ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2017-2021 · reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (3ª...
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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------
------------------------------------- Mandato 2017-2021 -----------------------------------------
----- SESSÃO EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM VINTE DE
FEVEREIRO DE DOIS MIL E DEZOITO ------------------------------------------------- --------------------------------------ATA NÚMERO ONZE ------------------------------------
----- Aos vinte dias do mês de fevereiro de dois mil e dezoito, em cumprimento da
respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo oitavo e trigésimo
do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e
nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sétimo do seu Regimento, reuniu a
Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de
Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Extraordinária, sob a presidência da sua
Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema
Roseta, coadjuvado pelo Excelentíssimo Senhor Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo
e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho,
respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária. -----------------------------------
----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da
Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: ---------------------------------------------
----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana
Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Sofia Soares
Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, André Nunes de Almeida Couto, António
Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da
Fonseca Mora Coelho, Augusto Miguel Gama Antunes de Albuquerque, Carla
Cristina Ferreira Madeira, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Davide
Miguel Santos Amado, Diogo Feijóo Leão Campos Rodrigues, Fábio Martins de
Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel Moreno D’Eça
Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício
Domingues, Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos, Graciela Lopes
Valente Simões, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Inês de Drummond Ludovice Mendes
Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte,
João Diogo Santos Moura, João Luis Valente Pires, Jorge Manuel Jacinto Marques,
José António Barbosa Borges, José Luis Sobreda Antunes, José Manuel Rodrigues
Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luis Pedro Alves Caetano
Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de
Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da
Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene
dos Santos Lopes, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria
Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel
Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça,
Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de
Moura, Patricia Carla Serrano Gonçalves, Patrocinia da Conceição Alves Rodrigues
Vale César, Paula Inês Alves de Sousa Real, Paulo Jorge Velez Muacho, Ricardo de
Sant’Ana Godinho Moreira, Rui Pedro Costa Lopes, Rosa Maria Carvalho da Silva,
Silvino Esteves Correia, Tiago Maria Sousa Alvim Ivo Cruz, Vasco André Lopes
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Alves Veiga Morgado, Duarte de Albuquerque Carreira, João Carlos de Sousa
Pereira, Margarida Afonso, António Miguel Silva Avelãs, Pedro Miguel Tadeu Costa,
Susana Maria da Costa Guimarães, Henrique João Tavares Frias Sá e Melo, Mário
Nelson Morais Freitas, Gonçalo Maria Vassalo Moita, Gabriel Maria Baptista
Fernandes, Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale, Margarida Isabel Bentes Penedo,
Nádia Alves Ribeiro Teixeira e José Augusto de Jesus Felício. -----------------------------
----- Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------
-----José António Cardoso Alves e Luis Filipe da Silva Monteiro. --------------------------
----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de
18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se
mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do
artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da
Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: --------------------
----- André Moz Caldas (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, por um
dia, tendo sido substituído pela substituta legal Deputada Municipal Margarida
Afonso. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de
Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto
legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. ---------------------------------------
----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal
Susana Maria da Costa Guimarães. --------------------------------------------------------------
----- Pedro Filipe Mota Delgado Simões Alves (PS), Presidente da Junta de Freguesia
de Lumiar, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado
Municipal Henrique João Tavares Frias Sá e Melo. -------------------------------------------
----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de
Olivais, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal
Duarte de Albuquerque Carreira. -----------------------------------------------------------------
----- Rodrigo Mello Gonçalves (PSD), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal José Augusto Felício. ----------------------------------------------------- .
----- Cristina Castel-Branco (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Gonçalo Maria Vassalo Moita. ------------------------------------------ .
----- Maria Luisa Aguiar Aldim (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. ------------------------------------- .
----- João Maria Corrêa Monteiro Macieira Condeixa (CDS-PP), por um dia, tendo
sido substituído pela Deputada Municipal Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale. -------- .
----- Ana Margarida de Carvalho (PCP), por um dia, tendo sido substituída pelo
Deputado Municipal João Carlos Pereira. ------------------------------------------------------- .
----- José Inácio Faria (MPT), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada
Municipal Nádia Alves Ribeiro Teixeira. ------------------------------------------------------- .
----- Raul Jorge Silva Santos (MPT), por um dia, tendo sido substituído pelo
Deputado Municipal Mário Nelson Morais Freitas. ------------------------------------------- .
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----- Maria do Carmo Munoz (PPM), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada
Municipal Margarida Isabel Bentes Penedo (CDS-PP). -------------------------------------- .
----- José Alberto Franco (IND), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado
Municipal António Avelãs. ------------------------------------------------------------------------ .
----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 2/2018, de
20 de fevereiro de 2018, foi deliberado o seguinte a descrever: -----------------------------
----- Justificar a falta do Deputado Municipal José António Barbosa Borges (PS) à 8ª
reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (3ª Reunião da Sessão Ordinária de
Novembro de 2017), realizada no dia 16 de janeiro de 2018. --------------------------------
----- Retirar a falta da Deputada Municipal, Margarida Afonso (PS), em substituição
do Presidente da Junta de Freguesia de Alvalade, relativa à 10ª Reunião da
Assembleia Municipal de Lisboa (7ª Sessão Extraordinária), realizada no dia 30 de
janeiro de 2018. -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro e
pelos Senhores Vereadores: João Paulo Saraiva, Ricardo Robles, Manuel Salgado e
Floresbela Pinto. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: Maria Assunção
Cristas, João Gonçalves Pereira, Maria da Conceição Zagalo, Carlos Moura, Nuno
Correia da Silva e Rogério Jóia. ------------------------------------------------------------------
----- Às quinze horas e trinta minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora
Presidente da Assembleia declarou aberta a reunião. ------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhoras e Senhores Deputados, restantes presentes, estamos em condições de
dar início aos nossos trabalhos. -------------------------------------------------------------------
----- Saúdo o público presente. Sei que estão presentes um grupo de pessoas que
querem assistir, e também familiares, ao Voto de Pesar pelo Falecimento de Açucena
Veloso que vamos apreciar, agora, em seguida. ------------------------------------------------
----- Peço, por isso, a todos que ocupem os seus lugares para que possamos prosseguir
com dignidade àquilo que temos que fazer e que são os votos de pesar. -------------------
----- O Voto de Pesar a que me estava a referir é o Voto de Pesar de Açucena Veloso
que sei que estão presentes pessoas, familiares e colegas, portanto, agradeço a vossa
presença, aqui. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados temos quatro votos de pesar. ---------------------------------------
----- Vou pedir ao Senhor Deputado Rui Paulo Figueiredo que leia o Voto de Pesar
pelo Falecimento de Açucena Veloso. -----------------------------------------------------------
----- Depois, vou pedir à Senhora Segunda Secretária para ler o segundo Voto de
Pesar pelo Falecimento de Natália Nunes. ------------------------------------------------------
----- Peço ao Senhor Deputado Rui Paulo Figueiredo que leia. ------------------------------
----- Estão-me aqui a avisar que antes dos votos de pesar tenho que fazer o Período de
Intervenção aberto ao Público. Assim será. -----------------------------------------------------
----- De qualquer modo, fica esclarecido, e eu queria, sobretudo, saudar as pessoas
presentes. ---------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Fica esclarecido que temos estes quatro votos de pesar logo de seguida.-------------
----- Peço desculpa ao público que está a assistir. Temos pessoas que se inscreveram
