Artigo - Globalização, desenvolvimento e indivíduo: para onde vamos?

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPENCLEO DE PS-GRADUAO EM SOCIOLOGIA

    DOUTORADO EM SOCIOLOGIA

    JULIANA CORREIA ALMEIDA E SILVA

    GLOBALIZAO, DESENVOLVIMENTO E INDIVDUO: PARAONDE VAMOS?

    Artigo apresentado ao Ncleo de PsGraduao em Sociologia (PPGS) daUniversidade Federal de Sergipe, como

    parte dos requisitos para a aprovao nadisciplina Sociologia doDesenvolvimento, sob a orientao daProfa. Dra. Tnia Elias Magno.

    So CristvoSEFevereiro, 2016

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    Globalizao, desenvolvimento e indivduo: para onde vamos?

    RESUMO

    possvel pensar em um futuro como o progresso social e desenvolvimento andandojuntos? O presente artigo faz uma reflexo sobre a modernidade, o processo de

    globalizao, as mudanas nas prticas sociais a partir do indivduo e os paradigmas

    atuais de desenvolvimento. Para tanto, abordam-se aspectos importantes trabalhados pela

    teoria social, atravs de autores que pensam as transformaes a partir das incertezas

    provocadas por um mundo com pretenses globalizantes, questionam como isso atinge

    desigualmente a humanidade e os problemas mundiais que afetam diretamente a

    sociedade contempornea.

    Palavras-Chave: modernidade; globalizao; desenvolvimento; individuo; teoria social.

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    Globalizao, desenvolvimento e indivduo: para onde vamos?

    Juliana Correia Almeida e Silva1

    "No sei com que armas a III Guerra Mundial ser lutada. Mas a

    IV Guerra Mundial ser lutada com paus e pedras."

    (Albert Einstein, sobre as consequncias do uso da bomba

    atmica).

    Em tempos de crescente avano tecnolgico e desenvolvimento em vrios setores

    como economia, por exemplo, em que os atores sociais se deparam com mltiplas

    escolhas e as incertezas provocadas por um mundo pretensamente globalizado, a teoria

    social tem muito a contribuir no entendimento das subjetividades contemporneas,

    principalmente, a partir da compreenso de como os impactos dos processos globalizantes

    afetam o presente e os prognsticos de futuro. So muitos autores que abordaram essaproblemtica, mas teremos como foco principal s reflexes de Zygmunt Bauman,

    Edgard Morin, Mohamed Elbaradei e Anthony Giddens.

    Pretende-se, de incio, entender alguns paradigmas que determinam a sociedade

    contempornea. Segundo Bauman (2001) a modernidade o tempo em que a vida social

    passa a ter como centro a ideia da existncia do indivduo e do individualismo, marcados

    por uma grande autonomia em relao vida comunitria e social. Assim, a apresentao

    dos membros como indivduos a marca registrada da sociedade moderna.

    Bauman (2004) avalia que o indivduo reina soberano sem as pretenses de uma

    identidade coletiva. Portanto, a liberdade um esforo individual que deve ser alcanado

    e cujos valores se submetem. Segundo o autor a liberdade estabelece uma relao de

    1Jornalista. Doutoranda em Sociologia pelo Programa de Ps Graduao em Sociologia da Universidade

    Federal de Sergipe. Bolsista Capes.

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    poder, na medida em que, s se livre quem pode agir de vontade prpria para conseguir

    alcanar o que se deseja (BAUMAN, 2004).

    nesse ponto que o autor d uma dimenso de que a liberdade acaba sendo restrita

    e no igualmente distribuda. Essa liberdade mais evidente entre os que tm recursosmateriais e habilidade de influncia sobre as aes do mundo. Como o exerccio da

    liberdade condiciona a formao da identidade, por outro lado h os excludos, que

    acabam impedidos de impor sua vontade no mundo por que no possuem meios de

    controle de suas opes individuais. Assim,

    Tornamonos conscientes de que a identidade no tem a solidezde uma rocha, no garantida por toda a vida, bastantenegocivel e revogvel, e de que as decises que o prprioindivduo toma, os caminhos que percorre, a maneira como agee a determinao de se manter firme a tudo isto so fatorescruciais para a questo da identidade (BAUMAN, 2004, p.17)

    Portanto, a identidade um organismo delicado para o indivduo contemporneo

    e a falta de um pleno exerccio da liberdade impossibilita a formao dessa identidade j

    que construda permanentemente. A constante necessidade de adaptao acaba

    dificultando a manuteno de uma identidade slida pela condio da eterna incerteza

    que a caracteriza.

