As Relações Familiares no Contexto da Drogadição

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Faculdade Anísio Teixeira Curso de Psicologia Letícia C. Marques Maria Anunciação S. Meneses As Relações Familiares no Contexto da Drogadição: Uma Revisão Sistemática da Literatura

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As Relações Familiares no Contexto da Drogadição: Uma Revisão Sistemática da Literatura

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Faculdade Ansio TeixeiraCurso de PsicologiaLetcia C. MarquesMaria Anunciao S. MenesesAs Relaes Familiares no Contexto da rogadio! "ma Re#iso Sistem$tica da LiteraturaFeira de Santana%&A'()*Letcia C. MarquesMaria Anunciao S. MenesesAs Relaes Familiares no Contexto da rogadio! "ma Re#isoSistem$tica da LiteraturaTra+al,oa-resentado ao Curso de Psicologia da FAT . Faculdade Ansio Teixeira como requisito-ara o+teno do grau de +ac,arel em Psicologia/ so+ orientaodo Pro0essor r. Cl$udio 1m+irussu. Feira de Santana'()*ResumoO uso abusivo de substncias psicoativas uma questo que tem preocupado a todos em nvel mundial, pelo crescimento desordenado contribuindo para criminalidade. Nesta perspectiva as famlias tm sofrido transformaes e as perdas de valores permeiam constantemente. Em meio a essa problemtica quem sofreso as classes desfavorecidas pela falta de oportunidade e dificuldades materiais, ficando limitadas as possibilidades de proporcionar um mel!or tratamento teraputico quando um membro fa" uso de substancia psicoativa. #ssim, o ob$etivo desse estudo analisar na literatura cientfica brasileira as relaes familiares no conte%to da dro&adio. 'ara tanto, foi reali"ado um levantamento nas bases de dados, (ciE)O, 'e'(*+ e )*)#+(. 'ara o levantamento, foram utili"adas as se&uintes palavras,c!ave-relaes familiares, famlia, dro&adio.Os resultados dos estudos sero analisados a partir de ei%os temticos. Palavras-chave! .elaes /amiliares, /amlia e 0ro&adioSum$rio *ntroduo....................................................................................123todo.........................................................................................14.esultados e 0iscusso................................................................15+onsideraes /inais...................................................................67.eferncias..................................................................................642ntroduo(e&undo 8raemer 9:116;, dro&as so quaisquer substncias utili"adas que alteram a funcionalidade do (istema Nervoso +entral 9(N+;, cu$o uso contnuo pode tornar o indivduo dependente delas. Em al&uns casos, o seu uso tem fins medicinais, mas de forma &eral as dro&as podem ser pre$udiciais < sa=de. #s dro&as podem ser diferenciadas em trs &rupos- estimulante, depressoras e alucin>&enas. #s estimulantesaumentam a funcionalidade mental, as depressoras re&ridem essas atividades e as alucin>&enas deturpam a ao neurol>&ica do su$eito 9(antos 6???;.0e acordo com +arrapato e (antos 9:161;, al&uns medicamentos so considerados dro&as de e%citao psquica e prio sistema or&nico, e%i&indo um consumo cada ve" maior para que o efeito permanea o mesmo. +ontudo, cada or&anismo vai e%i&ir uma quantidade diferente, visto que cada um pode ter uma tolerncia pr>pria e rea&ir de trs formas diferentes- 9a; Toler3ncia com-ortamental- quando ! um a$ustamentopsquico pela maneira na qual o su$eito atuaA 9b; Toler3ncia -sicodin3mica- quando a dro&a a&e apenas em um lu&ar no crebro, redu"indo assim todos os processos comportamentais como na marc!a ou na falaA 9c; Toler3ncia da droga no sangue- quando ! um estmulo na corrente san&unea, e a dro&a metaboli"ada no f&ado que um dos maiores >r&os do corpo !umano e tem a funo na secreo biliar, eliminando as substncias t>%icas do or&anismo 90rummond @ 0rummond /il!o, 6??5;. (e&undo o 0(3,*B C., Ddependncia de substncias consiste na presena de um a&rupamento de sintomas co&nitivos, comportamentais e fisiol>&icos, indicando que o indivduo continua utili"ando a substncia, apesar de problemas si&nificativos relacionados a elaE. 