Artigo Ceientífico sobre EaD

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FACULDADE PEDRO II INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO UM ESTUDO SOBRE A EVASÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD) Sônia Medeiros Dias Belo Horizonte 2011

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FACULDADE PEDRO II

INSTITUTO SUPERIOR DE ENSINO

UM ESTUDO SOBRE A EVASÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD)

Sônia Medeiros Dias

Belo Horizonte2011

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Sônia Medeiros Dias

UM ESTUDO SOBRE A EVASÃO DA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EaD)

O presente artigo com embasamento científico

destina-se à apresentação de Atividade na

disciplina Educação, Comunicação e

Tecnologia. Faculdade Pedro II. Instituto

Superior de Ensino.

Curso de Licentura em Letras.

Orientador: Prof. Anderson Moreira

Belo Horizonte2011

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A Evasão dos Cursos na Modalidade de Ensino a Distância

Sônia Medeiros Dias

[email protected]

RESUMOEste artigo tem como objetivo detectar a causa das desistências de estudantes que optaram por Cursos de Ensino à Distância (EaD). A metodologia utilizada é a pesquisa bibliográfica por meio de estudo de autores, como: Azevedo (2002), Gibson (1997), Lowe (2005) em artigos acessados através da internet. O texto procura fazer uma avaliação do EaD no Brasil, no contexto atual em que a sociedade está inserida. Constata-se que a falta da tradicional aula presencial, ou seja, face-a-face com o professor, além do insuficiente domínio técnico do computador, falta de agrupamento de pessoas em um mesmo espaço físico, de compromentimento e planejamento para cumprir todas as atividades e avaliações exigidas têm consequências na evasão de cursos na modalidade à distância. A partir da análise dos dados observou-se que houve um significativo aumento de matículas entre os anos de 2002-2008, porém nota-se que houve também um grande índice de não concluintes nos finais dos períodos. Buscamos entender se, provavelmente, seja devido à evasão nos cursos acadêmicos à distância.

PALAVRAS-CHAVES: Tecnologia. Educação à Distância (EaD). Ensino-Aprendizagem. Evasão.

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Educação a Distância

A Educação a Distância foi introduzida, no sistema nacional brasileiro, como

mais uma modalidade de ensino e de aprendizagem, com a Lei nº 9.394, da

LDB (Lei de Diretrizes e Bases), através do artigo 80, e regulamentada pelo

Decreto nº 5.622 de 20/12/05, com normatização definida na Portaria

Ministerial nº 4.361, de 2004.

Desde que a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 reconheceu a EAD no Brasil,

foram produzidos dois documentos oficiais sobre Referenciais de Qualidade em

Educação a Distância. Através desses referenciais, foi possível ter uma visão

mais uniforme dos objetivos educacionais estabelecidos pelo governo federal

para essa modalidade de ensino.

O primeiro deles foi criado em 2003, sob um cenário de EAD ainda não bem

definido e regulamentado, com o objetivo de servir de orientação para alunos,

professores, técnicos e gestores na busca por maior qualidade. O princípio-

mestre na elaboração desse documento foi o de que “não se trata apenas de

tecnologia ou de informação: o fundamento é a educação da pessoa para a

vida e o mundo do trabalho.” (BRASIL, 2003, p.04). Assim, os objetivos

educacionais na modalidade a distância devem ser os mesmos da educação

presencial, ou seja, formar o sujeito em todas as suas dimensões, levando-o à

autoconstrução, fazendo-o pensar, refletir e questionar, tornando-o um sujeito

crítico.

No período de 2003 a 2007, foram publicados decretos e portarias normativas

que instituíram mudanças importantes relativas à Lei de Diretrizes e Bases da

Educação (LDB). As mudanças na sociedade, como contextos tecnológicos e

avaliação, assim como o investimento do governo na expansão do ensino

superior, levaram à necessidade de atualização dos Referenciais de Qualidade

para Educação a Distância no país (SILVA, 2008).

Um projeto de qualidade em EAD precisa oferecer laboratório de informática de

livre acesso com estrutura compatível com o número de estudantes atendidos,

equipamentos modernos e atualizados, acesso à Internet de banda larga e

recursos multimídias. Esse espaço físico é uma forma de garantir que o aluno

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tenha acesso às salas de aulas virtuais (se o modelo de curso utilizar espaço

virtual) e à biblioteca digital.

