-a-eficiencia-208792-1.asp

Figura 15 – Cenpes da Petrobras – Acima vista aérea. Abaixo vemos a simulação de temperatura e circulação de ventos

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3.5 AMPLIAÇÃO DO CENPES DA PETROBRAS) Ilha do Fundão, Rio de Janeiro

Ao lado nota-se a área de implantação do Cenpes próximo a

Baia de Guanabara. O arquiteto deve ter levado em consideração a

orientação dos ventos que incidem sobre os espelhos d’agua,

através das setas em azuis é demostrado essa simulação.

No esquema gráfico (Figura 16) percebe-se a captação pelos

sheds do sol mais baixo contribuindo com a iluminação interna,

economizando energia, também mostra um esquema humanizado

referente as intempéries de tempo sobre o projeto: vento,

insolação, chuva, etc.

No esquema abaixo outra possibilidade de aproveitamento

da luz natural para iluminar os ambientes utilizando elementos

refrativos (produzido pelo autor)

Esquema pelo Autor

Figura 16 – Cenpes da Petrobras – Ao lado Simulação dos ventos predominantes. Acima simulação das intemperes climáticas

Fonte imagens: http://www.intechopen.com

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3.6 Anexo Hospital Israelita Albert Einstein São Paulo, Brasil

Arquitetura: Kahn do Brasil Data do Projeto: 2005/2009

Adaptação, flexibilidade e diretrizes viárias. O edifício-

passarela, com seis pavimentos, permite acesso ao anexo do

complexo hospitalar.

O projeto foi desenvolvido buscando associar as demandas

de expansão de o complexo hospitalar às condicionantes de

ocupação do bairro residencial e às diretrizes do Plano Diretor

Estratégico do Município de São Paulo.

O que chama a atenção está na forma de implantação do

edifício, pois ele se expande sobre a via publica local na forma de

adaptação do espaço como pode ser observado nas figuras ao lado.

A passarela foi executada em estrutura metálica aparente

permitindo uso da iluminação natural nas áreas de circulação.

Figura 17 – Hospital Albert Einstein – Acima a fachada do novo anexo. Abaixo em destaque da nova passarela.

Fonte imagens: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura-hospitalar-kahn-arquiteto-arthur-brito-23-10-2009.html

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Anexo Hospital Israelita Albert Einstein São Paulo, Brasil

No corte (figura 18) pode-se observar a adaptação do

edifício no terreno, utilizando o subsolo para estacionamento. A

arquitetura também pensada compondo a humanização do

território e muitas vezes definidora de estrutura viária local.

Todas as leituras projetuais foram escolhidas por oferecerem

atividades similares ao programa deste projeto, podem-se perceber

algumas características que se repetem na sua maioria como

questões de iluminação, ventilação e adaptação do equipamento no

terreno.

Não dá pra pensar em arquitetura hospitalar sem levar em

consideração as soluções proposta desta análise. O uso de novas

tecnologias e novos materiais tem proporcionado à arquitetura

contemporânea um leque de alternativas, sabe utiliza esse

conhecimento é o desafio aos novos arquitetos.

Figura 18 – Hospital Albert Einstein – Acima o Plano Urbanístico. Abaixo o Corte demonstrando a adaptação no terreno.

Fonte imagens: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/arquitetura-hospitalar-kahn-arquiteto-arthur-brito-23-10-2009.html

Plano diretor urbanístico precede implantação do Hospital Albert Einstein

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ESTUDO DE CASO

ES

TU

DO

DE

CA

SO

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4.1 SEMPRE - SERVIÇO DE MEDICINA PREVENTIVA UNIMED – JABOTICABAL, SP

É um serviço personalizado, realizado em parceria com o

médico do paciente através de uma equipe formada por

nutricionista, psicóloga, enfermeira, técnica de enfermagem,

orientador em atividade física e terapeuta ocupacional.

Direcionado aos usuários que estão acima do peso, pressão alta,

diabetes, problema de colesterol e para quem quer parar de fumar.

Além disso, gestantes e idosos contam com acompanhamento

especial.

LOCALIZAÇÃO: O SEMPRE existe desde 2003, mas, a partir de 2010,

passou a funcionar em um novo endereço, localizado na Alameda

Caetano Palazzo nº 30, Jardim Morumbi, Jaboticabal – SP.

ATENDIMENTO: Apenas conveniados Unimed podem utilizar o

SEMPRE.

USUÁRIOS: São atendidas em média 270 pessoas diariamente.

ESPAÇOS: Recepção, Sala de Acolhimento, Fonoaudióloga,

Nutricionista, Psicologia, Terapia Ocupacional, Educação Física, Sala

de Enfermagem, Fisioterapia, hidroginástica, campo, piscina,

Academia de Musculação, Quadras de Tênis, Campo Futebol,

Cozinha, Sanitários, além de sala para a promoção de palestras e

reuniões.

OBJETIVO: Prevenção e tratamentos de patologias como:

obesidade, diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares,

patologias psicológicas, além de curso de gestantes.

Figura 19 – Sempre Jaboticabal – Localização e ponto de referência

Rodoviária Jaboticabal SEMPRE

Fonte imagem: https://www.google.com/maps

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CONDICIONANTES

Para o desenvolvimento do estudo de caso foram

observados critérios técnicos como conforto ambiental, uso de

materiais e sistemas construtivos, além de critérios funcionais como

uso, circulação e dimensionamento seguindo os mesmos avaliados

nos projetos de referência.

O SEMPRE está situado numa área onde sua localização é

prejudicada por ruas que não têm saídas e de difícil acesso, não

existem pontos de referencia próximos para auxiliar esta

localização.

O prédio não possui uma planta única, foi sofrendo

adaptações e ampliações que não resultaram num bom

aproveitamento do espaço. A declividade do terreno comprometeu

o uso de rampas e escadas para alcançar cada nível do complexo.

O edifício não possui estacionamento próprio, obrigando

que os carros tanto dos usuários, quanto funcionários utilizem as

vias públicas para isso, gerando transtorno com a vizinhança, uma

vez que o bairro é praticamente residencial (figura 20).

Figura 20 – Sempre Jaboticabal – acima a fachada entrada principal. Abaixo ruas usadas como estacionamento.

Fonte imagens: arquivo pessoal

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Na recepção do Sempre já se observa o sistema de

cobertura utilizado praticamente em todo o complexo, embora o

espaço pareça amplo, as telhas de aço tornam o ambiente quente e

barulhento, pois não possuem nenhuma proteção térmica. A luz

penetra diretamente na recepção provocando ofuscamento como

pode-se perceber na figura ao lado.

São utilizados vários exautores na tentativa de minimizar o

calor provocado pela cobertura metálica. Neste ambiente não

existem aberturas para o exterior, apenas uma porta de acesso na

entrada principal, gerando sérios problemas de circulação e

ventilação do ambiente (figura 21).

Fonte imagens: arquivo pessoal

Figura 21 – Sempre Jaboticabal – acima a recepção, abaixo exaustores de ventilação.

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Os banheiros feminino e masculino localizado na recepção

estão em péssimas condições. As divisórias utilizadas são de acrílico

estruturado em perfis de alumínio, sendo que algumas estão

defeituosas ou quebradas, sugerindo uma escolha errada de

materiais utilizados na penúltima reforma.

O piso de borracha colocado na ultima reforma foi aplicado

sobre um piso cerâmico que está descolando, ao ponto de provocar

acidentes. Não possui nenhuma adaptação para uso de cadeirantes,

conforme norma técnica referente às questões de acessibilidade

que poderá ser consultado no anexo 2 deste trabalho. (ABNT NBR

9050)

Fonte imagens: arquivo pessoal

Figura 22 – Sempre Jaboticabal – Banheiros mal adaptados

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A última reforma conta com um espaço melhor resolvido

porque houve um planejamento antes do projeto, aqui ficam as

salas de acolhimento, enfermagem, fonoaudiologia, psicologia,

nutricionista, administrativo, além da sala de palestras e reuniões.

