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14 MAR 2018 / Sai à quarta-feira! / 0,70€ / Ano 3 / Número 112 / www.semanariov.pt / Diretor: Paulo Moreira Mesquita SEMANÁRIO V Publicidade CERVÃES P12 e 13 LUÍS GONÇALVES FERREIRA PREMIADO PELA SOCIEDADE MARTINS SARMENTO EM GUIMARÃES VILA VERDE P24 JUNTA DE ORIZ JÁ PÔS MÃOS À OBRA E ARRANJA CAMINHOS ‘ESTRAGADOS’ CÁVADO P03 FINAL FELIZ PARA PESCADORES QUE CAÍRAM AO RIO. BV AMARES CÉLERES NO RESGATE BRAGA P17 ARQUITETO DESENVOLVE SANEAMENTO NO QUILOMBO BRASILEIRO ABOIM P09 JUNTA PASSA BOLA PARA A CÂMARA NO CASO DE ENTRADA ALAGADA EM CAFÉ P02 e 03 FANFARRA P04 VILA VERDE VAI RECEBER ENCONTRO DE FANFARRAS DE BOMBEIROS DOMINGOS SILVA BRACARA TEAM APRESENTA ‘STAR GIRLS’ PARA CONQUISTAR MUNDO DA DANÇA DESPORTIVA. E JÁ COMEÇAM NA RTP P19 ARRISCOU VIDA PARA SALVAR FAMILIARES DE INCÊNDIO EM VIVENDA PONTE SÃO VICENTE

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24|SEMANÁRIO V, QUA 18 JAN 2017 14 MAR 2018 / Sai à quarta-feira! / 0,70€ / Ano 3 / Número 112 / www.semanariov.pt / Diretor: Paulo Moreira Mesquita SEMANÁRIO V

Publicidade

CeRvãeS P12 e 13

Luís GONÇALVEs fErrEirA Premiado Pela sociedade martins sarmento em guimarães

vilA veRDe P24

Junta de oriz Já Pôs mãos à obra e arranJa caminhos ‘estragados’

CávADo P03

Final Feliz Para Pescadores que caíram ao rio. bv amares céleres no resgate

BRAgA P17

arquiteto desenvolve saneamento no quilombo brasileiro

ABoiM P09

Junta Passa bola Para a câmara no caso de entrada alagada em caFé

P02 e 03

fANfARRA P04

vilA veRDe vAi ReCeBeR eNCoNtRo De fANfARRAS De BoMBeiRoS

DoMiNgoS SilvA

BRACARA teAM APReSeNtA ‘StAR giRlS’ Para conquistar mundo da dança desPortiva. e Já começam na rtPP19

ARRiSCou viDA PARA SAlvAR fAMiliAReS De iNCêNDio

eM viveNDA

PoNte São viCeNte

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2|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Fernando André Silva

Momentos de pânico e terror para a família Silva na madru-gada desta terça-feira depois de um curto circuito ter provo-cado um incêndio na garagem da sua habitação, no Bairro de Fontelos, em Ponte São Vicen-te, Vila Verde.

Domingos Silva, patriarca da família, relatou ao Semanário V os momentos de aflição que vi-veu, em conjunto com o filho, Nuno Silva, para retirar os fami-liares de dentro da habitação.

O incêndio deflagrou por vol-ta das 00h30 desta terça-feira numa arca congeladora, situa-da na garagem da habitação. “Já estávamos todos a dormir quando acordei com um es-trondo, que terá sido uma das botijas da arca a explodir”, re-vela Domingos Fernandes, ex-plicando que “quando abri a porta do quarto para a gara-gem já estava tudo envolto em fumo e só se via as chamas já a bater no teto”.

O homem, instalador de gás de profissão, dorme no piso de baixo da habitação num quar-to com a mulher e um filho que tem paralisia cerebral. “Mal vi o fumo fechei a porta do quarto do míudo para não entrar para lá. A reação seguinte foi subir as escadas até ao piso de cima, a partir da garagem, para avi-sar o meu filho e a minha nora que moram no andar superior”, conta Domingos, explicando no entanto que não foi possível subir na primeira tentativa.

“Não consegui subir porque as chamas já estavam a ba-ter no teto junto às escadas e a temperatura era muito alta. A minha mulher ainda tentou ir por outro lado mas não havia hipótese, sabia que era por ali que tinha de subir, então passei pelo meio do fumo e bati com a cabeça porque não se via nada, mas lá consegui achar o puxador da porta. Fui ao quar-to deles e disse-lhes para fugi-rem”, conta.

O filho, Nuno Silva, a nora e uma bebé de três meses con-seguiram fugir por uma porta daquele piso para o exterior da habitação, colocando depois a bebé dentro de um carro, em segurança.

“O passo seguinte foi pedir ao meu filho para me ajudar a ti-rar o outro filho de dentro do quarto, porque ainda lá esta-

va”, conta Domingos, explican-do que saltaram pela janela do quarto e conseguiram passá-lo para fora através dessa mesma janela, enquanto a casa já es-tava tomada pelo fumo.

“Depois de termos colocado o meu outro filho no carro jun-to com a minha neta, e de-pois de toda a família já estar no exterior da vivenda, peguei na mangueira de jardim e co-mecei a apagar as chamas”, refere ainda o popular. “Os bombeiros chegaram mais ou menos nessa altura, não tenho nada que dizer do socorro de-les, sei que não é fácil vir rápi-do de Vila Verde até este local mais longe”, aponta ainda Do-mingos Silva.

No local, os Bombeiros de Vila Verde, e já com o fogo extin-to, procederam à ventilação do espaço, que estava cheio de fumo denso. Ao V, um dos bombeiros envolvidos no socor-ro apontou que “o homem foi um verdadeiro herói”. “Quan-do chegámos a casa estava completamente cheia de fumo denso, não se via nada”, apon-ta o bombeiro que também ne-cessitou de receber assistência

médica por causa da inalação de fumos.

Essa foi, aliás, a causa de fe-rimentos da família, acaban-do quatro elementos por rece-ber assistência hospitalar pela inalação de fumo. Só Domin-gos Silva, esteve internado nas urgências cerca de 10 horas, tendo recebido três garrafas de oxigénio e outras tantas de soro. Também Nuno Silva, filho que ajudou no resgate, foi as-sistido por inalação de fumos. A esposa de Domingos e o ou-tro filho também foram assisti-dos nas urgências do Hospital de Braga.

Para além dos Bombeiros de Vila Verde com uma viatura de combate a incêndios urbanos e duas ambulâncias, também a GNR de Vila Verde se deslo-cou ao local para tomar conta da ocorrência. Já quanto a Do-mingos Silva, em limpezas du-rante esta quarta-feira, espe-ra que o seguro mais geral que tem da casa lhe possa ajudar a cobrir alguns dos estragos. “Ar-deram duas arcas, dois frigorífi-cos e alguns móveis”, finaliza o morador em Ponte São Vicen-te.

Destaque

LuiS RiBEiRODomingos Silva

Ponte S. Vicente. Domingos Silva evitou tragédia e salvou a família de um incêndio

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|3

• Fernando André Silva

um emigrante brasileiro foi de-tido pelo SEF na passada sexta-feira, em Braga, por estar acu-sado de homicídio qualificado no Brasil.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras seguiu o mandado de captura internacional da iN-TERPOL para deter o emigrante, apurou o Semanário V junto de fonte policial.

O detido foi presente ao Tribu-nal de Turno da Comarca de Braga, a funcionar em Esposen-de e ficará à espera de ser re-patriado.

Pelo que foi possível apurar junto de fonte judicial, o homi-cida, entretanto convertido ao islamismo, era frequentador as-síduo de encontros da religião islâmica em Braga, tendo sido a partir daí que o SEF lhe seguiu o rasto até efetuar a detenção.

O brasileiro, de nome Thaylan Padilha Palomanes terá as-sassinado um antigo patrão, em conjunto com o irmão Thauhann Padilha Palomares, tendo depois fugido para Por-tugal.

Os dois são acusados de te-rem assassinado um iraniano para quem trabalhavam na zona sul do Rio de Janeiro, no Morro do Vidigal, depois de

este os ter despedido por ale-gadamente traficarem droga na pousada que pertencia ao iraniano.

Supostamente, os dois irmãos trabalhavam a troco de comi-da e de alojamento, algo de que se viram privados com o despedimento e que terá mo-tivado o bárbaro assassinato (à facada) do empresário.

Segundo as autoridades bra-sileiras, o crime deu-se à mes-ma hora do jogo entre o Brasil e o Chile, no Campeonato do Mundo de Futebol em 2014.

O corpo do iraniano foi des-coberto por outros funcioná-rios da pousada, que logo aler-taram a polícia, mas os dois irmãos encontravam-se em fuga. Enquanto Thaylan veio

para Portugal, nomeadamen-te para a zona de Braga, o ir-mão permanece em paradei-ro incerto.

Segundo refere o processo judicial, a decorrer no Brasil, é esperada uma extradição de Thaylan para o julgamento.

Thaylan vivia numa casa em Real

Pelo que foi possível apurar, o homicida detido habitava numa moradia, na freguesia de Real, perto de Braga.

O homem não teria qualquer ocupação conhecida depois de ter trabalhado como ven-dedor de suplementos energé-ticos e alimentares.

O detido também se encon-trava com a situação irregular de estadia em Portugal, tendo tentado recentemente lega-lizar, junto do próprio SEF, mas sem efeito.

A detenção do suspeito aca-bou por se dar na freguesia de Real, sem grande aparato por parte das autoridades.

Ao que o V apurou, o detido encontrava-se sair de um mi-ni-mercado depois de ter fei-to compras, sendo intercetado por agentes do SEF que o leva-ram para a delegação regio-nal, na freguesia de Nogueira, em Braga.

A detenção deu-se depois de vários dias com um dispositivo de segurança e vigilância mon-tado naquela freguesia, que seguiu todos os passos do sus-peito ao longo de vários dias.

Jovem converteu-se ao Islão já em Portugal

Pelo que foi possível apu-rar, o detido, de 25 anos, con-verteu-se à religião do islamis-mo apenas depois de chegar a Portugal, sendo uma presen-ça assídua nas celebrações re-ligiosas daquela comunidade, que congrega centenas de fieis na cidade de Braga.

O facto de ser de outro país e de religião islamista motivou al-guns comentários por parte de figuras ligadas à extrema-direi-ta portuguesa. Em comunica-do, o Partido Nacional Reno-vador pediu mais “controle nas fronteiras e nos aeroportos”.

No entanto, e pelo que foi possível apurar junto de fon-te próxima da comunidade is-lamista de Braga, o detido não aparentava sinais de ser um ho-micida. “Era cumpridor e bas-tante interessado pela cultu-ra islâmica”, revelou a mesma fonte, que não quis ser identifi-cada com medo de represá-lias..

A mesma fonte apontou ain-da que o islão é uma religão de Paz e que certamente Thaylan irá encontrar um longo cami-nho de penitência pelo que fez. “Se é que foi realmente ele que o fez”, referiu a fonte.

Destaque

Thaylan estava fugido das

autoridades depois de ser acusado de

ter assassinado o antigo patrão

AmAReS. BomBeIRoS ReSgATAm PeScADoReS Do cáVADo

Dois pescadores de recreio vi-veram momentos de aflição esta terça-feira quando o bar-co onde seguiam no rio Cá-vado ficou sem bateria. Numa tentativa de chegar à margem, junto aos Moinhos de Adaúfe, na margem de Braga, o barco acabou por virar, com os dois a cairem à água.

Enquanto um dos pescadores se conseguiu agarrar ao bote, o outro acabou por ficar algum tempo na água, tendo depois conseguido agarrar-se ao bar-co.

Os pescadores foram resgata-dos com vida pela equipa de mergulho dos Bombeiros Vo-luntários de Amares, avançou ao Semanário V o segundo-co-mandante daquela corpora-ção, Jorge Silva.

Os pescadores, com idades entre os 50 e os 60 anos, depois de agarrarem-se ao barco, fo-ram arrastados pela corren-te até perto da Ponte do Bico, onde foram intercetados pelo resgate dos bombeiros ama-renses, que foram rápidos na deslocação e no salvamento.

Ao V, o segundo-comandan-te da corporação amarense in-dicou que “as vítimas apresen-tavam sinais de hipotermia mas aparentavam estar estáveis”. “Foram evacuados para o Hos-pital de Braga”, referiu ainda Jorge Silva.