para falar nesta sessão. -----------------------------------------------------------------------------
----- Vamos dar início às intervenções do público.” -------------------------------------------
------------------- PERÍODO DE INTERVENÇÃO DO PÚBLICO ----------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Agora neste período dedicado ao Público será a primeira a Senhora Alda
Silveira que nos traz um assunto de saúde pública. A Senhora Dona Alda Silveira, já
sabe que tem três minutos, faça o favor. ---------------------------------------------------------
----- A Munícipe, Senhora Dona Alda Silveira, no uso da palavra fez a seguinte
intervenção e entregou documentação na Mesa (Anexo I): ----------------------------------
-----“ Boa tarde Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Deputados e
Membros da Vereação, venho expor-vos pessoalmente o meu problema, depois de o
ter feito por escrito sem sucesso. -----------------------------------------------------------------
----- Já há alguns anos que entram fezes e urina pela chaminé da minha habitação, a
partir de novembro de 2016 comecei a documentar esta situação com fotografias, a
mais que provável explicação para este gravíssimo problema de saúde decorre de
situações alterações efetuadas na tubagem da minha chaminé pela minha vizinha de
cima. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A natureza dos líquidos que entram na minha cozinha foi comprovada por
análises microbiológicas efetuadas no Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
conforme documentos que disponibilizei. -------------------------------------------------------
----- Este problema tem consequências graves para mim e para a minha família,
impede-me de utilizar a cozinha para cozinhar, com elevados prejuízos económicos,
provoca mau cheiro em toda a habitação e põe em causa a saúde de todos os
habitantes de casa, é uma situação que nos angustia. ----------------------------------------
----- Tentei resolver este problema amigavelmente, sem qualquer resultado ou mesmo
compreensão para o mesmo, procurei depois a mediação de condomínio que me disse
que isso era resolvido entre os dois condóminos, finalmente pedi uma vistoria à
Câmara Municipal de Lisboa para que esta acionasse os mecanismos necessários
para resolver o problema e eu poder agir por vias legais! -----------------------------------
----- Apresento-me hoje perante vós, porque apesar da vistoria ter sido realizada em
19 de julho de 2017 a Câmara Municipal de Lisboa não deu seguimento ao assunto,
como se este problema pudesse ser adiado, como se este problema não fosse grave! ---
----- Não me foi fornecido como é de lei o resultado da vistoria, não foi tomada, tanto
quanto é do meu conhecimento qualquer medida, os contatos que foram feitos pela
Câmara para mim foram telefonicamente, não havendo por isso registo deles! ----------
----- Senhora Presidente, a maior Câmara do País não pode demonstrar este nível de
inoperância, Vossa Excelência é testemunha que nem aqui nem na documentação
entregue alguma vez mencionei ou identifiquei expressamente quem é a minha
vizinha, ou seja, a pessoa responsável pela criação do problema, mas Vossa
Excelência pode facilmente saber quem é e tire Vossa Excelência as conclusões que
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entender sobre as desconfianças que uma cidadã acaba por ter sobre as regras e se
são iguais para todos! ------------------------------------------------------------------------------
----- Apelo assim à Excelentíssima Senhora Presidente Arquiteta Helena Roseta e aos
restantes Membros desta Assembleia para enveredarem os vossos melhores esforços,
exercitando os vossos poderes para resolver um problema que sendo da maior
gravidade até é de fácil resolução! E que me ajudem a recuperar a confiança nesta
Instituição! -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Solicito ainda à Senhora Presidente que esta minha apresentação seja anexada à
Ata desta Assembleia. Obrigada pela vossa atenção e a minha casa está com a
disponibilidade para quem a quiser visitar.” ---------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigada Senhora Dona Alda, fez muito bem em apresentar o problema à
Assembleia Municipal, eu fiquei preocupada quando chegou o seu email, pedi
imediatamente que fosse contatada, normalmente isto vai através do Senhor
Presidente da Câmara, que depois manda para o Vereador que depois manda para os
Serviços, mas eu pedi para fazerem um contato direto com a Unidade de Coordenação
Territorial, que tem a responsabilidade das brigadas que têm que fazer as vistorias,
tenho aqui uma informação já da Unidade de Coordenação Territorial, que vou pedir
para lhe darem cópia. -------------------------------------------------------------------------------
----- Nessa Informação se diz que “foi resolvido”, agora não vejo cá o Senhor
Vereador Manuel Salgado e estou agora eu própria aqui sem saber o que é que isto
quer dizer e, portanto, se algum dos Senhores Assessores doa Vereadores aqui
presentes me souber esclarecer o que é que aqui está escrito, eu agradeço. ----------------
----- O Despacho é no seguinte sentido “Abertura de Processo RLU”, eu não sei o que
é que é um Processo RLU, “ para as habitações do rés-do-chão esquerdo e primeiro
esquerdo e partes comuns do edifício por determinação e realização de vistoria, ao
abrigo do Artigo 90 do Regulamento Jurídico do Regime Jurídico de Urbanização e
Edificação e posterior intimação aos proprietários para a realização de obras com base
no mesmo Diploma”. -------------------------------------------------------------------------------
----- Isto já devia ter sido feito, portanto, houve aqui uma fase em que a
Administração do Condomínio se queixou de falta de condições de salubridade. Em
julho, como a Senhora Dona Alda disse foi feita a visita. Aqui referem que a
proprietária do rés-do-chão esquerdo, que é o caso, explicou que havia um problema
de contaminação entre as canalizações da casa de banho do andar superior e a
chaminé da cozinha e, portanto, que deveria haver deficiência na canalização do
esgoto da sanita que estava a provocar esta situação e, portanto, eu estranho que só de
facto agora e só agora é que venha e porque eu pedi, esta informação a dizer que vão
abrir um processo RLU, mas eu não sei o que é um processo RLU! Se houver alguém
que me saiba informar eu fico mais esclarecida, se não houver, pode ter a certeza
Senhora Dona Alda que a Mesa vai fazer todas as diligências para que isto ande o
mais rapidamente possível!” ----------------------------------------------------------------------
----- A Munícipe, Senhora Dona Alda Silveira, no uso da palavra prosseguiu: ---------
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-----“Dá-me licença que intervenha Senhora Arquiteta? É assim: a Senhora de cima
desmanchou a minha chaminé para ampliar a cozinha dela!” ------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Eu percebi! Isso é o que se deduz aqui da Informação, portanto, o meu ponto é
que neste momento já há um procedimento para intimar, só que eu não sei que
procedimento é este e não percebo porque é que uma coisa destas, com a
contaminação que é de facto uma ameaça à saúde pública demorou tanto tempo! -------
----- Portanto, Senhora Dona Alda, aquilo que eu lhe posso dizer neste momento é que
neste momento, uma vez que eu nem sequer consigo interpretar o que é que isto quer
dizer vou pedir para lhe darem uma cópia desta resposta que me chegou ontem, hoje é
dia 20 e chagou ontem, eu só a vi agora! Vou pedir para lhe darem a cópia desta
Informação dos Serviços. --------------------------------------------------------------------------
----- Eu tinha alertado todos os Representantes para esta situação e, portanto, Senhora
Dona Alda, pode ter a certeza que nos vamos empenhar para que isto seja resolvido o
mais depressa possível porque tem todo o sentido aquilo que está aqui a dizer. Muito
obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A segunda pessoa que se inscreveu ainda não chegou, portanto, vamos passar à
pessoa que se inscreveu a seguir, o Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron,
um problema de higiene pública, e portanto vamos a isso.” ----------------------------------
----- O Munícipe, Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron, no uso da
palavra fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------
---- “ Senhora Presidente, Senhoras e Senhores eu gostaria muito também de falar de
uma questão cultural mas três minutos não dá para tudo e vou para aquela mais
imediata que é uma questão de higiene. ---------------------------------------------------------
----- Em 2017 apresentei aqui por duas vezes, em março e em julho, a minha
indignação em relação ao Executivo Camarário pela falta de higiene da Cidade,
muito concretamente pela imensa quantidade de dejetos de cão nos jardins, passeios
e crateras das árvores. -----------------------------------------------------------------------------
----- Por duas vezes a Senhora Presidente com prontidão enviou ao Senhor
Presidente da Câmara um Ofício comunicando as minhas reclamações e solicitando-
lhe que se pronunciasse sobre o assunto. -------------------------------------------------------
----- Estamos em fevereiro de 2018 e não houve ainda qualquer resposta do Doutor
Medina! Em artigo que escrevo nu Público on-line afirmei: “ Se o Doutor Medina
não respondesse a um munícipe seria estranho, não responder à Presidente da
Assembleia Municipal é inquietante!”. Felizmente o Público pôs em bold esta
afirmação. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Eu tenho tempo e repito: “Se o Doutor Medina não respondesse a um munícipe
seria estranho, não responder à Presidente da Assembleia Municipal é inquietante!”,
eu sinto-me inseguro como cidadão e como munícipe! ---------------------------------------
----- Neste momento eu gostaria de perguntar à Senhora Presidente, Arquiteta Helena
Roseta e às Senhoras e Senhores Deputados o que pensam sobre a falta de respeito
