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As desigualdades de renda e de consumo nos ciclos de vida das famílias: o caso do Grande ABC 1. Introdução O termo “família” refere – se a distintos conceitos, que variam em complexidade e objetivos e que vem se flexibilizando para refletir as transformações da rígida estrutura familiar para novos modelos familiares, tendo como desafio observar minuciosamente todas as necessidades especificas desta diversidade de arranjos familiares, podendo compreender seus desejos e motivações, tal qual sua mudanças no decorrer dos vários estágios do ciclo de vida. De forma geral, o tema desse estudo objetiva explorar o construto ciclo de vida familiar como uma importante ferramenta de segmentação, a partir da definição de padrões de consumo de acordo com os principais acontecimentos da vida do individuo e da família. Ainda que as variáveis econômicas, como o rendimento médio familiar, serem de extrema relevância na determinação do perfil e nível de consumo familiar de bens e serviços da família e seu tamanho também contribuem para modelar os padrões das famílias. A utilização do conceito de ciclo de família permite apreender a dinâmica interna do núcleo familiar como uma estratégia voltada para a busca de equilíbrio entre os recursos disponíveis em cada fase e as necessidades a serem satisfeitas. A presença na unidade de crianças pequenas, ou ‘consumidores’, sugere a necessidade de arranjos específicos de núcleo, tanto em termos de recursos econômicos quando no que se refere as tarefas domésticas , mesmo que a família já tenha filhos maiores (BRUSCHINI, 1990). Portanto cada família passar por estágios ou ciclos distintos, desde a sua formação ate a sua dissolução, ou inicio de outra. 2. Referencial Teórico O ciclo de vida familiar é uma abordagem multidisciplinar para o estudo da família que tem sido empregada em diversas áreas, tais como Ciências Econômicas, Psicologia, Sociologia, e Marketing (HILL, 1970; STAMPFL, 1978). Embora o autor Benjamin Rowntree receba os créditos por ter utilizado, em 1903, noções de ciclos de

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As desigualdades de renda e de consumo nos ciclos de vida das famílias: o caso do Grande ABC

1. Introdução

O termo “família” refere – se a distintos conceitos, que variam em complexidade

e objetivos e que vem se flexibilizando para refletir as transformações da rígida

estrutura familiar para novos modelos familiares, tendo como desafio observar

minuciosamente todas as necessidades especificas desta diversidade de arranjos

familiares, podendo compreender seus desejos e motivações, tal qual sua mudanças no

decorrer dos vários estágios do ciclo de vida.

De forma geral, o tema desse estudo objetiva explorar o construto ciclo de vida

familiar como uma importante ferramenta de segmentação, a partir da definição de

padrões de consumo de acordo com os principais acontecimentos da vida do individuo e

da família.

Ainda que as variáveis econômicas, como o rendimento médio familiar, serem

de extrema relevância na determinação do perfil e nível de consumo familiar de bens e

serviços da família e seu tamanho também contribuem para modelar os padrões das

famílias.

A utilização do conceito de ciclo de família permite apreender a dinâmica

interna do núcleo familiar como uma estratégia voltada para a busca de equilíbrio entre

os recursos disponíveis em cada fase e as necessidades a serem satisfeitas. A presença

na unidade de crianças pequenas, ou ‘consumidores’, sugere a necessidade de arranjos

específicos de núcleo, tanto em termos de recursos econômicos quando no que se refere

as tarefas domésticas , mesmo que a família já tenha filhos maiores (BRUSCHINI,

1990).

Portanto cada família passar por estágios ou ciclos distintos, desde a sua

formação ate a sua dissolução, ou inicio de outra.

2. Referencial Teórico

O ciclo de vida familiar é uma abordagem multidisciplinar para o estudo da

família que tem sido empregada em diversas áreas, tais como Ciências Econômicas,

Psicologia, Sociologia, e Marketing (HILL, 1970; STAMPFL, 1978). Embora o autor

Benjamin Rowntree receba os créditos por ter utilizado, em 1903, noções de ciclos de

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vida da família para um estudo sobre padrões de pobreza na Inglaterra, não foi antes da

década de 1930 que os pesquisadores passaram a utilizar mais intensamente modelos de

ciclo de vida familiar (MURPHY e STAPLES, 1979).

Ainda que alguns modelos de ciclo de vida familiar encontrados contemplem as

mudanças na estrutura familiar, um ponto que merece discussão foi se estes modelos

desenvolvidos em outros países, com culturas e valores diferentes, poderiam ser

aplicados diretamente no Brasil sem necessidade de nenhuma adaptação. No entanto,

existe certa divergência em relação à estrutura das categorias do ciclo de vida, ou ainda,

qual classificação é a melhor. Apesar das várias definições quanto às etapas

correspondentes ao ciclo de vida familiar apresentados em estudos sócio-geográficos,

incluindo teorias sobre a constituição urbana e a mobilidade residencial, pode-se

perceber que a constituição familiar tem se tornado ao longo do tempo estatisticamente

cada vez mais heterogênea, distanciando-se da formação familiar tradicional (marido,

esposa e filhos) (STAPLETON, 1980; DIELEMAN & EVERAERS, 1994). Quando

segmentos de população não seguem os padrões do ciclo de vida tradicional, estudiosos

e cientistas sociais os ignoram, pois são considerados uma minoria de menor interesse,

constituindo categorias residuais heterogêneas (STAPLETON, 1980). O crescente

número de arranjos familiares significa que não é mais possível considerar apenas as

estruturas familiares de trinta anos atrás. Os responsáveis por estas mudanças nos

padrões familiares são: o aumento das taxas de divórcio, os casamentos que acontecem

mais tardiamente e a opção voluntária dos casais em não terem filhos. Um estudo

realizado por Dieleman (1995) reforça esta afirmação através de uma pesquisa que

revela que, em geral, o divórcio leva a uma mudança para o setor de habitações

alugadas, como uma conseqüência da perda de propriedade da antiga moradia.

