As Filhas do Dodô

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Seminário J. Macedo – Peça: As Filhas do Dodô – Roteiro cinema – v. 1 apresenta: “As Filhas Do Dodô” Roteiro – versão cinema v.1 Um oferecimento: Apoio: 6/6/2022 1

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Seminário J. Macedo – Peça: As Filhas do Dodô – Roteiro cinema – v. 1

apresenta:

“As Filhas Do Dodô”Roteiro – versão cinema

v.1

Um oferecimento:

Apoio:

8/4/2023 1

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LEGENDA:

Grifado em amarelo: marcação com numeração das novas narraçõesTexto em preto: texto original / sem modficaçãoTexto em laranja: speeches a serem decorados/lidos na horaTexto em azul: texto criado/modificadoTexto em marrom: o que precisa mudarTexto em verde: marcação de entrada para narradorTexto em rosa: marcação técnica do último eventoTexto em cinza: diálogos teóricos e marcações técnicas das sketches

8h – 8h05 - Abertura com Gerente Nacional de Vendas (5min)

Texto 1 – Speech de abertura Gerente Nacional de Vendas

Bom dia a todos!

Quem é mais antigo aqui conhece o nosso lema: “quem cedo madruga a Dona Benta ajuda!” (rápida risada) Não é isso? Pois então eu quero ver um bom dia bem animado de cada um de vocês... Um, dois, três e... Bom dia! (espera a resposta da platéia e, se não for convincente, pede para repetir).

Ótimo, assim que eu gosto, muita energia e disposição não só pra vender, mas também pra aprender. Mas antes de iniciar o nosso segundo dia de treinamento, vale a pena fazer uma rápida introdução.

Nosso tema principal de hoje é apresentar os novos posicionamentos de cada uma das marcas J.Macêdo... Esse foi um trabalho que levou 9 meses de muita pesquisa e mão na massa (faz gesto de mão na massa e talvez brinque com “massa dona benta, diga-se de passagem”).

Só que diferente de um seminário tradicional – daqueles que costumam ser conduzidos só com apresentações de

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power point - nesse evento utilizaremos uma técnica didática diferenciada...

Para proporcionar uma dinâmica mais interessante para vocês, contratamos uma agência especializada em desenvolver histórias e demos a ela a missão de criar uma forma mais envolvente para introduzir e ilustrar cada um dos assuntos que serão tratados.

Então, olha só, eles fizeram uma série de vídeos de apresentações performáticas que, durante o dia de hoje, irão compor uma história. A idéia é que esse enredo transmita diversas mensagens de uma forma mais demonstrativa que argumentativa. Vai funcionar mais ou menos assim: mais do que explicar os novos posicionamentos de cada uma das marcas, iremos mostrar na prática.

Só pra adiantar um pouco o assunto, um novo posicionamento não acontece do dia pra noite, a gente precisa de um período de transição. Só depois desse período de trabalho é que o novo posicionamento vai estar consolidado. A partir desse momento, cada marca estará posicionada para um determinado perfil de consumidora.

O que vamos fazer nesse evento é dar vida a cada uma delas –dessas consumidoras-modelo de cada marca - dentro de um contexto de uma história que tem todos os elementos da vida real. A história é protagonizada por 4 irmãs, filhas de um mesmo pai, mas cada qual com sua personalidade.

Vocês vão vivenciar uma imersão sensorial na medida em que irão acompanhar um pouco das conquistas, dos dilemas e das situações cotidianas de cada uma delas. E assim, pouco a pouco, vocês vão conhecer quem são essas consumidoras, o que elas fazem, do que elas gostam e como se comportam.

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Então preparem-se para dar esse mergulho, fiquem muito atentos a cada detalhe e, principalmente, deixem-se levar pela magia da história.

8h05 – 8h15 - Intro e Sketch 1 (8min50)

Toque cel Belinha (Amazing)

P.Alô

G.Alô, Belinha? Pode falar?

P.Naaaão, tô no meio de uma apresentação

G.Mas é tua irmã, a Graça, olha, eu tô fazendo um doce de abóbor...

P.Não posso! Aqui dentro não pode nem atender celular, nem sair no meio da apresentação e muito menos comer!

G.Tá, então me liga depois.

P.Te ligo no intervalo, tchau, tchau.

Texto 2 – Narrador abre : Essa aqui é a Graça. Graça adora acordar cedo. Bem, na verdade, nem tanto assim, mas o costume de todo santo dia acabou indo parar também no fim de semana. Mas ela não fica aborrecida, não, pelo contrário. Graça faz questão de agradar sua família e preparar todos os dias um café da manhã artesanal, cheio de delícias bem brasileiras. Nesta manhã de domingo, enquanto seus filhos ainda dormem, Graça prepara uma surpresa para seu marido Antonio. É que hoje é Dia dos Pais e ela fez o bolo de coco que ele tanto gosta. Mas antes desse café-da-manhã-surpresa, quem ficou surpresa...foi ela.

Toque fixo Graça

D. Alô

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Uma voz masculina (em off / do outro lado da linha) responde:

DD. Alô... Oi filha!

D. Pai, quanto tempo! Feliz Dia dos Pais! Aconteceu alguma coisa? Você ligando tão cedo no domingo...

DD. Ah, minha filha, você me conhece, eu acordo cedo mesmo. Meus funcionários é que não gostam disso. Mas olha, eu liguei porque hoje eu acordei com uma saudade enorme das minhas filhas queridas e quero ver todas as quatro. Comprei uma passagem e estou indo aí passar o Dia dos Pais com vocês.

Graça pára tudo o que está fazendo com o susto da notícia

D. Que notícia boa, meu pai! E a que horas você chega?

DD. Olha, filha, eu só consegui uma passagem pra tarde, então vai ter que ser um jantar. Até porque eu estou preparando uma surpresa pra vocês, sabe, minha filha, e pra poder ir praí eu tenho que resolver algumas coisas por aqui... Sabe como é corrida a vida de empresário do seu pai, não é mesmo?

D. É, pai, eu sei sim, é corrida mesmo, nem precisa falar. Acabou que cada filha nasceu em uma cidade diferente. Mas que novidade é essa, hein, pai?

DD. Vamos falar disso quando eu chegar, minha querida. Será uma conversa de pai para filhas. Enquanto isso você, que é a mais velha e dedicada de todas, poderia organizar tudo com as suas irmãs? Eu quero muito ver minhas filhas reunidas. Será que seu marido me empresta você só por hoje?

D. Hummm... eu não costumo assim ficar muito longe deles não, mas não é por um motivo qualquer né, paizinho querido lindo-lindo? Pra ver você no Dia dos Pais é mais do que justo. Então se é pelo bem geral da nação, direi ao povo daqui de casa que vou-me. E também o Antonio pode aproveitar a noite pra ficar com as crianças e curtir bastante o Dia dos Pais.

DD. Ótimo, minha filha, ótimo. Vou voltar pra cá só depois de amanhã, então vou ter tempo de sobra pra depois reunir meus netos e fazer uma sessão de filme, pipoca, passeio no parque ou sei lá mais o que essa criançada gosta hoje em dia.

D. Escuta, pai, deixa eu te perguntar uma coisinha assim, um detalhe mínimo.

DD. Mas é claro, minha filha, pergunte o que você quiser.

D. De sobremesa você acha que eu faço o que, hein? Podia ser o doce de abóbora que a Belinha gosta, ou o bolo de tapioca que a Dulce adora, ou pode ser também sabe o quê? O pavê que a Lívia ama! Você eu sei que gosta de todos esses, mas o que você acha, hein, paizinho, sua opinião é muito importante!

DD. Ah, milha filha, não se preocupe com isso...

D. Ah, eu sei, meu pai, mas é que eu quero sempre agradar vocês, né? E além disso, nada pode estragar nosso clima de união familiar. Só que uma não é chegada em pavê, a outra não vê não muita graça em fruta, de repente sabe como é, pode ficar um clima esquisito.

DD. Sei, minha filha, sei. Mas olha, cada uma tem seu jeito de viver, é verdade, cada uma gosta de uma coisa diferente, mas eu tenho certeza de que todas gostam de

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tudo o que você faz porque é feito com amor e carinho, certo? E além do mais vocês são filhas dos mesmos pais, que deram tudo igualzinho pra todas e que ensinaram pra todas a importância da família estar unida. Pra mim isso é o mais importante, minha querida, as quatro juntas. Aliás, acho até que vocês podiam montar um conjunto, “as filhas do Dodô”, ahahhahahaha, o que é que você acha, hein, Graça?

D. É, meu pai, quem sabe, quem sabe. Bom, vou então escolher um cardápio aqui e deixo tudo pronto pra quando você chegar.

DD. Pronto, minha filha, resolvido. Então agora deixa eu ir que eu preciso dar uma bronca aqui no jardineiro que tá fazendo uma bagunça danada lá no quintal. Te vejo à noite, viu minha filha?

