Arte bizantina

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- Arte Bizantina; - Arte Românica; - Arte Gótica. Arte Cristã Idade Média 323 d. C. à 1500 d.C.:

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Material sobre arte Bizantina para a disciplina de Artes 2013, para as turmas do 1/ ano do ensino médio.

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- Arte Bizantina;

- Arte Românica;

- Arte Gótica.

Arte Cristã – Idade Média 323 d. C. à 1500 d.C.:

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Um curioso refluxo inicia-se na arte romana no século III: as formas orientais

começam a invadir a arte da metrópole através das religiões , que ganham cada

vez mais adeptos. Nessa época o helenismo grego esta totalmente impregnado de

cultura oriental. Perdendo as derradeiras veleidades aristocráticas, a arte

abandona os ideais clássicos e se torna mais simples e mais imediata, tão

acessível quanto as novas doutrinas religiosas.

É o auge de um longo processo de deterioração que pode ser sentido desde o fim

do século II. As invasões bárbaras, a exaustão dos recursos financeiros, a

discórdia entre as classes sociais, a corrupção política e administrativa, a

dissolução dos costumes e o desenvolvimento da escravidão constituem fatores de

um declínio que também muda a trajetória da arte.

ARTE BIZANTINA

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No século III cessa a produção de esculturas monumentais, correspondentes ao gosto aristocrático

e as normas helenizantes. A pintura passa a dominar a decoração de interiores e transfere-se para

as obras publicas. Agora a narração de um episodio e a visualização de uma cena são o elemento

central da arte. O forte acento popular dessa pintura propaga se para todas as outras manifestações

artísticas: também os relevos passam por essa necessidade de visualizar um fato, seja nos

sarcófagos, seja nas colunar e arcos do triunfo. Essas tendências que emergem de uma sociedade

em crise preparam o caminha para uma mudança radical. Nas frequentes guerras que eclodem a

partir do século II, cidadão pacíficos sentem se ameaçados pela pilhagem e pela morte. O clima de

incerteza e desamparo vai dissipando as alegrias pagãs. Na idade da agonia, as pessoas parecem ter

consciência das forças destrutivas que existem na sociedade e nelas mesmas; impotentes para

encontrar uma explicação racional das falhas da sociedade, voltam se para o misticismo. A atração

da religião cristã torna-se irresistível . E foi justamente pelo prestigio que desfrutava junto aos

oprimidos que os imperadores afinal a reconheceram, após uma série de perseguições.

ARTE BIZANTINA

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Quando , no ano de 311 d.C., o imperador Constantino estabeleceu a

Igreja Cristã como um poder no Estado, os problemas com que se

defrontou foram enormes. Tratava-se de um plano estratégico.

Aproximando se da nova Igreja e protegendo a de perseguições,

Constantino podia canalizar, em seu benefício, a força crescente que

ela demonstrava. Até então, a existência atribulada de seus adeptos

só encontrara alívio nas catacumbas, refúgios subterrâneos que eram

antigas sepulturas.

ARTE BIZANTINA

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Em 323d.C, Constantino, o grande, tomou uma decisão crucial, cujas

consequências se fazem sentir ainda hoje: resolveu transferir a capital

do Império Romano para a cidade grega de Bizâncio, que a partir de

então seria conhecida como Constantinopla. Ao dar esse passo, o

imperador reconhecia a crescente importância estratégica e

econômica das províncias do leste e definia os novos moldes artísticos

da Europa. A arte Bizantina, voltada inteiramente para a moral cristã

se torna o foco do império.

ARTE PARA FÉ CRISTÃ

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ARTE BIZANTINA- AS BASÍLICAS

Ao cair o Império do Ocidente, em 476, e ao se diluírem suas instituições, a Igreja já

contava com um sistema administrativo próprio e independente, de tal maneira que

sobreviveu a todas as transformações históricas. Desde os éditos de tolerância, nos inícios

do século IV, as comunidades cristãs fixaram se em cidades que eram centros comerciais

das respectivas regiões Antioquia na Siria, Éfeso na Ásia Menor, Corintio na Grécia,

Cartago na África e Roma na Itália, tornaram se metrópoles eclesiásticas, onde a hierarquia

do clero já estava em plena vigência.

