As Vantagens Da TC Multislice nos protocolos de abdome e tórax Profº Claudio Souza

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Profº Claudio Souza

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Aula ministrada no segundo encontro dos técnicos e tecnólogos em radiologia da região oeste de são paulo.

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Profº Claudio Souza

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Claudio Anderson Rodrigues de Souza

Docente no curso de especialização em tomografia computadorizada a

nível médio Famesp, nas disciplinas de protocolos em tomografia

computadorizada, procedimentos invasivos e análise de imagens

patológicas por tomografia.

Docente no curso técnico em radiologia Famesp, nas disciplinas de

tomografia computadorizada e imaginologia.

Discente do curso de tecnologia em radiologia.

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Gerações

Desde a introdução do uso clínico dos tomógrafos a partir do início dos

anos de 1970, os sistemas já sofreram grandes evoluções. A diferença

entre cada geração esta diretamente relacionada a quantidade de

detectores e sua fileiras.

1ª Geração

Utilizava um feixe fino de

raios x , um único detector

que acompanhava o tubo

numa rotação de 180 graus,

cerca de 4 minutos e meio

para obtenção de uma única

imagem, limitado apenas a

tomografias de crânio.

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Gerações

2º Geração

Foram bastante melhorados com o feixe de raios x em forma de leque

com 30 ou mais detectores os tempos de exposição eram mais curtos,

cerca de 15 segundos por corte, e ainda limitado a rotação de 180 graus.

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Gerações

3ª Geração

A terceira geração inclui um conjunto de até 960 detectores que giram

junto com o tubo numa rotação completa de 360 graus, e com isso os

tempos de aquisição de imagem foram significativamente reduzidos se

comparados aos tomógrafos de primeira e segunda geração.

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Gerações

4ª Geração ( Helicoidal)

Os tomógrafos de 4ª Geração foram desenvolvidos durante a década de 1980,

possuem um anel fixo de 4800 detectores ou mais, cobrindo totalmente o

círculo completo do gantry, sendo assim a fileira de detector não acompanha

mais a rotação do tubo. Por meio de movimentos rotatórios contínuos, curtos

feixes de radiação são emitidos o que propicia menores tempos de aquisição.

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Evolução

A aplicação clínica da tomografia computadorizada inicialmente foi para

avaliação do encéfalo, mas com a evolução dos tomógrafos foi

observado que esta técnica de diagnóstico por imagem poderia avaliar

todos os sistemas.

1972 2011

Matriz 80x80 Matriz 512x512

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Aplicação

Com a evolução dos tomógrafos aumentando as fileiras de detectores e diminuindo

o tempo de rotação do tubo a modalidade de tomografia computadorizada acabou

por se tornar uma das mais utilizadas para a pesquisa de diversos tipos de

patologia, e com isso damos início a era dos tomógrafos multislices ou

multidetectores.

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Aquisições

Seqüencial ( corte a corte)

O objeto se desloca em direção ao gantry para a aquisição

das imagens uma a uma a cada rotação do tubo. Cortes

mais espessos e devido a isso não á possibilidade de

reformatar as imagens adquiridas nesse modo.

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Aquisições

Helicoidal (Volumétrica)

O objeto se desloca continuamente em direção ao gantry,

onde sua velocidade de deslocamento é calculada de

acordo com o tempo de rotação de 360 graus do tubo com

um fator denominado PITCH. Obtenção de cortes finos

com um volume de imagens.

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Aquisições

Multi corte ( Multislice)

O que difere em principal aparelhos multislices de apenas helicoidais são as quantidades de

fileiras de detectores, ou seja daí que vem o nome de multi corte temos a obtenção de mais de

uma imagem a cada giro do tubo, sendo assim um aparelho de 2 canais ou fileiras é capaz de

gerar 2 imagens a cada rotação, um de 4 ,6, 8, 16, 32, 64, 128, 164, 320 geram quantidades de

imagens respectivas a quantidade de fileiras de detectores. Com a evolução dos tomógrafos

tivemos um imensa diminuição nos tempos de aquisição e rotação do tubo.

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Protocolos para tórax

Tórax Rotina No protocolo para tórax de rotina utilizamos a seguinte técnica:

Posicionamento do cliente em relação ao gantry

Em supino ( decúbito dorsal), MMSS abduzidos acima da cabeça, em head first ou feet first vai

depender da rotina do trabalho e algumas vezes das condições do cliente.

Scout anterior 0º em apnéia após inspiração

profunda

Inicio dos cortes: Ápice Pulmonar

Término: Ao nível das glândulas supra

renais ( fim das cúpulas) .

Espessura de corte: 5 a 7 mm

Incremento: 5 a 7 mm

Recon: 2,5 mm

F.O.V: 30 a 35 cm

Kv: 140

Ma: 250

MPR: Não há necessidade

Algoritmos: Standard/ Lung

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Protocolos para tórax

1º Corte

Último corte

Standard para visualização

de mediastino.

Lung para visualização de

parênquima pulmonar

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Protocolos para tórax

Vascular Para o estudos de pequenos e grandes vasos da região torácica há a necessidade de tomógrafos

não somente multislice mas também uma quantidade necessária de fileiras de detectores para

cada tipo de estudo.

Estudo de aorta torácica

Necessário ao menos 6 fileiras de detectores.

Início e término dos cortes são os mesmo do tórax rotina.