Público-Alvo da EaD

Ao se observar o público-alvo das instituições credenciadas oficialmente a

ministrar cursos de Educação a Distância, nota-se a relevância de dois

fenômenos que têm impulsionado a EaD no país nos últimos anos.

Um deles é o mercado corporativo, que tem a atenção de 15% das instituições.

As empresas, impulsionadas pela competitividade, pelo investimento em capital

humano e pela busca de padrões e certificações de qualidade, têm utilizado

com muito mais freqüência do que antes os métodos educacionais a distância,

formando uma demanda grande a ser suprida pelas instituições que produzem

conteúdos diversos.

Outro fenômeno é representado pela atenção ao funcionalismo público, que é

alvo de 13% das instituições. Aqui há, principalmente, o direcionamento à

formação de professores das redes públicas do país, que se veem impelidas à

formação e reciclagem urgente de professores devido à pressão exercida pela

Lei de Diretrizes e Bases da Educação.

Um curso a distância de qualidade deve ser um espaço que privilegie a

cooperação/colaboração e a construção de uma prática social com condições

de favorecer o processo de ensino e de aprendizagem. Assim, é preciso, tanto

do professor quanto do aluno, presença virtual constante e postura interativa. A

aprendizagem só se dá na interação, na relação com o outro e com o objeto de

conhecimento. Para que uma sala de aula virtual se torne rica e produtiva em

aprendizado, é necessário que todos os envolvidos no processo interajam de

forma frequente.

.A Educação a Distância é realidade no mundo inteiro e a busca pela qualidade

torna-se ponto chave na oferta de cursos. O número de alunos, nessa

modalidade de ensino, cresce a cada dia e o receio em relação à seriedade

desse tipo de proposta e a insegurança sobre as possibilidades de

aprendizagem, também acompanham esse crescimento.

Um curso em EaD ainda é percebido com muita resistência, tanto por parte dos

alunos quanto de professores. A avaliação da oferta em EAD, através do uso

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de indicadores que permitam aferir a qualidade desses cursos, ajuda a eliminar

esse preconceito ao permitir que as instituições demonstrem que estão

preocupadas em ofertar uma Educação a Distância de qualidade. Os

indicadores auxiliam na organização de um curso com qualidade e podem

servir para a tomada de decisão por parte dos alunos interessados em qual

curso fazer, uma vez que podem evidenciar as características e limitações de

cada um.

O tema evasão foi escolhido para realização de trabalho, porque na Educação

à Distância esse fato tem aparecido como principal característica ou uma

realidade recorrente. Supostamente, no Brasil apenas metade dos alunos que

ingressam anualmente no sistema Educação a Distância obtém a titulação no

prazo previsto para a integralização dos estudos.

O presente projeto visa pesquisar e entender a realidade da Educação à

Distância (EAD), que utiliza as NTCIs (Novas Tecnologias da Comunicação e

Informação) como um novo conceito de ensino-aprendizagem, que busca fazer

frente aos novos desafios que acompanham toda e qualquer inovação

histórico-cultural na atualidade.

Lowe (2008, p. 73) menciona os altos percentuais de evasão na Educação a

Distância em comparação ao ensino presencial e, ao citar Gibson, ressalta a

importância de instituições de EAD prepararem o aluno-aprendiz para essa

nova realidade.

Diante desses fatos, o presente artigo tem por objetivo identificar os índices de

evasão, bem como o perfil dos acadêmicos evadidos dos cursos de graduação

do Ensino Superior. A metodologia consiste no levantamento de referencial

teórico, por meios de livros, artigos, anais, revistas científicas e sites.

Posteriormente, serão realizadas coletas de dados, de documentos e de

informações sobre a evasão em uma determinada instituição. Para facilitar o

entendimento das informações coletadas, serão efetuadas as tabulações dos

dados juntamente com suas análises, e por fim será confrontada a teoria com a

realidade.

O presente projeto divide-se em quatro itens, sendo que o primeiro traz uma

breve definição da Educação a Distância no Ensino Superior. O segundo item

apresenta um breve histórico da implantação da Educação a Distância n o

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Brasil. O terceiro define o termo evasão nos cursos à distância e a importância

do levantamento de dados sobre este problema enfrentado pelas instituições

de Ensino Superior a Distância. Enfim, no quarto e último item apresenta o

levantamento de dados e a análise dos mesmos em relação à evasão dos

cursos na modalidade à distância.

