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  • Arte Africana e Afro-Brasileira em sala de aula

    AULA 2

    Prof Renata Ap. Felinto dos SantosGrupo de Pesquisa Barroco Memria Viva

    Bi@ - Biblioteca do Instituto de Artes UNESP

    Alex Hornest

    Srie Animais de Concreto, 2011.

  • Artistas do sculo XVIII ao XXI Sero apresentadas biografias sucintas/ breves de artistas

    brasileiros considerados afrodescendentes, desde a produo do perodo Barroco (sculo XVIII) at a produo chamada contempornea, feita atualmente neste incio de sculo XXI.

    Primeiramente, estes artistas trabalhavam a partir de cnones religiosos, precisamente catlicos, o caso de Antnio Francisco Lisboa.

    Num segundo momento, os temas passam a ser os gneros da pintura, em virtude da introduo de paradigmas acadmicos, no sculo XIX.

    Pode-se afirmar que h um modernismo negro tardio a partir de produes de artistas como Raquel Trindade e Heitor dos Prazeres.

  • A temtica afro-religiosa se faz presente por meio da produo tridimensional de Mestre Didi ou DeoscredesMaximiliano dos Santos, de Rubem Valentim, de EmanoelAraujo, Jorge dos Anjos dentre outros.

    ao fim do sculo XX e do incio do sculo XXI que artista afrodescendentes passam a sentir-se livres para explorao de temticas mais intimistas que, no entanto, tratam de assuntos comuns toda a comunidade afro-diasprica, ou seja, ao espalhamento do povo negro-africano pelo mundo.

    Gnero, raa, sociedade, sexualidade, histria do Brasil, relaes urbanas dentre outros motes se materializam em arte por meio dos trabalhos de Rosana Paulino,Alex Hornest e outros artistas no menos importantes.

  • Estes artistas, em quase todos os casos, no se autodenominam como produtores de arte afro-brasileira, quem o fez foi a crtica de arte (M. ZANINE, 1989) e (E. ARAUJO, 1988), dentre outros como K. MUNANGA e M. E. L. SALUM.

    Portanto, importante considerar a pesquisa pessoal e potica de cada um ao apresent-los aos alunos, focando biografias, temas e tcnicas de interesse, trajetria artstica, demais artistas com os quais dialogam.

    O ideal inclu-los nas escolas/ movimentos artsticos que so estudados em sala de aula. Desta forma, o Encontro com Professores de hoje ter esse foco de apresentar e de sugerir formas de abordagens junto aos alunos.

  • Antonio Francisco Lisboa (1730 1814)Sculo XVIII/ XIX Barroco

    Filho de um fidalgo portugus e de uma angolana escravizada, seu pai o liberta ainda na pia de batismo.

    Aprende seu ofcio com o pai arquiteto, com o tio e com padres da regio de Ouro Preto.

    Ele floresce como artista numa poca em que poucos brasileiros riscavam as construes, principalmente, as igrejas.

    Poderia ter permanecido no anonimato, entretanto, o estilo inconfundvel que desenvolveu o destaca diante dos demais.

    Sugesto de expanso da pesquisa: Mestre Valentim.

  • Biografias dos artistas ou produes artsticas.

    Escolas e/ ou movimentos artsticos e artistas com os quais se relacionam.

    Sugestes de abordagem.

    Estrutura

  • Conjunto do Santurio de Bom Jesus de Matosinhos, sculo XVIII,

    Congonhas do Campo, Minas Gerais

  • Conjunto do Santurio de Bom Jesus de Matosinhos, sculo XVIII,

    Congonhas do Campo, Minas Gerais

  • Sugesto de atividade:

    - Contextualizar:

    a) Biografia e trajetria do artista;

    b) Perodo no qual viveu;

    c) observao/ descrio;

    -Fazer:

    a) Visita Igreja prxima do local da escola para observar e comparar a arquitetura barroca com a de hoje;

    b) Levantar biografia de outros artistas negros da poca e assistir aos filmes Heris de todo mundo.

  • Arthur Timtheo da Costa (1882 1922) Sculo XIX Impressionismo, Fauvismo, Pontilhismo

    Pintor, desenhista, cengrafo, entalhador, decorador.

    Inicia seus estudos na Casa da Moeda, onde freqenta o curso de desenho e toma contato com o processo de gravao de imagens acompanhando a impresso de moedas e selos.

    Em 1894, incentivado pelo diretor da instituio, Enes de Souza, matricula-se com seu irmo Joo Timtheo da Costa (1879 - 1930) na Escola Nacional de Belas

    Participa de diversas edies da Exposio Geral de Belas Artes, em que recebe o prmio de viagem ao exterior, em 1907. No ano seguinte embarca para Paris, onde permanece por aproximadamente dois anos. Posteriormente participa de vrias exposies.

  • Auto-Retrato , 1919

    leo sobre tela, c.i.d.

    86 x 79 cm

    Museu Nacional de Belas Artes

    Crdito fotogrfco Lamberto Scipione

  • Sugesto de atividade:

    - Contextualizar:

    a) Biografia e trajetria do artista;

    b) Perodo no qual viveu;

    c) observao/ descrio;

    -Fazer:

    a) Realizar pintura em guache ao ar livre com alunos, captando a influncia da luz do sol;

    b) Experimentar o fauvismo ou o pontilhismo.

    c) Apreciar as produes.

    d) Levantar biografias e obras de outros artistas negros da AIBA.