A sala de musculação é bem completa, funciona com a

orientação de um professor de educação física, e deverá ser

transferida para uma área maior que está em reforma. Os usuários

passam por avaliação criteriosa para poderem usar.

Fonte Imagens: http://www.unimedjaboticabal.com.br/?cod=35138&fwd=RSS2

Figura 23 – Acima o auditório. Abaixo a academia.

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A área recreativa é utilizada pelos médicos cooperados e

para eventos de tênis. A cobertura segue a mesma linha do prédio,

mas algumas telhas são translucidas permitindo a passagem de luz

evitando a luz artificial. Hoje este espaço está sendo reavaliado para

possível ampliação do prédio.

Ao lado vemos o espaço para pequenas refeições utilizado

pelos funcionários do SEMPRE que merece um tratamento melhor,

pois fica exposto ao tempo e carecendo de espaço e conforto

térmico.

Fonte Imagens: arquivo pessoal.

Figura 24 – Sempre Jaboticabal – Acima a quadra de tênis. Abaixo cozinha adaptada.

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Alguns ambientes chamaram a atenção: corredor de apenas

50 cm de largura no aproveitamento de áreas vazias mal planejadas;

a escada da mesma forma na tentativa de adaptação ao terreno

para vencer o desnível possui degraus com 28 cm de altura.

A maior dificuldade encontrada está relacionada com a

acessibilidade dos usuários em todo o complexo do SEMPRE, o

terreno em decline e as adaptações de novas áreas na tentativa de

aproveitamento de espaços provocaram inúmeras escadas, e

rampas que também não atendem as normas técnicas da ABNT

9050/04, conforme se observa nas figuras ao lado.

Ao lado uma ilustração de altura mínimas de degraus

conforme norma técnica 9050/04 da ABNT

Fonte imagens: arquivo pessoal

Figura 25 – Sempre Jaboticabal – Acima degraus e obstáculos fora da norma técnica. Abaixo uma passagem adaptada sem critérios e ilustração de escada na norma da ABNT.

Figura Fonte: http://www.crcsp.org.br

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PISCINA DE HIDROGINÁSTICA 1

Nesta área foram observadas duas questões: a falta de

ventilação, deixando o ambiente quente, úmido e abafado, onde

poderia ser resolvido através do uso de sistemas de ventilação

como os estudados nas leituras projetuais de Lelé e Zanettini, que

utilizam sheds posicionados estrategicamente, conforme se observa

nas figuras abaixo.

A outra questão é estrutural referente a uso de escadas ao

invés de rampas de acesso a piscina, sem o corrimão de apoio,

sendo que a única rampa não está conectada com a piscina (figura

26).

Figura 26 – Sempre Jaboticabal – Acima a piscina aquecida. Abaixo problemas relacionado com a adaptação do equipamento. Ao lado esquema de ventilação através dos sheds.

Fonte Imagem http://cadernoteca.polignu.org/wiki/Rede_de_Hospitais_Sarah_Kubitschek

Fonte imagens: http://www.revistaau.com.br/arquitetura-urbanismo/203/a-forma-e-a-eficiencia-208792-1.asp

Esquema projeto Lelé Esquema projeto Zanettini

Fonte Imagens: arquivo pessoal

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20

13

As divisórias dos boxes de tratamento foram dispostas

aleatoriamente, de forma irregular com as aberturas, estas não são

ligadas a área externa gerando um problema com a circulação e

ventilação.

A sala de terapia ocupacional fica junto com os boxes de

turbilhão e massoterapia, seguindo a mesma preocupação referente

ao conforto térmico, pois as aberturas estão ligadas a outras áreas

internas do edifício.

Figura 27 – Sempre Jaboticabal – Acima sala de fisioterapia com o turbilhão. Abaixo espaço destinado a terapia motora.

Fonte Imagens: arquivo pessoal

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20

13

Na visita técnica ao SEMPRE se percebeu a reforma da sala

ao lado, onde prevê a construção de uma grande rampa para vencer

o desnível. Pode-se observar antes da finalização desta obra o

mesmo detectado em outras áreas, deverá ter problemas com

ventilação e iluminação natural, pois não possui abertura para área

externa, prevendo a utilização de iluminação e ventilação artificial.

A falta de planejamento hidráulico provocou esse

emaranhado de tubos e conexões, além do espaço esta sendo

utilizada como depósito de sobras de outros materiais, que poderá

dificultar e muito a manutenção do equipamento.

Figura 28 – Sempre Jaboticabal – Acima reforma da área de ampliação. Abaixo emaranhado de conexões hidráulicas.

Fonte Imagens: arquivo pessoal

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13

PISCINA DE HIDROGINÁSTICA 2

Esta área atualmente é a mais utilizada, trata-se de uma

piscina de água aquecida onde são promovidos exercícios

locomotores para os idosos. O problema surge quando os idosos

precisam chegar até a piscina, onde as rampas inadequadas, o piso

de borracha descolando e falta de rampa de acesso adequado para

o cadeirante tornam o acesso dificultoso, além de perigoso, como

se observa nas figuras ao lado.

É verificado que o ambiente úmido contribuiu para a

corrosão da ferragem da cobertura, sugerindo que esta deveria ter

tido um tratamento especial como pintura especifica contra essa

umidade e outras intempéries sobre o material.

Figura 29 – Sempre Jaboticabal – A esquerda outra piscina aquecida com problemas de ventilação. Acima em destaque a estrutura metálica em processo de corrosão. Abaixo uma tentativa de adaptação de rampa com degrau no final.

Fonte Imagens: arquivo pessoal

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13

CONCLUSÃO DO ESTUDO DE CASO

Nota-se que o programa oferecido pelo Sempre aos seus

usuários é muito bom, já que não possuímos equipamentos de uso

semelhante na região de Ribeirão Preto. O Sempre trabalha com a

prevenção e tratamentos de várias patologias de forma integradas e

acompanhadas por profissionais especializados. O programa tem

alcançado resultados gloriosos referentes à diminuição desses

índices patológicos com o a diabetes, a obesidade e o colesterol,

que são as principais causas de morte no mundo.

O Sempre atende hoje uma média de 270 pessoas

diariamente, mas estão cadastrados no programa cerca de 4.770

usuários entre homens, mulheres e crianças, ainda sim é um

equipamento de uso privado aos usuários do convênio médico da

Unimed.

O que é proposto neste trabalho é que este tipo de

equipamento pudesse ser estendido, através de parcerias, ao uso

público. As questões estruturais e ambientais observadas neste

estudo de caso são apenas informativas e descritivas,

fundamentadas através da análise de vários projetos de uso similar

neste trabalho, sugerindo melhores soluções e adaptações das

problemáticas identificadas.

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O SISTEMA

O S

IST

EM

A

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20

13

5.1 ESTRUTURA MODULAR

Uma das características fundamentais deste trabalho está

relacionada com a flexibilidade e a racionalização de materiais,

conseguida através de um sistema construtivo. Propor um projeto

sem prever essas condicionantes é um erro.

Este sistema permite ao projeto adaptar-se em qualquer

lugar, sobre qualquer terreno, pois é dividido em módulos que se

organizam através da área de implantação.

Este módulo tipo é compostos por painéis de fechamento

de concreto celular encaixados em perfis metálicos responsáveis

pela estrutura, possibilitando uma infinidade de conexões.

Os tamanhos desses módulos obedeceram a critérios como

áreas mínimas para projetos hospitalares conforme norma técnica

NBR 9050/10 e RDC nº 50 que regulamentam áreas mínimas para

projetos assistenciais de saúde.