No socorro estiveram cerca de 20 operacionais dos Bom-beiros de Amares e da Compa-nhia de Bombeiros Sapadores de Braga, para além da am-bulância e da moto do iNEM de Braga, Viatura Médica de Emergência e Reabilitação e também militares da Guarda Nacional Republicana de Bra-ga, Amares e Vila Verde”.FAS

Braga. Brasileiro acusado de homicídio qualificado detido em Real

DRInspetor do SeF leva o detido para o tribunal de esposende

o detido também se encontrava com a

situação irregular de estadia em Portugal,

tendo tentado recentemente

legalizar, junto do próprio SeF

o detido encontrava-se

sair de um mini-mercado depois de

ter feito compras, sendo intercetado

por agentes do SeF

DRTahunn e Thaylan Padilha Palomanes estão foragidos

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4|SEMANÁRIO V, QUA 28 FEV 2018

• Fernando André Silva

Vila Verde prepara-se para acolher em maio um dos maio-res encontros de Fanfarras de Bombeiros da zona mais a nor-te do país. Com organização da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Verde (AHBVVV), são es-perados cerca de 400 “fanfar-ristas” por entre as dez fanfar-ras convidadas.

Joaquim Costa, um dos res-ponsáveis pela Fanfarra da AHBVVV, explicou ao Sema-nário V que a ideia surgiu no âmbito da revitalizar a Fan-farra de Vila Verde.. Os con-vites já foram direcionados a várias fanfarras de bombeiros e são esperadas centenas de elementos que prometem dar

‘música’ nas ruas de Vila Ver-de.

Ao V, Joaquim Costa explica que são esperados “cerca de 400 pessoas”. “São dez fanfar-ras no total e cada uma deve ter à volta de 40 elementos, mais alguns diretores e os fami-liares que vêm a acompanhar, vai juntar muita gente no cen-tro de Vila Verde”, explica o coordenador, revelando tam-bém o programa.

“As fanfarras saem do Quar-tel da AHBVVV e vão pela

Rua da Misericórdia, para de-pois descer pela nacional até ao centro da praça, onde es-tará montado o palco de hon-ra. Cada uma das fanfarras vai atuar a solo, uma de cada vez, e depois regressam ao quartel pela rua da antiga adega”, diz Joaquim Costa.

A Fanfarra de Vila Verde tem neste momento cerca de 60 elementos, com 35 instrumen-tos de bateria e 24 de sopro. Há também uma lira e pratos. Fundada nos anos 60, não será a primeira vez que Vila Verde recebe um encontro deste ca-libre. “Em 2013 tivemos o pri-meiro encontro, por isso este vai ser o segundo”, revelou Joaquim Costa.

Já Carlos Braga, presidente da AHBVVV, aponta que esta iniciativa honra a corporação e aquela associação huma-

nitária, devido à importância histórica de ter uma fanfarra numa corporação de bombei-ros. O presidente revelou ainda que, no mesmo dia, será ainda benzida a nova Viatura Flores-tal de Combate a Incêndios, adquirida em fevereiro último, entre outras surpresas de últi-ma hora que podem, entretan-to, surgir.

EPATV. REcEbEu PRofEssoREs EsTRAngEiRos

Cerca de 35 professores e téc-nicos de orientação profissional oriundos de vários países eu-ropeus estiveram reunidos na EPATV, para uma “formação-ação” sobre o estado da arte no que respeita a políticas pú-blicas de formação profissional inicial e contínua na Europa.

Vindos de países como Espa-nha, Itália, Alemanha, Grécia, Turquia ou Lituânia, os profis-sionais do ensino abordaram práticas e técnicas utilizadas na orientação vocacional dos alunos e deixaram recomen-dações sobre como deverá ser ajustada a orientação nas escolas e centros de formação através do Centro Qualifica.

Portugal esteve representado pela EPATV, através do Serviço de Psicologia e Orientação, do Centro Qualifica e do Obser-vatório de Empregabilidade, tendo sido partilhados instru-mentos, documentos e meto-dologias usadas em Portugal para a orientação de jovens e adultos e a definição dos seus planos de carreira.

Esta formação decorre da participação da EPATV num projeto internacional ERASMUS +, financiado com o apoio da União Europeia. A próxima reu-nião será em maio, em Ankara, na Turquia.Redação

ViLA VERDE

A AbRiR

bombeiros. Vila Verde recebe 400 ‘fanfarristas’ em desfile de fanfarras

35 instrumentos de

bateria Joaquim costa é o principal dinamizador

da fanfarra dos bombeiros de

Vila Verde, que conta agora

com cerca de 60 elementos depois

de um período algo conturbado

fERnAnDo AnDRé siLVAfanfarra de Vila Verde em atuação

24 instumentos de

sopro

10 fanfarras

convidadas para o encontro

400 fanfarristas são

esperados no centro de Vila

Verde

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|5

• Redação

As UCCI’s da Santa Casa de Vila Verde receberam a visi-ta de uma turma de alunas do curso de Estética da Escola Pro-fissional Amar Terra Verde que trouxe uma manhã diferente às utentes com manicura que em-belezou ainda mais o Dia da Mulher na vida destas mulhe-res. A visita começou com mú-sica tradicional, tocada pelas

mãos de uma das jovens alu-nas e cantada pelo grupo des-tas jovens, minhotas, que en-cantaram todos os utentes e doentes das Unidades e acima de tudo trouxeram à lembran-ça tempos antigos da infância e de vivências durante a vida.

A segunda parte deste ato voluntário trouxe o embeleza-mento das utentes. Mesmo já com idades avançadas conti-nuam com a vaidade e foram presenteadas com uma ma-

nicure por parte destas jovens profissionais que mimaram as utentes com pintar de unhas e conversas que enchem o cora-ção.

“Obrigado às jovens que trou-xeram este momento fantás-tico às nossas utentes. Mo-mentos simples que fazem a diferença no dia-a- dia de to-dos eles. Nós sabemos o quão é importante abrir as portas das unidades às pessoas com bom coração. Agradeço em nome da equipa todo o empenho da professora e deste grupo de jo-vens fantásticas”, palavras do provedor Bento Morais em co-municado.

“Obrigado a estas maravilho-sas meninas que nos trouxe-ram este momento tão bom. Estão muito bonitas as minhas unhas”, ouvia-se de o desaba-fo de uma utentes com um sor-riso de emoção. No final houve retrato para eternizar o mo-mento e a certeza que mais momentos deste virão. Gestos simples que fazem a diferença.

Voluntariado. Alunas da EPATV levaram música e estética à scMVV

bREVEs

O Município de Vila Verde em conjunto com a Escola Básica de Moure e Ribeira do Neiva promoveu, no passado sába-do uma atividade de controlo de espécies exóticas invasoras denominada por: “arranque e descasque de mimosas”.

Devido às condições atmos-féricas adversas, a atividade acabou por se realizar mesmo no estabelecimento escolar re-ferido.

A ação contou com a partici-pação de um conjunto de pro-fessores que se deslocaram a Portugal no âmbito do progra-ma Erasmus.

saneamento. obras no bom RetiroAs obras de instalação da rede de saneamento que decorrem na Av. João Ferreira da Silva, entre as freguesias de Vila Ver-de e Barbudo e Gême, vão de-morar um pouco mais que o previsto.

Segundo fonte ligada à em-presa a cargo da obra, não é possível fazer ainda uma esti-mativa sobre quanto tempo mais irá demorar a instalação, que vai decorrer entre a rotun-da do Bom Retiro e a entrada para Sabariz (via estádio).

3instituições receberam a visi-ta das alunas dos cursos de es-teticista e auxiliar de saúde da EPATV, no último Dia Internacio-nal da Mulher.

As alunas levaram música e beleza à Santa Casa de Vila Verde, ao Centro Social de Es-cariz e ainda à APPACDM - CAO Vila Verde.

Transdev. contra o assédioA Transdev juntou-se a uma cam-panha que a UITP e o Grupo do Banco Mundial estão a promover em todo o mundo.

A iniciativa pretende alertar e aumentar a consciencialização sobre a vulnerabilidade das mu-lheres em transportes públicos, através do slogan: “Por um trans-porte público inclusivo”.

A campanha é o resultado de um estudo realizado pelas duas organizações internacionais, que mostrou que 80% das mulheres já sofreram situações de assédio.

Js. Vai recolher roupas usadasA JS de Vila Verde vai angariar roupas usadas ou em bom es-tado para distribuir às famílias mais necessitadas do concelho de Vila Verde

A recolha será feita na fregue-sia de Cabanelas nos dois dias do fim de semana: sábado pe-las 19h na capela de S.Gens e domingo pelas 9h na igreja pa-roquial de Cabanelas e na jun-ta de freguesia (9h – 12h). “Para nós, a igualdade é um ponto importantíssimo na sociedade vila-verdense”, referiu André.

Vila Verde

saúde. Aces pelos diabetesA unidade coordenadora fun-cional da Diabetes (UCFD) dos centros de saúde Gerês/Ca-breira apresentaram um perfil da população diabética inscri-ta nos centros de saúde.

Os centros contemplados pelo Gerês/Cabreira são Vila Verde, Amares, Vieira do Mi-nho, Terras de Bouro e Póvoa de Lanhoso, tendo o perfil sido apresentado pelos médicos Raúl Borges e Gonçalo Alves, durante o 14.º Congresso Portu-guês de Diabetes, realizado no passado fim de semana, no Al-garve.

• Fernando André Silva

Hélder Forte, presidente da Junta de Cervães, concelho de Vila Verde, foi um dos con-vidados para um almoço leva-do a cabo pela Câmara de Oli-veira do Hospital, como forma de agradecer o envio de bens e comida para as populações afetadas pelos incêndios de 2017. Marcelo Rebelo de Sou-sa também esteve no almoço e trocou algumas impressões com o jovem autarca cerva-nense. Ao Semanário V, Hélder Forte explica que o convite foi dirigido a várias entidades que participaram na ajuda de reco-lha e envio de bens e alimen-tos, tendo sido selecionadas aquelas que participaram mais ativamente, como foi o caso de Cervães.

“A autarquia de Oliveira de Hospital fez o convite e o almo-ço realizou-se no passado do-mingo”, refere Forte, apontan-do a presença do Presidente da República como momento marcante, sobretudo devido às ideias que surgiram desse almo-ço. “Um dos projetos concre-tos que saiu desse almoço foi a ajuda da Altice, que vai colo-car fibra ótica gratuita nas zo-nas afetadas”, referiu o autar-ca, satisfeito por ver “todos a

ajudar”.“Nestas situações toda a aju-

da que se poder dar é pouca. Nós somos uma só freguesia e conseguimos colocar lá um ca-mião TIR completamente carre-gado. Só tenho de agradecer ao povo de Cervães pelo pa-triotismo”, refere Hélder Forte, elogiando o povo português.

“Somos um país bastante so-lidário. E quando estamos en-volvidos nestas causas não é para apregoar, porque ajudar está dentro de nós. É uma ca-racterística dos portugueses, a capacidade de reação às tra-gédias”, diz ainda Forte, reve-lando que em Cervães, “toda

a gente ajudou”. “Desde co-mida, sementes, material de construção, ração, conforme nos pediram nós reunimos e le-vamos”, diz Forte, explicando que as associações, os comér-cios e particulares fizeram com que isto fosse possível.

Sobre a troca de palavras com Marcelo Rebelo de Sousa, que até deu origem a uma sel-fie, Hélder Forte refere que “fo-ram trocadas algumas ideias”. “Disse-lhe que era de Cervães, em Vila Verde, e ele disse que conhecia bem. Acho que o Sr. Presidente conhece mesmo tudo”; finaliza Hélder Forte, en-tre risos.

JoAquiM RibEiRouma das voluntárias ainda deu um show musical

Ambiente. Ataque às espécies invasoras

solidariedade. Hélder forte e Marcelo Rebelo de sousa juntos pelos incêndios

HéLDER foRTEMais uma selfie para o currículo do Presidente da República

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6|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Redação

O Tribunal Judicial de Braga adiou na sexta-feira “sine die” a leitura do acórdão dos 47 ar-guidos num processo de cor-rupção com cartas de condu-ção, devido a um incidente de recusa de juiz suscitado por sete advogados de defesa.

No requerimento, os advoga-dos aludem a “falta de impar-cialidade” do tribunal por, a 23 de fevereiro, terem distribuí-

do um documento com altera-ções não substanciais em que constava a expressão “fac-tos provados”, alegadamente mesmo antes de ter sido dado conhecimento dessas altera-ções aos arguidos.

A juíza presidente do coletivo admitiu que se tratou de “lap-so de escrita” mas sublinhou que a expressão “factos prova-dos” não consta da ata e que, como tal, “não foram dados como provados quaisquer fac-tos não comunicados aos ar-

guidos”. O incidente de recusa de juiz vai seguir para o Tribunal da Relação de Guimarães, a quem caberá decidir se o acei-ta ou não.

Segundo o Código de Proces-so Penal, a intervenção de um juiz no processo “pode ser re-cusada quando correr o risco de ser considerada suspeita, por existir motivo, sério e gra-ve, adequado a gerar descon-fiança sobre a sua imparciali-dade”.

