As Contribuicoes de Piaget e Vygotsky

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BELÉM/PA-2001

Transcript of As Contribuicoes de Piaget e Vygotsky

  • Cristiane RibeiroPatricia dos Reis Mendes

    AS CONTRIBUIES DE PIAGET E VYGOTSKY PARA AFORMAO DO PROFESSOR (A) DA EDUCAO

    INFANTIL DE 0 A 6 ANOS.

    BELM/PA-2001

  • AS CONTRIBUIES DE PIAGET E VYGOTSKY PARA AFORMAO DO PROFESSOR (A) DA EDUCAO INFANTIL DE 0 A6 ANOS.

    Cristiane RibeiroPatrcia dos Reis Mendes

    Trabalho de Concluso de Cursoapresentado ao Curso de Pedagogia doCentro de Cincias Humanas eEducao da UNAMA, como requisitopara obteno do grau em Habilitaode Magistrio da Educao Infantil 4srie do Ensino Fundamental eSuperviso Escolar com nfase emEducao Infantil, orientado pela ProfMs. Silvana Morhy Siqueira MendesNova.

    BELM/PARUNIVERSIDADE DA AMAZNIA

    2001

  • AS CONTRIBUIES DE PIAGET E VYGOTSKY PARA AFORMAO DO PROFESSOR (A) DA EDUCAO INFANTIL DE 0 A6 ANOS.

    Cristiane RibeiroPatrcia dos Reis Mendes

    Avaliado por:

    Prof: Ms. Silvana Morhy Siqueira Mendes Nova

    Data ______/______/______

    BELM/PARUNIVERSIDADE DA AMAZNIA

    2001

  • Dedico este trabalho a minha famlia, emespecial a meu esposo Evandilson Freitas deAndrade, pela sua dedicao e compreenso aoxito deste ideal, e aos meus filhos RaphaelCristiano Ribeiro de Andrade, Igor Cristiano Ribeirode Andrade, Keite Cristine Ribeiro, que nsmomentos mais difceis desta caminhada mederam inspirao; e a minha me sem a qual estetrabalho no teria xito, pois sua dedicao eapoio foram incansveis

    Cristiane Ribeiro

  • A Deus, pela fora e oportunidade que medeu de ter chegado ao final de mais uma etapa deminha vida.

    Aos meus pais, Francisco Monteiro Mendes eSonia Maria dos Reis Mendes, por terem meagraciado com o dom mais precioso que a vida.

    A minha av, Luiza Seabra dos Reis, que deforma carinhosa me deu fora para continuar estacaminhada.

    Patrcia dos Reis Mendes

  • A Deus, que iluminou meus sentimentos afim de que eu pudesse enxergar mediante meuideal;

    professora Silvana Morhy SiqueiraMendes Nova, pela competncia, pacincia, eapoio a ns dispensados;

    Aos meus professores, pelo aprendizado eassistncia no decorrer do curso;

    As colegas do Curso de Pedagogia-Habilitao em Magistrio da Educao Infantil 4 srie do Ensino Fundamental e SupervisoEscolar com nfase em Educao Infantil, daturma 4PEV2 do ano corrente, as quais estiveramsempre presentes nas dificuldades destacaminhada;

    A UNAMA, que oportunizou atravs de suabase filosfica-cientifica, um avano substancial aoconhecimento por mim adquirido;

    A Patrcia dos Reis Mendes, pela suaamizade e contribuies a esse ideal.

    Cristiane Ribeiro

  • Agradeo em primeiro lugar a Deus pelaoportunidade que nos deu de termos chegadosao final de mais uma etapa de nossas vidas embusca do conhecimento;

    Agradeo ao meu marido Sandro Moraes,pela compreenso, estimulo e companheirismo,principalmente nos momentos mais difceis daminha vida, acreditando no meu sucesso;

    Tambm a Cristiane Ribeiro, pela amizadedurante todos esses anos;

    A orientadora Silvana Morhy SiqueiraNova, pelos esclarecimentos, disposio eapoio incessante;

    A todos, que direta ou indiretamente meauxiliaram.

    Patrcia dos Reis Mendes

  • Quero ser criana at o final: A criana afase criadora por excelncia.

    importante que os mestres proponham scrianas materiais, situaes e ocasies que asfaam progredir.

    JEAN PIAGET

  • RESUMO

    O presente trabalho objetiva estudar a utilizao das teorias de Piagete Vygotsky, no sentido de esclarecer a educadores alguns pontos vitais que essasteorias vem contribuir para a melhoria da qualidade do Ensino. Optamos por umestudo quanti-qualitativo descritivo, para poder observar e descrever de que formaas teorias de Piaget e Vygotsky esto sendo trabalhadas na Educao Infantil. Oestudo proposto foi realizado no cotidiano da escola, atravs da descrio eobservao da prtica pedaggica do professor das classes pr-escolares,de umainstituio privada. Conclumos que apesar de algumas escolas apresentarempropostas educacionais voltadas Educao Infantil segundo as teorias cognitivas,na escola pesquisada necessidade de desenvolver um amplo programa decapitao acadmica com o quadro docente, pois os professores no conseguemidentificar as caractersticas existentes no pensamento dos dois autores estudadosna sua prtica cotidiana.

  • SUMRIO

    APRESENTAO

    INTRODUO.......................................................................................................... 12

    CAPITULO I O SURGIMENTO DA PR-ESCOLA NO BRASIL E NO ESTADO

    DO PAR......................................................................................... 17

    CAPITULO II AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DE

    VYGOTSKY..................................................................................... 23

    2.1 VYGOTSKY: A VISO SCIO-HISTRICA NO PROCESSO DE

    DESENVOLVIMENTO HUMANO......................................................................... 24

    2.2 A AQUISIO DA LINGUAGEM E A ZONA DO DESENVOLVIMENTO

    PROXIMAL.................................................................................................... 28

    2.2.1 A Aquisio da Escrita................................................................................ 30

    2.3 A CONSTRUO DO CONHECIMENTO NA PERSPECTIVA DE JEAN

    PIAGET......................................................................................................... 32

    CAPITULO III METODOLOGIA.............................................................................. 38

    3.1 RELATRIO DA OBSERVAO EM SALA DE AULA................................. 39

    3.2 ANLISE DO RELATRIO DA PESQUISA DE CAMPO.............................. 42

    3.3 ANALISE DO QUESTIONRIO DE PESQUISA DE CAMPO....................... 43

    CONCLUSO........................................................................................................... 48

    BIBLIOGRAFIA........................................................................................................ 53

    ANEXOS.................................................................................................................... 56

  • APRESENTAO

    No perodo de 4 anos de estudo na Universidade da Amaznia,

    cursando Pedagogia com habilitao em Educao Infantil, adquirimos subsdios

    tericos, orientaes, temas para reflexes, enfim, uma gama muito grande de

    conhecimentos sendo que os mesmos sempre foram baseados em filsofos e

    autores, que com suas idias e concepes em muito contriburam para que

    repercutissem em nosso ser, a conscincia de que o profissional que educador,

    deve ser um profundo conhecedor do desenvolvimento infantil e que tenha

    habilidade e sensibilidade para reconhecer as etapas pelas quais esto passando

    suas crianas e entender as formas de comportamento e construo de

    conhecimento de cada uma.

    Sabemos que a criana ao longo da historia, est construindo o seu

    conhecimento, portanto, imprescindvel que o profissional, que trabalhou com a

    educao Infantil, conhea algumas teorias do desenvolvimento da criana,

    principalmente no que se refere o caminho traado por cada criana para ampliar o

    conhecimento de si mesma, e do mundo ao seu redor, pois o comportamento

    humano indispensvel ao envolvimento geo-fisico-social.

    Neste sentido, a proposta principal deste trabalho est voltada para o

    tema: As contribuies de Piaget e Vygostky para formao do professor da

    Educao Infantil de 0 a 6 anos, visto que, estes tericos, e suas contribuies tm

    revolucionado o universo da Educao Infantil.

    nesse sentido, que desenvolvemos este trabalho, procurando

    oportunizar ao leitor uma pesquisa que explicita a importncia desses tericos na

    formao, conhecimento e desenvolvimento da criana.

  • INTRODUO

    Entramos para a Universidade, para cursar pedagogia, no ano de

    1998.Neste ano fazamos oito (08) disciplinas, porm uma nos chamou mais

    ateno,a disciplina Psicologia da Educao.

    Esta disciplina foi de suma importncia para ns, por que nos fez

    estudar e compreender as principais teorias do desenvolvimento humano, nos

    levando a rever nossos comportamentos diante das crianas.Pois no tnhamos

    idia, do quanto importante conhecer as etapas pelas quais as crianas passam

    at tornarem-se adultos.

    Se para ns, que no trabalhamos diretamente com as crianas, foi

    importante ter acesso a esses conhecimentos, imagine para quem trabalha

    diretamente! Porm, no podemos deixar de ressaltar que foi de suma importncia

    para ns que somos mes, ter acesso a essas informaes, pois a partir dos

    estudos adquiridos tambm passamos a olhar e tratar nossas crianas com outros

    olhos.

    Observamos atualmente que entre pais e professores h necessidade

    de conhecer com maior clareza o processo de desenvolvimento psicolgico da

    criana e compreender suas necessidades em diversas situaes, principalmente

    na etapa escolar. Por isso torna-se relevante apresentar com clareza os aspetos

    significativos das teorias psicolgicas do desenvolvimento infantil e dos diversos

    momentos da aprendizagem da criana de 0 a 6 anos.

    Neste trabalho optamos em trazer para estudo as Teorias de Piaget e

    Vygotsky, uma vez que foram de grande importncia para nossa vida acadmica e

    conseqentemente ser para nossa prtica pedaggica. Acreditamos que ser de

  • grande importncia para todos aqueles que esto envolvidos com a Educao

    Infantil de 0 a 6 anos.