Nesse sentido, esses estudos sugerem que há, por um lado, novas

estruturas familiares com um grau de comprometimento de renda importante em função

da perda brusca de uma parte do rendimento (divórcio ou viuvez, por exemplo) ou da

formação familiar uniparental (mães ou pais solteiros). Por outro lado, sugere-se

também a existência de uma nova estrutura que volta ao domicílio dos pais ou dele

saem tardiamente, complementando ou não aquela renda familiar.

Assim, emerge o seguinte problema de pesquisa: existe desigualdade de

renda e de consumo nos ciclos de vida das famílias na Região do Grande ABC?

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O quadro 2 apresenta um elenco de estudos internacionais selecionados

que propõem segmentações de Ciclo de Vida das Famílias, no período de 1931 a 2001.

Na seqüencia, o quadro 3, insere um estudo realizado para o contexto nacional

(brasileiro)

Quadro 2 – Evolução dos estudos sobre o Ciclo de Vida das Famílias em Estudos Internacionais (1/2)

Classificação Referência

Sorokin, Zimmerman e Galpin (1931)

1. Casais iniciando sua independência econômica 2. Casais com um ou mais filhos 3. Casais com um ou mais filhos adultos e independentes 4. Casais envelhecendo

Kirkpatrick, Cowle e Tough (1934)

1. Família pré-escolar 2. Família escolar 3. Família ginasial 4. Família adulta

Loomis (1936)

1. Casais sem filhos 2. Famílias com filhos (mais velhos com menos de 14 anos) 3. Famílias com filhos (mais velhos entre 14 e 36 anos) 4. Famílias velhas

Glick (1947)

1. Primeiro casamento 2. Nascimento do primeiro filho 3. Nascimento do último filho 4. Casamento do primeiro filho 5. Morte de um dos cônjuges 6. Morte do outro c}onjuge

Bigelow (1942)

1. Formação 2. Período de gravidez e pré-escolar 3. Período escolar elementar 4. Período ginasial 5. Faculdade 6. Recuperação 7. Aposentadoria

Duvall e Hill (1948)

1. Casais sem filhos 2. Expansão (nascimento dos filhos) 3. Idade escolar 4. Estável 5. Contração (saída dos filhos) 6. Tempo do casal 7. Morte de um dos cônjuges

continua

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continuação

Rodgers (1962)

1. Casais sem filhos 2. Famílias com todos os filhos com menos de 36 anos 3. Famílias pré-escolares

a. Filho mais velho de 3 a 6 anos e mais novo com menos de 36 meses b. Todas as crianças de 3 a 6 anos

4. Famílias com idade escolar a. Filho mais velho de 6 a 13 anos e mais novo com menos de 36 meses b. Filho mais velho de 6 a 13 anos e mais novo de 3 a 6 anos c. Todas as crianças de 6 a 13 anos

5. Famílias com adolescentes a. Filho mais velho de 13 a 20 anos e mais novo com menos de 36 meses b. Filho mais velho de 13 a 20 anos e mais novo de 3 a 6 anos c. Filho mais velho de 13 a 20 anos e mais novo de 6 a 13 anos d. Todas as crianças de 13 a 20 anos

6. Famílias com jovens adultos a. Filho mais velho acima de 20 anos e mais novo com menos de 36 meses b. Filho mais velho acima de 20 anos e mais novo de 3 a 6 anos c. Filho mais velho acima de 20 anos e mais novo de 6 a 13 anos d. Todos os filhos acima de 20 anos

7. Famílias com filhos saindo de casa a. Filho mais velho sai de casa e mais novo com menos de 36 meses b. Filho mais velho sai de casa e mais novo de 3 a 6 anos c. Filho mais velho sai de casa e mais novo de 6 a 13 anos d. Filho mais velho sai de casa e mais novo de 13 a 20 anos e. Filho mais velho sai de casa e mais novo acima de 20 anos

8. Meia idade a. Todos os filhos saem de casa

9. Envelhecimento do casal - Aposentadoria e morte de um cônjuge 10. Viuvez de um dos cônjuges à morte do outro

Wells e Gubar (1966)

1. Jovem solteiro 2. Recém-casado sem filhos 3. Ninho Cheio I (filho mais novo com menos de 6 anos) 4. Ninho cheio II (filho mais novo com mais de 6 anos) 5. Ninho Cheio III (chefe de casa com mais de 45 anos e com filhos dependentes 6. Ninho vazio I (chefe da casa com mais de 45 anos e sem filhos dependentes) 7. Ninho Vazio II (chefe da casa aposentado) 8. Solitário ainda trabalhando 9. Solitário aposentado

Duvall (1971)

10. Casais sem filhos 11. Famílias com filho mais velho com menos de 30 meses 12. Famílias com filho mais velho com idade entre 2,5 e 6 anos 13. Famílias com filho mais velho com idade entre 6 e 13 anos 14. Família com filho mais velho com idade entre 13 e 20 anos 15. Famílias com filhos saindo de casa 16. Pais com meia idade 17. Pais envelhecendo

Murphy s Staples (1979)