D. Tá bom, pai, um beijo.

DD. Tchau, Graça, tchau.

Graça continua para platéia:

- Ai, que ótimo. Faz tanto tempo que eu não vejo meu pai. E que surpresa será essa, hein? Ai, deixa eu já ligar pra Lívia, aí ela já liga pra Belinha enquanto eu falo com a Dulce. Tá chamando.

Toque celular Lívia

D. Alo-oooou, Líviazinhaaaaaa, tá dormindo ainda?

L. Adivinha se não, Graça! Só você e o papai acordam a essa hora. Parece até que moram numa fazenda.

D. Ah não, a Dulce também acorda cedo. Aliás, ela me falou que as encomendas dela estão indo de vento em popa!

L. Ih, faz tanto tempo que não falo com ela que nem sei como ela anda.

D. Mas você vai ficar sabendo tudinho hoje à noite.

L. Hoje à noite? Como assim, Graça?

D. É que o papai tá vindo pra cá pra se encontrar com a gente. Diz que vem com novidades e quer que só a gente esteja.

L. É mesmo? Que legal!

D. Que legal... Você num tem mais idade pra falar essas coisas, “que legal”...

L. Ai, Graça, isso de achar tudo legal ou ilegal é coisa de advogado, não liga não.

D. Livinha, eu tava pensando aqui, você que mora mais perto do aeroporto, podia ir buscar ele, né? Ele chega no começo da noite.

L. Hummmm, deixa eu ver o que eu tinha hoje para fazer…

(ela confere sua lista de tarefas)

L. Acordar não muito cedo, mas isso já não deu muito certo, né, Graça? Correr no parque, fazer almoço, pôr a roupa pra lavar, ensaiar a apresentação... Ai Graça,

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amanhã eu e o Roger temos uma apresentação importantíssima, num vai acabar tarde, né? É que isso é muito importante pra Aguiar & Barcelos Advogados Associados, a gente pre-ci-sa ensaiar hoje.

D. Ah, Li, você sempre dá um jeito de fazer 8 mil coisas ao mesmo tempo, vai tirar isso de letra. Então põe mais uma coisa aí... Ligar para Isabella Aguiar, sua irmã mais nova, enquanto eu cuido dos preparativos.

L. OK, depois eu despacho o Roger pra casa do meu sogro, vai ser ótimo ele ficar um pouco por lá. Vai ser aí na sua casa?

D. Vai sim, e vou preparar uma comidinha deliciosa que aprendi essa semana no programa da Ana Maria Braga. Um prato bem brasileiro, bem temperado, uma delícia. Só na sobremesa eu ainda tô em dúvida. Você acha que eu passo o tempo todo na cozinha, é?

L. Graças a Deus, Graça! Nossos estômagos agradecem! Aliás, sua cozinha é praticamente uma casa. E com TV!

D. Ai, Lívia, que exagero. Só porque eu fiz tudo que dentro da minha cozinha? Aliás, você pre-ci-sa ver o caminho de mesa novo que eu fiz.

L. Tá bom, Graça, você venceu. Que mais eu tenho que fazer?

D. Nada. É só ligar pra Isabella pra avisar e depois buscar o papai. Enquanto isso eu falo com a Dulce e cuido do resto.

L. Tá bom, então deixa eu levantar que logo mais vou pra minha corrida.

D. Então corre, que quem chegar no jantar por último é a mulher do padre.

L. Sempre engraçadinha essa Graça. Um beijo, minha querida, até mais tarde, tchau, tchau.

Texto 3 – Narrador chama palestrante: Que surpresa será essa que seu pai, o famoso empresário Dorival Aguiar - ou Dodô, para os íntimos - tem para contar? Seja qual for, a vida continua e se de um lado da cidade Lívia se apressa para sua corrida matinal, do outro Graça inicia a limpeza da cozinha enquanto espera seu marido acordar. Eis que uma frase na embalagem da farinha chama a sua atenção: farinha de trigo tradicional Dona Benta tipo 1. Sem saber que se trata de uma nova denominação nacional, ela procura a resposta em seus livros de receita. Apesar de não encontrar esse dado, 8/4/2023 7

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acaba se deparando com informações curiosas como o que são cinzas na farinha e qual é o papel prático do fermento – seja ele químico ou biológico. Descobrir mais sobre farinhas e fermentos – na teoria e na prática – é o que faremos a partir de agora a presença de um convidado muito especial. Por favor, uma salva de palmas.

Trilha Diretor

Nome na tela (ppt)

8h15 – 9h- Apresentação Farinha de Trigo e Fermento – Teoria e Prática (45min)

Trilha DiretorNome na tela (ppt)

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9h – 9h10 - Sketch 2 (7min30)

Trilha Peça

Texto 4 – Narrador abre : Enquanto isso, no empório.... Isabella, ou Belinha, a irmã caçula da família Aguiar, faz umas comprinhas com seu “namorido” Herbert. Eles não são casados, mas moram juntos há mais de um ano. Ela é uma publicitária de sucesso. Ele, um arquiteto moderninho. E os dois adoram saborear juntos um belo prato. Hoje, a Belinha vai cozinhar pra ele. Diz que vai preparar uma massa com seu toque especial.

Toque celular Belinha

I. Alou, quem é?

L. É a Lívia.

I. Oi, linda! Você e essa sua mania de deixar o celular não identificado...

(cobre a boca do celular e fala para Herbert que “é minha irmã”)

I. E aí, tem novidade?

L. Pior que eu tenho mesmo... Uma notícia muito boa!

I. Conta, conta!

L. A Graça disse que papai vem pra cá hoje passar o dia dos pais com a gente!

I. Amazing!!!

(cobre a boca do celular e fala pra Herbert que “meu pai tá vindo pra cá hoje!”)

I. Adorei a novidade! Que horas ele chega?

L. Parece que só mais pro fim do dia mesmo...

I. Ótimo! Já estava mais do que na hora de uma grande reunião familiar, né? Adoooro.

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L. Ah, falando nisso, papai disse que tem um segredo... uma surpresa pra contar... então ele quer um jantar de pai e filhas.

I. No problem, dear. Adorei a notícia.

L. Pois é. A Graça disse que vai cuidar de tudo, fazer o jantar, assar uns quitutes...

I. Ah, mas, olha, eu aprendi a fazer um prato diferente no programa da Nigella, acho que vocês vão adorar. Vou falar com ela pra ver se ela troca comigo.

L. Bom, então você vê isso aí com ela e depois me fala. Só cuidado para não magoá-la hein? Você sabe que ela gosta de cuidar da família. E eu quero ver todo mundo feliz, nada de discórdias. Muita energia boa.

I. Além do mais, já tô aqui no empório - vou fazer um almocinho pro Herbert, sabe? E aí já podia aproveitar pra comprar os ingredientes do jantar.

L. Você tá no Empório? Ele abre no domingo?

I. Somente em dias especiais como hoje.

L. Eu acho meio caro...

I. Não é não, Livinha. Quer dizer, é um pouco, mas me responda uma coisa: onde mais eu iria encontrar tomate italiano e manjericão fresquíssimo pro meu molho pomodoro, hein?

L. Você e seus ingredientes complicados... Eu compraria um molho semi-pronto e problema resolvido. O Roger adora meu molho depois que ele fica ultra-pronto!

I. E pro jantar com o papai vai ser mais complicado ainda: funghi secci!

L. Ei, você ainda não falou com a Graça sobre isso. Você sabe como é importante pra ela ser a anfitriã.

I. Tá bom, tá bom, pode deixar, vou falar com ela agora mesmo.

L. Então tá, depois a gente se fala.

I. Combinado! Beijos pra você, linda.

(desliga o celular, e vira para Herbert, que estava olhando as gôndolas)

I. Lindo, me desculpa? Ainda tenho que fazer mais uma ligação.

H. Não se preocupe, guapa. Estou me entretendo por aqui.

I. Te amo!

Toque fixo Graça

I. Alou?

D. Alô. Quem fala?

I. Sou eu, Graça, a Belinha. Tudo bem?

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D. Ah, oi, tudo...

I. Então, acabei de falar com a Lívia. Ela contou do papai. Que legal, né?

D. Muito! Já estou me programando aqui pra preparar tudo...

I. Foi justamente por isso que eu liguei! Queria oferecer ajuda.

D. Hmmm... Que tipo de ajuda?

I. Na verdade.... É que eu.... queria ser a anfitriã do jantar.

D. Como assim, Belinha? Você sabe que as reuniões familiares são sempre aqui em casa, num lembra não? Com uma comidinha caseira, gostosa. Que tal?

I. Eu sei, por isso queria conversar. Sempre é na casa da irmã mais velha, agora podia ser na casa da irmã mais nova, vocês ainda não viram a reforma da minha sala, que tal, hein? Além do mais, o Herbert tá aqui comigo, vai ficar mais fácil com duas pessoas nos preparativos.

