ARTES AZER C3 Poesia, Prosa e Verso · 2020. 11. 5. · Apesar da exibição no You-Tube, a...

1
C3 Campo Grande-MS |Quinta-feira, 5 de novembro de 2020 ARTES&LAZER Projeto é realizado com foco nas devidas medidas de biossegurança TGR experimenta retomada e busca descentralizar a arte produzida aqui Orquestra Ouro Preto traz canções clássicas do cinema gratuitamente Teatro Live Divulgação TGR Íris Zanetti Para participar deste espaço envie sua poesia ou um texto com ate 2.000 caracteres, sobre assuntos que estiverem ligados a literatura, a poesia, a cultura, políticas culturais, educação - sem envolvimento ou conotação político-partidária ou religiosa. Enviem para Delasnieve Daspet pelo e-mail [email protected] Tulipas vermelhas. Radio- ativas. Explodiram Hiroshima e Nagasaki. Tanto tempo é passado... Vivemos com medo das armas nucleares. É como a espada da morte Que paira em nossas ca- beças. A qualquer momento, sem aviso prévio, Podem nos desintegrar. A proliferação nuclear é uma afronta Para a continuidade da vida. Do planeta, como o conhe- cemos. O conflito global seria uma guerra sem vencedores. A destruição seria enorme. E a terra findaria como um cemitério radioativo. Que as tulipas vermelhas permaneçam em nossas lembranças. Nos motivando a busca da harmonia. Por que o homem faz a guerra? Por que não se compro- mete com o diálogo e a paz? Campo Grande, 27 de ou- tubro de 2020 Depois de lutar com cães, Um lobo muito ferido, Fugiu para a sua toca, Ficou por lá, escondido! A fome chegou, e ele Sem ter forças pra caçar, Viu passar uma ove- lhinha. – Essa é fácil de enganar! Para chamar a atenção Deu um gemido de dor: – Minha gentil ovelhinha. Posso pedir um favor? Estou morrendo de sede, Não posso sair daqui. Você pode ir buscar água Naquele riacho ali? – Se trouxer água fres- quinha Eu vou me recuperar. E então o que comer Eu poderei ir caçar! A ovelhinha se afastou Sem ouvir o seu lamento – Se eu levar a água aí Eu serei seu alimento! Moral da história do Esopo: “Quem planeja más ações Usa palavras gentis Pra esconder más inten- ções” - Crianças não aceitem convites de estranhos. Nova York-EUA Haverá talvez ver- dades que fiquem além da linguagem o que nos faz seres solitários! faço esforço sobre- -humano para dizer o que sinto... ...e nem sempre con- sigo! faço esforço incrível para viver o que penso... ...nem sempre é pos- sível! faço esforço tamanho para tornar-me clara e facilmente inter- pretada ...mas muitas vezes me flagro diferente na percepção do outro! são essas verdades além da palavra do gesto da ex- pressão essas verdades não ditas que nos condenam a essa insólita solidão! São Luís-MA Para que se preocupar se tudo um dia vai passar E dessa vida a gente sabe nada, nada vai levar Se vivemos atrasados e nossos passos já cansados Pedem pausa, pedem calma, quem sou eu Quem é você para não parar? Quanto tempo faz que o pôr do sol não vejo mais E nem mesmo paro para olhar, contemplar a um luar? Se realmente a vida é bela, vou viver... Vamos viver! Nem dá mesmo para es- perar, se preocupar Se tudo um dia vai ficar, vai passar Trocar o dever por um prazer É saber e compreender Que ainda há muito que fazer, por mim e por você E lembrar... Que daqui nada, nada vou levar E então para que se pre- ocupar se tudo um dia (logo,logo) Vai Passar? 6 de novembro – Dia da Literatura Sul-Mato- Grossense Embalde, te juro, quisera fugir-te, Negar-te os extremos de ardente paixão: Embalde, quisera dizer-te: ? não sinto Prender-me à existência profunda afeição. Embalde! é loucura. Se penso um momento, Se juro ofendida meus ferros que- brar: Rebelde meu peito, mais ama querer-te, Meu peito mais ama de amor de- lirar. E as longas vigílias, ? e os negros fantasmas, Que os sonhos povoam, se intento dormir, Se ameigam aos encantos, que tu me despertas, Se posso a teu lado venturas fruir. E as dores no peito dormentes se acalmam. E eu julgo teu riso credor de um favor: E eu sinto minh’alma de novo exaltar-se, Rendida aos sublimes mistérios do amor. Não digas, é crime ? que amar-te não sei, Que fria te nego meus doces ex- tremos… Eu amo adorar-te melhor do que a vida, Melhor que a existência que tanto queremos. Deixara eu de amar-te, quisera um momento, Que