1. Jovem solteiro 2. Jovem casado sem filhos 3. Jovem casado com filhos 4. Jovem divorciado sem filhos 5. Jovem divorciado com filhos 6. Meia-idade divorciado sem filhos 7. Meia-idade casado sem filhos 8. Meia-idade casado com filhos 9. Meia-idade divorciado com filhos 10. Meia-idade casado sem filhos dependentes 11. Meia-idade divorciado sem filhos dependentes 12. Idoso casado 13. Idoso descasado

continua

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continuação

Gilly e Ennis (1982)

1. Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 2. Solteiro II (de 35 a 64 anos) 3. Solteiro III (acima de 64 anos) 4. Casal jovem sem filhos (abaixo de 35 anos) 5. Casal meia idade sem filhos (de 35 a 64 anos) 6. Casal idoso sem filhos (acima de 64 anos) 7. Ninho cheio I (casal jovem com filho mais novo com idade inferior a 6 anos) 8. Ninho cheio II (casal jovem com filho mais novo com idade superior a 6 anos) 9. Ninho cheio III (casal meia idade com todos os filhos com idade superior a 6 anos) 10. Ninho cheio Tardio (casal meia idade com filhos mais novo com idade inferior a 6

anos) 11. Pais solteiros I (pai/mãe com idade inferior a 35 anos e filho mais novo com idade

ineferior a 6 anos) 12. Pais solteiros II (pai/mãe com idade inferior a 35 anos e filho mais novo com idade

superior a 6 anos) 13. Pais solteiros III (pai/mãe meia idade com todos os filhos com idade superior a 6 anos)

Béllon et al (2001)

1. Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 2. Solteiro II (de 35 a 64 anos) 3. Solteiro III (acima de 64 anos) 4. Casal jovem sem filhos (abaixo de 35 anos) 5. Casal sem filhos (de 35 a 64 anos) 6. Casal idoso sem filhos (acima de 64 anos) 7. Ninho cheio I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos) 8. Ninho cheio II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos) 9. Ninho autônomo I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo acima de 6 anos) 10. Ninho autônomo II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos) 11. Ninho autônomo III (casal acima de 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

Quadro 3 – Evolução dos estudos sobre o Ciclo de Vida das Famílias em Estudos Brasileiros

Classificação Referência

Francisco Ilson Saraiva Junior e Gisela Blck Taschner (2006)

1. Solitário I (abaixo dos 35 anos) 2. Solitário II (de 35 a 64 anos) 3. Solitário III (acima de 64 anos) 4. Casal I (sem filhos, com idade abaixo dos 35 anos) 5. Casal II (sem filhos, com idade de 35 a 64 anos) 6. Casal III (sem filhos, com idade acima de 64 anos) 7. Ninho Dependente I (casal ou monoparental, com idade abaixo dos 35 anos

e filho mais novo com idade abaixo de 6 anos) 8. Ninho Dependente II (casal ou monoparental, com idade de 35 a 64 anos e

filho mais novo com idade abaixo de 6 anos) 9. Ninho Autônomo I (casal ou monoparental, com idade abaixo dos 35 anos

e filho mais novo com idade acima de 6 anos) 10. Ninho Autônomo II (casal ou monoparental, com idade de 35 a 64 anos e

filho mais novo com idade acima de 6 anos) 11. Ninho Autônomo III (casal ou monoparental, com idade acima de 64 anos

e filho mais novo com idade acima de 6 anos)

3. Objetivos

O objetivo principal do estudo proposto é de verificar a existência de diferenças de

renda e de consumo entre os diferentes segmentos de ciclo de vida das famílias da

Região do Grande ABC. Este intento se desdobra no seguinte objetivo secundário:

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• Selecionar uma classificação de ciclo de vida da família já existente na literatura

a partir de critérios pré-definidos

4. Justificativa da escolha do tema

Ainda que a sociedade brasileira apresente grandes disparidades sociais,

tornando o rendimento familiar uma variável de extrema relevância na determinação do

perfil e nível de consumo das famílias (bens e serviços), outras variáveis como o ciclo

vital da família e seu tamanho também contribuem para o entendimento de possíveis

padrões de despesas familiares.

Nesse contexto, Bello e González (2002) afirmam que em mercados cada vez

mais heterogêneos, o comportamento do consumidor é cada vez menos explicado por

variáveis sócio-demográficas ou critérios econômicos, havendo uma necessidade cada

vez maior de se considerarem também outras variáveis a fim de segmentá-lo

adequadamente, como por exemplo, estilos de vida.

Entretanto, estudos relacionados ao Ciclo de Vida das Famílias voltados ao

mercado brasileiro são ainda muito poucos, frente aos inúmeros estudos disponíveis nos

contextos principalmente do mercado americano.

Esse fato parece tornar frágil o uso desses Ciclos construídos a partir de mercado

internacionais em estudos que focam o mercado nacional, já que um enfoque cultural é

necessário a fim do entendimento sobre as diferenças nos tipo e formas dos

relacionamentos dentro do ambiente familiar de cada país. (FERBER, 1979; HOWARD

e SHETH, 1969; WHEELOCK e OUGHTON, 1996).

Além disso, a rápida transformação da realidade sócio-demográfica implica em

novas metodologias e instrumentos de análise que incorporem as relações estruturais da

família brasileira e possam ajudar o entendimento das práticas de consumo destas

famílias. Novos estilos de vida surgem com os novos arranjos familiares. Como

contrapartida a essa diversidade de estruturas familiares está se desenvolvendo um

amplo e variado conjunto de demandas. (SARAIVA JUNIOR, 2006)

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Sobre essa discussão, as tabelas de 1 a 5 apresentam a evolução de alguns

indicadores importantes para o estudo do Ciclo de Vida das Famílias, comparando

inclusive os dados para o agregado do país, Grande ABC e ABC.

