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Licenciatura em Relações Internacionais Unidade Curricular: Estratégia 2012/2013 Rel. Nº1 Relatório de Conferência Nº1 “As PME como Motor de Dinamização Regional” A conferência teve lugar no auditório da Universidade de Évora no dia 21 de Fevereiro de 2013, e dividiu-se em dois debates, por um lado a componente Institucional no apoio às PME´s, e por outro as PME´s como Motor de Dinamização Regional. A conferência contou com a moderação de Celso Filipe, Subdirector do Jornal de Negócios e com a presença de vários convidados: Debate Institucional Adelino João Fonseca, Gabinete de Desenvolvimento Económico, CM Évora; Carlos dos Santos Braumann, Reitor, Universidade de Évora; José Ferrari Careto, Administrador, EDP Comercial; Manuel Martins, Director, Caixa Geral de Depósitos; Rui Duarte Espada, Presidente, Núcleo Empresarial da Região de Évora. Debate “PME´s” António Melo, Administrador, João Jacinto Tomé, S.A.; Francisco de Brito Evangelista, CEO, MJO, S.A.; Luís Mira, CEO, Herdade das Servas; Rui Lobo, Administrador, Open Renewables S.A.. Introdução Os debates tiveram objectivos muito distintos, mas que em conjunto, podem dar uma perspectiva das dificuldades da Região e de Portugal neste momento. No debate Institucional observou-se a falta de capacidade das instituições em coordenar e/ou desenvolver estratégias para o apoio ao desenvolvimento sustentável das empresas regionais. Consequentemente no segundo debate as empresas viriam a expor as dificuldades que passam neste momento, e como se num “desabafo”, apresentaram as suas maiores dificuldades e limitações neste momento. Debate Institucional O reduzido tecido empresarial da região de Évora, diz respeito às pequenas e médias empresas, cerca de 5,4 por m 2 resultam numa fraca capacidade da região em criar postos de trabalho, mas por outro Docente: Prof. Doutor António João Coelho de Sousa Discente: Bruno Quintino, aluno Nº26358 da Lic. em Relações Internacionais 1

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Licenciatura em Relações Internacionais Unidade Curricular: Estratégia Rel. Nº1

Relatório de Conferência Nº1

“As PME como Motor de Dinamização Regional”

A conferência teve lugar no auditório da Universidade de Évora no dia 21 de Fevereiro de 2013, e dividiu-se em dois debates, por um lado a componente Institucional no apoio às PME´s, e por outro as PME´s como Motor de Dinamização Regional. A conferência contou com a moderação de Celso Filipe, Subdirector do Jornal de Negócios e com a presença de vários convidados:

Debate Institucional

Adelino João Fonseca, Gabinete de Desenvolvimento Económico, CM Évora;Carlos dos Santos Braumann, Reitor, Universidade de Évora;José Ferrari Careto, Administrador, EDP Comercial;Manuel Martins, Director, Caixa Geral de Depósitos;Rui Duarte Espada, Presidente, Núcleo Empresarial da Região de Évora.

Debate “PME´s”

António Melo, Administrador, João Jacinto Tomé, S.A.;Francisco de Brito Evangelista, CEO, MJO, S.A.;Luís Mira, CEO, Herdade das Servas;Rui Lobo, Administrador, Open Renewables S.A..

Introdução

Os debates tiveram objectivos muito distintos, mas que em conjunto, podem dar uma perspectiva das dificuldades da Região e de Portugal neste momento. No debate Institucional observou-se a falta de capacidade das instituições em coordenar e/ou desenvolver estratégias para o apoio ao desenvolvimento sustentável das empresas regionais. Consequentemente no segundo debate as empresas viriam a expor as dificuldades que passam neste momento, e como se num “desabafo”, apresentaram as suas maiores dificuldades e limitações neste momento.

Debate Institucional

O reduzido tecido empresarial da região de Évora, diz respeito às pequenas e médias empresas, cerca de 5,4 por m2 resultam numa fraca capacidade da região em criar postos de trabalho, mas por outro lado, também não se geram o desemprego potenciado pela insolvência de grandes empresas, já que não existem muitas. Existem muitos apoios municipais à criação de empresas, associados à aquisição de terrenos municipais, mas também parcerias com a Banca e com o IAPMEI, em especial para Projectos de Interesse Municipal. (Adelino João Fonseca)

Apesar das boas qualificações dos alunos que saem da Universidade, estes, deparam-se com muitas dificuldades ao procurar emprego na região, e mesmo quando demonstram espírito empreendedor, existe uma enorme dificuldade no acesso a recursos para a criação de novas empresas. Existem protocolos de transferência de conhecimento entre as Empresas e a Universidade de Évora, alunos fazem “teses em Empresas”, e está a consolidar-se um Parque de Ciência e Tecnologia, que poderá potenciar ainda mais a cooperação. (Carlos dos Santos Braumann)

Falta cooperação e coordenação entre associações empresariais, muito por culpa do excesso de núcleos e/ou consolidações sectoriais(por industria), especialmente no que diz respeito à promoção de PME´s no mercado externo dificultando a divulgação e promoção dos nossos produtos/serviços além fronteiras.

