As Sete Expirações de Cristo na Cruz em um Sacrificio Perfeito

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Estudo sobre o momento da crucuficação de Cristo no calvário.

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De Volta á Mensagem da Cruz.

As sete expirações de Cristo na cruz em um sacrifício perfeito.

Leitura: Marcos 15,37, Hebreus 9,29 e cap10, 12.

Crucificação ou crucifixão: O termo vem do Latin crucifixio ("fixar a uma cruz", do prefixo cruci-, de crux ("cruz"), + verbo figere, "fixar ou prender".era um método de execução tipicamente romano,

primeiramente reservado a punir as classes inferiores escravos, criminosos violentos e possíveis guerrilheiros de províncias rebeldes. Crê-se que foi criado na Pérsia, sendo trazido esta pratica no tempo de Alexandre e seus generais para o mundo mediterrâneo, para o Egito e para Cartago. Os romanos aparentemente aprenderam a prática dos cartagineses e (como quase tudo que os romanos fizeram) rapidamente desenvolveu nesta prática um grau muito alto de eficiência e habilidade. Vários autores romanos (Lívio, Cícero, Tácito) comentam a crucificação, e são descritas várias inovações, modificações, e variações na literatura antiga, Cícero um dos maiores juristas do senado romano que viveu nos dias de Julio Cesar descreveu a crucificação com as seguintes palavras: “Summum supplicium e crudelissimum supplicium; que traduzida é a mais extrema, mais cruel e angustiosa forma de punição.”

Do lado dos autores judeus temos uma menção muito importante por seu mais famoso historiador que viveu no primeiro século da era cristã, chamado Flávio Josefo, que testemunhou vários homens sendo crucificados especialmente durante o cerco de Tito sobre Jerusalém, em seu livro intitulado guerras judaicas ele descreveu o evento como: “A mais desgraçada de todas as mortes.”

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No ato da crucifixão combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, (Lucas 23,35-36; Marcos 15,29-30; Mateus 27,39-42.) e por isso o processo de era olhado com profundo horror (Isaias 53,3). O castigo da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso

ter sido despojado de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido ao réu estando este preso a uma coluna. No caso de Jesus parece ter sido esse castigo feito de modo severo, antes da sentença final, considerando os castigos impetrados pelo sinédrio (Mateus 26,67-68) e posteriormente pela corte romana local na pessoa de Pôncio Pilatos (Lucas 23,22-25.). No

ato de crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira, amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. Muitos dos pintores e a maioria dos escultores de crucificação, também mostram os cravos passados pelas palmas. Contos romanos históricos e trabalho experimental estabeleceram que os cravos foram colocados entre os ossos pequenos dos pulsos (radial e ulna) e não pelas palmas. Cravos colocados pelas

palmas sairiam por entre os dedos se o corpo fosse forçado a se apoiar neles. O equívoco pode ter ocorrido por uma interpretação errada das palavras de Jesus para Tomé, (João 20,27) “vê as minhas mãos”.

Anatomistas, modernos e antigos, sempre consideraram o pulso como parte da mão. O peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Neste ponto quando queriam apressar a morte do individuo crucificado davam-lhe um golpe de misericórdia chamado de crurifragium, era uma pancada certeira nas pernas que quebravam a tíbia removendo totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à morte e matavam o condenado por asfixia foi exatamente isso que os soldados fizeram com os ladrões conforme (João 19,32), como Jesus já estava morto não foi necessário lhe quebrar as penas (João 19,33), cumprindo as escrituras (João 19,36). Mas era mais comum a colocação de "bancos" no

crucifixo, que foi erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar exigia um enorme esforço. Tratando-se propriamente de instrumentos de execução, os dados históricos nos permitem dizer que havia pelo menos 4 tipos básicos de cruz, usados pelos romanos nos dias de Jesus Cristo. 1ª A cruz decussata que tinha o formato da letra grega (Chi) que graficamente se