a vida eu deixara também de gozar! Delírio, ou loucura ? sou cega em querer-te, Sou louca… perdida, só sei te adorar. São Luís-MA Com o olhar no presente, Dá gosto de ver o sol radiante. As árvores verdejantes, Ouvir os pássaros saltitantes, a cantar. Nos jardins floridos, um colorido, As abelhas no seu vai e vem Os cães a latir por qualquer coisa. Sentir e ouvir os ventos uivantes. Os gatos e suas estripulias no te- lhados, O alarido das crianças nos logradouros O ir e vir das pessoas a aumentar O covid a diminuir sua propagação Tudo voltando a funcionar, com raras exceções. Claro que com adequações E, mudanças que vieram para ficar. Mas com a graça de Deus e seu clã, Estamos dando a volta por cima, Com o tempo, tudo se ajeitará. Agora que começa a primavera, A estação da alegria! Campo Grande-MS Tulipa Vermelha O Lobo e a Ovelha Difícil Verdade Vai Passar Confissão Dando a Volta por Cima! Por: Delasnieve Daspet Por: Yara Maura Silva Por: Dilercy Adler Por: Geise de Oliveira Machulek Por: Maria Firmina dos Reis Por: Nelson Vieira Poesia, Prosa e Verso à janela Delasnieve Daspet Leo Ribeiro Para assistir do conforto de casa, a Orquestra Ouro Preto traz, no próximo dia 8, uma transmissão inédita gratuita pelo YouTube, por meio da série “Domingos Clássicos”. Com início às 11h, o concerto será dedicado à música dos grandes clássicos que mar- caram a história do cinema nacional e internacional. Apesar da exibição no You- Tube, a novidade para quem mora em Belo Horizente é que o teatro Sesc Palladium será reaberto parcialmente ao público, com todos os cui- dados e distanciamentos ne- cessários. Tudo isso para que o maior número de pessoas possa acompanhar o trabalho da orquestra, que traz no re- pertório músicas do álbum “Música para Cinema”, lan- çado em 2017, e uma home- nagem especial a um dos mais importantes compositores do gênero: Ennio Morricone. Segundo informações, ele ainda comemora o retorno do público ao teatro em um concerto marcante na traje- tória de 20 anos da orquestra. “Estamos extasiados com o retorno da plateia presen- cial e vamos celebrar juntos, presencial e virtualmente, a beleza das trilhas de cinema em uma linda homenagem a Ennio Morricone, que nos deixou um importante legado de obras primorosas”, afirma Rodrigo. Premiado Ennio Morricone recebe homenagem por um de seus clássicos como a trilha de “Cinema Paradiso” (1988) e outras obras de destaque. O maestro e compositor italiano faleceu em julho deste ano, aos Leo Ribeiro “Para Além do Centro – 31 Anos” é o projeto do Teatral Grupo de Risco (TGR), que mo- vimenta atividades do grupo por meio da descentralização da produção teatral de Campo Grande, levando apresenta- ções de espetáculos teatrais que compõem o repertório em cartaz do grupo para bairros da Capital. As ações foram aprovadas por meio do edital Fomteatro, da Secretaria de Cultura e Turismo da prefeitura, com recursos que deveriam ser repassados ainda em 2019. “Todas as ações foram pre- vistas para acontecer no segundo semestre de 2019. Houve um atraso por parte da Prefeitura, adiou por duas vezes e, a última informação que tinham dado foi que fariam os pagamentos em janeiro”, explica a atriz e produtora do projeto, Fernanda Kunzler. Ela comenta que, mesmo com o orçamento previsto para a cultura do município aprovado na Câmara dos Ve- readores, não houve o repasse para pagamento de projetos aprovados, o que gerou o atraso. “Em março aconteceu a pandemia, daí que se blo- queou mesmo todas as formas de repasse. As conversas que tivemos enquanto organização da classe, via colegiado de teatro e fórum, o que conse- guimos foi que esse repasse acontecesse de julho para cá, dividido em parcelas”, diz ainda. Pandemia Fernanda aponta que, assim como as demais áreas que foram afetadas, por trabalhar diretamente com o público, o teatro foi drasticamente pre- judicado em seus processos. Em nome do TGR, Fernanda fala que o grupo entende o isolamento e classifica este pe- ríodo de reclusão como extre- mamente necessário. “Se não fosse isso, talvez a situação e número de mortes no nosso Estado teria sido ainda pior do que já foi”, afirma. Dentro dos cuidados pre- vistos nas medidas de biosse- gurança, o contato