A fundação acontece de forma convencional dependendo

das características do terreno, assim como o sistema elétrico e

hidráulico que são fixados nos módulos externamente ficando

aparente e facilitando a sua manutenção. Como foi descrito no

inicio deste trabalho, este equipamento prevê ações, otimizando

espaços e promovendo ambientes salubres e flexíveis.

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

Figura 30 – Projeto – Acima módulo tipo. Abaixo perfis metálicos dos pilares

Perfil 1 Perfil 4

Vista Planta Vista Corte

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13

5.2 MATERIAIS E TIPOLOGIA

A cada dia que passa o uso de novas tecnologias

construtivas, assim como dos materiais permitem uma infinidade de

possibilidades dessas aplicações.

A escolha dos materiais deste trabalho é justificada por duas

razões: razões racionais, onde o produto deve ser de fácil aplicação,

no menor tempo possível e com o mínimo de desperdício desses

materiais; razões de flexibilidade, onde estes materiais devem

permitir que o projeto fosse expandido e modificado com o mínimo

de interferências da área construída.

É proposta uma estrutura modular utilizando o aço como

estrutura e concreto celular na forma de fechamento (figuras 31). A

estrutura do projeto como foi descrito é composta por perfis de aço

devidamente posicionados que receberão os painéis de concreto

celular.

A escolha do aço implica numa facilidade na execução, já o

concreto celular possui caraterísticas especificas, como leveza,

menor desperdício de materiais, gerando menor volume de

entulhos, embora não seja de uso estrutural possui propriedades

termo acústicas de alto desempenho.

Em entrevista com o arquiteto Roberto Ferreira, especialista

em arquitetura hospitalar, atualmente responsável pelos projetos

de arquitetura, fiscalização e implantação dos edifícios do

Hemocentro de Ribeirão Preto, fala a respeito do uso do aço, onde

preconiza um tratamento especial de proteção desse material

contra as intempéries do tempo, como pinturas e medidas de

ventilação.

Foi visto esta situação no estudo de caso(figura 27), onde a

falta desse cuidado provocou na estrutura metálica uma corrosão

causado pela humidade do ambiente e a falta de circulação do ar

quente

Painel 1 Painel 2 Painel 3

Figura 31 – Projeto – Planos de fechamento em concreto celular.

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

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13

5.3 ESTRUTURA DA COBERTURA

A cobertura segue a utilização do aço como estrutura

principal, é composta por uma estrutura metálica tipo treliça de

forma que permite a circulação da ventilação entre seus espaços,

sobre essa estrutura é utilizada telhas metálicas tipo sanduiche, que

tem função termo acústica por possuírem em seu interior um

material com essa propriedade.

O forro inferior de PVC branco é utilizado como acabamento,

além da estética, segue o mesmo principio do projeto, fácil

aplicação e flexibilidade. Também estão ligadas as questões de

salubridade, pois não acumulam poeira e facilitam a passagem da

ventilação.

A platibanda e o sistema de brises são compostos por

painéis de fachada de alumínio tipo ACM caraterizado por ser um

material leve, de fácil aplicação e manutenção.

Ao lado vê-se a composição e distribuição desses elementos.

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

Figura 32 – Detalhamento da cobertura

telha metálica

calha

platibanda

caixilho ventilação

viga metálica

forro PVC

brises

perfil metálico

Figura 32 – Detalhamento estrutura da cobertura

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13

5.4 ORGANIZAÇÃO

O projeto se estende através de um gride, onde os módulos podem

ser distribuídos e alternados para adaptação das atividades

conforme a necessidade da área e o programa.

Como a proposta deste trabalho está focado em um projeto piloto

essa organização deverá levar em consideração vários fatores como

topografia, programa de necessidades, demanda, entre outros que

será observado no estudo do entorno e na localização da área.

5.5 PARTIDO

O partido adotado surge como forma de organização dos

espaços, da circulação, das atividades propostas além das questões

referentes à salubridade e a utilização dos recursos naturais como a

ventilação e a iluminação prevendo um projeto funcional e

sustentável.

O jardim interno ou pátio é o elemento que organiza e

distribui as atividades no projeto, garante as questões salubres, pois

possibilita a ventilação e a entrada de iluminação, como também é

o principal elemento que humaniza o projeto.

módulos

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

Figura 33 – organização e partido

Jardim Setor (A) Setor (B) Setor (C)

Figura 33 – Acima modulação. Abaixo simulação de organização

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

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13

5.6 O PROGRAMA

O programa é dividido em três áreas principais:

• Setor (A) de Ações Básicas: recepção e os consultórios.

• Setor (B) de Reabilitação: piscinas térmicas e boxes de

reabilitação,

• Setor (C) de Apoio e Administração: administração, o

refeitório, arquivo e almoxarifado.

O jardim central é o regulador das áreas e atividades, sendo

assim, algumas condicionantes deverão ser considerados, levanto

em conta que já exista um estudo preliminar da área de

implantação do projeto.

A proposta é que o setor de reabilitação seja posicionado na

face com maior incidência solar, pois se tratando de uma área

úmida é importante a prevenção de patologias dessa natureza. Na

face oposta de menor incidência solar deverão ser implantadas as

áreas de permanência maior como a recepção e os consultórios.

O Setor administrativo, assim como anexos (quadra

esportiva e estacionamento) poderá ser disposta de acordo a

necessidade ou adaptação do terreno, sempre prevendo uma

otimização na circulação interna e externa do edifício.

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

Figura 34 - Simulação do programa setorizado com a indicação do norte produzido pelo autor

Jardim Setor (A)

Setor (C) Setor (B)

N

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

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IMPLANTAÇÃO

IMP

LA

NTA

ÇÃ

O

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13

6.1 A CIDADE POLO

A proposta deste trabalho esta vinculada na criação de

projeto piloto na forma de polo centralizado de saúde, ou seja,

propõe reduzir ou desafogar o sistema único de saúde tratando a

doença de forma individualizada. A DRS (Divisão Regional de Saúde)

de Ribeirão Preto é composta por vários municípios conforme

indicação no mapa ao lado.

6.2 DEMANDA LOCAL E REGIONAL

Como a proposta é criar um centro especializado do AVC

separando um grupo de cidades e fazendo uma delas como polo.

Pradópolis escolhida como cidade polo atenderia não somente a

demanda do próprio município, mas seria referencia de prevenção

e tratamento das cidades que fazem fronteira direta ao município,

exceto a cidade de Monte Alto que se juntaria a esse grupo para

não ficar isolada.

A demanda está relacionada com os usuários que possuem

predisposição para desenvolver o AVC propriamente dito. Como a

doença atinge de forma igualitária homens e mulheres acimada de

50 anos, ou seja, segundo o IBGE, deve atingir 20% da população

nessa faixa etária.

Figura 35 Região Administrativa de Ribeirão Preto

A figura 35 mostra a distribuição dos municípios

correspondente à região de Ribeirão Preto e o grau de regulações

(pedido de internações) em média por mês. Os municípios que

Ribeirão Preto

Pradópolis

Fonte imagem: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000600011

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13

farão parte para justificar a iniciativa desse projeto são Monte Alto,

Jaboticabal, Barrinha, Guariba, Dumont, Guatapará e Luiz Antônio,

conforme destaque na figura 7.

Somando o total de habitantes desses municípios e

separando os que podem ser classificados como grupo de risco ou

aplicando o índice 20% temos um total de pouco mais de 45 mil

pessoas com potencial para justificar este projeto, uma vez que

embora exista incidência do AVC em pessoas abaixo dos 50 anos,

ainda é uma doença que atinge, na sua maioria, pessoas acima

dessa faixa etária. Desse total devemos descontar o total desses

usuários com possuem algum tipo de convenio médico, sabe-se que

pelo preço cobrado nessa faixa etária o desconto é muito pouco.

