As Fontes de Energia no Brasil e Implicações II

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AS FONTES DE ENERGIA NO BRASIL E IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS II Capítulo 13 Pg. 160 a 164

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AS FONTES DE ENERGIA NO BRASIL E IMPLICAÇÕES AMBIENTAIS II

Capítulo 13 Pg. 160 a 164

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O INICIO DO MONOPÓLIO ESTATAL DO PETRÓLEO E A PETROBRÁS

Em 1951, Vargas voltou à presidência da República, eleito pelo povo, e retomou a política do petróleo. Vencendo enormes obstáculos;

A 3 de outubro de 1953 seu governo instituiu o monopólio estatal e sancionou a lei relativa à política e a à criação da Petrobras.

O Monopólio passou a ser exercido pelo CNP, órgão de fiscalização e orientação, e pela execução , exercendo as seguintes atividades:

-A pesquisa do subsolo e a lavra das jazidas de petróleo e outros hidrocarbonetos fluidos e gases raros;

- A refinação do petróleo nacional e importado; - O transporte marítimo ou por meio de condutos, do petróleo bruto.

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AS CRISES DO PETRÓLEO E AS “SOLUÇÕES” BRASILEIRAS

A primeira grande crise do Petróleo (1973)

Até 1973, a produção brasileira de petróleo atendia a apenas 20% das necessidades de consumo do país.Logo, 80% do produto consumido era importado.Essa situação foi sentida com maior intensidade a partir daquele ano, quando os países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que controlavam a maior parte da produção mundial do produto, ameaçaram paralisar o fornecimento caso não ocorressem aumento dos preços .

O preço do petróleo saltou de US$ 2,70 para US$ 11,20 (cerca de 31,4%) causando grande impacto na economia mundial, particularmente no Brasil .Esse acontecimento conhecido como, crise do petróleo de 1973, exigiu que o país despendesse grandes esforços para aumentar suas exportações para compensar as importações de petróleo, cujo o peso na balança comercial brasileira tornou-se muito elevado nas décadas de 1970 e 1980.

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De uma participação de 16% no valor total das importações brasileiras,, em 1973, foi aumentando de ano em na, saltando para 53,5% em 1982.

A Segunda Grande Crise do petróleo (1979)

Em 1979, os países membros da Opep elevaram o preço do barril de petróleo para US$14,54 inaugurando a segunda grande crise.Os acordos estabelecido quanto ao preço foram rompidos com a queda do xã da Pérsia (Irã), Reza Pahlevi, no inicio de 1979, e a tomada do poder por Khomeini.O Inicio da guerra entre Irã e Iraque (durou de 1980 a 1988) comprometeu a produção e exportação desses dois grande produtores mundiais, alterando enormemente o preço do produto.

Com esses acontecimento o preço do barril em 1979 1980, e apresentou grande variação de US$23 chegaram US$ 45.As consequencias sobre a economia brasileira se mostraram no déficit da balança comercial, no aumento, da dívida externa, no aumento da inflação e na redução da atividade econômica.

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AS “SOLUÇÕES” BRASILEIRAS As crises do petróleo levaram o governo brasileiro a imprimir uma nova

orientação na política energética, por meados e no final da década de 1970:

Criação do Proálcool (Programa Nacional do Álcool, como intuito de desenvolver e consolidar uma fonte alternativa de energia para substituir a gasolina.

Autorização da contratação de serviços com cláusulas de risco para a exploração petrolífera em território brasileiro ;

Intensificação da prospecção de petróleo em território brasileiro pela Petrobrás;

Tentativa de diminuir a dependência do petróleo como fonte de energia, substituindo-o pela energia elétrica, acelerando, então, a construção de hidrelétricas

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A segunda medida ficou conhecida como contratados de risco. Esses contratos permitiam as empresas nacionais e estrangeiras a prospecção e a extração de petróleo no território brasileiro em áreas ou bacias sedimentares previamente delimitadas, e em prazos determinados, sobre o controle e fiscalização da Petrobras. Se a prospecção tivesse êxito, as empresas seriam pagas pelos investimentos realizado e a Petrobras pagaria o óleo e o gás pelo preço operacional da extração.Mas se nada fosse encontrado, os prejuízos de investimentos realizados ficariam por conta e risco da empresa envolvida.

O objetivo do contrato de risco era ampliar a possibilidade de localização de petróleo no subsolo brasileiro e na plataforma continental, em complementação às pesquisa realizadas pela Petrobras, e aumentar o a produção de petróleo em curto prazo.

Os contratos de risco eram também uma forma encontrada de proteger o monopólio estatal da Petrobras naquele momento crítico que se vivia em relação a essa fonte de energia e às pressões das grandes empresas British Pretoleum, Shell, Texaco, Exxon etc.

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Entretanto, nenhum das empresas que assinou o contrato de risco encontrou petróleo no Brasil..Diante do fracasso insinuou-se que a Petrobrás havia cedido apenas áreas sem possibilidade de jazimento e petróleo.|A empresa se defendeu afirmando que, durante o período de 1975 a 1988, foram assinados 243 contratos de risco entre a Petrobrás e todas as maiores empresas de petróleo, que tiveram acesso a 90% da área sedimentar brasileira.