com o pú- blico acontecerá em espaços públicos e periféricos. Com encenações que começaram na terça-feira (3), pela TV e na Comunidade São João Batista, ao fim dessa etapa, ao todo serão nove apresentações. “A Princesa Engasgada” (Márcia Frederico), em cartaz há mais de 18 anos, abriu a programação. Haverá ainda “Guardiões” (Lú Bigattão) e “Revolução” (Augusto Boal). E ainda uma oficina de for- mação teatral com assessoria de profissional local, que re- sultará na remontagem de um espetáculo e em outras duas apresentações, como contra- partida ao projeto. “Teremos aproximação com o público dentro dos cui- dados previstos nas medidas de biossegurança. Exigiu da gente maior esforço e cuidado para pensar as ações, o que poderíamos fazer muito mais rápido antes, num período que tínhamos como normal. Por conta dessa fase excepcional, precisamos reinventar e tomar cuidados que não tomaríamos antes”, ressalta Fernanda Kunzler. Otimista, o grupo previa que por meados de agosto a si- tuação do país e local estivesse amenizada. “Mas a gente viu que não, e mesmo com a li- beração de algumas ações há três meses, a gente voltou com a consciência de que ainda é necessário um cuidado muito grande”, destaca ainda. De olho na saúde do público e dos envolvidos no elenco e na produção, ela ainda chama atenção para o fato de que não há um conforto para essa volta das atividades. “Há uma retomada, em menor grau do que faríamos. Com os cui- dados e bem devagar. Não há uma potencialidade em todas as ações, justamente pelos cuidados que a gente precisa tomar.” Por meio do espetáculo “Guardiões”, a arte volta a respirar no espaço do TGR, que comporta um total de 80 pessoas em sua arquibancada. “Voltar a apresentar no espaço do grupo é uma possibilidade de retorno. Traz um lampejo de esperança. Por mais que a gente tenha que fazer tudo com o número reduzido, teremos que fazer o espetáculo para 20, 25 pessoas no máximo, para criar o distanciamento na plateia, entre as pessoas e um degrau e outro”, comenta o ator André Tristão. Ele ainda detalha que, mis- turada ao lampejo de espe- rança, está a ansiedade da retomada. “Também tem a questão da tensão. Porque é uma coisa incerta que a gente tá vivendo. Ao mesmo tempo que a gente necessita do trabalho. Então a gente fica contente de poder voltar aos palcos, mas fazendo de tudo para que não coloque as pessoas, nem nos coloque, em risco, apesar de sermos o Te- atral Grupo de Risco”, André finaliza brincando. AGENDA DE APRESENTAÇÕES 5/11 (quinta-feira) – às 19h30: Associação de Moradores da Coophavila 2 (AMOC): A Princesa Engasgada (Márcia Frederico) 6/11 (sexta-feira) – às 19h30: Associação de Moradores da Coophavila 2 (AMOC): Revolução (Adaptação texto Augusto Boal) 6/11 (sexta-feira) – TV Reme: Revolução (Adaptação texto Augusto Boal), manhã/transmissão 7/11 (sábado) – às 16 horas: Coophatrabalho – Praça Camilo Boni: Revolução (Adaptação texto Augusto Boal) 19, 20 e 21/11 – às 19h30 – (quinta, sexta e sábado): Espaço Teatral Grupo de Risco: Guardiões 91 anos, e deixou um impor- tante legado de trilhas sonoras que se destacaram na história. Entre as mais de 500 tri- lhas sonoras para cinema e televisão em seu currículo, há composições para filmes como “Três Homens em Conflito”, “A Missão”, “Era uma Vez na América” e “Os Intocáveis”, entre outros. Ele também es- creveu para filmes, programas de televisão, canções popu- lares e orquestras. Quem assistir de casa também pode ajudar as fa- mílias mais necessitadas, por intermédio do QR code para doação ao projeto Mesa Brasil Sesc, disponibilizado durante a transmissão. Para participar é necessário abrir a câmera do celular ou ta- blet em direção ao código que aparecer no visor da televisão ou computador. Em sequência, o internauta será encaminhado para o portal do Mesa Brasil, no qual poderá realizar, de forma rápida e segura, a doação de qualquer valor em solidariedade às fa- mílias assistidas pelo projeto e que passam fome. (Com assessoria) SERVIÇO: Música para Cinema será transmitido no domingo, 8 de novembro, às 11h, no Canal da Orquestra Ouro Preto no YouTube e do Sesc Minas. A classificação é livre para todas as idades. Informações: www. orquestraouropreto.com.br.