do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Capital pela Senhora Presidente da
Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------
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----- Acho que isto é uma falta de respeito, não responder a dois Ofícios da
Presidente da Assembleia Municipal e estou convicto de que concordam comigo, é
inquietante! ------------------------------------------------------------------------------------------
-----E termino afirmando que estou a analisar a hipótese de enviar ao Doutor
Fernando Medina, uma embalagem com dejetos de cão, colhidos nos locais por onde
os meus netos passam dez vezes por semana, na ida e no regresso para e da escola,
eu levo-os lá com alguma frequência e gosto de os levar a pé, portanto, conheço bem
o estado em que estão os passeios e as crateras das árvores. -------------------------------
----- Será um ato de indignação em prol dos invisuais, parece que se pensa muito
pouco nos invisuais portanto, repito, será um ato de indignação em prol dos
invisuais, das crianças, dos idosos e da estética. ----------------------------------------------
----- Senhora Presidente é arquiteta e é certamente também sensível e é sensível às
outras questões! -------------------------------------------------------------------------------------
------ A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Eu pedia-lhe que concluísse uma vez que terminou o seu tempo, realmente os 3
minutos são rápidos.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron, no uso da
palavra prosseguiu: ---------------------------------------------------------------------------------
---- “ Está concluído Senhora Presidente!” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Muito obrigado, agradeço a sua intervenção, de facto, não tenho ainda a
resposta do Senhor Presidente, não creio que a razão seja por falta de respeito para
com a Assembleia ou para com a sua Presidente, mas sim, naturalmente, com muitas
vezes as respostas não são imediatas, não se consegue obter, são os Serviços que
fazem estas verificações não é o Presidente da Câmara que anda ele diretamente a
apanhar os dejetos, como é óbvio e, portanto, isto às vezes demora um pouco mais
tempo a resposta. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Nós vamos insistir, está presente, eu creio, não está aqui agora, mas está presente
hoje na sessão o Senhor Vice-Presidente, que tem o pelouro da Higiene Urbana e,
portanto, isto é sobretudo dirigido a ele. Irei naturalmente alertá-lo para dar a resposta
o mais rápido possível e ver qual é a conjugação de esforços para melhorar isto,
porque bem vê que a questão da limpeza dos dejetos de animais tem uma componente
dos Serviços, que podem ser da Câmara ou da Freguesia consoante o sítio onde nos
encontrámos e tem uma componente dos próprios cidadãos que não têm o civismo
suficiente perceber que não podem deixar os animais fazer dejetos em qualquer sítio,
portanto, há aqui várias partes envolvidas, seja como for, é evidente que o problema é
um problema de saúde pública e de higiene urbana e, portanto, naturalmente,
merecerá a minha atenção e a atenção da Assembleia. Iremos insistir junto pelo menos
do pelouro para nos responder o mais depressa possível! Obrigada.” ----------------------
----- O Munícipe, Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron, no uso da
palavra prosseguiu: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “ Senhora Presidente, posso pedir 20 segundos? ----------------------------------------
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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Não é habitual, mas se for 20 segundos, faça favor.” ----------------------------------
----- O Munícipe, Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron, no uso da
palavra prosseguiu: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “O ano passado disseram-me na Câmara que a coima para quem não apanhe os
dejetos dos seus cães é de 30/40 euros, porque é que não se aumenta para 80 100 ou
150? ---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- E a segunda questão, a Senhor Presidente diz que isto demora muito tempo…” ---
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Pode demorar, não quero dizer que demora!” -------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor José Manuel Botelho de Sousa Cymbron, no uso da
palavra prosseguiu: ---------------------------------------------------------------------------------
----- “Que pode demorar, mas a primeira vez que eu falei aqui foi em março
praticamente, portanto, há 11 meses!” ----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Eu não estou a pôr isso em causa, só lhe queria pedir, como falou em falta de
respeito, a minha interpretação é que não é por falta de respeito, terá sido por
acumulação de muita coisa. Para informação de todos, por exemplo, só que nesta
Assembleia Municipal, que recebe muito menos experiente do que recebe a Câmara,
só no mês passado recebemos 360 questões por resolver, portanto, muitas vezes não
conseguimos dar a resposta tão rápida, mas temos conhecimento dessa questão das
coimas. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Também um problema é saber exatamente a quem é que é para atribuir, porque
nem sempre que se consegue identificar quem é o dono do animal que fez o devido
estrago e, portanto, essas coisas exigem uma maior capacidade de resposta dos
Serviços, mas também exigem esta vigilância dos cidadãos, que é o que o Senhor está
aqui a fazer, com a insistência já, e que eu agradeço pedindo desculpa pela demora na
resposta, mas vamos tentar insistir nisto também. Muito obrigada. -------------------------
----- Vamos prosseguir Senhores Deputados, temos agora o Senhor António Manuel
Correia João, que não sei qual é o assunto, vamos a ver, julgo que é aqui da zona,
antiga Freguesia de São João de Deus, atualmente Freguesia do Areeiro, veremos.” ----
----- O Munícipe, Senhor António Manuel Correia João, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------------
----- “ Senhor Presidente, muito obrigado, Minhas Senhoras e meus Senhores,
também muito boa tarde. --------------------------------------------------------------------------
----- Eu estou aqui, Senhora Presidente porque estou indignado com a Junta de
Freguesia de São João de Deus, ou chamamos a Freguesia do Areeiro, eu não tenho
nada a ver com a Freguesia do Areeiro, eu tenho a ver com a Freguesia de São João
de Deus, onde duas vezes pedi ao Senhor Presidente Fernando Braamcamp Freire
para falar com ele duas vezes e onde fui bem recebido! A verdade se diga! Mas estou
indignado pelo sistema da Junta de Freguesia que enquanto gente abastada gasta
dinheiro, a miséria envergonhada, cobarde, a pobreza podia ser mais bem ajudada e
não é. -------------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Eu não sei se o Senhor Presidente está presente, mas a minha indignação é esta:
eu vivo num quarto na Avenida de Madrid, no número 22-1º direito, por favor ao
Doutor Fernando Abreu, e vivo num quarto, sou reformado hoje com 277 euros,
miséria de 43 anos de reforma e tenho aqui um documento em que me roubaram a
reforma, tenho aqui um documento que posso mostrar à Senhora Presidente, onde fui
hoje de manhã ao Instituto da Segurança Social do Areeiro falar com a Doutora para
reclamar, se me dá licença. -----------------------------------------------------------------------
----- É o original, esse é o original. Eu estou aqui porque aprendi nos Comandos, na
39 de Comandos, onde eu fui militar 33 anos em Angola. Aprendi e os meus
Comandantes disseram que mais vale um ataque frontal do que entrares numa
emboscada, e é por isso que estou aqui a dar a cara, porque a Junta de Freguesia de
São João de Deus podia ajudar muito mais a pobreza e não ajuda!------------------------
----- Porque como hoje fui buscar um cabaz alimentar à Junta, porque precisei do
Porta-a-Porta, que me ajudasse a levar o cabaz num carrinho e o motorista disse
“Ah, eu não tenho ordem para isso! Eu estou aqui para servir mais no turismo” --------
----- No ano passado, no 13 de Outubro, e o Senhor Presidente está aí e sabe muito
bem que isto é verdade, porque eu sou pobre mas não sou mentiroso, porque já duas
vezes que ele me atendeu e eu expliquei-lhe isso, o que ele tem é lá muita gente a
bater-lhe no ombro e a arrastar os pés, com boas reformas e ainda com cartão de
crédito da Junta, onde eu tenho conhecimento de certas coisas, não é que eu ande a
investigar as coisas, mas a gente fala uns com os outros.” ----------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Senhor António Manuel chegou ao fim o seu tempo mas eu creio que já
explicou.” --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor António Manuel Correia João, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Ah, mas eu peço imensa desculpa, mas foi um desabafo!” ---------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Não tem nada que pedir desculpa, tem toda a legitimidade de vir aqui trazer os
problemas que o preocupam, deixe-me só dizer-lhe o seguinte: relativamente às Juntas
de Freguesia a Assembleia Municipal não tem competência para mandar ou dar
indicações às Juntas, isso é uma competência que é das Assembleias de Freguesia. -----
----- Seja como for, naturalmente, o Senhor Deputado não está aqui presente e
certamente os colegas lhe farão chegar o seu protesto! ---------------------------------------
----- Pronto e é isso que posso dizer. Já lhe vão dar o documento, neste momento estão
só a tirar cópia mas não vai ficar sem o documento. ------------------------------------------
----- Espero que a questão da Segurança Social se consiga resolver e, naturalmente,
por uma questão apenas de informação, faremos chegar ao Senhor Presidente da Junta
o seu protesto e o Senhor Presidente da Junta tomará as providências que entender. ----
----- Olhe, está aí a chegar, mas de qualquer modo a Assembleia Municipal, volto a
dizer-lhe, não tem competências para interferir nas Freguesias, as Freguesias têm a
sua autonomia e, portanto, olhe já percebi que o Senhor Presidente está presente.
