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Asfixia Perinatal Asfixia Perinatal Universidade Estadual de Universidade Estadual de Londrina Londrina Pediatria Pediatria Interna: Elisângela Gomes da Interna: Elisângela Gomes da Silva Silva 2010 2010

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Asfixia PerinatalAsfixia Perinatal

Universidade Estadual de LondrinaUniversidade Estadual de LondrinaPediatria Pediatria

Interna: Elisângela Gomes da SilvaInterna: Elisângela Gomes da Silva20102010

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Asfixia: definiçõesAsfixia: definições Parada de Pulso (grego)Parada de Pulso (grego) Falha na troca gasosa que resulta em queda da Falha na troca gasosa que resulta em queda da

PaO2 e do pH e elevação da PaCO2 e todas as PaO2 e do pH e elevação da PaCO2 e todas as conseqüências metabólicas de asfixia.conseqüências metabólicas de asfixia.

Estado mórbido resultante da falta de O2 no ar Estado mórbido resultante da falta de O2 no ar respirado, e que produz grave ameaça à vida respirado, e que produz grave ameaça à vida ou a extingue. (Aurélio,1999)ou a extingue. (Aurélio,1999)

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EpidemiologiaEpidemiologia A OMS estima que a asfixia responda por 19% A OMS estima que a asfixia responda por 19%

das 5 milhões de mortes neonatais anuais.das 5 milhões de mortes neonatais anuais.

5 a 10% dos recém-nascidos necessitam de 5 a 10% dos recém-nascidos necessitam de algum grau de ressucitação ao nascimento (por algum grau de ressucitação ao nascimento (por ex. estimulação para respirar), sendo que 1 a ex. estimulação para respirar), sendo que 1 a 10% necessitarão de ventilação assistida.10% necessitarão de ventilação assistida.

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EpidemiologiaEpidemiologia 90% dos casos ocorrem no período perinatal 90% dos casos ocorrem no período perinatal

devido à insuficiência placentária e 10% têm devido à insuficiência placentária e 10% têm causas pós-natais devido a problemas do RN. causas pós-natais devido a problemas do RN.

2-3% dos RN se levar em consideração 2-3% dos RN se levar em consideração Apgar<3Apgar<3

Pode chegar a 60% nos RNPTPode chegar a 60% nos RNPT

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Critérios de Classificação da AsfixiaCritérios de Classificação da Asfixia Colégio Americano de Obstetrícia Ginecologia e Colégio Americano de Obstetrícia Ginecologia e

Academia Americana de Pediatria:Academia Americana de Pediatria: Acidemia profunda, metabólica ou mista (pH<7,00) Acidemia profunda, metabólica ou mista (pH<7,00)

em amostra de sangue da artéria umbilical.em amostra de sangue da artéria umbilical. Persistência de boletim Apgar de 0 a 3 por mais de 5 Persistência de boletim Apgar de 0 a 3 por mais de 5

minutosminutos Seqüelas neurológicas clínicas no período neonatal Seqüelas neurológicas clínicas no período neonatal

imediato, que incluem a presença de convulsões, imediato, que incluem a presença de convulsões, hipotonia, coma ou encefalopatia hipóxico-isquêmicahipotonia, coma ou encefalopatia hipóxico-isquêmica

Evidência de disfunção de múltiplos órgãosEvidência de disfunção de múltiplos órgãos

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EtiologiaEtiologia 1- Interrupção do fluxo sanguíneo umbilical (Ex. 1- Interrupção do fluxo sanguíneo umbilical (Ex.

compressão de cordão )compressão de cordão ) 2- Falha da troca gasosa através da placenta.(Ex. 2- Falha da troca gasosa através da placenta.(Ex.