D. Mas eu não me incomodo, pelo contrário, pra mim é um prazer...

I. Além disso, eu já estou no empório e posso aproveitar pra comprar as coisas.

D. Não por isso, eu já tenho todos ingredientes aqui em casa. Até pesquisei uma receita nova num livro de culinária brasileira.

I. Mas você mora longe...

D. Depende do referencial. Pra mim quem mora longe é você.

I. Ah, mas essa é uma ocasião que eu queria tanto preparar... Mas eu tenho um troca à altura pra te fazer. Eu faço o jantar e prepara a estrela da festa: o bolo maravilha da vovó!!!

D. Hmmmm...

I. Você sabe que o papai adora, ou melhor, que todo o mundo adora e que dá um trabalhão de fazer... Aí você capricha no bolo e eu cuido do jantar. Que tal? Diz que sim, diz que sim, diz que sim?

D. Ai, tá bom, vai?!

I. Ótimo!

D. Considere como um presente de irmã mais velha... Uma irmã mais velha que aceita receitas e idéias novas, hein?

I. É por isso que eu te amo! Obrigada! Então até mais tarde.

D. Até.

I. Um beijo, oba, até!

(desliga o celular e se volta para Herbert)

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I. Oi, lindo, o que você está fazendo?

H. Estou aqui observando os produtos na gôndola. Aqui tem muita variedade... Mas não é tudo a mesma coisa?

I. Ai que pergunta de engenheiro... Nem parece arquiteto. Óbvio que não é tudo a mesma coisa. São marcas com posicionamentos diferentes...

H. OK, publicitária, pergunta valendo dez pontos: qual é a função de uma marca, anyway?

I. A marca é tipo a bandeira de um país... Pode estar no meio do oceano num barco cargueiro ou hasteada em frente à entrada de um prédio, não importa, o ponto é que você sabe que ela representa um grupo. Então, basta ver a bandeira do Brasil para saber o que esperar das pessoas, dos costumes e que certamente seria diferente caso fosse a da França.

H. Verdade. Mas eu não visualizei o que isso tem a ver com uma marca.

I. Então mira: ao ver um marca você já sabe o que esperar em termos de qualidade, de preço, de variedade, de serviço e assim por diante. Uma marca é, de certa forma, um aglomerado de expectativas.

H. Você fala como se uma empresa pudesse "escolher" que expectativas a marca vai aglomerar...

I. Mas pode! Não é a primeira vez que eu te falo de branding, vai?

H. É que não faz sentido. Porque se elas pudessem escolher de verdade, todas iriam fazer você esperar apenas pelo melhor...

I. As coisas não são tão simples assim, mon chéri (mon xêrri). Pra começar que “melhor” é algo relativo... O que é bom pra mim não necessariamente é bom pra você. Fora que nem todo o mundo pode ou quer pagar pelo premium (prímium), já que muitas vezes ela nem vai saber extrair o “melhor” que produto pode oferecer.

H. Como não? Todo o mundo sabe o que é melhor e pior.

I. Deixa eu dar um exemplo... O vinho. São todos eles feitos a partir da fermentação de uvas, certo?

H. Certo.

I. Mas os tipos de uva e safras variam, assim como o processo de fermentação e estocagem podem influenciar no aroma, capisce (capiche)? Isso tudo permite diversos produtos finais. Então vamos imaginar alguém que nunca tomou vinho na vida e decidiu provar três tintos diferentes... Nunca ela vai conseguir dizer que são diferentes. Mas se ela continuar bebendo, com o tempo seu paladar vai ficar mais refinado e um dia até vai poder identificar todas as nuances de corpo, aroma e paladar. E só nesse ponto ele vai saber apreciar o que um bom vinho tem de melhor.

H. É verdade, minha linda, é verdade.

I. Nós é que damos o valor das coisas de acordo com nossas experiências e aprendizados. Percebe que se todos os produtos forem os mais caros e melhores, a maior parte das pessoas pode simplesmente evitar de começar a aprender?

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H. Good point. Pensando assim, acho então que tem espaço para todas elas ao mesmo tempo...

I. É até bom, de certa forma. Até porque nem todos os bolsos podem se dar ao luxo de tomar um vinho de cem reais num almoço, não é?

H. Pois é.

I. Bom, mas já que hoje é uma ocasião especial, vamos lá escolher um e ir pra casa preparar aquele nosso almocinho?

Texto 5 – Narrador chama palestrante: Como boa publicitária, Isabella entende o poder e a importância das marcas. Seu namorido Herbert pode até achar que é apenas bom senso, mas ela sabe que por trás da construção de uma marca poderosa existem as mais diversas técnicas e estratégias. É justamente branding o tema da nossa próxima palestra, em que conheceremos mais detalhes desse trabalho tão importante que permite que - mais do que produtos e embalagens - possamos vender desejos, sonhos e aspirações. Vamos dar as boas-vindas ao nosso palestrante e especialista no assunto...

Trilha Diretor

Nome na tela (ppt)

9h10 – 9h40 - Branding (30min)

9h40 – 9h50 - Sketch 3 – (6min)

Dulce canta

Trilha Peça

Texto 6 – Narrador abre:

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Chegou a hora de vocês conhecerem a Dulce. Ela é a filha de Dodô que veio depois da Graça, a irmã com quem mais se identifica. O dia-a-dia da Dulce é bastante corrido; e seu trabalho, informal: ela ganha a vida preparado refeições sob encomenda. Sempre batalhadora, ela administra sozinha a vida e o orçamento de sua casa, onde mora com os filhos e o marido. Hoje, em pleno domingo, ela está já trabalhando desde cedo. É que ela recebeu um grande pedido para segunda-feira e achou melhor adiantar a tarefa.

(após narração, ela começa a “pensar alto” ou “falar consigo mesma”)

D. Minha nossa senhora, sorte que eu sou uma mulher planejada. Não ia dar conta de fazer tudo amanhã.

D. Mas é bom, é bom, porque é uma encomenda grande, um dinheirinho bom que vai entrar... Já dá para comprar umas coisas bem gostosinhas pra família. Falando nisso, deixa eu ir lá na despensa pegar mais algumas coisinhas...

(vai até o armário/prateleira da cozinha)

D. Ih, tá acabando já. Essa encomenda foi grande mesmo, ou será que eu calculei mal, meu Deus? Não, acho que é tempo de renovar meu estoque mesmo. Ih, então vou ter que passar no mercado mais tarde. Bom, deixa eu já ir olhando aqui o que deu pra juntar de oferta nessa semana.

(examina os anúncios em uma pilha de tablóides)

D. Semana boa de promoção, hein? Acho que nem vou ter que passar no atacado, vai dar pra comprar no Extra, mesmo. Melhor, mais perto.

D. Deixa eu já ír fazendo a lista...

Toque fixo Dulce

D. Alô, de onde fala?

G. Alô, quem é? Aqui é a Graça, queria falar com a Dulce...

D. Graça? Quanto tempo! Sou eu, Dulce!

G. Oi! Muito tempo mesmo...

D. Como vai a família?

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G. Todo mundo tá muito bem! O marido tá bem, trabalhando bastante. As crianças estão todas muito saudáveis.

D. Graças a Deus!

G. E com você, como vão as coisas?

D. Ah, de vez em quando a gente passa por uns apertos aqui e ali, mas nada que a gente não resolva. Bendito seja nosso santo senhor que nos ajuda e nos dá força.

G. Bendito seja, Dulce. E hoje ele nos trouxe uma boa notícia: papai vem aqui nos visitar!

D. Ave Maria! Por essa eu não esperava.

G. É, ninguém esperava, ele fez de surpresa. E também disse que tem algum segredo pra nos contar. Então ele pediu pra eu organizar um jantar só de pai e filhas.

D. Mas será que tá tudo bem?

G. Ah sim, parece que é mais uma surpresa que um segredo. A gente marcou lá na casa da Belinha. Você tem como chegar?

D. Tenho sim, vou de metrô, não se preocupe.

G. Ótimo, então nos encontramos lá pelas oito da noite.

D. Combinado, então até mais, fica com Deus.

(desliga o telefone)

D. Maque bom que ele vem, faz tanto tempo que a gente não se vê. E o que será que ele vem contar, hein?

(gritos de comemoração se aproximam – filho entra na cozinha)

R. Passei! Passei!

D. Passou o que, menino? Que barulheira é essa, Robson?

R. Passei, mãe, passei no vestibular!

D. Ah minha nossa senhora seja louvada!

(abraça o filho e chora de emoção)

D. Estou muito orgulhosa de você, meu filho, meu tesouro!

R. Eu tô muito feliz, minha mãe.

D. Mas e como você vai fazer lá na firma?

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R. A faculdade é à noite e quando eu precisar estudar o seu Aurélio disse que não tem problema.