De forma geral, chama a atenção as diferenças entre o perfil do agregado do país

e da Região do Grande ABC. Não obstante, os anos considerados para avaliação dos

indicadores não permitem a verificação de maiores mudanças entre os anos, exigindo

uma ampliação dos anos estudados. Apenas na variável número de filhos foi possível

evidenciar uma diminuição da proporção de famílias com 2 ou mais filhos.

Tabela 1 – Idade da Mãe na Ocasião do Parto

Localidade Idade da mãe Ano

1984 1990 2003 2004 2008 2009

Brasil

Menos de 20 anos 14% 15% 21% 21% 19% 19% 20 a 29 anos 60% 56% 55% 54% 54% 53% 30 a 39 anos 23% 21% 22% 22% 24% 25% 40 anos ou mais 3% 2% 2% 2% 2% 2%

ABC

Menos de 20 anos Dado não disponível

13% 12% 12% 12% 20 a 29 anos 53% 53% 52% 52% 30 a 39 anos 31% 32% 33% 33% 40 anos ou mais 3% 3% 3% 3%

Grande ABC

Menos de 20 anos Dado não disponível

15% 15% 14% 14% 20 a 29 anos 54% 54% 52% 53% 30 a 39 anos 28% 29% 31% 31% 40 anos ou mais 3% 2% 3% 2%

Fonte: IBGE

Tabela 2 - Números de casamentos ocorridos

Localidade Ano

1984 1990 2003 2004 2008 2009

Brasil n 935.465 774,846 748.981 806.968 959.900 935.116

%1 0,73% 0,54% 0,42% 0,44% 0,51% 0,49%

ABC n

Dado não disponível 9.301 10.902 10.785 10.091

%1 0,61% 0,71% 0,69% 0,64%

Grande ABC n

Dado não disponível 14.644 16.941 18.256 17.254

%1 0,61% 0,70% 0,73% 0,68% 1 – Proporção sobre o total de indivíduos. A proporção calculada em função da população com 16 anos (idade mínima para se casar – Código Civil) não foi calculada em função da não localização dessas estimativas para os anos de 1984 e 1990.

Fonte: IBGE

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Tabela 3 – Proporção casamento / divórcio

Localidade Ano

1984 1990 2003 2004 2008 2009 Brasil 3.56 11.94 5.41 6.05 6.24 6.70 ABC Dado não

disponível 5.18 8.32 5.63 6.46

Grande ABC 4.92 7.30 5.89 6.55

Fonte: IBGE

Tabela 4 – Números de filhos no domicílio

Localidade Número de Filhos Ano

2003 2004 2008 2009

Brasil Sem Filhos 26% 28% 30% 30% 1 Filho 27% 27% 28% 28% 2 Filhos ou mais 47% 46% 42% 42%

ABC

Sem Filhos 26% 32% 35% 34% 1 Filho 31% 28% 29% 29% 2 Filhos ou mais 43% 41% 36% 37%

Grande ABC Sem Filhos 24% 31% 35% 34% 1 Filho 31% 30% 29% 27% 2 Filhos ou mais 45% 39% 36% 39%

Fonte: IBGE

Tabela 5 – Idade da mulher na ocasião do casamento

Localidade Faixa de idade Ano

2003 2004 2008 2009

Brasil

Menos de 20 anos 17% 19% 14% 16% 20 a 29 anos 56% 55% 54% 53% 30 a 39 anos 30% 29% 33% 33% 40 anos ou mais 8% 8% 11% 11%

ABC

Menos de 20 anos 3% 9% 8% 18% 20 a 29 anos 61% 58% 59% 58% 30 a 39 anos 27% 25% 28% 24% 40 anos ou mais 9% 8% 5% 10%

Grande ABC

Menos de 20 anos 6% 12% 11% 15% 20 a 29 anos 58% 55% 56% 55% 30 a 39 anos 27% 25% 28% 22% 40 anos ou mais 9% 8% 5% 8%

Fonte: IBGE

5. Procedimentos Metodológicos

A pesquisa de campo está inserida no âmbito da Pesquisa Socioeconômica

desenvolvida pelo Instituto de Pesquisas da Universidade de São Caetano do Sul

realizada durante o mês de março de 2011.

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Foram ser utilizados os bancos de dados da Pesquisa Socioeconômica

INPES/USCS, realizada semestralmente, desde 1994, junto a 700 moradores da região,

via amostragem probabilística, cobrindo cerca de 800 variáveis sócio-economica-

demográfica da região.

Nesse processo, a pesquisadora acompanhour todo o desenvolvimento de pesquisa,

desde revisão do instrumento, preparação do material para coleta, plano amostral, coleta

de dados, codificação, entrada dos dados em banco de dados do SPSS e tratamento

inicial dos dados.

5.1 Público-Alvo

O público-alvo sugerido para esse estudo é famílias residentes na Região do Grande

ABC.

5.2 Abrangência geográfica

A opção da Região do ABC Paulista justifica-se pelo fato da Região contar com um

mercado consumidor bastante heterogêneo, representativo dos diferentes estratos de

consumo, conforme distribuição das famílias nela residentes classificadas pelo critério

BRASIL (Tabela 6).

Tabela 6 - Distribuição percentual das famílias residentes na Região do ABC Paulista por estrato de consumo

Classes de consumo Critério BRASIL (%) A 13,4 B 51,6 C 34,1

D/E 0,9 Total 100,0

Fonte: USCS - Pesquisa Socioeconômica do ABC, março/2011.