DPP)DPP) 3- Perfusão inadequada do lado materno da placenta 3- Perfusão inadequada do lado materno da placenta

(Ex. hipotensão materna grave )(Ex. hipotensão materna grave ) 4- Comprometimento fetal que leva à não tolerância 4- Comprometimento fetal que leva à não tolerância

da asfixia transitória. (RCIU)da asfixia transitória. (RCIU) 5- Falha em inflar e perfundir os pulmões após o 5- Falha em inflar e perfundir os pulmões após o

nascimento (obstrução, hipoplasia, nascimento (obstrução, hipoplasia,

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Condições maternas de risco Condições maternas de risco DiabetesDiabetes Hipertensão, Pré-eclampsiaHipertensão, Pré-eclampsia Anemia (Hb<10)Anemia (Hb<10) IsoimunizaçãoIsoimunização Placenta previaPlacenta previa Uso de drogas: narcóticos, Uso de drogas: narcóticos,

tranqüilizantes, corticóide, tranqüilizantes, corticóide, diurético, subst. psicoativa, diurético, subst. psicoativa, álcool.álcool.

Primiparidade nos extremos Primiparidade nos extremos etáriosetários

Níveis anormais de estriolNíveis anormais de estriol

História de perda perinatal/ História de perda perinatal/ criança com dç hereditáriacriança com dç hereditária

Rotura prolongada de Rotura prolongada de membranasmembranas

SangramentoSangramento LupusLupus CardiopatiaCardiopatia Febre ou evidência de Febre ou evidência de

corioamnionitecorioamnionite Fluxo sanguíneo uterino Fluxo sanguíneo uterino

anormal (Doppler)anormal (Doppler) Baixo nível socioeconômicoBaixo nível socioeconômico

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Condições de risco: parto e pré-Condições de risco: parto e pré-partoparto

Fórceps ou outro procedimentoFórceps ou outro procedimento Apresentação anômalaApresentação anômala Desproporção céfalopelvica,Desproporção céfalopelvica, Parto prolongadoParto prolongado Parto cesáreaParto cesárea Prolapso de cordãoProlapso de cordão Compressão do cordãoCompressão do cordão Hipotensão maternaHipotensão materna Hemorragia Hemorragia Uso de drogas analgésicas para a mãe 1h antes do parto, ou 4h Uso de drogas analgésicas para a mãe 1h antes do parto, ou 4h

se IM.se IM.

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Condições Fetais de RiscoCondições Fetais de Risco Parto prematuroParto prematuro Parto pós-maturoParto pós-maturo Acidose (pH de scalpe Acidose (pH de scalpe

fetal<7,15)fetal<7,15) Arritmia cardíacaArritmia cardíaca Fluido amniótico com Fluido amniótico com

mecôniomecônio OligodrâmnioOligodrâmnio PoliidrâmnioPoliidrâmnio

RCIURCIU MacrossomiaMacrossomia Imaturidade pulmonarImaturidade pulmonar Malformação fetalMalformação fetal HidropsiaHidropsia GemelaridadeGemelaridade Perfil biofísico fetal Perfil biofísico fetal

baixobaixo RNGIGRNGIG

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Mecanismos de compensação na Mecanismos de compensação na AsfixiaAsfixia

Feto maduro: fluxo sg para órgãos nobres Feto maduro: fluxo sg para órgãos nobres (coração, cérebro:tronco>córtex, supra-renais)(coração, cérebro:tronco>córtex, supra-renais)

Cérebro feto e RN: cérebro em estado Cérebro feto e RN: cérebro em estado metabólico de repousometabólico de repousoproteçãoproteção

Resistência vascular:Resistência vascular: ↓↓nos órgãos nobres:hipóxia e CO2nos órgãos nobres:hipóxia e CO2

vasodilataçãovasodilatação ↑↑periferia:adrenalina/noradrenalina, periferia:adrenalina/noradrenalina,

arginina/vasopressinaarginina/vasopressina

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Mecanismos de CompensaçãoMecanismos de Compensação Glicólise anaeróbia + Glicólise anaeróbia + ↑CO2↑CO2: : ↓pH↓pH HiperglicemiaHiperglicemia Redução dos movimentos respiratórios e fetaisRedução dos movimentos respiratórios e fetais ↓↓Atividade elétrica cerebral:adenosina,GABA Atividade elétrica cerebral:adenosina,GABA

e opiáceos.e opiáceos.