'ara Bar&as 96??F;, ! dois tipos de dependncia, a fsica e a psicol>&ica. # fsica se verifica quando o indivduo dei%a de utili"ar a dro&a e sur&em 4reaes or&nicas como mal,estar, pouca concentrao, aumento ou &an!o no peso. Enquanto a psicol>&icas se verifica quando o indivduo dei%a de utili"ar a dro&a e passa a ter al&uns problemas psicol>&icos, como !umor disf>rico e ansiedade 9O3(, 6??F;. Guando o indivduo vivencia um quadro de dependncia psicol>&ica, ele se encontra saciado, porm ainda continua querendo in&erir a dro&a, para que possa sentirpra"er ou evitar sofrimento 9O3(, 6??F;.(e&undo 'ratta e (antos 9:117;, a utili"ao indiscriminada de substncias psicoativas tem sido motivo de preocupao a nvel mundial, devido tanto ao crescimento do uso dessas substncias nas =ltimas dcadas do sculo HH, quanto aos efeitos associados. Berifica,se tambm uma mudana relacionada ao uso das dro&as. No passado, a dro&a era utili"ada com prudncia e estava associada a crenas reli&iosas e culturais, porm com o aumento do sistema econImico resultou em ne&>cio pro&ressista, ile&al, proibido e rentvel. 0urante anos, a utili"ao era atreladaa con!ecimentos e informaes por &eraes de forma naturali"ada e sem meios que indu"isse ao uso e%cessivo 9JioKovate Lunior, 6??F;.O uso indiscriminado de dro&as esta relacionado a questes que envolvem todoum mbito social, individual, familiar, escolar, e os meios de comunicao. 'ratta e (antos 9:117; ratificam a importncia do apoio dos >r&os &overnamentais, para suscitar tcnicas e polticas que minimi"em e precaven!am a utili"ao e%cessiva de tais substncias. (c!enKer e 3inaMo 9:11F; ressaltam que o afeto familiar contribui para a resoluo de problemas relacionados < dependncia qumica. # famlia tem sidoatribuda al&umas funes- (a) socializadora, visto que a responsvel pela formao da personalidade e por educar os membros dentro da sociedade; (b) econmica, pois, em geral garantidora da produo e reproduo da fora do trabalho; (c) ideolgica, visto que as famlias so as responsveis pela transmisso de costumes, idias,valores, princpios, hbitos e padres de comportamentos! ("rushini, #$$$)%0esta forma, torna,se relevante compreender de que forma os familiares de usurios de dro&as lidam com essa situao conflitiva e como colaboram no tratamento do dependente. +ompete aos familiares o compromisso de cuidar e atender as principais necessidades que l!es so cabveis e proporcionar um ambiente favorvel93inaMo @ (c!enKer, :11F;A 9(erapione, :11N;. 5+ada &rupo familiar tem sua individualidade que so peculiares a todo ser !umano, dessa maneira, possuindo seu pr>prio pilar e a forma de se inter,relacionar com seus membros socialmente 9)andre, :115, citado por (errat, :116;. (e&undo /erreira 9:11F;, quando o indivduo fa" uso e%cessivo de dro&as e se torna dependente, pode alterar todo o mbito familiar, dei%ando todos vulnerveis. #lm disso, os familiares, na tentativa de a$udar o dependente, tendem a viver em muitos casos, em funo deste, no cuidando das pr>prias atividades e de si.&ioto (#$$') afirma que( )e quer ter uma condio humana melhor no terceiro mil*nio tem que assumir responsabilidade social em relao +s famlias, para que elas se,am no o n-, mas o ninho onde os seres humanos aprendam a ser e conviver!