5.3 Amostragem

Para atendimento aos objetivos propostos deverá ser aplicada técnica probabilística

de amostragem por conglomerados de dois estágios, a saber:

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1º estágio: domicílio (sorteado a partir do cadastro imobiliário dos respectivos municípios

que integram a Região do Grande ABC - Santo André, São Bernardo do

Campo e São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da

Serra);

2º estágio: entrevistado (definido no domicílio sorteado, após identificação da pessoa

responsável pelas compras do domicílio, com idade a partir de dezoito anos).

O cálculo do tamanho da amostra utilizou os procedimentos teóricos da

amostragem casual simples para a proporção mediante a fixação dos seguintes

parâmetros:

� Margem de erro projetado para o intervalo do resultado – 3,00%;

� Coeficiente de confiança do intervalo – 95%;

� Proporção admitida para a variável principal da pesquisa (por fornecer a amostra

máxima necessária): 50%;

5.3 Variáveis de estudo incluídas / existentes na Pesquisa Socioeconômica

INPES/USCS

� Proporção da renda familiar gasta com lazer;

� Proporção da renda familiar gasta com alimentação;

� Proporção da renda familiar gasta com vestuário;

� Proporção da renda familiar gasta com educação;

� Proporção da renda familiar gasta com saúde;

� Proporção da renda familiar gasta com habitação (energia elétrica, IPTU,

aluguel, parcela do imóvel);

� Renda familiar;

5.4 Metodologia de Análise dos dados

A seleção do modelo teórico do Ciclo de Vida das Famílias ocorreu a partir da

seguinte operacionalização:

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1) Cálculo das proporções das tipologias constantes no referencial teórico

apresentadas a partir da década de 1980 com os dados coletados na Pesquisa de

Março de 2011;

2) Seleção da tipologia com menor proporção de famílias incluídas no segmento

“outros”. A justificativa dessa operacionalização advém do fato de que a

tipologia mais ajustada é aquela que conseguiria classificar um maior número de

famílias.

Após a seleção da tipologia “mais adequada”, foram apresentadas as médias das

variáveis selecionadas.

6. Análise dos resultados

Os dados coletados foram inicialmente tratados a partir das tipologias de Saraiva

Junior e Taschenr (2006), Béllon et al (2001) e Gilly e Ennis (1982), selecionados pela

data de publicação superior à 1980.

Nesse sentido, as tabelas 7, 8 e 9 apresentam as proporções de famílias alocadas

nos estratos propostos por cada tipologia, sendo o ciclo da família apresentado por

Saraiva Junior e Taschenr (2006) aquele que apresentou menor proporção de casos

classificados como “outros casos” (14,8%, contra 14,9% em Béllon et al , 2001 e 21,0%

em Gilly e Ennis, 1982), sendo esse o selecionado para a verificação das diferenciações

nos gastos das família

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Tabela 7 – Classificação de Saraiva Junior e Taschenr (2006)

Classificação

Número de

casos % de casos

Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 4 0,4 Solteiro II (de 35 a 64 anos) 33 3,1 Solteiro III (acima de 64 anos) 27 2,5 Casal I - jovem sem filhos (abaixo de 35 anos)

26 2,5

Casal II - sem filhos (de 35 a 64 anos) 235 22,0 Casal idoso sem filhos (acima de 64 anos)

98 9,2

Ninho dependente I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

62 5,9

Ninho dependente II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

99 9,3

Ninho autônomo I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo acima de 6 anos) 22 2,0

Ninho autônomo II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

270 25,3

Ninho autônomo III (casal acima de 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos

31 2,9

Outros Casos 158 14,8

Tabela 8 – Classificação de Béllon et al (2001)

Classificação Número de

casos % de casos

Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 4 0,4 Solteiro II (de 35 a 64 anos) 33 3,1 Solteiro III (acima de 64 anos) 27 2,5 Casal jovem sem filhos (abaixo de 35 anos)

26 2,4

Casal sem filhos (de 35 a 64 anos) 225 22,0 Casal idoso sem filhos (acima de 64 anos)

98 9,2

Ninho cheio I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

45 4,3

Ninho cheio II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos) 116 10,9

Ninho autônomo I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

22 2,0

Ninho autônomo II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

270 25,3

Ninho autônomo III (casal acima de 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos

31 2,9

Outros casos 159 14,9

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Tabela 9 – Classificação de Gilly e Ennis (1982)

Classificação Número de

casos % de casos

Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 4 0,4 Solteiro II (de 35 a 64 anos) 33 3,1 Solteiro III (acima de 64 anos) 27 2,5 Casal jovem (abaixo de 35 anos) 26 2,5 Casal sem filhos (de 35 a 64 anos) 235 22,0 Casal idoso (acima de 64 anos) 98 9,2 Ninho cheio I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

62 5,9

Ninho cheio II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

17 1,6

Ninho cheio III casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos

210 19,7

Ninho cheio Tardio (de 35 a 64 anos – filho mais novo com menos de 6 anos)

99 9,3

Monoparental I (abaixo de 35 anos – com filho mais novo com menos de 6 anos)

9 0,8

Monoparental II (abaixo de 35 anos – com filho mais novo com idade maior de 6 anos)

5 0,5

Monoparental III (35 a 64 anos – filhos mais novo com idade maior de 6 amos

17 1,6

Outros casos 224 21,0

De forma geral, ao menos na amostra estudada, já que não foi realizados nenhum

teste estatístico que possa inferir sobre o comportamento da população (em função do

pequeno número de casos em cada estrato), há algumas diferenças importantes entre as

variáveis estudadas nos estratos do ciclo da família, conforme ilustrado na tabela 10.

