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Universidade Federal do Vale do São Francisco UNIVASF Petrolina/PE ARTIGO 301 UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE GESTÃO DE QUALIDADE EM FRIGORÍFICO DE ABATE DE BOVINOS PARA EXPORTAÇÃO Use of quality management tools in refrigerator of slaughter cattle export Narjara Cristine Tavares Oliveira 1 e Rogério Manoel Lemes de Campos 2 RESUMO: A gestão de qualidade de alimentos vem sendo uma estratégia utilizada por frigoríficos, pois com a crescente exigência dos mercados consumidores por produtos cárneos de qualidade e segurança alimentar, se fez necessária implantação de programas de qualidade, contribuindo para uma maior satisfação dos seus consumidores e atendendo a requisitos e normas impostas por países importadores, pois a utilização dessas ferramentas é um elemento fundamental para a exportação de carne. O controle de qualidade apresenta-se como um sistema de monitoramento amplo, que vem desde escolha da matéria prima até o seu produto final, certificando que o produto adquirido além de apresentar uma boa aparência e ser de boa qualidade nutricional, seja isento de qualquer contaminação, além de atender ao requisito sanitário esse sistema reduz as perdas e aumenta a competitividade entre as empresas. Para garantir essa qualidade e segurança alimentar se fez necessário á implementação de programas, dentre as principais ferramentas estão as Boas Práticas de Fabricação BPF, Procedimento Padrão de Higiene Operacional PPHO e o programa Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle APPCC. Esses programas aumentam a segurança dos alimentos e permite o controle e redução dos ricos de contaminação. PALAVRAS-CHAVE: carne bovina, gestão de qualidade, indústria frigorifica, segurança alimentar ABSTRACT: The food quality management strategy has been widely used for refrigerators, because with the growing demands of consumer markets for meat products quality and food safety, was necessary implementation of quality programs, contributing to greater satisfaction of their customers and meet the requirements and standards imposed by importing countries, as the use of these tools is a key element in the export of meat. Quality control is presented as very wide monitoring system , which comes from choice of raw materials to final product, certifying that the product purchased in addition to presenting a good show up and be of good nutritional quality, be free of all contamination, and meet the requirement that health system reduces losses and increases the competitiveness between companies. To ensure this quality and food safety has become necessary to implement programs, among the main tools are the Good Manufacturing Practices GMP, Hygiene Standard Operating Procedure - SSOP program and the Hazard Analysis and Critical Control Points HACCP. This work aimed to evaluate the application of these quality tools in refrigerator for cattle as well as the importance of its application to the import market. KEYWORDS: bovine meat, food safety, quality management, meatpacking industry

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  • Universidade Federal do Vale do So Francisco UNIVASF Petrolina/PE

    ARTIGO 301

    UTILIZAO DAS FERRAMENTAS DE GESTO DE QUALIDADE EM

    FRIGORFICO DE ABATE DE BOVINOS PARA EXPORTAO

    Use of quality management tools in refrigerator of slaughter cattle export

    Narjara Cristine Tavares Oliveira1 e Rogrio Manoel Lemes de Campos

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    RESUMO: A gesto de qualidade de alimentos vem sendo uma estratgia utilizada por

    frigorficos, pois com a crescente exigncia dos mercados consumidores por produtos

    crneos de qualidade e segurana alimentar, se fez necessria implantao de programas de

    qualidade, contribuindo para uma maior satisfao dos seus consumidores e atendendo a

    requisitos e normas impostas por pases importadores, pois a utilizao dessas ferramentas

    um elemento fundamental para a exportao de carne. O controle de qualidade apresenta-se

    como um sistema de monitoramento amplo, que vem desde escolha da matria prima at o

    seu produto final, certificando que o produto adquirido alm de apresentar uma boa

    aparncia e ser de boa qualidade nutricional, seja isento de qualquer contaminao, alm de

    atender ao requisito sanitrio esse sistema reduz as perdas e aumenta a competitividade entre

    as empresas. Para garantir essa qualidade e segurana alimentar se fez necessrio

    implementao de programas, dentre as principais ferramentas esto as Boas Prticas de

    Fabricao BPF, Procedimento Padro de Higiene Operacional PPHO e o programa Anlise de Perigo e Pontos Crticos de Controle APPCC. Esses programas aumentam a segurana dos alimentos e permite o controle e reduo dos ricos de contaminao.