Transcript of ARTES AZER C3 Poesia, Prosa e Verso · 2020. 11. 5. · Apesar da exibição no You-Tube, a...

Page 1: ARTES AZER C3 Poesia, Prosa e Verso · 2020. 11. 5. · Apesar da exibição no You-Tube, a novidade para quem mora em Belo Horizente é que o teatro Sesc Palladium será reaberto

C3Campo Grande-MS |Quinta-feira, 5 de novembro de 2020ARTES&LAZER

Projeto é realizado com foco nas devidas medidas de biossegurança

TGR experimenta retomada e busca descentralizar a arte produzida aqui

Orquestra Ouro Preto traz canções clássicas do cinema gratuitamente

Teatro Live

Divulgação TGR

Íris Zanetti

Para participar deste espaço envie sua poesia ou um texto com ate 2.000 caracteres, sobre assuntos que estiverem ligados a literatura, a poesia, a cultura, políticas culturais, educação - sem envolvimento ou conotação político-partidária ou religiosa. Enviem para Delasnieve Daspet pelo e-mail [email protected]

Tulipas vermelhas. Radio-ativas.Explodiram Hiroshima e Nagasaki.Tanto tempo é passado...Vivemos com medo das armas nucleares.É como a espada da morteQue paira em nossas ca-beças.A qualquer momento, sem aviso prévio,Podem nos desintegrar.A proliferação nuclear é uma afrontaPara a continuidade da vida.Do planeta, como o conhe-cemos.

O conflito global seria uma guerra sem vencedores.A destruição seria enorme.E a terra findaria como um cemitério radioativo.Que as tulipas vermelhas permaneçam em nossas lembranças.Nos motivando a busca da harmonia.Por que o homem faz a guerra?Por que não se compro-mete com o diálogo e a paz?