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Respostas Iniciais à AsfixiaRespostas Iniciais à Asfixia

↑↑PA e hiperpnéiaPA e hiperpnéia Apnéia primária: estímulos podem reativar Apnéia primária: estímulos podem reativar

respiraçãorespiração Movimentos respiratórios tipo “gasping”: Movimentos respiratórios tipo “gasping”:

assincroniaassincronia Apnéia secundária,bradicardia e choqueApnéia secundária,bradicardia e choque

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Asfixia GraveAsfixia Grave ↓↓PA e DC: falência da vasoconstrição PA e DC: falência da vasoconstrição

periféricaperiférica ↓↓Fluxo cerebral: ↓auto-regulaçãoFluxo cerebral: ↓auto-regulação Coração: ↓P ventricularCoração: ↓P ventricularassistoliaassistolia Depleção dos fosfatos ricos em energia: Depleção dos fosfatos ricos em energia:

↓ATP↓ATP falência das bombas de membrana falência das bombas de membrana cel.: entra Na, Ca, Cl e H2Ocel.: entra Na, Ca, Cl e H2O edema edema citotóxicocitotóxico

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Lesões Pós-AsfíxicasLesões Pós-Asfíxicas Lesões Teciduais: hipóxia e isquemiaLesões Teciduais: hipóxia e isquemia Tec. Cerebral: reperfusão, depressão, Tec. Cerebral: reperfusão, depressão,

hiperexcitabilidade, edema secundário, lesão hiperexcitabilidade, edema secundário, lesão celular irreversível ou resoluçãocelular irreversível ou resolução

Células:Células:↑Ca e produção de radicais livres. ↑Ca e produção de radicais livres. Morte por provação de fat. de cresc. E Morte por provação de fat. de cresc. E atividade de cel. Inflamatóriasatividade de cel. Inflamatórias

Reperfusão cerebral pode levar à hemorragiaReperfusão cerebral pode levar à hemorragia

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Avaliação Pré-NatalAvaliação Pré-Natal 1- Movimento fetal: percepção materna ou 1- Movimento fetal: percepção materna ou

USG: Ver CIU, oligodrâmnio USG: Ver CIU, oligodrâmnio 2- FC Fetal2- FC Fetal 3- Crescimento intrauterino 4- Perfil biofísico fetal: combinação de

indicadores 5- Velocidade do fluxo sanguíneo nos vasos

umbilicais

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Avaliação inicial pós-partoAvaliação inicial pós-parto 1- Presença de mecônio no líquido amniótico ou 1- Presença de mecônio no líquido amniótico ou

pele?pele? 2- Presença de choro e respirações?2- Presença de choro e respirações? 3- Termo ou pré-termo?3- Termo ou pré-termo? 4- Tônus muscular4- Tônus muscular 5- Cor da pele 5- Cor da pele Se normais: CUIDADOS DE ROTINA Se normais: CUIDADOS DE ROTINA

(aquecimento, remoção das secreções em vias aéreas, (aquecimento, remoção das secreções em vias aéreas, enxugamento). Colocar com a mãe o mais breve enxugamento). Colocar com a mãe o mais breve possívelpossível

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Avaliação AdicionalAvaliação Adicional 1- Calor. Aspirar secreções da via aérea, secar,

estimular, oferecer O2 se necessário. 2- AVALIE (R, FC, C) >Respirando, FC>100, róseo: Suporte >Apneia, FC< 100 ou cianose persistente: VPP 3- REAVALIE em 30 segundos FC< 60 Massagem

cardíaca +VPP 4- REAVALIE em 30 segundos FC<60 Adrenalina +

MC +VPP

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CondutaConduta 1) Aquecimento:Obs: frio aumenta consumo de O2,e 1) Aquecimento:Obs: frio aumenta consumo de O2,e

hipertermia pode levar a depressão respiratória.hipertermia pode levar a depressão respiratória. 2) Limpeza da via aérea:Aproximadamente 20 a 30% 2) Limpeza da via aérea:Aproximadamente 20 a 30%

das crianças terão mecônio na traquéia na ausência de das crianças terão mecônio na traquéia na ausência de respiração espontânearespiração espontânea

3- Estimulação táctil: pode reverter apneia primária.3- Estimulação táctil: pode reverter apneia primária. 4- Administração de O2: A hipoxemia é sempre 4- Administração de O2: A hipoxemia é sempre

presente em RN que necessita ressucitação. A oferta presente em RN que necessita ressucitação. A oferta de fluxo livre de O2 a 100% deve sempre ser feita de fluxo livre de O2 a 100% deve sempre ser feita para um RN que demonstra cianose central, mesmo para um RN que demonstra cianose central, mesmo antes de avaliar a necessidade de ventilação com antes de avaliar a necessidade de ventilação com bolsa e máscara.bolsa e máscara.