    PALAVRAS-CHAVE: carne bovina, gesto de qualidade, indstria frigorifica, segurana

    alimentar

    ABSTRACT: The food quality management strategy has been widely used for refrigerators,

    because with the growing demands of consumer markets for meat products quality and food

    safety, was necessary implementation of quality programs, contributing to greater

    satisfaction of their customers and meet the requirements and standards imposed by

    importing countries, as the use of these tools is a key element in the export of meat. Quality

    control is presented as very wide monitoring system , which comes from choice of raw

    materials to final product, certifying that the product purchased in addition to presenting a

    good show up and be of good nutritional quality, be free of all contamination, and meet the

    requirement that health system reduces losses and increases the competitiveness between

    companies. To ensure this quality and food safety has become necessary to implement

    programs, among the main tools are the Good Manufacturing Practices GMP, Hygiene Standard Operating Procedure - SSOP program and the Hazard Analysis and Critical

    Control Points HACCP. This work aimed to evaluate the application of these quality tools in refrigerator for cattle as well as the importance of its application to the import market.

    KEYWORDS: bovine meat, food safety, quality management, meatpacking industry

  • REVISTA ELETRNICA NUTRITIME ISSN 1983-9006 www.nutritime.com.br Artigo 301 Volume 12 - Nmero 02 p. 4016 4029- Maro/Abril 2015 UTILIZAO DAS FERRAMENTAS DE GESTO DE QUALIDADE EM FRIGORFICO DE

    ABATE DE BOVINOS PARA EXPORTAO

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    INTRODUO

    O Brasil o maior produtor e

    fornecedor do agronegcio de alimentos

    para os mercados internacionais,

    ocupando lugar de referencia quando o

    assunto a produo e exportao de

    carne bovina (USDA, 2009).

    A gesto da qualidade pode ser

    entendida como sendo a abordagem

    adotada e o conjunto de prticas

    utilizadas pela empresa para se obter, de

    forma eficiente e eficaz, a qualidade

    pretendida para o produto (TOLEDO,

    2001), ou seja, a gesto da qualidade

    parte do princpio que as caractersticas

    de qualidade do produto sejam atingidas

    com reduo de perdas, desperdcios e

    consequentemente, de custos. Gerenciar

    ou administrar um processo de trabalhar

    com pessoas e recursos para realizar os

    objetivos os quais so atingidos por meio

    de quatro processos interligados:

    planejamento, organizao, direo e

    controle (BATEMAN e SNELL, 1998).

    Para isso as indstrias frigorficas

    exportadoras tiveram que se adequar as

    exigncias do mercado, onde as

    principais mudanas foram de ordem

    sanitria e de qualidade. Assim, foram

    utilizadas ferramentas de qualidade, onde

    essas so a base para uma boa gesto da

    segurana e qualidade de uma empresa de

    alimentos, dentre as principais

    ferramentas esto as Boas Prticas de

    Fabricao BPF - e os Procedimentos Padro de Higiene Operacional PPHO - que constituem os pr- requisitos para a

    Anlise de Perigos e Pontos Crticos de

    Controle APPCC. Essas ferramentas so compostas de um conjunto de regras

    de higiene para o correto manuseio dos

    alimentos e avaliao dos pontos crticos

    existentes na empresa, para posterior

    medida de preveno de toda a cadeia

    produtiva, tendo por objetivo garantir a

    integridade do alimento e a sade do

    consumidor.

    CADEIA PRODUTIVA DA CARNE

    BOVINA

    A bovinocultura um dos

    principais destaques do agronegcio

    brasileiro no cenrio mundial. O Brasil

    dono do segundo maior rebanho

    comercial de bovinos do mundo, com

    cerca de 200 milhes de cabeas. Alm

    disso, desde 2004, assumiu a liderana

    nas exportaes, detendo um quinto da

    carne comercializada internacionalmente,

    vendendo para mais de 180 pases.

    Segundo PINEDA (2000) a

    diversidade climtica, extenso territorial,

    qualidade edfica, adaptabilidade das

    raas zebunas aos trpicos e a vocao

    do criador para desenvolvimento dessa

    atividade, a razo para nmeros

    expressivos na pecuria de corte nacional.