Outra questão considerada na escolha da cidade polo está

relacionada à distancias das mesmas em relação à Ribeirão Preto,

percebe-se neste grupo que essa distância é menor até Pradópolis,

a diminuição das distancias pode contribuir como um tratamento

mais eficaz estimulando o usuário porque irá percorrer menores

distancias.

6.3 ACESSOS E INFRAESTRUTURA

Todos os municípios estão interligados diretamente através

de rodovias estaduais de boa qualidade, uma vez que essa questão

é uma das condicionantes do projeto.

Figura 36 – Localização - Eixo Oeste Fonte: Google Maps esquematizado pelo autor.

Os principais acessos que interligam esses munícios à

Pradópolis é pela Rodovia Dep. Cunha Bueno que interligam os

munícios de Monte Alto, Jaboticabal, Guariba e Barrinha.

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13

Figura 37 – Localização - Eixo Leste Fonte: Google Maps esquematizado pelo autor.

Os municípios de Guatapará e Luiz Antônio também é pela

Rodovia Dep. Cunha Bueno, mas pelo sentido contrário.

Figura 38 – Localização - Eixo Norte Fonte: Google Maps esquematizado pelo autor.

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20

13

A cidade de Dumont é a única que se interliga pela Rodovia

Mário Donegá, sendo também a menor entre os municípios em

habitantes.

A questão que se deve levar em consideração sobre a

infraestrutura viária é o transporte, onde existe apenas uma única

empresa de ônibus presta o serviço do transporte público

intermunicipal. Neste caso é proposto uma reestruturação do

transporte desses municípios até a cidade polo, que deverá contar

com apoio de cada município, seja de forma pública ou privada, da

mesma forma que ocorre até a cidade de Ribeirão Preto, onde cada

município deverá proporcionar esse transporte.

6.4 LOCALIZAÇÃO E TOPOGRAFIA

Pradópolis está localizada numa área privilegiada,

pois não oferece grandes restrições para urbanização. Podemos

considerar pequenas áreas como não edificáveis por estarem

localizadas em fundos de vale referente as apps dos córregos que

cortam a região urbanizada da cidade, no município em geral segue

a mesma restrição.

Figura 39 – Localização Fonte imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:SaoPaulo_Municip_Pradopolis.svg

Pradópolis está localiza numa região de planície, onde a

topografia é pouco acidentada. Pode-se dizer que a cidade é

praticamente plana.

Para a escolha do terreno de implantação da proposta

foram considerados os seguintes critérios:

Referência de localidade

Acessos e visibilidade

Conforto térmico, insolação e ruído.

Topografia e vegetação

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Quanto a referência e localidade verifica-se que o terreno

esta localizado próxima ao lago da cidade, além de encontra-se na

parte central da cidade.

Outra questão relacionada à proximidade do lago municipal

é de grande importância, pois a proposta inclui em fazer deste lago

uma extensão do programa. Como a topografia do local segue a

mesma do municio, ou seja, pouco acidentado, é totalmente

relevante, uma vez que o público alvo deste trabalha é o idoso e

pessoa com deficiência motora.

Em destaque vê-se a foto do lago municipal, ponto de referência, encontro e prática de esportes do município.

Figura 40 – Acima a vista aérea da área. Abaixo vista aérea aproximada e em destaque imagem do lago municipal. Fonte: Google Maps esquematizado pelo autor

Fonte: Google Maps esquematizado pelo autor

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6.5 VISIBILIDADE

A localização do terreno é privilegiada por outro fator; está

localizado numa via de tráfego moderado numa área praticamente

residencial, a sua frente encontra-se o lago municipal, que

proporcionará ao equipamento uma questão importante: não serão

construídos prédios altos nesse lugar, impedindo muitas vezes a

visibilidade e a insolação do local.

As questões de ruídos gerados pela via também não

compromete, pois não há indústrias ou empresas próximas ao

terreno que produzam esses ruídos.

6.6 ÍNDICES URBANÍSTICOS

Taxa de Ocupação de Edificações não Residenciais: 80 %

Gabarito: Até 3 pavimentos

Recuos: 5 m de frente e 2 m laterais e fundos

Como foi mencionado, o terreno esta localizado de frente

ao lago municipal, embora o gabarito máximo para construções seja

de três pavimentos, não haverá construções de grande volume

atrapalhando a visibilidade do equipamento.

Figura 41 – O terreno, vista lateral.

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

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13

6.7 CONFORTO TÉRMICO - VENTOS

Embora os ventos predominantes da região de Ribeirão

Preto provem no verão (SE) e outono/inverno (NO), os espelhos

d’água tem grande influência em edificações próximas a eles. Em

geral, este fenômeno do vento próximo a massas de água só existe

quando a atmosfera é mais calma. A massa de água tende a

manter a temperatura do ar mais estável enquanto em terra,

principalmente quando há pouca cobertura vegetal, esta

temperatura sofre uma variação maior ao longo do dia. Assim na

madrugada e manhã, quando a terra está mais fria que a água o

vento tende a soprar da terra para a água.

No período da tarde, quando a terra já esquentou bastante,

a coluna de ar sobe com mais intensidade sobre a terra e suga o ar

da água provocando um vento no sentido contrário.

Este efeito pode se somar ao vento predominante causando

apenas uma diferença na intensidade do vento mesmo que

mantendo a mesma direção.

TERRENO LAGO

Direção do vento período madrugada e manha

Direção do vento período tarde Figura 42 – Simulação de ventos predominantes

Fonte Imagens: produzidas pelo autor

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13

6.8 CONFORTO TÉRMICO – INSOLAÇÃO – CARTAS SOLARES

A face nordeste oferece um ambiente confortável, tanto na

possibilidade de utilização da luz natural quanto da insolação, pois

recebe boa parte do sol do período da manhã sendo protegida do

sol mais baixo do período da tarde onde poderá se localizar a

entrada principal do equipamento, além da recepção e área de

espera.

As faces norte e noroeste deverão receber um tratamento

especial, pois além de necessitar de elementos para controle da

insolação excessiva do fim da tarde também merecerá de um

cuidado especial no controle dos ventos predominantes,

principalmente no outono, onde este será potencializado pela

localização do terreno referente a fenômeno natural de ventos

próximos a espelhos d'água, ou seja, no verão estas faces recebem

sol direto praticamente o dia todo e no outono os ventos

predominantes além dos provenientes do espelho d'água deixam

os ambientes úmidos e impróprios para uso por longos períodos.

Poderão ser localizados nessas faces os ambientes como as piscinas

térmicas, por exemplo.

FACE NORTE FACE NORDESTE

FACE NOROESTE

N

Fonte imagens: produzido pelo autor através do programa SOL-AR Figura 43 – Simulação de Insolação nas faces.

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13

A face sudoeste recebe toda insolação do período da tarde e

praticamente nada no período da manhã, tanto no verão quanto

no inverno , também sendo impróprio a localização de ambientes

de uso prolongado. Nessa face poderão ser implantados as quadras

poliesportivas e o estacionamento.

A face sul no que se pode perceber nas cartas solares, o

inverno recebe sol durante o dia todo e no verão nas primeiras

horas do dia e no fim da tarde, onde poderão ser utilizados

aberturas e fechamentos envidraçados, que permites a entrada de

iluminação natural e aquecem o ambiente, pois deixa passar a

insolação para dentro dos ambientes.

De qualquer forma deverão ser utilizados elementos que

controlam a insolação e a iluminação excessiva, neste caso é

proposto a uso de brises verticais e horizontais, além de vidros com

tratamento com essa finalidade.

Figura 44 – Simulação de Insolação nas faces.

