Artigo equina 20 nov dez-2008

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Asininos e Muares mostram sua força econômica Roberto Arruda de Souza Lima Engenheiro agrônomo, Doutor em Economia Aplicada, Prof. da ESALQ/USP, Pesquisador do CEPEA [email protected] Os asininos e muares possuem grande impor- tância no Brasil. Esta importância pode ser obser- vada sob diferentes óticas: histórica, social e eco- nômica. A história e o desenvolvimento do Brasil estão fortemente associados a esses animais. A in- tegração do território nacional só foi possível com as longas viagens dos tropeiros, assim como o trans- porte das riquezas minerais no Brasil Colonial não se concretizariam sem os asnos e mulas. Mesmo no início do transporte ferroviário brasileiro a pre- sença desses animais era tão marcante que um de seus diversos nomes populares – jegue – tem ori- gem na denominação em inglês para jumento (jack 1 ), idioma utilizado pelos diversos trabalhadores estran- geiros empregados nas empresas ferroviárias. Nos quase quinhentos anos da presença no Brasil, a for- ça e valor dos asininos e muares sempre foi reco- nhecida por quem trabalhava próximo a eles, mas pouco valorizada pela população mais distante, prin- cipalmente a urbana. Recentemente, eventos e no- tícias em diferentes mídias têm resgatado a impor- tância desses animais. Leilões, alguns transmitidos inclusive pela televisão, têm apresentado procura crescente e resultados satisfatórios, com animais negociados na faixa de R$ 20.000 (em leilão reali- zado na Gameleira, em Belo Horizonte, houve arre- mate de animal por cerca do dobro desse valor, em junho passado). No entanto, pouco se tem publicado sobre os aspectos econômicos. Mesmo as estatísticas ofici- ais são escassas. Por exemplo, o IBGE ao divulgar dados preliminares do Censo 2006, informou o efe- tivo de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, entre outros, mas somente em 2009 divulgará informa- ções sobre qual é o real número de asininos e mua- res no Brasil. Enquanto aguardamos os resultados do Censo Agropecuário (que possivelmente trará números inferiores às estimativas atuais 2 ), pode-se discutir algumas informações da FAO (Food and Agriculture Organization, a Organização das nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e da Pes- quisa Pecuária Municipal. O Brasil destaca-se entre os países criadores. Segundo dados da FAO referente ao ano de 2005 (informação disponível mais recente), o efetivo bra- sileiro de muares era o terceiro maior do mundo, atrás apenas de China e México, e mais de duas vezes maior que o quarto colocado (Colômbia). A Tabela 1 apresenta os dez maiores criadores de muares no mundo. De acordo com os dados da FAO, 82 países apresentavam criação de muares, totalizando 12.445.650 cabeças em 2005. Desta- ca-se que a tropa de mulas encontra-se concentra- da em poucos países: 80% dos muares do mundo todo vivem em apenas seis países. 1 Em inglês, o asinino macho é denominado jack e a fêmea jenny. 2 Conforme já discutido em arti- gos anteriores nesta revista, por ocasião do Censo, recenseado- res visitam e recolhem informa- ções, através de entrevistas com pessoas aptas a responderem os questionários, de todos os esta- belecimentos agropecuários, flo- restais e/ou aqüícolas do país que tiveram atividades durante o ano de referência (no caso atual, 2006). No entanto, realizar tal le- vantamento é algo muito caro, de modo que não é feito todo ano. O Censo Agropecuário anterior re- fere-se ao ano agrícola 95/96. Neste longo intervalo entre os Censos, a principal fonte de da- dos sobre populações e produ- ção pecuária é a Pesquisa Pecu- ária Municipal (PPM). Diferente- mente do Censo, na PPM o efetivo dos rebanhos é estimado pelo IBGE com base em informantes municipais qualificados envolvi- dos com a pecuária (por exem- plo: sindicatos, cooperativas, instituições de crédito, entre ou- tros). Assim, é normal ocorrer di- vergências e correções após a divulgação do Censo. Os asininos estão melhor distribuídos ao redor do mundo. Os dez maiores países criadores con- centravam cerca de 70% do total mundial animais em 2005 (Tabela 2). O Brasil possuía, segundo dados da FAO para aquele ano, a sétima maior tro- pa de asininos. Em 2005 havia 40.953.809 asininos no mundo. FONTE: FAO (2008) China 3.739.500 30,05% México 3.280.000 26,35% Brasil 1.209.352 11,32% Colômbia 630.000 5,06% Marrocos 563.000 4,53% Etiópia 350.000 2,81% Peru 290.000 2,33% Paquistão 251.000 2,02% Argentina 185.000 1,49% 10º Índia 176.000 1,41% Tabela 1 - Mundo: Principais criadores de muares, em 2005 Posição País Efetivo (cabeças) Percentual Tabela 2 - Mundo: Principais criadores de asininos, em 2005 China 7.919.100 19,34% Etiópia 4.265.194 10,41% Paquistão 4.199.000 10,25% México 3.260.000 7,96% Egito 3.070.000 7,50% Irã 1.600.000 3,91% Brasil 1.170.000 2,86% Nigéria 1.050.000 2,56% Burkina Faso 1.028.127 2,51% 10º Marrocos 959.000 2,34% Posição País Efetivo (cabeças) Percentual FONTE: FAO (2008)