Mapa das bacias sedimentares

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A QUEBRA DO MONOPÓLIO ESTATAL

Em 1997 (Governo FHC), foi aprovado o fim do monopólio estatal do petróleo exercido pela Petrobras.

História do Petróleo no Brasil (fases):

1°Fase – até o ano de 1938, a pesquisa e a exploração encontrava-se sob o regime da livre iniciativa.

2° Fase – criação do Conselho Nacional do Petróleo (CNP) em 1938, quando o país passa a ter um órgão controlador da atividade petrolífera.

3°Fase – Instituição do monopólio estatal do petróleo em 3 de outubro de 1953 com a criação da Petrobras.

4° Fase – contratação de serviços, com clausulas de riscos, para a prospecção e lavra do petróleo brasileiro por empresas privadas nacionais ou estrangeiras, medida tomada a partir de outubro de 1975

5° Fase – quebra do monopólio estatal do petróleo em 7de junho de 1995 por meio de uma emenda constitucional, regulamentada por um projeto de lei em 1997

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Apesar do fim do monopólio estatal a Petrobras continua sendo a única empresa no Brasil atuar na extração do óleo bruto

Com o fim da monopólio estatal, o governo criou a Agência nacional do petróleo (ANP), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com a finalidade de orientar as políticas públicas no setor, promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria de petróleo, satisfazendo a demanda das sociedades.

Assim como a ANP, foram criadas outras agências reguladoras da exploração de recursos, como : ANA (Agência Nacional das águas), Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica, Anatel (Agência nacional da Telecomunicações

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AS REFINARIAS DE PETRÓLEO E SUA DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

A refinaria de petróleo é uma unidade de produção que processa a fase inicial de tratamento do petróleo, de separação dos vários produtos dele extraídos:

O maior número de refinarias encontra-se na região sudeste, em virtude de se ter aí o maior consumo dos derivados de petróleo

As refinarias não se localizam necessariamente junto às áreas de produção ou de exploração por ser mais fácil e econômico transportar o petróleo bruto para um certo ponto de território, para aí ser refinado, do que transportar a grandes distâncias seus derivados.

Gasolina, querosene, óleo diesel, óleo lubrificante etc.

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O PETRÓLEO COMO FONTE DE ENERGIA

O Brasil ainda possui suas atividades industrias, largamente assentada na utilização do petróleo.

Entre 1940 e 1977, o consumo de petróleo no Brasil aumentou cerca de cinco vezes . Foi nesse período que se deu o maior crescimento industrial do país e um aumento considerável da frota de autoveículos.

Alguns fatores de relevância para a expressiva participação dessa fonte de energia no Brasil

O petróleo foi o “motor” energético do século XX e do capitalismo

A internacionalização e a exportação de técnicas de produção principalmente segundo o modelo norte-americano, calcado na energia fornecida pelo petróleo.

A adoção de um modelo de desenvolvimento baseado na chamada sociedade de consumo em grande escala de produtos manufaturados a partir das matérias-primas obtidas do petróleo, elevou substancialmente sua demanda e seu desperdício.

A invenção do motor a explosão e sua aplicação nos veículos automotores revolucionaram os transportes e a construção de estradas

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O PETRÓLEO E O MEIO AMBIENTE Além dos vazamentos, as fases de industrialização e refino causam grande

impacto; Entre os poluentes liberados pelas refinarias encontam-se:

Dióxido de Enxofre (SO²): responsável pelas chuvas ácidas, provocando a destruição da vegetação, com efeitos negativos e multiplicadores para o meio ambiente, os quais desnudação do solo e consequente erosão e deslizamentos, que podem , por suas vez, provocar soterramentos de rios e vales, causando, inundações.No ar atmosférico, causa ao ser humano irritações das mucosas e das vias respiratórias e consequências danosas para o organismo terrestre e aquático

Hidrocarbonetos lançados no ar atmosférico pelas refinarias de petróleo, como resultado da combustão incompleta de derivados de carbonos, causam distúrbios do sono, alterações no sistema nervoso e irritações da mucosas.

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Durante muito tempo o Brasil, com o objetivo de melhorar a combustão da gasolina , adicionava-se chumbo tetraetila, elemento metálico tóxico, combinação que produzia grande quantidade de poluentes tóxicos, como óxido de chumbo, bastante nocivo ao meio ambiente e ao próprio homem.

Esse procedimento foi proibido, tendo sido substituído pela adição de 22% de álcool à gasolina, o que, segundo alguns cientistas levou a uma diminuição das emissões de monóxido de carbono pelos veículos.No entanto a poluição causada pelos derivados do petróleo requer um tratamento mais apurado por parte dos órgãos de controle ambiental e a busca de soluções mais promissoras, uma vez que o problema ainda é grave

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ATIVIDADE

Golfo do México

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