Artigo Especializacaa Paulo -Correto

45
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO PRÓ- REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA PAULO ROBERTO CAMPELO FONSECA E FONSECA ESTRUTURA DE CAPITAL DAS MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR NO BRASIL

Transcript of Artigo Especializacaa Paulo -Correto

Page 1: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃOPRÓ- REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃOCURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONTROLADORIA

PAULO ROBERTO CAMPELO FONSECA E FONSECA

ESTRUTURA DE CAPITAL DAS MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR

NO BRASIL

São Luís2013

Page 2: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

PAULO ROBERTO CAMPELO FONSECA E FONSECA

ESTRUTURA DE CAPITAL DAS MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR

NO BRASIL

Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Controladoria da Universidade Federal do Maranhão, para obtenção do grau de Especialista em Controladoria.

Orientador: Profº. Ms. Sérgio Sampaio Cutrim.

São Luís2013

Page 3: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

Fonseca, Paulo Roberto Campelo Fonseca e

Estrutura de Capital das Melhores Empresas para se Trabalhar no Brasil / Paulo Roberto Campelo Fonseca e Fonseca. – São Luís, 2013.

32 f. : il.

Impresso por computador (fotocópia).

Orientador: Ségio Sampaio Cutrim.

Monografia (Especialização) – Universidade Federal do Maranhão, Curso de Especialização em Controladoria, 2013.

1. Empresa – Estrutura de Capital 2. Empresa – Reccursos humanos 3. Empresa - Endividamento I. Título.

CDU 657.411

Page 4: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

PAULO ROBERTO CAMPELO FONSECA E FONSECA

ESTRUTURA DE CAPITAL DAS MELHORES EMPRESAS PARA SE TRABALHAR

NO BRASIL

Monografia apresentada ao Programa de Especialização em Controladoria da Universidade Federal do Maranhão, para obtenção do grau de Especialista em Controladoria.

Aprovado em:____/____/____

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________

Profº. Ms. Sérgio Sampaio CutrimUniversidade Federal do Maranhão

_________________________________________________

Profº. Ms. Francisco Gilvan Lima MoreiraUniversidade Federal do Maranhão

Profª. Ms. Janieiry Queiroga da CostaUniversidade Federal do Maranhão

Page 5: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

Dedico este trabalho a Jesus, "Em quem estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência." (Colossenses 2 : 3), o qual me ajudou a realizar este trabalho, a minha família, Florimar Fonseca (Mãe), Paulino Fonseca (Pai) e Jessica Fonseca (Irmã) pelo incentivo em amor, a Renilma Pinheiro, fiel companheira, e ao orientador Profº. Ms. Sérgio Sampaio Cutrim pelos conhecimentos proporcionados.

Page 6: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

RESUMO

Com as crescentes mudanças no ambiente e competitividade por mercados, as organizações têm buscado estratégias para alcançar vantagens competitivas que as diferenciem da concorrência e lhes proporcionem retornos financeiros. Tais estratégias podem advir de uma visão baseada em recursos, tendo os recursos humanos como recursos estratégicos, fontes de vantagem competitiva. Neste sentido tem se relacionado à obtenção de vantagem competitiva e altos desempenhos financeiros aos tipos de decisões que são tomadas pelos colaboradores das organizações a respeito da forma como a estrutura de capital da empresa é utilizada. A partir deste enfoque, este trabalho procura observar a gestão estratégica de recursos humanos e a gestão da estrutura de capital como fonte de vantagens competitivas e de altos desempenhos financeiros. Para tanto, foi realizado inicialmente, uma revisão da literatura com o objetivo de constatar afirmações e levantar questões a respeito da influência da estrutura de capital na diferença de desempenho financeiro das organizações. Foi também realizada uma pesquisa utilizando dados da Revista Você S/A – as 150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, ano de 2012 e do Ibovespa para observar na prática as constatações da revisão de literatura, a qual identificou que empresas que desenvolvem práticas e políticas de gestão estratégica de recursos humanos possuem uma estrutura de capital melhor.

Palavras-chave: Estrutura de capital. Recursos Humanos. Endividamento.

Page 7: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

ABSTRACT

With the growing changes in the environment and competitiveness of markets, organizations have sought strategies to achieve competitive advantages that differentiate them from the competition and provide financial returns. These may come from a resource-based view, and human resources as strategic resources, sources of competitive advantage. This sense has been related to gaining competitive advantage and high performance to the types of financial decisions made by employees in organizations concerning how the capital structure of the company is used. From this perspective, this work tries to observe the strategic management of human resources and the management of the capital structure as a source of competitive advantages and high financial performance. Therefore, it was initially performed a literature review in order to find statements and raise questions about the influence of capital structure on the difference in financial performance of organizations. Was also performed using data from a survey Você S / A - the 150 best companies to work for in Brazil, in 2012 and the Ibovespa to observe in practice the findings of the literature review, which revealed that companies that develop practices and policies of strategic human resource management have a better capital structure.

Keywords: Capital Structure. Human Resources. Indebtedness

Page 8: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................9

2. ESTRUTURA DE CAPITAL E ALAVANCAGEM.............................................................10

3. TOMADA DE DECISÕES FINANCEIRAS........................................................................12

4. RECURSOS HUMANOS, COMO RECURSOS ESTRATÉGICOS DAS ORGANIZAÇÕES........................................................................................................................14

5. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO OU DE ESTRUTURA DE CAPITAL.............................15

6. METODOLOGIA DA PESQUISA......................................................................................17

7. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E RESULTADOS DA PESQUISA....................................19

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................24

REFERÊNCIAS............................................................................................................................26

Page 9: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

9

1. INTRODUÇÃO

Um dos maiores objetivos das organizações é promover vantagens

competitivas, o que se traduz em retornos financeiros, de forma a se manterem vivas

no ambiente onde si inserem. Para tal é necessário se utilizar de estratégias, que

são os caminhos utilizados para se alcançar o objetivo proposto, obter lucros.

Quando se fala em estabelecer um caminho para alcançar os objetivos da

organização, automaticamente está se afirmando que serão tomadas decisões

(ALMEIDA, 1994).

As decisões tomadas nas organizações podem levá-las ao sucesso ou ao

fracasso, dependendo se estas decisões são ou não estratégicas, pois a vantagem

competitiva, que é fruto de uma decisão estratégica bem aplicada, promoverá um

alto desempenho as organizações. “As decisões importantes, as decisões que

realmente são importantes, são estratégicas” (DRUCKER, 1954 apud MAXIMIANO,

2006, p. 330).

As decisões importantes, as decisões estratégicas, são aquelas que são

tomadas com base no posicionamento da organização, com base em suas

estratégias. Andrews (2001) preconiza que a estratégia empresarial é a base para a

tomada de decisões de uma empresa, e que a mesma revela seus objetivos,

propósitos e os planos utilizados para efetivação desses objetivos.

Cabe taxar que a formulação da estratégia empresarial depende de uma

forma geral dos tomadores de decisão, ou seja, dos recursos humanos das

organizações, que são os responsáveis pelo estabelecimento dos propósitos, metas

e objetivos da organização (BARNARD, 1979).