Nesse sentido, registre-se que as principais diferenças parecem relacionar-se

diretamente com o estágio das necessidades das famílias, assim como pretende a teoria

do ciclo de vida.

� Alimentação: maior proporção de gastos realizados pela família de idosos;

� Habitação: maior proporção de gastos realizados por casais jovens, sugerindo a

situação de aluguel ou prestação de casa própria;

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� Educação: maior proporção de gastos realizada por casais de idade baixa ou

médio e com filhos entre 7 e 18 anos (idade escolar);

� Lazer: maior proporção de gastos por casais jovens (sem filhos) ou solteiros de

meia idade;

� Saúde: maior proporção de gastos por idosos solteiros ou casados sem filhos;

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Tabela 10– Gastos por classificação do Ciclo da Família1

Classificação

Proporção média de gastos em relação à renda familiar

Alimentação Habitação Educação Lazer Saúde Total de gastos básicos

Renda Familiar (reais de

março/2011)

Solteiro I (abaixo dos 35 anos) 20,2 17,9 0,0 1,6 6,2 71,9 927

Solteiro II (de 35 a 64 anos) 15,2 14,9 1,6 6,1 9,5 68,0 2677

Solteiro III (acima de 64 anos) 20,2 13,4 0,0 1,5 10,7 60,0 1378

Casal I - jovem sem filhos (abaixo de 35 anos)

14,5 16,2 4,3 5,3 2,4 65,3 2917

Casal II - sem filhos (de 35 a 64 anos) 14,0 12,1 3,2 1,8 6,7 55,9 3909

Casal idoso sem filhos (acima de 64 anos)

20,9 11,4 0,7 2,0 15,7 65,3 2754

Ninho dependente I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

20,1 21,4 5,5 2,2 4,6 77,9 2231

Ninho dependente II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo abaixo de 6 anos)

18,9 15,6 5,5 2,6 5,8 67,9 3027

Ninho autônomo I (casal abaixo de 35 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

19,2 24,0 8,0 1,8 2,3 77,3 1926

Ninho autônomo II (casal de 35 a 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos)

17,7 15,7 5,9 2,2 4,1 68,0 2989

Ninho autônomo III (casal acima de 64 anos, com filho mais novo acima de 6 anos

16,3 11,9 3,3 2,5 7,4 60,0 3579

1 em azul: duas maiores proporções apresentadas / em vermelho: duas menores proporções apresentadas

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7– Cronograma previsto X executado

Plano das Atividades (2010-2011) 2010 2011

Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun

Revisão Bibliográfica Previsão

Execução

Levantamento de dados secundários Previsão

Execução

Preparação dos instrumentos de coleta de dados

Previsão

Execução

Coleta de dados Previsão

Execução

Codificação / Tabulação dos Dados Previsão

Execução

Análise dos dados coletados Previsão

Execução

Redação final do projeto Previsão

Execução

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8. Considerações Finais

Pode-se evidenciar, a partir dos dados estudados, que a teoria do ciclo das famílias, se

adaptada as novas estruturas familiares, ainda é uma ferramenta eficaz de entendimento

do contexto socioeconômico das famílias, seja com uso no Marketing, como ferramenta

para comunicações pontuais para os nichos alocados em cada estrato, seja na economia

para entendimento e previsão do comportamento de consumo, a partir desses atores.

9. Bibliografia selecionada até o momento

BARTON, S. G. The life cycle and buying patterns. In Lincoln H. Clark, ed. Consumer Behavior, v.2, New York: New York University Press, 1955. BÉLLON, I. R.; VELA, M. R.; MANZANO, J. A.. A family life cycle model adapted to the Spanish environment. European Journal of Marketing, v. 35, pp. 612-38. (2001) BIGELOW, H. F. Money and Marriage. In Marriage and the family, Boston: Heath

and Company, p.382-386, 1942 BRUSCHINI,C. Estrutura familiar e trabalho na Grande São Paulo. Cadernos de Pesquisa da F. Carlos Chagas, n.72,p.9-57, 1990. DERRICK, F.W.; LEHFELD, A. The family life cycle: an alternative approach. Journal of Consumer Research, v.7, p. 212-222, setembro, 1981 DIELEMAN, F.; EVERAERS, P. From renting to owning: life-course and ho using

market circumstances. Housing Studies, Vol. 9, N. 1, pp 11-26, January, 1994. In: OLIVEIRA, FREITAS e HEINECK, 1998 DOUGLAS, M.; ISHERWOOD, B.n. O mundo dos bens. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004 DYCHTWALD, M.. Cycles: how we will live, work and buy. New York: The Free Press, 2003 DUVALL, Evelyn M. Family development. Filadelfia: J. B. Lippincott Company, .106-132, 1971. FERBER, R. Comments on papers on life cycle analysis. Advances in Consumer

Research, Ann Harbor, v. 6, pp. 146-8, 1979.

