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    MULHER BRASILEIRA, ONDE ESTÁ A TUA BELEZA?

    Caroline Nascimento dos Anjos 1

    RESUMOEste artigo discute padrões de beleza focando em suas repercussões na vida das mulheres

     brasileiras. No Brasil, adorado o corpo de !miss, modelo ou mulher"o#, tr$s possibilidade de

    corpos inating%veis por uma mulher comum, mas &ue largamente veiculado e imposto como

    forma 'nica de beleza. A e(ist$ncia de uma beleza ideal uma constante em muitas

    sociedades, desde as comunidades pr)hist*ricas at a sociedade contempor+nea. padr"o

    vigente n"o uma escolha aleat*ria, mas tem um significado pol%tico e social e utilizado

    contra mulher a limitando en&uanto ser e minando suas resist$ncias psicol*gicas. s esfor-os para atingir esse estado de perfei-"o reverberam em realidades cruis auto)mutila-ões,

    anore(ia, bulimia, demasiadas interven-ões cir'rgicas, depress"o, lesões por e(cesso de

    academia etc.

    Palavras Chave: /adrões estticos, 0%dia, 0ulher, Beleza, Naomi olf.

    ABSTRACT

    2his article discusses standards of beaut3 focusing on their impact on the lives of Brazilian

    4omen. 5n Brazil, the bod3 is 4orshiped 6miss, model or mulher"o6 three possibilit3 of 

    unattainable bodies b3 an ordinar3 4oman, but that is 4idel3 disseminated and imposed as the

    onl3 form of beaut3. 2he e(istence of an ideal beaut3 is a constant in man3 societies, from

     prehistoric to contemporar3 societ3 communities. 2he current standard is not a random

    choice, but it has a political and social significance and is used against 4omen to be limited

    4hile and undermining their ps3chological resistance. Efforts to reach this state of perfection

    reverberate cruel realities self)mutilation, anore(ia, bulimia, too man3 surgeries, depression,overuse injuries of the g3m etc.

    Key !r"s: Aesthetic standards, 0edia, omen, Beaut3, Naomi olf.

    INTRODU#$O

    As mulheres con&uistaram autonomia e liberdade desvinculando o g$nero feminino da

    condi-"o de cidad" de segunda classe. A luta pela liberta-"o da f$mea torna)se um movimento

    17 8iscente do curso 2cnico em 5nform9tica do 5nstituto :ederal da Bahia Campus Cama-ari.

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    organizado a partir da revolu-"o francesa, ganhando for-a maior com o movimento sufragista

    da 5nglaterra chegando ao auge na dcada de ;

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    cirurgias pl9sticas, utilizam cremes rejuvenescentes e diversos outros produtos para evitar a

    velhice.

    de suma import+ncia estudar as problem9ticas j9 citadas geradas pela imposi-"o da

     beleza esttica na sociedade brasileira, pois direta ou indiretamente ela afeta a todos sim.

     presente artigo tem como objetivo e(plorar e estudar os padrões de beleza e(istentes no Brasil

    atualmente, e o interesse capitalista por tr9s disso. 5niciaremos apresentando um breve

    hist*rico dos padrões de beleza sofridos ao longo dos anos, em seguida e(ploraremos um

     pouco os padrões de beleza presentes hoje em dia no Brasil. E por fim, se focar no padr"o

    de beleza em ascens"o no pa%s 0ulher"o.

    % A DITADURA AO LON&O DOS ANOS

    A beleza se apresentou na pr)hist*ria junto com a humanidade, onde o conceito de

     beleza feminina estava ligado reprodu-"o e a fertilidade, as preferidas pelos homens eram as

    mulheres mais !cheias# por representar &ue estavam mais preparadas para ter filhos. Na

    antiguidade, medidas harmFnicas e proporcionais eram o ideal, representados na G$nus de

    0ilo. H9 a 5dade 0dia o corpo era refle(o de uma alma pura e casta, refle(o da beleza divina

    &ue era obtida.

     No Ienascimento a &uest"o das mulheres mais !cheias# volta tona, pois ser bem

    alimentada numa poca de escassez de alimentos era sinFnimo de ri&ueza. 8urante os sculos

    1?, 1J e 1K os alvos das mulheres foram os espartilhos, &ue formatavam o corpo ampulheta,

    alm do p* de arroz, sedas, rendas e cetins marcando o vestu9rio.

    Com a /rimeira Luerra 0undial nos anos 1

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    ' PADR(ES BRASILEIROS ATUAIS

    =enaiM  realizou uma pes&uisa buscando saber &ual a prefer$ncia do p'blico

     brasileiro entre os tr$s padrões mais vistos no pa%s hoje 0iss, modelo ou mulher"o@

    resultado parcial demonstrou &ue o 'ltimo o preferido e almejado pela popula-"o.

    padr"o de beleza 0iss est9 mais ligado a ter o busto e o &uadril largos,

     popularmente conhecido como o corpo ampulheta, dei(ando a cintura marcada, este nos

    acompanha a anos, desde os primeiros concursos de misses. bastante parecido com o padr"o

    modelo, muitas pessoas se perguntam &ual a diferen-a, mas a diferen-a se encontra &ue o

     padr"o modelo um padr"o mais magro e as pessoas se sacrificam e(acerbadamente para

    alcan-a)lo.