Uma das decisões tomadas pelos administradores nas organizações é a

respeito de que estrutura de capital utilizar, ou seja, o modo como à organização

será financiada, se seus recursos vão ser próprios ou provenientes de terceiros.

Diante deste paradigma e mediante a divergência entre teorias que

preconizam diferentes justificativas para a diferença de desempenho entre

organizações este trabalho se propõe a verificar quais dos recursos ou fatores é o

principal promovedor de vantagens competitivas e de retornos financeiros as

organizações, e com isso identificar o motivo da diferença de desempenho entre

organizações no que tange ao uso da sua estrutura de capital.

Page 10: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

10

A discussão a respeito se a tomada de decisão sobre que estrutura de

capital usar influencia ou não na promoção de altos desempenhos financeiros nas

organizações, tem assumido lugar de destaque, levando muitos teóricos a

assumirem diferentes conceitos e posicionamentos, como por exemplo:

- Modigliani e Miller (1958) apud Correa et-al., (2009), conhecidos como

MM, defendem que a estrutura de capital é irrelevante para o valor da empresa.

Essa teoria formulada em seu artigo assume mercados perfeitos. MM sustentam a

total irrelevância das decisões referentes às estruturas de capital das empresas, ou

seja, o valor de mercado de uma empresa seria totalmente independente das

proporções ou modalidades de títulos que esta venha a utilizar no financiamento de

suas operações.

- A Teoria Convencional admite a relevância da estrutura de capitais para

o valor da empresa (DURAND, 1952 apud CORREA et-al., 2009):

Sendo assim, este trabalho parte do pressuposto da seguinte

problemática: a tomada de decisão referente à que estrutura de capital utilizar é uma

das principais causas da diferença de desempenho financeiro entre as

organizações? A partir dessa problemática formula-se a ideia diretriz de que

empresas que realizam uma gestão estratégica dos recursos humanos possuem

uma estrutura de capital melhor do que as que não adotam esse posicionamento.

Diante do exposto o objetivo é verificar se as empresas que efetivam uma

gestão estratégica de pessoas possuem uma estrutura de capital e índices de

endividamento melhores dos que as empresas que obtêm um ótimo comportamento

de mercado.

2. ESTRUTURA DE CAPITAL E ALAVANCAGEM

Toda organização possui o objetivo de maximizar os seus lucros de

maneira sustentável, ou seja, sem o risco de ficar insolvente. Para alcançar esse

objetivo as organizações devem tomar decisões acerca da sua estrutura de capital,

“proporções de financiamento com capital próprio e capital de terceiros de curto e de

longo prazo” (ROSS, WESTERFIELD e JAFFE, 1995, p.27).

Page 11: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

11

A controladoria das empresas possui uma complexa tomada de decisão

no que tange a estrutura de capital, pois a proporção de quanto se utilizará de

capital próprio e quanto se utilizará de capital de terceiros a curto e longo prazo pode

levar uma empresa a insolvência ou a gerar grandes lucros. Nesse contexto se leva

em consideração os estudos a respeito da alavancagem financeira, que Brigham e

Houston (1999, p.456), definem como “o grau de utilização de dívidas e ações

preferenciais na estrutura de capital de uma organização”. A alavancagem seria a

diferença entre a dívida contraída pela captação de dinheiro e a sua capacidade de

gerar lucros com essa captação de recurso financeiro, ou seja, o que se ganhou

usando o dinheiro emprestado é maior do que o empréstimo e as taxas do

empréstimo.

Diante do que fora expresso pelos autores supracitados, o que vem-se a

questionar são as consequências da alavancagem financeira, buscando-se resposta

para o seguinte pergunta: a alavancagem financeira geraria valor para a

organização? Essa pergunta foi respondida com um não por Modigliani e Miller

(1958) os quais propuseram que a estrutura de capital é irrelevante para o valor da

empresa. Pode-se entender como valor da empresa, o valor negociado nas bolsas

de valores pelos investidores do mercado acionário (acionistas). Esse valor é obtido

pela multiplicação do valor unitário das ações da empresa pela quantidade total de

ações que formam o capital social das mesmas (MATUCHESKI E ALMEIDA, 2006).

O argumento apresentado por Modigliani e Miller (1958), para constatar

que a estrutura de capital é irrelevante para o valor da empresa foi que o valor da

empresa é sempre o mesmo independente da estrutura de capital adotada, ou seja,

não existe estrutura de capital melhor ou pior do que outra, para os acionistas da

empresa.

Para defender esse posicionamento Modigliani e Miller (1958),

preconizam que ao passo que é acrescentado mais capital de terceiros, o capital

próprio se torna mais arriscado. Ao passo que esse risco se eleva, o custo de capital

próprio acaba aumentando. Sendo assim, o aumento do custo do capital próprio

acaba compensando a vantagem adquirida com a maior parte da empresa

financiada com o capital de terceiros mais barato. (DI LUCA; RAMBALDUCCI, 2003).

Entretanto, este posicionamento de Modigliani e Miller (1958), e os seus

estudos estão firmados no pressuposto da concorrência perfeita, tendo todas as

empresas acesso aos mesmos recursos, tais como, mesmos colaboradores,

Page 12: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

12

mesmos espaços geográficos, mesmos fornecedores, etc, o que desconsidera que

uma empresa quando consegue um financiamento com taxas mais baixas que seus

concorrentes, pode gerar lucros maiores que os mesmos, já que ambos possuem os

mesmos riscos, mas custo de capitais diferentes.

3. TOMADA DE DECISÕES FINANCEIRAS

Segundo a teoria financeira clássica, todas as tomadas de decisões

fomentadas pelas empresas possuem o objetivo principal de aumentar os lucros,

entretanto, Van Horne (1992) apud Rogão (2006) preconiza que tal conceito exposto

pela teoria financeira clássica é incompleto, já que se deve levar em consideração

as variáveis econômicas e os riscos futuros, os quais podem ser definidos de duas

formas: riscos econômicos ou riscos financeiros.

O risco econômico depende das variáveis ambientais que definem a

capacidade de a empresa obter lucros, ou seja, as oportunidades, ameaças, pontos

fortes e fracos da empresa são o que definem a sua capacidade de gerar lucros, e

consequentemente o seu risco econômico. Já o risco financeiro da empresa

depende do endividamento proporcionado pela estrutura de capital.

O risco econômico é contingencial, já que depende das flutuações do

mercado, não se tendo total domínio sobre a capacidade de diminuir ou aumentar o

risco econômico, já o risco financeiro pode ser administrado segundo a ótica do

administrador ou controller.

A decisão a ser tomada pelos gestores é quanto que a empresa será

financiada por capitais próprios e quanto que a empresa será financiada por capitais

de terceiros, ou se a empresa será totalmente financiada por capitais próprios.