    Neste sentido gostaramos de buscar as contribuies que as teorias

    psicolgicas, e em especial a de Piaget e Vygotsky podem oferecer ao

    desenvolvimento da criana de 0 a 6 anos para a educao infantil, visto que, estas

    teorias tm sido objeto de estudos de tericos do mundo inteiro, sempre na busca de

    contribuies para o desenvolvimento do universo infantil. Desta forma gostaramos

    de discuti-las para verificar de que maneira as mesmas, podem auxiliar-nos, no

    desenvolvimento infantil, e na prtica pedaggica do professor da Educao Infantil ,

    e assim contribuir para reflexo do papel do professor na Educao infantil no que se

    refere ao entendimento dos estudos citados.

    Historicamente a Educao Infantil no Brasil surge como conseqncia

    das condies existente nas relaes social e econmica que influenciaram

    diretamente no processo de urbanizao e industrializao da sociedade capitalista.

    Em nosso pas a Educao Infantil nasce com o objetivo de suprir de

    forma embrionria as crianas de baixa renda, atendendo as necessidades das

    mes solteiras, de escravos, apresentando um carter assistencialista sem vnculos

    pedaggicos. Segundo KRAMER (1999) a Educao infantil voltada concepo da

    pr-escola marcada pelo movimento da Escola Nova nas dcadas de 20 e 30 no

    sculo XX, mudando radialmente o pensamento em relao Educao nessa

    modalidade, em conformidade com o quadro social, poltico e econmico

    configurado nessa etapa.

    Durante as dcadas de 20 e 30, do sculo XX, especialmente em

    nosso pas, o acelerado processo de industrializao promovido por Getlio Vargas,

  • intensificou a mo de obra das industrias e comrcios,permitindo o ingresso das

    mulheres no mundo do trabalho.Esse contexto levou o governo a criar as primeiras

    creches,para atender as crianas dos filhos das mulheres que ingressavam no

    mercado do trabalho.

    Pedagogicamente, a pr-escola no est nesse perodo preparada pra

    cumprir esta funo educativa em relao criana de 0 a 6 anos, e os profissionais

    da educao que trabalhavam nas creches e pr-escolas, no tinham a mnima

    formao e qualificao profissional, para atuar no novo espao educativo, uma vez

    que, os cursos de formao de professores, promovido pelas Escolas Normais no

    contemplavam nos seus currculos, disciplinas que tratassem especificamente da

    Educao Infantil, enfocando a idade de 0 a 6 anos.

    As inmeras mudanas ocorridas no plano da economia

    poltica,levaram o governo a ter novas posturas diante da educao, interferindo

    diretamente na Educao Infantil.

    Nos contextos educacionais vrios fatores contriburam diretamente

    para o fortalecimento da Educao infantil entre os quais destacamos os

    crescentes estudos das Teorias Cognitivas que descrevem as tapas do

    desenvolvimento infantil, levando o professor (a) e a escola a terem uma nova

    postura diante do desenvolvimento Infantil.

    A presena da mulher no mercado de trabalho, e outras atribuies

    permitiram colocar a Educao Infantil como objeto de anlise e discusses, pois os

    direitos reservados as crianas passa ser cada vez mais exigidos, e a qualidade da

    educao oferecida a elas de ensino e aprendizagem tambm.

    Gostaramos de saber, e de investigar melhor essas conseqncias.

    Pois quando afirmamos que esses estudos trouxeram conseqncias, porque toda

  • teoria e todo conhecimento produzido por um Terico, sofre influencias direta do

    momento histrico de cada sociedade e poca.

    Enquanto alunas que fomos da Educao Infantil, e alunas que somos

    da Universidade, viemos acompanhando este processo de mudanas, de

    Paradigmas, de teorias mas no sabemos de fato se essas teorias foram ou no

    colocadas em prticas. Quando falamos que fomos e que somos afetadas por

    essas Teorias, por que fomos alunas da Educao Infantil no momento da

    exploso e divulgao dessas Teorias, mas s viemos nos dar conta disso, na

    Faculdade. Por isso, gostaramos de investigar, de que forma essas Teorias podem

    mudar o comportamento do professor da Educao Infantil, em sala de aula, a partir

    do momento que o mesmo toma conhecimento dessas Teorias, e de que forma os

    professores esto colocando em prtica essas Teorias.

    No inteno deste trabalho, fazer uma pesquisa ampla sobre a

    divulgao dessas teorias no mundo, apenas gostaramos de trazer os aspectos

    considerando por ns, de maior relevncia nas Teorias de Piaget e Vygotshy , e

    verificar como os professores da Educao Infantil de 0 a 6 anos vm fazendo uso

    dessas teorias.

    O processo de ensino-aprendizagem sofre carncia de conhecimento

    cientifico, impedindo assim, a melhoria da qualidade de ensino, e nesse olhar

    podemos perceber que no cotidiano do professor da Educao Infantil na faixa etria

    de 0 a 6 anos a utilizao das Teorias Psicolgica Cognitivistas e Scia Histrico

    especialmente as de Piaget e Vygotsky esto presente na pr -escola, ora de modo

    aparente ou ento atravs de discurso de alguns diretores que vem nelas o

    modismo para garantir sua participao no rendoso negcio que a Educao Infantil

    assumiu no capitalismo. E ora no discurso do governo, nas escolas pblicas.

  • Partindo do pressuposto que a educao infantil oferecida no estgio

    inicial da vida escolar da criana, acreditamos que as teorias, que subsidiam a prtica

    pedaggica do professor (a) da Educao Infantil merece ser investigada, pois no

    sabemos como a mesma vm sendo trabalhada no cotidiano da sala de aula da

    Educao Infantil.

    Esta pesquisa se prope investigar em uma escola esses discursos.

    Por isso, optamos pela pesquisa de campo numa escola particular. Assim

    gostaramos de levantar algumas inquietaes propostas para este estudo, no

    sentido de buscar respostas a respeito da importncia que as teorias de Piaget e

    Vygotsky representam no dia-a-dia de sala de aula do professor (a) da Educao

    Infantil na faixa etria de 0 a 6 anos, e verificar de que forma o conhecimento dessas

    teorias pode modificar a prtica pedaggica do Educador da rea Infantil?

    Neste sentido nosso objetivo geral e de:

    Analisar como o professor da Educao Infantil de 0 a 6 anos, vemtrabalhando as Teorias de Piaget e Vygotsky no cotidiano.

    E os especficos so:

    Observar como o professor(a) da Educao Infantil trabalha em sala deaula.

    Questionar de que forma os professores da Educao Infantil, vmfazendo uso dessas Teorias em sua prtica pedaggica.

    Analisar de que maneira as Teorias de Piaget e Vygotsky podemcontribuir para subsidiar a prtica pedaggica do Educador Infantil de 0 a 6 anos.

  • CAPITULO I O SURGIMENTO DA PR-ESCOLA NO BRASIL E NO ESTADO DO

    PAR.

    Historicamente o surgimento da escola no

    Brasil deu-se com a chegada dos primeiros

    Jesutas que desenvolveram o processo

    educativo na colnia recm descoberta por

    volta de 1532 atravs do Governo Geral. Em

    relao Educao Infantil percebe-se que o

    trabalho desenvolvido pelos jesutas, envolvia

    educar as crianas atravs da imputao dos

    valores da cultura dominante, pois no era

    tarefa salutar agir diretamente sobre os

    adultos.

    Assim a conquista dos curumins (filhos

    dos ndios) deu-se atravs da utilizao de

    alguns instrumentos favorveis

    aprendizagem, e segundo as consideraes

    apresentadas por ARANHA (1998, p.101):

    Inicialmente os curumins aprendem a ler e a escrever comos filhos dos colonos. Anchieta usa diversos recursos paraatrair a ateno das crianas: teatro, msica, poesia,dilogo em verso. Os curumins representam e danam e,aos poucos, vo aprendendo a moral e a religio crist.

    Dizer que no perodo colonial a presena

    da Educao Infantil j era observada na

    sociedade brasileira, abre espao para discutir-

    se amplamente a questo da utilizao das

    atividades ldica como instrumento favorvel

    aprendizagem, e nesse contexto observa-se

    que as atividades escolares destinados s

  • crianas so diferenciadas, e voltadas ao

    mundo infantil, e assim a valorizao do brincar

    atravs da arte, da dana, a explorao do

    corpo como meio favorvel ao

    desenvolvimento cognitivo, so observados na

    proposta educativa dos jesutas.

    Estudos revelam que a Educao Pr-

    escolar surge no sculo XX, perodo este que

    comea os primeiros passos da Pr-escola em

    relao a sua organizao e os objetivos

    definidos na questo do processo ensino-

    aprendizagem destinado criana.

    Segundo MENDES (1999) o surgimento da

    pr-escola no Brasil assumiu em primeiro plano

    um carter economicista em virtude do avano

    do capitalismo culminando com o processo de

    industrializao no final do sculo XIX, em que

    a demanda de mo de obra feminina no

    mercado de trabalho, a um custo favorvel a

    explorao, permitiu a necessidade de criao

    de pr-escolas e as primeiras creches

    destinadas s crianas, filhas de operrias.

    Em segundo plano a pr-escola surge para

    atender as necessidades assistencialistas,

    decorrentes dos elevados nmeros de

    mortalidade infantil causado pela misria e

    pobreza vivenciado, especialmente pelas

    classes economicamente menos favorecidas da

    sociedade brasileira e conforme o pensamento

    proposto por MENDES (1999), a necessidade

  • do trabalho feminino requeria a proteo

    infncia e as disposies legais para

    regulamentar o trabalho da mulher durante a

    gravidez e a volta ao trabalho (p. 45).