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CondutaConduta 5- Ventilação: Se apneia ou gasping, FC<100 ou

cianose persistente mesmo após inalação de O2 a 100% está indicada a ventilação com bolsa e máscara e O2 a 100% ou a intubação traqueal e insuflação com bolsa e O2 a 100% com técnicas adequadas.

O uso de O2 deveria ser a 50-60%,já que a 100% aumentam risco de atelectasias e pode ser tóxicos, mas nos hospitais só há O2 puro,então,usar apenas enquanto o RN apresentar cianose.

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Indicações de Intubação TraquealIndicações de Intubação Traqueal

a) È necessária a sucção traqueal; aspirar mecônio b) Na presença de hérnia diafragmática; c) A ventilação com bolsa e máscara não é eficiente; d) Em recém-nascidos prematuros extremos; e) A massagem cardíaca é necessária f) A administração de medicamentos por via traqueal

é necessária g) RN muito baixo peso com asfixia severa;

respiração ausente ou FC baixa; hernia diafragmatica

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CondutasCondutas 6- Massagem cardíaca:se FC<60 . Usar 6- Massagem cardíaca:se FC<60 . Usar

1V:3M (30/90) .1V:3M (30/90) . 7- Medicações: necessárias somente se apesar 7- Medicações: necessárias somente se apesar

de ventilação e MC adequadas a FC<60 ou na de ventilação e MC adequadas a FC<60 ou na presença de assistolia presença de assistolia

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Drogas UtilizadasDrogas Utilizadas Epinefrina:Epinefrina: IV ou ET 0.1 a 0.3 ml/ kg IV ou ET 0.1 a 0.3 ml/ kg

1:10000, (diluir 1ml de adrenalina em 9ml de 1:10000, (diluir 1ml de adrenalina em 9ml de água)água)

Repetida a cada 3 ou 5 minutos.Repetida a cada 3 ou 5 minutos. Resposta esperada aumento FC>100 em 30s. Resposta esperada aumento FC>100 em 30s.

Não efetiva se acidose e hipotermia. Não pode Não efetiva se acidose e hipotermia. Não pode ser administrada junto com bicarbonato de ser administrada junto com bicarbonato de sódiosódio

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Drogas UtilizadasDrogas Utilizadas Expansores de Volume:Expansores de Volume: RN hipovolêmico RN hipovolêmico

(palidez, perfusão inadequada, pulsos fracos). (palidez, perfusão inadequada, pulsos fracos). Soro fisiológico ou Solução Salina, 10 ml/kg Soro fisiológico ou Solução Salina, 10 ml/kg

em 5 a 10minutos. Evitar a sobrecarga. em 5 a 10minutos. Evitar a sobrecarga. O uso de soluções colóides é contra-indicadoO uso de soluções colóides é contra-indicado

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Drogas UtilizadasDrogas Utilizadas Bicarbonato de Sódio: apresentação 8,4ml Bicarbonato de Sódio: apresentação 8,4ml

(1ml=1meq)(1ml=1meq) diluir 5ml da solução com 5ml de água destilada . O diluir 5ml da solução com 5ml de água destilada . O

seu uso deve ser desaconselhado na ressuscitação seu uso deve ser desaconselhado na ressuscitação devido aos riscos de hiperosmolaridade.devido aos riscos de hiperosmolaridade.

Só deve ser administrado em paradas cardíacas Só deve ser administrado em paradas cardíacas prolongadas (1 a 2 meq/kg de solução- 0.5meq/ml em prolongadas (1 a 2 meq/kg de solução- 0.5meq/ml em 2 minutos EV) e com ventilação e perfusão 2 minutos EV) e com ventilação e perfusão adequadas. adequadas.