Quando a empresa é financiada por capitais próprios em sua totalidade os lucros

financeiros retornam para os acionistas, o que proporciona um maior valor de

mercado para as empresas, pois as pessoas gostam de investir em empresas que

fornecem retornos financeiros para os seus acionistas. Já quando a empresa é

financiada em sua maior parte por capital de terceiros, os lucros ficam nas mãos dos

credores e outra de maior risco financeiro fica nas mãos dos detentores de capital.

Page 13: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

13

Uma empresa financiada em sua maior parte por capitais próprios gera

valor de mercado, enquanto que uma empresa financiada em sua maioria por

capitais de terceiros gera custo de capital, sendo assim, pressupõem-se que o

principal objetivo financeiro da empresa é maximizar os dividendos dos acionistas e

o valor de mercado e minimizar o custo de capital.

Para que o risco financeiro diminua Davis e Sihler (1998) apud Rogão

(2006) propõem que as decisões a serem tomadas devem ser pautadas por quatro

aspectos:

a) decisões de investimento – “geralmente não são abordadas pela teoria

da estrutura de capitais, dado supor-se que estas são tomadas independentemente

da forma como são financiados os investimentos da empresa” (ROGÃO, 2006, p. 2);

b) decisões relativamente à proporção a utilizar de capitais próprios e

capitais alheios – diz respeito ao ponto ótimo, que seria a combinação entre o ponto

onde a empresa maximiza o seu valo de mercado (financiamento por capitais

próprios) e minimiza os seus custos (diminui financiamento por capitais de terceiros)

(BREALEY; MYERS, 1998 apud ROGÃO, 2006).

c) decisões em relação aos aumentos de capital social – diz respeito ao

aumentar o capital social (número de acionistas) para suprir as necessidades

financeiras ou manter determinado nível de endividamento. Algumas empresas

optam por tomar a decisão de não aumentar o capital social para deterem um maior

controle da empresa, ou não conseguem aumentar o seu capital social já que não

conseguem preencher os requisitos da Bolsa de Valores.

d) decisões sobre a distribuição de dividendos – argumenta a respeito da

forma ou em que proporção serão divididos os lucros para os detentores do capital

próprio.

Sendo assim, as decisões a serem tomadas dependem da visão e

experiências dos recursos humanos que a organização possui, sendo o objetivo de

qualquer decisão a ser tomada em aumentar o valor da empresa e diminuir os riscos

de capital.

Page 14: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

14

4. RECURSOS HUMANOS, COMO RECURSOS ESTRATÉGICOS DAS

ORGANIZAÇÕES

“Uma empresa (ou qualquer outra instituição) tem apenas um verdadeiro

recurso: Pessoas” (DRUCKER, 2008, p.28). Em conformidade Gil (2001, p.91) em

sua proposição afirma que “as pessoas constituem o mais importante ativo de que

dispõe as organizações”. Corroborando com as afirmações de Drucker e Gil,

Albuquerque (1988) apud Marras (2005, p.26) preconiza que os “recursos humanos

são os ativos mais importantes na atualidade”.

Em síntese podemos conceituar “recursos humanos” como os recursos

que provêm dos humanos, ou seja, em uma organização tudo que advém de seus

colaboradores são recursos humanos. Entretanto, no que tange aos colaboradores

organizacionais, os recursos humanos não dizem respeito aos recursos particulares

de cada colaborador, nem a junção destes recursos, pois os mesmos são mais que

a junção das partes.

O sucesso ou a vantagem competitiva não são gerados por meio de

recursos de colaboradores individuais, mas da interação entre si do conjunto de

recursos dos colaboradores mais as experiências organizacionais, cultura e

conhecimentos organizacionais. Ou seja, a vantagem competitiva se origina de

grupos de indivíduos com qualidades e capacidades distintas trabalhando em

sinergia e não de profissionais isolados cujo desempenho atrai ofertas de outras

organizações no mercado de trabalho (MASCARENHAS, 2008).

“Em termos estritos, nunca são os recursos em si que constituem os

insumos do processo produtivo, mas apenas os serviços que eles podem prestar”.

(PENROSE, 2006, p.62), ou seja, o que torna os recursos humanos recursos

estratégicos são as vantagens competitivas que eles podem agregar para a

organização. Os recursos humanos se tornam recursos estratégicos para a

organização quando os mesmos por meio dos seus esforços, conhecimentos e pró-

atividade, geram recursos superiores para a organização, tais como, confiabilidade

dos clientes, qualidade do produto e serviços, dentre outros.

Quando uma organização reúne um aglomerado de profissionais de

diversas áreas do conhecimento, a mesma está desenvolvendo um recurso superior,

o conhecimento do todo, que aliado à experiência e cultura organizacionais geram a

Page 15: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

15

aprendizagem organizacional, “processo de aperfeiçoamento de ações da

organização por meio de um melhor conhecimento e compreensão da realidade”

(FIOL ; LYLES, 1985, p. 803).

As pessoas são consideradas um dos maiores recursos estratégicos das

organizações, pois as mesmas são o veículo ou meio utilizado para se alcançar à

missão organizacional. São pessoas que tomam decisões e criam estratégias

(recursos organizacionais), e angariam recursos físicos para promover um bom

desempenho sustentável nas organizações através do alcance dos seus objetivos.

Sendo os recursos humanos os recursos estratégicos das organizações,

estes devem ser gerenciados de forma a se obter o melhor desempenho, a fim de se

produzir vantagens competitivas e retornos financeiros às organizações.

5. ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO OU DE ESTRUTURA DE CAPITAL

Este índice vem demonstrar o grau de endividamento da organização,

verificando se a mesma esta alimentando o seu ativo através do seu próprio capital

(patrimônio liquido) ou através de capitais de terceiros (Exigível a Longo Prazo e

Passivo Circulante).

a) Participação de Capitais de Terceiros (PCT)

Este índice demonstra o percentual de Capital de Terceiros em relação ao

Patrimônio Líquido, demonstrando assim, a dependência que a empresa possui em

relação aos recursos de terceiros.

O índice PCT é avaliado no sentido de “quanto maior o índice, pior”. Ainda

que o endividamento muitas vezes possa permitir melhor ganho para a empresa,

esse maior ganho estará associado a um risco maior, como é o caso de empresas

que se utilizam de capital de terceiros em época inflacionárias, como argumenta

Marion (1997, p. 464):

Não há dúvida de que, principalmente em época inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio. Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de Terceiros é

Page 16: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

16

composta de ‘exigíveis não onerosos’, isto é, exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa (não há juros nem correção monetária: fornecedores, impostos, encargos sociais a pagar etc.).

O Analista Financeiro pode ao verificar o índice PCT isoladamente

estudar o grau de risco da empresa.

A fórmula do índice é: PCT = (PC + ELP) x 100 / (PC + ELP + PL). (HOJI,

MASAKAZU, 2007)

PC = Passivo Circulante;

ELP = Exigível a Longo Prazo;

PL = Patrimônio Líquido.

b) Composição de Endividamento (CE)

Este índice revela o quanto do total da dívida da empresa deverá ser

pago a Curto Prazo, ou seja, as obrigações a curto prazo comparadas com as

obrigações totais.