1. EaD NO ENSINO SUPERIOR

A tecnologia está mudando a maneira das pessoas se relacionarem com o

tempo e o espaço. O conhecimento adquiriu extrema importância, perante o

ritmo alucinante das inovações e informações veiculadas na realidade virtual,

se torna essencial devido à globalização e aos avanços tecnológicos.

Em conseqüência dessa revolução tecnológica, a EaD vem se tornando cada

vez mais atrativa e ocupando um lugar de destaque no processo educacional,

passando a contribuir para as transformações e para o desenvolvimento

significativo dos indivíduos e da sociedade. Então, por que ainda é grande o

índice de evasão na Educação à Distância (EaD)? Este índice chega a ser

maior que nos cursos presenciais. Existirá um problema em comum nesses

cursos? Em alguns casos é muito alta a evasão se comparada ao potencial de

desenvolvimento e às qualidades fundamentais para o sucesso dessa

modalidade de curso em âmbito educacional.

A partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB 9.394) a EaD

foi reconhecida como modalidade de ensino por meio do artigo 80: “O Poder

Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino

a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação

continuada”, essa situação oportunizou o crescimento dessa modalidade nas

Instituições de Ensino Superior. Dessa forma, Lobo Neto (2001) destaca que a

educação a distância é uma alternativa de mediação na construção da

sociedade e através do seu caráter massivo poderá possibilitar emergência das

culturas locais e comunitárias.

Nesse sentido, a modalidade de educação a distância vem crescendo

consideravelmente no Brasil, tal crescimento pode ser observado no sítio Folha

Dirigida (2010), em que o Secretário de Educação a Distância do MEC Carlos

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Eduardo Bielschowsky comenta que o país está próximo de chegar a três

milhões de alunos matriculados em cursos à distância, sendo que em

dezembro de 2008 o país já somava 2.648.031 alunos e que em setembro de

2009 o país estava próximo da casa dos três milhões.

2. A CRIAÇÃO DA EaD

Segundo a professora da Fiocruz Rosa Maria Esteves da Costa: ¨Educação à

Distância (EaD) é um processo educacional em que a maior parte da

comunicação é mediada por recursos tecnológicos, que possibilitam superar a

distância física”. O professor de Novas Tecnologias da USP, José Manoel

Moran, diz que: EaD é o “processo de ensino-aprendizagem mediado por

tecnologias, no qual professores e alunos estão separados espacial e/ou

temporalmente”.

Diante da necedade crescente de socialização da educação superior e das

possibilidades que o desenvolvimento tecnológico tem viabilizado, a

modalidade de EaD é uma realidade na sociedade atual. Tal modalidade de

educação vem se destacando com o objetivo de preencher a lacuna deixada

por uma educação superior elitista fundamentada em nosso país, uma vez que

tal modalidade derruba barreiras em relação às questões sociais, pessoais e

geográficas.

No Brasil, o primeiro curso à distância foi o de datilografia, implantado em

1891. Outras iniciativas implantadas no Brasil com o objetivo de utilizar os

diversos canais da mídia para disseminar cultura e conhecimento. Dentre elas,

se destacou a criação do Instituto Universal Brasileiro, na década de 40, que

ministrava cursos técnicos por meio de material apostilado enviado pelos

Correios, do Projeto Minerva, transmitido pelas rádios estatais na década de

70, e dos Telecursos de 1º e 2º Grau, uma iniciativa bem-sucedida da

Fundação Roberto Marinho e das entidades industriais, como a FIESP, que

tem ajudado a combater o analfabetismo e a melhorar os indicadores escolares

em todas as regiões.

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O desenvolvimento da EaD pode ser descrito basicamente em três gerações,

conforme os avanços e recursos tecnológicos e de comunicação de cada

época.

Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo

material impresso iniciado no século XIX. Nesta modalidade, por

exemplo, o pioneiro no Brasil é o Instituto Monitor, que, em 1939,

ofereceu o primeiro curso por correspondência, de Radiotécnico. Em

seguida, temos o Instituto Universal Brasileiro atuando há mais de 60

anos nesta modalidade educativa, no país…

Segunda geração: Teleducação/Telecursos, com o recurso aos

programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e

material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período.