    Esses fatores, juntamente com a criao

    do gado em pastagens, investimentos em

    tecnologias e capacitao profissional,

    desenvolvimento de polticas pblicas ao

    qual permitem que o animal seja

    rastreado desde seu nascimento at o

    abate, o controle da sanidade animal e

    segurana alimentar contriburam para

    que o pas atendesse s exigncias dos

    mercados rigorosos e conquistasse espao

    no cenrio de exportao.

    Historicamente o Brasil tem sido

    um dos grandes produtores de carne

    bovina, e segundo a FAO (2004), um em

    cada cinco quilos de carne bovina

    comercializada no mundo de origem

    brasileira. O volume exportado chega a

    1,3 milhes de toneladas, gerando

    recursos em torno de US$3 bilhes,

    representando cerca de 15% da produo

    nacional, sendo o restante da produo

    direcionada para o mercado interno e o

    volume total de recursos movimentado

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    pela venda de carne bovina no Brasil

    ultrapassa a casa de 10 bilhes de dlares

    por ano (ZEN, 2005).

    Pases da Unio Europeia com

    Reino Unido, Pases Baixos, Itlia,

    Alemanha e Espanha, so os principais

    destinos das exportaes do Brasil, tanto

    de carne in natura quanto de carne industrializada e os Estados Unidos se

    destaca como maior importador de carne

    industrializada (PIRES, 2002).

    CARACTERSTICAS DA CARNE

    BOVINA

    A carne considerada um alimento

    nobre para o homem pela qualidade de

    protenas, pela presena de cidos graxos

    (AG) essenciais, de minerais como ferro

    e zinco, e de vitaminas do complexo B.

    Entretanto, parte dos consumidores

    associa o consumo da carne vermelha

    ocorrncia de doenas cardiovasculares e

    buscam atravs da mudana de hbitos,

    combater o estresse, o sedentarismo e a

    nutrio desbalanceada, tpicos do estilo

    de vida do homem moderno, que

    contribuem para o aparecimento da

    obesidade, hipercolesterolemia e doenas

    cardiocirculatrias (ODA et al., 2004).

    De acordo com Felcio (1998)

    consumidores modernos esto

    extremamente preocupados com o

    balanceamento nutricional adequado de

    suas dietas, reservando para as carnes a

    principal fonte de protenas em suas

    refeies, o que leva ao entendimento da

    representatividade desse sistema

    agroindustrial tanto no Brasil como no

    mundo. A carne deve corresponder s

    expectativas do consumidor no que se

    refere aos atributos de qualidade

    sanitria, nutritiva e organolptica, alm

    de preo estabelecido pelo justo valor.

    Dentre as principais caractersticas

    da carne, as propriedades fsica, qumica,

    nutricionais, higinicas e organolpticas

    so as mais ressaltadas onde essas afetam

    diretamente as qualidades nutricionais,

    sensoriais e de conservao da carne.

    Porm as caractersticas organolpticas,

    como cor, maciez e quantidade de

    gordura, so as mais perceptivas pelo

    consumidor.

    Hadlich et al. (2006) relatam que

    est na maciez a maior inconsistncia da

    carne bovina e essa tem se mostrado o

    maior problema da cadeia produtiva da

    carne. Segundo os referidos autores, a

    satisfao do consumidor de carne

    vermelha est na interao entre maciez,

    suculncia e sabor, no entanto, h pouca

    variao na suculncia e no sabor da

    carne com relao s prticas adotadas

    pela indstria frigorfica, portanto, se for

    reduzida a variao na maciez da carne,

    os problemas tambm sero,

    consequentemente, minimizados.

    A cor o atributo da carne que

    reflete a quantidade e o estado qumico

    de seu principal pigmento, a mioglobina,

    de modo que os msculos mais

    solicitados apresentam maior proporo

    de clulas vermelhas entre as fibras

    brancas. Os bovinos terminados a pasto

    se exercitam mais e so abatidos mais

    velhos. Consequentemente apresentam

    maior saturao da cor vermelha que os

    animais confinados (FELCIO, 1999).

    So muitos os fatores que

    influenciam nas caractersticas da

    qualidade da carne, como gentica, sexo,

    idade, alimentao, grau de solicitao

    dos msculos do animal, temperatura,

    velocidade de resfriamento da carcaa,

    taxa de acidez, tempo de maturao e

    cozimento da carne (FELCIO, 2005).