Muito bem. -------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Então ficamos assim, muito obrigada pela sua intervenção Senhor António
Manuel e espero que...” ----------------------------------------------------------------------------
----- O Munícipe, Senhor António Manuel Correia João, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. Que Deus abençoe a Senhora!” --------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “ Muito obrigada. -----------------------------------------------------------------------------
----- Desculpem-me mas vou pedir aos Serviços para dizerem ao Senhor António
Manuel que espere, os Serviços da Assembleia façam o favor e indiquem ao Senhor
António Manuel que espere pela fotocópia do documento original que ele aqui deixou,
antes de se ir embora. ------------------------------------------------------------------------------
----- Muito bem, vamos passar agora a palavra à Senhora Heloísa Gonçalves dos
Santos, a Senhora pode subir se faz o favor.” --------------------------------------------------
----- A Munícipe, Senhora Heloísa Gonçalves dos Santos, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção e entregou documentação na Mesa (Anexo II): ----------------------
----- “ Boa tarde, queria começar por cumprimentar as pessoas da Assembleia e
agradecer terem-me aceite a minha intervenção. ---------------------------------------------
------ Eu venho fazer uma coisa que eu penso que muita gente já fez antes de mim,
mas não suficiente, porque as coisas continuam na mesma e é uma situação de um
problema grave, não é um problema pessoal. --------------------------------------------------
----- É assim: começo por descrever que sou médica, tenho mais de 65 anos, mas
ainda tenho atividade profissional, sou administradora do condomínio onde vivo,
tenho um único carro, tenho um único automóvel híbrido e uso o e-Park. Contudo
vivo numa casa sem garagem, ótima, o meu apartamento não posso queixar dele, mas
é de 69. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Acontece que o acesso, meu e de todas as pessoas daquela área, Rua Inocêncio
Francisco Silva, junto à Rua dos Soeiros e com Torres de Lisboa, Hospital Inglês, o
British, o fluxo enorme de pessoas que vêm de fora de Lisboa para ocupar espaço em
Lisboa sem pagarem impostos, à superfície, o que não acontece noutros sítios do
mundo e eventualmente mais pessoas que eu neste momento, esqueci-me do Benfica,
acontece que quando chego a casa todos os dias não tenho lugar para estacionar, o
acesso a casa está-me vedado. --------------------------------------------------------------------
----- Estou a reclamar em relação a isto desde 2016, tenho aqui e vou entregar à
Mesa as minhas várias reclamações, estamos entrar no meio de 2018. Juntando a
isto, tenho ainda que a EMEL, a quem o já em 2016 sugeri que viesse a organizar
melhor as coisas para a minha zona e que respondeu negativamente, agora está a
formar ilhas de localizações e eu queria fazer uma interrupção, de facto, se não há
fiscais para fazerem outras coisas, não percebo como é que há tantos fiscais para
controlarem os automóveis na EMEL, quer dizer que de facto aí não há falta de
pessoas. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Bom, mas é só para dizer que estas que este, estou-me a referir ao problema de
saúde pública, que foi falado há pouco, para comparar. -------------------------------------
DRAFT
11
----- Agora continuando o que estou a dizer queria dizer-lhes que agora a EMEL
resolveu colocar-se em várias zonas próximas, gratuitas e, portanto, aumentou de tal
maneira o número de carros que entram na minha zona que às sete ou oito da manhã
já estão a entrar em fila, portanto, saem os residentes e entram os outros, que só
saem muitas vezes à noite, inclusivamente há jornalistas envolvidos nisto porque
trabalham e nas Torres de Lisboa e, portanto, têm um horário muitas vezes noturno. --
------ Resumindo e concluindo eu pago impostos em Lisboa, eu e todas as pessoas, eu
não eu se fosse um problema apenas meu não estava aqui a perder o meu tempo e a
fazê-los todos perder o tempo que têm para tratar dos assuntos, mas isto é um
problema que eu penso pessoalmente que tem que ser tratado, a minha
correspondência tem sido toda feita insistentemente apenas a Junta de Freguesia
pegou há tempos …”. ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “ Senhora Doutora, eu tenho que lhe pedir para que abrevie!” -------------------------
------ A Munícipe, Senhora Heloísa Gonçalves dos Santos, no uso da palavra fez
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Desculpe Senhora Doutora mas vou acabar isto. --------------------------------------
----- Isto é um problema, eu ouvi e os outros e este é um problema muito importante
para Lisboa, lamento dizer-lhe mas vou ficar mais um ou dois minutos, faça depois o
que quiser. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Então é assim…” ------------------------------------------------------------------------------
------ A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Senhora Doutora desculpe, eu não posso dar tratamentos diferentes, A Senhora
Doutora se quiser…. --------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Doutora eu não posso dar um tratamento diferente, as regras temos que
as cumprir! -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Doutora o que lhe pedia era o seguinte: A Senhora Doutora conclua no
mais breve prazo que puder e se entender depois complementar com alguma coisa
depois pode mandar a mensagem e nós juntamos ao processo. O que tiver aí para
complementar fica associado ao processo que tiver para entregar.” ------------------------
----- A Munícipe, Senhora Heloísa Gonçalves dos Santos, no uso da palavra,
prosseguiu: -------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Eu penso que as pessoas que estão aqui também poderão e devem ouvir, é o
que eu ia dizer, é que nas Juntas durante as Autárquicas os vários Partidos, que eu
penso que fazem parte desta Assembleia, todos fizeram propostas que eu elenquei no
comentário por escrito que fiz e, de facto, não vejo nada dessas coisas a funcionarem,
estou mesmo a acabar, a EMEL posso dizer que a última resposta da EMEL tem dias,
tem dias e, quando eu perguntei quando é que iam mudar a nossa situação
responderam que no próximo ano, e eu que acabo com comecei: tenho mais de 65
anos, trabalho, pago impostos, tenho apenas um carro híbrido e, portanto, não gasto
muito espaço e, portanto tenho os meus direitos e esta Assembleia tem a obrigação de
ajudar as pessoas de Lisboa, que não sou só eu, com problemas idênticos e fazer, de
DRAFT
12
facto fazer atuar as tais ideias alternativas, que eram algumas delas boas, eu
elenquei-as e que eu não vejo funcionar e urgentemente tratarem de resolver os
problemas da zona. Pronto.” ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:
----- “Acho que percebemos o seu ponto, agradeço se tem alguma documentação que
me deixe, irei fazer as diligências necessárias para conseguir obter a resposta que
pelos vistos não conseguiu obter pessoalmente, mas que vamos tentar obter através da
Assembleia Municipal. -----------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada Senhora Doutora e muito boa tarde. ------------------------------------
----- Senhores Deputados terminámos a intervenção do Público, eu pergunto se a
Senhora Dona Mónica Figueiredo está? Não veio, logo veremos. --------------------------
----- Agora, sim, vamos passar aos votos de pesar. E eu peço ao Senhor Primeiro
Secretário que leia o Voto de Pesar pelo Falecimento de Açucena Veloso.” --------------
----- (Neste momento, o Senhor Primeiro Secretário fez a leitura do Voto de Pesar
pelo Falecimento de Açucena Veloso)-----------------------------------------------------------
----- VOTO DE PESAR Nº 011/01- SUBSCRITO PELO GRUPO MUNICIPAL
DO CDS-PP E PS – PELO FALECIMENTO DE AÇUCENA VELOSO ------------ ----- “Açucena Veloso nasceu há 65 anos em Cabanelas, distrito de Braga tendo
vindo para Lisboa com apenas 9 anos. ----------------------------------------------------------
----- Aqui construiu a sua vida profissional tornando-se numa das maiores e melhores
comerciantes de pescado da capital. Possuidora de uma sólida ética comercial era
reconhecida – desde o comum consumidor aos principais chefes de cozinha – pela
qualidade dos seus produtos. ---------------------------------------------------------------------
----- Deve-se a Açucena Veloso uma parte do sucesso que o Mercado 31 de Janeiro
tem atualmente, onde foi comerciante 55 anos, vendendo no início limões e
dedicando-se, posteriormente, à venda de peixe. A sua opinião esclarecida e
conhecedora, a par do seu dinamismo comercial, foram o motor para a nova vivência
daquele espaço. -------------------------------------------------------------------------------------
----- Reconhecida pelo cariz franco nunca permitiu que o sucesso empresarial se
sobrepusesse à sua veia popular mantendo a mesma disponibilidade e amabilidade
para todos os clientes, independentemente do seu estatuto ou estrato social. Menos
conhecida, porque ela assim o desejava, era a sua faceta solidária que muitas vezes
praticava juntos dos mais necessitados que se acercavam da sua banca de peixe. -------
----- Açucena era, desde 2013, Tesoureira e Diretora da Associação de Comerciantes
nos Mercados de Lisboa, para onde entrou em 1989, tendo sido eleita delegada pelo