O índice CE é avaliado no sentido de “quanto maior o índice, pior”. Então

o Analista Financeiro pode ao verificar o índice CE isoladamente estudar o grau de

dívidas a curto prazo que a empresa possui, pois quanto mais dívidas a curto prazo

a empresa possuir maior será a sua busca por recursos para sanar os seus

compromissos.

A fórmula do índice é: CE = (PC x 100) / (PC + ELP) (HOJI, MASAKAZU, 2007)

PC = Passivo Circulante;

ELP = Exigível a Longo Prazo.

c) Imobilização do Capital Próprio (ICP)

O índice de imobilização do capital próprio indica quanto do Patrimônio

Líquido da empresa está aplicado no Ativo Permanente, ou seja, qual o percentual

do Ativo Permanente da empresa é financiado pelo seu Patrimônio Líquido.

O índice ICP é avaliado no sentido de “quanto maior o índice, pior”.

Page 17: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

17

A fórmula do índice é: ICP = (AP x 100) / (PL) (HOJI, MASAKAZU, 2007)

AP = Ativo Permanente;

PL = Patrimônio Líquido

d) Imobilização dos Recursos Não Correntes (IRNC)

Este índice indica que percentuais de Recursos Não Correntes (PL e

ELP) que a empresa destinou no Ativo Permanente.

A interpretação do índice é no sentido de que “quanto menor, melhor”.

A fórmula do índice é: IRNC = (AP x 100) / (PL + ELP) (HOJI, MASAKAZU, 2007)

AP = Ativo Permanente;

PL = Patrimônio Liquido;

ELP = Exigível a Longo Prazo.

6. METODOLOGIA DA PESQUISA

O presente estudo consistiu na efetivação de uma pesquisa bibliográfica

explicativa, levando em consideração o método dedutivo, utilizando-se a Revista

Exame: “Guia Você S/A, Melhores Empresas Para Você Trabalhar 2012” e o site

eletrônico do Bmfbovespa.

Este estudo teve como principal proposta analisar os índices de estrutura

de capital das empresas tidas como as melhores para se trabalhar segundo o Guia

Você S/A e que estão no IBOVESPA e das empresas que estão no IBOVESPA, mas

não estão no rol das 150 melhores empresas para se trabalhar do Guia Você S/A.

Para o estudo foram coletados dados necessários para se calcular os

índices de estrutura de capital das empresas, os quais foram obtidos junto ao site do

Bmfbovespa.

Page 18: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

18

Verifica-se que esta pesquisa utilizou-se de dados secundários, os quais

se referem ao ranking das 150 melhores empresas para se trabalhar disponibilizado

na Revista Exame: “Guia Você S/A, Melhores Empresas Para Você Trabalhar 2012”,

às empresas listadas no Ibovespa e às demonstrações financeiras das empresas

estudas divulgadas pelo site Bmfbovespa.

Os dados disponibilizados no ranking das 150 melhores empresas para

se trabalhar da Revista Você S/A, foram obtidos através de pesquisa efetivada

através da Fundação Instituto de Administração (FIA), por meio do Programa de

Estudos em Gestão de Pessoas (PROGEP), que desde 2006 é o responsável pela

metodologia da pesquisa.

A metodologia de pesquisa do FIA consiste em montar um ranking das

150 melhores empresas para se trabalhar no Brasil, através do estudo do Índice de

Felicidade no Trabalho (IFT) aplicado nas empresas que se inscrevem na pesquisa.

O IFT é obtido através dos índices dispostos a seguir:

IQAT - Índice de Qualidade do Ambiente de Trabalho (70% do IFT):

formado por dados relativos à visão do empregado sobre a empresa. É obtido por

meio de pesquisa nos moldes de diagnóstico de clima organizacional com uma

amostra de empregados da empresa (LAUDO TÉCNICO VOCÊ S/A, 2012).

IQGP - Índice de Qualidade da Gestão de Pessoas (30% do IFT):

formado por dados relativos ao que a empresa oferece aos seus empregados. É

obtido por meio de informações fornecidas pela empresa em um formulário

eletrônico sobre seus processos de gestão de pessoas, Caderno de Evidências,

além de visitas de jornalistas a empresas pré-classificadas. (LAUDO TÉCNICO

VOCÊ S/A, 2012).

A nota do Índice de Felicidade no Trabalho (IFT) é dada segundo a

fórmula a seguir:

IFT = (IQAT x 0,7) + (IQGP x 0,3) (LAUDO TÉCNICO VOCÊ S/A, 2012).

O Índice Bovespa (Ibovespa) utilizado nesse estudo consiste no mais

importante indicador do desempenho médio das cotações do mercado de ações

brasileiro, ou seja, o Índice Bovespa é formado pelas ações com maior volume

negociado nos últimos meses. Foi utilizada nesse trabalho a amostra das empresas

que constavam nesse índice.

Page 19: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

19

Os índices financeiros Utilizados na pesquisa foram: Participação de

Capitais de Terceiros (PCT), Composição de Endividamento (CE), Imobilização do

Patrimônio Líquido (IPL) e Imobilização de Recursos não Correntes (IRNC).

Para se obter tais índices foram coletados no site do Bmfbovespa, no

Balanço Patrimonial Ativo e Passivo, e na Demonstração de Resultado do Exercício

das empresas usadas na amostra estudada: o Passivo Circulante (PC), Exigível a

Longo Prazo (ELP), Ativo Permanente (AT) e Patrimônio Líquido (PL) . Estes índices

coletados no site bmfbovespa, são referentes ao período de 31/12/2011 (último

demonstrativo contábil disponível).

Sendo assim, esta pesquisa pode ser tida como documental, pois Gil

(2006, p. 66) preconiza que este tipo de pesquisa “consiste na exploração das fontes

documentais e existem documentos de segunda mão, que de alguma forma já foram

analisados, ex-relatórios de empresas”.

7. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E RESULTADOS DA PESQUISA

a) Variável Gestão de Pessoas: Com base nas empresas listadas na

Revista Exame: “Guia Você S/A, Melhores Empresas Para Você Trabalhar 2012”

(total de 150 empresas) e das empresas listadas no Índice Bovespa (total de 69

empresas), foram formados dois grupos amostrais para estudo (Grupo A e Grupo B),

sendo o Grupo (A) - empresas que constavam na publicação da Revista Exame:

“Guia Você S/A, Melhores Empresas Para Você Trabalhar 2012” e no Índice

Bovespa, e o Grupo (B) - empresas que constavam no Ibovespa, mas não estavam

citadas na amostra de 150 empresas da Revista Você S/A-EXAME. Essa formação

dos Grupos (A) e (B) foram feitas como o objetivo de efetivar uma comparação entre

empresas que possuem grande valor de mercado com empresas que são tidas

como as melhores em gestão de pessoas. A relação da quantidade de empresas por

grupo está expressa na Figura 2.