Campo Grande, 27 de ou-tubro de 2020

Depois de lutar com cães,Um lobo muito ferido,Fugiu para a sua toca,Ficou por lá, escondido!A fome chegou, e eleSem ter forças pra caçar,Viu passar uma ove-lhinha.– Essa é fácil de enganar!Para chamar a atençãoDeu um gemido de dor:– Minha gentil ovelhinha.Posso pedir um favor? Estou morrendo de sede,Não posso sair daqui.Você pode ir buscar águaNaquele riacho ali? – Se trouxer água fres-

quinhaEu vou me recuperar.E então o que comerEu poderei ir caçar!A ovelhinha se afastouSem ouvir o seu lamento– Se eu levar a água aíEu serei seu alimento!Moral da história do Esopo:“Quem planeja más açõesUsa palavras gentisPra esconder más inten-ções” - Crianças não aceitem convites de estranhos.

Nova York-EUA

Haverá talvez ver-dadesque fiquem além da linguagemo que nos fazseres solitários!faço esforço sobre--humanopara dizer o que sinto......e nem sempre con-sigo!faço esforço incrívelpara viver o que penso......nem sempre é pos-sível!faço esforço tamanho

para tornar-me clarae facilmente inter-pretada...mas muitas vezesme flagro diferentena percepção do outro!são essas verdades além da palavrado gesto da ex-pressãoessas verdades não ditasque nos condenam a essa insólitasolidão!

São Luís-MA

Para que se preocupar se tudo um dia vai passarE dessa vida a gente sabe nada, nada vai levar Se vivemos atrasados e nossos passos já cansadosPedem pausa, pedem calma, quem sou euQuem é você para não parar?Quanto tempo faz que o pôr do sol não vejo maisE nem mesmo paro para olhar, contemplar a um luar?Se realmente a vida é bela, vou viver... Vamos viver!Nem dá mesmo para es-

perar, se preocuparSe tudo um dia vai ficar, vai passarTrocar o dever por um prazer É saber e compreender Que ainda há muito que fazer, por mim e por vocêE lembrar...Que daqui nada, nada vou levarE então para que se pre-ocupar se tudo um dia (logo,logo)Vai Passar?

6 de novembro – Dia da Literatura Sul-Mato-Grossense

Embalde, te juro, quisera fugir-te,Negar-te os extremos de ardente paixão:Embalde, quisera dizer-te: ? não sintoPrender-me à existência profunda afeição.Embalde! é loucura. Se penso um momento,Se juro ofendida meus ferros que-brar:Rebelde meu peito, mais ama querer-te,Meu peito mais ama de amor de-lirar.E as longas vigílias, ? e os negros fantasmas,Que os sonhos povoam, se intento dormir,Se ameigam aos encantos, que tu me despertas,Se posso a teu lado venturas fruir.E as dores no peito dormentes se acalmam.

E eu julgo teu riso credor de um favor:E eu sinto minh’alma de novo exaltar-se,Rendida aos sublimes mistérios do amor.Não digas, é crime ? que amar-te não sei,Que fria te nego meus doces ex-tremos…Eu amo adorar-te melhor do que a vida,Melhor que a existência que tanto queremos.Deixara eu de amar-te, quisera um momento,Que a vida eu deixara também de gozar!Delírio, ou loucura ? sou cega em querer-te,Sou louca… perdida, só sei te adorar.

São Luís-MA

Com o olhar no presente,Dá gosto de ver o sol radiante.As árvores verdejantes,Ouvir os pássaros saltitantes, a cantar.Nos jardins floridos, um colorido,As abelhas no seu vai e vemOs cães a latir por qualquer coisa.Sentir e ouvir os ventos uivantes.Os gatos e suas estripulias no te-lhados,O alarido das crianças nos logradourosO ir e vir das pessoas a aumentar

O covid a diminuir sua propagaçãoTudo voltando a funcionar, com raras exceções.Claro que com adequações E, mudanças que vieram para ficar.Mas com a graça de Deus e seu clã,Estamos dando a volta por cima,Com o tempo, tudo se ajeitará.Agora que começa a primavera,A estação da alegria!

Campo Grande-MS

Tulipa Vermelha

O Lobo e a Ovelha Difícil Verdade

Vai Passar

Confissão

Dando a Volta por Cima!

