Artrogripose multipla congenita
-
Upload
nayara-evangelista -
Category
Documents
-
view
279 -
download
18
Transcript of Artrogripose multipla congenita
Faculdade Anhanguera de AnápolisAcadêmica: Nayara Evangelista de Andrade LeiteProfessores: Ednéia e Mario
Artrogripose Múltipla Congênita
A artrogripose múltipla congênita não é uma doença e sim uma síndrome rara,
de etiologia desconhecida. Originalmente descrita por Otto, em 1941, como
miodistrofia congênita; Stern , em 1923, denominou-a de artrogripose múltipla
congênita.
Trata-se de entidade congênita não progressiva, caracterizada por alterações
da pele, tecido celular subcutâneo, que é inelástico, e aderido aos planos profundos,
acompanhado de ausência das pregas cutâneas, músculos atrofiados e substituídos
por tecido fibrogorduroso, articulações deformadas com limitação da mobilidade,
rigidez e espessamento das estruturas periarticulares e com sensibilidade conservada.
As deformidades, geralmente, são simétricas e a gravidade das mesmas manifesta-se
mais intensamente quanto mais distais as articulações na extremidade . Estas
alterações nos membros podem estar associadas a outras malformações, tanto
viscerais como neurológicas, estando presentes em inúmeras doenças agrupadas por
Hall, sob o denominador comum das múltiplas contraturas articulares congênitas.
A amioplasia é a apresentação clássica e mais freqüente da artrogripose, com
todos os sinais clínicos da mesma. A artrogripose distal caracteriza-se, como o próprio
nome refere, pelo comprometimento das articulações e tecidos adjacentes distais nos
membros, tendo sua incidência em segundo lugar. O manuseio ortopédico dos
pacientes com artrogripose tem como principal objetivo obter a maior amplitude de
movimentos nas articulares, manter as extremidades na posição o mais funcional
possível, quer seja com tratamento incruento, quer mediante a abordagem cirúrgica.
Qualquer alteração que limite os movimentos do concepto durante este período
crítico do desenvolvimento poderá levar à instalação das contraturas congênitas.Os
principais fatores etiológicos são as doenças neurológicas e musculares, os defeitos
esqueléticos, as anomalias cromossômicas, as alterações do tecido conjuntivo e a
compressão fetal.
Tratamento
Os objetivos do tratamento são: auto-cuidado, locomoção independente,
entendendo a locomoção como a capacidade de ir e vir mesmo que seja com o auxílio
de aparelhos ou cadeira de rodas, e habilidade para conseguir emprego proveitoso no
futuro.
Tratamento cirúrgico juntamente com técnicas de tração para diminuir
deformidades em flexão dos joelhos, por exemplo, e moldes de gesso calcinado são
comuns para as deformidades, especialmente as dos membros inferiores. Luxação do
quadril é comum, mas difícil de tratar. Se os dois quadris estão luxados, muitas
autoridades no assunto recomendam não os tratar, devido ao fato de que, apesar da
luxação, a criança terá marcha satisfatória. Se somente um quadril está luxado, a
cirurgia deverá ser realizada o mais cedo possível na tentativa de restaurar o quadril.
Entretanto, os resultados são discutíveis, podendo-se aceitar a luxação e, através de
osteotomia (secção do osso da coxa), corrigir a deformidade em
‘adução’.Deformidades do joelho são mais freqüentemente tratadas com moldes de
gesso calcinado associado à cirurgia. Deformidades do pé, invariavelmente requerem
cirurgia, e é freqüentemente necessário extirpar o osso inteiro do tornozelo, o talus,
para uma boa correção. Curvatura da coluna vertebral (escoliose) é melhor tratada
com correção cirúrgica precoce e fusão vertebral. Nos membros superiores, a
deformidade mais devastadora é cotovelo fixo em extensão. A cirurgia precoce é
recomendável para que o cotovelo possa dobrar, apesar do fato de que a capacidade
de movimentação será limitada. Mesmo com as deformidades das mãos, muitas
crianças são capazes de adaptá-las a alguma função. Se o punho está num grau
extenso de flexão, o tratamento cirúrgico provavelmente será considerado.
Referência Bibliográfica:
http://estudandoraras.blogspot.com/2009/08/artrogripose-multipla-congenita.html
http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v20n8/a09v20n8.pdf
http://www.sarah.br/paginas/doencas/po/p_12_artrogripose.htm