N

FACE SUDOESTE FACE SUL

Fonte imagens: produzido pelo autor através do programa SOL-AR

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13

6.9 QUANTO AO USO

A principal área comercial esta localizada no eixo central da

cidade, embora existam outros pontos comerciais ao longo de toda

malha urbana. As áreas institucionais estão distribuídas em toda a

cidade, sendo capazes de atender todas as necessidades básicas da

população. Outro fator considerado no terreno escolhido é que está

localizado numa área estritamente residencial, mas fica próximo ao

eixo central que facilitaria o tráfego e a visibilidade do

equipamento.

Residencial

Comercial

Institucional

Área Verde

Distrito Industrial

Área de estudo

N

Fonte imagens: produzido pelo autor Figura 45 – Levantamento - mapa uso e ocupação

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6.10 EVOLUÇÃO SOCIAL

Na evolução social com o mapa apresentado pode-se

analisar por três setores: alto, médio e baixo padrão construtivo.

Podemos observar que na área mais afastada do centro da cidade a

densidade populacional é maior devido a grande quantidade de

lotes com tamanhos reduzidos, enquanto o médio e alto padrão

localiza-se próximos ao eixo central. Para implantação do projeto

essa condição proporciona uma área melhor estruturada, pois ali

estão presentes quase todos os equipamentos do município, como

prefeitura, centro de saúde, rodoviária, entre outros.

Alto Padrão Social

Médio Padrão Social

Baixo Padrão Social

Área de Estudo

N

Fonte imagens: produzido pelo autor Figura 46 – Levantamento – mapa evolução social

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PROGRAMA

PR

OG

RA

MA

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13

7.1 O PROGRAMA O Programa de Necessidades deverá atender em média 600

pessoas diariamente, baseado em projetos de uso similar, como o

SEMPRE de Jaboticabal que atende, através do seu programa, 280

usuários por dia. Esta proposta prevê suporte em todas as áreas do

projeto, referentes à prevenção e tratamento, levando em

consideração a demanda local e regional para utilização desse

equipamento.

No quadro a seguir pode-se observar as áreas mínimas

permitidas pela norma da ABNT 9050/2004¹ referente a acessibilidade

em edificações, Decreto regulamentar 5.296/04² referente a

promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou

com mobilidade reduzida e as Normas Técnicas RDC 50/2004³ que

regulamenta elaboração de projetos físicos de estabelecimentos

assistências de saúde, acerca de áreas mínimas para execução de cada

atividade. Todas essas normais regulamentam áreas mínimas exigidas,

mas será proposto uma adequação desses espaços para garantir mais

conforto e flexibilidade aos usuários, pensando numa melhor

otimização desses espaços, tanto para usuários quanto para os

funcionários.

(1) ABNT NBR 9050 Segunda edição 31.05.2004 Válida a partir de 30.06.2004 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos A ABNT NBR 9050 foi elaborada no

Comitê Brasileiro de Acessibilidade (ABNT/CB–40), pela Comissão de Edificações e Meio (CE–40:001.01). O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 09 de 30.09.2003, com o

número Projeto NBR 9050. Esta Norma substitui a ABNT NBR 9050:1994.

(2) DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004 Regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de

dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras

providências.

(3) Agência Nacional de Vigilância Sanitária Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. (I) Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação

de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

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13

AMBIENTES ÁREAS

MIN. (m²) ÁREAS PROP.

QUANT. TOTAL

(m²)

Setor de Ações Básicas 591,0

Sala de espera para pacientes e acompanhantes 90 100 2 200

Sala de atendimento individualizado 12,5 12,5 2 25,0

Sala de demonstração e educação em saúde (auditório) 1,2 por ouvinte

1,2 por ouvinte

50 60,0

Sala de Enfermagem (preparação e serviços) 23,0 23,0 1 23,0

Consultório indiferenciado (neurologia, ortopedia, etc) 12,5 14,0 6 86,0

Consultório diferenciado (oftalmologia) 12,5 14,0 2 28,0

Serviço social 6,0 9,0 1 9,0

Sala de Reuniões 15,0 30,0 1 30,0

Área de Convivência Interna 80,0 80,0 1 80,0

Sanitários Masc. e Feminino (usuário) 10 15 2 30,0

Sanitários Masc. e Feminino (funcionário) 15 20 1 20,0

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AMBIENTES ÁREAS

MIN. (m²) ÁREAS PROP.

QUANT. TOTAL

(m²)

Setor de Reabilitação 1579,0

Box de terapias 4,0 6,0 5 30,0

Piscina – água fria 200,0 200,0 1 200,0

Piscina – água quente (hidroginástica) 10,0 25,0 2 50,0

Consultório de mecanoterapia 20,0 20,0 1 20,0

Consultório de terapia ocupacional individual 7,5 10,0 2 20,0

Consultório de terapia ocupacional em grupo 20,0 30,0 1 30,0

Consultório de Fonoaudiologia 7,5 9,0 1 9,0

Consultório de Psicomotricidade 20,0 20,0 1 20,0

Academia 50,0 100,0 1 100,0

Quadra Poliesportiva (16x32) 512,0 550,0 2 1100,0

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20

13

AMBIENTES ÁREAS

MIN. (m²) ÁREAS PROP.

QUANT. TOTAL

(m²)

Setor de Apoio e Administração 232,0

Recepção (com arquivo) 5,0 10,0 2 20,0

Sanitários público (por sexo) 3,2 9,0 3 24,0

Sanitários funcionários (por sexo) 3,2 9,0 2 18,0

Depósito de equipamentos, macas e cadeiras de rodas 10,0 10,0 1 10,0

Setor Administrativo 15,0 20,0 4 80,0

Refeitório Funcionários (por comensal)

1,0 1,2 50 60,0

Almoxarifado 20,0 20,0 1 20,0

Page 74: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 73

20

13

TOTAL ÁREA CONSTRUÍDA 2402,0

Setor de Ações Básicas 591,0

Setor de Reabilitação 1579,0

Setor de Apoio e Administração 232,0

Circulação (em média 25% da área construída)

2402,0 * 0,25 1 600,5

Estacionamento (6 m² cada 50 m² da área construída)

2402,0 / 50 48*6,00 288,0

TOTAL ESTIMADO DO EMPREENDIMENTO TOTAL 3290,5

A proposta inicial prevê aproximadamente a ocupação de

3290,5 m², como o terreno possui uma área de 7100,0 m²,

aplicando a taxa de ocupação máxima do terreno de 80% para

edificações não residenciais tem-se uma área útil para construção

de 5680,0 m² sendo suficiente para implantação do programa, o

restante será utilizado como áreas de convivência, jardins e outras

atividades não descritas como área construída.

Page 75: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 74

20

13

8 FLUXOGRAMA

ESTACIONAMENTO

RECEPÇÃO/ ESPERA

FLUXOGRAMA GERAL

CIRCULAÇÃO RESTRITA

CIRCULAÇÃO PÚBLICA

APOIO BANHEIROS

PÚBLICOS SALA DE TRIAGEM

SALA DE

ENFERMAGEM

SALA DE SERVIÇO

SOCIAL

SALA

ADMINISTRAÇÃO

CONSULTÓRIOS DE

ESPECIALIDADES

TRATAMENTO COM

APARELHOS

TRATAMENTO

NEUROMOTORES

SALA AUDITÓRIO E

TREINAMENTO

QUADRAS

POLIESPORTIVAS ACADEMIA

PISCINAS DE

TRATAMENTO

Figura 47 – Fluxograma geral

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 76: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 75