Page 20: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

20

Figura 2: Quantidades de empresas por grupo de estudo

11%

89%

Grupo A = 7 Empresas Grupo B = 55 Empresas

Fonte: Do autor

Mediante a definição da amostra de empresas do grupo (A) (apêndice A)

e do grupo (B) (apêndice B), e partindo-se da hipótese de que os Índices de

estrutura de capital das empresas do Grupo (A) é melhor se comparado com as

empresas do Grupo (B) tabulou-se os dados e calculou-se no programa Microsoft

Office Excel 2010, os índices financeiros: Participação de Capitais de Terceiros

(PCT), Composição de Endividamento (CE), Imobilização do Capital Próprio (ICP) e

Imobilização de Recursos não Correntes (IRNC), chegando-se aos resultados

descritos na figura 3.

Figura 3: Gráfico de ilustrações dos resultados

10.00%

30.00%

50.00%

70.00%

90.00%

110.00%

130.00%

150.00%

Fonte: Do autor com dados adaptados de bmf.bovespa.com.br

Page 21: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

21

Segundo a figura 3 (três) podemos constatar que todos os índices

financeiros do capital estrutural das empresas do Grupo (B) são maiores que os

índices financeiros do Grupo (A), ou seja, para todos os índices a leitura que

devemos fazer é “quanto maior pior”, o que nos levar a avaliar que as empresas do

Grupo (A), as mais cotadas no mercado financeiro e que realizam uma gestão

estratégica de recursos humanos, possuem uma estrutura de capital melhor do que

aquelas que não são tidas como as melhores para se trabalhar.

O PCT apresentou-se menor no Grupo (A) indicando que tais empresas

utilizam menos capital de terceiros do que as do Grupo (B). Esse valor obtido no

Grupo (A) do PCT significa que o capital de terceiros financia 39,22% dos ativos da

empresa desse grupo.

O CE do Grupo (A) é menor do que o Grupo (B) demonstrando assim que

a composição do endividamento das empresas que não são tidas como as melhores

para se trabalhar é menor dos que não são assim reconhecidas. O índice demonstra

que no Grupo (A) 35% da dívida das empresas vencem a curto prazo.

O ICP demonstra que 102% dos recursos próprios das empresas do

Grupo (A) são investidos no ativo permanente.

O IRNC indica que 68% dos recursos permanentes e de longo prazo das

empresas do Grupo (A) estão investidos no ativo permanente.

A estrutura de capital das empresas que são melhores para se trabalhar,

empresas que aplicam a gestão estratégica de recursos humanos, tendo os recursos

humanos como os ativos mais importantes da organização, são melhores que os

das empresas que possuem os melhores índices de desempenho médio das

cotações do mercado de ações brasileiro no Ibovespa.

b) Variável Governança Corporativa:

“A Governança Corporativa - adaptando-se o conceito do Instituto

Brasileiro de Governança Corporativa - seria também as práticas e

os relacionamentos entre os Conselhos Deliberativo e Fiscal,

Diretoria Executiva e Auditoria Independente, com a finalidade de

otimizar o desempenho da empresa e facilitar o atingimento dos seus

objetivos estratégicos”. (MANUAL DE GOVERNANÇA

CORPORATIVA)

Page 22: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

22

A Governança Corporativa pode ser denominada também de novo

mercado, que são empresas que só podem emitir ações com direito de voto,

constituindo as chamadas ações ordinárias (ON)

No Estudo da Variável Governança Corporativa foi efetivado o

levantamento dentre todas as empresas estudas no Grupo (A) e Grupo (B), qual o

perfil da estrutura de capital dessas empresas, obtendo-se os dados da figura 04.

Figura 4: Gráfico Governança Corporativa

Média PCT Média CE Média ICP Média IRNC

G. CORPORTATIVA 0.4105 0.4598 1.3713 0.8689

OUTRAS 0.4361 0.3764 1.5981 0.8906

10.00%

30.00%

50.00%

70.00%

90.00%

110.00%

130.00%

150.00%

170.00%

Governança Corporativa

Fonte: Do autor com dados adaptados de bmf.bovespa.com.br

Observou-se mediante os dados encontrados que as empresas que

possuem Governança Corporativa apresentam índices mais baixos de estrutura de

capital do que as outras que não adotam essa política, com exceção da Média do

CE que mostrou-se maior. Isso significa dizer que a composição do endividamento

(CE) das empresas que possuem Governança Corporativa é pior do que as outras.

O índice demonstra que 45,9% da dívida das empresas vencem a curto prazo, maior

do que 37,64 que é a média das outras que não possuem Governança Corporativa.

Page 23: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

23

c) Variável Setores Econômicos:

Figura 5: Gráfico Estrutura de Capital por Setor

CONST. TRAN-

PORTES

CONSUMO FINAN-CEIROS

MATERIAIS COM-BUSTÍVEIS

TELECO-MUNI-

CAÇÕES

UTILIDADE PÚBLICA

PCT 0.4839 0.4841 0.3646 0.4662 0.1665 0.2968 0.394

CE 0.3734 0.4735 0.5655 0.2414 0.6738 0.6079 0.2643

ICP 1.4557 1.4164 0.9827 1.6403 1.0704 1.3856 1.6264

IRNC 0.9311 0.8323 0.7231 0.9284 0.9241 0.9835 0.928

10%

30%

50%

70%

90%

110%

130%

150%

170%

Estrutura de Capital por Setor

Fonte: Do autor com dados adaptados de bmf.bovespa.com.br

Quanto aos setores, verifica-se que o setor que apresenta o menor PCT

indicando assim que tais empresas utilizam menos capital de terceiros foi o setor de

Combustíveis tendo apenas 17% do capital de terceiros financiando os ativos das

empresas desse setor.

O CE menor foi apresentado no setor Materiais demonstrando assim que

a composição do endividamento das empresas desse setor se configura da seguinte

forma: 24% da dívida das empresas desse setor vencem a curto prazo.

O ICP mais baixo foi do setor Financeiro demonstrando que 98% dos

recursos próprios dessas empresas são investidos no ativo permanente.

O IRNC mais baixo foi do setor Financeiro indicando que 72% dos

recursos permanentes e de longo prazo dessas empresas estão investidos no ativo

permanente.

Page 24: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

24

Diante desses dados no geral podemos ver que o Setor Financeiro é o

setor cujas empresas possuem índices de estrutura de capital menores. Esse setor

utiliza apenas 36% de Capital de Terceiros para financiar os seus ativos.

Sendo assim, essa pesquisa nesse intuito pôde constatar que existe uma

potencial diferença de desempenho financeiro no que tange ao uso da estrutura de

capital entre organizações que adotam políticas diferentes tais como: gestão

estratégica de recursos humanos e Governança Corporativa.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho veio ajudar a corroborar com a resolução da questão:

a tomada de decisão referente à que estrutura de capital utilizar é uma das

principais causas da diferença de desempenho financeiro entre as

organizações? Obteve-se a resposta de que empresas que realizam uma

gestão estratégica dos recursos humanos possuem uma estrutura de capital

melhor do que as que não adotam esse posicionamento, sendo a estrutura de

capital um dos fatores que proporcionam altos desempenhos financeiros. As

empresas que adotam uma política de gestão estratégica de recursos

humanos, tratando os seus colaboradores como os ativos mais importantes

da organização e como parte da organização, inserindo-os no contexto

político e estratégico da organização através da Governança Corporativa,

possuem maior desempenho financeiro do que as organizações que não

efetivam políticas de gestão estratégica de recursos humanos.