Este é já o segundo adiamen-

to da leitura do acórdão do processo, que conta como ar-guidos examinadores, indus-triais de condução, instrutores e alunos. Nas alegações finais, o Ministério Público (MP) pediu a condenação de 45 arguidos e a absolvição de uma instruto-ra e de uma aluna. Já a defesa pugnou, de uma forma geral, pela absolvição, por alegada falta de provas.

O processo tem como epi-centro o Centro de Exames de Vila Verde da ANIECA, sendo o examinador Joaquim Oliveira o principal arguido. Para o MP, Oliveira foi o “interlocutor privi-legiado” nos episódios de cor-rupção do processo, “por ser o mais velho” e o que ali exer-cia funções há mais tempo. O MP considera que este argui-do deve ser condenado pelos 35 crimes de corrupção passi-va para ato ilícito de que está acusado.

O processo, relacionado com o Centro de Exames de Vila Verde, envolve escolas daque-le concelho e ainda de Barce-los, Ponte de Lima, Vizela, Gui-marães, sendo que os factos terão decorrido entre 2008 e 2013.

• Fernando André Silva

Dois alunos envolveram-se em confrontos físicos durante a manhã de sexta-feira causan-do aparato no bar dentro da Escola Profissional Amar Terra Verde (EPATV), sendo a situa-ção interrompida por um pro-fessor. Há relatos de vidros par-tidos e mobiliário pelo ar, mas a escola desmente esses mesmos relatos.

O incidente ter-se-á dado numa zona de restauração daquele estabelecimento de ensino quando dois alunos começaram a injuriar-se mu-tuamente numa troca de em-purrões, o que levou a que se gerasse uma confusão momen-tânea naquele espaço. Logo outros alunos se envolveram na confusão que acabou por ser interrompida por professores e funcionários.

Alguns pais apontaram atra-vés das redes sociais que os alu-nos chegaram a partir vidros e a atirar cadeiras pelo ar, apon-tando dedo à escola por não

assumir o que por lá se passa.Ao Semanário V, o diretor

da EPATV, João Luís Noguei-ra (JLN), confirma a troca de agressões mas diz que “não foi nada fora de controle, até por-que os alunos voltaram para as aulas normalmente”.

“É normal nestas idades os jo-

vens chateiam-se por muitas coisas e neste caso acho que foi por causa de uma namora-da, não sei bem”, diz o diretor, indicando que “um professor que estava lá terminou rapida-mente com a confusão”.

Questionado sobre os vidros partidos e mobiliário ‘voador’,

João Luís Nogueira diz que”é falso”. “Não foram partidos vi-dros ou mobiliário, foi uma coisa rápida num intervalo da manhã e tudo decorreu normalmente após a pequena zanga”, finali-za o diretor da EPATV.

Vila Verde

Desacatos. Alunos à porrada dentro do bar da EPATV

EPATVEscola Profissional Amar Terra Verde

Tribunais. Adiada sentença das cartas de condução

DrExaminador Joaquim Oliveira

[email protected]

facebook.com/APDAAVV

Responsabilidade Social

Foram me dando co-mida, e tiveram pena de mim, mas isso não impediu que entrasse no canil.É verdade encontra-ram-me a vaguear numa estrada nacio-nal em Vila Verde. Era bastante movimenta-da, mas eu não me desviava porque não queria sair dali. Foi ali que me tinham dei-xado, talvez quando voltassem para trás me vissem. Mantive essa esperança durante algum tempo. Até ter entrado no canil, aqui ainda ninguém me veio ver, nem procurar. Por cá tenho passado os meus dias. Só vejo os voluntários dia sim dia não, quando me vêm passear. Este lugar é triste para um cão tão alegre como eu. Chamo-me Colin, tenho cerca de 2/3 anos e sou de por-te médio, (12/15Kg). Brinco muito quando me vem cumprimen-tar. Dou beijinhos e lambidelas. Salto para me verem melhor. Bem faço de tudo o que um canídeo como eu pode fazer para que me levem para uma casa.Preciso muito de uma família. Não posso pas-sar o resto da minha vida dentro destas paredes sufocantes. Venham visitar-me, passear, adotar … Lambidelas, Colin.

COliN

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SEMANÁRIO V, 14 MAR 2018 |7

• Redação

Decorreu no passado sábado a apresentação da publica-ção “Pela Nossa Terra – Minho de 2018”, da autoria do euro-deputado vila-verdense José Manuel Fernandes. E contou com a presença massiva de vários rostos conhecidos dos so-ciais-democratas, tendo como figura máxima o novo líder do PSD, Rui Rio. A principal ausên-cia foi Rui Silva, líder da conce-lhia de Vila Verde.

Num sinal de união com o po-der central, o também líder da distrital PSD, José Manuel Fer-nandes chamou ao evento os autarcas ‘laranja’ da região, como António Vilela, Ricar-do Rio ou Manuel Tibo, e nem Adelino Machado de Escariz ou Carlos Cação (Vade) falta-ram ao repto, em Arcos de Val-devez.

Este parece ser já um passo na luta pelo poder concelhio em Vila Verde, uma vez que Rui Silva, atual presidente do PSD de Vila Verde, foi um dos ros-tos fortes da campanha que elegeu o novo líder social-de-

mocrata, enquanto a ala mais próxima a JMF era apoiante do outro candidato.

JMF ganha assim um apoio público por parte do líder do partido, numa tentativa de evi-tar rumores e notícias que os dão como afastados. No en-tanto, e ao que o V apurou, a ala de Rui Silva prepara uma surpresa para o antigo presi-

dente da Câmara de Vila Ver-de.

Já quanto à obra lançada pelo eurodeputado do PSD, e que é o cerne da reunião, “é um desafio à reflexão sobre o futuro da União Europeia e da Região, expõe informação so-bre a atualidade da União Eu-ropeia e diversos aspetos da realidade regional, incluindo os

municípios e as freguesias dos distritos de Braga e Viana do Castelo”.

A apresentação da obra foi feita pelo reitor da Universi-dade do Minho, Rui Vieira de Castro, e contou com a parti-cipação, além de Rio, do pre-sidente da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves.

• Redação

A Santa Casa de Vila Verde as-sinalou o Dia Internacional da Mulher com ofertas às colabo-radores e utentes das UCC, des-

de bolos de coco até rosas mul-ticolores em todos os balcões do hospital daquela instituição. Também na farmácia da SCM-VV foram oferecidas flores e vouchers a todas as clientes.

Em comunicado, a SCMVV

realça que “noDia Internacio-nal da Mulher, a Santa Casa de Vila Verde congratula-se por ser uma instituição que promo-ve a igualdade das mulheres, inserindo nos seus quadros mu-lheres de todas as áreas de for-

mação nas diversas valências”.Segundo a SCMVV, diaria-

mente “é notório a quem se desloca ao Hospital da Mise-ricórdia de Vila Verde, ao In-fantário, aos lares, ao CAO e às unidades de Prado e Val-bom São Pedro, a quantidade de mulheres que todos os dias de dedicam de corpo e alma à instituição”.

“Hoje, é um dia especial para a nossa instituição. Lembrámos o Dia Internacional da Mulher, porque sabemos o papel fun-damental que têm, não só na nossa instituição, mas também na sociedade. Sabemos que é muito importante haver igual-dade entre os colaboradores homens e mulheres pois só as-sim conseguimos ter uma equi-pa coesa, dedicada e unida”, refere o provedor da institui-ção. Bento Morais felicitou to-das as mulheres que trabalham na SCMVV e também todas a utentes, familiares e mães dos meninos do infantário de Vila Verde, Prado e Valbom.

Vila Verde

JMF. ElEiTO rElATOr DOS iNCêNDiOS

O eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, foi escolhi-do relator do Parlamento Eu-ropeu para a mobilização do Fundo de Solidariedade da União Europeia para apoio às populações afetadas pelos in-cêndios em Portugal em 2017. Faz parte do mesmo relatório França, Espanha e Grécia rela-cionadas com catástrofes na-turais ocorridas durante o ano de 2017.

Na proposta Portugal recebe-rá mais de 50 milhões de euros (50.673.132 € montante onde está incluído o adiantamento de 1.494.331 € concedido pela Comissão em 9 de Novembro, e pago na íntegra a 29 Novem-bro de 2017) para apoiar as populações e as regiões afe-tadas, depois da destruição provocada pelos incêndios flo-restais de 2017 que causaram prejuízos avaliados em cerca de 1.458 mil milhões de euros e uma área ardida superior a 400 mil hectares.

O Eurodeputado, José Ma-nuel Fernandes, irá propor “que o Parlamento recomende que a Comissão aprove a reprogra-mação do Portugal 2020 para fazer face aos prejuízos e aju-dar as populações afetadas pelas tragédias ocorridas em 2017”.redação

SCMVV. Assinalou o Dia internacional da Mulher

Política. José Manuel Fernandes já prepara autárquicas 2021

JOAquiM ribEirOMulheres têm um papel maioritario na vida da SCMVV

DrJosé Manuel Fernandes apresentou nova edição do livro “Pela Nossa Terra”

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8|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Fernando André Silva

Foram retomadas as obras de construção do quiosque situa-do no Largo de São Sebas-tião, no coração da Vila de Prado, após embargo por par-

te do novo executivo da jun-ta de freguesia. A confirmação foi avançada ao Semanário V pelo presidente da junta.

Segundo Albano Bastos, mal o novo executivo entrou em funções, foi ordenada a para-gem temporária da obra por

falta de financiamento. Re-corde-se que este quiosque faz parte do projeto de requa-lificação de todo o Largo São Sebastião apoiado pelo Muni-cípio de Vila Verde, já concluí-do no centro, mas as obras no quiosque pararam em outubro,

sendo que estas são do encar-go da junta de freguesia.

Ao V, o novo autarca não quis entrar em pormenores téc-nicos, mas os cofres da autar-quia não suportavam o inves-timento na obra, até agora a cargo da empresa Sá Macha-do, única concorrente ao ne-gócio na altura. Segundo o autarca, o investimento é de-masiado “avultado” para a obra que é e foi encontrada outra solução.

“Já reunimos com outro em-preiteiro depois de termos en-contrado uma solução de fi-nanciamento, que passa por uma parceria entre a Junta de Freguesia e a empresa que vai explorar o quiosque. Haverá um adiantamento de rendas à autarquia, o que possibilitará fi-nanciar a conclusão das obras previsivelmente ainda antes da Páscoa”, refere Albano Bastos.

O quiosque tem adjacente uma cobertura para abrigar os utentes dos autocarros que pa-ram naquele local e que terão ao seu dispor todos os serviços habituais num estabelecimen-to deste género.

Prado. Já PrePara os ‘Passos’

A Vila de Prado prepara-se para cumprir a tradição com mais uma edição da carismá-tica Procissão dos Passos, uma celebração religiosa que, a cada dois anos, cria um au-têntico mar de fé que inunda a principais artérias da Vila de Prado. Uma adesão maciça que se justifica tanto pela imen-sa beleza do desfile como pelo imenso simbolismo que lhe está associado. A edição de 2018 está marcada para o próximo dia 25 de março. Como é ha-bitual, ao início da tarde, o cor-tejo parte da Igreja da Vila em direção à Capela do Bom Su-cesso, no Largo de S. Sebastião, em pleno centro urbano da fre-guesia.

A Procissão atinge o apogeu no encontro entre a figura da Virgem Maria e de Jesus Cris-to, em pleno Largo de S. Se-bastião, com uma narração emotiva e eloquente que ape-la ao sentimento dos presen-tes, criando um momento im-pactante e de grande carga emotiva. O retrato do percurso palmilhado por Cristo em bus-ca da redenção da humanida-de termina com o regresso do cortejo ao ponto de partida, a Igreja da Vila, onde tem lugar a rendição do centurião.

A Junta de Freguesia da Vila de Prado volta a apoiar a ini-ciativa em termos de logística, tal como várias associações locais, que colaboram com a paróquia e com a Comissão encarregue da Procissão dos Passos para dar corpo a uma antiga e muito acarinhada tra-dição.Redação

• Fernando André Silva

A tradicional “procissão da bur-rinha”, durante a Semana San-ta de Braga, inspirou o execu-tivo da Junta de Freguesia de S. Vítor, em Braga, a propor a criação de uma estátua no centro de Braga.

O anúncio foi feito ontem por Ricardo Silva, presidente da Junta de S. Vítor, durante a apresentação da procissão “Vós Sereis o Meu Povo”, mais conhecida como “procissão da burrinha”, que se realiza na noite de quarta-feira antes da Páscoa e pretende juntar mais de mil figurantes por entre os 22 quadros bíblicos recriados.