    O sentimento de pertencimento e a identidade no so perenes, mas so vistos em

    constantes transformaes pela prpria dinmica social. A identidade est em contnuo

    movimento, influenciada pela multiculturalidade, seja por influncia territorial ou trnsito

    cultural. Esse fenmeno se fortalece pela centralidade que o homem assume como

    indivduo diante de um sentimento coletivo. Para Bauman (2001) as mudanas do mundo

    lquido sugeriram as transformaes e os deslocamentos aparentemente fortuitos etotalmente imprevisveis pela fora da globalizao.

    Pensar de forma global transforma a identidade, a ponto de tornar irreconhecvel

    a paisagem daqueles lugares que costumavam aflorar os sentimentos de pertencimento

    (isso tambm muito abordado por Stuart Hall). O autor refora que o multiculturalismo

    reflete a experincia de vida da nova elite global, que garante acesso rpido e intenso ao

    mundo, atravs interaes com outros indivduos que pertencem mesma elite. Bauman

    (2001) enfatiza que o multiculturalismo reflete o carter culturalmente onvoro da elite

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    global, que trata o mundo como uma gigantesca loja de departamentos expondo grandes

    ofertas.

    importante destacar aspectos da modernidade que so antagnicos e

    complementares. Por exemplo, h uma cincia contempornea que depende da

    verificao, mas, sobretudo, do conflito de ideias. Fala-se em globalizao, mas h

    fenmenos dialticos onde o local se torna preponderante e h rejeio dessa hegemonia

    ocidental.

    Para Morin (2007) o humanismo moderno fruto de uma simbiose entre a ideia

    grega de indivduos depositrios de razo e concepo crist de um homem imagem

    de um Deus bblico. O individualismo uma caracterstica chave. Morin (2007) ainda

    provoca ao determinar que a modernidade se manifesta por meio de trs grandes mitos:do domnio universal, do progresso e da felicidade.

    Porque a felicidade est em crise? Porque hoje h uma compreenso de que o

    resultado positivo da felicidade e os subprodutos negativos aparecem na mesma

    intensidade: fadiga, abuso de psicotrpicos, drogas...etc. O individualismo tambm gera

    solido, tristeza. O desenvolvimento poderia trazer segurana, mas, na verdade, no

    elimina riscos e ainda produz novos.

    A chamada crise da modernidade, apontada por Giddens (2002), ameaa o prprio

    centro de identidade individual e acaba alimentando incertezas, medida que, expe uma

    diversidade de situaes de crise. As influncias globalizantes foram o indivduo a um

    engajamento com o mundo social para alcanar certo controle sobre a vida social. Mas,

    mesmo diante de uma realidade que fora o sujeito a ser cada vez mais disperso, Giddens

    (2002) apresenta dilemas e at uma relao dialtica entre o local e o global no que o

    autor chama de modernidade tardia: unificao e fragmentao; impotncia e

    apropriao; autoridade e incerteza; experincia personalizada e experincia

    mercantilizada.

    Essa mudana do individualismo moderno pelas suas influncias globalizantes

    abre espao para uma expectativa do indivduo na chamada condio ps-moderna

    (LYOTARD, 1979) que refora o saber na percepo das diferenas. O reconhecimento

    da representao simblica ganha fora nos estudos sobre identidade e relaes de poder.

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    As analogias simblicas que esse novo modelo de sociedade globalizadatraz,

    causam uma profunda transformao na significao dos bens culturais e o valor da

    identidade. Canclini (2008) diferencia globalizao de internacionalizao, mas estas

    acabaram provocando profundas transformaes na sociedade e nos bens simblicos. A

    internacionalizao trouxe uma consequente redefinio do senso de pertencimento e

    identidade,

    O que diferencia a internacionalizao da globalizao que no tempoda internacionalizao das culturas nacionais era possvel no se estarsatisfeito com o que se possua e procur-lo em outro lugar. Mas amaioria das mensagens e dos bens que consumamos era gerada naprpria sociedade, e havia alfndegas estritas, leis que protegiam o quese produzia em cada pas. Agora o que se produz no mundo todo est

    aqui e difcil saber o que o prprio. A internacionalizao foi umaabertura das fronteiras geogrficas de cada sociedade para incorporarbens materiais e simblicos das outras. (CANCLINI, 2008, p.32)

    H uma dupla agenda da globalizao. A primeira vem da ideia da expanso do

    capitalismo ps industrial e das comunicaes de massa que do espao para um processo

    de unificao ou uma articulao mais prxima das empresas, sistemas financeiros e

    meios de informao e entretenimento. Esse sistema-mundo (CANCLINI, 2010) cria a

    expectativa de que nada pode existir legitimamente se no estiver inserido nesse mundo.Transformada em ideologia, em pensamento nico, aglobalizaoprocesso histrico

    tornou-seglobalismo, ou seja, imposio da unificao dos mercados e submisso ao

    mercado das discrepncias polticas e das diferenas culturais (CANCLINI, 2010, p.