(Dulce abraça o filho novamente e chora mais um pouco)

R. Cadê o pai?

D. Tá dormindo ainda, imagina se não.

R. Então vou lá acordar ele. Vou levar ele pra jogar uma pelada lá no campinho.

D. Ele vai ficar muito feliz, meu filho. Dois presentes, imagina!

R. Quer vir com a gente, mã?

D. Não posso, tesouro. Tenho que passar no mercado e mais tarde eu vou num jantar com seu avô.

R. Ué, mas o vô Dodô tá aqui?

D. Tá sim, mas ele quer fazer uma reunião só com as filhas. Mas num se apoquente, não, ele deve ficar mais durante a semana e você aproveita pra ter com ele.

R. Então eu vou ficar o dia todo com o pai.

D. Vai sim, Robinho, vai sim.

R. Certo! Tchau mãe, um beijo.

Texto 7 - Narrador chama palestrante: Mal sabe Robson o bem ele fez para sua mãe trazendo essa notícia tão especial. Dulce, que trilhou caminhos diferentes de suas irmãs, quer dar um futuro melhor para seus filhos. Esse é o seu sonho. Não é à toa que ela é batalhadora e esforçada. E é com muita fé, otimismo e felicidade no coração que a Dulce convida vocês para inaugurar a próxima etapa do nosso dia. Vamos agora aprender os segredos dos deliciosos biscoitos J. Macedo. Para iniciar a discussão, a pergunta: Afinal de contas, é biscoito... ou bolacha?

Trilha Diretor8/4/2023 16

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Nome na tela (ppt)

9h50 – 10h35 - Apresentação Biscoito – Teoria e Prática (45min)

Texto 8 - Narrador chama para o coffee break: Depois dessa lição de culinária, gostaríamos de convidar a todos para o nosso coffee break. Sirvam-se e apreciem. Dentro de vinte minutos voltaremos com nossa programação.

10h35 – 10h55 - Coffee Break (20min)

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10h55 – 11h05 - Sketch 4 – (5min)Trilha Peça

Texto 9 – Narrador abre: Depois de acertar com Graça e Isabella a divisão das tarefas do jantar, Lívia seguiu à risca sua intensa programação deste animado Dia dos Pais. Preparou um rápido café da manhã para seu marido, o também advogado Roger Barcelos (ok atriz), e saiu com ele para uma corrida no parque (ok atriz). Já de volta da manhã de exercícios, uma maratona ainda espera por ela. Mas Lívia não se rende nunca. Dribla todos os compromissos diários sempre com muito bom humor.

Roger e Lívia estão voltando do parque. Entram em cena ainda meio ofegantes. Roger inicia o diálogo:

R. Ufa, chegamos.

L. Mais uma missão cumprida, não, é, querido? R. Ai ai ai, Lívia, você é incansável. Eu tô é morto.

L. Ih, que nada, “lavô tá novo”, como diria a Graça. Aliás, vai me passando essa camiseta que eu vou já tomar as providências cabíveis neste caso iminente de trabalhos domésticos. Não quero que nada fique para o meio da semana.

R. Mas peraí Livinha, só me diz uma coisa: a gente precisava dar 7 voltas no parque, hein? Sete voltas num parque que já é imenso não é pra qualquer um não.

L. Aaaah, isso não é nada para os sócios-fundadores do Aguiar & Barcelos Advogados Associados, também esportistas nas horas vagas. Além do mais, sete é um número poderoso, e eu tenho certeza de que os astros estão sempre do meu lado, viu, meu lindo, você não precisa se preocupar com nada quando tá comigo.

R. Hummm, falou e disse, minha linda. (romântico)

(ela vai e dá um abraço no marido e depois continua)

L. Aliás, por falar em roupa pra lavar eu queria deixar registrado que eu, Lívia Aguiar, mandaria erguer uma estátua em homenagem à pessoa que inventou a secadora de roupas. Porque só ter máquina de lavar não adianta não, viu?! Ela pode

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ser linda, ter mil funções, oito velocidades, botões de todas as cores e tudo mais, mas e depois? Quem é que tem que tirar tudo de lá, estender, me diz? Desde que o mundo é mundo a mulherada faz a mesma coisa. A diferença é que dava pra estender roupa o dia inteiro que ainda tinha tempo de sobra.

R. E aí, minha Lívinha, que é fiel à Nossa Senhora da Praticidade e tem que ter tempo pra fazer tudo, não pode ficar sem a dupla lavadora-secadora, num é mesmo?

L. E se tivesse uma novena resumida em 3 dias pra essa santa aí eu faria com certeza, mas novena também dá muito trabalho, né? E o microondas, Roger? Me diga você o que seria de nós sem ele?

R. E por falar nele, o que vamos fazer para o almoço?

L. Vou preparar alguma coisa bem gostosinha pra gente. Mas antes disso eu preciso checar minha lista de tarefas! Alcança aquela caneta pra mim, por favor?

(ela saca a lista de tarefas e começa a “ticar” o que já fez durante o dia)

L. Café da manhã... cumprido. Corrida no parque... feito. Tirar a toalha molhada do Roger de cima da cama... ok.

R. Protesto! Isso lá é alguma atividade que mereça lugar numa lista de tarefas?

L. Claro que é, meu caro Roger. Um ótimo exercício, por sinal. Abaixa e pega toalha, levante e pendura a toalha. Abaixa e pega toalha, levante e pendura a toalha. Segundo consta, qualquer esforço que seja preciso fazer repetidamente– ou, nesse caso, diariamente - já se configura como uma atividade regular e portanto merece ser incluída na minha lista.

R. OK, meretíssima, como quiser.

L. Então vamos lá, voltando pra lista: café, corrida, roupas, certo. OK, tarefas da manhã cumpridas com sucesso. Agora vem o almoço, ensaio, depois queria ver se dava uma meditada pra depois buscar meu pai e jantar na Belinha. Mas acho que agora é hora de cuidar de você um pouquinho... Você não tá com fome?

R. 7 voltas no Ibirapuera de fome.

L. A gente pode descongelar um franguinho e fazer uma saladinha, o que você acha?

R. Eu acho ótimo!

L. Então pronto, decidido.

(tira o frango do congelador e vai colocando no micro)

L. Enquanto ele descongela, o que eu poderia fazer de sobremesa para o meu maridinho, deixa eu pensar... Uma coisa gostosa, fácil e rápida... Vamos pegar uma na internet? Traz seu notebook pra cá, depois a gente já ensaia pra apresentação. Até porque, mais tarde eu vou buscar meu pai no aeroporto e vou ter que sair voando. Seu Dodô não pode esperar, viu, o bichinho deve ter nascido de 7 meses como eu.

R. Hummm, vamos ver. Onde é que você entra pra ver essas coisas, hein, Lívia?

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L. Pode entrar em mulheressuperpráticas.com.br, sempre tem umas receitinhas bem boas.

R. Humm, deixa eu ver.. bolo ra-pi-dão, pudim zás-trás, flan…

L. Humm, flan! Isso! Quanto tempo de preparo?

R. 15 minutos.

L. Ótimo, acho até que na despensa tem um que eu comprei pra experimentar.

R. De chocolate!

L. Não, tava pensando em um de morango.

R. Vontade estranha essa sua, você não vive sem chocolate.

L. Mas você topa? Eu preparo rapidinho.

R. Fechado.

Texto 10 – Narrador chama palestrante: É, pelo jeito até no fim de semana o casal Lívia e Roger Barcelos tem uma rotina bastante agitada. Mas nessa corrida contra o tempo, nada melhor do que deliciosos e práticos aliados. Mas apesar de prática, Lívia é muito atenta aos detalhes e sabe que flan é algo completamente diferente de pudim. Por isso, nosso próximo assunto vai abordar tudo sobre as sobremesas preferidas de nossa personagem: flans, gelatinas e pudins. Fiquem atentos às dicas de nosso convidado e aproveite essa deliciosa palestra!

Trilha Diretor

Nome na tela (ppt)

11h05 – 11h50 - Apresentação Gelatinas / Pudins / Flans – Teoria e Prática (45min)

11h50 – 11h55 - Pausa para Comerciais 1 (5min)

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Texto 11 – Narrador no chroma-key

Bom dia a todos. Muito em breve você vai ver um pedaço importante da nossa história: o almoço que Belinha vai preparar para seu namorido Herbert. No cardápio, uma bela pasta regada a um bom vinho tinto. Mas... Antes de assistir às cenas do próximo capítulo, uma pergunta: você sabe onde o macarrão surgiu?

A questão é polêmica. Uns dizem que foi na China. Outros, que foi na Arábia. Mas para começar essa história vamos antes conhecer a origem da palavra.