Foi obtido através da pesquisa realizada que os índices financeiros

do capital estrutural, Composição de Endividamento (CE), Imobilização do

Patrimônio Líquido (IPL) e Imobilização de Recursos não Correntes (IRNC)

das empresas do grupo (B), as empresas mais bem cotadas no mercado de

ações, mas que não estão no rol das melhores para se trabalhar segundo a

Revista Você S/A, são maiores que as das empresas do grupo (A), as que

estão bem cotadas no mercado de ações e são tidas como as melhores

empresas para se trabalhar, demonstrando assim, que as organizações que

colocam os recursos humanos como os principais ativos da organização e

Page 25: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

25

promovem a gestão estratégica de recursos humanos possuem uma estrutura

de capital melhor, promovendo melhores retornos aos seus acionistas e

chegando a resultados superiores.

Entretanto este trabalho possui algumas limitações quanto à

pesquisa realizada, dentre as quais podemos destacar o fato de que os dados

são limitados por incluírem análises somente das informações das 150

melhores empresas para você trabalhar publicadas na Revista Exame: “Guia

Você S/A, Melhores Empresas Para Você Trabalhar 2012” e das empresas

tidas no Ibovespa. Este fato impossibilitou realizar qualquer tipo de

comparação com outras empresas, principalmente no que tange ao estudo da

evolução dos resultados; a escolha dos indicadores de desempenho

financeiro utilizados neste trabalho foram os indicadores mais importantes

que medem o retorno aos acionistas e a empresa, podendo-se em trabalhos

futuros fazer um estudo mais completo com outros índices financeiros; e

foram utilizadas poucas técnicas estatísticas.

A pesquisa abre um leque de oportunidades para que trabalhos

sejam efetivados nas temáticas abordadas neste trabalho, tais como: capital

intelectual, estrutura de capital, desempenho financeiro e gestão estratégica

de recursos humanos; bem como para aprofundar a pesquisa realizada

agregando no rol da amostra um maior número de empresas, especificando

mais o campo de estudo por setores geográficos ou segmentos de mercado.

Page 26: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

26

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M.I.R. de. Desenvolvimento de um modelo de planejamento estratégico para grupos de pequenas empresas. São Paulo: FEA/USP, 1994.

ANDREWS, K. O Conceito de Estratégia Empresarial. In: MINTZBERG, H.; QUINN, J.B. O processo da Estratégia. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.

BARNARD, C. I. As Funções do Executivo. São Paulo: Atlas, 1979.

BRIGHAM, E. F.; HOUSTON, J. F. Fundamentos da moderna administração financeira. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

CORREA, J. P. N.; ZEN, M. J. C. M.; CALIL, J. F. Lançamento Primário de Ações: Evolução da estrutura de capital versus geração de valor. In: 6º Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade, 2009. Anais do 6º Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade, 2009.

DI LUCA, Juliano; RAMBALDUCCI, Marcos Jerônimo Goroski. Estrutura de capital e o processo de alavancagem financeira: uma discussão sobre a relação entre níveis de endividamento e lucratividade. Revista Terra e Cultura, Londrina: Centro Universitário Filadélfia, n. 37, p. 147-156, Papel. JUL/DEZ/2003.

DRUCKER, P. F. O Essencial de Drucker: uma selecção das melhores teorias do pai da gestão. Lisboa: Actual Editora, 2008.

FIOL, M.; LYLES, M. Organizational Learning. Academy of Management Review, v.10, n. 4, p. 803-813, 1985.

GIL, Antônio Carlos. Gestão de Pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2001.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 2006.

HOJI, MASAKAZU. Administração financeira e orçamentária: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, orçamento empresarial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2007

LAUDO TÉCNICO. Pesquisa melhores empresas para você trabalhar 2012. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/melhores-empresas-para-trabalhar/inscricoes/2012/download/laudo_tecnico.pdf>. Acesso em: 03/01/2013.

MANUAL DE GOVERNANÇA CORPORATIVA. BB Previdência, Disponível em: <http://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/manualcorporat.pdf?codigoMenu=5356>. Acesso em: 04/02/2013.

MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1997.

Page 27: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

27

MARRAS, Jean Pierre. Gestão de Pessoas em Empresa Inovadoras, São Paulo: Futura, 2005.

MASCARENHAS, A. Ofenhejm. Gestão Estratégica de Pessoas: evolução, teoria e criticas. São Paulo: Cengage Learning, 2008.

MATUCHESKI, Silvio; ALMEIDA, Lauro Brito de. Variáveis Contábeis e o Preço das Ações. In: Congresso USP, 2006, SP. Disponível em: <http://www.congressousp.fipecafi.org/artigos62006/566.pdf>. Acesso em: 30 ago. 2010.

MAXIMIANO, A. C. Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: Atlas, 2006.

MODIGLIANI, F; MILLER, M. H. The cost of capital, corporation finance, and the theory of investment. American Economic Review, Nashville: American Economic Association, v. 48. n.3, jun. 1958.

PENROSE, Edith. A Teoria do crescimento da firma. São Paulo: Unicamp, 2006.

ROGÃO, Márcia. C. R. Determinantes da Estrutura de Capitais das Empresas Cotadas Portuguesas: evidência empírica usando modelos de dados em painel. Covilhã: Universidade da Beira do Interior, Portugal, 2006. (Dissertação de Mestrado em Ciências Económicas)

ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração financeira.São Paulo: Atlas, 1995.

Page 28: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

31

28

EMPRESAPC(Passivo Circulante)

ELP (Exígivel a longo prazo)

AP (Ativo Permanente)

PL (Patrimônio Líquido)

PCT=(PC+ELP)* 100 / (PC+ELP+PL)

CE=(PC*100)/(PC + ELP)

IPL=(AP*100)/PL

IRNC= (AP*100)/ (PL+ELP)

1 BRADESCO R$ 6.848.486,00 R$ 61.536.885,00 R$ 10.297.353,00 R$ 9.378.120,00 87,9402% 10,0145% 109,8019%14,5207

%

2 CIELO R$ 2.735.295,00 R$ 771.647,00 R$ 1.676.032,00 R$ 1.409.593,00 71,3295% 77,9966% 118,9018%76,8385

%

3CPFL ENERGIA R$ 200.258,00 R$ 340.378,00 R$ 6.843.405,00 R$ 7.067.157,00 7,1063% 37,0412% 96,8339%

92,3844%

4 ELETROBRAS R$ 6.101,00 R$ 35.074,00 R$ 166.422,00 R$ 202.049,00 16,9288% 14,8172% 82,3671%70,1838

%

5 EMBRAER R$ 3.776.429,00 R$ 4.976.031,00 R$ 7.117.677,00 R$ 5.641.331,00 60,8072% 43,1471% 126,1702%67,0381

%

6 GERDAU R$ 698.320,00 R$ 4.257.027,00 R$ 27.723.832,00 R$ 24.997.469,00 16,5438% 14,0923% 110,9066%94,7678

%

7ITAUUNIBANCO R$ 6.226.283,00 R$ 6.443.608,00 R$ 56.308.737,00 R$ 78.383.153,00 13,9148% 49,1424% 71,8378%

66,3809%

Média 39,2244% 35,1787% 102,4028%68,8734

%

AP

ÊN

DIC

E A

- Gru

po

(A) - e

mp

resas

qu

e co

nstava

m n

a pu

blicaç

ão d

a R

evista

Vo

cê S

/A, ed

ição esp

ecial, 2012

e no

Ibo

vesp

a.