Por: Delasnieve Daspet

Por: Yara Maura Silva Por: Dilercy Adler

Por: Geise de Oliveira Machulek

Por: Maria Firmina dos Reis

Por: Nelson Vieira

Poesia, Prosa e Versoà janela

Delasnieve Daspet

Leo Ribeiro

Para assistir do conforto de casa, a Orquestra Ouro Preto traz, no próximo dia 8, uma transmissão inédita gratuita pelo YouTube, por meio da série “Domingos Clássicos”. Com início às 11h, o concerto será dedicado à música dos grandes clássicos que mar-caram a história do cinema nacional e internacional.

Apesar da exibição no You-Tube, a novidade para quem mora em Belo Horizente é que o teatro Sesc Palladium será reaberto parcialmente ao público, com todos os cui-dados e distanciamentos ne-cessários. Tudo isso para que o maior número de pessoas possa acompanhar o trabalho da orquestra, que traz no re-pertório músicas do álbum “Música para Cinema”, lan-çado em 2017, e uma home-nagem especial a um dos mais importantes compositores do gênero: Ennio Morricone.

Segundo informações, ele ainda comemora o retorno do público ao teatro em um concerto marcante na traje-tória de 20 anos da orquestra. “Estamos extasiados com o retorno da plateia presen-cial e vamos celebrar juntos, presencial e virtualmente, a beleza das trilhas de cinema em uma linda homenagem a Ennio Morricone, que nos deixou um importante legado de obras primorosas”, afirma Rodrigo.

PremiadoEnnio Morricone recebe

homenagem por um de seus clássicos como a trilha de “Cinema Paradiso” (1988) e outras obras de destaque. O maestro e compositor italiano faleceu em julho deste ano, aos

Leo Ribeiro

“Para Além do Centro – 31 Anos” é o projeto do Teatral Grupo de Risco (TGR), que mo-vimenta atividades do grupo por meio da descentralização da produção teatral de Campo Grande, levando apresenta-ções de espetáculos teatrais que compõem o repertório em cartaz do grupo para bairros da Capital.

As ações foram aprovadas por meio do edital Fomteatro, da Secretaria de Cultura e Turismo da prefeitura, com recursos que deveriam ser repassados ainda em 2019. “Todas as ações foram pre-vistas para acontecer no segundo semestre de 2019. Houve um atraso por parte da Prefeitura, adiou por duas vezes e, a última informação que tinham dado foi que fariam os pagamentos em janeiro”, explica a atriz e produtora do projeto, Fernanda Kunzler.

Ela comenta que, mesmo com o orçamento previsto para a cultura do município aprovado na Câmara dos Ve-readores, não houve o repasse para pagamento de projetos aprovados, o que gerou o atraso. “Em março aconteceu a pandemia, daí que se blo-queou mesmo todas as formas de repasse. As conversas que tivemos enquanto organização da classe, via colegiado de teatro e fórum, o que conse-guimos foi que esse repasse acontecesse de julho para cá, dividido em parcelas”, diz ainda.

PandemiaFernanda aponta que, assim

como as demais áreas que foram afetadas, por trabalhar

diretamente com o público, o teatro foi drasticamente pre-judicado em seus processos. Em nome do TGR, Fernanda fala que o grupo entende o isolamento e classifica este pe-ríodo de reclusão como extre-mamente necessário. “Se não fosse isso, talvez a situação e número de mortes no nosso Estado teria sido ainda pior do que já foi”, afirma.

Dentro dos cuidados pre-vistos nas medidas de biosse-gurança, o contato com o pú-blico acontecerá em espaços públicos e periféricos. Com encenações que começaram na terça-feira (3), pela TV e na Comunidade São João Batista, ao fim dessa etapa, ao todo serão nove apresentações.

“A Princesa Engasgada” (Márcia Frederico), em cartaz há mais de 18 anos, abriu a programação. Haverá ainda “Guardiões” (Lú Bigattão) e “Revolução” (Augusto Boal). E ainda uma oficina de for-mação teatral com assessoria de profissional local, que re-sultará na remontagem de um espetáculo e em outras duas apresentações, como contra-partida ao projeto.