“Macarrão” vem da palavra “macaronis”, uma derivação do verbo “maccari”. O verbo maccari, por sua vez, tem origem siciliana e significa “achatar”. Mas não só isso. É que o verbo maccari nasceu entre os gregos, para quem significava “sagrado”.

Sagrado ou profano, o fato é que o macarrão atravessou os tempos na mesa da humanidade. Diz a lenda que ele surgiu quando o homem percebeu que podia moer certos tipos de cereais e misturá-los à água, obtendo assim uma massa que podia tanto ser cozida, como assada.

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Uma das primeiras referências sobre o macarrão remete aos povos da Assíria e da Babilônia, há dois mil e quinhentos anos antes de Cristo.

Depois disso, a referência mais próxima ao ocidente aparece no Talmud, o livro das leis judaicas que data do século quinto antes de Cristo. O “itriyah” dos antigos hebreus era uma espécie de massa usada em cerimônias religiosas.

Porém, na versão mais comum, o macarrão teria chegado ao ocidente pelas mãos de Marco Polo, o famoso mercador veneziano que visitou a China no século treze.

Ainda assim, a versão mais aceita pelos historiadores faz referência aos árabes, considerados os pais oficiais do macarrão. No século nono, ao conquistar a Sicília, a maior ilha da Itália, eles teriam levado sua invenção para lá.

E assim, os italianos, que não bobos nem nada, tornaram-se os maiores consumidores e difusores de macarrão em todo o mundo, inventando centenas de tipos, formatos, molhos e maneiras de degustar o prato.

E por falar nisso, qual será o macarrão que a Belinha escolheu para esse almoço de domingo? Será que foi um

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belo spaghetti grano duro integrali? Ou colorido um fusili tricolori grano duro?

Como uma bela obra italiana, parece que grandes emoções vêm por aí... Vamos conferir?

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12h40- 12h45 - Sketch 5 – (2min30)

Trilha Peça

Texto 12 – Narrador abre: Depois das compras no empório, Isabella e Herbert vão direto para a cozinha. Este almoço foi um pedido dele. Depois de dois anos de namoro, ele sabe que é uma espécie de prazer para Belinha transformar um almoço comum de domingo em uma ocasião especial.

H. A gente adora um restaurante, né? Mas hoje achei que seria melhor ficarmos só nós dois aqui em casa.

I. E é uma boa idéia mesmo, honey. Até porque eu estava com vontade de experimentar as dicas da Nigella.

H. É mesmo? Qual é?

I. Já já eu te mostro... Passa aquele abridor de latas? (abridor de latas especial – faz performance de abrir lata de tomates pelados italianos)

H. O restaurante pode até ser bom, mas nenhum tem o seu toque.

I. Ai que exagero... Cozinhar é só uma questão de saber misturar ingredientes no tempo e na quantidade certa.

H. Não é exagero, não. Tudo o que você faz me lembra alguma coisa ou algum lugar bem longe daqui. Mas só lembra, porque nem lá era igual ao seu.

I. Fusion (fiujion), baby, esse é o segredo. Toda vez em que a gente viaja e experimenta algo diferente, eu presto atenção nos sabores e depois incorporo no meu repertório de ingredientes. Outras vezes eu presto atenção no prato e imagino com ingredientes nossos. Aí depois é só fazer uma espécie de tradução.

H. Tradução tipo “tradução brasileira Herbert Richards”? Ahahaha

I. Ai, que engraçadinho... Vou dar um exemplo: ao invés de pensar num petit gateau de chocolate com sorvete de creme, fazer um petit gateu de goiabada com cheese cake.

H. Mmmmm... O cheirinho já tá bom.

I. Vem cá, vou te mostrar a dica do Oliver...

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(ele se aproxima)

I. Até aqui é um molho de tomate bastante comum, aí pra dar um gostinho diferente a gente coloca um pouquinho de aceto balsâmico.

H. (cara de nojo) Iiiuuu… Não gosto muito disso, não.

I. Eu sei, mas a questão é a quantidade. É apenas um toque, pra ficar uma sombra de sabor, algo longe, quase que invisível ao paladar. Mas você sabe que ele está lá, atrás de vários outros aromas. Só vai entender quando provar.

(pega com a colher de pau e coloca na mão dele)

H. Hmmmmm! Péra..... (aprecia) E não é que deu um toque bom mesmo?

I. Viu? Esse é o truque. É algo inusitado à receita, que deixa um rastro difícil de identificar.

H. E aí, tá pronto? Tô com fome...

I. Tá quase... Pega aquele pegador ali pra mim?

H. Ah, leva as panelas pra mesa e a gente se serve lá...

I. No way! Você é arquiteto, sabe a importância da estética. Um prédio não é feito “só pra morar”, assim como um prato não é feito só pra ser comido. A arte de degustar começa com os olhos.

H. É, bom, isso é verdade. Mas é que eu estou com fome.... Pode ficar bem al dente... (na verdade, está ansioso)

I. OK, então pega os pratos pra mim?

H. Quais?

I. Os quadrados.

H. Tá na mão!

(Isabella começa a montar os pratos)

I. A idéia é simples... é só fazer ficar parecido com uma foto de anúncio de macarrão. Se o appetite appeal (aptáit apíl) funciona pra uma foto, imagina ao vivo, em cores e com adição de aroma. (dá uma piscadela pra ele)

H. Minha linda, você é diretora de arte até na montagem do prato.

I. E como toque final... Dá uma olhada a diferença que faz enfeitar com uma folha de manjericão fresco... Voilà!

H. Belissimo! Leva pra mesa que eu vou pegar o vinho.

(cada um vai para um lado)

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(ele volta com as taças e um anel em uma delas)

H. Guapinha mia, só você para transformar um simples almoço de domingo em algo tão mágico, tão especial...

I. Ah, lindo, não foi nada... Foi um prazer.

H. ... Mas agora é a minha vez de tornar esse momento ainda mais inesquecível...

(pausa para criar expectativa)

H. Quero dividir não apenas esse, mas muitos outros momentos especiais. Não há nada em todo o mundo que me faça sentir melhor do que a sua companhia. E agora eu pergunto... Isabella Aguiar...

(ajoelha enquanto serve a taça com a aliança)

H. Aceita essa aliança, como um símbolo de união eterna entre nós? (os dois congelam a posição)

Texto 13 - Narrador chama palestrante: Será que ela vai aceitar? Aromas pairam pelo ar. Doce é o perfume do tomate. Forte é o aroma da paixão. E embriagante é a dança da pasta em água quente, sal e azeite. Todos esses ingredientes vão harmoniosamente formar um delicioso prato à moda italiana. E é sobre os diferentes tipos de massa que vamos falar a partir de agora. As variedades, as cores, os sabores e tudo o que você precisa saber para colocar a mão na massa com muita categoria.

Trilha Diretor

Nome na tela (ppt)

12h45 – 13h30- Apresentação Massas – Teoria e Prática (45 min)

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Texto 14 - Narrador convida para almoço: Antes de continuar nossa história, vamos provar as habilidades culinárias das irmãs Lívia e Belinha na cozinha. É com grande prazer que elas convidam a todos para experimentar seus deliciosos pratos e sobremesas. Dentro de uma hora estaremos de volta. Até lá.

Trilha Diretor Ambiente

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13h30 – 14h30 – Almoço (60min)

14h30 – 14h40 - Sketch 6 (8min)

Trilha Peça

Texto 15 - Narrador abre: Nada como uma pausa depois do almoço para descansar e... fazer descobertas. A partir de agora você terá acesso a um pedacinho bem particular do dia-a-dia de Graça, Dulce, Lívia e Belinha. Afinal de contas, para servi-las cada vez melhor, é preciso saber tudo sobre essas quatro mulheres. O que pensam, como pensam, o que sonham, do que gostam. É preciso compreendê-las na sua totalidade. Então fique atento. Essas moças de personalidades tão diferentes têm muito o que nos contar enquanto esperam pela hora de encontrar seu pai.

Filme Dona Benta

Filme Sol

Filme Brandini

Filme Petybon

Texto 16 - Narrador convida palestrante: Ah, essas mulheres. Uma prefere amarelo, outra só quer o verde. Uma tem xadrez, a outra é só no saco laminado. Cada qual com seu gosto e todas com muito estilo. O

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próximo tema do nosso encontro vai abordar cada uma das particularidades das marcas J. Macedo. Fique atento ao comportamento de cada uma delas e até breve.

Trilha DiretorNome na tela (ppt)

14h40 – 15h10 - Papel MKT J. Macedo (30 min)

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15h10 – 15h20 - Sketch 7 (6min)

Trilha Peça

Texto 17 - Narrador abre: Munida de sua lista de compras, Dulce vai ao mercado como havia prometido. Ela diz que precisa encontrar os ingredientes de sua próxima encomenda. Racional, adora fazer compras inteligentes. Planejada, não gosta de fugir do script. Mas parece que ela também vai encontrar um motivo a mais para ir a esse jantar de hoje.