Nesta fase, por exemplo, destacaram-se a Telescola, em Portugal, e o

Projeto Minerva, no Brasil;

Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo

fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos

diferentes e as informações são armazernadas e acessadas em tempos

diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide

Web possibilitaram avanços na educação a distância nesta geração do

século XXI. Hoje os meios disponíveis são: teleconferência, chat, fóruns

de discussão, correio eletrônico, blogues, espaços wiki, plataformas de

ambientes virtuais que possibilitam interação multidirecional entre alunos

e tutores.

A EaD caracteriza-se pelo estabelecimento de uma comunicação de múltiplas

vias, suas possibilidades ampliaram-se em meio às mudanças tecnológicas

como uma modalidade alternativa para superar limites de tempo e espaço.

Seus referenciais são fundamentados nos quatro pilares da Educação do

Século XXI publicados pela UNESCO, que são: aprender a conhecer, aprender

a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.

Assim, a Educação deixa de ser concebida como mera transferência de

informações e passa a ser norteada pela contextualização de conhecimentos

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úteis ao aluno. Na educação a distância, o aluno é desafiado a pesquisar e

entender o conteúdo, de forma a participar da disciplina.

3. EVASÃO NA EaD

Como um recurso tecnológico no processo de ensino-aprendizagem, a

Educação à Distância tem se desenvolvido em ritmo acelerado e irreversível,

principalmente, por sua praticidade em atender às demandas da sociedade

atual e por seus reduzidos custos financeiros de realização.

Diante deste contexto avaliaremos os desafios e oportunidades dos cursos à

distância. Nesta modalidade de educação o professor e o aluno estão

separados no espaço ou no tempo, ou seja, geográfica ou temporalmente, na

maioria das vezes o aluno não consegue conectar-se em tempo real.

Primeiramente, porque a dificuldade dos alunos para os encontros presenciais

relaciona-se à falta de tempo devido às atividades profissionais. Essa limitação

de tempo disponível para o estudo e atividades exigidas pelo curso presencial

acaba prejudicando o processo de ensino-aprendizagem.

Outro ponto que deve ser considerado, no decorrer do estudo, é a necessidade

de um núcleo regional (Tele-centros), para que os alunos tenham maior suporte

na resolução de suas dúvidas, aumentando-se assim sua satisfação e

acessibilidade ao conhecimento e ao suporte pedagógico e técnico exigido. O

Ensino à Distância (EaD) é uma forma de dar oportunidades ao indivíduo,

independentemente de sua classe social, em todos os recantos do mundo, o

acesso à educação e qualificação pessoal e profissional.

A questão da evasão tem chamado a atenção dos envolvidos no processo

educativo, uma vez que o reconhecimento e a contenção de suas causas são

de extrema importância em uma sociedade que necessita socializar a

educação ao máximo, principalmente, no que diz respeito ao Ensino Superior.

Segundo Coelho (2010), as supostas causas quanto à evasão no curso a

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distância são: o insuficiente domínio técnico do uso do computador

(principalmente da internet), falta da tradicional relação face a face entre

professores e acadêmicos, dificuldade de expor ideias numa comunicação

escrita a distância e a falta de um agrupamento de pessoas numa instituição

física.

Para entender melhor esse termo, Favero (2006), define evasão como a

desistência do curso, incluindo os que, após terem se matriculado, nunca se

apresentaram ou se manifestaram de alguma forma para os colegas e

mediadores do curso, em qualquer momento. No mesmo sentido, Santos et. al.

(2008), comenta que a evasão refere-se à desistência definitiva do estudante

em qualquer etapa do curso e a mesma pode ser considerada como um fator

frequente em cursos à distância.