Surgem assim os primeiros templos cristãos, sob a forma de basílica. Esta já existia na

Roma imperial como edifício profano, ligado ao fórum. A nova basílica cristã, porém, é o

centro de reuniões de uma grande comunidade religiosa. Por isso, volta sua beleza para

dentro enquanto o exterior apresenta-se com a máxima simplicidade.

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ARTE BIZANTINA- AS BASÍLICAS

Menos que um edifício inteiramente planejado, a basílica parecia um ajuntamento de

três partes, concebidas para fins práticos e dispostas em sentido longitudinal.

Durante o século V, cristaliza-se dentro das basílicas a arte cristã oficial, que adquire

uma forma simultaneamente rígida e intensamente expressiva, pois, como no inicio, o

alvo principal dessa arte é educar e catequizar. Assim uma maneira muito simples de

explicar para o povo a corte divina é representa-la de acordo com uma hierarquia real,

encontrada no homem comum. A medida que a basílica empresta elementos

arquitetônicos profanos, colunas, arquitraves e arcos, enriquece-se também na

aparência formal e na variedade decorativa.

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Arte Bizantina

Basílica de Santo

Apolinário, em

Classe, Ravena,

530 d.C.

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ARTE BIZANTINA- AS BASÍLICAS

Sóbrias no aspecto exterior,

as construções ostentam,

interiormente, uma

decoração suntuosa. O

contraste entre a

simplicidade exterior das

construções e o esplendor

de sua decoração interna é

tipico nas do periodo

Bizantino.

Basílica de São Vital, em Ravena, século VI d.C.

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ARTE BIZANTINA- A DECORAÇÃO

A questão de como decorar as novas basílicas cristãs foi muito mais difícil e

seria porque o problema geral da imagem e de seu uso na religião ressurgiu

e suscitou violentas disputas.

Os bizantinos passaram a insistir quase tão rigorosamente quanto os

egípcios na observância das tradições. As imagens passaram a ser símbolos

tão perfeitos da Verdade Sagrada, que nem havia necessidade aparente de

nos desviarmos delas.

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Arte Bizantina

Mosaico da

Basílica de São

Vital, Ravena

Século VI d.C.

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Arte Bizantina

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ARTE BIZANTINA- A DECORAÇÃO

De inicio o cristianismo não alterou as formas, mas apenas o conteúdo da arte. No

silencioso mundo das catacumbas os primeiros símbolos cristãos foram pintados nas

paredes ou gravados em lamparinas de bronze. E pela mensagem que transmitia, a

arte paleocristã distinguia se, já nesse tempo, da arte romana.

O lugar da mitologia foi tomado pelas lendas cristãs; as narrativas do Antigo

testamento e mais tarde, do Novo testamento. A importância espiritual dos símbolos é

maios que a representação realista das figuras. Nas imagens pintadas, nota se a

chamada perspectiva invertida: as figuras secundarias aparecem em primeiro plano, e

a figura principal, em tamanho maios, esta mais distante do observador.

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ARTE BIZANTINA- A DECORAÇÃO

Cristo e os apóstolos aparecem tal qual o imperador e seu séquito. Jesus e os santos surgem

vestidos como os nobres da época, ocupando no espaço pictórico os lugares que as

escrituras hierarquicamente lhes atribuem. A Igreja promete aos seus fieis o ingresso numa

vida extraterrena de felicidade, em troca de uma conduta piedosa. O culto cristão, por seus

próprios princípios, devia contrapor à pompa pagã o seu despojamento. Desde o inicio as

criações cristãs diferiam dos modelos clássicos, através da simplificação, da renúncia à

profundidade e à perspectiva, da preferência pela forma plana, do impulso à frontalidade e

à hierarquia. A orientação da arte clássica para a beleza formal é substituída, na arte cristã,

pela intenção espiritual e abstrata; a ideia vai se tornando gradativamente mais importante

que a forma. O mosaico passa a ter uma função primordial como elemento decorativo. Essa

orientação iria cristalizar-se e converter-se num estilo novo, a partir do século V d.C.