    Assim a estruturao da pr-escola no

    Brasil marcada especialmente por fatores

    sociais e econmicos que impuseram a partir

    das condies existentes a configurao do

    quadro educativo brasileiro em relao

    infncia; pensa-se que a falta de desinteresse

    projetos educacionais, voltados elaborao

    de propostos em que valorizasse a educao

    na infncia contribuiu significativamente para a

    fragilidade da qualidade da pr-escola

    brasileira, seja na utilizao de mtodos e

    tcnicos de ensino, como tambm na

    estruturao pr-escolar.

    As condies que favoreceram a criao

    da pr-escola no Brasil, visando atender as

    necessidades assistenciais das classes menos

    favorecidas economicamente, como tambm

    concebido como o lugar em que a mulher

    trabalhadora poderia deixar seus filhos

    enquanto desenvolvia suas atividades no

    processo produtivo, servindo como mo de

    obra barata no processo de industrializao no

    final do sculo XIX, em que o surgimento das

    fbricas acentuou-se em especial nas cidades

    urbanizadas, configurou a identificao da pr-

    escola com as classes populares, e

  • economicamente desprovida de recursos

    financeiros, logo, a ateno que o governo

    dava a ela era o mnimo possvel, e segundo

    MENDES (1999, p.46):

    No Brasil, houve uma despreocupao quase que total dopoder pblico com a pr-escola, traduzida na oferta devagas de educao infantil, ficando reduzida a escolainfantil a uma funo bsica: Custodias crianas durantealgumas horas por dia... sem, entretanto, incentiva-los aqualquer tipo de desenvolvimento fsico ou intelectualorientado.

    O quadro apresentado pela pr-escola no

    Brasil no incio do sculo XX, marcado pela

    ausncia de programas voltados a qualificao

    do professor nesta modalidade de ensino

    especialmente no contexto em que ela se

    formou, visando atender as necessidades das

    camadas carentes da sociedade brasileira;

    contudo as mudanas apresentadas no cenrio

    econmico brasileiro, a partir dos anos 30 do

    sculo XX, interferiram diretamente nas famlias

    de classe mdia, a qual necessitou inserir suas

    crianas na pr-escola, fazendo isso atravs da

    criao de pr-escolas particulares, dotados de

    instalaes, materiais e objetivos instrucionais

    em melhores qualidades; alm da adoo de

    teorias educativas propostas por Montessori,

    Piaget e outros educadores que j

    desenvolviam produes cientificas voltadas

    pr-escola.

    Deve-se levar em considerao que o

    termo pr-escolar refere-se a crianas com

    menos de 7 anos de idade que visa atender as

  • necessidades educacionais da criana no

    perodo anterior escolaridade elementar

    obrigatria definida pelo Estado atravs da

    Constituio Federal de 1988.

    O desenvolvimento da pr-escola no Brasil

    deu-se de maneira lenta sem o compromisso

    do poder Pblico em oferecer esta modalidade

    de ensino, no perodo infantil e segundo

    MENDES (1999, p.50):

    Em 1949.Ansio Teixeira e Loureno Filho, preocupadoscom a Educao Pr-escolar no Brasil, criaram o primeirocurso para a formao de professores pr-escolares noInstituto de Educao do Rio de Janeiro.

    Ento o processo de construo da pr-

    escola no Brasil marcado pela viso

    educacional concebida por nossos

    governantes, que distanciam cada vez mais a

    oportunidade de acesso e preparao

    intelectual, especialmente dos segmentos

    populares nas oportunidades educacionais

    resultando no quadro de deficincias

    registradas na pr-escola no Brasil, seja nos

    aspectos estruturais, como tambm

    metodolgicos e produo de conhecimentos

    cientficos que auxiliem os professores a

    oferecer um ensino de melhor qualidade.

    A Educao pr-escolar , vem

    ganhando espao na Legislao Educacional

    brasileira precisamente em 1933, atravs do

    Cdigo de Educao, elaborado por Fernando

    de Azevedo colocando-lhe na base do sistema

  • escolar, porm na Lei 4024 de 20 de

    dezembro de 1961 que a Educao Infantil

    ganha maior espao atravs de dois artigos

    que definiam esta modalidade de ensino estar

    voltado ao atendimento de menores de 7 anos,

    sendo ministrado em Escolas Maternais e

    Jardins de Infncia; tambm esta legislao

    obriga as empresas que apresentavam em seus

    quadros de funcionrios, a presena de mes,

    est porm , deveria organizar e manter por

    iniciativa prpria ou em parceria com os

    poderes pblicos, instituies de educao

    pr-primrias.

    Apesar do avano apresentado em relao

    Educao Infantil, nos anos de 1970, durante

    o perodo dos governos militares, em que a Lei

    5692/71 representou os interesses da ditadura,

    controlando com maior rigor o sistema

    educacional, pouco se fez pelo

    desenvolvimento dessa modalidade de ensino

    no Brasil,visto que nos artigos 17 e 61 da

    referida lei, apenas reforou as conquistas

    obtidas anteriormente, ou seja, no contribuiu

    para o desenvolvimento da Educao Pr-

    escolar, podendo, portanto, ser considerada

    um retrocesso.

    No perodo da ditadura militar as polticas

    sociais passaram a funcionar como mecanismo

    de correo das desigualdades, e o carter

    ideolgico assumido pelos programas

  • destinados a assistncia s crianas em idade

    pr-escolar ,estiveram voltados sade e

    nutrio, sem vnculos pedaggicos.

    Contudo na constituio de 1988, atravs

    do art. 208, em que estabelece os deveres do

    Estado em relao educao da criana de 0

    a 6 anos, ficou garantido que a pr-escola seria

    , atendido tambm nas creches.

    Sem dvida que neste momento histrico

    em que a constituio de 1988 favoreceu a

    garantia dos direitos educacionais a criana na

    faixa etria de 0 a 6 anos, que a Educao

    Infantil comea dar seus primeiros passos em

    termos de organizao estrutural,

    principalmente atravs da LDB 9394/96 em que

    a Educao Infantil apresenta-se compondo a

    Educao bsica, a qual o Estado deve

    comprometer-se em oferecer populao.

    No Estado do Par observa-se que a

    Educao Infantil apresenta alguns indcios de

    estruturao e organizao nos anos de 1960,

    em que o atendimento prestado a crianas de 4

    a 6 anos era assegurado,porm o quadro de

    crianas em que o Estado do Par deveria

    prestar assistncia educacional aumentava a

    cada ano, segundo os registros da SEDUC,

    neste caso foi necessrio realizar-se algumas

    adequaes na estrutura educativa do Estado

    do Par a fim de possibilitar o acesso da

    criana na Pr-escola.

  • Atualmente as creches e pr-escolas so

    atendidas atravs do sistema de ensino da

    SEMEC, composto por centenas de creches

    espalhadas em diversos bairros perifricos da

    cidade de Belm e atravs da FUNPAPA, que

    realiza atividade educacional paralela a SEMEC,

    oferecendo o sistema de creche s crianas

    oriundas de famlias carentes da cidade de

    Belm.

    O atendimento aos direitos da criana

    atravs da creche e pr-escola na faixa etria

    de 0 a 6 anos, ainda merece ser discutido pois

    a quantidade de locais ainda insuficiente para

    atender a demanda da populao, resultando

    em alguns casos de crianas que no tem seus

    direitos contemplados, o que merece ser

    discutido pela sociedade a respeito do papel

    que o Estado deve assumir no sentido de

    garantir nas polticas pblicas o direito

    constitucional reservado criana relativo a

    sua educao.

    Foi necessrio comentar um pouco sobre a histria da pr-escola e da

    Educao Infantil no Brasil para podemos no capitulo II, trazer as Contribuies de

    Piaget e Vygotsky para a Educao Infantil.

  • CAPTULO II- AS TEORIAS DO DESENVOLVIMENTO NA PERSPECTIVA DE

    VYGOTSKY.

    A produo cientfica elaborada por Vygotsky, apresenta-se fundamentada

    nos pressupostos filosficos do materialismo histrico e dialtico marxista, o qual

    concebe o homem inserido num contexto scio-cultural, que interfere diretamente na

    produo de sua conscincia e seus comportamentos sociais; atravs da valorizao

    que o meio scio-cultural oferece no processo de desenvolvimento humano,

    Vygotsky elaborou algumas teorias relacionadas a ele, que possibilitam explicar a

    influncia do contexto scio-cultural no processo educativo humano.

    O estudo das funes psicolgico superiores, em que a intencionalidade da

    conscincia, construda a partir de processos voluntrias influenciadas pelo meio

    scio-cultural, em que o sujeito est inserido, revelam no olhar de Vygotsky, que o

    sujeito internaliza comportamentos, e desenvolve-os segundo as relaes

    vivenciadas no cotidiano; neste caso, o comportamento humano construdo a partir

    das relaes externas com o meio scio-cultural, contrapondo-se neste caso a

    concepo, defendida por alguns tericos, que o homem ao nascer traz o

    comportamento definido.

    A relao estabelecida entre o homem e o meio scio-cultural, constitui-se

    num dos principais fundamentos explicativos do processo de desenvolvimento

    humano na perspectiva scio interacionista de Vygotsky merecendo destaque

    especialmente quando relacionamos ao contexto educacional visto que inmeros

  • problemas relativos aos processos de aprendizagem podem ser explicados a partir

    dessa tica, merecendo ser considerado por educadores como de suma importncia

    o seu esclarecimento, e a apropriao desses conhecimentos, a fim de tornar a

    prtica educativa mais eficiente e qualitativa.

    2.1 Vygotsky: A viso scio-histrica no processo de desenvolvimento humano.

    Os processos mentais superiores que comandam o controle do consciente, na

    perspectiva apresentada por Vygotsky, so definidos como superiores porque

    independem de mecanismos simples que o sujeito realiza tais como sugar o leite

    materno, prensar ao tentar segurar algo nas mos, etc.. Segundo este terico, esses

    gestos mecnicos so desprovidos de inteno ocorrendo involuntariamente.