    A forma magra e(tremamente libertadora para as mulheres e por isso elas foramt"o r9pidas em aderir novidade. !ibertadora# por&ue, anteriormente, as formasarredondadas simbolizavam a maternidade, ou seja, o papel reprodutor de umamulher. A magreza foi, ent"o, uma maneira de se livrar dessa imposi-"o secular. 0aso assunto tomou tais propor-ões &ue ficou fora de controle.OhttpPP444.vivaitabira.com.brPviva)colunasPinde(.php@5dColunaQ1

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    Brasil sempre foi conhecido como o !pa%s da bunda# por conta da gentica de

    diversas mulheres nascidas no pa%s. Contudo esse apelido veio sendo refor-ado ap*s o

    surgimento das mulheres frutas &uando o funT passou a fazer sucesso no pa%s. Entre elas

     pode)se destacar a 0ulher 0elancia &ue a primeira e mais famosa mulher fruta com seu hit

    !Cru# &ue foi con&uistando os brasileiros por conta dos seus 1M1 cm de bunda e acabou

    ganhando esse apelido. Ent"o ela alcan-ou a fama e estrelou tr$s ensaios nus na /la3bo3 no

    mesmo ano, &ue at hoje possui a edi-"o mais vendida j9 publicada.

    Elas n"o pararam de aparecer, foi surgindo 0ulher 0a-", 0ulher 0el"o, 0ulher 

    0oranguinho, e diversos outros tipos de frutas, sendo referenciadas at mesmo em novelas,

    temos, por e(emplo, a novela =angue Bom onde a atriz Ellen Ioche interpretou a 0ulher 

    0angaba, e entraram em cena outras figurantes interpretando mais tipos de frutas. E(iste at

    mesmo a 0ulher :il &ue tenta acabar com o reinado das frutas alegando &ue !Yomem gosta

    de carne#.

    A 0ulher Haca era parceira de trabalho da 0ulher 0elancia, ent"o resolveu seguir os

    mesmos passos &ue a colega e deu)lhe um nome de uma fruta tambm, mas n"o ganhou tanto

    desta&ue &uanto a 0elancia. Ellen Cardoso chegou para substituir a 0ulher 0elancia, dando)

    lhe o apelido de 0oranguinho e investiu na carreira de cantora. Leralmente cada mulher fruta

    tem o seu apelido por destacar alguma parte do seu corpo =eios ou bumbum ), como j9

    citado a 0ulher 0elancia pelo seu avantajado bumbum, e a 0ulher 0el"o por conta dos seus

    seios avolumados alcan-ados atravs de cirurgia pl9stica.

    As maiores partes das mulheres frutas brigam para alcan-ar o t%tulo de maior bumbum

    nacional. 0uitas desfilam no carnaval como musas, pousam nuas =e n"o aparecem

     praticamente peladas , s"o cantoras de funT ePou dan-arinas, e at mesmo tentam virar 

    atrizes, ou seja, fazem de tudo para brilhar na m%dia, e atravs dessas pe&uenas apari-ões

    &ue v"o conseguindo afirmar o seu t%tulo e ser um diferencial. /ara alcan-ar esses corpos

    desejados por muitos, essas mulheres dedicam suas vidas a academia, praticam muscula-"o,

    fazem dietas, uso de suplementos e aplica-ões de silicones nos seios e bumbuns.

    5 CONSIDERA#(ES +INAIS

    /ode)se concluir &ue o conceito de beleza bastante relativo e em cada poca sofre a

    influ$ncia de um determinado grupo ou at mesmo de uma pessoa &ue acaba se tornando o%cone e levando as pessoas a imit9)lo OaS. Em um determinado per%odo e(iste um padr"o do

    &ue bonito. As pessoas tentam ficar iguais aos %cones do momento e para isso, colocam sua

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     pr*pria sa'de em risco por conta das cirurgias pl9sticas e outros mtodos perigosos para

    alcan-ar o corpo desejado rapidamente.

    /ercebe)se nitidamente &ue o padr"o de beleza est9 dividido entre o estilo modelo e o

    estilo malhada. Essa gritante diferen-a pode ser vista tambm no mercado da publicidade.

     primeiro estilo visto nas publicidades de moda, com as mulheres altas e magras, de

    mane&uim pe&ueno. segundo nas publicidades de cerveja, por e(emplo, &ue s"o os corpos

    esculpidos na academia, roli-os e cheio de curvas, &ue durante os 'ltimos anos vem

    chamando bastante a aten-"o.

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