    168)

    A segunda agenda diz respeito outra face da globalizao. Alm de interligar,

    tambm estaciona de modo diferente cada cultura, ou seja, sendo segregadora e

    dispersiva, as diferenas acabam resultando em desigualdades e at excluso. Dessaforma, Canclini (2010) retoma a perspectiva dos estudos culturais para determinar uma

    cultura da impossibilidade do assombro. Assim,

    Os estudos culturais sobre a globalizao sugerem, ento, trsconcluses. A primeira que a globalizao capitalista no pode serjustificada como ordem social nica nem como nico modo de pensar.A segunda que a complexidade de interaes no mundo globalizadono permite identificar como chave apenas de uma das oposies entrehegemonia e subalternidade, nem em ator decisivo para modificar orumo histrico das contradies (nem o proletariado, nem as minorias,nem os pases coloniais e ps-coloniais). A terceira que a formao

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    complexa e ambgua das contradies tampouco permite explic-lascomo antagonismo. (CANCLINI, 2010, p. 172)

    A globalizao tida como imaginria. Assim, aspectos sociais que representam

    uma ideia global acabam evidenciando as diferenas. Uma parte preponderante do

    processo de globalizao a crescente segregao espacial, progressiva separao e

    excluso (BAUMAN, 1998).

    Bauman (2009) traz os efeitos produzidos pela transformao das cidades,

    Por um lado, nas grandes reas urbanas que se concentram asfunes mais avanadas do capitalismo, que tem se reacomodado

    segundo uma lgica de rede, cujos ncleos estruturais sojustamente os centros globais. Por outro, as cidades tornam-seobjetos de novos e intensos fluxos de populao e de umaprofunda distribuio de renda: seja nos bairros nobres, com aformao de uma elite global mvel e altamenteprofissionalizada, seja nos bairros populares, com a ampliaodos cintures perifricos, onde se junta uma enorme quantidadede populaes deserdadas (BAUMAN, 2009, pg. 8).

    A insegurana e o medo so inerentes sociedade contempornea (BAUMAN,

    2009). Os medos modernos surgiram com a reduo do controle do Estado e suas

    consequncias individualistas, na medida que, as relaes de parentesco e vnculos

    amigveis surgidos dentro das comunidades so fragilizados e at rompidos. Bauman

    (2009) destaca que a modernidade slida administrava o medo e tendia a substituir esses

    laos fragilizados com a criao de sindicatos, associaes com interesses e rotinas

    partilhadas. Mas, quando a solidariedade substituda pela competio h o sentimento

    de abandono. Assim, a modernidade lquida desperta o sentimento da inadequao.

    A presena do estranho - como aqueles que no se encaixam no mapa cognitivo,

    moral e esttico do mundo (BAUMAN, 1997)gera uma ambivalncia intrnseca na vida

    urbana. Para Bauman (2009) a cidade induz tambm mixofiliae mixofobiapara formar

    uma heterogeneidade que a torna atrativa. Assim, a mixofobia e mixofilia coexistem no

    apenas em cada cidade, mas tambm em cada cidado. Trata-se, claramente de uma

    coexistncia incomoda, mas, mesmo assim muito significativa. (BAUMAN, 2009, p. 48)

    Isso reflete sobremaneira como o mundo contemporneo direciona um modelo dedesenvolvimento que, para Morin (2007), precisa no s ser repensado como ter outro

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    direcionamento, j que desenvolvimento econmico e progresso social nem sempre

    andam juntos. O autor faz uma reflexo importante sobre o futuro e como o modelo de

    desenvolvimento mensurvel um dos responsveis por tantas crises no mundo

    contemporneo.

    Morin (2007) d um panorama para pensar e muito no mundo hoje. H um

    grande perigo que ronda a humanidade: os desenvolvimentos da cincia, da tcnica, da

    indstria e da economia no so regulados pela tica. Isso traz mais problemas do que se

    imagina.

    Mesmo a ideia de desenvolvimento sustentvel oferece comomodelo uma civilizao em crise, que tambm seria necessrioreformar. Ela impede o mundo de encontrar outras formas de

    evoluo do que aquelas calcadas na ocidentalizao. Conduz associedades pelo caminho que leva catstrofe, quando serianecessrio mudar de rumo e efetuar um novo comeo (MORIN,2007, pg. 12).

    preciso mudar a ideia que h hoje de desenvolvimento sempre calcado em uma

    base tecnicoeconmica, mensurvel pelos indicativos de crescimento e dos lucros.