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Outros procedimentosOutros procedimentos Vias de acesso:Vias de acesso: a via ET é a mais facilmente a via ET é a mais facilmente

accessível, podendo ser utilizada para administração accessível, podendo ser utilizada para administração de adrenalina. Para a infusão de volume e de adrenalina. Para a infusão de volume e bicarbonato, prefere-se a veia umbilical ao invés de bicarbonato, prefere-se a veia umbilical ao invés de acesso periférico, sendo que a via intra-óssea pode ser acesso periférico, sendo que a via intra-óssea pode ser considerada em RN maioresconsiderada em RN maiores

Algumas situações especiais em sala de parto podem Algumas situações especiais em sala de parto podem indicar a necessidade de outras medidas, tais como a indicar a necessidade de outras medidas, tais como a toracocentese em RN com pneumo ou hidrotórax, a toracocentese em RN com pneumo ou hidrotórax, a paracentese para drenagem de ascite, a transfusão de paracentese para drenagem de ascite, a transfusão de hemácias para RN severamente anêmicos.hemácias para RN severamente anêmicos.

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Complicações Pós-RessucitaçãoComplicações Pós-Ressucitação Pulmonares Pulmonares (hipertensão pulmonar, pneumotórax, (hipertensão pulmonar, pneumotórax,

aspiração de mecônio, pneumonia, deficiência de aspiração de mecônio, pneumonia, deficiência de surfactante); surfactante);

CardiovascularesCardiovasculares (hipotensão); (hipotensão); Renais (necrose tubular renal); Renais (necrose tubular renal); Cerebrais (apneia, convulsões); Cerebrais (apneia, convulsões); Gastrointestinais Gastrointestinais (íleo paralítico, enterocolite (íleo paralítico, enterocolite

necrosante); necrosante); MetabólicasMetabólicas (hipoglicemia, hipocalcemia, (hipoglicemia, hipocalcemia,

hiponatremia); hiponatremia); Hematológicas Hematológicas (trombocitopenia, anemia )(trombocitopenia, anemia )

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Questões ÉticasQuestões Éticas a AAP considera atualmente apropriado não a AAP considera atualmente apropriado não

ressuscitar RN < 23 semanas ou P< 400g, ressuscitar RN < 23 semanas ou P< 400g, aqueles com anencefalia, trissomia do 13 ou aqueles com anencefalia, trissomia do 13 ou do 18 (desde que diagnosticado antes e em do 18 (desde que diagnosticado antes e em acordo com a família). acordo com a família).

Interromper a ressuscitação se não resultar em Interromper a ressuscitação se não resultar em circulação espontânea após 15 minutoscirculação espontânea após 15 minutos

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ComplicaçõesComplicações Efeitos CardíacosEfeitos Cardíacos- - a isquemia+dispnéia+ cianosea isquemia+dispnéia+ cianose

sopro sistólico de regurgitação tricúspide e mitral e ICC. sopro sistólico de regurgitação tricúspide e mitral e ICC. Quadro clínico compatível com choque hipovolêmico, Quadro clínico compatível com choque hipovolêmico, mas com PVC elevada associada à hipotensão sistêmica.mas com PVC elevada associada à hipotensão sistêmica.

Investigação: Investigação: RX( cardiomegalia, congestão venosa), RX( cardiomegalia, congestão venosa), ECG(depressão ST, inversão da onda T),ECG(depressão ST, inversão da onda T),↓VE↓VE), ), Cateterismo (hipertensão pulmonar), CPK-MB Cateterismo (hipertensão pulmonar), CPK-MB

CControlesontroles :diurese, densidade urinária, pressão arterial e :diurese, densidade urinária, pressão arterial e pressão venosa centralpressão venosa central

Tratamento: drogas vasoativas em infusão contínua Tratamento: drogas vasoativas em infusão contínua (dopamina 5-15mcg/kg/min). A presença de HP (dopamina 5-15mcg/kg/min). A presença de HP persistente agrava mais esse quadro.persistente agrava mais esse quadro.