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ARTE BIZANTINA- A DECORAÇÃO

Embora os romanos também fizessem mosaicos, os enormes e complexos mosaicos de

parede nas primitivas igrejas cristãs realmente não tem precedentes, seja por seu tamanho

ou pela técnica utilizada. Em vez de pedra, os cubos de tessela são feitos de vidro; as cores

são brilhantes, mas pobres quanto a gradação dos tons, de modo que não prestam

facilmente à copia de pinturas. Pelo contrario, cada um dos pequenos pedaços de vidro

agindo como refletor, o efeito criado é luminoso, semelhante á retícula, ao mesmo tempo

intangível e fascinante.

O artista cristão primitivo não sentia necessidade de fazer com que um evento parecesse

real, essas cenas bíblicas, cujas histórias já eram conhecidas pela maioria dos fiéis, não

eram tanto ilustrações quanto acontecimentos , com um objetivo didático.

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Arte Bizantina

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ARTE BIZANTINA- A DECORAÇÃO

A suntuosidade da corte bizantina se expressa nos mosaicos que decoram a Igreja

de São Vital, em Ravena. O imperador Justiniano e sua esposa Teodoro são os

personagens principais do longo cortejo de palacianos, que leva oferendas ao

templo, representado num amplo painel. Imponentes e majestosas, as figuras do

casal de imperadores e dos dignitários da corte, retratados em posição frontal,

assumem um caráter distante e espiritual, quase extraterreno.

A Igreja de São Vital assinala o esplendor da arte do período de Justiniano,

expressão máxima da arte bizantina.

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Justiniano e seu Séquito, Basílica de São Vital, Ravena

547 d.C.

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Arte Bizantina

Imperador Justiniano,

Basílica de São Vital,

Ravena

547 d.C.

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Arte Bizantina

Imperatriz Theodora,

Basílica de São Vital,

Ravena

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No período pós arte bizantina, a Igreja é a grande produtora e consumidora

da arte. Potência moral e financeira acima das diferenças regionais, é a única

instituição em condições de propiciar, numa época de profunda decadência

econômica, a produção regular de obras de arte, fazendo construir templos

para fiéis e mosteiros para abrigar seus membros e funcionários. Mas, acima

de tudo, a Igreja quer transformar a arte em eficaz instrumento da fé.

A partir do momento em que Cristo veio ao mundo e revelou a verdade

absoluta, diziam os teólogos medievais, impõem se o respeito e o

acatamento. Não cabe discutir a verdade da fé: ou se aceita ou não se aceita.

Por isso, era preciso conservar a palavra dita, guarda-la o desgaste do tempo.

ARTE PÓS BIZÂNCIO

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Se o fiel é ignorante e analfabeto, é preciso que cada objeto do culto seja o

testemunho vivo de sua religiosidade, algo que solidifique, ampliando o

diálogo entre o homem e Deus. Nisso se resume a arte, para a Igreja da idade

Média. E é tal a força do catolicismo, que apenas e musica e a poesia

conseguem, as vezes, falar de amor ou do heroísmo da luta contra os

invasores árabes.

Pouco nos restas da pequena produção artistica do início da epóca feudal, a

Alta Idade Média, pois o movimento iconoclasta que no século VIII tenta

estabelecer um cristianismo mais espititualizado, condena o culto às

imagens dos santos, destruindo pinturas e esculturas.

ARTE PÓS BIZÂNCIO

Page 23: Arte bizantina

A arte da iluminura atinge plena maturidade através

das criações irlandesas do século VII, entre as quais

destaca-se a decoração rica e fantasiosa do “Livro de

Kells”. No período da Idade Média, a maioria das

pessoas não sabia ler nem escrever. As iluminuras,

ornamentações realizadas em volta dos manuscritos

copiados por monges da igreja católica, auxiliavam

nos ensinamentos de Deus, suas capas eram de ouro

e cravejadas com pedras preciosas. As primeiras

letras desses manuscritos eram destacadas com

desenhos de arabescos, curvas, flores em

ramalhetes.