sector do peixe, constituindo-se em 30 anos de dedicação ao associativismo. ------------
----- No dia 11 de Fevereiro de 2018 Açucena partiu prematuramente, vitimada por
um acidente automóvel, deixando um vazio na cidade, próprio das figuras ímpares
que um dia se cruzaram connosco. --------------------------------------------------------------
----- Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida a 20 de Fevereiro de 2018,
delibera: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- 1. Prestar homenagem à cidadã, guarda um minuto de silêncio em sua memória
e endereça à sua família as mais sentidas condolências. -------------------------------------
DRAFT
13
----- 2. Recomenda à CML que perpetue a memória de Açucena Veloso no Mercado
31 de Janeiro. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- O Voto é subscrito pelo Grupo Municipal do Partido Socialista, José Leitão, e
pelo Grupo Municipal do CDS-PP, Diogo Moura” -------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ O Senhor Deputado Luís Newton acabou de afirmar que, também, o PSD se
associa a este Voto de Pesar. ----------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados vamos pôr este voto à consideração. -----------------------------
----- Dizer aos presentes que como temos mais votos de pesar, no final de todos estes
votos faremos um minuto de silêncio. Agora, é apenas a votação. No final da leitura
dos quatro votos é que faremos um minuto de silêncio. --------------------------------------
----- Vamos pôr, então, à votação o Voto de Pesar nº 011/01 pelo falecimento de
Açucena Veloso. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,
CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. O Voto de Pesar nº 011/01 foi
aprovado por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar à leitura de dois Votos de Pesar pelo Falecimento de Natália
Nunes. Peço à Senhora Segunda Secretária para ler o primeiro voto que é do PSD.” ----
----- (Neste momento, a Senhora Segunda Secretária fez a leitura do Voto de Pesar
pelo Falecimento de Natália Nunes). ------------------------------------------------------------
----- VOTO DE PESAR Nº 011/02- SUBSCRITO PELO GRUPO MUNICIPAL
DO PSD – PELO FALECIMENTO DE NATÁLIA NUNES ---------------------------- ----- “Natália Nunes nasceu em Lisboa, em 1921, mas passou a infância na Beira
Alta. Autora prolífica, romancista, ensaísta, dramaturga, contista e tradutora.
Natália Nunes faleceu terça-feira, dia 13 de fevereiro na Ericeira, aos 96 anos. --------
----- Resistente antifascista durante os anos de ditadura, membro da direção da
Sociedade Portuguesa de Escritores, encerrada pela PIDE (polícia política do
regime), em 1965. Natália Nunes era "considerada unanimemente uma das jovens
mais bonitas da capital", como a definiu o seu marido, o escritor e pedagogo Rómulo
de Carvalho (1906-1997), mais conhecido pelo pseudónimo - António Gedeão.
Natália Nunes era mãe da escritora Cristina Carvalho, autora de - O Olhar e a
Alma, prémio Autores 2016. ----------------------------------------------------------------------
----- Natália Nunes estreou-se na literatura em 1952, com Horas Vivas: Memórias da
Minha Infância, a que se sucedeu - Autobiografia de uma Mulher
Romântica (1955). Vivia então em Coimbra, onde fez o curso de Bibliotecária-
Arquivista (1956), depois da licenciatura em Ciências Histórico-Filosóficas (1948),
na Universidade de Lisboa. -----------------------------------------------------------------------
----- A partir de então, a escrita esteve sempre presente na sua vida, a par do
trabalho nas Bibliotecas da Ajuda e Nacional, no Arquivo Nacional da Torre do
Tombo e na Escola Superior de Belas-Artes, como bibliotecária e conservadora. -------
----- Da sua obra destacam-se - A Mosca Verde e Outros Contos (1957), Regresso
ao Caos (1960), Assembleia de Mulheres (1964), O Caso de Zulmira L. (1967), A
Nuvem. Estória de Amor (1970), Da Natureza das Coisas (1985), As Velhas
DRAFT
14
Senhoras e Outros Contos (1992), Louca por Sapatos (1996) e Vénus Turbulenta,
o seu último romance, que data de 1997 (ano da morte do marido, Rómulo de
Carvalho). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em memórias, além do livro inicial, contam-se Uma Portuguesa em
Paris (1956) e Memórias da Escola Antiga (1981). É ainda autora da peça de
teatro - Cabeça de Abóbora (1970). ------------------------------------------------------------
----- A obra de ficção disponível da escritora está publicada na editora Relógio
d'Água. Publicou - A Ressurreição das Florestas, Estudos sobre a obra de ficção de
Carlos Oliveira na Imprensa Nacional Casa da Moeda. -------------------------------------
----- No ensaio, Natália Nunes escreveu ainda sobre - Dostoievski, Raul Brandão,
Augusto Abelaira, José Cardoso Pires, entre outros autores, sobretudo para as
revistas Vértice e Seara Nova.--------------------------------------------------------------------
----- Traduziu - Dostoievsky, Tolstoi, Simonov, Elsa Triolet, Violette Leduc, Balzac e
Roger Portal, para editoras como a Portugália, Edições Cosmos e Edições Aguilar,
do Rio de Janeiro. ----------------------------------------------------------------------------------
----- O Dicionário de Literatura Portuguesa, coordenado por Álvaro Manuel
Machado, destaca, em Natália Nunes, o "sentido do intimismo e do confessional, do
mistério e da solidão, herdado em grande parte da geração presencista", a que juntou
a "temática feminina e de intervenção social", próxima do neorrealismo. ----------------
----- Colaborou ainda em diversas publicações, como o Diário Popular, Diário de
Noticias, O primeiro de Janeiro, O Jornal de Letras e as revistas Seara Nova e
Vértice. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- A pedido do marido, completou as Memórias do escritor, incluindo a data da
sua morte, em Fevereiro de 1997. "Não te digo adeus, a minha alma estará sempre
contigo", escreveu no termo da obra. ------------------------------------------------------------
----- Numa entrevista à Página da Educação, Natália Nunes confessou: "Nós temos
projetos que nunca se realizam, porque vêm outros que nos exigem mais ou porque a
vida não deixa. A vida não nos deixa fazer muitas coisas". ----------------------------------
----- Em 1998, em entrevista ao Expresso, disse a propósito dos anos da luta contra a
ditadura: ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Não sou nem nunca fui política mas sempre defendi ideais sociais. Na minha
vida privada, o tema político está sempre presente, com uma tão grande preocupação
que chega à angústia”. -----------------------------------------------------------------------------
----- Assim, o Grupo Municipal do Partido Social Democrata propõe que a
Assembleia Municipal de Lisboa, reunida a 20 de fevereiro de 2018, manifeste o seu
mais profundo pesar, guardando um minuto de silêncio e dando conhecimento deste
voto à família.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos pôr, então, à consideração este Voto de Pesar pelo Falecimento de
Natália Nunes. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-
PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. O Voto de Pesar nº 011/02 foi
aprovado por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------
DRAFT
15
----- Vamos ao outro Voto de Pesar pelo Falecimento de Natália Nunes, subscrito pelo
Grupo Municipal do PS, que vai ser lido pelo Senhor Primeiro Secretário.” --------------
----- (Neste momento, o Senhor Primeiro Secretário fez a leitura do Voto de Pesar
pelo Falecimento de Natália Nunes). ------------------------------------------------------------
----- VOTO DE PESAR Nº 011/03- SUBSCRITO PELO GRUPO MUNICIPAL
DO PS – PELO FALECIMENTO DE NATÁLIA NUNES ------------------------------ ----- “Nascida em Lisboa, a 18 de novembro de 1921, onde foi aluna no Liceu Maria
Amália Vaz de Carvalho e se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas na
Faculdade de Letras, Natália Nunes viveu a meninice no “ambiente, então, quase
medieval” da Beira, em Oliveira de Frades, onde fez a escola primária e, mais tarde,
em Coimbra, onde estudou Arquivística e Documentação. Iniciou a sua carreira
literária com as obras “Horas Vivas: Memórias da Minha Infância” (1952) e
“Autobiografia de Uma Mulher Romântica” (1955). -----------------------------------------
----- A obra da autora de “Assembleia de Mulheres” foi além do romance e da
memorialística; foi contista, dramaturga, tradutora e ensaísta, abarcando desde a
“temática feminina e de intervenção social”, sob influência neorrealista, ao “sentido
do intimismo e do confessional, mistério e solidão”, na senda da escola presencista,
como se assinala no Dicionário da Literatura Portuguesa. Natália Nunes publicou,
nomeadamente, nas revistas Vértice, Seara Nova e Colóquio Letras, onde foi uma
analista arguta da obra de escritores como Carlos de Oliveira, Raúl Brandão,
Augusto Abelaira, José Cardoso Pires ou Dostoievski, de quem foi, aliás, notável
tradutora, a par da obra pioneira de Elsa Triolet, entre outros. ---------------------------
----- O seu empenhamento cívico, no tempo difícil do Estado Novo, foi assinalável –
foi no seu mandato que a Sociedade Portuguesa de Escritores foi encerrada pelo
Governo de Salazar, em 1965. Como ela própria disse: “Não sou nem nunca fui
política mas sempre defendi ideais sociais” e “na minha vida privada o tema político
está sempre presente, com uma tão grande preocupação que chega à angústia”.