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Asininos e Muaresmostram sua força econômica

Roberto Arruda deSouza Lima

Engenheiro agrônomo,Doutor em

Economia Aplicada,Prof. da ESALQ/USP,

Pesquisador do [email protected]

Os asininos e muares possuem grande impor-tância no Brasil. Esta importância pode ser obser-vada sob diferentes óticas: histórica, social e eco-nômica. A história e o desenvolvimento do Brasilestão fortemente associados a esses animais. A in-tegração do território nacional só foi possível comas longas viagens dos tropeiros, assim como o trans-porte das riquezas minerais no Brasil Colonial nãose concretizariam sem os asnos e mulas. Mesmono início do transporte ferroviário brasileiro a pre-sença desses animais era tão marcante que um deseus diversos nomes populares – jegue – tem ori-gem na denominação em inglês para jumento (jack1),idioma utilizado pelos diversos trabalhadores estran-geiros empregados nas empresas ferroviárias. Nosquase quinhentos anos da presença no Brasil, a for-ça e valor dos asininos e muares sempre foi reco-nhecida por quem trabalhava próximo a eles, maspouco valorizada pela população mais distante, prin-cipalmente a urbana. Recentemente, eventos e no-tícias em diferentes mídias têm resgatado a impor-tância desses animais. Leilões, alguns transmitidosinclusive pela televisão, têm apresentado procuracrescente e resultados satisfatórios, com animaisnegociados na faixa de R$ 20.000 (em leilão reali-zado na Gameleira, em Belo Horizonte, houve arre-mate de animal por cerca do dobro desse valor, emjunho passado).

No entanto, pouco se tem publicado sobre osaspectos econômicos. Mesmo as estatísticas ofici-ais são escassas. Por exemplo, o IBGE ao divulgardados preliminares do Censo 2006, informou o efe-tivo de bovinos, ovinos, caprinos, suínos, entreoutros, mas somente em 2009 divulgará informa-ções sobre qual é o real número de asininos e mua-res no Brasil. Enquanto aguardamos os resultadosdo Censo Agropecuário (que possivelmente traránúmeros inferiores às estimativas atuais2), pode-sediscutir algumas informações da FAO (Food andAgriculture Organization, a Organização das naçõesUnidas para Agricultura e Alimentação) e da Pes-quisa Pecuária Municipal.

O Brasil destaca-se entre os países criadores.Segundo dados da FAO referente ao ano de 2005(informação disponível mais recente), o efetivo bra-sileiro de muares era o terceiro maior do mundo,atrás apenas de China e México, e mais de duasvezes maior que o quarto colocado (Colômbia). ATabela 1 apresenta os dez maiores criadores de

muares no mundo. De acordo com os dados daFAO, 82 países apresentavam criação de muares,totalizando 12.445.650 cabeças em 2005. Desta-ca-se que a tropa de mulas encontra-se concentra-da em poucos países: 80% dos muares do mundotodo vivem em apenas seis países.