    Na concepo de Vygotsky, o funcionamento psicolgico parte do princpio de

    mediao, ou seja, o indivduo ao estabelecer relaes, necessariamente precisa

    contar com um elemento intermedirio, e essa mediao entre o sujeito e o objeto,

    pode sofrer a interveno, logo, o que antes era apenas estmulo-resposta, agora se

    tornar mais complexo com a presena do elemento mediador.

    De acordo com a fundamentao apresentada por Vygotsky em relao

    relevncia da mediao, ele definiu dois tipos de atividades mediadoras: os

    instrumentos, que so considerados como atividade externa, a partir do momento

    em que o indivduo se apropria exercendo o controle da natureza; e os signos,

    considerados como atividade interna, por isso adotados por Vygotsky como

    instrumentos psicolgicos porque exercem o poder de controlar as aes

    psicolgicas dos indivduos.

  • Segundo REGO (1998) o homem, gradativamente adquire a capacidade de

    substituir o real por representaes simblicas, esse processo chamado por

    Vygotsky de processo superior caracterstico apenas nos seres humanos, lhe d

    capacidade de se relacionar com o mundo, independente do tempo ou do espao,

    havendo uma interao entre o pensamento e o objeto idealizado.

    Ao representar a realidade, o homem ir operar de acordo como grupo

    cultural e com os signos utilizados pelo seu grupo social em que se insere, e o

    smbolo bsico para todos os grupos humanos, a linguagem vista como um

    sistema simblico de todos os grupos humanos vista por Vygotsky apresentando a

    funo social de intercmbio, possibilitando ao homem comunicar-se com seus

    semelhantes indo alm dos sons, gestos ou expresses.

    Tambm a linguagem apresenta a funo de generalizar o pensamento, de

    modo que na perspectiva definida por Vygotsky, ela define um s conceito para as

    coisas em sim, ocorrncias de situaes, os eventos e classes de objetos so

    generalizados, o que permite a universalizao de conceitos. Assim o homem

    durante sua ao coletiva est sujeito socializao, tornando-se indispensvel a

    presena da linguagem, visando oferecer oportunidades de comunicao entre os

    seres humanos.

    A importncia da comunicao, aumenta na medida em que o homem

    transforma a natureza em seu benefcio, e essa transformao denominada de

    trabalho, pressupe informaes especificas que compartilhadas contribuiro para o

    desenvolvimento da espcie humana.

    Para o psiclogo, o significado das palavras um fenmeno do pensamento,

    pois parte de generalizaes e conceitos ocorridos no pensar e no na fala, sendo

    assim, o significado passa a ser considerado como um critrio indispensvel da

  • palavra, logo ao interagir com adultos e crianas maiores, a criana tem a

    oportunidade de ajustar seus significados at aproxim-los aos conceitos

    freqentemente utilizados pelo seu grupo cultural.

    De acordo com a perspectiva vygotskyiana o processo de transformao dos

    significados no para durante o desenvolvimento do indivduo, pois existe a

    continuidade que tende a diminuir a partir das experincias vivenciadas e estas so

    enriquecidas e influenciadas pelos conceitos adquiridos na cultura e no

    conhecimento escolar. Segundo Vygotsky, a transformao dos significados das

    palavras est relacionada ao significado propriamente dito e ao sentido, ou seja, o

    significado a compreenso das palavras de forma objetiva, enquanto que o sentido

    varia de acordo com as experincias vivenciadas por cada indivduo.

    Partindo desse pressuposto, Vygotsky enfatiza o papel do educador no

    sentido de contribuir, intervindo na formao da estrutura conceitual atravs das

    diversas disciplinas cientficas, e no que se refere a apropriao dos conceitos

    cientficos na informao mediante a Educao Infantil, REGO (1998, p.79)

    acrescenta:

    Na perspectiva vygotskyiana, embora os conceitos no sejamassimilados prontos, o ensino escolar desempenha um papelimportante na formao dos conceitos de um modo geral e doscientficos em particular. A escola propicia s crianas umconhecimento sistemtico sobre aspectos que no estoassociados ao seu campo de viso ou vivncia direta (comono caso dos conceitos espontneos). Possibilita que oindivduo tenha acesso ao conhecimento cientfico construdoe acumulado pela humanidade.

    No podemos treinar uma criana a realizar uma experincia na Educao

    Infantil, e pensar que a mesma compreendeu e entendeu todas as fases do

    desenvolvimento apresentado na referida experincia, mas temos que verificar se

    esta criana dispe de maturao e maturidade suficientes para compreender a

  • feitura da experincia a partir da mesma, para elaborar os conceitos cientficos

    exigidos. Ento para que a criana adquira os conceitos cientficos, os mesmos

    devem ter uma relao direta com suas vivncias cotidianas e no olhar descrito por

    Vygotsky esse fator fundamental, conforme expressa REGO (1998, p.78):

    Um conceito no aprendido por meio de um treinamentomecnico, nem tampouco pode ser meramente transmitidopelo professor ao aluno: o ensino direto de conceitos impossvel e infrutfero. Um professor tenta fazer issogeralmente no obtm qualquer resultado, exceto o verbalismovazio, uma repetio de palavras pela criana, semelhante de um papagaio, que simula um conhecimento dos conceitoscorrespondentes, mas que na realidade oculta um vcuo.

    Logo, percebemos o quanto difcil tarefa e responsabilidade assumida

    pelo professor, ao ensinar conceitos cientficos criana, que gradativamente ir

    assimilar e incorporar na sua fala; portanto o conhecimento apresentado por

    Vygotsky e as reflexes desenvolvidas pelo educador no decorrer de sua prtica

    pedaggica em sala de aula, especialmente na Educao Infantil, podem ser

    enriquecedoras no processo educativo das crianas de 0 a 6 anos.

    2.2 A aquisio da linguagem e a zona do desenvolvimento proximal.

    Sendo um instrumento do pensamento, a linguagem apresenta alm da

    caracterstica do discurso externo a possibilidade da existncia da fala interior, que

    ocorre quando a pessoa consigo mesma, sem valorizao, apenas volta-se para o

    pensamento, oportunidade esta, que possibilita exercitar suas funes psicolgicas.

    O processo de desenvolvimento do pensamento e linguagem inicia-se

    primeiramente a partir da fala socializada, o que permite uma interao da criana

  • com o meio social em que ela est inserida, posteriormente, que comea a fala

    interior, o que Vygotsky denomina de fala egocntrica, para ele nesse estgio, o

    discurso influenciado pela fala externa, ou seja, o percurso do pensamento e da

    linguagem se d a partir dos processos socializados para os processos internos.

    Partindo de reflexes e pesquisas sobre vrios aspectos do desenvolvimento

    humano, Vygotsky chama ateno para a importncia dos processos de

    aprendizagem e afirma que a criana desde o nascimento traz consigo um potencial

    de aprendizagem que est diretamente relacionado ao seu desenvolvimento. No

    descarta a contribuio do processo maturacional no desenvolvimento, porm,

    garante que o aprendizado com o ambiente cultural que ir estimular os processos

    internos de desenvolvimento.

    Ao observarmos o desenvolvimento de uma criana, percebemos em suas

    atividades dirias, quais as tarefas que consegue realizar com ou sem ajuda de

    outras pessoas, a partir de ento, conclui-se que a criana atravessa dois nveis de

    aprendizagem: o primeiro quando necessita de auxilio, que Vygotsky denomina de

    Zona de Desenvolvimento Potencial, e quando consegue realizar tarefas

    independentes de ajuda, a qual denominou de Zona de Desenvolvimento Real.

    Esses nveis de desenvolvimento para determinar o progresso da criana, apesar de

    geralmente atentarmos mais para o desenvolvimento real, no potencial, quando a

    criana necessita de auxilio, convivendo com o outro, que possibilita construir e

    desenvolver suas funes psicolgicas.

    Para Vygotsky, existe entre os dois nveis de desenvolvimento, um estgio de

    transio que significa um momento em que o indivduo est amadurecendo para

    alcanar o desenvolvimento real, a este estgio, denominou de Zona de

    Desenvolvimento Proximal, e fundamental a interferncia de outros indivduos

  • nesses perodos, porm, ressalta que essa ao s ter efeito caso a criana j

    tenha desencadeado o processo de desenvolvimento de determinada habilidade.

    Sendo assim, Vygotsky faz uma relao com o aprendizado escolar e enfatiza

    a importncia de se conhecer o nvel de desenvolvimento da criana a fim de que se

    possa definir o ensino para o avano de determinada etapa intelectual, estimulando

    novas conquistas psicolgicas, com isso, Vygotsky deixa claro o papel fundamental

    da escola no desenvolvimento do indivduo, destacando o professor como sendo o

    personagem que interfere diretamente na zona de desenvolvimento proximal dos

    alunos.

    A interveno pedaggica enfatizada por Vygotsky, no pressupe a

    educao tradicional, em que o professor assume uma postura autoritria,

    interferindo e subestimando a capacidade do aluno, que por sua vez assume o papel

    de mero espectador, ao contrrio, Vygotsky aposta na construo e re-elaborao

    que o aluno capaz de fazer, quando convive com seu grupo cultural.

    A convivncia com grupos de pessoas possibilita a criana a observar,

    comparar, imitar, a fim de que ela mesma, a partir do outro, crie possibilidades de

    ampliar sua capacidade e conseqentemente expandir o seu desenvolvimento.

    Partindo do princpio de que as crianas, principalmente as mais novas, possuem

    um comportamento determinado pelas aes concretas, Vygotsky toma o brinquedo

    como um elemento indispensvel no desenvolvimento e aprendizagem infantil, isto

    porque, nas brincadeiras, mais precisamente aquelas de faz de conta que se

    possibilita elaborar uma Zona de Desenvolvimento Proximal.