Casada durante 52 anos com Rómulo de Carvalho, o inesquecível poeta António
Gedeão, completou e anotou as suas memórias. O seu perfil de cidadã ativa e
empenhada nos valores humanísticos, da solidariedade social e de defesa das
liberdades públicas e individuais, a sua figura literária distinta e reconhecidamente
marcante, o seu alto perfil intelectual, honram a cidade de Lisboa, onde nasceu e se
formou, e o nosso País. ----------------------------------------------------------------------------
----- Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa reunida na sessão de 20 de fevereiro,
manifesta o seu mais profundo pesar pelo falecimento de Natália Nunes e endereça à
sua Família, em particular, à sua filha, a escritora Cristina Carvalho, as suas
condolências.” ---------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Vamos pôr, então, à votação este Voto de Pesar pelo Falecimento de Natália
Nunes. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP,
PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 8IND. O Voto de Pesar nº 011/03 foi aprovado
por unanimidade. ----------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
16
----- Vamos passar ao Voto de Pesar pelo Falecimento de Raúl Hestnes Ferreira, que
vou ler eu, era meu colega, arquiteto, meu amigo, meu mestre: -----------------------------
----- VOTO DE PESAR Nº 011/04- SUBSCRITO PELOS DEPUTADOS
MUNICIPAIS INDEPENDENTES – PELO FALECIMENTO DE RAÚL
HESTNES FERREIRA -------------------------------------------------------------------------- ‘No passado dia 16 de Fevereiro a Câmara Municipal de Lisboa aprovou um voto de
pesar pelo falecimento de Raúl Hestnes Ferreira apresentado pelas Vereadoras
Paula Marques e Catarina Vaz Pinto, Os Deputados Municipais Independentes dos
Cidadãos por Lisboa e do Livre associam-se desta forma, a este voto de pesar. ---------
-----“Raúl Hestnes Ferreira nasceu, em Lisboa, a 24 de novembro de 1931. -------------
----- Licenciou-se em Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, em
1961, a mesma escola onde viria a ser professor. Deu também aulas no ISCTE, na
Cooperativa Árvore, no Porto, e na Universidade de Coimbra. -----------------------------
----- Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e nos Estados Unidos, na
Universidade de Yale e na Universidade da Pensilvânia, depois de ter passado pelo
Instituto de Tecnologia de Helsínquia, na Finlândia. -----------------------------------------
----- Colaborou com o Arquiteto Cassiano Branco e com Louis Kahn, nome maior da
arquitetura do século XX. -------------------------------------------------------------------------
----- Em 1982, recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura e Urbanismo da Associação
Internacional de Críticos de Arte, o Prémio Nacional de Arquitetura da antiga
associação de arquitetos, em 1993, e, em 2007, o título Doutor Honoris Causa pela
Universidade de Coimbra. Foi distinguido com a Medalha de Mérito da Universidade
de Lisboa, em 2011. --------------------------------------------------------------------------------
----- Entre o imenso contributo arquitetónico que deu a Lisboa, conta-se a Escola
Secundária de Benfica (que recebeu o nome de seu pai, o Escritor José Gomes
Ferreira), a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa ou o ISCTE -
Instituto Universitário de Lisboa, que lhe valeu o Prémio Valmor em 2002. Esteve
também envolvido na remodelação e recuperação do Café Martinho da Arcada. -------
----- A Casa da Cultura de Beja é considerada uma das obras mais emblemáticas de
Raúl Hestnes Ferreira, a quem se deve também a remodelação do Museu Nacional
Frei Manuel do Cenáculo, em Évora. -----------------------------------------------------------
----- O seu trabalho em prol da habitação foi marcante na cidade de Lisboa,
nomeadamente com a autoria do projecto do Bairro Fonsecas e Calçada, enquadrado
no programa SAAL, sendo de realçar a sua acção no recente processo de
regularização deste bairro. ------------------------------------------------------------------------
----- O seu trabalho mais recente foi a Biblioteca de Marvila, em Lisboa, inaugurada
em 2016, no âmbito da rede de bibliotecas municipais. Esta que é a maior biblioteca
municipal da capital inclui uma sala dedicada à obra de seu pai, com alguns dos seus
objetos pessoais, como a secretária onde trabalhava José Gomes Ferreira e a
biblioteca particular do escritor. -----------------------------------------------------------------
----- Raúl Hestnes Ferreira faleceu em Lisboa, a 11 de fevereiro de 2018, aos 86
anos.’ -------------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Assim, a Assembleia Municipal associa-se à Camara Municipal e presta a sua
homenagem a Raúl Hestnes Ferreira, manifestando um profundo pesar pelo seu
falecimento e expressando à sua família e amigos as mais sentidas condolências, e
delibera, em articulação com a Junta de Freguesia de Alvalade, assinalar o nome de
Raul Hestnes Ferreira no logradouro dos Blocos A e B do Bairro Fonsecas e
Calçada. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Coloco este Voto de Pesar à vossa consideração. Não há votos contra, nem
abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM,
8IND. O Voto de Pesar nº 011/04 foi aprovado por unanimidade. ----------------------
----- Agora, sim, peço a todos que nos levantemos e prestemos um minuto de silêncio
de homenagem pelas três pessoas que acabamos de votar os votos de pesar.” ------------
----- (Neste momento fez-se um minuto de silêncio pelos Votos de Pesar) ----------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Muito obrigada Senhores Deputados. -----------------------------------------------------
----- E, naturalmente, os pêsames da Assembleia aos familiares e amigos, dos
falecidos, que estejam presentes a assistir a esta sessão. --------------------------------------
----- Vamos, agora, retomar a nossa ordem de trabalhos. E antes de entrarmos nas
petições, pretendo dar-vos a seguinte informação. ---------------------------------------------
----- Nós temos as duas eleições para fazer que podem ser feitas simultaneamente uma
vez que vou dar neste momento indicação para se abrir a urna de votações no foyer
pequeno da Assembleia Municipal, portanto, a vossa porta do lado direito. As urnas
irão ficar abertas durante um período, quem puder ir começando a votar que o faça.