D. Hummmm, deixa eu ver o que falta. Pão já foi. Aqui isso é sempre mais barato mesmo.

D. Que bom que o pessoal da firma gostou da minha sugestão de pão com mortadela... Pão com mortadela é uma delícia.

D. Agora vou ver a salsicha do cachorro-quente. Tô vendo aqui no jornalzinho que no outro mercado tá mais em conta. Esse eu vou ter que falar lá no caixa.

D. Brigo pelo menor preço mesmo, não tenho vergonha não. Vergonha de ser esperta? Vixe, tem mais é que ter orgulho! Comigo é assim, tem que ser bom, tem que ter preço bom, e tem que render.

D. Tão faltando os ingredientes para os bolos.

D. Deixa eu ver os preços aqui. Humm...mais barato, preço igual, mais barato...ah, o fermento tá mais caro aqui. Já vou marcar no jornalzinho pra lembrar de falar no caixa.

D. Hmmmm... O OMO tá com uma promoção boa, não tá na lista, mas vou aproveitar. Assim já vou estocando, num da pra ficar sem roupa limpinha, neh? Roupa limpa com promoção então...

D. Ah! Chegou a mexerica, tá na época, né? Vou levar um pouco lá pra casa porque o preço está bom e todo mundo gosta. Fruta de temporada é boa e barata.

D. E também a banana, que tá com preço bom e depois eu uso a casca pra fazer um bolo. Tem que economizar, tem que improvisar, tem que aproveitar, minha gente.

(passa no caixa)

D. Zé, hoje tenho compra grande, hein? Tô fazendo uma encomenda pra um pessoal de firma. Foi um sucesso a minha idéia de pão com mortadela!

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Z. A gente acha que eles gostam de croissant (croassan), mas eles querem é o que é gostoso mesmo, né?

D. É, pãozinho e mortadela, difícil uma combinação melhor que essa...

Z. É verdade.

D. E hoje meu pai vem aí, pegou um avião lá do Ceará e vem encontrar as filhas. Tenho 3 irmãs, você sabia, né?

Z. Sabia não, acho que você nunca comentou. Hoje à noite eu também vou jantar com o meu filho.

D. Por falar nisso, feliz dia dos pais pra você, Zé!

Z. Obrigado, agradeço.

D. Aliás, a salsicha e o fermento estão mais baratos no outro mercado. Olha aqui.

(Dulce tira tablóide da bolsa)

Z. É mesmo. Vou chamar o gerente para autorizar o mesmo preço.

(Zé grita para o gerente, fora da cena)

Z. Edinei!! Edinei!! O concorrente tá com oferta! Posso cobrir?

Z. Dulce, ele tá ocupado mas deu sinal de ok. O total é esse.

(Dulce dá uma olhada no monitor do computador)

D. É por isso que eu gosto daqui. Atendimento dez, preço mil.

(Dulce pega a carteira e começa a contar dinheiro) D. Olha só o que eu guardo aqui na carteira, Zé. É uma foto com toda a família reunida. Meu pai e minhas irmãs. Isso já faz tempo viu? Tinha uns 15 anos aqui.

Z. Bonita família, Dulce. Suas irmãs já viram essa foto?

D. Acho que não lembram. Ás vezes nem eu lembro. Pode ser uma surpresa pra hoje à noite, né?

Z. Eles vão gostar, eu sei que vão. Porque você não vai ali na copiadora e faz uma cópia pras suas irmãs e seu pai?

D. Boa idéia Zé, boa idéia!

Texto 18 - Narrador chama palestrante: Ao mesmo tempo em que Dulce providencia os presentes, seu pai já está quase desembarcando em outro ponto da cidade. Ela vai ter que se apressar se quiser pegar o 8/4/2023 31

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metrô onde mora, no subúrbio, para chegar à casa de sua irmã Belinha antes do anoitecer. Enquanto ela passa por diversos pontos da cidade, vamos saber tudo sobre aquele que tem mais relevância para todos nós: o ponto de venda. Uma salva de palmas para nosso próximo convidado.

Trilha DiretorNome na tela (ppt)

15h20 – 15h40 - Papel Trade Marketing J. Macêdo (20min)

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15h40 – 15h50 - Sketch 8 (5min)

Trilha Peça

Texto 19 - Narrador abre: Perto da hora combinada, Lívia, sempre muito pontual, se apressa para buscar seu pai no aeroporto. Mas eis que algo a fez desistir de ir com seu próprio carro...

L. Pai, quanto tempo.

(Dodô vem ao encontro dela. Ele se abraçam e dão um beijo.)

DD. Como vai, minha filha?  Você está tão bonita!

(O taxista coloca as malas no porta-malas. Dodô agradece) DD. Obrigado, obrigado.

L. Pai, quanto tempo, que bom te ver.

Motorista abre a porta do carro para eles. Todos se acomodam.

M. Pra onde vamos?

L. Pode ir no sentido da avenida, por favor.

M. Tem alguma preferência de caminho?

L. Não, desde que seja o mais rápido e curto, por favor!

M. Deixa comigo!

(E imediatamente dirige-se para o pai, fazendo um carinho em seu braço)

L. Pronto, pai, tudo certo.

DD. Ué, Lívia,  por que você veio de táxi?

L. Porque antes de sair não tava me sentindo bem, tava me sentindo meio tonta.

DD. Tonta, minha filha?

L. Ai, pai, acho que foi excesso de exercício. Ou de coisa pra fazer.

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DD. Ah, mas você precisa deixar de fazer mil tarefas ao mesmo tempo, minha filha. Senão pode até virar estresse, Deus me livre dessa doença moderna!

L. Eu, me estressar, pai? Parece que nem me conhece...

DD. Isso mesmo, minha filha, muito bem! O bom humor é o segredo!

L. Mas acho eu tenho que diminuir o ritmo mesmo, sabe, pai? Teve uns dias nessa semana que foi difícil combater o sono. E olha que sono, assim, fora de hora, eu não tenho nun-ca. É só dormir uma boa noite de sono que já acordo renovada.

DD. Sono, é? Hummm. Sabe que sua mãe reclamava muito de sono quando estava grávida assim da....

L. Grávida?

(eles se olham com olho arregalado)

DD. Será, minha Livinha, que vou ser avô de novo?

L. Ah não, não pai, acho que não. Pelas minhas contas está tudo normal, só uma pessoa aqui dentro.

DD.  HUmmm, sei, sei. Me diga, Líviazinha, esses dias você teve por acaso alguma vontade, assim, de comer alguma coisa especial como um....flan?

Flan? Eu comi hoje um flan, pai, por quê? Aliás, todos aqui comemos (se dirigindo à platéia)

DD. Por acaso esse flan que você - e eles - comeram era de morango?

L. Era de morango, sim, pai, como é que você sabe?

DD. Ah, minha filha, que lindo!

L. Que lindo, pai, como assim que lindo? (pausa) Quem é você? O que você fez com meu pai? (diz com tom charmoso-brincalhão)

DD. Não, minha filha, eu estou bem, sim, Líviazinha. É que da última vez que sua mãe trocou o flan de chocolate pelo flan de morango descobrimos que sua irmã Belinha estava a caminho.

L. É mesmo, pai? Será... Será então que... eles estão grávidos? (brinca com a platéia e morde a ponta dos dedos) Ou será que sou eu? Ai meu Deus, pai, não acredito!

(Dodô ri com satisfação e dá um beijo nela e eles se abraçam)

DD. Tudo indica que é você que está grávida, minha querida. Veja, você disse que teve muito sono, que se sentiu meio tonta e teve vontade de comer o famoso flan de morango. Pra mim não pode ser outra coisa, Lívia. Mas acho sim que você deve fazer um exame certinho, no laboratório, com tudo bonitinho, pra ter mesmo certeza.

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L. É, papai, pode deixar, vou ver isso.

DD. E olha, vou até te contar uma coisa. Sabia que quando a Graça descobriu que tava grávida da Maria foi igualzinho? E sabe do que mais? Ela não admite, mas depois o Antonio me contou que ela ficou com vontade de comer o flan de caixinha. Logo ela, que adora passar um teeeeempãaaao na cozinha, ahahaha.

(Os dois riem)L. Mas é melhor não comemorarmos antes do tempo, neh, pai?

DD. É melhor, minha filha, é melhor. Mas eu te garanto que depois de ser pai quatro vezes eu sei bem o que acontece quando uma mulher está grávida. Ela fica mais bonita do que nunca, sabe, parece até que está o tempo todo iluminada, assim como você está hoje, filha. Mais do que já brilha normalmente.

L. Ah, paizinho, obrigada.

DD. Sabe, Lívia, depois o corpo começa gradualmente a passar por uma mudança, uma grande transição, mas que acontece de maneira natural, aos poucos, entende? Um dia a barriga cresce um pouquinho, no outro dia mais um pouquinho, depois você tem que começar a usar roupas maiores...