% .emonstra que essencial o cuidado fsico e psicol-gico com as famlias, posto que estas se,am imprescindveis na reconstruo da vida social, e no enfrentamento de situaes difceis, e de fraque/a, e na busca de um novo sentido para a vida% # reinsero a forma que o dependente ir se portar diante da sua recuperao e depende da funcionalidade da base social e familiar para uma nova maneira deste encarar a vida satisfatoriamente 9(ilva, :166;. O tema escol!ido tra" uma refle%o e compreenso acerca do uso de substncias psicoativas e a importncia das relaes familiares quando um membro fa"uso de tais substncias levando em conta que a famlia a principal responsvel pelo suporte para todos os seus membros. O sabido que o uso abusivo de substncias psicoativas tra" consequncias no s> para quem usa, mas para toda a sociedade. Observamos a falta de envolvimento de al&uns familiares no tratamento do dependente, desta forma resolvemos fa"er a pesquisa para ampliar nosso con!ecimento na temtica.O estudo se caracteri"a como uma reviso sistemtica de literatura que busca a$udar a comunidade cientfica, compartil!ando ideias e &erando informaes em torno da questo, mapeando os estudos partir de evidncias cientficas, podendo ser possvel < elaborao e o aprimoramento de futuras investi&aes. 0esta forma, o ob$etivo desse estudo analisar na literatura cientfica brasileira as relaes familiares no conte%to da dro&adio.6M4todoO pro$eto caracteri"a,se como uma reviso sistemtica da literatura cientfica nacional. Os arti&os foram selecionados a partir de um levantamento biblio&rfico, reali"ado nas bases de dados (cientific Eletronic )ibrarM Online, Prasil 9(ciE)O , Prasil;, 'eri>dicos EletrInicos em 'sicolo&ia 9'e'(*+; e )iteratura )atino,#mericanae do +aribe em +incias da (a=de 9)*)#+(;. /oi considerado com critrio de incluso arti&os emprico, envolvendo a participao de adulto,$ovem e trabal!os completos reali"ados no Prasil e publicados entre os anos de 6??? a :16F. /oram re$eitados atravs de uma tria&em reali"ada com os arti&os encontrados para selecionar quais seriam lidos inte&ralmente e utili"ados na confeco do pro$eto os arti&os que no estavam de acordo com o ob$etivo proposto como- os que no forem empricos, que envolvam a participao de crianas e idosos, trabal!os reali"ado fora do Prasil. Codos os arti&os foram analisados a partir de cate&orias em ei%os temticos e a coleta foi reali"ada de outubro de :162 a maro de :16N. #p>s a coleta dos arti&os em todas as bases de dados mencionada acima, foi feita uma leitura minuciosa e uma anlise dos arti&os que estavam pertinentes com a temtica. 'osteriormente foi elaborada uma planil!a se&uindo um modelo apresentado pelo professor com as se&uintes informaes- autor, ano, ttulo, ob$etivo, $ustificativa, mtodo, resultado discusso e concluso. +om essas informaes foi possvel destacar nos resultados e discusso o que est de acordo com a temtica e mais pr>%imo do ob$etivo &eral# partir das informaes contidas na planil!a de autores, foram delineadas as se&uintes cate&orias- famlia, condio socioeconImica, conflitos e estrat&ias, e espera,se partir delas saber se a condio socioeconImica da famlia, os conflitos e estrat&ias teraputicas podem influenciar no uso ou desuso de substncias psicoativase de que forma proporcionado o tratamento teraputico. # partir dessa cate&ori"ao de conceitos, os resultados foram apresentados e discutidos, conforme a literatura, como ser demonstrado abai%o.7famliavulnerabilidadeacolhimentoafetofamilia desestruturadarejeiodesrespeitoResultados e iscussoFigura ). A im-ort3ncia do a-oio 0amiliar#o analisar a fi&ura 6, bem como as possveis relaes e%istentes, tendo afamlia como o n=cleo central de apoio, observamos a sua