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ComplicaçõesComplicações Efeitos Renais: Efeitos Renais: Necrose Tubular AgudaNecrose Tubular Aguda Sintomas: oligúria, edema, ausência de resposta à Sintomas: oligúria, edema, ausência de resposta à

administração de líquidos ou furosemida, uréia, administração de líquidos ou furosemida, uréia, creatinina e potássio aumentados;creatinina e potássio aumentados;

-RN com oligúria também pensar em : -RN com oligúria também pensar em : Síndrome de Síndrome de secreção inapropriada do hormônio anti-diurético secreção inapropriada do hormônio anti-diurético (oligúria, edema periférico, hiponatremia, densidade (oligúria, edema periférico, hiponatremia, densidade urinária normal ou aumentada), Desidratação ( oligúria, urinária normal ou aumentada), Desidratação ( oligúria, perda acentuada de peso, densidade urinária elevada e perda acentuada de peso, densidade urinária elevada e boa resposta a administração de líquidos), Bexiga boa resposta a administração de líquidos), Bexiga Neurogênica (bexiga aumentada à palpação).Neurogênica (bexiga aumentada à palpação).

é importante monitorizar diurese, densidade urinária, é importante monitorizar diurese, densidade urinária, osmolaridade sérica e urinária, eletrólitos séricos e osmolaridade sérica e urinária, eletrólitos séricos e urinários e sedimento urinário.urinários e sedimento urinário.

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ComplicaçõesComplicações Efeitos TGIEfeitos TGI--: enterocolite necrosante (vasconstrição : enterocolite necrosante (vasconstrição

esplancnica c/ isquemia de alças). Dieta zero pode esplancnica c/ isquemia de alças). Dieta zero pode variar de 24-72horas a vários dias.variar de 24-72horas a vários dias.

Monitorar TGO, TGP, tempo de protrombina e tempo Monitorar TGO, TGP, tempo de protrombina e tempo de protrombina parcial Cuidado com drogas de de protrombina parcial Cuidado com drogas de metabolismo hepático.metabolismo hepático.

Efeitos PulmonaresEfeitos Pulmonares- pode ocorrer aumento da - pode ocorrer aumento da resistência vascular, hemorragia, edema e diminuição resistência vascular, hemorragia, edema e diminuição da produção de surfactante. A complicação mais da produção de surfactante. A complicação mais importante é a hipertensão pulmonar persistente, com importante é a hipertensão pulmonar persistente, com pressão pulmonar acima da pressão sistêmica causando pressão pulmonar acima da pressão sistêmica causando um shunt D-E pelo forame oval e/ou canal arterial.um shunt D-E pelo forame oval e/ou canal arterial.

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ComplicaçõesComplicações Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica:Encefalopatia Hipóxico-Isquêmica: Estádio I:Estádio I: (12-24h) Leve: Irritabilidade, (12-24h) Leve: Irritabilidade,

tremores,apnéia, hiperexcitabilidade, sem sequelas tremores,apnéia, hiperexcitabilidade, sem sequelas Estádio II:Estádio II: (24-72h) Moderada- letargia, hipotonia, (24-72h) Moderada- letargia, hipotonia,

respiração irregular/parada, reflexos oculomotores respiração irregular/parada, reflexos oculomotores anormais, resp. pupilar alterada, HIC,diminuição dos anormais, resp. pupilar alterada, HIC,diminuição dos movimentos espontâneos e convulsões,piora da movimentos espontâneos e convulsões,piora da consciência e coma.De 20-40% das crianças consciência e coma.De 20-40% das crianças desenvolvem sequelas neurológicas desenvolvem sequelas neurológicas

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ComplicaçõesComplicações Estádio IIIEstádio III (>72h) Severa (>72h) Severa- coma, flacidez, distúrbios - coma, flacidez, distúrbios

da função do tronco cerebral e convulsões; sequelas da função do tronco cerebral e convulsões; sequelas neurológicas: coma persistente, sucção anormal ou neurológicas: coma persistente, sucção anormal ou ausente, engasgos,microcefalia, retardo mental, ausente, engasgos,microcefalia, retardo mental, paralisia cerebral e convulsões paralisia cerebral e convulsões

Investigação: Investigação: Ecografia cerebral (sobretudo em RN Ecografia cerebral (sobretudo em RN pré-termo), TC (RN a termo), RNM, EEG pré-termo), TC (RN a termo), RNM, EEG