Segundo Ricardo Silva, vai ha-ver uma tentativa de financiar o projeto da escultura através do “Orçamento Participativo”, e já foram encetadas conver-sações com o escultor braca-rense Alberto Vieira que terá aceitado o repto. O local pre-tendido para a estátua é no lar-go da Senhora-a-Branca.

Note-se que nesta procissão, Maria segue em cima de uma burrinha verdadeira, o que terá dado o nome à forma popular

de apelidar a procissão que o Cónego Melo não gostava.

Como nota de curiosidade,

as burras que têm participa-do nestas procissões durante os últimos anos são criadas por

Francisco Ferraz, em Escariz São Mamede, no concelho de Vila Verde.

Vila Verde

escariz. Burrinha do Ferraz vai ter estátua em Braga

Fernando andré silvaFrancisco Ferraz é o criador das burrinhas que participam na procissão

vila de Prado. retomada construção do Quiosque do largo são sebastião

Fernando andré silvaobras no quiosque de são sebastião devem terminar antes da Páscoa

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018 |9

• Fernando André Silva

Um homem com cerca de 40 anos ficou com ferimentos após entrar em despiste, num quadri-

ciclo motorizado (Moto 4), ao início da tarde de quinta-feira, no lugar de Chão, em Aboim da Nóbrega, concelho de Vila Verde.

O homem, que vive em Vila

Praia de Âncora, treinava em caminhos de monte em con-junto com outras duas moto 4, conduzidas por dois amigos, para a mítica prova de Todo o Terreno que se realizou este fim de semana em Arcos de Valde-vez.

Pelo que foi possível apurar junto da vítima e dos amigos, o condutor terá perdido o con-trole da mota quando entrou em despiste, caindo cerca de seis metros numa ravina, fican-do preso em silvado, a meio da descida. Os Bombeiros Voluntá-rios de Vila Verde foram mobili-zados para o local onde deram a primeira assistência à vítima, que acabou por ser transpor-tada para o Hospital de Braga com ferimentos considerados li-geiros.

O Moto 4 teve de ser rebo-cado com recurso a um tra-tor de um popular que acorreu ao acidente. A Guarda Nacio-nal Republicana de Vila Verde foi chamada ao local e tomou conta da ocorrência.

Vila Verde

aboim. Treinava na Moto 4 para o TT dos arcos quando caiu em ravina

doMingos CosTaMoto 4 teve de ser rebocado por populares

• Fernando André Silva

Sempre que chove com maior intensidade, voltam os proble-mas de acesso a um estabele-cimento comercial em Aboim da Nóbrega, fruto de erros téc-nicos durante a construção da Estrada Municipal (EM) 548 à face daquele café, situado en-tre a fronteira dos concelhos de Vila Verde e Ponte da Bar-ca.

Uma inclinação no piso da estrada mesmo junto à entra-da do café Ponto de Encon-tro transforma metade da via e ainda o acesso para o interior num autêntico lago pela má drenagem das águas da chu-va.

Os proprietários não podem corrigir o declive que vem des-de o centro da via municipal por ser de intervenção pública e já reuniram com Câmara de Vila Verde e com a junta, ob-tendo várias promessas de re-solução… mas continua tudo igual.

A questão já tinha sido levan-tada pelo Semanário V no final de 2017, com os proprietários a reclamar a resolução de um problema que dura há mais de dez anos. Hortelinda Pinheiro,

proprietária do estabelecimen-to, explicou que “quando fize-ram as obras deixaram a estra-da mal feita, inclinada para a entrada do café”.

“Cada vez que vem um bo-cado de chuva junta-se ali uma piscina e os clientes que cá estão não conseguem sair, e os que querem entrar dão meia volta e vão embora por-que não dá para passar”, refe-re Hortelinda, revelando que já falou com o presidente da Câ-mara de Vila Verde, António Vi-lela, e que até hoje, “nada”.

Na altura, o executivo da jun-ta liderado por João Fernan-des, que foi entretanto reelei-to, explicou que é necessária a autorização da Câmara de

Ponte da Barca, porque os tu-bos de escoamento das águas pluviais vão desaguar àquele concelho, a poucos metros de onde está o café.

O autarca também disse que no início de 2018 o problema seria resolvido, mas continua tudo igual, causando indigna-ção nos clientes daquele espa-ço. Contactado pelo V, João Fernandes apontou responsa-bilidades para a Câmara de Vila Verde. “A situação já foi exposta, já levei lá o presiden-te várias vezes e até hoje nada. Não há muito mais que possa fazer, só quando a CMVV to-mar medidas é que se poder resolver a situação”, frisou o autarca aboinobrense.

aboim. erro na construção de estrada impede entrada em café quando chove

Breves

A paróquia de Escariz S. Mar-tinho, do arciprestado de Vila Verde, recebeu no passado domingo o Bispo Auxiliar de Bra-ga para a celebração da con-firmação do sacramento do crisma, cerimónia realizada na-quela igreja paroquial, que en-cheu.

D. Francisco Senra deu o sa-cramento da confirmação a um grupo de dez crismandos, provenientes daquela fregue-sia, que se mostraram conten-tes por mais um passo dado na vida religiosa, depois de um ano intensivo de preparação a nível de catequese.

sabariz. idoso atropelado na en 308Um homem de 76 anos foi abal-roado por um veículo ao final da tarde da passada quinta-feira, em Sabariz, Vila Verde.

O atropelamento deu-se por volta das 19 horas na Estrada Nacional 308, não deixando, no entanto, mazelas de maior na vítima.

No local estiveram os Bombei-ros de Vila Verde com uma am-bulância e transportaram o ho-mem para o Hospital de Braga por precaução.

9 paineis sobre a Solenidade dos Passos na capela do Senhor do Horto, em Vilarinho, Vila Verde, foram requalificados.

Os mesmos podem agora ser contemplados em período no-turno depois da instalação de luzes cénicas n

Moure. despiste contra camiãoUma jovem de 28 anos ficou fe-rida após colisão contra um pe-sado de mercadorias, na pas-sada sexta-feira, em Moure, Vila Verde.

A colisão deu-se por volta das 10h30, na Estrada Nacional 201, junto a uma pastelaria, quando a jovem seguia no sentido Pra-do – Ponte de Lima.

Os Bombeiros de Vila Verde socorreram a vítima que apre-sentava escoriações na face provocadas pelos vidros parti-dos.

escariz. Bispo visitou Centro socialO Centro Social de Escariz, em Vila Verde, recebeu na passa-da quarta-feira a visita pastoral do Bispo Auxiliar de Braga, D. Francisco Senra.

O religioso celebrou a euca-ristia realizada no centro social e participou no lanche conví-vio com os utentes residentes e com a restante população.

D. Francisco Senra Coelho nasceu a 12 de Março de 1961, em Maputo, Moçambique.

soutelo. Caminhada pelas mulheresAs comemorações do Dia Inter-nacional da Mulher, que se ce-lebrou a 08 de março, deram o mote para uma iniciativa de populares da freguesia de Sou-telo, que decorreu durante a manhã do passado domingo com uma caminhada pela fre-guesia, uma aula de zumba e a oferta de uma flor a todas as participantes.

A atividade foi organizada com o intuito de homenagear de forma simbólica a luta das mulheres ao longo dos séculos por uma sociedade mais justa e inclusiva.

escariz. Bispo crismou dez paroquianos

drCafé Ponto de encontro, em aboim da nóbrega

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10|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018 Vila Verde

• Fernando André Silva

Maria Gonçalves da Rocha ti-nha 45 anos e vivia na Bélgica com o marido belga e a filha de ambos, há onze anos. Terá sido assassinada à facada na madrugada do passado dia 6 de março, pelo próprio marido, dizem as autoridades belgas.

Em Oleiros, Vila Verde, de onde é natural a família de Maria Rocha, a consternação e revolta é enorme por entre os familiares. Deixa uma filha de nove anos que terá assistido a tudo. Os pais da vítima mor-tal, foram apanhados de sur-presa com este desfecho, não desconfiando que o genro se-ria capaz de cometer tal bar-baridade.

Maria da Glória Gonçalves, mãe, abriu as portas de casa ao Semanário V, visivelmen-te emocionada com o trágico desfecho da filha, sobretudo porque não desconfiava que o genro fosse fazer algo deste género. A mãe deixou mesmo um conselho para todas as mu-lheres que possam estar em ris-co de violência doméstica.

“Todas as mulheres, se real-mente sofrem, deviam de os denunciar. De se libertarem o mais rapido possivel. Não há di-reito de matar assim uma mu-lher. Não há direito. Estou re-

voltada contra ele, por ter feito uma coisa destas. Como é pos-

sível”, diz Maria da Glória, tolhi-da pelas lágrimas.

“O meu genro, esse homem, parecia uma pessoa

inacreditável”

“Nem tudo o que parece é… O meu genro, esse homem, pa-recia uma pessoa inacreditá-vel. Chegávamos lá, não tinha mais do que olhar por nós, nun-ca nos ofendeu. A minha filha dizia sempre que estava tudo bem. E ele mata a minha filha não sei porquê. Não sabemos o motivo”, diz Manuel Rocha, consternado, confessando que “está a ser um momento muito difícil de ultrapassar”.

“Este desgosto.. não há pala-

vras. Estamos revoltados pelo que aconteceu. Ainda no do-mingo a nossa filha mandou-nos uma mensagem a dizer que estava tudo bem e na ter-ça de manhã acontece isto. Na altura pensámos que tinha morrido de um ataque, ou algo do género, só na quarta-feira,

é que disseram-nos que na in-ternet se dizia que ele a matou. Comuniquei a um genro meu que está no Luxemburgo e ele foi à polícia belga para saber uma certeza. Ele perguntou e as autoridades disseram que foi mesmo ele que a matou”, diz o pai de Maria da Rocha, que

quer que a neta, agora a car-go da polícia belga, venha vi-ver com os avós.

“A minha neta, vamos ten-tar trazer para o Luxemburgo para ficar connosco. Da parte do pai ela não tem grande fa-mília. Ele tem um filho com 18 anos e uma irmã, mas a nos-sa neta vem viver connosco ou com algum tio no Luxembur-go”, vinca o emigrante natural de Cervães, Vila Verde.

Maria Rocha era cabeleirei-ra e tinha o próprio salão, a pouca distância do bar onde foi encontrada morta, que era gerido pelo marido. O bar en-

contra-se fechado por ser uma cena de crime.

O corpo da portuguesa che-gou a Vila Verde na sexta-feira e foi a sepultar no sábado, no cemitério paroquial de Oleiros, já com a presença da filha. O marido, continua entregue às autoridades belgas enquanto aguarda julgamento

Oleiros. Mãe da portuguesa assassinada pede às mulheres que denunciem abusos

fernandO andré silvaPais de Maria rocha revoltados com o ato do genro

drMaria Rocha tinha 45 anos e vivia com a filha e o marido na Bélgica

Maria rocha foi sepultada em

Oleiros no passado sábado por entre lágrimas da filha

e dos pais. a emigrante foi

assassinada pelo marido na Bélgica

Maria rocha, de 45 anos, vivia há

11 na Bélgica onde conheceu o marido.

Geria um salão de cabeleireiro

e ajudava no bar onde foi assassinada

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|11Opinião

Peter Singer, filósofo da éti-ca, conhecido pelo “ utilitaris-mo de preferência” no seu li-vro “Ética Prática” apresenta um caso aos leitores, que cons-ta na construção de uma em-presa num determinado rio, seria possível, mas talvez dema-siado longo explicar a constru-ção do utilitarismo e a sua mo-ral como regulador na análise de ambos os prismas de for-ma imparcial, mas certamen-te eu não seria a pessoa mais academicamente certa para o fazer, ao não passar de uma leitora, com especial atenção sobre questões éticas, por isso resumo a uma questão: Qual o direito do ser humano para destruir um local onde habitam outros seres sencientes? Pode-se analisar dois primas: a cria-ção de postos de emprego na área energética, criação de serviços e a crescente neces-sidade de construção de habi-tações, por outro, a destruição de um espaço onde vivem se-res sencientes, onde há árvores e um parque onde diariamen-te vários humanos e não hu-manos fazem várias atividades.

A escolha da fábrica, em prol do rio é uma escolha económi-ca aliada à incapacidade go-vernativa de defender mesmo que o é destituído do respeito pelo outro, sempre que a ba-lança pesa para o lado econó-mico e materialista benefician-do o consequente aumento da riqueza das pessoas ligadas à indústria (deste exemplo ou ou-tro) estamos a decidir não ape-nas por nós, mas também pelo futuro da nossa sociedade e de todos os que connosco coabi-tam o planeta, hoje e amanhã.