ARTE PÓS BIZÂNCIO – AS ILUMINURAS

Page 24: Arte bizantina

Os livros na Idade Média eram escritos a mão. Era rara

a pessoa que sabia ler e escrever. Reis e nobres

acreditavam que o hábito da leitura estava destinado aos

subordinados ou escravos e dedicavam-se a

conhecimentos que julgavam mais importantes em seu

cotidianos, como a arte da caça, da guerra e, em e casos

de estudo mais avançado, conhecimentos sobre a

agricultura. Consideravam essas coisas dignas de um

nobre. Já a leitura, na hora em que cabível e necessário

sua utilização, convocava-se alguém que fosse instruído

nessa atividade menos nobre. Dessa forma, os guarda

livros, escribas, copistas e outros profissionais de

segundo ou terceiro escalão é que detinham realmente a

cultura no início da idade média. E liam, para entreter

aos nobres

ARTE PÓS BIZÂNCIO – AS ILUMINURAS

Page 25: Arte bizantina

Essa relação com a leitura mudou vagarosamente no passar dos séculos. Entretanto, a ausência de formas

de impressão manufaturada engessava a confecção dos livros, eles eram escritos a mão, um a um,

copiados inúmeras vezes dentro dos mosteiros, local onde as pessoas eram letradas e possuíam

habilidades artísticas, levando, entretanto, um trabalho grandioso e tempo para o desempenho da tarefa.

Por conta disso, apesar do preconceito quanto ao hábito de leitura, os livros era considerado objetos raros

e de muito valor.

Eram portanto adquiridos apenas por

aqueles que tinham posses e guardados

como um patrimônio. Nos mosteiros, onde

eram copiados, adornavam-se as páginas

com desenhos cuidadosamente feitos nas

margens ou na abertura dos capítulos.

Esses adornos eram chamados de

iluminuras.

ARTE PÓS BIZÂNCIO – AS ILUMINURAS

Page 26: Arte bizantina

Quando se fala em iluminura, muitos acreditam se

tratar do livro em si e de seu conteúdo. Na

realidade, o termo iluminura não se refere nem ao

livro nem ao conteúdo do seu texto. Em rigor,

apenas se aplica às ilustrações que sublinhavam a

mensagem do texto e às Letras Capitulares: letras

coloridas profusamente decoradas que introduziam

um novo assunto. Entre uma grande variedade de

pigmentos, o ouro e a prata eram obrigatoriamente

usados como tinta. Expostas à luz,

estas ilustrações parecem brilhar ao refletirem a luz

do sol. Esta é, de resto, a explicação para o seu

nome.

ARTE PÓS BIZÂNCIO – AS ILUMINURAS

Page 27: Arte bizantina

ARTE PÓS BIZÂNCIO

Como aconteceu com toda a arte Românica, a técnica

e grande parte dos motivos utilizados foram

fortemente influenciados pela arte móvel decorativa

dos povos bárbaros, quase toda constituída por

pequenos objectos rituais ou decorativos. O semi-

nomadismo destes povos não convivia bem com a

edificação de grandes construções. Levou algum

tempo até criarem raízes. Ainda mais visivel na arte

das Iluminuras é a influência bizantina, quer quanto

à técnica quer quanto aos motivos decorativos e

materiais utilizados - o uso do ouro e da prata como

tinta, por exemplo.

De facto, é quase impossivel, quando se observa uma

iluminura, não pensar em ícones bizantinos.

Page 28: Arte bizantina

ARTE PÓS BIZÂNCIO – AS ILUMINURAS

Os livros com iluminuras eram encadernados em couro

com " ourivesaria", de três formas diferentes; couro liso,

couro estampado e couro gravado a frio.

A produção de iluminuras estendeu-se por vários séculos,

compreendendo o período inicial , paleo-cristão, o

intermédio, românico-gótico, e o final, o renascentista.

Uns e outros reflectem as crenças, o gosto e

as tendências artísticas das respectivas épocas.

Nas iluminuras românicas e góticas estão ainda ausentes

os princípios da proporção e da perspectiva, o que

evidentemente já não acontece na sua fase renascentista

contemporânea ou posterior a Giotto.