1 Em inglês, o asinino macho édenominado jack e a fêmea jenny.

2 Conforme já discutido em arti-gos anteriores nesta revista, porocasião do Censo, recenseado-res visitam e recolhem informa-ções, através de entrevistas compessoas aptas a responderem osquestionários, de todos os esta-belecimentos agropecuários, flo-restais e/ou aqüícolas do país quetiveram atividades durante o anode referência (no caso atual,2006). No entanto, realizar tal le-vantamento é algo muito caro, demodo que não é feito todo ano. OCenso Agropecuário anterior re-fere-se ao ano agrícola 95/96.Neste longo intervalo entre osCensos, a principal fonte de da-dos sobre populações e produ-ção pecuária é a Pesquisa Pecu-ária Municipal (PPM). Diferente-mente do Censo, na PPM o efetivodos rebanhos é estimado peloIBGE com base em informantesmunicipais qualificados envolvi-dos com a pecuária (por exem-plo: sindicatos, cooperativas,instituições de crédito, entre ou-tros). Assim, é normal ocorrer di-vergências e correções após adivulgação do Censo.

Os asininos estão melhor distribuídos ao redordo mundo. Os dez maiores países criadores con-centravam cerca de 70% do total mundial animaisem 2005 (Tabela 2). O Brasil possuía, segundodados da FAO para aquele ano, a sétima maior tro-pa de asininos. Em 2005 havia 40.953.809 asininosno mundo.

FON

TE: F

AO

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8)

1º China 3.739.500 30,05%

2º México 3.280.000 26,35%

3º Brasil 1.209.352 11,32%

4º Colômbia 630.000 5,06%

5º Marrocos 563.000 4,53%

6º Etiópia 350.000 2,81%

7º Peru 290.000 2,33%

8º Paquistão 251.000 2,02%

9º Argentina 185.000 1,49%

10º Índia 176.000 1,41%

Tabela 1 - Mundo: Principais criadoresde muares, em 2005

Posição PaísEfetivo

(cabeças) Percentual

Tabela 2 - Mundo: Principais criadoresde asininos, em 2005

1º China 7.919.100 19,34%

2º Etiópia 4.265.194 10,41%

3º Paquistão 4.199.000 10,25%

4º México 3.260.000 7,96%

5º Egito 3.070.000 7,50%

6º Irã 1.600.000 3,91%

7º Brasil 1.170.000 2,86%

8º Nigéria 1.050.000 2,56%

9º Burkina Faso 1.028.127 2,51%

10º Marrocos 959.000 2,34%

Posição PaísEfetivo

(cabeças) Percentual

FON

TE: F

AO

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8)

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No comércio internacional, o Brasil tem se mos-trado bastante discreto (Figura 1). No período dejaneiro de 1999 a setembro de 2008, as importa-ções e exportações totalizaram US$ 132.050 dóla-res (US$ 11.894 em importações e US$ 120.156em exportações), segundo dados oficiais do Minis-tério do Desenvolvimento, Indústria e ComércioExterior (MDIC). Entre as operações no período,destacam-se as exportações ocorridas para Vene-zuela em 2005 (37 animais, totalizando US$ 65.451).

As importações ocorreram apenas nos anos de2001, 2002 e 2004. Nesses três anos, 12 animaisforam importados, com preços díspares. Enquantoapenas um animal importado da Bélgica custou US$5.000 (em 2002), o valor médio dos animais origi-nários do Uruguai foi de US$ 400. Na última déca-da, apenas quatro países (Argentina, Bélgica, Uru-guai e Suíça) comercializaram seus animais para oBrasil (Figura 2)

As exportações de asininos e muares, emborasuperiores às importações, também foram modes-tas nos últimos dez anos. Segundo dados oficiais,apenas 86 animais foram exportados na última dé-cada. O principal país comprador foi a Venezuela(37 animais), respondendo por mais da metade dovolume de divisas ingressadas no Brasil. Os valo-res médios dos animais exportados apresentaramgrandes diferenças conforme o destino, variandode US$ 383 (para Espanha) até US$ 2.000/animal(para Alemanha). Os animais exportados pelo Bra-sil na última década tiveram como destino apenassete países, conforme ilustrado pela Figura 3.