    Para se obter as caractersticas de

    qualidade da carne desejada e atender as

    exigncias dos consumidores necessrio

    que a empresa frigorfica, implante

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    programas de gesto de qualidade em

    toda a cadeia produtiva.

    PROGRAMAS PR-REQUISITOS

    Programas Pr-Requisitos (PPRs)

    representam a primeira etapa na obteno

    de qualidade assegurada para estabeleci-

    mentos que processam e/ou manipulam

    alimentos. Podem ser definidos como

    procedimentos ou etapas universais que

    controlam condies operacionais dentro

    de uma indstria alimentcia, permitindo

    a criao de condies ambientais

    favorveis produo de um alimento

    seguro.

    Esses pr-requisitos (BPF e PPHO)

    identificam os perigos potenciais

    segurana do alimento desde a obteno

    das matrias primas at o consumo,

    estabelecendo em determinadas etapas

    (Pontos Crticos de Controle) medidas de

    controle e monitorao, que garantam, ao

    final do processo, a obteno de um

    alimento seguro e com qualidade

    (BRASIL, 2006).

    Para que o APPCC funcione de

    forma eficaz, deve ser acompanhado de

    programas de pr-requisitos que

    forneceram as condies operacionais e

    ambientais bsicas necessrias para

    produo de alimentos incuos e

    saudveis (OPAS, 2000).

    BOAS PRTICAS DE FABRICAO

    (BPF)

    As BPF so normas e

    procedimentos exigidos na elaborao de

    produtos alimentcios industrializados,

    para o consumo humano, voltados

    principalmente para o controle do

    ambiente, do pessoal e das contaminaes

    cruzadas, normatizados pelo Ministrio

    da Agricultura, pecuria e abastecimento

    (MAPA), portaria n 368/97, e pelo

    Ministrio da Sade, portaria n 326/97.

    Estabelecem os requisitos gerais e de

    higiene e das boas prticas de fabricao

    para alimentos

    elaborados/industrializados para o

    consumo humano, com o objetivo de

    garantir a qualidade sanitria dos

    alimentos, evitando assim o prejuzo

    sade humana (Brasil, 1997 a e b).

    Figura 1 Aferio da temperatura do produto crneo e do esterilizador.

  • REVISTA ELETRNICA NUTRITIME ISSN 1983-9006 www.nutritime.com.br Artigo 301 Volume 12 - Nmero 02 p. 4016 4029- Maro/Abril 2015 UTILIZAO DAS FERRAMENTAS DE GESTO DE QUALIDADE EM FRIGORFICO DE

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    As Boas Prticas de Fabricao

    (BPF) constituem um sistema de controle

    de qualidade base que visa garantir a

    segurana alimentar no processamento

    dos alimentos. As BPF verificam os

    processos e implantam controles. Este

    sistema apresenta-se como base para a

    implantao de outros sistemas de

    qualidade na indstria de alimentos. A

    implantao e manuteno das BPF so

    obrigatrias para iniciar o plano de

    Anlise de Perigos e Pontos Crticos de

    Controle (APPCC) (FAO, 1997;

    INNPAZ, 2001)

    So elementos envolvidos na BPF

    as edificaes, instalaes e

    equipamentos: compreende o meio

    exterior e interior, que precisa ser

    administrado para prevenir a

    contaminao dos ingredientes, alimentos

    em processamento e produto acabado. Os

    elementos de construo e os

    equipamentos devem ser apropriados, que

    no constituam fontes de contaminao e

    devem facilitar as condies sanitrias de

    processamento e embalagem (VIALTA,

    MORENO e VALLE, 2002).

    As BPF apresentam as condies

    relevantes para a fabricao higinica de

    alimentos, as quais devem sempre ser

    aplicadas e documentadas. Nenhum

    mtodo de processamento de alimentos

    deve ser usado em substituio s BPF na

    produo e manuseio de alimentos

    (GERMANO e GERMANO, 2001).