.28

Page 29: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

31

29

EMPRESAPC(Passivo Circulante)

ELP (Exígivel a longo prazo)

AP (Ativo Permanente)

PL (Patrimônio Líquido)

PCT=(PC+ELP)* 100 / (PC+ELP+PL)

CE=(PC*100)/(PC + ELP)

IPL=(AP*100)/PL

IRNC= (AP*100)/ (PL+ELP)

1ALL AMER LAT R$ 301.290,00 R$ 1.720.387,00 R$ 5.178.509,00 R$ 4.020.305,00 33,4605% 14,9030%

128,8089% 90,2071%

2 AMBEVR$

10.403.001,00 R$ 6.413.625,00R$

36.058.416,00R$

25.611.320,00 39,6357% 61,8614%140,7909

% 112,5948%

3 BRASILR$

572.481.618,00 R$ 259.393.319,00R$

34.933.709,00R$

58.148.690,00 93,4666% 68,8182%60,0765

% 11,0013%

4BROOKFIELD R$ 244.170,00 R$ 1.204.130,00 R$ 4.310.892,00 R$ 3.017.754,00 32,4291% 16,8591%

142,8510% 102,1083%

5BRADESPAR R$ 760.737,00 R$ 754.669,00 R$ 9.484.570,00 R$ 8.674.653,00 14,8714% 50,2002%

109,3366% 100,5859%

6BRF FOODS

R$ 5.064.892,00 R$ 2.920.676,00

R$ 17.322.530,00

R$ 14.070.340,00 36,2060% 63,4256%

123,1138% 101,9511%

7 BRASKEMR$

6.629.975,00 R$ 15.640.221,00R$

25.736.871,00 R$ 9.784.788,00 69,4750% 29,7706%263,0294

% 101,2266%

8BR MALLS PAR R$ 337.625,00 R$ 1.555.571,00 R$ 8.058.118,00 R$ 6.620.641,00 22,2367% 17,8336%

121,7121% 98,5556%

9B2W VAREJO

R$ 1.180.178,00 R$ 1.169.188,00 R$ 1.355.974,00 R$ 1.157.377,00 66,9957% 50,2339%

117,1592% 58,2822%

10

BMFBOVESPA

R$ 1.745.088,00 R$ 2.397.571,00

R$ 20.035.052,00

R$ 19.241.000,00 17,7160% 42,1248%

104,1269% 92,5895%

11 CCR SA R$ 102.898,00 R$ 401.051,00 R$ 3.296.291,00 R$ 3.267.625,00 13,3618% 20,4183%

100,8773% 89,8496%

12 CESP

R$ 1.599.558,00 R$ 6.528.396,00

R$ 17.266.958,00

R$ 10.118.127,00 44,5463% 19,6797%

170,6537% 103,7271%

13 CEMIG

R$ 2.604.761,00 R$ 5.473.306,00 R$ 7.801.391,00 R$ 2.656.463,00 75,2531% 32,2449%

293,6759% 95,9608%

Page 30: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

31

30

EMPRESAPC(Passivo Circulante)

ELP (Exígivel a longo prazo)

AP (Ativo Permanente)

PL (Patrimônio Líquido)

PCT=(PC+ELP)* 100 / (PC+ELP+PL)

CE=(PC*100)/(PC + ELP)

IPL=(AP*100)/PL

IRNC= (AP*100)/ (PL+ELP)

14 COPEL R$ 223.073,00 R$ 1.294.386,00 12.043.992

R$ 11.826.694,00 11,3717% 14,7004%

101,8374% 91,7912%

15

SOUZA CRUZ

R$ 1.871.622,00 R$ 1.449.869,00 R$ 2.604.574,00 R$ 2.080.071,00 61,4913% 56,3489%

125,2156% 73,7852%

16 COSAN R$ 266.860,00 R$ 4.433.977,00

R$ 13.187.869,00 R$ 9.151.793,00 33,9346% 5,6769%

144,1015% 97,0712%

17

SID NACIONAL

R$ 7.351.509,00 R$ 30.245.487,00

R$ 36.695.864,00 R$ 7.985.821,00 82,4806% 19,5534%

459,5127% 95,9838%

18

CYRELA REALT

R$ 1.457.151,00 R$ 1.378.461,00 R$ 7.234.321,00 R$ 4.544.719,00 38,4212% 51,3875%

159,1808% 122,1358%

19 DASA R$ 531.373,00 R$ 990.360,00 R$ 3.355.577,00 R$ 2.542.348,00 37,4435% 34,9189%

131,9873% 94,9860%

20 DURATEX R$ 939.858,00 R$ 1.443.764,00 R$ 4.537.077,00 R$ 3.689.209,00 39,2506% 39,4298%

122,9824% 88,3908%

21

ELETROBRAS R$ 6.101,00 R$ 35.074,00 R$ 166.422,00 R$ 202.049,00 16,9288% 14,8172%

82,3671% 70,1838%

22

ELETROPAULO

R$ 2.650.861,00 R$ 4.105.409,00 R$ 7.659.176,00 R$ 4.009.711,00 62,7557% 39,2356%

191,0157% 94,3815%

23 FIBRIA

R$ 2.465.180,00 R$ 10.577.904,00

R$ 24.005.719,00

R$ 14.510.853,00 47,3366% 18,9003%

165,4329% 95,6832%

24 GAFISA

R$ 2.877.234,00 R$ 1.139.582,00 R$ 4.389.935,00 R$ 2.648.473,00 60,2647% 71,6297%

165,7534% 115,8889%

25 GOL R$ 89.670,00 R$ 1.577.917,00 R$ 3.531.111,00 R$ 2.205.911,00 43,0512% 5,3772%

160,0750% 93,3211%

26

CIA HERING R$ 280.073,00 R$ 118.735,00 R$ 313.910,00 R$ 710.811,00 35,9410% 70,2275%

44,1622% 37,8412%

27

HYPERMARCAS

R$ 1.383.919,00 R$ 4.933.571,00 R$ 8.538.862,00 R$ 6.645.934,00 48,7332% 21,9062%

128,4825% 73,7412%

28 ITAUSA

R$ 1.702.000,00 R$ 0,00

R$ 29.532.000,00

R$ 29.341.000,00 5,4827% 100,0000%

100,6510%

100,6510%

AP

ÊN

DIC

E B

- Gru

po

(B) - e

mp

resas

qu

e co

nstava

m n

o Ib

ov

espa, m

as

o e

stavam

citadas n

a am

ostra d

e 150 e

mp

resas

da

Revis

ta Vo

cê S/A

3029

Page 31: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

31

31

EMPRESAPC(Passivo Circulante)