importncia com diferentes formas de atuao quando ! um membro dependente de substancias psicoativa e a necessidade do comprometimento e da presena familiar dando os principais suportes necessrios. +onsiderando o seu papel e suas implicaes, com a presena de afeto e acol!imento para que essa famlia manten!a uma boa estrutura e seus membros no se tratem com re$eio e desrespeito, tornando o ambiente vulnervel e sem perspectivas si&nificantes nos relacionamentos e possivelmente dificultando no tratamento da dependncia.0e acordo com o levantamento biblio&rfico +olossi @ +ols 9:16F;, tra" que o conte%to familiar pode ser considerado como fator de risco eQou de proteo em relao ao abuso de dro&as e que uma famlia onde ! acol!imento, dialo&o, afeto e apoio, possivelmente seus membros no faro uso de dro&asA no entanto, uma estruturafamiliar que ! falta de afeto e dialo&o, sem imposio de limites pode contribuir tanto8Desigualdade socialDifculdades materiaisobre!a"ituao social prec#riacondio socioecon$mica para o uso como manuteno permanente da dependncia. Rma famlia desestruturada com prevalncia de re$eio e desrespeito torna,se vulnervel ao uso indiscriminado de substancias psicoativo.0entro do conte%to familiar, onde ! dro&adio a fi&ura materna mencionada de forma respeitosa e a ela so atribudas as principais funes acol!edoras, ainda neste mbito ter uma estrutura familiar propicia e adequada, onde os pais mostram dedicao e preocupao com os fil!os, constitui,se de importncia na recusa da utili"ao ou manuteno de substancias psicoativas 9(anc!e" @ +ols :11N;.(ele&!im @ +ols, 9:166; tra" que nas famlias onde ! perdas, separaes entre osmembros, consumo presente de dro&as no mbito familiar, mostrando que no ! base e apoio da sociedade e da famlia, coma escasse" de possibilidades e cone%o a servios de sa=de, pode aumentar e a&ravar a situao da dro&adio. 0esta forma considerando a famlia como a principal responsvel e cuidadora primria de seus membros cabem a ela passa,l!e informaes necessrias. +omo ser demonstrado na fi&ura :, referente < condio socioeconImica que um fator preponderante que pode influenciar para o uso ou desuso de substanciaspsicoativas.%Figura '. Condio socioecon5mica e relaes 0amiliares.Na fi&ura :, Observamos al&umas relaes e%istentes, dando nfase < condio socioeconImica e enfati"ando,o como fator que possibilite mel!ores estrat&ias utili"adas pelos familiares para dar suporte ao dro&adicto e como potenciali"adores para dependncia. +onsiderando que o conte%to familiar com dificuldades materiais, situao social precria, pobre"a e desi&ualdades sociais so fatores que pode aumentar a vulnerabilidade e as pessoas que vivem no conte%to de condio socioeconImica precria normalmente so arrastadas para o mundo da dependncia qumica. (e a famlia tem uma condio socioeconImica alta pode oferecer mel!ores tratamentos para o dro&adictos possibilitando um profissional qualificado, uma clinica especiali"ada e possvel mel!orias no tratamento. 'ercebemos na maioria dos estudos que as famlias pobres com dificuldades materiais e situao precria ! uma prevalncia maior de dependentes, ou se$a, que ter uma condio socioeconImica bai%a um fator de risco para tornar,se dependente, no entanto outros estudos tra"em que no necessariamente ter uma situao precria um fator desencadeante para o uso de dro&as e nesse conte%to possivelmente os familiares tero mais dificuldades em oferecer um mel!or tratamento.'esquisas reali"adas sobre o fator socioeconImico mostram que mesmo tendo dificuldades de acesso a bens materiais e prevalncia de bri&as no conte%to familiar, ainda assim esses indivduos encontram uma maneira de se re&enerar e se or&ani"ar para