20

13

FLUXOGRAMA CONSULTÓRIOS

CIRCULAÇÃO RESTRITA

CIRCULAÇÃO PÚBLICA

BANHEIROS

PÚBLICOS

SALA DE ESPERA

APOIO

RECEPÇÃO/ ESPERA

SALA DE TRIAGEM

CONSULTÓRIO

NEUROLOGIA

CONSULTÓRIO

ORTOPEDIA

CONSULTÓRIO

PSICOLOGIA

CONSULTÓRIO

GERIATRIA

CONSULTÓRIO

ENDOCRINOLOGIA

CONSULTÓRIO

OFTALMOGIA

SALA

ADMINISTRAÇÃO

Figura 48 – Fluxograma consultórios

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 77: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 76

20

13

Figura 49 – Fluxograma tratamentos com aparelhos

CIRCULAÇÃO RESTRITA

CIRCULAÇÃO PÚBLICA

BANHEIROS

PÚBLICOS

TRATAMENTO COM

APARELHOS

APOIO

RECEPÇÃO/ ESPERA

SALA DE TRIAGEM

BOX APARELHOS MECANOTERAPIA

SALA

ADMINISTRAÇÃO

FLUXOGRAMA TRATAMENTO COM APARELHOS

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 78: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 77

20

13

Figura 50 – Fluxograma tratamento neuromotor

CIRCULAÇÃO RESTRITA

CIRCULAÇÃO PÚBLICA

BANHEIROS

PÚBLICOS APOIO

RECEPÇÃO/ ESPERA

SALA DE TRIAGEM

SALA

PSICOMOTROC.

TRATAMENTO

HIDROTERÁPICO

SALA

ADMINISTRAÇÃO

FLUXOGRAMA TRATAMENTO NEUROMOTOR

TERAPIA OCUP.

INDIVICUAL

TRATAMENTO

NEUROMOTORES

TERAPIA OCUP.

GRUPO

PISCINA

ÁGUA FRIA

PISCINA

ÁGUA QUENTE

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 79: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 78

20

13

CIRCULAÇÃO RESTRITA

CIRCULAÇÃO PÚBLICA

RECEPÇÃO/ ESPERA SALA

ADMINISTRAÇÃO

FLUXOGRAMA ADMINISTRATIVO

ESTACIONAMENTO

REFEITÓRIO BANHEIROS

FUNCIONÁRIOS APOIO

LAZER E

RECREAÇÃO

Figura 51 – Fluxograma administração

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 80: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

O ANTEPROJETO

O A

NT

EP

RO

JE

TO

Page 81: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 80

20

13

O estudo do plano de massas foi elaborado conforme a organização do fluxograma,

permitindo que os ambientes se comuniquem com grande flexibilidade. Além dessas

orientações, as análises das cartas solares permitem que o programa de necessidades

seja melhor discutido e aplicado.

Os objetivos desses estudos norteiam um projeto elaborado de forma que os

espaços reservados para cada atividade possibilitem uma integração entre ambiente,

conforto térmico, acústico, além da estética e da humanização desses ambientes.

9.1 ESTUDO DE MASSAS

RECEPÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

ÁREAS MOLHADAS

ESPERA / CONSULTORIOS

ESTACIONAMENTOPerfil 2

QUADRAS ESPORTIVAS Perfil 3

VEGETAÇÃO EXTERNAS/ARVORES

VEGETAÇÃO INTERNA/JARDINS

N

As setas em vermelho indicam as faces Norte/Noroeste que receberão a maior incidência de insolação, além dos ventos predominantes e local, prevendo um tratamento de barreiras contra esses fenômenos.

Fonte imagem: produzido pelo autor

Page 82: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 81

20

13

Volumetria

A volumetria tem por objetivo observar o

comportamento e a implantação na área do

projeto, referindo alturas, sombreamento e

impactos ambientais. O estudo surge a partir da

análise do plano de massas e das cartas solares

que prevê a adaptação do programa de

necessidades, organizado por setores:

• Setor de Ações Básicas (Amarelo): onde se localizam principalmente a recepção e os consultórios.

• Setor de Reabilitação (Azul): também pode ser denominada como áreas úmidas, pois estão setorizados as piscinas térmicas e boxes de

reabilitação, além da academia e a quadra esportiva.

• Setor de Apoio e Administração (Vermelho): aqui se localizam a setor operacional do edifício onde estão a administração, o refeitório,

arquivo e almoxarifado. Setorizado na área central facilitando a administração.

Fonte Imagens: Autor

Obs.: o restante da área do terreno foi reservado para o estacionamento e as áreas verdes do complexo, sendo descontadas as áreas de

recuos mínimos e taxa de ocupação conformo índices urbanísticos do município.

Vista geral

9.2 PRIMEIRA PROPOSTA

Page 83: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 82

20

13

O setor amarelo, onde se concentram a entrada principal e

a recepção, foi posicionado frente às principais vias de acesso do

projeto facilitando o acesso dos pacientes que visitam o complexo

e os que já possuem a consulta agendada.

Nesta vista observa-se o setor azul, onde estão

setorizados as piscinas térmicas e a quadra poliesportiva,

da mesma forma o setor vermelho sendo a área

administrativa do projeto, onde foram localizadas próximos

ao estacionamento garantindo que os usuários e os

funcionários não precisem passar por todo o complexo para

chegar aos seus setores, facilitando o fluxo de pessoas

dentro e fora do edifício.

Fonte Imagens: Autor

Fonte Imagens: Autor

Page 84: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 83

20

13

Face Norte e Noroeste ABERTURAS

Como foram analisadas nas cartas solares,

as aberturas para face norte e noroeste deverão

receber um tratamento especial prevendo o

controle da insolação, mas preservando essas

aberturas na utilização da luz natural gerando

economia no uso de iluminação artificial.

Face Nordeste e Norte

As aberturas conseguidas através da utilização de um

jardim na área central tem por objetivo proporcionar conforto

térmico e ambiental ao complexo, relacionado a questões como

higienização dos ambientes e ventilação natural.

Jardim Central

Nesta face, onde fica localizado a recepção, as

aberturas terá um papel especial também na forma estética do

edifício

Fonte Imagens: Autor

Page 85: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 84

20

13

A partir deste ponto a volumetria começa a tomar forma, o programa de necessidades conforme suas áreas pré-definidas surge, agora

mais claro, denotando o funcionamento do equipamento. Observar-se o bloco principal, a piscina e a quadra poliesportiva, além da disposição

do estacionamento e acessos.

Fonte Imagens: Autor

9.3 IMPLANTAÇÃO GERAL – PRIMEIRA PROPOSTA

1

2

4

5

1. blocos principais / 2. jardim / 3. piscina / 4. quadra poliesportiva / 5. estacionamento

1

3

5 10 20 N 0

Page 86: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 85

20

13

Aqui já é possível observar cada área do complexo indicados pelos números, as setas vermelhas indicam as formas de acessos,

as setas pretas demonstram as diretrizes viárias do local que deverão permanecer da mesma forma, pois não implicam restrições

importantes ao projeto. O jardim interno tem por objetivo principal garantir uma otimização dos recursos naturais como ventilação e

iluminação, além de humanizar esses ambientes.

Fonte Imagens: Autor

17

9.4 PLANTA PAVIMENTO TÉRREO

1

2

3

4

5 6

7

8

9

1

10

13

12 8

1. consultórios/2. Acolhimento/3. recepção principal/4. espera/5. auditório/6. hidroterapia/7. boxes tratamento/8. terapia individual/9. administração/10. refeitório/11. recepção boxes/12. terapia grupo/13. academia/14. piscina/15. quadra poliesportiva/16. Estacionamento/17. Jardim.

11

14

5 10

20

N 0

A A

15

Page 87: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 86

20

13

No corte desta primeira proposta é possível observar as

alturas definidas para cada atividade do complexo. O sistema

construtivo adotado prevê a utilização de uma estrutura de aço

revestido por uma pintura especial contra corrosão e as intempéries

do tempo, escolhido justamente por ser um material de rápida

aplicação, gerando menor desperdício de matérias, além de

proporcionar maior flexibilidade como forma de expansão.