    Ao brincar, a criana transporta-se do mundo real para o imaginrio, e na

    representao da realidade, separa o objeto de seu significado, exerccio que

    estimula a criana livrar-se das operaes concretas. Ainda na imaginao, assume

  • comportamentos para a sua idade, vivenciando situaes que a conduzir para o

    avano de seu desenvolvimento.

    2.2.1 A Aquisio da Escrita.

    No que se refere aquisio da escrita, Vygotsky salienta a relao

    consciente que influenciam no processo de construo das palavras, e no caso

    especfico criana ao tomar conhecimento da estrutura sonora de cada palavra

    reproduz os smbolos alfabticos de acordo com as intervenes que o meio scio

    cultural que oferecem.

    Ento tomando mais difcil o aprendizado-assimilao da escrita por parte da

    criana que v a utilidade em aprender a escrever, visto que ela j capaz de se

    comunicar atravs da fala e satisfaz as suas necessidades, pensa-se que o

    professor ter que ser habilidoso no que se refere a ensinar a criana a escrever e a

    se expressar atravs de smbolos grficos.

    Outro fator que Vygotsky chama ateno o fato da diferena existente entre

    idade cronolgica e idade mental; uma criana com 12 anos pode ter sua zona

    proximal menos desenvolvida de que uma criana de 8 anos, isto verifica-se quando

    na resoluo de problemas, principalmente se a mesma for orientada, neste contexto

    REGO (1998, p.107) afirma:

    A criana s poder aprender a ler e a escrever, se tiveracesso a informaes sobre esse objeto de conhecimento eparticipar de situaes planejadas de leitura e escrita... o bomensino aquele que se adianta ao desenvolvimento, ou seja,que se dirige s funes psicolgicas que esto em vias decompletarem.

  • A representao da realidade naturalmente favorecer a criana, quando na

    fase de alfabetizao tiver uma compreenso do funcionamento da lngua escrita,

    isto porque quando consegue representar o objeto a partir do seu significado,

    percebe claramente que a lngua escrita um signo, e que portanto, no tem

    significado em si mesma, sendo necessrio represent-lo com outra realidade.

    Segundo Vygotsky, o processo de alfabetizao apenas assegura o controle e a

    sistematizao da escrita.

    2.3 A construo do conhecimento na perspectiva de Jean Piaget.

    Para entendermos melhor a epistemologia gentica, devemos recorrer ao

    seu principal responsvel que foi Piaget. A sua proposta, ou seja, o que sempre

    perseguiu durante toda sua vida acadmica, foi entender como se d o processo da

    construo do conhecimento, e seus processos de produo, contudo Piaget no se

    voltou apenas para uma discusso filosfica que na sua poca era comum, devido a

    grande disputa entre o inatismo e o empirismo. Piaget se voltou para o lado da

    cincia, apesar de no ser considerado um cientista experimental, o que lhe

    acarretou muitas crticas por parte da classe cientfica, ele no optou pelo ponto de

    vista empirista ou behaviorista, mas utilizou uma abordagem clinica no

    experimental, e atravs de observaes sistemticas a respeito de como se

    construa o conhecimento, desde o nascimento de uma criana, especialmente

  • observando seu prprio filho, produziu relevantes conhecimentos cientficos no

    campo da psicologia do desenvolvimento.

    O interesse de Piaget era compreender o sujeito epistmico, o sujeito em

    seu processo de construo de conhecimento, e foi assim que se deu o trabalho da

    epistemologia gentica, relativo a origem do conhecimento do sujeito. Epistemologia

    gentica no est arraigada em pressupostos empiristas, behavioristas ou inatistas,

    ela pretende investigar a maneira como so elaboradas as idias, conceitos, e como

    o indivduo desenvolve sua cognio e constri seu conhecimento.

    Piaget afirma que no podemos comparar a maneira que uma criana

    raciocina com a de um adulto, pois a criana ainda est aprendendo gradativamente

    o ser e estar no mundo, aprendendo com a experincia, e assim ela vai

    gradativamente construindo seu conhecimento, indo do menos complexo ao mais

    complexo, edificando neste caso a inteligncia. De acordo com as consideraes

    apresentadas por SEBER (1997) o organismo interage continuamente com os

    objetos do meio (p.52), e neste caso as relaes desenvolvidas pela criana no

    ambiente em que se insere, so significativas no processo de desenvolvimento

    cognitivo.

    Segundo Piaget a criana no um pequeno adulto, neste caso sua

    inteligncia construda gradativamente, estruturando e equilibrando a sua atividade

    mental, que compreende aspectos motores, intelectuais, uma parte do afetivo e

    tambm as dimenses individual e social, sendo estas estruturas variveis.

    relevante considerar a classificao que Piaget faz dos estgios em que as

    estruturas cognitivas se desenvolvem, em que cada um possui uma caracterstica

    peculiar, mas que vai evoluindo para uma estrutura mental mais completa. Entende-

    se que cada perodo d sustentao ao prximo, como se fosse uma grande

  • construo de um prdio, que para ser erguido necessita de uma fundao slida, e

    que gradativamente vai aparecendo os andares sucessivos; a mesma coisa se d

    com a inteligncia.

    O primeiro passo existente no processo do desenvolvimento humano, em que

    pode ser observado o processo mental, est nos movimentos / exerccio, reflexo que

    as crianas possuem, denominado por Piaget de sensrio-motores. Apresenta-se

    em especial na suco do polegar quando a criana est com fome, ou vira a

    cabea quando escuta um rudo ou a voz da me / pai, e consegue acompanhar um

    objeto em movimento, e outro que so observados em menor escala.

    No perodo sensrio-motor a criana no elabora pensamentos, no

    estabelece afetividade ligada a representaes de pessoas e objetos na ausncia

    deles, ou seja, ela s manifesta suas emoes se estiver na presena da pessoa ou

    do objeto, constituindo-se uma inteligncia prtica.

    Neste perodo o desenvolvimento mental determinante para a elaborao

    das subestruturas cognitivas que serviro de base para a construo de sua

    percepo e intelecto, tambm a criana reunir um conjunto de reaes afetivas

    elementares que iro determinar, parcialmente a sua afetividade posterior.

    A aquisio da linguagem, o progresso da inteligncia e dos sentimentos,

    possui suas origens nos perodos que vai do recm-nascido ao lactente, e percebe o

    ponto de partida do futuro adulto. Assim a criana nas primeiras semanas de vida

    est arraigada a tendncias instrutivas e evoluir gradativamente, passando a

    movimentar-se e a interagir com o meio.

    Nos primeiros meses de vida a criana j capaz de identificar a me, o pai e

    as pessoas mais prximas, os seus sentidos vo se aprimorando e

    conseqentemente o cognitivo. Vale ressaltar que a afetividade desempenha um

  • papel primordial no aprimoramento das estruturas cognitivas, e mesmo elementar

    essa inteligncia j suficiente para reunir uma srie de informaes do real

    favorecendo criana a dimenso do espao tempo e causa independente da ao

    do pensamento.

    A elaborao de construo do conhecimento, considerando as reaes

    sensrio-motoras, segue uma lei de desenvolvimento que estabelece o ritmo dos

    movimentos espontneos do organismo e dos reflexos, estes, so regulados

    seguindo um controle baseado em experincias anteriores, havendo sempre uma

    reverso para apreciao e correo e segundo as consideraes apresentadas por

    SEBER (1997, p:78).

    Cada etapa alcanada preparada pelas conquistasanteriores e, ao mesmo tempo em que se atualiza, amplia aspossibilidades de novos progressos... o que existe umaregularidade seqencial nas conquistas inteligentes tornadaspossveis a partir das trocas com o meio.

    O exerccio de desenvolvimento do pensamento e da inteligncia construdo

    ao longo do contato da criana com o meio social em que se insere, neste caso

    relevante ser considerado, o processo interativo no estudo do desenvolvimento

    humano, na perspectiva proposta por Piaget.

    A funo simblica que se caracteriza mais no perodo da pr-escola, surge a

    partir do final do perodo sensrio-motor, e consiste em representaes simblicas

    das coisas ou acontecimentos que a criana transforma numa ao significante

    diferenciada para cada representao, seja da linguagem, imagem mental, gesto

    simblico, etc... Essa ao parte da imitao de um modelo anteriormente

    visualizado ou no, em que a criana atravs da imitao sensrio-motora prtica,

    sem nenhuma representao em pensamento.

  • Na primeira infncia podemos verificar que o advento da linguagem, os

    aspectos afetivos e intelectuais progridem rapidamente, pois nele a criana j troca

    idias com outras e com adultos, ela se socializa e as palavras j comeam a ter

    significado: a partir das narrativas de experincias vivenciadas o desenvolvimento

    cognitivo construdo.

    A troca entre a criana e o meio, valendo-se da comunicao com outros

    indivduos, favorece o aparecimento da linguagem, nesse caso, a criana imita o que

    ouve e principalmente o que v, e ressaltando esse processo SEBER (1997) declara

    a criana reflete melhor quando seu pensamento incide sobre aes materiais e

    diretamente observados do que a respeito de contedos simplesmente ouvidos

    (p.93).

    comum vermos crianas nos seus primeiros anos de vida, imitarem alguns

    passos de dana, mesmo no sabendo pronunciar ou cantar a letra da msica, visto

    que o uso da linguagem ainda precria, isto no possvel; contudo o

    desenvolvimento da linguagem e da socializao promove uma transformao

    gradativa da inteligncia, assim a criana narra os acontecimentos passados

    apropriando-se destes para construir as aes futuras e aos poucos sai do

    egocentrismo.

    As operaes concretas, onde caracterizado pela presena da idade

    escolar, so atividades de transio entre as estruturas lgicas e a ao. Nessa

    fase, a criana no dispe de uma estruturao de pensamento que transcenda o

    fsico do objeto, ou seja, ainda no consegue formular hipteses acerca do real. Por

    essa razo a representao que faz do universo sempre objetiva buscando a

    lgica do pensamento.