L. Mas muda muita coisa, né, pai?

DD. Muda, filha, muda muita coisa. É como eu estava falando lá no escritório outro dia. Aliás, minha filha, eu te falei que vamos conseguir ainda este ano dar inicio àquela grande mudança no nosso portfolio?

L. Não falou, não, pai.

DD.  Pois é, vamos conseguir, acredita? Também é uma grande mudança, assim como a sua. Pois então, eu tava explicando pra eles que quando nascem novas oportunidades, a tendência da maioria das pessoas, por incrível que pareça, é ficar receosa, sabia disso, Lívia? Porque qualquer mudança de qualquer tipo exige também uma mudança de pensamento. E você sabe, mudar o pensamento e o hábito das pessoas não é fácil. Exige muito trabalho, mas é recompensador.

L. Assim como deve ser ter um filho, não é, pai?

DD. Exatamente. Você agora, por exemplo, terá  9 meses para se acostumar aos poucos com a idéia de ser mãe. Primeiro vai preparar o quarto do bebê, comprar roupinhas pra ele, pra você, uma montanha de fraldas... Depois vai aprender como é que se faz pra ser mãe, como você deve alimentar o seu filho, como educar. Tudo naturalmente.

L. Ah, pai, mas também dá um meeeedo...

DD. Lógico que dá, filha. Isso é natural. A gente é treinado desde pequeno a medir esforços, calcular as conseqüências, e quando a gente lida com alguma coisa nova assim fica difícil identificar esses fatores. Mas eu garanto, e com a confiança que ganhei tendo criado 4 filhas, que o vem em seguida vale o esforço. Vale ganhar uns quilinhos a mais, ter um pouco de enjôo no começo, mas depois passa, viu querida? Você vai ver.  

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L. Ah, pai, será que eu agüento esperar até amanhã pra ter certeza? Já pensou se não for?

DD. Então vamos fazer o seguinte. Já estamos perto da casa da Belinha, não é? Motorista, por favor, você pode nos levar a alguma farmácia que esteja aberta a essa hora aqui por perto?

M. Pois não, doutor, deve ter uma no próximo quarteirão.

DD. Ótimo, então vamos pra lá e tirar essa dúvida agora mesmo.

L. Aaaaaaai, que ansiedade, que emoção! E vai ser bom que de lá a gente pode até ir a pé pra casa da Isabella... Eu gosto de andar sempre com alguém porque além de fazer exercício é gostoso ir conversando no caminho.

DD. Combinado, ternura em forma de pessoa, combinado.

Texto 20 - Narrador chama palestrante: Parece que não é apenas Lívia que nos próximos tempos verá uma grande transição e o crescimento da família acontecerem. Para contar para a gente sobre transição e marcas fortes, chamamos ao palco o Sr. Igor Cunha, coordenador de marketing da J. Macêdo.

Trilha DiretorNome na tela (ppt)

15h50 – 16h20 - Marcas J. Macêdo (Transição) (30 min)

Texto 21 - Narrador chama coffee break :

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Trilha Diretor Ambiente

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16h40 – 16h45 - Pausa para Comerciais 2 (5min)

Texto 22 – Narrador no chroma-key

16h45 – 17h35 - Lançamento de Produtos (massas / farinhas / mistura para bolo e sobremesas) (50 min para 7 pessoas = 7 min cada)

17h35 – 17h50 - Sketch 9 (15min)

Trilha Peça

Texto 23 - Narrador abre: Enfim o momento pelo qual todos esperavam: a família reunida. Já faz um certo tempo que isso não acontece e, como de costume, algumas diferenças aparecem. Mas nada que um bom grano duro, vinho e muita conversa não resolva.

D. Queridas, chegamos!

G. Pai! Finalmente!

(Graça limpa a mão no pano de prato e vai dar um beijo em Dodô.)

I. Here you are!

(Isabella coloca os pratos na mesa e vai ao encontro dele. Cumprimenta o pai depois de Graça.)

D. Ai meu Deus, que alegria!

(E vai também ao encontro do pai.)(Lívia, ansiosa para fazer o teste, manda “beijos voadores” à Graça e Isabella e corre para o banheiro. Só pára para cumprimentar Dulce, que está na “fila de espera” para abraçar o pai.)

L. Oi Dulce, oi meninas. Péra só um pouquinho que eu já venho.

Dd. Quanta saudade que eu tava de vocês, minhas filhas.

G. Fez boa viagem, pai?

Dd. Ótima viagem, filha, ótima.

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D. Você tá com uma fome de leão, né não?

Dd. To sim. Nem almocei direito hoje, minha filha.

I. Voilà (voalá)! Vamos sentando senão vai esfriar.

(Todos se acomodam. Isabella vai até a cozinha pegar o ralador automático de queijo.)

G. Cadê a Lívia?

L. Tô chegando!

(E se acomoda na mesa, ao lado de Dodô. Ele sussurra:Dd. E aí, alguma novidade?Ela responde baixinho:L. Ih, pai, acho que preciso tomar mais vinho.Ele arremata:Dd. Na dúvida, fique só a água mesmo.)

(Isabella volta da cozinha com o ralador de queijos em mãos)

I. Olha, os italianos discordam, mas eu acho que macarrão sem queijo é igual a namoro sem beijo...

D. Ah, mas olha o raladorzinho dela... Que frescura!

I. Of course not, assim é bem melhor que de saquinho.

G. Ah, Belinha, também não é assim... Os dois têm suas vantagens. O queijo libera mais aroma e sabor quando é ralado assim na hora. Já no saquinho ele perde um pouco esse frescor, mas também é uma opção bem mais prática. E em conta também.

L. No dia-a-dia eu vou de saquinho. Ralador só nas ocasiões especiais.

D. Ah, Belinha, mas aquele queijo que eu vi lá na geladeira?

I. O que é que tem ele?

D. Vi lá que tinha a etiqueta e, ich, custou quinze reais!

I. Ué, mas vale cada centavo!

D. Quinze reais numa fatia de queijo? Eu, hein!

I. Ah, então, mas olha só: não é uma fatia de queijo, é uma fatia de brie (brri).

D. Mas com quinze reais eu compro macarrão pra mais de mês lá em casa.

G. Eu entendo Dulce, mas ela também está certa... É que são situações diferentes. De vez em quando eu mesma compro brie (bríe). Mas, sinceramente, melhor do que o nosso queijo minas, só o nosso queijo coalho. Hummmmm.

L. Eu já acho que o negócio é comprar tudo pronto, assim num tem nem que ficar se preocupando com nada. Depois ainda congelo tudo.

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D. Vocês me desculpem, mas eu não consigo entender isso não.

Dd. Pra falar a verdade, nem eu, minha filha. Essas conversas de mulher dão voltas demais!

G. Gente, é simples como comparar carro e ônibus: com os dois vocês chega onde precisa.

I. Mas se você pode ter um carro, por que não?

D. Ah, é que nem se diz no Ceará: "sorte é como a chuva que principeia. A gente almoça, mas não cheia”. Pra você, isso quer dizer que num dá pra contar com a sorte o tempo todo não!

G. Mas se tá chovendo na sua horta, é melhor não deixar a oportunidade passar, não é mesmo?

L. Meninas, respirem, um, dois, isso,vamos deixar a energia fluir pra ficarmos bem calminhas. Enquanto vocês respiram eu já volto.(Lívia sai do palco)

I. Dulce, faz assim, leva o brie pra sua casa, experimenta e você vai ver que é gostoso. Eu sei que é caro, mas é o tipo de coisa que a gente se dá de presente de vez em quando. Aposto que às vezes você compra uma marca ou um produto melhor mesmo sendo mais caro. Não é?

D. Ah, isso é lá verdade. Quando o Robinho faz aniversário eu só compro do bom e do melhor pra ele. Vale o sacrifício, sabe? (pausa) Aliás, deixa eu contar pra vocês a última felicidade que esse menino me deu. Ele passou na faculdade!

G. Ai que notícia boa!

Dd. Meus parabéns! Que orgulho! Puxou o avô, esse menino!

I. Viva! Parabéns pra ele.

D. Ai, fiquei tão feliz! Até chorei de emoção. O Robi vai ter estudo! Estou feliz demais.

G. Ai que legal, vamos fazer um brinde?

I. Cadê a Lívia?(Lívia volta ao palco desligando o celular e solta um brado com os braços no ar, indo em direção do pai, para abraçá-lo)

L. Pai, você tinha razão!

Dd. Rá-rá, eu sabia! Desse jeito meu coração não vai agüentar!

D. Que aconteceu, mulher?

L. Eu tô grávida!

I. Absolutely amazing!

L. Nem acredito! Liguei agora pro Roger e ele quase desmaiou de emoção.

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G. E eu achei que ia fazer uma surpresa, olha só. Parabéns, minha querida, mais uma alegria para a família!