se&uir em busca de suas metas, no procurando refu&io e solues imediatas nas dro&as 9(ele&!im @ +ols :166;L Sermeto @ +ols 9:161;, tra" que os fatores econImicos, sociais e culturais dos &rupos familiares onde prevalece o desamparo e a confuso de valores, os indivduos buscam solues imediatas nas dro&a. E para eles o que resta aquilo que al&uns participantes da pesquisa denominam de Despao de liberdade dos e%cludosE, caracteri"ado pelo comrcio da sobrevivncia, na maioria das ve"es ile&al, que, no limite, incorpora o roubo, a prostituio, o uso e a venda de dro&as, numa ciranda perversa de vulnerabilidades. &'(anc!e" @ +ols, 9:11N; tra" que ter uma condio socioeconImica bai%a um fator que se torna suscetvel ao uso de dro&as, possivelmente aumentando a criminalidade e a a&ressividade e as ra"es do no uso de dro&as entre adolescentes debai%o poder aquisitivo, por meio da fonte mais relevante na opinio deles aelaborao de pro&ramas de preveno e enfati"am o sucesso por eles alcanado na tentativa de no usar dro&as em comunidade submetida se esquece de que muitas ve"es as pessoas pensam que esto dialo&andoe muitas ve"es esto falando so"in!as ou no esto falando de forma que DoutroE possaouvir.(e&undo Currini 9:114;, ser cuidador si&nifica criar estrat&ias para enfrentar essa fase $untamente com seu familiar dependente, as quais so criadas a partir das e%perincias adquiridas anteriormente em seu conte%to familiar e tambm a partir de crenas, e do seu conte%to social. Este cuidador tem ainda que abdicar de al&umas atividades que antes reali"ava como trabal!ar, estudar entre outras, podendo modificar sua rotina, isso &era neste cuidador uma sobrecar&a fsica, mental e social. 'ode,se ento detectar que no decorrer do processo, o familiar envolvido perpassa por tarefas que l!es e%i&e dedicao ao lon&o do perodo de cuidados com o dependente, podendoocasionar neste familiar uma srie de problemas os quais necessitam de cuidados e ateno $untamente com o dependente. /ica evidente ainda em al&uns estudos que as crenas reli&iosas so uma dasestrat&ias utili"adas pelos familiares no processo de recuperao do dependente, podendoproporcionar,l!e uma mel!oria na adeso ao tratamento.(anc!e" @ +ols 9:115;, tra" que a divul&ao dos poderes da i&re$a evan&lica pela mdia televisiva ou por parentes e ami&os foi fundamental para buscar a$uda nesses locais. # comprovao de DeficciaE na cura de doenas, inclusive a dependncia qumica, poderia estar relacionada < f dos entrevistados no poder de sua i&re$a.O autor ainda afirma que a reli&io no apenas promove a abstinncia do consumo de dro&as, mas oferece recursos sociais de reestruturao- nova rede de &4ami"ades, ocupao do tempo livre em trabal!os voluntrios, atendimento Dpsicol>&icoE individuali"ado, valori"ao das potencialidades individuais, coeso do &rupo, apoio incondicional dos lderes reli&iosos, sem $ul&amentos e, em especial entreevan&licos, a formao de uma Dnova famliaE. 'arte considervel do sucesso dos DtratamentosE reli&iosos est no acol!imento oferecido ficas para as questes da vida. +abeceiras @ +ols 9:115;, reafirma que al&umas reli&ies servem como facilitadora na adeso ao tratamento e na reinsero social do dependente qumico conferindo,l!e crdito, e tendo a fi&ura de D0eusE como avalista de um novo comportamento voltado para o respeito aos demais membros da famlia e da sociedade. O comum encontrar, depois de um lon&o perodo de dro&adio ativa, um dependente que no consi&a mais ser aceito pela sua famlia. Nen!um membro de seu n=cleo familiar conse&ue mais acreditar em suas promessas, e neste momento a Dnova famliaE, que o &rupo que frequenta a i&re$a < qual ele aderiu, cumpriria o papel de n=cleo