  • Basicamente a criana por volta dos 3 anos de idade utiliza-se de um

    instrumento pratico que lhe assegura a causa e o acaso das razes para entender

    determinados fenmenos. No que diz respeito vida afetiva, importante no

    perodo pr-escolar e durante toda a vida escolar, a empatia entre professor-aluno,

    pois toda sua leitura de homem e mundo, est pautada nas relaes afetivas,

    possibilitando o desenvolvimento de interaes e nesse olhar SEBER (1997, p:204)

    declara:

    Em sociedade, vida convivncia, e viver com outrem implicarespeito entre autonomias distintas, condio indispensvelpara o fortalecimento de justia, direitos e liberdadesfundamentais e, por extenso, empobrecimento decircunstncias caracterizadas por atitudes submissas econformistas.

    Para que possamos analisar e at propor mudanas na avaliao da

    aprendizagem realizada na pr-escola, pensamos ser de suma importncia as

    consideraes apresentadas por Piaget, visto que nos oferecem respaldos

    suficientes para compreenso dos mecanismos de construo da inteligncia

    humana, a partir dos estudos realizados com crianas, desde o seu nascimento; e

    quando a escola leva em considerao esses fatores, podem ser ricamente

    benficos o xito dela no ambiente escolar.

  • CAPITULO III - METODOLOGIA

    A compreenso do fenmeno educacional existente na educao

    infantil, requer a utilizao de teorias educacionais adequadas, para contribuir para a

    melhoria da qualidade do ensino. Por isto optamos por um estudo qualitativo

    descritivo, para poder observar e descrever de que forma as teorias de Piaget e

    Vygotsky esto sendo trabalhadas na Educao Infantil.

    O estudo proposto foi realizado no cotidiano da escola, atravs da descrio e

    observao da prtica pedaggica do professor das classes pr-escolares, de uma

    instituio privada, escolhemos este tipo de pr-escola pressupondo-se que a

    estrutura por ela oferecida favorece em melhores propores para o

    desenvolvimento da pesquisa qualitativa desejada.

    O estudo foi realizado no CESEP, situado na avenida Pedro Miranda s/n na

    cidade de Belm, instituio de ensino particular, na modalidade de educao

    infantil-pr-escolar.

    Foram informante duas professoras da pr-escola do Jardim II do

    CESEP, sendo uma do Jardim II A e outra do Jardim II B, a professora do Jardim II

    A, possui nvel superior, enquanto que a do Jardim II B, est cursando o nvel

    superior, independente de nvel de qualificao profissional, visto que h uma

  • vivncia de situaes que envolvem o aprendizado da criana em suas atividades

    docentes.

    A coleta de dados foi desenvolvida a partir de algumas etapas que

    visam sistematizar a pesquisa proposta, auxiliando a obteno do conhecimento

    pretendido.

    Na primeira etapa, foi observada a classe da pr-escola, a fim de situar o

    pesquisador no ambiente da pesquisa.

    Na segunda etapa, os dados foram coletados atravs de questionrio a ser

    respondido pelo professor. Na terceira etapa, a coleta foi desenvolvida no ambiente

    da classe pr-escolar, valendo-se de tcnicas da observao participante, em que

    constituiu de vrias observaes a serem feitas.

    Em seguida, os dados foram analisados visando interpret-los de acordo com

    a realidade que a pesquisa revelou, onde finalmente foi elaborado o relatrio final

    das observaes propostas na pesquisa efetuada.

    3.1 Relatrio da observao em sala de aula

    O colgio ao qual serviu de referncia de pesquisa de campo, foi o

    CESEP, instituio de ensino particular, que atende alunos da Educao Infantil ao

    Ensino Mdio, nos horrios matutinos e vespertinos.

    Sua proposta pedaggica baseada no construtivismo, tendo tambm como

    filosofia o trabalho pedaggico que tem como base o estimulo a participao livre e

    responsvel.

  • O estudo proposto foi realizado no cotidiano da escola, isto , atravs da

    descrio e observao da pratica pedaggica do professor da Educao Infantil das

    Instituies Privadas.

    Ao iniciarmos o nosso estgio de pesquisa de campo, no jardim II, com

    as referidas professoras, observamos que no primeiro dia, os alunos em sua maioria

    chegaram acompanhados de seus pais, e foram recebidos pela professora, em

    seguida os mesmos foram levados para a sala de aula, dando inicio as atividades

    pedaggicas do dia. A primeira atividade que foi observada que rotineira da

    escola, que, assim que ao chegarem as crianas devem colocar suas agendas em

    cima da mesa, a pedido das professoras.

    No primeiro dia de atividade em classe, observou-se que a professora

    do jardim II A, entrega a seus alunos a massinha e o palito de picol, deixando-os

    sem iniciativa. Logo a pois a referida professora, senta-se mesa para ler os

    recados das agendas. Em seguida, usou o quadro para explicao do exerccio

    mimeografado. Logo aps, esta atividade houve uma pausa para o lanche, sendo

    todos ajudados pela referida professora a abrir suas lancheiras. Ao retorno das

    atividades os alunos foram conduzidos para a sala de informtica, onde tiveram aula

    de computao, sendo orientados pela professora responsvel pelo setor. Em

    seguida voltaram a sala de aula onde seus responsveis, j estavam esperando-os,

    pois j estava no final de mais um dia de aprendizado.

    J no segundo dia de atividade, a rotina foi praticamente a mesma, a nica

    diferena, foi o exerccio no livro de matemtica Recontando nossas Experincias,

    e logo aps a hora do lanche as crianas foram conduzidas ao parque para um

    momento de lazer, onde observamos que as crianas solicitavam a presena da

    professora para participar das brincadeiras, a mesma os ignorava, preferindo ficar

  • conversando com as demais professoras que ali se encontravam, o que deixava

    portanto, as crianas frustradas. Logo em seguida tiveram aula de educao fsica,

    onde participaram de varias atividades esportivas, tendo-se portanto um dia

    exaustivo para as crianas.

    No terceiro dia de atividades, trabalhou-se a consoante C, atravs de

    exerccio mimeografado, logo em seguida as crianas foram conduzidas quadra de

    esportes do colgio para o ensaio da abertura dos jogos, aps esse momento as

    crianas foram levadas ao parque pela professora, deixando as mesmas para

    brincarem at a hora da sada.

    No quarto dia, as atividades foram s mesmas do dia anterior, a nica

    mudana foi a aula de educao fsica.

    No que refere a professora do jardim II B, no primeiro dia, observou-se que a

    professora iniciou suas atividades, na qual abriu espao para a rodinha, que o

    primeiro contato de reflexo com seus alunos. No que diz respeito s atividades

    pedaggicas, foi utilizado o livro de matemtica recontando nossas experincias,

    na qual a mesma, fez uma profunda explicao terica sobre adio. Em seguida as

    crianas tiveram pausa para o lanche. Logo aps as mesmas foram conduzidas pela

    professora de educao fsica as quadras de esportes para trabalhar-se algumas

    atividades esportivas, finalizando-se portanto mais um dia de aprendizado.

    No segundo dia de atividade, a professora seguiu praticamente a mesma

    rotina do dia anterior, a nica mudana foi que as crianas foram conduzidas a sala

    de informtica, aps a hora do lanche, para terem aula de computao, em seguida

    as crianas foram para o parque onde ficaram brincando at a hora da sada.

    J no terceiro dia, trabalhou-se a consoante C, atravs de atividades

    mimeografadas. Em seguida as crianas foram conduzidas para o ensaio da

  • abertura dos jogos, aps est atividade as crianas puderam ir para o parque ficar

    brincando at a hora da sada.

    No quarto dia, a rotina foi mesma dos trs dias anteriores, a nica mudana

    foi o momento na piscina, no qual as crianas se divertiram vontade , mais no

    deixando de ser observadas pela professora e sua estagiara.

    3.2 ANLISE DO RELATRIO DA PESQUISA DE CAMPO

    O que observamos neste quarto dia de estagio no colgio CESEP

    que h uma divergncia na forma de ensino aprendizagem entre as duas

    professoras do jardim II, sendo que, a professora do jardim II A, possui uma

    metodologia totalmente diferente da professora do jardim II B, na qual o seu domnio

    de classe considerado arcaico, pois uma pessoa que no possui dilogo como

    aluno, o que acarreta o distanciamento entre aluno e professora, dificultando

    tambm o aprendizado do aluno. O que ns chamou a ateno em vrios

    momentos, foi que a referida professora no tem a preocupao de dar a devida

    ateno aos alunos, deixando-os sempre assim.

    J a professora do jardim II B, observou-se que possui um domnio de classe

    muito bom mesmo tendo entre seus alunos um que seja deficiente fsico, ocorrendo

    assim um relacionamento pautado na afetividade e onde h tambm uma interao

    entre professor e aluno. Sendo que as suas atividades pedaggicas sempre eram

    planejadas antecipadamente. Tendo-se portanto um exemplo de professora

    dedicada arte de ensino-aprendizado.

  • Segundo Piaget(1996), o desenvolvimento da criana pode ser revelado

    desde os primeiros reflexos que ela apresenta no perodo sensrio-motor, e

    observou-se que ele no observado nem to pouco estimulado no processo

    educativo da criana no jardim, pois a maioria dos professores, ao desenvolver sua

    atividade educativa cotidiana no obedece estruturalmente o olhar piagetiano em

    relao ao estgio do processo de desenvolvimento que a criana se encontra.

    Quando a professora utiliza alguns meios que promovam criana imitar seus

    ensinamentos, est poder adquirir hbitos e atitudes que favorecem na construo

    de sua personalidade. Neste contexto percebe-se que alguns professores

    desconhecem o valor da capacidade imitativa no processo de elaborao do

    conhecimento da criana, logo, ela tem pouca utilizao na pr-escola

    especialmente na sala de aula.