Docente: Prof. Doutor António João Coelho de SousaDiscente: Bruno Quintino, aluno Nº26358 da Lic. em Relações Internacionais

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Licenciatura em Relações Internacionais Unidade Curricular: Estratégia Rel. Nº1

Apesar do Núcleo apoiar a criação de Empresas, através do apoio na elaboração de Planos de Negócios e contar com o apoio de alguns Business Angels, existe de facto uma dificuldade de financiamento para o Start-Up e consequentemente a criação dos efeitos de Spin-off  desejados. (Rui Duarte Espada)

A EDP é cliente de muitas empresas Portuguesas na área da tecnologia, em especial da região de Aveiro. Através do projecto InovGrid ajuda as empresas a racionalizar energia despendida no processo produtivo, reduzindo assim os custos de produção e consequentemente o preço do produto final, tornando os produtos mais competitivos. (José Ferrari Careto)

Apesar da crise e das dificuldades a CGD continua a financiar “boas” Empresas, apoiando também a criação através de fundos especiais que gere (PRODER e PROMAR). A CGD teve que racionalizar o financiamento, muito por culpa da crise de 2008, ainda assim disponibiliza a “boas” Empresas financiamento para todas as suas actividades, em especial a exportação. (Manuel Martins)

Debate PME´s

Aposta empresarial deve incidir principalmente no mercado externo, onde a crise não se faça sentir. Os produtos Portugueses estão muito bem vistos nos mercados internacionais e existe uma boa aceitação dos mercados graças ao apoio Diplomático Português. A cortiça, em especial, nos últimos anos tem vindo a ganhar terreno no mercado e a consolidar-se como produto de eleição para a construção civil, muito pelas suas características e componente ecológica.( Francisco de Brito Evangelista)

A internacionalização faz parte da nossa Estratégia desde 2008, hoje, cerca de 40% dos nossos produtos e serviços destinam-se ao mercado externo e a tendência é o aumentar cada vez mais, tendo em conta as dificuldades que o pais atravessa, existe uma necessidade de controlar o risco e consolidar a presença no mercado externo. A eficiência energética é uma necessidade para todos, devemos fomentar a construção que potencie um uso equilibrado de energia.( António Melo)

Graves carências nas infra-estruturas de apoio à exportação, a consolidação de novas vias de comunicação podem potenciar um acréscimo à exportação (referindo-se à nova linha comboios comercial). Muitas são as dificuldades em exportar para locais exóticos, e muitas vezes existe necessidade de recorrer a serviços de exportação em Espanha. Mais de 90% do nosso volume de negócios é dirigido á exportação, é importante gerir bem, algo que hoje se faz de forma não planeada estando neste momento a “navegar à vista” dada a instabilidade global. (Rui Lobo)

O vinho português continua a dar cartas no mercado internacional, porém temos alguma dificuldade em promover e divulgar os nossos produtos no estrangeiro. O recurso a “operações de charme” junto de opinion makers, quando existe a possibilidade, tem trazido alguns proveitos e a consolidação da nossa presença em 22 países. A internacionalização é fulcral para o desenvolvimento e continuidade dos nossos negócios, até porque seria impossível manter a Empresa contando apenas com o mercado interno já que a “retracção do ordenado do povo” não o permitiria.( Luís Mira)

Conclusões

Os problemas apresentados foram muitos, desde a falta de financiamento para a criação de empresas, à falta de infra-estruturas de apoio à exportação. Existe uma necessidade cada vez maior de consolidação de estratégias conjuntas no que diz respeito à promoção dos nossos produtos/serviços além-fronteiras já que esse é o mercado almejado. Os financiamentos parecem surgir apenas para Empresas já consolidadas e com a sua situação financeira bem consolidada, a falta de soluções por parte das entidades bancárias leva ao fraco investimento e/ou à não conclusão de muitos projectos empresariais. A crise veio apenas acentuar as fragilidades, já existentes do complexo empresarial português.

Docente: Prof. Doutor António João Coelho de SousaDiscente: Bruno Quintino, aluno Nº26358 da Lic. em Relações Internacionais

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