ELP (Exígivel a longo prazo)

AP (Ativo Permanente)

PL (Patrimônio Líquido)

PCT=(PC+ELP)* 100 / (PC+ELP+PL)

CE=(PC*100)/(PC + ELP)

IPL=(AP*100)/PL

IRNC= (AP*100)/ (PL+ELP)

29 JBS

R$ 6.065.931,00 R$ 7.556.851,00

R$ 25.651.401,00

R$ 20.663.822,00 39,7321% 44,5278%

124,1368% 90,8958%

30

KLABIN S/A

R$ 1.962.795,00 R$ 5.081.905,00 R$ 8.052.892,00 R$ 4.958.302,00 58,6912% 27,8620%

162,4123% 80,2064%

31

LOJAS AMERIC

R$ 2.669.909,00 R$ 2.347.154,00 R$ 2.623.721,00 R$ 718.413,00 87,4742% 53,2166%

365,2107% 85,5868%

32 LIGHT S/A R$ 85.572,00 R$ 0,00 R$ 3.155.889,00 R$ 3.221.374,00 2,5876% 100,0000%

97,9672% 97,9672%

33 LLX LOG R$ 33.270,00 R$ 0,00 R$ 685.008,00 R$ 919.114,00 3,4933% 100,0000%

74,5292% 74,5292%

34

LOJAS RENNER R$ 907.494,00 R$ 407.845,00 R$ 1.101.569,00 R$ 1.154.998,00 53,2453% 68,9932%

95,3741% 70,4849%

35

MMX MINER R$ 124.700,00 R$ 1.276.519,00 R$ 4.139.210,00 R$ 2.978.544,00 31,9930% 8,8994%

138,9676% 97,2773%

36 MARFRIG

R$ 1.854.647,00 R$ 5.676.019,00

R$ 10.109.127,00 R$ 5.733.708,00 56,7736% 24,6279%

176,3105% 88,6010%

37 MRV

R$ 1.666.004,00 R$ 2.341.708,00 R$ 3.691.255,00 R$ 3.422.906,00 53,9351% 41,5700%

107,8398% 64,0330%

38 NATURA R$ 890.702,00 R$ 1.035.922,00 R$ 2.006.809,00 R$ 1.250.244,00 60,6454% 46,2312%

160,5134% 87,7805%

39

OGX PETROLEO R$ 16.624,00 R$ 0,00 R$ 8.304.991,00 R$ 8.814.560,00 0,1882% 100,0000%

94,2190% 94,2190%

40 OI

R$ 7.262.079,00 R$ 12.403.679,00

R$ 21.133.637,00

R$ 10.588.802,00 65,0010% 36,9275%

199,5848% 91,9154%

41

P.ACUCAR-CBD

R$ 4.249.158,00 R$ 5.881.093,00

R$ 12.198.231,00 R$ 7.625.273,00 57,0541% 41,9452%

159,9711% 90,3147%

42

PDG REALT R$ 550.894,00 R$ 2.924.638,00 R$ 8.759.112,00 R$ 6.419.822,00 35,1229% 15,8506%

136,4385% 93,7359%

43

PETROBRAS

R$ 56.936.498,00 R$ 106.769.598,00

R$ 396.137.520,00

R$ 330.474.562,00 33,1268% 34,7797%

119,8693%

90,5987%

31

AP

ÊN

DIC

E B

- Gru

po

(B) - e

mp

resas

qu

e co

nstava

m n

o Ib

ov

espa, m

as

o e

stavam

citadas n

a am

ostra d

e 150 e

mp

resas

da

Revis

ta Vo

cê S/A

Page 32: Artigo Especializacaa Paulo -Correto

31

32

EMPRESAPC(Passivo Circulante)

ELP (Exígivel a longo prazo)

AP (Ativo Permanente)

PL (Patrimônio Líquido)

PCT=(PC+ELP)* 100 / (PC+ELP+PL)

CE=(PC*100)/(PC + ELP)

IPL=(AP*100)/PL

IRNC= (AP*100)/ (PL+ELP)

44

REDECARD

R$ 27.286.167,00 R$ 30.122,00 R$ 470.821,00 R$ 1.581.315,00 94,5279% 99,8897%

29,7740% 29,2175%

45 LOCALIZA R$ 697.538,00 R$ 1.613.253,00 R$ 2.449.905,00 R$ 1.120.583,00 67,3430% 30,1861%

218,6277% 89,6142%

46

ROSSI RESID R$ 798.094,00 R$ 3.011.902,00 R$ 5.034.502,00 R$ 2.784.404,00 57,7762% 20,9474%

180,8108% 86,8571%

47

SANTANDER BR

R$ 271.290.416,00 R$ 128.113.710,00

R$ 179.254.338,00

R$ 65.613.700,00 85,8901% 67,9238%

273,1965% 92,5292%

48 SABESP

R$ 3.956.146,00 R$ 10.516.514,00

R$ 21.313.862,00

R$ 10.545.896,00 57,8477% 27,3353%

202,1057% 101,1938%

49

TIM PART S/A R$ 333.749,00 R$ 33.613,00

R$ 12.967.713,00

R$ 12.956.737,00 2,7571% 90,8502%

100,0847% 99,8257%

50

TRAN PAULIST

R$ 1.341.917,00 R$ 1.392.640,00 R$ 5.536.386,00 R$ 4.539.434,00 37,5936% 49,0726%

121,9620% 93,3297%

51 ULTRAPAR

R$ 1.161.284,00 R$ 1.047,00 R$ 6.357.621,00 R$ 5.551.067,00 17,3136% 99,9099%

114,5297% 114,5081%

52 USIMINAS

R$ 3.405.007,00 R$ 9.549.750,00

R$ 23.822.554,00

R$ 17.283.793,00 42,8419% 26,2838%

137,8317% 88,7790%

53 V-AGRO R$ 105.030,00 R$ 53.667,00 R$ 1.135.367,00 R$ 1.289.126,00 10,9611% 66,1827%

88,0726% 84,5526%

54 VALE

R$ 14.151.319,00 R$ 56.501.823,00

R$ 188.545.432,00

R$ 143.475.398,00 32,9957% 20,0293%

131,4131% 94,2835%

55

TELEF BRASIL

R$ 6.398.178,00 R$ 5.320.852,00

R$ 50.269.267,00

R$ 43.325.717,00 21,2900% 54,5965%

116,0264% 103,3357%

42,7771% 44,5658%147,0318

% 88,7390%

32

AP

ÊN

DIC

E B

- Gru

po

(B) - e

mp

resas

qu

e co

nstava

m n

o Ib

ov

espa, m

as

o e

stavam

citadas n

a am

ostra d

e 150 e

mp

resas

da

Revis

ta Vo

cê S/A