Tratamento:Tratamento: Controle térmico, correção das Controle térmico, correção das hipoxemia e hipercapnia, manutenção da perfusão e hipoxemia e hipercapnia, manutenção da perfusão e PA, controle metabólico , monitorizar o Mg e Ca nas PA, controle metabólico , monitorizar o Mg e Ca nas 1as 24h de vida, restrição hídrica (descontar 20% 1as 24h de vida, restrição hídrica (descontar 20% manutenção), manejo das convulsões com fenobarbital manutenção), manejo das convulsões com fenobarbital com ataque de 20mg/kg e manutenção de 4mg/kg/dia com ataque de 20mg/kg e manutenção de 4mg/kg/dia 12/12h., excluir distúrbios hidroeletrolíticos como 12/12h., excluir distúrbios hidroeletrolíticos como causa das convulsões causa das convulsões

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ComplicaçõesComplicações Alterações HematológicasAlterações Hematológicas- CIVD.- CIVD. Monitorar o tempo de protrombina e o tempo de Monitorar o tempo de protrombina e o tempo de

tromboplastina parcial, plaquetas e fibrinogênio.tromboplastina parcial, plaquetas e fibrinogênio. Complicações InfecciosasComplicações Infecciosas- grande manipulação- grande manipulação Distúrbio da GlicoseDistúrbio da Glicose- a infusão de glicose piora a - a infusão de glicose piora a

acidose metabólica e a lesão cerebral, não sendo acidose metabólica e a lesão cerebral, não sendo portanto recomendado o seu uso na sala de parto. Já portanto recomendado o seu uso na sala de parto. Já hipoglicemia que ocorre tempo após o nascimento hipoglicemia que ocorre tempo após o nascimento deve ser tratada e prevenida com solução glicosada deve ser tratada e prevenida com solução glicosada 10% - 60ml/kg/dia.10% - 60ml/kg/dia.

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ComplicaçõesComplicações Desequilíbrio HidroeletrolíticoDesequilíbrio Hidroeletrolítico- oligúria nas - oligúria nas

primeiras 24-48h( lesão isquêmica renal ou secreção primeiras 24-48h( lesão isquêmica renal ou secreção inapropriada de ADH).inapropriada de ADH).

Recomenda-se inicialmente restrição, infusão de Recomenda-se inicialmente restrição, infusão de 60ml/kg/dia e o ajuste da infusão fica na dependência 60ml/kg/dia e o ajuste da infusão fica na dependência do acompanhamento da diurese, da densidade do acompanhamento da diurese, da densidade urinária e do peso.urinária e do peso.

No momento que há aumento da diurese inicia-se No momento que há aumento da diurese inicia-se adição de eletrólitos ao líquido endovenoso adição de eletrólitos ao líquido endovenoso

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PrognósticoPrognóstico Avaliar Apgar de 20 min e estudo de imagem.Avaliar Apgar de 20 min e estudo de imagem. Normalização de tônus muscular em 15 minNormalização de tônus muscular em 15 min Comprometimento de múltiplos órgãosComprometimento de múltiplos órgãos Neurológico: convulsões precoces e >2sem, fraqueza Neurológico: convulsões precoces e >2sem, fraqueza

muscular, HIC, anormalidades de tronco?muscular, HIC, anormalidades de tronco? A maioria das crianças não exibe sinais neurológicos A maioria das crianças não exibe sinais neurológicos

tardios. Encefalopatia estágios I e II tem prognóstico tardios. Encefalopatia estágios I e II tem prognóstico bom, III:80% mortalidade, o restante,apresentará bom, III:80% mortalidade, o restante,apresentará sequelas.sequelas.

Page 36: Asfixia Perinatal Universidade Estadual de Londrina Pediatria Interna: Elisângela Gomes da Silva 2010.

ReferênciasReferências Gonçalves , Fabiano C., Gonçalves , Fabiano C., Asfixia NeonatalAsfixia Neonatal. .

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Pinhata,Marisa M. , Pinhata,Marisa M. , A Asfixia Peninatal e a A Asfixia Peninatal e a Assitência ao Recém-Nascido em Sala de PartoAssitência ao Recém-Nascido em Sala de Parto. . Disponível em: Disponível em: http://www.fmrp.usp.br/rpp/downloads/rotinas/asfixiahttp://www.fmrp.usp.br/rpp/downloads/rotinas/asfixia_teoria.pdf_teoria.pdf . Acessado em: 28 Mar 2010 . Acessado em: 28 Mar 2010

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