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GLICK, Paul. Updating the life cycle of the family. Journal of Marriage and the

family, v.39, p. 5-13, 1977 GILLY, M.C.; ENIS, B.M. Recycling the family life cycle: a proposal for redefinition, in Mitchell, A.A. (Ed.), Advances in Consumer Research, vol.9, Association for Consumer Research, Ann Arbor, pp. 271-6, 1982 HILL, R.. Family development in three generations. Cambridge, MA: Schenkman Publishing Company, Inc, 1970 HOWARD, J.A.; SHETH, J. The theory of buyer behavior. John Wiley & Sons, New York, 1969. JANNUZZI, P. M.. Market Segmentation in Brazil; The Need for a Demographic Approach. Annals XXIIIrd General Population Conference. IUSSP, Beijing, China, October, 1997. KIRKPATRICK, E.; COWLES, M.; TOUGH, R.. The life cycle of the farm family in relation to its standard of living. Research Bulletin, n.121, Madison: University of Wiscosin Agricultural Experiment Station, 1934. LOOMIS, Charles P. The study of the life cycle families. Rural Sociology, 1 p. 180-199, 1936. MURPHY, P.E.; STAPLES, W.A. A modernized family life cycle. Journal of

Consumer Research, v. 6, pp. 12-22, 1979. Pelleg, D. and Moore, A. Extending k-means with efficient estimation of the number of clusters. In Proceedings of the Seventeenth International Conference on Machine

Learning, pg 727–734, San Francisco. Morgan Kaufmann. 2000 RODGERS, Roy H. Improvements in the construction and analysis of family life

cycle categories. University of Minnesota, 1962 SARAIVA JUNIOR. Em Busca de um Modelo Brasileiro de Ciclo de Vida Familiar Para Segmentação de Mercado.Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. 2006. SCHANINGER, C.M.; DANKO, W.D. A conceptual and empirical comparison of alternative household life cycle models. Journal of Consumer Research, v.19, pp. 580-94, 1993. Schwartz, S.H. Universals in the content and structure of values: theoretical advances and empirical tests in 20 countries. Em M. Zanna (Ed.), Advances in Experimental

Social Psychology, Vol. 25 (pp.1-65). New York: Academic Press. 1992 SOROKIN, P. A.; ZIMMERMAN, C. C.; GALPIN, C. J. A systematic sourcebook in

rural sociology. Minneapolis: University of Minnesota Press, 1931

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STAMPFL, Ronald W. The consumer life cycle. Journal of Consumer Affairs, v.12, pp. 209-217, 1978. STAPLETON, C. M. Reformulation of the family life-cycle: implication for

residential mobility. Environement and Planning A, volume 12, pp 1103-1118, 1980. In: OLIVEIRA, FREITAS & HEINECK, 1998. USCS – UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL Pesquisa socioeconômica do ABC. Relatório de Pesquisa - 42º levantamento. São Caetano do Sul: INPES/USCS, mar.2009. WELLS, W.D.; GUBAR, G. Life cycle concept in marketing research. Journal of

Marketing Research, v.3, pp.355-63, 1966 WHEELOCK, J.; OUGHTON, E. The household as a focus for research. Journal of

Economic Issues, vol.30, pp. 143-59, 1996.

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ANEXO 1 – Algoritmo em SPSS 19 – Statiscila Package for Social Science para criação do ciclo da família *****************CICLO DA FAMÍLIA - GILLY E ENIS***************** Numeric LifeCycle (f2). Numeric Crianca6 (f1). Numeric Crianca18 (f1). Numeric Conjuge (f1). DO IF (P006<6 | P007<6 | P008<6 | P009<6 | P010<6 | P011<6 | P012<6 | P013<6 | P014<6 | P015<6 | P016<6 | P017<6 ). RECODE Crianca6 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P006>5 AND P006<19) | (P007>5 AND P007<19) | (P008>5 AND P008<19) | (P009>5 AND P009<19) | (P010>5 AND P010<19) | (P011>5 AND P011<19) | (P012>5 AND P012<19) | (P013>5 AND P013<19) | (P014>5 AND P014<19) | (P015>5 AND P015<19) | (P016>5 AND P016<19) | (P017>5 AND P017<19) . RECODE Crianca18 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P030=2 | P031 = 2 | P032 = 2 | P033=2 | P034=2 | P035=2 | P036=2 | P037=2 | P038= 2 | P039=2 ) . RECODE Conjuge (sysmis=1). END IF. EXE. RECODE CRIANCA6 CRIANCA18 CONJUGE (SYSMIS=0). EXE. VARIABLE LABELS LifeCycle 'Ciclo de Vida da Família - Gilly e Enis (1982)'. DO IF (NRESID=1 AND P006 < 35). RECODE LifeCycle (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 > 34 AND P006 < 65). RECODE LifeCycle (sysmis=2). END IF. EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 > 64). RECODE

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LifeCycle (sysmis=3). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH<35 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6<>1 AND CRIANCA18<>1). RECODE LifeCycle (sysmis=4). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE LifeCycle (sysmis=5). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>64 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE LifeCycle (sysmis=6). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND ( P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=1). RECODE LifeCycle (sysmis=7). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE LifeCycle (sysmis=8). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND ( P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=1). RECODE LifeCycle (sysmis=9). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND ( P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE

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LifeCycle (sysmis=10). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND CONJUGE = 0 AND CRIANCA6=1). RECODE LifeCycle (sysmis=11). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND CONJUGE = 0 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE LifeCycle (sysmis=12). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND CONJUGE = 0 AND CRIANCA6=1). RECODE LifeCycle (sysmis=13). END IF. EXE. RECODE LifeCycle (sysmis=14). EXE. VALUE LABELS LifeCycle 1 Solteiro I 2 Solteiro II 3 Solteiro III 4 Casal Novo 5 Casal Meia Idade 6 Casal Idoso 7 Ninho 1 8 Ninho 2 9 Ninho 4 10 Ninho 3 11 Single Parent 1 12 Single Parent 2 13 Single Parent 3 14 Outros Casos. reclassificação - indicadores RECODE LifeCycle (1 thru 6=1) (7 thru 13=2) (14=3) INTO ciclodafamília . EXECUTE . VARIABLE LABELS ciclodafamília 'Ciclo de Vida da Família - readaptação de Gilly e Enis (1982)'. VALUE LABELS ciclodafamília 1 "domicílio sem criança e/ou adolescente"