    3.3 Analise do questionrio de pesquisa de campo

    A anlise apresentada relativa ao

    estagio realizado nas dependncias da Escola

    CESEP, na Educao Infantil, especialmente no

    jardim II, as quais denominaremos as

    professoras de A e B, que auxiliam na

    construo do conhecimento apresentada na

    monografia de concluso do curso de

    graduao em Pedagogia, habitao Educao

    Infantil.

    Em relao s professoras entrevistadas a que denominamos de professora

    A, no atende ao pedido de responder as perguntas que lhe foram destinadas,

  • alegando que necessitava recorrer aos livros que continham suas teorias,

    demonstrando nesse caso desconhecimento do pensamento desses tericos na sala

    de aula.

    Por outro lado professora que denominamos de B afirmou ter algum

    conhecimento dos escritos de Vigotsky e Piaget que so revelados em bibliografia

    oferecido no censo de formao de professores no ensino superior e no seu pensar,

    essas do suporte ao entendimento do educador na questo do processo de

    desenvolvimento cognitivo da criana, e as consideraes apresentadas por estes

    tericos se revelam como instrumentos fundamentais para a pratica pedaggica.

    Segundo a professora B, o processo de interao da criana no meio

    social influencia diretamente no desenvolvimento de comunicao, da socializao e

    dos laos afetivos, conforme revelado tambm no pensamento Vigotskiano que

    valoriza a questo do meio social como instrumento demarcador de desenvolvimento

    humano.

    Na escola a professora B salientou que importante o professor ter

    conhecimentos das teorias educacionais, especialmente na educao infantil, em

    que situaes diversas so apresentadas resultando em aes que o educador deve

    tomar no sentido de direcionar sua pratica pedaggica em conformidade com o

    quadro revelado e assim destacar a importncia dos conhecimentos de Emilia

    Ferreiro, Decroly, Montessori e outros tericos que fundamentam o processo da

    educao infantil especialmente na alfabetizao.

    De acordo com o pensar apresentado pela

    professora B, os conhecimentos de Vigotsky e

    Piaget auxiliam em grande parte o

    conhecimento do processo de

    desenvolvimento da criana segundo as

  • caractersticas apresentadas por esses

    tericos, e segundo a professora eles so

    manifestados claramente vistos que o meio

    social fator de interferncia sobre o ser

    humano.

    relevante considerar as

    teorias educacionais no sentido de torna-los

    compreensivos pelo professor e no caso da

    professora B, entrevistada ela afirma que os

    cursos de aprimoramento profissional

    contriburam para o melhor conhecimento das

    teorias educacionais no mundo infantil. Tudo

    isso contribuir para alcanarmos a autonomia

    do aluno.

    Observa-se inicialmente que o processo de interao da criana ao ambiente

    da pr-escola se d a partir de algumas determinaes impostas pelo momento

    histrico vivenciado na sociedade capitalista. Assim conforme revela o olhar de

    Vygotsky (1994), o sujeito inserido no contexto social de acordo com a realidade

    por ele apresentado; e inicialmente pensamos que a pr-escola adequada seus

    horrios em funo da jornada de trabalho dos pais.

    Quando realizada alguma

    reflexo a respeito da chegada das crianas a

    escola, observa-se que o horrio matutino

    previsto para as chegadas s aulas, ocorrendo

    geralmente s 7h 15min est em conformidade

    com o horrio de trabalho dos pais que

    normalmente 8h, de modo que o processo de

    integrao de criana escola de acordo com

    as reflexes propostas por Vygotsky so

  • realizados de acordo com o contexto scio-

    cultural vivenciado pelos sujeitos.

    A presena da afetividade, da

    integrao entre as crianas constri-se em

    elementos fundamentais para a realizao do

    processo educativo na pr-escola. Observou-se

    que no mundo infantil a socializao e

    assimilao de valores ligados cultura esto

    presentes nas aes educativas promovidas na

    pr-escola, tais como as rodinhas em que

    possibilita os seres diferentes de conviverem

    segundo as intervenes que os professores

    realizam.

    Segundo Piaget (1996) a

    interao da criana ao meio social, oferece

    amplas possibilidades de construo do seu

    desenvolvimento intelectual, pois a perspectiva

    apresentada pelos sujeitos historicamente se

    manifesta favorveis elaborao de pensares

    que se determinam de acordo com o ambiente

    oferecido.

    Comprovou-se a importncia do

    processo de interao social no

    desenvolvimento da atividade educativa da

    criana, em que os valores presentes na cultura

    oferecem amplas oportunidades de

    estabelecer-se relaes que desenvolveram o

    aprendizado. Assim no contexto em que se

    revela a participao do professor no processo

    ensino-aprendizagem, a pr-escola assume

  • relevncia quando este profissional tem

    conhecimento e aplica-o em sala de aula,

    relativo a estimulao de desenvolvimento

    cognitivo da criana.

    Em relao s atividades

    educativas propostas, em sala de aula,

    observou-se que as teorias de Vygotsky,

    especialmente aquelas voltadas ao

    desenvolvimento das funes cognitivas, so

    expostas nos trabalhos em classe que

    desafiam a criana a construir conhecimentos

    de acordo com as pistas que so fornecidas

    atravs das atividades em que elas participam

    no processo de elaborao de desenhos,

    pinturas e outras.

    A pr-escola oferece

    oportunidades de desenvolvimento do

    aprendizado infantil no momento em que o

    professor participa ativamente na elaborao

    do conhecimento e impulsiona a criana a obt-

    lo atravs de inmeras atividades que so

    apresentadas semanalmente.

    Segundo Piaget (1996) o desenvolvimento biolgico de grande relevncia

    no processo de construo de conhecimento do mundo e da realidade que a criana

    se insere; e nesse contexto revela-se que o brincar, o interagir, e os momentos

    vivenciados no parque, nas atividades de Educao Fsica contribuem diretamente

    para a criana se desenvolver.

    Quando analisado o papel que as professoras representam no processo de

    construo do conhecimento da criana no mundo da pr-escola, refletido o

  • quanto suas atuaes so favorveis no sentido de orientar o acesso ao

    conhecimento, e nessa perspectiva que Vygotsky salienta o quanto participao

    do outro no processo de aprendizagem relevante.

    A analise das condies de trabalho do professor na sala de aula, e as

    atividades pelos quais as crianas manifestam seu pensar e o expressam,

    demonstra o quanto importante o educador conhecer as teorias psicolgicas

    expressas por Piaget e Vygotsky no processo de construo do desenvolvimento

    humano, em que o meio scio-cultural fator determinante para o aprendizado da

    criana.

  • CONCLUSO

    O estudo desenvolvido abrange as teorias educacionais defendidas no

    pensamento de Piaget e Vygotsky, se revelam importantes no sentido de

    compreender sua aplicabilidade na Educao Infantil de criana de 0 a 6 anos de

    idade. importante considerar que os fundamentos tericos elaborados pelos

    pensadores estudados nem sempre so observados de fato no cotidiano escolar,

    mais auxiliam a reflexo do processo educativo como um todo.

    Por outro lado importante considerar na pesquisa realizada na pr-escola

    que fundamentou a elaborao de algumas consideraes cerca das teorias

    educacionais propostas no piagetiano e vygotskyano, que a criana ao engressar na

    pr-escola, leva de fato alguns condicionantes que auxiliam o processo de

    desenvolvimento cognitivo. Assim no pensamento de Piaget a imitao se revela

    como importante instrumento que favorece apreenso do conhecimento pela

    criana.

    Com relao a afetividade defendida por Piaget no processo de

    desenvolvimento humano tem sido trabalhado na pr-escola, contudo de maneira

    fragmentada, apenas em ocasies em que a criana participa na atividade de

    rodinha, logo pela manh ao chegar em sala de aula.

    Pensar-se que o estimulo de maiores atividades em grupo oferecem amplas

    possibilidades de desenvolver um processo educativo em que os valores de

    solidariedade e participao estejam presentes na formao da criana.

    Observamos que a relao professor-aluno importante ser levada em

    considerao na pr-escola, visto que, os valores afetivos presentes no

    desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, podem levar a criana a

  • construir pensamento favorvel a aceitao das diferenas do outro. relevante

    considerar, especialmente pelo professor que aquisio e construo do saber

    gradativo e contnuo e depende de cada mundo particular que a criana vive.

    As informaes a respeito da teoria de Piaget na pr-escola, auxiliam o

    professor a compreender que o processo educativo no pode ser conduzido atravs

    de uma forma homognea em que todas as crianas recebem ao mesmo tempo as

    mesmas orientaes e determinaes,visto que, o contexto diferente em que vive

    influenciam no seu processo de desenvolvimento cognitivo.

    Quando considerado o olhar que Vygotsky faz na educao do sujeito,

    observa-se que a presena marcante do pensamento marxista, se revela na sua

    teoria, no sentido de apresentar a relao homem-natureza, como enfoque principal

    do processo de desenvolvimento humano. De fato o olhar scio-cultural na

    Educao Infantil, revela o quanto o homem submetido aos valores de sua cultura

    no contexto educacional, a que submetido.

    Observou-se na pr-escola analisada que os valores culturais da criana

    fortemente marcado na educao que recebem, e nesse sentido os professores que

    atuam na Educao Infantil seguem a risca a determinaes impostas pela direo

    da escola, oferecendo em sala de aula uma prtica pedaggica que elaborado

    pelas instncias superiores.

    Pensa-se que as professoras ao desenvolverem sua prtica educativa em

    sala de aula, assume todas as determinaes que a direo elabora, pois os livros

    didticos, os exerccios reproduzidos e outras atividades so determinativas e no

    so acompanhadas por uma anlise a respeito do estgio de desenvolvimento em

    que a criana se encontra.