    PROCEDIMENTO PADRO DE

    HIGIENE OPERACIONAL (PPHO)

    Os PPHO so alguns itens das BPF,

    aos quais, por sua importncia para o

    controle de perigos, foram acrescentados

    os procedimentos de monitorao, ao

    corretiva, verificao, registros e anexos,

    quando eventualmente houver alteraes,

    para possibilitar um controle efetivo

    (ROBBS e CAMPELO, 2002). Os

    Procedimentos Padres de Higiene

    Operacional PPHO - so procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e

    monitorizados, visando estabelecer a

    forma rotineira pela qual o

    estabelecimento industrial evitar a

    contaminao direta ou cruzada e a

    adulterao do produto, preservando sua

    qualidade e integridade por meio da

    higiene antes, durante e depois das

    operaes industriais (BRASIL, 2002).

    Figura 2 Higienizao de facas e utenslio

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    A resoluo DIPOA/DAS n 10, 22 de

    maio de 2003 estabelece a implantao

    desse programa, cujo plano deve ser

    estruturado em nove pontos bsicos:

    segurana da gua, condies e higiene

    das superfcies de contato com os

    alimentos, preveno contra

    contaminao cruzada, higiene dos

    empregados, preveno contra

    contaminantes e adulterantes do alimento,

    identificao e estocagem adequada de

    substncias qumica e agente txicos,

    sade dos empregados, controle integrado

    de pragas e registro (BRASIL, 2003).

    Figura 3 Higienizao das botas e mos.

    Os PPHO incluem o desenvolvimento

    de um plano escrito de procedimentos

    que devem ser monitorados e nos quais

    aes corretivas devem ser tomadas

    imediatamente aps deteco dos

    desvios, porm, de fundamental

    importncia o levantamento das causas

    que geraram estes desvios para prevenir

    que os mesmos no ocorram novamente

    (SENAI, 2000).

    ANLISE DE PERIGOS E PONTOS

    CRTICOS DE CONTROLE

    (APPCC)

    O sistema de Anlises de Perigos e

    Pontos Crticos de Controle constitui a

    mais efetiva abordagem para garantia de

    segurana dos alimentos, conforme

    Hajdenwurcel (2002).

    A National Aeronautics and Space

    Administration (NASA) desenvolveu,

    junto com a Pillsbury Company, no incio

    dos anos 60, o sistema Hazard Analysis and Critical Control Point (HACCP), traduzido no Brasil como sistema de

    Anlise de Perigos e Pontos Crticos de

    Controle (APPCC), uma ferramenta de

    qualidade utilizada na tentativa de

    promover a segurana dos alimentos

    destinados tripulao espacial. O

    conceito de APPCC permite um estudo

    sistemtico para identificar os perigos,

    avaliar a probabilidade de eles

    acontecerem durante o processamento,

    distribuio ou o uso e definir meios para

    control-los (ILSI, 1997).

    Joaquim (2001) sintetiza o sistema

    APPCC como o conjunto de aes de

    preveno e controle necessrios para

    reduzir ou eliminar os riscos de

    contaminao fsica, qumica ou

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    microbiolgica nos produtos. Esse

    sistema tem por finalidade identificar os

    perigos microbiolgicos existentes em

    uma linha de produo, identificar os

    pontos crticos de controle (PCCs) nos

    quais estes perigos podem ser controlados

    e estabelecer sistemas baseados

    predominantemente em testes qumicos,

    fsicos e em observaes visuais atravs

    dos quais a efetividade do controle possa

    ser monitorada. de fundamental

    importncia considerar que a implantao

    do APPCC deve ser feita de forma

    personalizada, levando-se em

    considerao os recursos materiais e

    humanos disponveis e o tipo e a forma

    de consumo da produo.

    Figura 4 PCC Traseiro/Dianteiro das carcaas.

    Segundo Pinto (1999) o Sistema

    APPCC sustenta os sete seguintes

    princpios: anlise de perigo,

    identificao de pontos crticos de

    controle, estabelecimento de limites

    crticos para cada ponto crtico de

    controle, estabelecimento de

    procedimento de monitoramento, de

    aes corretivo/preventivas, de procedi-

    mentos de arquivamento de dados e de

    verificao.

    As BPF juntamente com o PPHO

    so pr-requisitos fundamentais para a

    implantao do sistema APPCC, embora

    esse sistema seja bastante amplo e bem

    desenvolvido para garantir a inocuidade e

    qualidade dos alimentos, esse no deve

    ser implantado de forma nica nas

    empresas. Gelli (2001) entende que no

    se pode, sob nenhuma hiptese,

    desconsiderar os princpios das boas

    prticas na conceituao e implementao

    do sistema APPCC: quando as boas prticas no so respeitadas, no h como

    e nem por que implementar o sistema

    APPCC .