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4. LEVANTAMENTO E INTERPRETAÇÃO DE DADOS

Evolução do número de Matrículas – Graduação a Distância por Categoria Acadêmica - Brasil – 2002-2008

Evolução do número de Concluintes – Graduação a Distância por Categoria Acadêmica - Brasil – 2002-2008

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0

100.000

200.000

300.000

400.000

500.000

600.000

700.000

800.000

Ano

Núm

ero

de M

atrí

cula

s

Total 40.714 49.911 59.611 114.642 207.206 369.766 727.961

Federal 11.964 16.532 18.121 15.740 17.359 25.552 55.218

Estadual 22.358 23.272 17.868 37.377 21.070 67.275 219.940

Municipal 0 0 0 1.398 3.632 1.382 3.830

Privada 6.392 10.107 23.622 60.127 165.145 275.557 448.973

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

70.000

80.000

Ano

Núm

ero

de C

oncl

uin

tes

Total 1.712 4.005 6.746 12.626 25.804 29.812 70.068

Federal 769 1.120 2.171 6.615 1.127 1.895 1.598

Estadual 943 2.862 4.575 1.005 10.271 1.508 5.573

Municipal 0 0 0 515 748 106 1.004

Privada 0 23 0 4.491 13.658 26.303 61.893

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

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A partir da análise dos dados observou-se que houve um significativo aumento

de matículas entre os anos de 2002-2008, porém nota-se que houve também

um grande índice de não-concluintes nos finais dos períodos. O grupo

entendeu que, provavelmente, seja devido à evasão nos cursos acadêmicos à

distância. A partir da pesquisa que será realizada buscaremos confirmar ou

refutar esta nossa questão sobre se a evasão dos cursos à distância poderá

ser considerada um dado preocupante para as instituições educacionais e para

a comunidade docente do país.

Os dados foram divulgados na versão 2008 do Anuário Brasileiro Estatístico de

Educação Aberta e a Distância (Abraed). A publicação é da Associação

Brasileira de Educação Aberta e a Distância (Abed) e foi lançada no 5º

Seminário Nacional de Educação a Distância, em Recife.

São as próprias instituições de ensino superior que enviam suas informações

ao Inep, por meio de preenchimento de formulários eletrônicos. Os dados do

Censo 2008 foram coletados de 25/03/2009 a 12/06/2009. As instituições

tiveram ainda de 4/08/2009 a 5/09/2009 para complementar e corrigir eventuais

erros nas informações prestadas. Durante o período de preenchimento, os

pesquisadores institucionais puderam fazer, a qualquer momento, alterações

ou inclusões necessárias no conjunto de dados de suas respectivas

instituições. (Abed, 2008)

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

A educação à Distância pode ou não ter momentos presenciais, acontece,

fundamentalmente, que professores e alunos estão separados fisicamente

tornando a comunicação e a tecnologia indispensáveis para a sua realização.

Este forte impacto distância/tempo entre a relação professor-aluno evolui e se

torna uma troca didática, o professor deixa de ser um mero transmissor de

informações passando a ser um facilitador da aprendizagem. O aluno deixa de

ser um mero receptor de mensagem e passa a ter uma conduta pró-ativa na

obtenção do conhecimento; tornando-se necessário seu comprometimento e

atitude, qualidades fundamentais para o sucesso do aprendizado e a

minimização da evasão nesta modalidade de ensino-aprendizagem.

Todavia, ao desenvolver este estudo tentamos diagnosticar pontos falhos

nessa relação, visto que, em muitos casos a falta de domínio da Tecnologia da

Informação e de ferramentas da comunicação, como a internet, não permite um

ensino realmente produtivo, causando um alto índice de insatisfação com os

cursos e, assim, consequente evasão.

Buscamos também demonstrar neste artigo a importância do Ensino à

Distância (EaD) como um valoroso instrumento de qualificação acadêmica. A

necessidade de que as instituições de ensino ofereçam uma categoria de curso

que tenha maior comprometimento com os alunos, que busque facilitar o

acesso a conteúdos e atividades com suporte acadêmico e gerenciamento de

ações positivas. Um curso que visando o aumento do índice de conclusão e

aprovação tenha como consequência a redução do percentual de evasão.

Visando sempre melhorias no EaD que sejam refletidas na formação de

profissionais em diversas áreas de atuação, direcionando-os ao mercado de

trabalho de maneira efetiva e competente.

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REFERÊNCIAS

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<http://www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=195&sid=1

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Autores Associados, 2006.

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<http://www2.abed.org.br/visualizaDocumento.asp?Documento_ID=10>.

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http://www.inep.gov.br/download/censo/2008/resumo_tecnico_9.pdf Acessado

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option=com_content&task=view&id=61&Itemid=88. Acessado em 09 de maio

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