Braga tem a nível ambien-tal várias situações, onde a au-sência de medidas do execu-tivo, ou decisões que visam o capitalismo coloca a cidade no topo das que apresentam a pior qualidade do ar no país, a par de várias áreas verdes su-baproveitadas, abandonadas sem limpeza ou cuidados na re-florestação conscientes.

Os espaços verdes, ou a sua falta, não são a única ques-tão ambiental preocupante, os rios que passam na cidade são alvo de vários problemas, o rio Cávado face à explora-

ção energética dizimou a vida dos peixes, aumentou o caudal (acima do normal) que termina com o possível areal aprazível na época balnear, esta opção prende-se com o benefício de uma empresa privada de pro-dução energética e fomenta o benefício de uma empresa náutica, igualmente privada. Outro exemplo é o Rio Este, en-tubado, poluído e redireciona-do de acordo com as cons-truções de uma cidade, que cresceu em urbanismo e dimi-nui drasticamente a qualidade de vida dos seus habitantes a par das frequentes descargas ilegais que é habitualmente ví-tima.

Braga carece igualmente de programas a fomentar a re-ciclagem nos serviços públicos, não se pode continuar a igno-rar a separação dos resíduos recicláveis, a Braval, empresa responsável pela recolha pre-cisa de implementar ações de sensibilização para a reutiliza-ção a par de benefícios para quem o faz. A reflorestação, por sua vez, não pode ser trans-formada em eventos sem pla-

neamento e sem acompanha-mento, como é transversal na área circundante da cidade.

Uma cidade deve, do ponto de vista ético defender os seres sencientes e a sua envolvência, não é possível aceitar como ra-zoável a ignorância dos direitos da natureza. Todos, diariamen-te consumimos informação so-bre a gravidade das alterações climatéricas, milhares de estu-dos científicos mostram a reali-dade que no limite condenam toda a existência. O ser huma-no tem de centrar-se nos para-digmas atuais e abandonar a teoria antropocêntrica onde o homem objetivava tudo à sua volta.

Depende de cada um, e de todos, através da representa-ção política trabalhar na cons-trução de uma cidade amiga do ambiente onde escolhemos com base no bem estar do ou-tro que também somos nós.

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Com o caso “E-toupeira” a fa-zer manchetes em todos os ór-gãos de comunicação social a nível nacional, chegou a vez de Vila Verde ser presenteado por uma. Vila Verde está em todas! Chegou-nos, à redação do V, um e-mail que andou a circular em janeiro deste ano num grupo fechado enviado por um engenheiro biomédico especialista em candidíase vaginal, onde falava na aná-lise da sua estratégia falhada na escolha de Pedro Santana Lopes (PSL) nas eleições diretas do PSD. Diz o próprio que hou-ve mesmo uma “enorme difi-culdade e resiliência em votar

PSL” e que falharam “categó-ricamente na mobilização nas freguesias de Atiães, Parada de Gatim e Ponte”. Na mesma reflexão, debruçando-se sobre os resultados nas freguesias de Cervães, Vila de Prado e Ri-beira do Neiva, conclui que o “produto era de difícil venda”.Afirmando-se como enge-nheiro de formação, quis descomplicar o que não era complicado de se ver, e fez umas contas à merceeiro (po-derá ter aprendido em miúdo ao balcão) onde chegou em tom vitorioso a afirmar que “os novos players não são Rui Silva, Hélder Forte e Miguel Peixoto como se apregoa”.

O verdadeiro sumo desta novela é que o engenheiro acredita piamente que ele e a sua trupe, se se mantiverem “unidos, venceremos, caso essa seja a vontade do grupo, as eleições internas” em Vila Verde. De resto dá para perceber o cargo profissional que ocupa este nosso engenheiro, pois a tratar das “infeções” é que se proteje o “corpo”, não vão elas crescer e tomar conta dele até á cabeça.

Fazendo uma breve pesquisa pelo Wikipédia sobre o termo “SPAM”, facilmente se perce-be o seu significado, ou seja, “é uma mensagem ridícula, sem propósito, e irritante, ou que na sua forma mais popular, é sinónimo de lixo eletrónico e designa mensagens com fins publicitários.”Em Vila Verde, algumas pes-soas, inclusive com responsabili-dades políticas, dedicam o seu tempo livre a usar e abusar da imprensa e das redes sociais, quer para o ataque pessoal, quer para o alarme social.Estas pessoas lutam constante-mente pelo domínio da difusão da informação, para se incutir a verdade ou a falsidade que lhes interessa, onde na maioria dos casos a contra-informação é a estratégia para se tentar neutralizar ou mesmo impedir o acesso à informação verda-

deira. Contudo, a verdade existe!

Ainda recentemente, assisti-mos ao “SPAM” POLÍTICO, com a divulgação do ranking das escolas portuguesas, criando um alarme social nos Vilaver-denses, e onde acusavam o Executivo Municipal de um si-lêncio ensurdecedor sobre esta questão. Curiosamente foram os mesmos que no dia seguinte vieram repudiar o alarme social criado com este assunto...

“Alguém quer adotar um?” Esta publicação surgiu através de um político, a propósito de um desfile canídeo integrado na Gala Namorar Portugal, e vi-nha ilustrada com a fotografia do executivo municipal do PSD.Por parte do autor, resume-se a falta de educação gratuita? Ou será um ataque à Associa-ção para a Defesa dos Animais e Ambiente de Vila Verde?

Ou simplesmente, estaremos na presença de um político ressa-biado?

E-toupEira dE Vila VErdE

“SpaM” polÍtiCo

filipe lopes

Deputado Municipal

a étiCa aMbiEntal E braga

elda fernandes

Braga para Todos

Paulo Moreira Mesquita

Diretor do Semanário V

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12|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018 Centrais

Uma grande paixão fez com que Luís Ferreira trocasse a li-cenciatura de Direito pela de História. E já começa a colher frutos. Natural de Cervães, Vila Verde, este jovem de 28 anos foi no passado fim de sema-na distinguido pela Sociedade Martins Sarmento como o me-lhor aluno finalista da licencia-tura de História, na Universida-de do Minho, sendo o corolário de um percurso à base da pai-xão, sim, mas também de mui-ta garra.

Ao Semanário V, o jovem pre-miado que abre livros todos os dias, abriu o livro da própria vida, desta vez. Natural de Cer-vães, fez todo o percurso esco-lar básico e secundário em Vila Verde, onde alguns professo-res de História deixaram mar-ca, como o “professor Lima e a professora Ana Covas”. Mas o jovem começa por revelar o porquê de ter seguido este caminho, nem sempre olhado com bons olhos pelo mercado de trabalho.

“História é a minha paixão. Uma paixão muito grande, até. Confesso que quando entrei para a Universidade do Minho, andei enganado. Primeiro fui para direito e fiz três anos com-pletos, mas ao final do terceiro não continuei”, revela, expli-cando que tirou “um ano para trabalhar”.

“Fiquei a ajudar os meus pais numa loja que eles têm e foi du-rante esse período que resolvi voltar a estudar. Fui novamen-te à Universidade do Minho, já em setembro, e disse que que-ria estudar História. Havia uma vaga à minha espera e então inscrevi-me. Pode-se dizer que foi um cruzamento perfeito en-tre a minha vontade de estudar e a vaga disponível”, conta Luís Ferreira, que, embora desani-mado com o Direito, percebeu que “quando se faz o que se gosta, os resultados aparecem logo”.

Mas e a paixão que o levou a seguir este caminho? Luís expli-ca: “Tem a ver com duas situa-ções. A primeira era um traba-lho que fazíamos com trajes de anjinhos para as procissões que me fez crescer num ambiente rodeado de histórias bíblicas. A minha mãe faz trajes históricos e é daí que vem o gosto”, con-ta. Já o segundo motivo foram mesmo os professores que en-controu na Escola Secundária de Vila Verde

“Tive excelentes professores de História em VIla Verde. Posso destacar a professora Ana Co-vas, e outro muito carismático no secundário que era o pro-fessor Lima. Um professor de ca-tegoria. Ele chegava à sala de aulas e se achasse que era me-lhor não dar aula, discutíamos Historia e Politica . Ele ensinou-me que História também é isso. É consciência critica e pensar no presente, não só passado”,

conta o estudante agora pre-miado.

Sobre a aptidão para a dis-ciplina, Luís revela ter “alguma capacidade para relacionar factos e para perceber perío-dos”.

“Tive bons resultados, mas tive predilicao pela História Moder-na, século 16, 17 e 18, mas so-bretudo pelo século 16”conta, explanando que foi um século em que “a hegemonia da igre-ja católica se alterou, os prin-cipes afirmaram-se, o renas-cimento afirmou-se, e a igreja saiu reforçada, apesar de estar enfraquecida.

“É um periodo que lança as bases do que conhecemos hoje. A propriedade privada, as boas maneiras, o estado bu-rocrata, tudo o que nos define tem essa raiz no século que foi de mudança”, explica.

Crítico para com aqueles que alegam que licenciatura de História não tem utilidade, Luís Ferreira apelida de “ignoran-tes” a quem não tem noção da importância da História de um país.

“Como essas pessoas têm no-ção do seu passado, sabem quem é a mãe e o pai, e se não sabem terão curiosidade de saber, também o país precisa de conhecer as suas origens. É isso que nos identifica. É a histó-ria que atribui sentido ao Esta-do. Identificamos todos como portugueses porque há uma coerência dada pela História, como as bandeiras, por exem-plo. Quem alega que a licen-ciatura não tem utilidade está a passar uma clara informação de ignorância”, diz o cervanen-se, agora a residir em Braga, que em breve vai concorrer a um doutoramento para seguir depois a área de investigação.

“O que me vejo a fazer no fu-turo deve passar por escrever. A componente interventiva e política que a História tem é algo que me interessa. A vi-são perfeita que tenho de mim mesmo é a investigar e a escre-ver, e se tiver alguma relevân-cia, melhor. Se tiver oportunida-de de ensinar o que sei, tanto melhor, desde que o conheci-mento que vou adquirindo seja suficiente para isso”, finaliza Luís Ferreira, alheio a críticas de quem desvaloriza a História e a Cultura numa sociedade mo-derna, equilibrada, e que não renega as suas origens.

Fernando André Silva

Luís Ferreira.É de Vila Verde o melhor aluno

de História da UMinho

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|13Centrais

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Luís Ferreira.É de Vila Verde o melhor aluno

de História da UMinho

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14|SEMANÁRIO V, QUA 28 FEV 2018 PU

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|15

• Redação

Este ano o Groove deixa Cas-cais e muda de cidade – Bra-ga – e decorrerá no novíssimo Forum Braga entre os dias 27 e 28 de julho. O Braga Groove re-gressa assim em 2018 com novo local, novas datas e acima de tudo com propostas inovado-ras que pretendem reforçar e melhorar o que de diferente e bom caracterizou a segunda edição. Para já, está confirma-do o concerto de Yann Tiersen.

Para o Forum Braga, a realiza-ção deste festival no novo es-paço contribui para posicionar a cidade de Braga como desti-no de referência do país, para o turismo de negócios e para a realização de grandes even-tos culturais. Depois das obras de requalificação, o Forum Bra-ga – que abrirá portas a 27 de abril de 2018 – está dotado de modernas infraestruturas que

oferecem as condições ideais para a realização de festivais como este.

Yann Tiersen é a primeira grande confirmação, recente-mente, com dois Coliseus com-pletamente esgotados, regres-sa ao nosso país e desta vez ao Braga Groove. No dia 28 de ju-lho, traz ao Braga Groove um concerto único e intimista onde irá apresentar o novo livro de partituras “EUSA”, pretendendo levar o público numa viagem pela ilha Ushant, na Bretanha, sua terra natal.

Yann Tiersen vai tocar temas já conhecidos do público, mas o ‘core’ da atuação vai ba-sear-se nos novos temas, sen-do esta uma excelente oportu-nidade para conhecer ao vivo os 10 registos que compõem “EUSA”.

O músico explica que “cada peça está relacionada com uma determinada localização na linguagem local, onde vive.

• Redação

A empresa SIGNINUM, especia-lizada na área da conservação e restauro, vai receber perto de um milhão de euros de finan-ciamento comunitário para in-vestir em inovação, ao entrar na fase 2 do programa comu-nitário SME Instrument do Hori-zonte 2020.

De acordo com um comuni-cado divulgado pela Agência Nacional de Inovação (ANI), a SIGNINUM viu “aprovado um projeto de inovação de base tecnológica para a segunda fase do programa comunitá-rio SME Instrument do Horizon-te 2020”.

No primeiro concurso des-te ano foram submetidas 1.154 propostas a nível europeu, das quais foram selecionadas para financiamento apenas 57, isto é, menos de 5% do total.

Das 30 empresas portuguesas que participaram neste concur-so, a SIGNINUM foi “a única se-lecionada, devido à sua tecno-logia de análise multiespectral, “revolucionária no mercado da conservação e restauro”, que lhe permite obter informações sobre o interior das obras de arte, lê-se no comunicado.