    FERRAMENTAS DE SEGURANA

    ALIMENTAR

    O mercado de carnes est cada vez

    mais competitivo e complexo no que se

    refere ao ciclo de vida e do tempo de

    prateleira do produto final, alm do

    rigoroso controle higinico sanitrio e da demanda por diversificao e

    agregao de valor. Para Peloso (2000).

    Por esses motivos as condies higinicas

    sanitrias de todo o parque fabril e o

    cumprimento das exigncias oficiais e

    legais so fatores importantes pra

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    obteno e comercializao dos alimentos

    seguros e de qualidade.

    A carne por ser um alimento muito

    perecvel, necessita da utilizao de

    mtodos de conservao eficientes e

    eficazes, especialmente aps o abate do

    animal (LUNDGREN et al., 2009).

    Segundo Matsubara (2005), as boas

    prticas de abate reduzem os riscos de

    contaminao biolgica, qumica e fsica,

    elas abrangem todos os requisitos

    higinico-sanitrios desde instalaes,

    equipamentos, utenslios, condies da

    matria- prima, manejo dos animais,

    requisitos de higiene do ambiente, do

    manipulador, portabilidade da gua

    utilizada no processo, controle de pragas,

    manejo de resduos e tratamento de

    efluentes.

    De acordo com Borch et al. (1996),

    os animais so os principais geradores da

    carga microbiana, a partir do contedo

    gastrointestinal, pele, pelos, regio

    orofarngea, alm dos operadores do

    ambiente. No processo de abate no h

    nenhum ponto onde os perigos possam

    ser eliminados completamente, porm h

    possibilidade de diminuir a carga

    microbiana mediante a utilizao de

    ferramentas da qualidade.

    A infraestrutura do ambiente de

    manipulao de alimentos estava

    necessitando deve atender as condies

    higinico-sanitrias desejveis, para isso

    preciso que sua construo facilite a

    higienizao evitando assim a

    proliferao de micro-organismos. A

    parede, tetos devem ser lavveis,

    impermeveis e lisos assim como o piso

    que deve possuir declividade de 2%

    evitando o empoamento de gua e com

    cantos abaulados com o intuito de

    impedir acmulo de sujidades e possvel

    formao de biofilmes. As janelas devem

    ser revestidas com telas e os ralos devem

    possuir protetores a fim de evitar a

    passagem de pragas e vetores. As

    instalaes eltricas devem ser revestidas

    com protetores. O fluxo deve ser

    contnuo para impedir a contaminao

    cruzada (BRASIL, 1995).

    Os prdios so construdos de

    alvenaria, dotados de janelas com telas

    milimtricas, as portas de acesso

    indstria possuem cortinas de ar e

    borracha de vedao para evitar entrada

    de resduos, poluio, insetos. As paredes

    so de superfcies lisas e pintadas, os

    pisos so de concreto armado, com bom

    escoamento, que evitam o acmulo de

    gua. Os tetos so de concreto armado

    com acabamento de tinta lavvel atxica

    ou em isopainel.

    Os estabelecimentos e os

    equipamentos devem ser mantidos em

    estado de conservao adequado para

    facilitar todos os procedimentos de

    sanitizao, e para que os equipamentos

    cumpram a funo proposta,

    especialmente as etapas essenciais

    inocuidade e preveno de contaminao

    de alimentos, por exemplo, por

    fragmentos de metal, resduos e

    substncias qumicas (OPAS/INPAAZ,

    2001).

    Tendo-se como base esses

    conceitos, pode-se dizer que o local de

    construo do prdio deve ser livre de

    fontes de contaminao que possam vir a

    oferecer risco s condies gerais de

    higiene e sanidade da empresa e com

    isso, do prprio produto industrializado

    (SBCTA, 2000a).