“Teremos aproximação com o público dentro dos cui-dados previstos nas medidas de biossegurança. Exigiu da gente maior esforço e cuidado para pensar as ações, o que poderíamos fazer muito mais rápido antes, num período que tínhamos como normal. Por conta dessa fase excepcional, precisamos reinventar e tomar cuidados que não tomaríamos antes”, ressalta Fernanda Kunzler.

Otimista, o grupo previa que por meados de agosto a si-tuação do país e local estivesse

amenizada. “Mas a gente viu que não, e mesmo com a li-beração de algumas ações há três meses, a gente voltou com a consciência de que ainda é necessário um cuidado muito grande”, destaca ainda.

De olho na saúde do público e dos envolvidos no elenco e na produção, ela ainda chama atenção para o fato de que não há um conforto para essa volta das atividades. “Há uma retomada, em menor grau do que faríamos. Com os cui-dados e bem devagar. Não há uma potencialidade em todas as ações, justamente pelos cuidados que a gente precisa tomar.”

Por meio do espetáculo “Guardiões”, a arte volta a respirar no espaço do TGR, que comporta um total de 80 pessoas em sua arquibancada. “Voltar a apresentar no espaço do grupo é uma possibilidade de retorno. Traz um lampejo de esperança. Por mais que a gente tenha que fazer tudo com o número reduzido, teremos que fazer o espetáculo para 20, 25 pessoas no máximo, para criar o distanciamento na plateia, entre as pessoas e um degrau e outro”, comenta o ator André Tristão.

Ele ainda detalha que, mis-turada ao lampejo de espe-

rança, está a ansiedade da retomada. “Também tem a questão da tensão. Porque é uma coisa incerta que a gente tá vivendo. Ao mesmo tempo que a gente necessita do trabalho. Então a gente fica contente de poder voltar aos palcos, mas fazendo de tudo para que não coloque as pessoas, nem nos coloque, em risco, apesar de sermos o Te-atral Grupo de Risco”, André finaliza brincando.

AGENDA DE APRESENTAÇÕES5/11 (quinta-feira) – às 19h30: Associação de Moradores da Coophavila 2 (AMOC): A Princesa Engasgada (Márcia Frederico)

6/11 (sexta-feira) – às 19h30: Associação de Moradores da Coophavila 2 (AMOC): Revolução (Adaptação texto Augusto Boal)

6/11 (sexta-feira) – TV Reme: Revolução (Adaptação texto Augusto Boal), manhã/transmissão

7/11 (sábado) – às 16 horas: Coophatrabalho – Praça Camilo Boni: Revolução (Adaptação texto Augusto Boal)

19, 20 e 21/11 – às 19h30 – (quinta, sexta e sábado): Espaço Teatral Grupo de Risco: Guardiões

91 anos, e deixou um impor-tante legado de trilhas sonoras que se destacaram na história.

Entre as mais de 500 tri-lhas sonoras para cinema e televisão em seu currículo, há composições para filmes como “Três Homens em Conflito”, “A Missão”, “Era uma Vez na América” e “Os Intocáveis”, entre outros. Ele também es-creveu para filmes, programas de televisão, canções popu-lares e orquestras.

Quem assistir de casa também pode ajudar as fa-mílias mais necessitadas, por intermédio do QR code para doação ao projeto Mesa Brasil Sesc, disponibilizado durante a transmissão. Para participar é necessário abrir a câmera do celular ou ta-blet em direção ao código que aparecer no visor da televisão ou computador. Em sequência, o internauta será encaminhado para o portal do Mesa Brasil, no qual poderá realizar, de forma rápida e segura, a doação de qualquer valor em solidariedade às fa-mílias assistidas pelo projeto e que passam fome. (Com assessoria)

SERVIÇO: Música para Cinema será transmitido no domingo, 8 de novembro, às 11h, no Canal da Orquestra Ouro Preto no YouTube e do Sesc Minas. A classificação é livre para todas as idades. Informações: www.orquestraouropreto.com.br.