    Geralmente esses modelos de desenvolvimento humano so dos pases considerados

    desenvolvidos, ou seja, ocidentais. A pobreza muito mais do que a pobreza. Isso

    significa essencialmente que ela no se calcula nem se mensura em termos monetrios

    (MORIN, 2007, p. 82)

    Mas o que fazer ento? Morin (2007) diz que h a emergncia de uma sociedade

    mundo onde esse desenvolvimento que no leva em considerao a vida, o sofrimento,

    a alegria, o amor, no tem espao. Precisa-se de uma poltica que tenha a misso mais

    urgente de solidarizar o planeta. Mas o autor aponta um grande obstculo para a

    sociedade-mundo: a falta de compreenso da humanidade para essa emergncia.

    A princpio, h o fato de que a propenso unificao dasociedade-mundo cria resistncia nacionais, ticas, religiosas quetendem balcanizao do planeta e que a eliminao dessasresistncias presumiria uma dominao implacvel. H,sobretudo, a imaturidade dos Estados-nao, das mentes, dasconscincias, ou seja, no fundo h uma imaturidade dahumanidade para se realizar plenamente (MORIN, 2007, pg. 85).

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    Assim, os processos motores da dinmica planetria cinciatcnicaeconomia

    lucro so ambivalentes porque possilitaram simultaneamente o melhor e o pior j que

    promove o desenvolvimento mas aumentam as desigualdades.

    Concluso

    Trata-se de um tema muito complexo e que exige, certamente, uma investigao

    mais profunda. Mas preciso pensar sobre as srias implicaes desse modelo de

    desenvolvimento em um mundo contemporneo dominado por um processo de

    globalizao desigual e uma complexa individualizao. possvel perceber nasreflexes dos importantes tericos sociais, que estamos diante de mudanas nas prticas

    sociais permeadas por incertezas cada vez mais latentes quanto a sentimentos que sempre

    nortearam a humanidade: pertencimento, identidade e seu lugar no mundo.

    Em seu livro intitulado Identidade, Bauman (2005) aponta o surgimento da

    identidade como um problema na era do ps guerra. Ele dialoga com Stuart Hall na

    percepo de que globalizao seria o processo aglutinador da mudana de postura do

    homem em relao a sua identidade. Globalizao significa que o Estadono tem mais

    o poder ou o desejo de manter uma unio slida e inabalvel com a nao (BAUMAN,

    2005, p. 34).

    O vencedor do Prmio Nobel da Paz, em 2005, Mohamed Elbaradei, d um alerta

    para a necessidade urgente de mudar os paradigmas de desenvolvimento. No seu livro A

    era da iluso: a diplomacia nuclear em tempos traioeiros, tenta abrir os olhos da

    humanidade para a insanidade que rege as ameaas nucleares.

    Na era da globalizao, mais evidente do que nunca que essasinseguranas so ameaas sem fronteiras. No podemos nosconformar com a ideia de que uma ameaa segurana a meiomundo de distncia no ir nos afetar, seja na forma de um ataqueciberntico, seja na forma de um colapso financeiro, umapandemia ou o roubo de um material nuclear. Essas ameaas nopodem ser combatidas de maneira eficaz por nenhum pas ouorganizao; por sua prpria natureza, exigem respostasmultidimensionais, cooperao multinacional (ELBARADEI,2011, p. 256)

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    Portanto, possvel concluir que os rumos do atual modelo de desenvolvimento

    tcnico e econmico no traz junto progresso social e, muito menos, desenvolvimento

    humano de forma acessvel a todos. Por toda a complexidade que rege os valores sociais,

    necessrio colocar em prtica formas alternativas de se pensar o mundo e aplic-las para

    que se possa pensar em um futuro no feito apenas daquilo que mensurvel e

    quantitativo. O ser humano muito mais do que isso.

    Referncias

    BAUMAN, Zygmund. Confiana e medo na cidade.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2009.

    ____________________. Vida para consumo: a transformao das pessoas em

    mercadoria. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.

    ____________________. O mal-estar da ps-modernidade. Rio de Janeiro: Jorge

    Zahar Nobel, 1998.

    ____________________. Globalizao: as consequncias humanas. Rio de Janeiro:

    Jorge Zahar, 2004.

    ____________________. Modernidade Lquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

    ____________________. Identidade. Traduo de Carlos Alberto Medeiros. Rio de

    Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

    CANCLINI, Nstor Garcia. A globalizao imaginada. So Paulo: Iluminuras, 2010.

    ELBARADEI, Mohamed. A era da iluso: a diplomacia nuclear em tempos

    traioeiros.So Paulo: Leya, 2011.

    GIDDENS, Anthony. Modernidade e Identidade. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar Ed.,2002.

    HALL, Stuart. Da Dispora: Identidades e Mediaes Culturais. Belo Horizonte,

    Ed.UFMG; Braslia, Unesco, 2007.

    ____________________. A identidade cultural na ps-modernidade. Rio de Janeiro:

    DP&A, 2006.

    MORIN, Edgar. Rumo ao abismo? Ensaio sobre o destino da humanidade . Rio de

    Janeiro: Bertrand Brasil, 2011.