O fechamento externo será por painéis de concreto celular,

da mesma maneira que a estrutura, esse tipo de material é mais

leve e quase não há resíduos de materiais, pois são fabricados sobe

encomenda a partir da metragem quadrada utilizada no projeto.

Será utilizados caixilhos de alumínio e vidros com tecnologia

contra ruídos e insolação excessivo, principalmente nas faces de

maior exposição.

O pé direito alto proporciona ao equipamento a ventilação e

iluminação natural. Ainda sim, nas ilhas de trabalho como recepção

será utilizada nuvens acústicas no intuito de minimizar efeitos

acústicos desagradáveis como, por exemplo, a reverberação do

som, pois possuem propriedades de absorção do som excessivo.

Como foi mencionada a cobertura será composto por uma

estrutura metálica treliçada, telha metálica tipo sanduiche com

propriedades termo acústico e forro em PVC obedecendo aos

mesmos critérios referentes às questões de salubridade dos

ambientes internos, prevendo o controle da insolação direta e

estimulando a ventilação natural como forma de higienização e

controle de infecções.

Corte AA

Fonte Imagens: Autor

Page 88: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 87

20

13

9.5 IMPLANTAÇÃO - SEGUNDA PROPOSTA

Fonte Imagens: Autor

1 2

3

4

5 6

7

8

1

10

12 8

1. consultórios/2. Acolhimento/3. recepção principal/4. espera/5. auditório/6. hidroterapia/7. boxes tratamento/8. terapia individual/9. administração/10. refeitório/11. recepção boxes/12. terapia grupo/13. academia/14. piscina/15. estacionamento/16. circulação 1/17. circulação 2/ 18. apoio e sanitários.

11

14

5 10 20 N 0

A

A 4

9

1 1

13

16 17

18

16

Foi verificada a possibilidade de expansão de algumas áreas como forma de melhorar a circulação dentro do edifício. Sendo

possível estender a área da recepção, a circulação (17), e a possibilidade de aumentar o número de consultórios, para isso verificou-se

que a área do jardim interno poderia ser diminuída e melhor resolvida sem prejuízo ao projeto.

B

B

Page 89: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 88

20

13

1. consultórios/2. Acolhimento/3. recepção principal/4. apoio/5. auditório/6. hidroterapia/7. boxes tratamento/8. sanitários coletivos/9. administração/10. Refeitório funcionários/11. recepção secundária/12. terapia grupo/13. academia/14. piscina/15. estacionamento/16. piscina coberta/17. ginásio/18. sala reuniões/19. diretoria/20. copa/21. escada

5 10 20 N 0

1 1 2

3

4

11

5 6 7 12

9

10

8

8 13

14

15

16 17

8 8 8

PROPOSTA FINAL

9.6 IMPLANTAÇÃO - TERCEIRA PROPOSTA

Nesta proposta as áreas foram resolvidas e organizadas, assim como inserido novas áreas, como a piscina coberta. Foi feito uma

reestruturação da recepção, do jardim interno e o refeitório (10). Acima deste agora possui o segundo piso, expandindo a área administrativa

que poderá ser verificado na planta detalhada.

18

19

20 21

Fonte Imagens: Autor

PAVIMENTO SUPERIOR

PAVIMENTO TÉRREO

2

4

11

Page 90: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

PROJETO FINAL

PR

OJE

TO

FIN

AL

Page 91: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 90

20

13

Fonte Imagens: Autor

18

19

20 21

5 10 20 N 0

Na proposta final as áreas que faziam divisa com o terreno vizinho foram reorganizadas promovendo a ventilação e iluminação natural

mais eficiente nestas áreas, com isso novas aberturas poderão ser inseridas nesta face como mostra em destaque na figura acima. Também

foi locado o reservatório de água na área central do equipamento. Foi inseridos novos sanitários públicos nas áreas das recepções secundárias

como forma me otimizar este recurso. Essas áreas estarão melhor detalhadas nas plantas em anexo.

2 2 4

4 8

1. consultórios/2. Acolhimento/3. recepção principal/4. apoio/5. auditório/6. hidroterapia/7. boxes tratamento/8. sanitários coletivos/9. administração/10. Refeitório funcionários/11. recepção secundária/12. terapia grupo/13. academia/14. piscina/15. estacionamento/16. piscina coberta/17. ginásio/18. sala reuniões/19. diretoria/20. copa/21. Escada

8 8

11

1 1

3

5 6 7

9

8 8

8

8 11

13

12

12

12

11

12

11

10

12

12

12

11

8 8 8 8

14 16

15

17

Page 92: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 91

20

13

No corte é possível perceber a configuração da cobertura

onde permite que a ventilação, representada pelas setas azuis,

circule por cima de cada ambiente, com objetivo salubre de

circulação e a higienização do ar, além de funcionar como

mecanismo de controle térmico natural, possibilitando a economia

de energia como uso de equipamentos, como por exemplo, ar

condicionado. As aberturas também são utilizadas na captação de

luz natural. Neste esquema é possível perceber a funcionalidade da

cobertura, onde através do estudo dos ventos predominantes, é

possível simular essa circulação. Esses ventos são propositalmente

impulsionados sob a cobertura e quando passam sobre os

ambientes, estes possuem uma grelha que permite que o ar mais

quente (setas vermelhas) por ser mais leve seja sugado com a

circulação e expulso pela área central, onde também se localiza o

jardim interno que possui uma abertura controlada e protegida por

pergolados com função de exaustores de ar quente.

Fonte Imagens: Autor

Corte Transversal

10.2 ESQUEMATIZALÇAO DO USO DE VENTILAÇÃO NATURAL

Jardim Interno

Fonte Imagens: Autor

Page 93: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 92

20

13

fonte imagem http://www.esplane.com.br

Fonte Imagens: Autor

10.3 ELEMENTOS ESPECIAIS

Os brises horizontais e verticais

tem como função principal de proteger

contra a iluminação excessiva sem

prejudicar a ventilação e a iluminação

natural desejada, desta forma percebe-

se que foi propositalmente projetada

sobre a face com maior incidência desta

iluminação.

Nuvens Acústicas

As nuvens acústicas, em destaque nas figuras ao lado, são painéis

suspensos colocados estrategicamente sobre ambientes que necessitem

de tratamento acústico, pois o som é absorvido evitando a reverberação

excessiva do som. No detalhe percebe-se que foram colocadas sobres às

áreas das recepções onde o volume de pessoas é maior.

Brises verticais Brises horizontais

Brises

Vista superior

Vista em corte

Page 94: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 93

20

13

Fonte Imagens: Autor

10.4 VISTAS PROJETO FINAL

Vista lateral do complexo

Vista lateral do edifício principal

Vista frontal

Nessas vistas podem-se observar como projeto final, todos os elementos como estrutura, cobertura, fechamentos e pinturas. Em

destaque nota-se a simulação sobre os elementos de proteção de insolação (pérgolas verticais e horizontais). Esse sistema um bloqueio do

excesso de luz solar direta no edifício, mas otimiza a utilização da luz natural permitindo a passagem condicional dessa fonte.

Vista fundos

Page 95: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURAHOSPITALAR 94

2013

 

 

10.5 PERSPECTIVAS GERAIS 

Fonte Imagens: Autor

Vista da entrada principal  Vista da entrada lateral 

Vista do todo o complexo 

Vista interna ‐ recepção

Page 96: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 95

20

13

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O trabalho foi fundamentado em análises, comparações e

diretrizes projetuais com o objetivo de contribuir no projeto de um

equipamento na promoção de saúde, baseado em demanda,

questões ambientais e sociais, uso sustentável de recursos naturais,

tecnologia de materiais e aplicação de normas técnicas, além de

questões humanas e estéticas. As questões ambientais estão

atribuídos ao uso de materiais sustentáveis que produzam o mínimo

de resíduos ou entulhos.