A análise multiespectral possi-bilita perceber o que está por trás das pinturas, quantificar as vezes que o quadro já foi pinta-do, bem como os vários mate-riais utilizados.

O presidente executivo SIG-NINUM, António Cardoso, con-siderou, citado no comunica-do, que a empresa “está muito honrada e satisfeita” por ter ob-

tido o “apoio claro” do SME Ins-trument para o seu projeto Xpe-CAM.

O SME Instrument do Horizon-te 2020 tem como objetivo de apoiar as pequenas e médias empresas (PME) com vocação altamente inovadora e capa-cidade de introduzir alterações disruptivas nos mercados.

Este programa está dividido

em duas fases: a primeira, dis-ponibiliza 50.000 euros por em-presa para o desenvolvimento de um estudo de viabilidade, enquanto a segunda, com um financiamento até 2,5 mi-lhões de euros por projeto, visa o apoio a atividades relaciona-das com o desenvolvimento e demonstração da inovação.

CULTURA

AGENDA

Património. Europa apoia empresa de restauro em Braga

15 mARTEATRo

o EsCâNDALo PhiLiPPE DUssAERT

21h30ThEATRo CiRCo

BRAGA

17 mARTEATRo E DANçAExPREssioNismo

09h00Com ALmA

BRAGA

16 mARCoNCERTo

hmB - NoiTE DA JUvENTUDE

22h00PóvoA Do LANhoso

16 mARCoNCERTo

ThE WhiTE KNiGhTs23h00

CRUfAmALiCão

festivais. Yann Tiersen confirmado no Braga Groove

DRfuncionários da siGNiNUm procedem a um restauro histórico

DRYann Tiersen

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16|SEMANÁRIO V, QUA 13 SEt 2017

• Redação

Oito novas ideias de negócio são apresentadas pelos seus autores esta quarta-feira, dia 14, na final da 18ª edição do IdeaLab - Laboratório de Ideias de Negócio. A iniciativa da Tec-Minho - interface da Universida-de do Minho inicia às 14h15, no espaço B-Lounge da Bibliote-ca do campus de Azurém, em Guimarães. A entrada é livre. Os projetos provêm de diversas áreas científicas, foram ama-durecidos nos últimos meses e chegam agora ao público e a um júri de personalidades con-vidadas. Há para descobrir um dispositivo de apoio na aplica-ção manual do soro a doentes (SerUM), uma tecnologia para pessoas com dificuldades cog-nitivas e de comunicação (TEA-genda), cadeiras com impac-to ambiental e cultural (Homing Museum) e soluções para o es-paço exterior ligando arquite-tura e mobiliário (FlowCo). Há

também uma linha de cosmé-tica 100% natural baseada no própolis (BeeAtive), um softwa-re de otimização e realidade aumentada para a construção civil (Real Project), produção/venda de cerveja artesanal (IberWolf CraftBeer) e técni-cas teatrais de comunicação (ComunicArte). Segue-se pelas 17h15 um sessão de networking entre os participantes.

O IdeaLab é pioneiro nas uni-versidades portuguesas, tendo desde 2009 apoiado mais de 250 ideias de negócio de 550 empreendedores das mais di-versas áreas, ligados essencial-mente à UMinho. Desta iniciati-va saíram mais de 40 empresas, estando a maioria delas afirma-da no mercado, como a Ear-box, Geojustiça, Bag4Days e Letra. O IdeaLab tem a parce-ria do Departamento de Pro-dução e Sistemas da Escola de Engenharia da UMinho e é co-financiado pelo Noroeste Em-preendedor e pelo Compete 2020.

Próxima edição com inscrições abertas

Além de conhecer ideias de negócio inovadoras da aca-demia, os interessados podem aproveitar para inscrever a sua ideia na 19ª edição do Idea-

Lab, cuja fase de candidatu-ras é precisamente até quarta-feira.

Alunos, docentes, investiga-dores e diplomados de qual-quer área podem concorrer in-dividualmente ou em grupo até cinco elementos.

Medicina. Neuropsiquiatria vale prémio a startup de Braga

Empresas. Oito novas ideias de negócio foram apresentadas na Universidade do Minho

O RGPD (Regulamento Geral de Proteção de dados) é o novo regulamento comunitá-rio de transposição direta em todos os países da União Euro-peia (UE) na qual as empresas têm de garantir a sua imple-mentação a partir de 25 de Maio de 2018. O Regulamento (UE) 2016/679

relativo à proteção de dados é um regulamento pelo qual o Parlamento Europeu, o Conse-lho Europeu e a Comissão Eu-ropeia pretendem reforçar e unificar a proteção de dados para todos os indivíduos na União Europeia. Os principais objetivos do

RGPD são dar aos cidadãos e residentes um controlo pos-terior dos seus dados pessoais e simplificar o ambiente regu-lamentar para os negócios in-ternacionais através da unifi-cação da regulamentação na UE. A adaptação das empre-sas a este novo regime tem de ser preparada, de forma a mi-nimizar o impacto nas organi-zações que este tipo de altera-ção implica, visando alcançar a conformidade obrigatória e evitando penalizações finan-ceiras bastante expressivas (até 4% da faturação do gru-po ou 20 milhões de Euros). Por um lado, temos um regu-

lamento obrigatório com um elevado número de requisitos e desafios, mas existe também a possibilidade de se tirar par-tido da implementação de medidas adequadas, pois a organização pode reforçar a confiança dos seus clientes e parceiros, ao mesmo tempo que garante um controlo efeti-vo dos dados a seu cargo, que reduzem os riscos externos e in-ternos no que diz respeito aos dados pessoais tratados pela organização. O regulamento faz falta mas

mais falta há sobre informação e implementação do mesmo! Vamos ver como as coisas cor-rem!

ANDRÉ ALMEIDAConsultor de Marketing

www.andretiagoalmeida.pt

RGPD! Já ouviu falaR?

DR IdeaLab

ECONOMIA

• Fernando André Silva

A startup de Braga ‘NeuroP-syCAD’ foi distinguida com o Prémio EmpreendedorXXI nas regiões Norte e Centro de Por-tugal, pelos serviços de supor-te ao diagnóstico de doenças neuropsiquiátricas. Nesta pri-

meira edição, em Portugal par-ticiparam 146 empresas numa iniciativa do do BPI, CaixaBank e da Caixa Capital Risc. O pré-mio é de cinco mil euros mas recebem também uma bolsa para um conhecido programa de universitário de crescimento empresarial no Reino Unido.

A NeuroPsyCAD fornece a

neurologistas, psiquiatras e neu-rorradiologistas, relatórios per-sonalizados de pacientes que os ajudam a fazer diagnósti-cos de vários distúrbios neurop-siquiátricos. A ideia passa pelo envio dos exames inconclusivos para um servidor alojado na ‘cloud’ da empresa para que sejam cruzados com imagens

de ressonância com recursos a algoritmos de inteligência ar-tificial que possam estabele-cer um perfil semelhante aos sintomas apontados pelo pa-ciente, comparando os dados, aumentando o rigor de diag-nóstico compatível.

“Nós queremos evitar que os doentes estejam tanto tem-po sem um diagnóstico e sem um tratamento correto”, afirma Hugo Ferreira, criador da em-presa. Hugo Ferreira fala mes-mo no primeiro caso ‘trabalha-do’ por esta startup, com uma mãe de um amigo que tinha um diagnóstico complicado. “”través da utilização do nosso sistema, conseguimos um diag-nóstico provável em dois dias. Este diagnóstico veio a ser con-firmado 6 meses mais tarde”, aponta o bracarense co-fun-dador da empresa com Diana Prata e Ricardo Maximiano.

Para além de trabalhar com doenças neurológicas, a equi-pa quer estender a análise dos diagnósticos para as doenças psiquiátricas, como o autismo e a esquizofrenia, áreas em que o diagnóstico é sempre com-plicado.

DREquipa da NeuroPsyCAD recebe o Prémio Empreendedor XXI

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SEMANÁRIO V, QUA 13 SEt 2017|17

• Redação

A jovem advogada Ana Patrí-cia Ribeiro, eleita em novembro presidente da Juventude So-cialista (JS) de Amares, tomou posse na passada sexta-feira, numa cerimónia que contou com os principais nomes socia-listas da região.

A “orgulhosamente socialis-ta” considera que “os jovens devem ter uma voz dentro de um partido, de modo a que se faça ouvir, com entusiasmo e na prática, na sociedade em que estão inseridos”.

A amarense, que já esteve

envolvida na última campa-nha autárquica integrando a lista socialista para a Câma-ra, dá este passo por entender que “esta é a geração mais bem preparada de sempre” e quer que os cidadãos voltem “a acreditar na política, a fazer política e a construir bons polí-ticos”.

A nova líder recolheu vários elogios e apoios de nomes co-nhecidos da juventude socia-lista dos concelhos vizinhos, como Vila Verde, Braga ou Fa-malicão.

• Fernando André SIlva

Pedro Costa, vereador socia-lista da Câmara de Amares, apresentou uma proposta em reunião de executivo para se realizar um estudo sobre a indi-cação de Amares nas placas de sinalização da região.

O candidato socialista que fi-cou atrás de Manuel Moreira (PSD) nas últimas autárquicas quer “boa informação e sinali-zação das estradas da região” para Amares se “afirmar en-quanto destino”.

Pedro Costa utilizou imagens para ilustrar a proposta onde aponta uma “sinalização clara-

mente deficiente em algumas das vias de maior circulação”, como as “saídas das autoestra-das e seus nós de acesso”.

“Não podemos continuar a sofrer a interioridade que se acentua por falta de um aces-so rápido às autoestradas”, aponta o socialista, conside-rando que o concelho amaren-

se presta “um papel secundário face aos concelhos vizinhos”..

“Não podemos ficar à mar-gem dos circuitos turísticos, no-meadamente daqueles que têm o Gerês como destino e já não atravessam o concelho de Amares, por seguirem outras opções”, finaliza.

BARCELOs. fURtO à EDP

O Tribunal da Relação de Gui-marães confirmou a condena-ção do dono de um café de Barcelos a uma multa de 1.650 euros pelo furto de energia elé-trica à EDP.

O arguido terá ainda de pa-gar uma indemnização de 11.514 euros à EDP – Distribui-ção de Energia, por danos pa-trimoniais.

O tribunal deu como provado que o arguido, por si ou atra-vés de alguém a seu mando, “manipulou” o equipamento de telecontagem e de potên-cia, para que parte da energia consumida pelo seu estabele-cimento comercial não fosse contabilizada.

A instalação era trifásica, mas o “shunt” da fase 1 foi retirado e o “shunt” da fase 2 aliviado, mantendo-se o da fase 3 inal-terado.

O tribunal considerou ainda provada uma adulteração do dispositivo de controlo de po-tência, passando a potência contratada, que era de 20,7 KVA, a ser fornecida a 41,4 KVA.

Este “esquema” terá funcio-nado desde fevereiro de 2013 até abril de 2016, data em que foi realizada uma vistoria por funcionários da EDP.

Nesse período, a energia des-sas fases foi fornecida a uma potência superior à contratada e não foi devidamente conta-bilizada pelo contador, sendo que a eletricidade consumida e não faturada atingiu o va-lor de 10.412 euros e o valor da potência suplementar utilizado e não faturado foi superior a mil euros.

Em julgamento, o arguido ne-gou ter procedido à remoção dos shunts e alteração da po-tência do contador, mas foi contraditado pelo depoimento dos funcionários da EDP.

O arguido acabou por ser condenado por um crime de furto qualificado.Redação

A ABRIR

Causas. Arquiteto de Braga desenvolve saneamento no ‘quilombo’ brasileiro

DRIgreja no Quilombo de santana, Brasil

REGIÃO

Política. Ana Patrícia Ribeiro tomou posse como líder da Juventude socialista de Amares

DRAna Patrícia Ribeiro é advogada

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18|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Fernando André Silva

Dois cães de raça podenga fo-ram encontrados mortos dentro de uma propriedade privada em Santa Cruz, na extremidade entre Amares e Terras de Bou-ro. A GNR de Amares deslocou-se ao local e suspeita de terem sido abatidos a chumbo de ‘za-galote’, material proibido. O caso passou para investigação do Serviço de Proteção da Na-tureza e do Ambiente da GNR.

O caso remonta à passada semana quando um caçador que tinha dado por falta dos podengos foi avisado de que

estariam já cadáveres dentro daquela propriedade, a cerca de um quilómetro e meio do lo-cal de onde tinham fugido, em Sequeiros, Amares.