    Todos os equipamentos e utenslio

    utilizado nos locais de manipulao de

    alimentos que possam entrar em contato

    com o alimento devem ser

    confeccionados de material que no

    transmitam substncias txicas, odores e

    sabores que sejam no absorventes e

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    resistentes corroso e capaz de resistir a

    repetidas operaes de limpeza e

    desinfeco (BRASIL, 1997). Onde os

    materiais mais utilizados nas indstrias

    so: ao inoxidvel, metal brando, cobre,

    bronze, alumnio, lato, titnio, concreto,

    ligas de cobre e bronze, de cobre e nquel,

    vidro, borracha, madeira, tecido de

    algodo e lona (Evangelista, 2003).

    fundamental a existncia de

    barreiras sanitrias, para impedir que

    micro-organismos sejam levados para

    dentro da rea de produo, como o

    pedilvio, lavadores de botas e pias para

    lavagem das mos que devem possuir

    solues detergentes e sanitizantes

    (SILVA, 2006). Esses processos de

    lavagem de botas, mos e antebrao deve

    ser realizado toda vez em que o

    trabalhador entrar e sair do setor de

    produo.

    O estabelecimento deve ser

    abastecido com gua potvel e possuir

    nmero de reservatrios compatveis com

    a demanda. Para garantir a qualidade da

    gua, a clorao deve ser controlada e

    anlises microbiolgicas realizadas

    trimestralmente. As caixas de gua

    tambm devem ser higienizadas com

    frequncia (BRASIL, 2002). Para

    monitoramento do sistema de

    abastecimento de gua planilhas foram

    implantadas e avaliadas pela garantia de

    qualidade.

    O sistema de tratamento de

    efluentes do abatedouro constitudo por

    caixas retentoras de gordura, ralos

    sifonados que impedem o acmulo de

    resduos e o refluxo de gases e lagoas de

    tratamento. Foi verificado que existe

    acompanhamento por empresas

    terceirizadas que realizam a manuteno

    e fazem anlises peridicas, que

    monitorada pela equipe de garantia de

    qualidade. Segundo Scarassati et al.

    (2003), importante realizar o

    tratamento, pois os efluentes so agentes

    poluidores das guas em ameaa sade

    pblica.

    Com relao higiene dos

    colaboradores e importante ressaltar que

    existem recomendaes sobre a mesma,

    onde dentro dessas recomendaes est

    limpeza corporal no ambiente de trabalho

    como: banho dirio, unhas curtas e

    limpas sem esmaltes (nem mesmo base),

    cabelos limpos, presos (mulher), curtos

    (homem) e protegidos com toucas, de

    preferncia as ninjas que so amarradas

    rente ao pescoo, sem maquiagem sem

    utilizao de adornos (relgios, brincos,

    pulseiras, anis, piercing, entre outros), e

    proibido o uso de perfumes e os

    desodorantes devem sem inodoros. Para

    os homens proibido usar barba e

    bigode, quando essa norma no

    atendida o monitor do setor deve oferecer

    ao colaborador um mscara, esse

    procedimento e realizado tambm em

    alguns setores climatizados que se realiza

    a manipulao de alimentos, como o setor

    de midos e desossa, onde alguns

    funcionrios resfriados utilizam a

    mscaras, para prevenir a contaminao

    dos produtos.

    Segundo Silva (1995), a higiene

    pessoal um dos requisitos mais

    importantes relacionado higiene de

    alimentos, pois o homem direta ou

    indiretamente responsvel pela

    contaminao de alimentos durante a

    manipulao. Para solucionar o problema,

    foram propostos treinamentos referentes

    higiene correta de mos, uso de

    uniformes e EPIs aos funcionrios.

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    Gamarra (2007) refora a necessidade

    dos cuidados higinico-sanitrios que os

    funcionrios devem ter e o cumprimento

    dos procedimentos de controle da

    qualidade em todas as etapas do abate

    para evitar a contaminao cruzada.

    Alm disso, os manipuladores de

    alimentos tm importante papel na

    veiculao de micro-organismos para o

    alimento manipulado, porm, na maioria

    das vezes no so treinados para os

    princpios de suas funes ignorando

    princpios de higiene e boas atitudes de

    trabalho. A finalidade do treinamento de

    manipuladores possibilitar-lhes

    princpios tericos e prticos a fim de

    capacit-los para executar atividades na

    rea de alimentos (ANDREOTTI, 2003).

    Para minimizar o problema da falta

    de qualificao de mo de obra, palestras

    e treinamentos relativos aos

    procedimentos de abate, limpeza e

    higienizao, alem da segurana do

    trabalho so ministradas aos funcionrios

    da produo. O treinamento deve ser

    peridico, pois no possvel realizar

    mudanas estruturais sem que haja

    colaborao constante por parte dos

    funcionrios (FIGUEIREDO e COSTA

    NETO, 2001).