Page 29: Arte bizantina

Em termos musicais, a Idade Média testemunhou não só a emergência da Igreja

Católica enquanto grande força e influencia sobre estilos musicais e tradições, como

também uma diversidade de músicas não litúrgicas, especialmente canções de amor e

épicas. A paisagem política da Europa medieval era complexa e mutável, com muitos

reinos, cidades – estado e centros de poder eclesiásticos em competição. O contato

entre estes era considerável, por via dos comércio, dos casamentos interdinásticos e

das guerras, mas o quadro geral seguia sendo o de um mosaico de centros de poder

regional, mesmo se situados no raio de ação de uma autoridade supranacional como o

Sagrado Imperador Romano ou o Papa. Consequentemente, a realidade musical era

igualmente complexa, embora a influência da Igreja, especialmente a de Roma, tenha

tido um certo efeito unificador sobre a música litúrgica.

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica

Page 30: Arte bizantina

No que diz respeito à parte inicial do período medieval, desde cerca de 400 d.C.

até o século IX ou X, as fontes sobreviventes são relativamente escassas e de da

transição entre a música do final da Antiguidade e a das recém emergentes

estruturas de poder que começaram a preencher o vazio deixado pelo Império

Romano só se pode fazer inferências parciais.

Sabe se que a maioria dos primeiros compositores cristãos eram contra o uso de

instrumentos musicais, porventura em parte devido à sua associação com o

templo pagão, mas também porque, aos olhos dos padres da Igreja, os

instrumentalistas faziam as suas atuações em contextos imorais como os festins e

o teatro.

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica

Page 31: Arte bizantina

Não será, por conseguinte, surpreendente a constatação de que só por altura do século

XIX, período um pouco mais liberal, é que os instrumentos, em partículas o órgão,

apareceram nas igrejas. Neste período havia, todavia, uma tradição firmemente

estabelecida da música litúrgica vocal, que continuou a dominar o culto cristão.

Em meados do século V d.C., as raízes da música litúrgica cristã haviam sido bem

estabelecidas. Os primeiros hinos consistiam em linhas monódicas, provavelmente

interpretadas por cantores a solo, e que poderão ter sido pontuadas por respostas

breves por parte da congregação. Estes hinos mais antigos eram frequentemente

compostos com base em material bíblico por padres da Igreja contemporâneos, mas

durante o século IV houve um aumento significativo em termos do canto de salmos do

Velho Testamento.

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica

Page 32: Arte bizantina

O aumento dos monastérios, onde o intento dos monges e das freiras consistia em

dedicar literalmente todo o seu tempo à veneração a Deus, foi excepcionalmente

influente, especialmente no que à composição musical da Igreja diz respeito. Um

aspecto importante da vida monástica era o de, com base na injunção bíblica,

assegurar uma recitação quase continua do Saltério, instrumento de origem

oriental, de forma triangulas ou trapezoidal, composto de um numero variável de

cordas simples ou duplas, retesadas sobre a caixa por meio de cravelhas, e que

eram feridas com os dedos ou percutidas com duas baquetas, garantindo que

dentro dos mosteiros esta recitação dos salmos assumisse uma forma musical

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica

Page 33: Arte bizantina

Continuou se a verificar uma grande diversidade no culto cristão até o século VIII,

embora a forma de canto romana dominasse em certa medida, em grande parte devido

á influência dos papas de Roma, em particular de Gregório I . No entanto foi só após o

estabelecimento da monarquia carolíngia, sob a égide de pepino o Breve, que o canto

gregoriano romano, assim designado porque Gregório foi considerado o originados

desse estilo romano .

O canto Gregoriano jamais poderá ser entendido sem o texto, o qual tem primazia

sobre a melodia, e é quem dá sentido a esta. Por isso, ao interpretá-lo, os cantores

devem ter compreendido bem o sentido dele. Em conseqüência, deve-se evitar

qualquer impostação de voz de tipo operístico, em que se busca o destaque do

intérprete. Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou

outros ofícios católicos

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica

Page 34: Arte bizantina

A idade Média foi dominada pelo

Cristianismo, os monges eram quase as únicas

pessoas que sabiam ler, as artes estavam

sempre subordinadas à religião, inclusive a

música, por esta razão os cantos gregorianos

são as principais manifestações musicais que

chegaram até os nossos dias.

As notas dó, ré, mi, fá, sol, lá e si, foram

criadas pelo músico italiano e monge

beneditino Guido D'Arezzo que viveu na idade

média entre os anos de 995 à 1050 d.C..

ARTE NA IDADE MÉDIA - A musica