Ao Semanário V, o caçador, Carlos Fernandes, relata que os cães tinham fugido do canil que tinha em casa num domin-go e que os procurou durante toda a segunda-feira seguin-te. “Encontrei uns que apare-ceram mas houve dois que não deram sinais”, conta, explican-do que foi um amigo que lhe li-gou a dizer que estavam den-tro de uma propriedade perto de casa, na terça-feira.

“Quando cheguei ao sítio já

lá estava a GNR que me con-firmou que foram abatidos a tiro. O proprietário diz que não sabe quem os matou e queixa-se ainda que também desapa-receu um vitelo”, refere o ca-çador.

Os cães, uma com chip e ou-tra bebé ainda sem o mecanis-mo de identificação, já foram enterrados mas os chumbos en-contrados no corpo, sete numa e nove noutra, estão a ser anali-sados por uma veterinária para tentar perceber o tipo de arma utilizada.

Terras de Bouro. Andam a abater cães a tiro de zagalote

Palmeira. Trio de assaltantes surpreendido em flagrante

• Fernando André Silva

Dias dificeis para três ladrões que tentaram assaltar a casa de um idoso em Palmeira. Aca-baram por conseguir fugir mas a PJ está-lhes no encalço.

A situação remonta à noite da passada quinta-feira, quan-do três homens usando capuz entraram dentro de uma habi-tação, na freguesia de Palmei-ra, em Braga.

Por azar dos larápios e sorte do proprietário da habitação, este última estava dentro de casa, surpreendendo o trio que

estava armado. Apesar das ar-mas, não foi efetuado qualquer disparo por parte dos crimino-sos, nem o proprietário teve de se esforçar muito para que se fossem embora.

Segundo o morador, os ho-mens fugiram sem roubar nada mal o viram dentro de casa, e dirigiu-se logo ao telemóvel para entrar em imediato con-tacto com a GNR de Braga, que se deslocou prontamente ao local.

Fonte do posto territorial de Braga avançou ao Semaná-rio V que, após recolha de in-dícios, ainda foi encetada uma busca aos individuos, sendo que dois seguiam numa viatu-ra enquanto o outro fugiu a pé. No entanto, não foi possível a captura dos invasores da pro-priedade.

O caso passou para a alçada da Polícia Judiciária de Braga, que está a investigar.

Região

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cArlos fernAndesUm dos cães que foi abatido numa propriedade em santa cruz

DRGnr em operação noturna

BreVes

Quatro idosos ficaram com ferimentos depois da viatura onde seguiam entrar em des-piste, na EN 205, em Adaúfe, Braga, no passado sábado.

O veículo acidentado, uma carrinha de nove lugares perte-cente a um centro de dia que ia levar os idosos a casa, entrou

em despiste numa altura de pico de chuva junto à pedreira de Montariol, naquele fregue-sia bracarense.

O INEM e a Cruz Vermelha de Amares, transportando os fe-ridos para o Hospital de Braga com ferimentos ligeiros.

Barcelos. Be quer novo hospitalO Bloco de Esquerda (BE) exi-giu obras “urgentes” de requali-ficação do Hospital de Barcelos e a inclusão no próximo Orça-mento do Estado da constru-ção de uma nova unidade hos-pitalar naquela cidade.

Em conferência de impren-sa, o deputado bloquista Pe-dro Soares defendeu ainda a necessidade de dotar aquele hospital de mais profissionais de saúde e de mais equipamen-tos, para inverter um quadro de funcionamento que diz estar “próximo do caótico”.

cds. lídia dias na comissão PolíticaLídia Dias, vereadora da Edu-cação e Cultura da Câmara de Braga foi eleita como vogal para a Comissão Política do CDS-PP, no 27.º Congresso do CDS-PP, que decorreu em La-mego.

Licenciada em Educação de Infância pela Universidade do Minho e pós graduada em Su-pervisão e Pedagogia da Infân-cia, foi educadora de Infância entre 1999 e 2013

Para além da vereadora, fo-ram ainda eleitos mais dois vo-gais para o Conselho Nacional – Mário João Araújo e João Mi-guel Lemos.

Adaúfe. Idosos feridos em despiste

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SEMANÁRIO V, QUA 24 JAN 2018|19Desporto RegiãoDesporto

sPorT

DR

‘Star Girls’ preparam-se para conquistar o mundo

da Dança Desportiva

Bracara Team São um grupo de oito atletas que se dedicam à Dança Desporti-va, sob o emblema da Bracara Team. As “Star Girls” foram cria-da em setembro de 2016, para a prática de dança de salão ,ver-tente competição, tendo como objetivo conseguir bons resulta-dos a competição a nível nacio-nal e também no norte de Espa-nha.

Diana costa, Francisca olivei-ra, Beatriz Borges, Mariana Fer-reira, Margarida Pereira, Marga-rida Costa, Veronica Moskalenko e Ilona Karst ,com idades com-preendidas entre os 7 e 12 anos, já conquistaram vários títulos na categoria juvenil, e pretendem dar seguimento ao bom trabalho efetuado até agora.

Ao Semanário V, as respon-sáveis da Bracara Team apon-tam que este “é um grupo que acompanha sempre que possí-vel o calendário desportivo”. “É uma modalidade que conta so-mente com o apoio dos pais e professora, o que por vezes tor-na tudo mais exigente, como a nível monetário, por exemplo”, referem, apontado concreta-mente a exigência financeira da modalidade. “É uma modalida-de muito cara , desde roupas, calçado e principalmente pelas deslocações. É uma modalidade que tem de contar sempre com o apoio dos pais, são eles , não seria possível”, refere ainda ele-mento da direção.

Apesar das idades reduzidas, o palmarés é vasto. As Star Girls sagraram-se campeãs do Norte, em 2017, e conseguiram o bron-ze a nível nacional. Venceram algumas competições em Espa-nha, ficando mesmo à frente das campeãs espanholas, pelo me-nos uma vez.

Mas se 2017 foi um bom ano, 2018 está a ser o melhor de to-dos. Segundo os responsáveis da Bracara Team, começaram esta época desportiva em alta sagrando se vice-campeãs no campeonato nacional 2018, no Pavilhão Municipal Casal Vistoso em Lisboa. Também em fevereiro deste ano, as atletas venceram um torneio em Vigo, Espanha.

“Trata se de um grupo que além das suas idades já nos mostraram toda a sua garra e dedicação que têm pela dança. A dança é tudo para elas, e já não conse-guem passar um dia sem dançar. Pensamos ser um grupo que ain-da terá muito para nos mostrar”, revelam os responsáveis.

Fernando André Silva

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20|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Nuno Barbosa

O Vilaverdense FC deslo-cou-se na semana passa-da a São Torcato (Guima-rães), num jogo marcado por muita chuva e vento, mas isso não tirou o foco do conjunto orientado por António Barbosa que venceu o encontro por 1-2 frente ao U.Torcaten-se.

A equipa do Vila entrou muito bem na partida e os primeiros minutos pre-via-se que tudo estava controlado, mas com o desenrolar do jogo tornou-se totalmente o oposto.

O golo chegou cedo, à passagem do minuto 18’, o extremo Rafa Miranda não foi de meias medidas e não desperdiçou uma bola que aproveitou de um mau corte do defesa do Torcatense e com um remate forte abriu o ativo no marcador.

Com vantagem no en-contro o VFC continuava

a pressionar e a ter o jogo em sua posse, impondo o futebol que tanto gosta permitindo que a equipa verde-e-branca amplias-se o marcador e nova-mente Rafa Miranda a ser protagonista a corres-ponder a uma excelente jogada de Fausto que tirou dois adversários do caminho e deixou para o extremo que com um toque colocou no fundo da baliza.

A vantagem de dois go-los trazia alguma tranqui-lidade à equipa do Vila, mas o segundo tempo foi impróprio para car-díacos face às inúmeras investidas do conjunto da casa que reduziu a desvantagem à passa-gem do minuto 82’ com Garcia a aplicar uma bomba fora da área sem hipótese para o guardião Pedro Freitas. O conjunto de São Torcato ia-se ani-mando e ganhando mais confiança com o passar do tempo e foram várias as vezes que ameaçou,

mas para felicidade do conjunto do Vila a bola não quis entrar, permi-tindo com isso mais uma vitória importante para as aspirações no acesso aos play-off’s.

•Fernando André SIlva

Jogo grande da Liga Allianz na tarde chuvosa do passado domingo, no Estádio 1.º de Maio com o dérbi minhoto entre SC Braga e Vilaverdense FC, marcado pela chuva e pela meia-dúzia de golos encaixados na baliza de Vila Verde que, mesmo assim, teve na sua guar-da-redes a figura do en-contro.

Com as habituais cra-ques bracarenses apa-gadas pela defensiva do Vilaverdense, foi Fran-cisca a desbloquear o marcador aos 20 minutos, após várias intervenções de qualidade da guardiã Palha, na baliza do Vila Verde.

A goleadora Pauleta apareceu aos 33 minu-tos para fazer o segun-do golo, resultado que acompanhava as atletas para o intervalo. No se-gundo tempo, a defensi-va vila-verdense acabou por acusar cansaço e Laura aproveitou para fazer o terceiro, perto do minuto 50.

Novamente Pauleta, aos 67, e Laura, aos 76, aproveitavam descuidos para chegar aos 5-0. O

placard foi selado por Edite, decorriam 85 minu-tos de jogo.

O resultado acabou por ser demasiado pesado para a equipa orientada por José Rui Pereira, que tinha conseguido con-quistar um ponto na pri-meira volta, em casa.

Apesar da derrota, as de Vila Verde mantém-se no quarto posto com 27 pontos, mais 2 que o Valadres, e com tudo em aberto para terminar nos cinco primeiros, objetivo delineado no início da época. Em terceiro segue o Estoril com 38 pontos.

Já as comandadas de Miguel Santos continuam na senda das vitórias, mas ainda distantes das leoas que parecem não querer largar o primeiro lugar da Liga Allianz.

O SC Braga ocupa as-sim o segundo lugar com 44 pontos. Já o Sporting CP tem 48 pontos e ainda não sofreu qualquer der-rota neste campeonato.

Desporto

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Feminino. SC Bragacom avalanche de golos frente ao Vila

Campeonato de Portugal Série A

Parque de Jogos do ArnadoAssistência: 200 espetadores

Árbitro: Márcio Torres (AF Viana do Castelo)

Ao intervalo: 0- 2

Amarelos: Nené (U.Torcatense, 23’), Rafa Miranda (56’), Elísio Esteves (58’), João Ribeiro (68’), Henrique Gomes (70’), Xavi (77’), Pedro Freitas (83’)

Vermelhos: Nada

Golos: Rafa Miranda (18’, 25’), Garcia (82’)

1- 2GD União TorCATenSe|VilAVerDenSe FC

João NunoFábio Vieira

Nené (Benigno, 62’)

XaviGarciaVitinha

(Karama, 80’)AgostinhoPedro Rui

Pedro CamposJoão Ribeiro

Areias

T: Francisco Branco

Pedro FreitasRafael VieiraHenrique GomesViniFaustoIbraima SoElísio Esteves (André Soares, 61’)Pedro LemosRafa Miranda (André Salvador, 85’)NenéZé Pedro (Joel Silva, 74’)

T: António Barbosa

Vila. Sofreu para vencer Torcatense

NUNO BARBOSAVilaverdense FC garantiu mais uma vitória importante

Merelim. Perde em Montalegre

A equipa do Merelinen-se FC quebrou a senda de vitórias das últimas jor-nadas ao perder este do-mingo no estádio Dr. Dio-go Alves Vaz Pereira, no terreno do Montalegre por duas bolas a zero. Os comandados de André Cunha foram mesmo ul-trapassados na tabela pelo Mirandela, estando agora no quinto lugar.

A equipa de Merelim apresentou-se em Trás-os-Montes com Marcos na baliza, Vasco, Diogo Vila, Miguel e Ferraz a consti-tuir o quarteto defensivo. No apoio do meio-cam-po, André Cunha esco-lheu Perre, Caseiro, Beck e Hélder Sousa. No ata-que, Jaime e Agdon fo-ram os eleitos.

Já do lado do Montale-gre, Viaje escolheu Gue-des para a baliza. Morais, Michel, Tiago e Bela com-pletaram a defesa, en-quanto no meio-campo, Viaje alinhou com Bruno, João Fernandes e a du-pla de costa-marfinenses Baba e Zack. No ataque, o Montalegre alinhou com Prince, autor de um golo e o capitão Paulo Roberto.

Com um golo logo aos 20 minutos, da autoria de Baba, o jogo acabou por não conhecer grandes desenvolvimentos. O se-gundo golo do Montale-gre acabou por chegar aos 68 minutos, pelo já mencionado Prince.