    GESTO E TECNOLOGIA

    A implementao das ferramentas

    de qualidade em setores frigorficos, so

    em parte resultado das exigncias do

    mercado externo para compra da carne

    bovina, onde as empresas se adquam a

    normas e legislaes, investem em

    tecnologias, ferramentas de

    gerenciamento administrativo e recursos

    humanos, contratam mo obra mais especializada e implantam programas de

    qualidade para atender a esses mercados.

    Ferreira e Barcelos (2001) afirmam

    que o fato de a carne bovina ser uma

    commodity, com agentes competindo via

    preo tem elevado acrescente busca de

    alternativas para promover diferenciao

    e agregao de valor.

    Por esse motivo que empresas

    optam por realizar a desossa, pois ocorre

    uma maior agregao de valor ao

    produto, porm com a produo de cortes

    crneos atravs desse setor se tem uma

    preocupao com a possvel

    contaminao dos produtos devido ao

    fato de ocorrer um contato direto com o

    colaborador durante a manipulao da

    pea, e essa seguir para a embalagem e

    depois direto para o consumidor. Essa

    etapa de desossa e embalagem bastante

    critica em relao higiene e segurana

    alimentar.

    De acordo com Menezes, Alcntara

    e De Zen (2007) embora muitas

    exigncias em termos de adequao

    tecnolgica e de gesto dos frigorficos

    de carne bovina sejam feitas por

    intermdio das exportaes de carnes, as

    grandes redes varejistas, localizadas no

    Brasil, tambm tm cobrado adequaes

    tecnolgicas das etapas anteriores da

    cadeia com as de industrializao da

    carne e produo pecuria.

    Segundo Toledo (2001), para alguns setores, a qualidade uma

    vantagem competitiva importante, para as

    indstrias agro-alimentares, ela uma

    questo de sobrevivncia. A procura da competitividade e o exerccio da

    sobrevivncia das indstrias frigorficas

    de corte esto associados na eficincia em

    gerenciar a qualidade. A qualidade do

    produto final que garante a segurana do

    consumidor e a satisfao de suas

    exigncias construda em todas as

    etapas da cadeia de produo: da

    obteno da matria-prima, do

    processamento industrial e da distribuio

    (TOLEDO, 2001).

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    A Portaria n.46 de 10 de fevereiro

    de 1998, que obriga a implantao do

    APPCC, as indstrias alimentcias. O

    APPCC por sua vez precisa que todas as

    outras metodologias (BPF, PPHO e CIP)

    estejam implantados, onde esses so

    denominados pr-requisitos.

    O sistema de anlise de perigos e

    pontos crticos de controle e um mtodo

    embasado na aplicao de princpios

    tcnicos e cientficos de preveno, que

    tem por finalidade garantir a inocuidade

    dos processos de produo, manipulao,

    transporte, distribuio e consumo dos

    alimentos. Esse conceito cobre todos os

    fatores que possam afetar a segurana do

    alimento (ATHAYDE, 1999).

    CONSIDERAES FINAIS

    A crescente competitividade dos

    mercados de carne bovina e a grande

    presso feita pelos consumidores fizeram

    com que as empresas alimentcias

    procurassem se adequar as normas e

    legislao, para isso se fez necessrio

    implantao dos programas de

    autocontrole (BPF, PPHO, APPCC) que

    so de suma importncia para a cadeia

    produtiva da empresa, gerando assim

    produtos crneos de qualidade e

    segurana para os consumidores, alm de

    atender as exigncias do mercado interno

    e externo, contribuindo para o avano

    econmico do pas.

    Porm, nem sempre essas

    ferramentas so utilizadas de forma

    correta, esse um dos maiores desafios

    da gesto de qualidade, produzir peas de

    qualidade e agregar valor a esse produto,

    mesmo que a produo diria seja

    reduzida, outro fator que dificulta o

    controle de qualidade a falta de

    colaborao por parte dos trabalhadores

    com relao ao comprimento das normas

    de higiene dentro do ambiente de

    trabalho, onde esse problema pode ser

    solucionado com uma adoo de

    treinamento e contratao de mo de obra

    qualificada informando aos colaboradores

    a importncia do comprimento das

    normas dentro do parque fabril.

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