Espessura e incremento, é recomendado sempre um volume de imagem para que seja possível a

manipulação das imagens pós aquisição, sendo assim meu incremento nunca poderá ser maior

que a espessura de corte para que haja uma melhor interpolação da imagens evitando a formação

de degraus. Espessura e incremento sugerido 2,5mm com 2,5mm, respeitar sempre as limitações

do tomógrafo e do cliente.

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Aquisição

Para visualização de qualquer vaso por tomografia computadorizada é necessário a

administração de meio de contraste por via endovenosa, em tomografia só utilizamos

iodo como meio de contraste radiopaco.

•Anamnese.

•Punção adequada.

•Fluxo de injeção.

•Monitoramento que possível.

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Manipulação das imagens

Aquisição padrão MPR Sagital Tridimensional

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Manipulação das imagens

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Coronárias

A avaliação das artérias coronárias somente se tornou possível devido a grande

evolução dos tomógrafos, isso no que diz respeito a fileiras de detectores. Para este

estudo é necessário no mínimo 32 fileiras, porém quanto mais fileiras menor será o

tempo de aquisição e maior será a qualidade das reconstruções.

Scout anterior 0º em inspiração profunda

Monitoramento cardíaco pela onda R

Bomba de injeção 4ml/s

Inicio dos cortes: Tronco pulmonar

Término: Ápice cardíaco

Espessura de corte: 1mm ou menor

Incremento: 1mm ou menor nunca maior

que a espessura

F.O.V: 20 cm

Kv: 140 Sugerido

Ma: 250 Sugerido

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Manipulação das imagens

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Manipulação das imagens

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Abdome e pelve

Quando falamos em

abdome dentro da

tomografia

computadorizada por

uma questão de

radioproteção e também

financeira o exame é

dividido em, abdome

superior e inferior ou

pelve, e o protocolo é

aplicado de acordo com a

patologia a ser estudada.

Abdome

superior

Pelve

Abdome

total

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A cavidade abdominal agrupa uma diversidade de órgãos, dentre eles os

que participam do sistema digestório, endócrino e gênito urinário, daí a

importância de se dividir o exame em abdome superior e pelve, para que

não haja a exposição desnecessária de outros órgãos á não ser os de

interesse.

Abdome e pelve

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Abdome e pelve

Orientação do paciente

A orientação do paciente em relação ao gantry pode ser em head first (cabeças

primeiro), ou feet first (pés primeiro), tudo vai depender de como foi montado o

protocolo e as condições do cliente isso em casos de politraumatizados, porém

usualmente se utiliza em feet first, com MMSS abduzidos acima da cabeça.

Feet first

Head first

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Técnica abdome total rotina

Scout anterior 0º com apnéia após inspiração total

Inicio dos cortes: Acima da

silhueta hepática

Término: Ísquio

Espessura de corte: 5 a 7 mm

Incremento: 5 a 7 mm

Recon: 2,5 mm

F.O.V: 35 cm a 40 cm

kv: 140

mA: 250

Aquisição: Axial puro

MPR: Não há necessidade

Algoritmos: Standard/Soft

Abdome e pelve

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Imagens

1ª Imagem Última

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Abdome e pelve

Para nefrolitíase

Inicio dos cortes: A nível das supra

renais (T12)

Término: Ìsquio

Espessura de corte: 2 mm ou menor

Incremento: igual ou menor a espessura

F.O.V: 35 cm

Kv: 140

Ma: 250

Aquisição: Axial puro

MPR: Coronal

Algoritmos:

Standard/Soft

Scout anterior 0º com apnéia após inspiração total

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Manipulação das imagens

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Abdome e pelve

Hipervascular

Com a administração de meios de contraste por via endovenosa dentro da

tomografia computadorizada multislice podemos obter um estudo do

abdome em fases, essas fases são de grande importância para a avaliação

de diversas patologias com o estudo que se baseia na captação do meio

de contraste em cada fase.

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Fases

No protocolo para abdome hipervascular fazemos obtenções de imagens

em diferentes tempos, esses tempos são denominados delay, que é o

tempo decorrido do início da injeção do meio de contraste até ao começo

das aquisições de imagens. O abdome hipervascular só se tornou possível

graças a evolução do tomógrafos. Para este protocolo temos de 3 a 4

fases tudo vai depender do estudo em questão e da rotina do serviço.

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Arterial

A fase arterial é a fase onde o meio de contraste esta apenas nas artérias,

com ela é possível fazermos a análise dos vasos cujo qual damos o nome

de angiotomografia, ela também é utilizada no protocolo para abdome

hipervascular para se ter uma comparação da captação do meio de

contraste em fases distintas.

Delay de

25 a 30

segundos

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Portal (Venoso)

Fase onde observamos o contraste que saiu de sua fase arterial

voltando pela veia porta, daí se deu o nome de fase portal.

Delay de 60 a 70 segundos

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Equilibrio

Nesta fase não há mais a presença de contraste nas artérias, e circula

em pouco volume nas veias, podemos identificar essa fase pela boa

constrastação da medula renal, porém ainda não há a excreção do

material.

Delay de

180

segundos

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Excreção

Esta fase é de grande importância e valia, pois com ela fazemos o estudo funcional do sistema

renal, esta é a ultima fase do meios de contraste dentro do nosso organismo, com ela podemos

observar os ureteres, cálices e pelve renal e deve ser finalizado apenas com o preenchimento da

vesícula urinária.

Delay mínimo de 10 minutos

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Manipulação das imagens

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Muito Obrigado!!!!

Profº Cláudio A. R. de Souza

“Não tenha um sonho em sua

vida, mas sim vários objetivos”

Claudio Souza