Registo ainda para a fi-cha limpa deste jogo, que só conheceu um amarelo, a João Fernan-des, do Montalegre. Com este resultado os de Me-relim caem para o quinta lugar.FAS

FERNANDO ANDRé SILVASC Braga foi mais acutilante ofensivamente

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SEMANÁRIO V, QUA 03 JAN 2017|21Desporto AutárquicasVila VerdeDesportoPU

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Toupeiras e CastoresLuis Filipe Araújo Benfiquista

A derrota do FC Porto em Paços de Ferreira remete-nos para o deba-te mais estúpido desta época, no fu-tebol português: a alegada menor aplicação desta ou daquela equipa contra os grandes. Já basta a incrí-vel diferença de meios entre uns e ou-tros, não há necessidade, dentro dos limites da decência, para se procurar, através de teses cabalísticas, a razão para alguns resultados surpreenden-tes, face à lógica, seja do FC Porto em Paços de Ferreira, do Benfica no Restelo ou do Sporting no Estoril. Os pequenos querem sempre pontuar, a maior parte das vezes não conse-guem. É isso e só isso. E quanto aos grandes, melhor farão se procurarem as culpas próprias nessas partidas me-nos conseguidas em vez de alinharem em estapafúrdias teorias da conspira-ção, que deixam mal especialmente os jogadores. E quando houver ma-téria, no futebol, para investigação (está a decorrer em Portugal um pro-cesso de match-fixingcom contornos gravíssimos), investigue-se, dando à justiça o que é da justiça, sem tirar ao futebol o que é do futebol.

Luís Filipe Vieira deu a cara após o jogo com o Desportivo das Aves, saindo em defesa das teses do clu-be, com promessas de uma atitude proactiva, de ora em diante, no que respeita aos múltiplos casos em que o nome do Benfica está envolvido.

Fez bem, Vieira, ao fazer prova de vida, quebrando um silêncio por de-mais ensurdecedor.

O maior escândalo do futebol Português

Tiago Loureiro SportinguistaAi a minha vida

Eduardo Santos Portista

No primeiro e potencial único jogo desta época que vejo fora do Dra-gão, uma banhada. Literal e meta-foricamente, porque à chuvada que apanhei até chegar a Paços, en-quanto estive em Paços e no regres-so de Paços, somo a chuva de lances idiotas, mau futebol, um treinador tei-moso, uma assustadora incapacida-de de se adaptar a um relvado difícil, um adversário manhoso e um árbi-tro impossível de suportar. Perdemos pela primeira vez na Liga e não espe-ro que volte a acontecer até ao final da época.

Vários milhares encheram Paços de Ferreira numa noite fria, chuvo-sa, ventosa, com música nas gargan-tas e vontade de ver a equipa a ven-cer. Estive lá e continuo a admirar a malta que se sacrifica para acompa-nhar o clube onde quer que ele vá jo-gar, esteja o tempo que estiver, seja para a Taça da Liga ou para a Cham-pions. Eu, que me sinto sempre um ou-tsider nestas situações, fico orgulhoso de haver tanta gente que se predis-põe a enfrentar o inverno nos olhos e de o mandar para o mesmo sítio que naturalmente manda qualquer Bru-no Paixão, gritando-o como se fosse o último jogo da sua vida. Mas não é, porque na próxima quinzena voltará à estrada. Bem hajam, rapazes.

Tínhamos cinco. Ficamos com dois. Não há mais brincadeira, meus meni-nos, senão acabam-se os doces. Ai a minha vida.

Atiçamos o leãoJoão Costa Braguista

O Sp. Braga passou pelos pingos da chuva na intempérie e prosseguiu a sua senda triunfal, abrindo a 26ª jor-nada do campeonato com um triun-fo (3-0) sobre o Moreirense. Tudo sai bem a este Sp. Braga, que nem pre-cisa de acelerar muito para triturar. A equipa de Abel Ferreira esbanja con-fiança e a Pedreira atiça o leão.

Vitória tranquila e sem contesta-ção de uns Guerreiros que entram em campo descomplexados e a jogar de forma alegre, não precisando de im-primir um ritmo elevado para dominar as operações. Os números compro-vam-no: quinto triunfo consecutivo, baliza a zeros nesses cinco jogos e de-zasseis golos marcados.

No dérbi minhoto com o Moreiren-se o marcador parou nos três golos, mas até podia ter sido mais expressi-vo, uma vez que os ferros da baliza de Jhonatan abanaram em três (!!!) oca-siões. Em relação à goleada no Estoril o técnico bracarense mudou apenas uma unidade na sua equipa, fazen-do Rosic ocupar o lugar do castiga-do Raúl Silva no eixo da defesa. Já Pe-tit apostou na mesma estratégia que quase deu frutos em Alvalade, mus-culando a defesa e dando mobilida-de ao ataque.

Já se percebeu que o Benfica está a tentar curar um cancro com aspirina. A saída em liberdade de Paulo Gon-çalves está perfeitamente enquadra-da com as medidas de coacção pre-vistas para os tipos de crime de que é acusado. E não são nada leves. In-dependentemente de ter tido autori-zação para voltar ao seu local de tra-balho, tal não invalida que tenha de ir sentar-se no banco dos réus para ser julgado, respondendo às acusa-ções que sobre si recaem, uma vez que se remeteu ao silêncio no referi-do interrogatório. Informa a imprensa agora que as autoridades começa-ram a investigar a existência de mais duas toupeiras que passariam infor-mações de processos, quem sabe no-vamente a troco de umas camisolas, umas visitas à tribunal presidencial da Luz, com direito a fotos com craques e presidente, cachecóis e outras be-nesses que, por amor de Deus, quem é que se vai vender por tão pouco!

Os mais fraquinhos continuam em negação e embarcam na ridícu-la teoria da cabala contra o Benfi-ca, como se não fosse a sua máquina que controlasse os principais meios de difusão de propaganda contra os ad-versários e branqueamento do que se passa dentro da casa dos patrões.

O caso dos e-mails andou, durante muito tempo, demasiadamente es-condido das páginas de muitos títulos e da antena de outras tantas rádios e televisões. Era o elefante na loja de cristais que uma esmagadora maio-ria da imprensa parecia querer igno-rar, até o silêncio ter ficado realmente ensurdecedor.

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SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018|23

TEMPOVILA VERDEQUA

QUI13º 07º

SEX 12º 06º

15º 10º

SÁB13º 05º

DOM14º 06º

SEG14º 05º

PROPRIETÁRIA/EDITORAPRESS F1, LDASEDERua José Feio Soares Azevedo, 3204730-071 Vila VerdeNIPC 513800492CAPITAL SOCIAL 50 000€

DIRETORPaulo Moreira MesquitaREDAÇÃOFernando André Silva, Francisco Azevedo, Nuno BarbosaMARKETING E [email protected]é PessoaCOLABORADOR(ES)Bia Santos, Joaquim Lima (Estúdios Lima, Vila Verde), Joaquim Macedo, Joaquim Ribeiro, Luís Cação, Luís Gonçalves (Foto Felicidade), Luís Ribeiro, Manuel Braga Soares, Salomé Pessoa

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SERVIÇO PERMANENTEFarmácia da Santa Casada MisericórdiaDias 16, 19Praça da República, 11Vila VerdeT: 253 311 172Farmácia Fátima MarquesDias15, 18Rua dos Bombeiros, 50 e 52Vila VerdeT: 253 353 020Farmácia MedeirosDias 14,17 e 20Praça 5 de Outubro, 78Vila VerdeT: 253 311 123

“FORA DE SALA”

INFORMAÇÃO INúTIL

Hélder Forte13/03/2018

“Estou preparado para a guerra”

FICHA TÉCNICA

TER15º 04º

Curiosidade

Um dispositivo de dez agentes da Polícia Municipal de Braga esteve de prevenção em várias artérias da periferia de Braga, para a passagem da Procissão do Senhor dos Passos, na fregue-sia de Real.Com as funções de desviar o trânsito por vias alternativas para a passagem da procissão, os agentes garantiram ainda a segurança de quem assistia e quem participava na procissão, que reuniu centenas de figurantes e juntou milhares de pessoas espalhadas pelo circuito da romaria.

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24|SEMANÁRIO V, QUA 14 MAR 2018

• Fernando André Silva

Várias árvores da antiga espla-nada de um café situado no topo do Bom Jesus cederam à passagem da tempestade ‘Fé-lix’, este domingo, causando al-guns estragos mas sem provocar feridos.

Segundo fonte das autorida-des, as árvores não resistiram aos fortes ventos acompnhados de chuva que se abateram sobre a região durante o último fim de semana. As árvores situadas na

esplanada desse mesmo espa-ço cederam com o vento, assim como algumas palmeiras nas imediações.

O Bom Jesus foi, aliás, um dos locais mais atingidos pela tem-pestade, com alguns desliza-mentos de terra e várias árvo-res e ramos caídos ao longo da Estrada Nacional 309 e outras vias municipais. Também na fre-guesia de Nogueira houve um aluimento de terras que cortou metade da via que dá acesso à circular sul.

A proteção civil de Braga, a

GNR do Sameiro e os Bombeiros Sapadores de Braga estiveram envolvidos no assistência a es-tas ocorrências, procedendo ao corte das árvores caídas e deso-bstrução de vias.

Segundo fonte envolvida no socorro, não foram registados danos de maior em todo a cida-de, com alguma sinalética publi-citária a sofrer o danos, um poste que caiu na freguesia de Real e algumas árvores em regiões menos habitadas, não havendo registo de danos humanos nem animais.

sobe & desce

drEsplanada de café no Largo Mãe d’Água, no Bom Jesus, foi atingida por árvores

Oriz. Junta requalifica acessos ao centro da freguesia• Fernando André Silva

A Junta de Freguesia de Oriz, em Vila Verde, está a proceder ao arranjo de algumas estradas e caminhos que estavam degra-dados há vários anos.

Na Rua dos Barrais, em Oriz Santa Marinha, o problema era antigo. Segundo os moradores, foram preciso nove anos para terminar as obras naquela rua. Os mesmos moradores apontam

ainda que, ao fim de muito “vai e não vai”, a rua foi alargada e alcatroada na sua totalidade. Outros moradores, no entanto, preferiam calceta. Mas a rua le-vou mesmo com alcatrão.

Também a Rua da Pedreira, que vai desde a Estrada Munici-pal 531, ao pé da sede da Junta de Freguesia até ao cruzamento que dá acesso à igreja paroquial está a ser alvo de requalifica-ção, ao fim de vários anos.

Contra

CâMara dE ViLa VErdE

A situação do café Ponto de Encontro, em Aboim da Nóbrega, é preocupante. Sempre que chove, cria-se um lago à porta impedindo clientes de entrar. António Vilela já foi lá várias vezes mas ainda não resolveu. Proprietários, clientes e até a própria junta continuam à espera.

O deputado Joaquim Barreto foi reeleito presidente da Federa-ção Distrital do PS de Braga com “uma taxa de aprovação de 90%”, revelou o candidato, que assumiu como objetivo para este mandato “afirmar o distrito”.

Joaquim Barreto considerou que a votação, realizada no sá-bado e que contou com a par-ticipação de mais de 1.300 mili-tantes, decorreu “dentro daquilo que era o expectável, havendo uma só lista”.

O presidente reeleito apontou como linhas orientadoras para o mandato que agora inicia “agregar e unir o partido, procu-rando fortalecê-lo para, depois, afirmar o distrito com uma outra capacidade”.

Joaquim Barreto assumiu que quer “ter um bom resultado nas [próximas] eleições europeias e legislativas”, explicando que “isso, naturalmente, será conse-guir que alguém de Braga possa ter probabilidade de integrar a lista ao Parlamento Europeu“.

O também deputado à Assem-bleia da República referiu que as eleições autárquicas de 2021 “já estão em preparação”, depois do resultado das últimas eleições para as autarquias no distrito de Braga terem sido marcadas por várias disputas internas, casos como Fafe, Amares, Barcelos e Cabeceiras de Basto.

Quanto à relação com o Go-verno, Joaquim Barreto garantiu apoio, mas avisou que estará atento.redação

FLaSHJOaquiM BarrEtO (PS) rEELEitO nO diStritO

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SORTEiOS:

09.03.2018 Sexta-feira : 9 14 21 32 44 + 1 12M1LHÃO: qPC 18598

13.03.2018 terça-feira : 9 11 13 33 49 + 6 12

*confirme sempre o resultado nas fontes oficiais da SCM

Mau tempo. Vento causou estragos no Bom Jesus

dOMingOS SiLVa

Um ato heróico do morador em Ponte S. Vicente pode ter evitado uma tragédia num incêndio urbano. Para além de salvar o filho com paralesia cerebral, ainda alertou outro filho e uma nora que estavam a dormir no piso de cima.

PAUlO MOREiRA MESQUiTArua da Pedreira, em Oriz São Miguel

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