  • Heitor dos Prazeres (1898 1966)Sculo XX - Modernismo

    Nascido no Rio de Janeiro, numa tradicional famlia voltada ao samba e cultura popular.

    Foi pintor, compositor, msico, figurinista e marceneiro.

    Comeou a pintar em 1937, por estmulo do jornalista e desenhista Carlos Cavalcanti, enquanto trabalhava como pintor restaurador do IPHAN (Instituto do Patrimnio Histrico e Artstico Nacional).

    Recebe o 3 lugar para artistas nacionais na 1 Bienal Internacional de So Paulo, com o quadro Moenda, 1951, inspirado no universo do trabalho rural. homenageado com sala especial na 2 Bienal Internacional de So Paulo, em 1953.

  • Realiza sua primeira exposio individual, em 1959, na Galeria Gea, no Rio de Janeiro.

    m comemorao do centenrio de seu nascimento, em 1999, realizada mostra retrospectiva no Espao BNDES e no Museu Nacional de Belas Artes. Em 2003, publicado o livro Heitor dos Prazeres: Sua Arte e Seu Tempo, da jornalista Alba Lrio.

    Dentro de sua temtica encontramos os sambas, como o partido alto, as rodas, os candombls, que ele nomeia de macumbas, brincadeiras de rua, cotidiano, carnaval carioca e recifense.

    Sugesto de expanso da pesquisa: Srgio Vidal.

  • Favela , 1965

    leo sobre tela, c.i.d.

    54 x 65,5 cm

  • Frevo , 1966

    leo sobre tela, c.i.d.

    46 x 55 cm

  • Sugesto de atividade:

    - Contextualizar:

    a) Biografia e trajetria do artista;

    b) Perodo no qual viveu;

    c) observao/ descrio;

    -Fazer:

    a) Representar visualmente letras de msica do artista/ ver Cartola.

    b) Observar o entorno e representar as cenas cotidianas.

    c) Pesquisar o cotidiano das periferias da cidade do Rio de Janeiro hoje.

  • Mestre Didi (1917 - 2013)

    Deoscredes Maximiliano dos Santos, ou Mestre Didi, nasceu na Bahia.

    escultor, escritor e sacerdote.

    Filho de Me Senhora, ele executa objetos rituais desde a infncia. Aprendeu a manipular materiais, formas e objetos com os mais antigos do culto orix Obaluaiy.

    Entre 1946 e 1989, publicou livros sobre a cultura afro-brasileira e realizou pesquisas comparativas entre religiosidade brasileira e africana.

    Em 1966, viaja para a frica Ocidental e realiza pesquisas comparativas entre Brasil e frica, contratado pela Unesco.

  • Nas dcadas de 60 a 90, participa como membro de institutos de estudos africanos e afro-brasileiros e como conselheiro em congressos com a mesma temtica, no Brasil e no exterior.

    coordenador do Conselho Religioso do Instituto Nacional da Tradio e Cultura Afro-Brasileira, que representa no pas a Conferncia Internacional da Tradio dos Orixs e Cultura.

    Sua produo gira em torno do universo do culto dos Eguns.

    Sugesto para expanso da pesquisa: Rubem Valentim.Os orixs do Panteo da Terra so os que nos alimentam e nos ajudam a manter a

    vida. Os meus trabalhos esto inspirados na natureza, na Me Terra -Lama,

    representada pela orix Nan, patrona da agricultura.DIDI, Mestre. Esculturas. Fotografia Paula Pape, Marco Aurlio Martins, Michel Rey;

    apresentao Juana Elbein dos Santos. Salvador : Prova do Artista, 1996, p. 24.

  • Baba Egun Mestre Didi sacerdote supremo do cultos aos ancestrais.

  • Sugesto de atividade:

    - Contextualizar:

    a) Biografia e trajetria do artista;

    b) Perodo no qual viveu;

    c) observao/ descrio;

    -Fazer:

    a) Construir formas tridimensionais com materiais naturais.

    b) Experimentar a representao dos mitos de orixs relacionados Terra (Nan, Oxssi, Omolu). Ver livro Mitologia dos Orixs, de Reginaldo Prandi.

  • Rosana Paulino (1967)Sculo XXI Objeto e interferncia

    Nascida em So Paulo Artista e Doutora em Artes Visuais pela ECA/USP.

    Desde o incio de sua carreira Rosana vem se destacando por sua produo ligada a questes sociais, tnicas e de gnero. Seus trabalhos tm como foco principal a posio do negro e, principalmente, da mulher negra dentro da sociedade brasileira.

    Em 1998 viaja para Londres com bolsa de estudos do governo brasileiro para especializao em gravura no London Print Studio. Foi tambm bolsista do Programa Bolsa da Fundao Ford nos anos de 2006 a 2008.

    Sugesto de expanso da pesquisa: Michelle Mattiuzzi.

  • Bastidores bordados, dcada de 1990.

  • Parede da memria ou de Catarina. Patus bordados.

  • Sugesto de atividade:

    - Contextualizar:

    a) Biografia e trajetria do artista;

    b) Perodo no qual viveu;

    c) observao/ descrio;

    -Fazer:

    a) Levar imagens antigas das famlias dos (as) alunos (as).

    b) Xerocar e realizar uma fotomontagem coletiva.

    c) Pesquisar a condio das amas de leite. Elas existem ainda hoje leia-se babs? Como a vida da maioria das mulheres negras?