  • Quando discutida a questo da zona de desenvolvimento real observou-se

    que ela no so nitidamente conhecidas pelas professoras, pois a homogeneizao

    do ensino, submetendo todas as crianas as mesmas atividades, asseguraram que

    todas elas so capazes de desenvolve-las e neste sentido que observamos dois

    fatores que ns levam a essa concluso; ou as professoras desconhecem as

    informaes contidas na teoria de Vygotsky a respeito das diferentes maneiras de

    apropriao do conhecimento pela criana; ou a homogeneizao vem das

    orientaes que recebem da equipe pedaggica que coordena a Educao Infantil.

    Tambm quando foi levantada a questo entre os professores a respeito do

    conhecimento ou no das teorias de Piaget e Vygotsky na Educao Infantil, foi

    premente a insegurana e o desconhecimento quanto ao domnio do referencial

    terico contido no pensamento dos cientistas mencionados no objeto desta

    pesquisa. Assim o quadro apresentado na Educao Infantil, revela-se que em

    muitos casos os professores conhecem a respeito dos tericos acima, contudo no

    conseguem concretizar na sua prtica pedaggica a presena do pensamento deles

    nos vrios momentos da pr-escola.

    Ento o cotidiano da pr-escola em diversos momentos pode fazer uso do

    pensamento piagetiano ou vygostkyano para melhorar seu processo ensino-

    aprendizado, contudo a falta de discernimento sobre o memento em que eles se

    encerem desconhecido, contribuindo para um que fazer pedaggico mecnico,

    instrumental, que no consegue de fato produzir a aplicabilidade das teorias no

    mundo da Educao Infantil. Nesse caso observa-se que o processo de formao ao

    qual foi submetido o professor, que ausente de conhecimentos tericos e prticos

    sobre a presena do pensamento de Piaget e Vygotsky no mundo da pr-escola, se

  • revela no momento em que est na sala de aula, em que diversas situaes esto

    presentes, porem no h um quadro possvel mudanas.

    Apesar de algumas escolas apresentarem propostas educacionais voltadas

    Educao Infantil segundo as teorias cognitivistas e vygotskyanas, no olhar

    cognitivista, contudo necessrio desenvolver-se um amplo programa de

    capacitao acadmica com o quadro docente, pois os professores no conseguem

    identificar as caractersticas existentes no pensamento dos dois autores estudados

    na sua pratica cotidiana.

    A ausncia de conhecimentos se revela no momento em que a criana

    trabalhada de maneira homognea na escola, sendo submetida aos livros didticos

    que contenham programa educativo praticamente pronto cabendo a ela apenas

    complet-lo. Tambm as atividades elaboradas de maneira homogeneizadora se

    revelam como um grande instrumento que no respeita a fases diferenciadas da

    criana em relao ao seu estgio de desenvolvimento. Na verdade o mtodo de

    ensino do professor na Educao Infantil deve ter o olhar de Piaget e Vygotsky,

    visando oferecer a criana na pr-escola o desenvolvimento autnomo no seu

    processo de aprendizagem.

    No temos duvida que a compreenso que se tem sobre o papel da

    Educao Infantil define o carter das instituies. Define o perfil do profissional que

    elas contratam e procuram moldar e, inclusive, define, tambm, o prprio trabalho

    que ali se realizar, resultando, por isto, diferentes configuraes curriculares e

    formas peculiares de formao do educador infantil.

    Assim mais utilizada do que nunca, a teoria de Piaget e Vygotsky se encontra

    presente na Educao Infantil para ser praticada, questionada, analisada, criticada,

    aprofundada e enriquecida atravs da contribuio do conhecimento humano e no

  • aprisionar suas idias, dando-se um fim para suas pesquisas, como se tantas

    descobertas se esgotassem em um universo de tantas experincias.

  • BIBLIOGRAFIA

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    ASSIS, Orly Zicatto Mantovani. Uma nova metodologia de educao pr-escolar.

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    BARROS, Clia Silva Guimares. Pontos de psicologia do desenvolvimento. So

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    BRITTO, Rosyan Campos de Caldas. Criana, violncia e cidadania. Belm:

    UNAMA, 1994.

    CAMPOS, Maria Malta; ROSEMBERG, Flvia, FERREIRA, Isabel M. Creches e

    pr-escolas no Brasil. 2.ed. So Paulo: Cortez, 1995.

    FREITAS, Maria Teresa de Assuno. O pensamento de Vygotsky e Bekhtin no

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    HAGE, Maria do Socorro Catro. Caminhos e descaminhos da educao infantil:

    dilemas de uma educadora paraense. 1997. Disertao Universidade da

    Amaznia.

    KRAMER, Sonia. A poltica do pr-escolar no Brasil: a arte do disfarce. 5.ed. So

    Paulo: Cortez, 1995.

    _____________. Com a pr-escola nas mos: uma alternativa curricular para a

    educao infantil. 13.ed. So Paulo: 1999.

  • LA TEILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Col de; DANTAS, Heloysa. Piaget,

    Vygotsky, Wallon. So Paulo: Summus, 1992.

    LEMOS, Araceli. CATEN, Bernadete Tem, et all. Educao: nave do futuro. Belm:

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    LEONTIEV, Luria, VYGOTSKY. Psicologia e Pedagogia: bases psicolgicas da

    aprendizagem e do desenvolvimento. So Paulo: Moraes, 1991.

    MARQUES, Raimunda das Graas Ferreira; POMPOLHA, Giselle Maria Sampaio.

    Educao Pr-Escolar na rede estadual de Belm. Belm: UNAMA, Trabalho de

    Concluso de Curso de Pedagogia.

    MENDES, Raimunda Lopes Rodrigues. Educao infantil: as lutas pela sua difuso

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    OLIVEIRA, Marta Krol de. Vygotsky, aprendizado e desenvolvimento, um

    processo scio-histrico. So Paulo: Scipione, 1993.

    PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e

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    PIAGET, Jean. O nascimento da inteligncia na criana. Rio de Janeiro: Zahar,

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    SEBER, Maria da Glria. Piaget: o dilogo com a criana e o desenvolvimento do

    raciocnio. So Paulo: Scipione, 1997.

    SILVA, Eurides Brito et all. A nova LDB, como entender e aplicar. So Paulo:

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    SILVIA, Jeana Farias da. Teorias do desenvolvimento infantil: Celestin Freinet,

    Jean Piaget e Lev Semenovich Vygotsky. Belm: UNAMA, 1997. Trabalho

    Concluso de Curso de Especializao em Educao Pr-Escolar.

    VYGOTSKY, Lev Senyonovich. A formao social da mente: o desenvolvimento

    dos processos psicolgicos superiores. 5.ed. So Paulo: Martins, 1994.

  • ANEXOS

  • ANEXO 1 - LISTA DE ABREVIATURAS

    FUNPAPA Fundao Papa Joo Paulo II

    SEDUC Secretaria de Estado de Educao

    SEMEC Secretaria Municipal de Educao e Cultura

    UNAMA Universidade da Amaznia

    LDB Lei de Diretrizes e Bases

  • anexo 2 questionrio

    UNIVERSIDADE DA AMOZNIA UNAMACENTRO DE CINCIAS HUMANAS

    CURSO DE PEDAGOGIA

    QUESTIONRIOCaro professor,

    Estamos desenvolvendo o trabalho de concluso de curso TCC,

    sobre o tema: As contribuies de Piaget e Vygotsky para a formao do professor

    (a) da educao Infantil de 0 a 6 anos, gostaramos que este questionrio fosse

    preenchido. Sua colaborao importante, pois as informaes prestadas serviro

    como ajuda para a realizao do mesmo.

    I. IDENTIFICAO:

    NOME: (OPCIONAL)

    SEXO: ESTADO CIVIL:

    FORMAO: ( ) Ensino Mdio Comum

    ( ) Ensino Mdio Magistrio

    ( ) Ensino Superior incompleto

    ( ) Ensino Superior completo

    FUNO:

    II. DADOS DO INFORMANTE:

    1. Voc conhece os educadores Piaget e Vygotsky ?

    ( ) SIM ( ) NO

    2. Voc j leu alguma obra desses autores (Piaget e Vygotsky) ? Cite.

  • --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    3. Caso voc conhea um desses educadores (Piaget e Vygotsky) ,qual a

    importncia das teorias dos mesmos para o processo de Educao Infantil em

    relao aprendizagem ?

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    4. No seu ponto de vista, como se d o processo de desenvolvimento da

    criana?

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    5. Voc tem conhecimento de outros educadores para o processo do

    desenvolvimento infantil? Cite-os .

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    6. Para voc qual a importncia de Piaget e Vygotsky para a formao do

    professor (a) de Educao Infantil ?

  • --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    7. Quais as caractersticas que seu aluno apresenta e que mais lhe leva a

    pensar em sua prtica pedaggica ?

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------

    8. A escola no qual voc trabalha, favorece cursos de aprimoramento

    profissional?

    ( ) SIM ( ) NO

    Cristiane RibeiroBELM/PARUNIVERSIDADE DA AMAZNIA

    Cristiane RibeiroProf: Ms. Silvana Morhy Siqueira Mendes NovaData ______/______/______

    BELM/PARUNIVERSIDADE DA AMAZNIA

    RESUMOSUMRIO

    INTRODUO2.1Vygotsky: A viso scio-histrica no process2.2A aquisio da linguagem e a zona do desenvolA Aquisio da Escrita.

    2.3A construo do conhecimento na perspectiva d

    Relatrio da observao em sala de aulaAnalise do questionrio de pesquisa de campoANEXO 1 - LISTA DE ABREVIATURAS

    anexo 2 questionrioUNIVERSIDADE DA AMOZNIA UNAMACENTRO DE CINCIAS HUMANASCURSO DE PEDAGOGIAQUESTIONRIO