Há dois boletins de voto, um para o Conselho Municipal de Interculturalidade e
Cidadania, e outro para a Comissão Municipal de Toponímia, sendo que as pessoas
indigitadas são, de acordo com a nossa prática, definidas pelo método de Hondt entre
os vários grupos políticos, e são os grupos políticos em quem recaía, desta vez, a
indicação, que deram os nomes. ------------------------------------------------------------------
----- Portanto, as urnas estão abertas. ------------------------------------------------------------
----- Vamos entrar, agora, na apreciação da Petição nº 9/2017. É uma petição que já
cá está há bastante tempo mas que, com a interrupção do mandato e com a
necessidade de apurar as circunstâncias, demorou um pouco mais. Quem vem falar
em nome dos peticionários é a Senhora D. Cristina Palma. ----------------------------------
----- Tenho, em todo o caso, uma informação importante a dar, a todos os Senhores
Deputados Municipais. No início da sessão foi-me entregue pelos serviços um ofício
que eu vou pedir para dar cópia, também, à Senhora Peticionária, o qual é muito
importante sobre esta matéria, pelo que queria dar conhecimento dele. O Senhor
Vereador Manuel Salgado diz o seguinte: ‘Serve o presente para responder à vossa
solicitação relativamente à Petição nº 9/2017, intitulada Externato Camilo Castelo
Branco. Apresenta-se, em anexo, uma informação relativa à vistoria ao estado de
conservação do edificado, que foi efetuada no dia 2 de fevereiro de 2018, pelos
serviços técnicos da Unidade de Intervenção Territorial Oriental, ao imóvel na Vila
Maria Luísa, onde funciona o Externato Camilo Castelo Branco.” ------------------------
----- Agora é a parte que é relevante. -------------------------------------------------------------
DRAFT
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----- ‘Por outro lado, na sequência da reunião descentralizada da Câmara, de sete de
fevereiro, após a intervenção de vários munícipes sobre o funcionamento indevido da
Associação One Beats Fits All como discoteca com realização de after hours, ruído,
entre outros fatores referenciados, a Direção Municipal de Urbanismo detectou um
conjunto de irregularidades baseadas nas vistorias efetuadas pela Polícia Municipal.
Desta forma, estas informações levaram à elaboração de uma proposta de cessação
de utilização, tendo a mesma obtido concordância através de despacho assinado em
12 de fevereiro, notificações que já seguiram via correio, como foi solicitado à
Polícia Municipal a notificação dos locatários.’ ----------------------------------------------
----- Por fim, refere-se, ainda, que por despacho do Senhor Vice-Presidente da
Câmara, esta associação foi alvo de processo de restrição temporária de horário, das
12 às 23 horas. ---------------------------------------------------------------------------------------
----- Seja como for, é importante esta informação uma vez que o assunto que está em
causa tem, precisamente, a ver com o funcionamento desta associação e, portanto, eu
acho que devo transmitir isto no início do debate porque é um elemento que devem ter
em conta, em ponderação quando todos forem intervir. --------------------------------------
----- Vamos ouvir com atenção a representante dos peticionários.” -------------------------
----- APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 9/2017 - EXTERNATO CAMILO
CASTELO BRANCO, NOS TERMOS DA PETIÇÃO E AO ABRIGO DO
ARTIGO 85º DO REGIMENTO; ---------------------------------------------------------------
----- (A Petição nº 9/2017 fica anexada à presente Ata, como Anexo III e dela faz
parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 7ª Comissão Permanente foi anexado a esta Ata, como Anexo
IV e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 010/001 da 7ª Comissão Permanente fica anexada à
presente Ata, como Anexo V e dela faz parte integrante). ------------------------------------
----- A Senhora Cristina Palma Representante dos Peticionários, no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Vou tentar resumir uma vez que estamos numa fase mais avançada, há um
relatório de uma comissão, existe já uma resposta, portanto, resumidamente, o
Externato funciona desde 1960. Neste momento, tem muito poucas crianças em
virtude, essencialmente, por causa do mau ambiente que é mais do que uma relação de
má vizinhança, e que se resume, basicamente, a uma relação triangular com um
senhorio, o Externato e um novo inquilino que lá está. ---------------------------------------
----- Este imóvel teve algumas vicissitudes ao longo destes últimos anos, era
propriedade de um advogado que tinha vários imóveis no país e, portanto, ao que
parece casou já depois de morto e, portanto, isto é caricato, o casamento foi anulado e
a batalha judicial arrastou-se durante anos no tribunal. O Estado seria o herdeiro desse
advogado, mas acabou por perder as ações por ter decorrido tempo demais e, neste
momento, quem é o proprietário deste imóvel e outros, mas, deste que é o que nos
interessa, portanto, é a A Quo que é uma imobiliária. -----------------------------------------
----- Como todos nós sabemos, e é curioso que hoje eu vi uma notícia há cerca de uma
vila, também, na zona de Xabregas, que é Vila Dias que parece a Câmara Municipal
DRAFT
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anda mais atenta, já agora, em relação isto, portanto, é um património histórico de
Lisboa, é a Vila Maria Elisa, neste caso, onde está o Externato, sito em Xabregas, e
portanto, como nós sabemos há sempre o interesse imobiliário à volta deste tipo de
imóveis. É um espaço grande, obviamente, tudo destruído, o que lá está que é velho,
não posso dizer de outra maneira, são palacetes antigos, muitas casas velhas, mas
aquilo terá algum interesse e será cobiçado pelas imobiliárias. E foi. ----------------------
----- E, portanto, este senhorio não tem interesse nenhum em fazer obras, e não só não
faz as obras como colocou lá inquilinos, tal como vimos agora, do resumo do ofício
que foi lido, que se diz de uma associação cultural, mas que de cultural não tem nada
e, portanto, criou ali mau ambiente, para além dos problemas do imóvel, da falta de
condições do imóvel temos, portanto, nos últimos três anos, problemas de barulho, de
ruído, de escadas sujas, e eu não consigo descrever o estado das escadas, porque, de
facto, é muito grave. Temos crianças a frequentar aquelas escadas que dão acesso ao
Externato, são escadas que, depois das festas desta associação cultural, estão sujas de
cigarros, de vidros partidos, de preservativos, de restos de comida, tudo o que possam
imaginar depois de uma festa realizada noite a dentro, com álcool e outras coisas. ------
----- Para além disso, como a Vila Maria Luísa tem um logradouro enorme à volta,
encontramos pessoas a dormirem nos automóveis, que não estão nas melhores
condições, alguns fazem as suas necessidades, até fazem a barba, despem-se e vestem-
se dentro dos carros, tudo isto perante as crianças. --------------------------------------------
----- Para além de uma inúmeras situações que poderia relatar aqui, mas que constam,
também, já do relatório da Comissão e, portanto, que põem de alguma forma em
perigo a saúde e o bem-estar das crianças. Portanto, isto extravasa, em muito, a boa
relação de vizinhança entre dois inquilinos e o senhorio. -------------------------------------
----- Pedimos a intervenção da ASAE, dos Bombeiros, da Proteção Civil, da Câmara
Municipal, durante estes anos tem sido uma luta grande, mas, de facto, os resultados
não têm sido muitos, porque todas as entidades envolvidas dizem que não têm poder
para fazer nada, uma vez que estamos perante uma associação e a associação cai no
vácuo da lei, portanto, não está obrigada a licenças, não está obrigada a grandes
requisitos, pode funcionar, diz que é uma associação cultural, ninguém ia lá ver o que
é que se passava. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Bom, esta nossa petição, como disse a Senhora Presidente, tem algum tempo, é
de Maio, mas algumas coisas, pelo menos, temos visto mexer nesta altura, temos
visto, de facto, a Câmara abriu um pouco mais os olhos, anda mais atenta ao que se lá
passa. A própria comissão, também já se dispôs a verificar o que é que lá se está a
passar. As recomendações aceitamo-las como justas, as recomendações à Comissão
sendo de alertar, no entanto, que em relação ao Ministério da Educação através da
Direção-geral de Inspeção, já lá esteve no Externato, portanto, internamente, no
Externato não tem quaisquer indicações a impedimentos de funcionamento, embora as
condições pudessem ser melhores, não há nada que impeça o funcionamento do
Externato em termos de Ministério da Educação. De facto, por fora as condições
deixam muito a desejar, e qualquer pessoa que passe pela Vila Maria Luísa e olhe