G. Parabéns, parabéns, parabéns. Hummm, deixa eu ver... Vai nascer no friozinho, perto das festas juninas, a gente pode fazer uns docinhos caseiros de lembrancinha, olha que legal! Se for menina, maria mole. Se for menino, pé de moleque.

L. Hum.... Pode ser. Ele vai ser um taurino assim bem determinado ou então um geminiano bem agitado. Seja como for, pena que a gente tem que esperar nove meses, né?

G. Mas que delícia! Você vai ver como é bom ser mãe.

D. O meu só me dá alegria.

Dd. Ah, minhas filhas, mas muito melhor que ser pai, é ser avô. Esse é o meu tetracampeonato. E quem vai me dar o penta hein, Isabella?

I. Not yet, pai, ainda não. Uma surpresa de cada vez, né?

G. E o nome, já escolheu?

D. Mas já?

L. Ah, ainda não sei. Mas tem uma coisa de que eu sempre tive certeza... Graça... eu queria que você fosse a madrinha do meu bebê.

G. Ah, não acredito. Não sei nem o que dizer, Lívia.

I. Pela primeira vez você não sabe o que falar, Graça. Tocaí Lív, você conseguiu! Agora falando sério, concordo com tudo que você disse. A Graça é a irmã que toda família queria ter.

L. Sabia que podia contar com você, e minha escolha tem um motivo especial. Você sempre foi nosso elo de ligação. A irmã que apartava nossas brigas, a irmã que segurava nossas ondas, a irmã que sempre estava lá para o que desse e viesse. Se hoje somos a família que somos, parte grande é mérito do pai e outra parte é mérito seu. Queria que o meu filho fosse tão legal quanto você.

G. Lógico, minha querida. Vai ser uma honra pra mim.

D. Graça, você é a goiabada que completa nosso queijo.

I. Então eu sou o queijo brie.

D. Vamos ver se isso é bom mesmo. Até lá fico com a boa e velha muzzarella.

Dd. Um brinde a todas vocês!

I. Nananina, gente, então peraí. Então vou ter que contar uma novidade também.

L. É hoje!

D. Fala logo, mulher.

I. Vocês não sabem o que me aconteceu hoje de manhã!

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Dd: Comeu flan de morango?

D. Flan de morango?

I. Não, nada de flan de morango! O Herbert... Ele me pediu em casamento!

L. Uau!! parabéns!!! E aí!

D. Até que enfim, hein?

G. Isso é tão romântico! E você aceitou, né?

I. Tchan tchan tchan tchan...

L. Ah, pára de fazer suspense, vai. É tão gostoso brincar de casinha, cuidar do maridinho, fazer comida pra ele... Tudo bem que eu e o Roger somos adeptos da culinária pratica, né? Mas eu faço tudo sempre com o mesmo carinho. Acho que você tem que começar a pensar a partir de uma pergunta muito importante. Você gosta mesmo dele?

I. Claro que gosto, mas não sei se essa é a hora certa... O que é que vocês acham?

G. Toda hora é certa quando se ama. Quem falava isso era a nossa avó. Sábia mulher.

D. Óoooo, que marido bom a gente não perde.

I. E você pai? O que acha?

Dd. Olha, filha, eu acho que a gente tem que fazer o que o coração manda. O que eu quero é ver você feliz.

(Isabella respira fundo e conclui:)

I. Então... a resposta é I DO! Vou aceitar!

(Graça puxa as palmas e todos acompanham – e quem pode assovia)

G. Muito beeeeeem!

L. Rá, que máximo!

D. Tava na hora!

Dd. Ótimo, minha filha, ótimo. Olha que maravilha, em uma só noite ganhei um genro, um neto na faculdade, outro neto que vem vindo e a companhia agradabilíssima de todas vocês. Alguém tem mais alguma novidade pra anunciar?

D. Ah, eu tenho sim... não é bem uma novidade, é que eu trouxe um presentinho pra vocês. (entrega as copias) É a foto que a gente tirou na primeira comunhão da Isabella, eu sempre levo comigo na carteira.

Dd. Ah, quanta alegria de ver as minhas meninas assim, todas juntas e conversando alegremente. Acho que agora já posso contar o que é essa tão esperada surpresa. A caminho daqui eu comentei com a Lívia sobre as mudanças todas que estão acontecendo na empresa.

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Dd. A novidade que eu tenho pra contar é que (suspense) para essa transição eu me inspirei em cada uma de vocês e vou dedicar cada um dos principais produtos a cada uma de minhas filhas queridas...

Dd. Dulce nasceu na mesma cidade que eu, tem um espírito forte de luta e sobrevivência. Não tem temporal ao qual você, minha filha, não resista. Teve o Robinho ainda jovem, passou por muitas dificuldades – Deus sabe como não deve ter sido fácil – e mesmo assim nunca aceitou ajuda financeira minha... E eu sei que não foi por orgulho, mas por saber que iria conseguir se virar sozinha. E estava certa, porque você é muito batalhadora e os momentos mais difíceis te fizeram ainda mais forte. Hoje você é organizada, administradora e sabe valorizar o dinheiro como nenhuma outra pessoa que eu conheço. Você é o que eu chamo de batalhadora econômica.

Dd. Graça é como a raiz que dá estrutura para o tronco poder crescer. É ela que alimenta e é ela que prende todos ao solo e nos lembra de nossas origens. E o seu solo é o brasileiro, definitivamente. É com essa cultura popular que ela mistura nossas tradições familiares. Em suas mãos as receitas ancestrais mais preciosas estão seguras e sempre são muito bem representadas. É prendada, sabe fazer de tudo e não existe um detalhe que passe despercebido. Sua casa é o seu reinado, sendo a cozinha o seu aposento real. É a melhor dona de casa com que uma família pode sonhar. Você é o que eu chamo de provedora dedicada.

Dd. Lívia é sempre alto astral. É sinônimo de energia, de trazer com ela o poder de alegrar todos os ambientes em que passa. Assim como o sol ela faz muitas coisas ao mesmo tempo: ilumina, dá energia, aquece... E onde há um problema, lá está ela para resolver. Tem jogo de cintura de dançarina profissional que improvisa um passo tão bem como se tivesse ensaiado. E mesmo correndo o dia todo – sem parar por nem um segundo - no dia seguinte ela acorda novinha em folha, revigorada para mais um dia de trabalho. Você é o que eu chamo de solucionadora prática.

Dd. Isabella sempre foi a caçula irreverente. Lembro daquela vez que você pintou as unhas de azul. Mas quem pensou que isso era coisa de ovelha negra é porque não te conheciam como eu te conheço. Sei que a verdade é que você gosta de experimentar coisas novas e surpreender os outros e a si mesma. A prova está aí: hoje você é uma grande profissional de sucesso que sabe apreciar as coisas boas da vida e, assim, criar momentos mágicos e especiais como esse. Você é o que eu chamo de hedonista gourmet.

Dd. Nesse dia dos pais, eu que quero dar o presente... Eu quero que vocês estejam sempre assim como estão aqui, as quatro juntas – muitas vezes na mesma gôndola, em todos os supermercados desse país – convivendo em harmonia. Isso porque cada uma tem um perfil com diferentes características que as tornam únicas e complementares. E assim, a partir de hoje, as consumidoras desse país irão se espelhar e se reconhecer em pelo menos uma de vocês.

S. Pai, amei! Temos que comemorar!

G. Vou lá buscar o Bolo Maravilha da Vovó!

Dd. Já já, minhas filhas, mas antes que tal aproveitarmos esse momento histórico para tirarmos uma nova foto da família?

I. Sure! Vou pegar a câmera...

(todos se levantam pra formação)

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D. Eu vou contar pra todo mundo lá no bairro...

I. Vou deixar no timer...

Xiiiiiis....

Entra snapshot

Texto 24 - Narrador chama convidado para encerrar:E assim, a família Aguiar continua a sua história. E agora que conhecemos um pouco mais da vida de Dodô e sua família, podemos compreender melhor o comportamento e o perfil das milhões de Graças, Dulces, Lívias e Belinhas do nosso Brasil. Você vai ver que podemos identificar um pouquinho delas em cada mulher e ter a certeza de que por todo o país elas visitam diariamente os supermercados, hipermercados, empórios e vendinhas para consumir nossos produtos. Para fazer as considerações finais desse dia, chamamos ao palco o Sr. Marcos Póvoa. Opção 2 - E agora, para fazer o encerramento oficial deste dia, chamamos ao palco nosso diretor presidente, Sr. Amarílio Macêdo.

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Trilha DiretorNome na tela (ppt)

17h50 – 18h - XIII – Encerramento (10 min)

Texto 25 – Speech encerramento

Trilha Diretor Ambiente

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