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parece com a letra X era geralmente muito baixa e o condenado ficava com os pés apoiados no chão. Nalgumas vezes deixavam o condenado ali e soltava animais ferozes que lhe devoram a carne estando ainda vivos, noutras ocasiões faziam do individuo uma espécie de tiro ao alvo para guerreiros. 2ª A cruz grega também chamada de inissa quatrata porque tinha um

travessão cortado da mesma medida do poste vertical ela imitava um sinal de +, era baixa semelhante à cruz decussata e servia de um

terrível instrumento de tortura. 3ª A cruz comissa tinha a forma da letra (Tau), parecido com o nosso T em grego tratava-se de um poste (stipes) geralmente fixo no lugar da execução ao qual se adicionava um travessão (patibulum) ao topo, o

patibulum era transportado pelo próprio condenado, a vitima era pregada ou amarrada ao travessão (patibulum) e literalmente era içada

até o topo onde permanecia agonizando para contemplação de todos. 4ª A cruz latina também chamada de cruz inissa ou captata que era a

mais usada pelos romanos, a cruz latina t era bastante alta algo em

torno de 3 metros e ela consistia de dois modos na vertical poste (stipes) e na horizontal o travessão (patibulum) que cortava cerca de

um metro debaixo de seu topo. A escolha da cruz latina como aquela que foi utilizada no dia da crucificação de Jesus se deu de vários detalhes apresentados nos evangelhos canônicos. Primeiramente vemos que somente a cruz latina (inissa ou captata) e a cruz grega (inissa quatrata) permitiam colocar qualquer placa acima da

cabeça do condenado como a bíblia diz que aconteceu com Jesus de acordo com o testemunho dos evangelistas (Mateus 27.37; Marcos 15.26; Lucas 23.38; João 19.19), nesse ato foi colocado um pedaço de

madeira sobre a cabeça do réu, com uma inscrição de poucas palavras que exprimiam o crime: INRI, ou Iesus Nazarenus Rex Ioderum, ou Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus.

A exclusão da cruz grega (inissa quatrata) que teoricamente também

teria espaço para a placa condenatória de Cristo se da pelo fato que somente a cruz latina (inissa ou captata) seria alta o bastante para

coincidir com os aspectos apresentados pelos evangelistas, segundo o que lemos em (João 19,29-34) onde os soldados dão de beber a Jesus e

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depois Dele haver morrido verificam Seu falecimento utilizando-se de uma lança percebemos que a cruz de Cristo não podia ser baixa caso o contrario aqueles centuriões não precisariam de um caniço para alcançar a sua boca e nem de uma lança para perfurarem a costela uma espada seria bem mais adequada para isso. O método da crucificação adquiriu grande importância para o Cristianismo.

Jesus carregou o travessão vertical (patibulum) da cruz, pesando aproximadamente 50 kilos, jornada de mais de 800 metros da fortaleza Antônia até o lugar da execução chamado Gólgota e este trajeto público e penoso é chamado de Via Crucis.

A vítima agora é crucificada. Enquanto ele cai para baixo aos poucos, com mais peso nos cravos nos pulsos a dor insuportável corre pelos dedos e para cima dos braços para explodir no cérebro – os cravos nos pulsos estão pondo pressão nos nervos medianos. Quando ele se empurra para cima para evitar este tormento de alongamento, ele coloca seu peso inteiro no cravo que passa pelos pés. Novamente há a agonia queimando do cravo que rasga pelos nervos entre os ossos dos pés.