familiar, acol!endo, aceitando, respeitando e permitindo que o dependente qumico adquira novamente a autoestima e o respeito pr>prio.Neste mbito importante a terapia individual e &rupal, tratando no s> o usurio mais tambm o familiar envolvido, para que possa contribuir nas relaes e or&ani"aes em todo conte%to, tendo como foco a mudana de comportamento para facilitar uma mel!or adeso ao tratamento. (endo importante tanto o acol!imento familiar quanto a participao de profissionais de sa=de para facilitar em al&umas situaes, utili"ando,se de ferramentas como o processo teraputico para uma mel!or adeso ao tratamento.Consideraes 0inais0iante do que discutimos consideramos o papel da famlia como necessrio para o fortalecimento dos vnculos, facilitando o processo que envolve o tratamento dodependente. Guanto < condio socioeconImica observamos que pode tanto potenciali"ar a vulnerabilidade quanto minimi"ar a reduo de danos, na qual fica evidenciado que ter situao precria, pode ser um fator potenciali"ador para &5dependncia e pode dificultar as possibilidades de estrat&ias teraputicas utili"adas pelos familiares. O estudo permitiu ampliar nosso con!ecimento das possveis relaesfamiliares dentro do conte%to de dro&adio, e%plicitando a necessidade da participao do familiar $untamente com o profissional no tratamento da dependncia. Re0er8ncias &i+liogr$0ica+#.B#)SO, /. .. 3. , P. C., Juimares, #. N., ', , 3aftum,#. +ausas de recadase de busca por tratamentos referidas por dependentes qumicos em uma unidade de reabilitao.+olomb. 3ed. :116A 2:9(upl.6;- N4,7:&6+#PE+E*.#(, .., Neves, +. '. L., Jatti, #. ). # Biso dos psic>lo&os acerca do papel da reli&io na recuperao de dependente. Bol.?. (o 'aulo.:115.+ON.#0O, 0. (. O.9:117;. 0ro&adiao So$e- entendendo o processo de recada. *ta$a 9(+;, 0.R3ON0. +.+. 3A /il!o, 0.+. S.96??5;. 0ro&as- a busca de respostas. (o 'aulo, )oMola.E0U., 3. +. A (.,+arneiro, L.+. +9:161;. O abandono do uso de dro&as ilcitas por adolescentes- importncia do suporte familiar. .evista baiana de sa=de p=blicaA B.F2, J*8OB#CE. /. 96??F;- dro&as opo de um perdedor, (o 'aulo 8.#E3E., V.'. 0ro&as e dependncia qumica, Noes Elementares. /lorian>polis, :116.NOJRE*.#, L.J.A9:11?; # importncia da famlia na problemtica da dro&adiao com adolescentes sob o ol!ar da anlise do comportamento. Pebedouro- /afibe.Or&ani"ao 3undial da (a=de. 96??F; +lassificao de transtornos mentais e comportamentais da +.*.0. 61. 'orto #le&re.Or&ani"ao 3undial da (a=de. +*0,61, +lassificao *nternacional de 0oenas e 'roblemas .elacionados < (a=deA traduo centro colaborador da O3( para a +lassificao de 0oenas em portu&us 9:11F;. ?. ed. Ber. ,da Rniversidade de (o 'aulo, F6:,F62.'E.E*.#, ). +. 0. B.A (ou"a, .. ). P. 9:161; # famlia no &rupo- apoio aos familiares de dependentes qumicos. 'sicolo&ia. +om. 'C, o portal dos psic>lo&os, (ilva, P. ). +. 9:166;. # /amlia- uma analise de sua importncia no tratamento dos usurios de lcool no +#'( #0 de +ampinas JrandeSermeto, (#NCO(, C.+.@ +arrapato, L. ). 9:161; #s consequncias do uso de substancias psicoativas no aspecto biopsicossocial, revista inde%.(+SEN8E., 3. A 3*N#UO, 3aria +eclia de (ou"a. /atores de risco e de proteo para o uso de dro&as na adolescncia. +incia e (a=de +oletiva, vol.61, n.F, pp. 414,464, :11N. 0isponvel em- !ttp-QQWWW.scielosp.or&QpdfQcscQv61n FQa:4v61nF.pdf.&7(#N+SET, T. 0. 3., Nappo, (.#. *nterveno reli&iosa na recuperao de dependente de dro&as. Bol. :. (o 'aulo. :115.+O)O((*, '. 3.A 'a", 3. /. #spectos da dinmica da famlia com dependente qumico. :16F.(#N+SET, T. 0. 3A Nappo, (. #.A Oliveira, J. ). .a"oes para o no, uso de dro&as ilcitas entre $ovens em situao de risco. (o 'aulo. :11N.&8