De acordo com os últimos dados disponíveispelo IBGE, em 2006 havia 1.187.419 asininos e1.386.015 muares no Brasil. É interessante obser-var que a distribuição desses animais por microrre-giões geográficas é diferente, inclusive quando com-parada à distribuição de eqüinos. Analisando as 558microrregiões geográficas do Brasil encontram-se,para o ano de 2006, os seguintes índices de corre-lação (Tabela 3):

Figura 1 - Brasil: exportações e importações de asininos e muares noperíodo de janeiro de 1999 a setembro de 2008. FO

NTE

: MD

IC (2

008)

Figura 2 - Brasil: Importações de asininos e muares no período dejaneiro de 1999 a setembro de 2008, por país de origem.

Figura 3 - Brasil: Exportações de asininos e muares no período dejaneiro de 1999 a setembro de 2008, por país de destino.

FON

TE: M

DIC

(200

8)FO

NTE

: MD

IC (2

008)

Figura 4 - Brasil: Distribuição do efetivo de asininos e muares porRegião em 2006.

FON

TE: E

LAB

OR

AD

O A

PA

RTI

R D

E D

AD

OS

DO

IBG

E (2

008)

A Região Nordeste concentra o maior númerotanto de asininos quanto de muares. Já a região Sulé a que apresenta o menor número desses animais.A Figura 4 mostra a distribuição regional dos asini-nos e muares.

Tabela 3 - Brasil: Correlação entre os efetivos deasininos, muares e eqüinos em 2006

Asinino Muar Eqüino

Asinino 1

Muar 0,407 1

Eqüino 0,178 0,451 1

FON

TE: I

BG

E (2

008)

(a) Asininos (b) Muares

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Cinco estados concentram 80%da população brasileira de asininos:Bahia (26,4%); Piauí (17,3%); Ceará(17,2%); Maranhão (10,5%) e Per-nambuco (8,6%). Observando osdados de 2000 até 2006, nota-se queo efetivo tem se reduzido nas regiõesNordeste e Sul, enquanto nas demaisregiões observa-se crescimento donúmero de cabeças (Tabela 4).

Os muares encontram-se melhordistribuídos pelo território nacional,mas ainda concentrados. Quatro es-tados concentram 50% da populaçãobrasileira de muares: Bahia (23,4%);Minas Gerais (12,6%); Maranhão(7,4%) e Pará (7,3%). Observandoos dados de 2000 até 2006, observa-se crescimento do efetivo nas regiõesde fronteira agrícola (regiões Norte eCentro-Oeste), enquanto houve redu-ção de 13% na Região Sul. Pará e MatoGrosso destacam-se pelo crescimen-to (30,44% e 31,58%, respectivamen-te) sobre uma base (número de cabe-ças) que já era significativa em 2000(Tabela 5).

Os números apresentados ressal-tam a importância e evolução quanti-tativa dos asininos e muares. Entre-tanto, deve ser destacado que temhavido importante alteração qualitati-va, para melhor, com eventos (expo-sição e leilões) com crescente interes-se, evolução na genética e controle(como no reconhecimento dos regis-tros de muares pelo MAPA – Ministé-rio da Agricultura, Pecuária e abaste-cimento) e ações da associação Bra-sileira dos Criadores do JumentoPega, entre outros fatos.

Concluindo este artigo que buscouapresentar uma visão da dimensão datropa de asininos e muares no Brasil,é interessante destacar as oportunida-des que estão abertas aos criadoresdesses animais com a tendência noBrasil – e em outras partes do mundo(em especial nos Estados Unidos) –das cavalgadas e atividades associa-das ao turismo rural. O conforto edemais qualidades de asininos e mua-res proporcionam boas perspectivasde negócios, até mesmo no pouco ex-plorado comércio internacional (ex-portações). FO

NTE

: IB

GE

(200

8)

UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Variação entre 2000 e 2006

RO 15.990 16.793 17.924 21.105 21.230 28.825 25.172 57,42%AC 4.294 4.266 4.899 5.423 6.455 6.699 8.242 91,94%AM 791 802 856 884 908 908 978 23,64%PA 77.405 78.907 87.706 88.365 92.943 102.736 100.969 30,44%AP 518 528 578 543 744 1.008 999 92,86%TO 59.096 59.183 57.803 57.632 55.927 54.406 54.209 -8,27%MA 101.049 101.404 102.059 100.516 100.197 102.997 102.770 1,70%PI 38.518 38.424 38.382 38.276 38.115 38.001 37.921 -1,55%CE 76.119 76.662 77.295 77.823 78.477 78.858 79.516 4,46%RN 20.686 20.910 21.108 20.868 20.900 21.848 21.894 5,84%PB 25.576 25.444 25.019 24.688 24.146 23.643 23.972 -6,27%PE 59.923 57.674 59.664 58.496 58.617 60.734 60.177 0,42%AL 23.143 23.522 19.676 21.886 22.516 23.102 23.180 0,16%SE 15.604 15.563 15.759 15.905 16.601 16.984 17.575 12,63%BA 329.713 327.384 317.220 312.581 315.892 323.801 324.014 -1,73%MG 174.256 174.576 169.967 172.775 175.684 172.993 174.533 0,16%ES 14.728 14.878 14.990 15.064 15.330 15.270 15.371 4,37%RJ 14.936 14.855 14.726 14.907 15.618 15.951 15.870 6,25%SP 85.843 83.806 80.081 79.538 78.254 76.291 74.419 -13,31%PR 59.425 57.496 56.617 56.461 55.355 54.038 52.479 -11,69%SC 2.725 2.606 2.644 2.646 2.466 2.721 2.609 -4,26%RS 7.704 7.504 6.926 6.790 6.240 5.893 5.660 -26,53%MS 42.795 43.398 44.027 45.289 45.863 46.515 46.791 9,34%MT 55.436 56.986 61.167 64.899 67.422 71.312 72.945 31,58%GO 41.362 41.865 41.837 41.829 42.339 42.961 43.590 5,39%DF 220 220 231 200 180 170 160 -27,27%

Tabela 5 - Brasil: evolução do efetivo de muares, por Unidade da Federação, no período de 2000 a 2006

Font

e: IB

GE

(200

8)

UF 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Variação entre 2000 e 2006

RO 1.298 1.364 1.666 1.901 1.790 2.695 1.974 52,08%AC 457 459 464 503 577 608 758 65,86%AM 311 314 338 358 371 371 427 37,30%PA 22.395 21.436 23.439 23.223 25.251 22.321 22.823 1,91%AP 266 299 328 278 318 413 489 83,83%TO 15.841 16.004 15.649 15.787 15.042 14.630 14.829 -6,39%MA 146.152 144.255 142.740 135.151 129.896 127.382 124.994 -14,48%PI 203.240 204.084 204.886 205.465 206.233 206.929 205.717 1,22%CE 198.425 198.637 199.938 201.951 202.150 203.533 203.716 2,67%RN 60.089 59.677 63.300 63.341 63.068 62.586 57.738 -3,91%PB 61.811 59.408 58.107 56.917 54.734 52.787 51.265 -17,06%PE 88.425 89.985 92.510 95.458 95.298 97.310 102.173 15,55%AL 7.804 8.065 8.068 8.870 9.294 10.041 10.572 35,47%SE 9.765 9.316 9.466 9.632 9.748 10.047 10.644 9,00%BA 365.583 365.420 336.470 329.725 321.880 315.160 313.339 -14,29%MG 30.627 31.105 30.695 30.500 30.909 35.119 35.918 17,28%ES 1.887 1.890 1.879 1.783 1.764 1.724 1.747 -7,42%RJ 2.097 1.937 1.722 1.988 2.076 2.091 2.153 2,67%SP 7.022 7.065 7.110 7.192 7.131 6.717 6.338 -9,74%PR 3.471 3.319 3.251 3.148 3.047 3.025 3.043 -12,33%SC 487 415 509 507 498 495 528 8,42%RS 1.710 1.629 1.612 1.785 1.563 1.502 1.503 -12,11%MS 3.638 3.710 3.802 3.881 3.935 3.987 4.042 11,11%MT 3.786 3.790 3.832 3.875 4.146 4.182 4.589 21,21%GO 5.490 5.342 5.236 5.351 5.525 5.802 6.030 9,84%DF 100 100 105 90 80 76 70 -30,00%

Tabela 4 - Brasil: evolução do efetivo de asininos, por Unidade da Federação, no período de 2000 a 2006