Neste ponto, outro fenômeno ocorre. Enquanto os braços se cansam, grandes ondas de cãibras percorrem seus músculos, causando intensa dor. Com estas cãibras, vem à dificuldade de empurrar-se para cima. Pendurado por seus braços, os músculos peitorais ficam paralisados, e o músculos intercostais incapazes de agir. O ar pode ser aspirado pelos pulmões, mas não pode ser expirado. Jesus luta para se levantar a fim de fazer uma respiração. Finalmente, dióxido de carbono é acumulado nos pulmões e no sangue, e as cãibras diminuem. Esporadicamente, ele é capaz de se levantar e expirar e inspirar o oxigênio vital. Sem dúvida, foi durante este período que Jesus conseguiu falar as sete frases registradas:

Jesus olhando para os soldados romanos, lançando sorte sobre suas vestes disse: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” (Lucas 23,34)

Ao ladrão arrependido, Jesus disse: "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso." (Lucas 23,43)

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Olhando para baixo para Maria, sua mãe, Jesus disse: “Mulher, eis aí teu filho.” E ao atemorizado e quebrantado adolescente João, “Eis aí tua mãe.” (João 19,26-27)

O próximo clamor veio do início do Salmo 22, “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27,46)

Ele passa horas de dor sem limite, ciclo de contorção, câimbras nas juntas, asfixia intermitente e parcial, intensa dor por causa das lascas enfiadas nos tecidos de suas costas dilaceradas, conforme ele se levanta contra o poste da cruz. Então outra dor agonizante começa. Uma profunda dor no peito, enquanto seu pericárdio se enche de um líquido que comprime o coração.

Lembramos a citação do (Salmo 22,14) “Derramei-me como água, e

todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.”

Agora está quase acabado - a perda de líquidos dos tecidos atinge um nível crítico - o coração comprimido se esforça para bombear o sangue grosso e pesado aos tecidos - os pulmões torturados tentam tomar pequenos golpes de ar. Os tecidos, marcados pela desidratação, mandam seus estímulos para o cérebro.

Jesus clama “Tenho sede!” (João 19,28)

Lembramos outro versículo do profético Salmo 22 “Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim, me deitas no pó da morte.”

Uma esponja molhada em “posca”, o vinho azedo que era a bebida dos soldados romanos, é levantada aos seus lábios. Ele, aparentemente, não toma este líquido. O corpo de Jesus chega ao extremo, e ele pode sentir o calafrio da morte passando sobre seu corpo. Este acontecimento traz as suas próximas palavras - provavelmente, um pouco mais que um torturado suspiro “Está consumado!”. (João 19,30)

Sua missão de sacrifício está concluída. Finalmente, ele pode permitir o seu corpo morrer.

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Com um último esforço, ele mais uma vez pressiona o seu peso sobre os pés contra o cravo, estica as suas pernas, respira fundo e grita seu último clamor: “E Jesus, dando um grande brado, expirou” (Marcos 15,37) “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” (Lucas 23,46).

Conclusão.

A crucificação levava o réu a morrer sufocado (asfixia), porém tratando-se de sacrifício Deus abominava carne sufocada, tendo que haver total derramamento de sangue, Jesus sabendo disso; apresentou um sacrifício perfeito fazendo total esforço para expirar durante o seu sacrifício na cruz cumprindo toda a lei, os salmos e os profetas. Aparentemente, para ter certeza da morte, um soldado traspassou sua lança entre o quinto espaço das costelas, enfiado para cima em direção ao pericárdio, até o coração. (João 19,34) diz: "E imediatamente verteu sangue e água." Isto era saída de fluido do saco que recobre o coração, e o sangue do interior do coração. Nós, portanto, concluímos que nosso Senhor morreu não de asfixia, mas de um enfarte de coração, causado por choque e constrição do coração por fluidos no pericárdio, derramando todo o seu sangue.

Assim nós tivemos nosso olhar rápido, inclusive à evidência médica, histórica e arqueológica, daquele epítome de maldade que o homem exibiu para com o Homem e para com Deus. Por isso lembremos que a sexta-feira da paixão representa o que nós fizemos com Deus e o domingo da páscoa representa o que Deus fez por nós. A mensagem da Cruz nos traz o grande capítulo subseqüente da clemência infinita de Deus para com o homem, o milagre da expiação e a expectativa da manhã triunfante da Páscoa, a Ressurreição.

By: Luciano Martins

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