A cidade de Pradópolis foi escolhida para sediar este projeto

piloto por possuir uma variação de condicionantes que contribuíram

no seu entendimento como: localização, onde foi observado que

municípios vizinhos podem se beneficiar do equipamento proposto;

terreno menos acidentado, embora a proposta prevê que este

equipamento possa ser adaptado em qualquer área conforme

organização dos módulos; por fim o lago municipal proporciona ao

projeto uma condição de referência, além de possuir uma paisagem

natural que poderá ser utilizada como um anexo ao equipamento

em campanhas de prevenção e conscientização sobre o tema

abordado neste trabalho.

As definições de materiais e dos elementos podem variar de

cidade para cidade, uma vez que no estudo preliminar se

identifiquem melhores condições para utilização e atribuição de

novos materiais; neste caso segue-se o partido adotado como forma

de organização do equipamento.

Projetar edifícios assistências de saúde é um desafio diário

para cada profissional, o sucesso desse projeto pressupõe uma

análise mais detalhada no pós-uso do edifício, corrigindo e

adaptando soluções necessárias que surgem com o decorrer desse

uso. Este trabalho não esgota a discussão do tema abordado,

apenas viabiliza o entendimento de projetos referentes à promoção

de saúde. A viabilidade, assim como as particularidades do local são

condicionantes que sempre deverão ser observadas.

Page 97: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 96

20

13

“Uma das coisas mais complicadas para o arquiteto é aceitar que é

uma figura que tem de errar. A gente vê aquelas memórias que os

arquitetos escrevem, de um modo geral são sempre sobre uma

coisa infalível. Não existe projeto ideal, perfeito. Essa convivência

com o erro é fundamental(...) Errar por leviandade, por falta de

competência, é uma coisa ruim. Agora, errar acidentalmente faz

parte da vida”.

João Filgueiras de Lima, o Lelé

Page 98: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 97

20

13

11.1 ANEXOS 1- PIRÂMIDES ETÁRIAS – IBGE/2010

Fonte imagens: http://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php

BARRINHA DUMONT

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ARQUITETURA HOSPITALAR 98

20

13

Fonte imagens: http://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php

GUARIBA GUATAPARÁ

GUARIBA GUATAPARÁ

Page 100: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 99

20

13

Fonte imagens: http://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php

JABOTICABAL LUIZ ANTONIO

Page 101: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 100

20

13

Fonte imagens: http://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php

MONTE ALTO PRADÓPOLIS

Page 102: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 101

20

13

11. 2 ANEXO 2 – PARÂMETROS ANTROPOMÉTRICOS

NBR 9050/04

O objetivo desse conhecimento é de fundamental

importância, pois define parâmetros estabelecidos por lei sobre

questões de garantia plena a acessibilidade a qualquer espaço

construído, principalmente as que possuem, por alguma razão, uma

dificuldade ou mobilidade reduzida, levando em consideração as

diversidades antropométricas humanas. O intuito é oferecer

diretrizes básicas para complementação do projeto arquitetônico

que poderá ser adaptado para cada situação. Conforme a norma da

ABNT NBR 9050/04 define a acessibilidade como “Possibilidade e

condição de alcance, percepção e entendimento para a utilização

com segurança e autonomia, de edificações, espaços, mobiliários,

vias públicas, equipamentos urbanos e transporte coletivo.” Não

será descrito aqui todas essas normais, até porque, demandaria de

um estudo específico, neste caso apenas alguns desses critérios

serão ilustrados:

Conceito de homem padrão

Estudos relativos ao dimensionamento do corpo humano

estabeleceram proporções básicas de um homem padrão. Essas

proporções são reconhecidas como referência da escala humana

em projetos arquitetônicos e desenhos artísticos. No entanto, é

fundamental a criação de espaços que atendam à diversidade

humana.

No desenho ao

lado, o homem padrão

foi dividido em quatro

partes, conforme suas

proporções. A letra H

refere-se à altura total

do indivíduo, sendo sua

fração, portanto, um

trecho de seu corpo.

Figura Fonte: http://www.crcsp.org.br

http://www.crcsp.org.br

Figuras Fonte: http://www.crcsp.org.br

http://www.crcsp.org.br

Page 103: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 103

20

13

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida são

caraterizadas pela necessidade de se locomoverem com ajuda de

equipamentos auxiliares, sendo eles, bengalas, muletas, cadeiras de

roda, andadores, entre outros, ou simplesmente precisam, no

mínimo, que o piso seja regular e sem obstáculos facilitando sua

locomoção. As dimensões desses espaços podem ser observadas

conforme ilustrações a seguir:

USO DE BENGALAS USO DE ANDADORES

ESPAÇO PARA DEFICIENTES

VISUAIS

USO DE CÃES GUIA

USO DE MULETAS

Figuras Fonte: http://www.crcsp.org.br

Page 104: ARQUITETURA HOSPITALAR - CENTRO DE REFERÊNCIA EM PREVENÇÃO E REABILITAÇÃO DO [AVC]

ARQUITETURA HOSPITALAR 104

20

13

RDC 50

A RDC 50 é uma das principais normas para projetos

assistenciais de saúde, sendo estes clínicas, hospitais, consultórios,

entre outros. A norma considera como fator importante a serem

atendidos, os princípios de regionalização, hierarquização,

acessibilidade e qualidade de assistência prestada a população.

Será descrito aqui alguns desses requisitos pertinentes a este

trabalho.

Para estabelecimentos de reabilitação em pacientes

internos e externos é visto como principais atividades exercidas:

preparar pacientes, realizar procedimentos, tratamentos por meio

de fisioterapia (cinesioterapia, eletroterapia, termo terapia,

mecanoterapia e hidroterapia), por meio de terapia ocupacional,

por meio de fonoaudiologia e por fim emitir relatórios das terapias

realizadas.

Circulações internas e externas

Referente a circulação é considerado tanto para paciente

quanto para os funcionários do complexo, possibilitando o transito

das pessoas com o mínimo de barreiras ou obstáculos.

Quanto ao estacionamento acima até 100 vagas, deve ser

previsto 2 vagas para deficientes, se este ultrapassar a quantidade

de 100, será 1% das vagas destinadas portadores de necessidades

especiais (NBR 9050, 2004).

Circulações horizontais de pacientes devem possuir

corrimão de 80 a 92 cm de altura, sendo possível o bate-macas

servir para esta finalidade. É obrigatório a largura de 2,00m para

corredores maiores que 11m e 1,20 para os demais.

Para circulação de material e pessoal, esta dimensão deve

ser de no mínimo 2,00m, e de 1,20 para fluxo de funcionários e

carga não volumosa. Em caso de desnível superior a 1,50m devem

ser adotadas rampas de acesso. Todas as portas de acesso a

pacientes devem ter 0,80x2,10m, incluindo os sanitários. Para salas

de passagem de camas ou macas, o vão da porta deve dimensão

mínima de 1,10x2,10m, para sala de exames ou terapias, é

considerado 1,20x2,10m. Todas as maçanetas devem ser do tipo

alavanca.

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Outro tipo de equipamento muito utilizado por pessoas com dificuldade motora são as cadeiras de rodas, é imprescindível garantir

espaços mínimos para que circulem sem que certamente problemas. As rampas e acessos são os principais elementos de exclusão dos usuários

com algum tipo de dificuldade motora, a adaptação prevê alturas mínimas de desníveis. As escadas, degraus e rampas devem possuir

elementos de segurança como sinalização tátil e corrimão, além de alturas, larguras e inclinações adequadas.

Vista

superior

Vista

frontal

Figuras Fonte: http://www.crcsp.org.br

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