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2 "ninho com criança e/ou adolescente" 3 "outros casos". *****************CICLO DA FAMÍLIA - BÉLLON ET AL (2001)***************** Numeric Béllon (f2). Numeric Crianca6 (f1). Numeric Crianca18 (f1). Numeric Conjuge (f1). DO IF (P006<6 | P007<6 | P008<6 | P009<6 | P010<6 | P011<6 | P012<6 | P013<6 | P014<6 | P015<6 | P016<6 | P017<6 ). RECODE Crianca6 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P006>5 AND P006<19) | (P007>5 AND P007<19) | (P008>5 AND P008<19) | (P009>5 AND P009<19) | (P010>5 AND P010<19) | (P011>5 AND P011<19) | (P012>5 AND P012<19) | (P013>5 AND P013<19) | (P014>5 AND P014<19) | (P015>5 AND P015<19) | (P016>5 AND P016<19) | (P017>5 AND P017<19) . RECODE Crianca18 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P030=2 | P031 = 2 | P032 = 2 | P033=2 | P034=2 | P035=2 | P036=2 | P037=2 | P038= 2 | P039=2 ) . RECODE Conjuge (sysmis=1). END IF. EXE. RECODE CRIANCA6 CRIANCA18 CONJUGE (SYSMIS=0). EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 < 35). RECODE Béllon (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 > 34 AND P006 < 65). RECODE Béllon (sysmis=2). END IF. EXE.

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DO IF (NRESID=1 AND P006 > 64). RECODE Béllon (sysmis=3). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH<35 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6<>0 AND CRIANCA18<>0). RECODE Béllon (sysmis=4). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE Béllon (sysmis=5). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>64 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE Béllon (sysmis=6). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND CRIANCA6=1). RECODE Béllon (sysmis=7). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND CRIANCA6=1 ). RECODE Béllon (sysmis=8). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1 ). RECODE Béllon (sysmis=9). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND CRIANCA18=1 AND CRIANCA6=0 ). RECODE Béllon (sysmis=10). END IF. EXE.

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DO IF (NRESID<>1 AND P006CH > 64 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1 ). RECODE Béllon (sysmis=11). END IF. EXE. RECODE Béllon (sysmis=12). EXE. VALUE LABELS Béllon 1 Solteiro I 2 Solteiro II 3 Solteiro III 4 Casal Jovem sem Filhos 5 Casal Meia Idade sem Filhos 6 Casal Idoso sem Filhos 7 Ninho Cheio I 8 Ninho Cheio II 9 Ninho Autonomo I 10 Ninho Autonomo II 11 Ninho Autonomo III 12 Outros. *****************CICLO DA FAMÍLIA - SARAIVAJUNIOR***************** Numeric Saraiva (f2). Numeric Crianca6 (f1). Numeric Crianca18 (f1). Numeric Conjuge (f1). DO IF (P006<6 | P007<6 | P008<6 | P009<6 | P010<6 | P011<6 | P012<6 | P013<6 | P014<6 | P015<6 | P016<6 | P017<6 ). RECODE Crianca6 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P006>5 AND P006<19) | (P007>5 AND P007<19) | (P008>5 AND P008<19) | (P009>5 AND P009<19) | (P010>5 AND P010<19) | (P011>5 AND P011<19) | (P012>5 AND P012<19) | (P013>5 AND P013<19) | (P014>5 AND P014<19) | (P015>5 AND P015<19) | (P016>5 AND P016<19) | (P017>5 AND P017<19) . RECODE Crianca18 (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (P030=2 | P031 = 2 | P032 = 2 | P033=2 | P034=2 | P035=2 |

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P036=2 | P037=2 | P038= 2 | P039=2 ) . RECODE Conjuge (sysmis=1). END IF. EXE. VARIABLE LABELS Saraiva 'Ciclo de Vida da Família - Saraiva (2006)'. DO IF (NRESID=1 AND P006 < 35). RECODE Saraiva (sysmis=1). END IF. EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 > 34 AND P006 < 65). RECODE Saraiva (sysmis=2). END IF. EXE. DO IF (NRESID=1 AND P006 > 64). RECODE Saraiva (sysmis=3). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH<35 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6<>1 AND CRIANCA18<>1). RECODE Saraiva (sysmis=4). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE Saraiva (sysmis=5). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>64 AND (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=0). RECODE Saraiva (sysmis=6). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND ( P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=1).

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RECODE Saraiva (sysmis=7). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 and (P030=2|P031=2 |P032=2 |P033=2 |P034=2 |P035=2 |P036=2 |P037=2 |P038=2 |P039=2 |P040=2 |P041=2) AND CRIANCA6=1). RECODE Saraiva (sysmis=8). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH < 35 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE Saraiva (sysmis=9). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH>34 AND P006CH<65 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE Saraiva (sysmis=10). END IF. EXE. DO IF (NRESID<>1 AND P006CH > 64 AND CRIANCA6=0 AND CRIANCA18=1). RECODE Saraiva (sysmis=11). END IF. EXE. RECODE Saraiva (sysmis=12). EXE. VALUE LABELS Saraiva 1 Solteiro I 2 Solteiro II 3 Solteiro III 4 Casal Jovem 5 Casal Meia Idade 6 Casal Idoso 7 Ninho 1 8 Ninho 2 9 Ninho Atonomo I 10 Ninho Autonomo II 11 Ninho Autonomo III 12 Outros Casos.