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para o edifício é de fugir. São corajosos aqueles pais que, ainda, conseguem lá colocar
as crianças, confesso. -------------------------------------------------------------------------------
----- Mas nós gostaríamos de manter o Externato porque é antigo, porque tem algum
interesse, ali, na comunidade, tem interesse público reconhecido pelo Estado e,
portanto, tem alguma utilidade, e nós sabemos que Lisboa está carente no que diz
respeito, sobretudo, aos mais pequenos, de escolas, da primária, da pré-primária, nós
queríamos, aqui, também, abrir a infantil e ampliar um ATL, mas tem sido impossível
face a todas circunstância. -------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, apelamos a que o bom trabalho está a ser feito pela Assembleia que é
alguma pressão junto das entidades envolvidas, designadamente, da Câmara
Municipal, que continue no sentido de se chegar, aqui, a algum consenso. Que sejam
feitas obras pelo Senhorio, até porque a ação judicial culminou no ano passado, há
mais de um ano, em Outubro de 2016, o senhorio apressou-se a aumentar a renda de
oito euros para quinhentos euros, isto porque o Externato é de interesse público e,
durante cinco anos, portanto, a renda é condicionada e, como sabem, daqui a cinco
anos já não será assim. Portanto, a apressou-se a aumentar a renda, mas obras nem vê-
las. -----------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, apelamos, de facto, que a Câmara Municipal faça pressão neste sentido,
de as obras serem realizadas. Se não as realizar, que tome posse administrativa do
imóvel e que as faça e que prossiga o processo nesses termos. ------------------------------
----- Em relação à associação que lá está, que sejam tomadas as medidas necessárias
para que não haja perturbação no funcionamento do Externato porque é um bem da
Cidade de Lisboa.”----------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Temos aqui a comissão que abordou o assunto e fez o seu relatório. O relator é o
Senhor Deputado Municipal Manuel Lage que vai apresentar o relatório e inscreveu-
se, igualmente, para intervir a seguir à apresentação do relatório. Peço que o Senhor
Deputado indique que vai falar, depois, em nome pessoal para podermos contabilizar
o tempo uma vez que a apresentação dos relatórios não tem tempos atribuídos. ----------
----- Parece que o Senhor Deputado já não quer intervir após a apresentação do
relatório, mas faça a apresentação e, depois, logo se vê.” ------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra e como
Relator da 7ª Comissão Permanente, fez a seguinte intervenção:----------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados. -----------------------------------------------
----- Para a apresentação deste relatório, a 7ª Comissão ouviu, de facto, estes
peticionários. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Esta petição trouxe-nos uma situação dramática, aqui, apresentada com duzentos
e cinquenta e três peticionários sobre o Externato Camilo Castelo Branco, na
Freguesia do Beato. Nós ouvimos os peticionários, ouvimos, também, a Associação
Cultural One Beat Fits All, ouvimos, também, o Presidente da Junta de Freguesia do
Beato, o nosso colega Silvino Correia, e aquilo que verificámos é que aquilo que
existe é um litígio, um litígio que envolve três partes; envolve o senhorio, envolve
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duas entidades privadas que partilham o mesmo espaço, envolve o Externato, e
envolve esta associação cultural. -----------------------------------------------------------------
----- Existem, perante a Comissão que ressaltou, claramente, é que existem, ficaram
claras dúvidas, sobre as condições de segurança, as condições de higiene, as
condições de salubridade e até questões de segurança pública para os frequentadores
do espaço. E, acima de tudo, desta contenda entre dois privados da fraca relação de
vizinhança que existe entre os dois, do dever de urbanidade que, nitidamente e
claramente assumida, em sede de Comissão nas audições, a ausência e a recusa de
diálogo entre os dois, aquilo que mais preocupou todos os elementos da comissão foi
o facto de estarmos de com uma arma de arremesso no meio de toda esta contenda, e
isso é o que mais preocupou toda a Comissão e que foram as crianças da Cidade de
Lisboa que frequentam esta instituição. ---------------------------------------------------------
----- Estas crianças, estando numa instituição de ensino privada, são crianças que
merecem e têm direito à educação com dignidade, e são aqueles que merecem ter
educação com dignidade, e que merecem todo o nosso respeito e, aliás, aqueles que,
no fundo, mais merecem que nós olhemos por eles, e daí que as nossas
recomendações incidam sobre eles e sejam diretamente relacionadas com eles, ou com
elas, com as crianças. ------------------------------------------------------------------------------
----- De realçar, Senhores Deputados, que as recomendações da 7ª Comissão foram
proferidas em janeiro de 2018, isto é, antes da reunião pública que deu origem aos
despachos que a Senhora Presidente começou por referir aqui, ou seja, os despachos
do Senhor Vereador Manuel Salgado e do Senhor Vice-presidente da Câmara foram
posteriores às recomendações que, agora, vos vou relatar, e elas são: ----------------------
----- Inicialmente, que a Câmara Municipal de Lisboa diligencie junto do Ministério
da Educação para que se proceda a uma urgente inspeção ao funcionamento do
Externato Camilo Castelo Branco, tendo em conta que se encontram, diariamente,
neste estabelecimento, crianças da Cidade de Lisboa. Isto vai ao encontro,
precisamente, das condições que, ainda, agora, ouvimos a peticionária a referir, em
que se encontram as instalações onde está o Externato. ---------------------------------------
----- Por outro lado, recomendou a Comissão, e recomenda a Comissão, que a Câmara
Municipal de Lisboa proceda, urgentemente, à fiscalização às infraestruturas da Vila
Maria Luísa, em Xabregas e, em concreto, às instalações do Externato, e às
instalações da Associação Cultural One Beat Fits All, atento ao aparente elevado
estado de degradação do edificado, o perigo de incêndio, a falta de iluminação, a
segurança básica, bem como, a higiene e salubridade, garantindo-se que o local
apresenta todas as condições de funcionamento às instituições licenciadas, para ali
exercerem a sua atividade, mas garantindo, acima de tudo, e essa foi, Senhores
Deputados, a grande preocupação unânime de toda a Comissão e, também, da Junta
de Freguesia, a segurança das crianças que frequentam o local. -----------------------------
----- É tudo, Senhora Presidente. Muito obrigado.” --------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Obrigada Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- Vamos dar início às intervenções dos Senhores Deputados que se inscreveram. ---
DRAFT
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----- O Senhor Deputado Manuel Lage reserva a sua inscrição para a necessidade de
poder haver mais algum esclarecimento, falará mais tarde.” ---------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal João Carlos Pereira (PCP) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------ ----- “O Grupo Municipal do PCP vota favoravelmente a Recomendação proposta pela 7ª
Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto que analisou a petição
09/2017. Tal como conclui a recomendação, estamos perante uma infeliz falta de diálogo
entre partes, sendo estas partes de direito exclusivamente privado. ------------------------------------
----- Pensamos ser importante sublinhar que tudo deverá ser feito no âmbito das
competências próprias do município no sentido garantir as condições de segurança
atendendo ao aparente elevado estado de degradação do edificado, o perigo de
incêndio, de falta de iluminação e segurança básica, bem como de higiene e
salubridade, garantindo-se que o local apresenta todas as condições de funcionamento
às instituições licenciadas para ali exercerem a sua atividade. -------------------------------
----- É superlativo garantir a segurança das Crianças que frequentam o local, como
bem refere a recomendação da 7ª Comissão, assim como a de todos os frequentadores
das instalações. Nesse sentido concordamos plenamente que a Câmara Municipal de
Lisboa proceda urgentemente a uma fiscalização às infraestruturas da Vila Maria
Luísa em Xabregas, em concreto às Instalações do Externato Camilo Castelo Branco e
às Instalações da Associação Cultural One Beat Fits All / Aka Palace. --------------------
----- É de facto relevante ainda diligenciar junto do Ministério da Educação para que
se proceda a uma urgente inspeção ao funcionamento do Externato Camilo Castelo
Branco, tendo em conta que neste cerca de 20 crianças o frequentam, diariamente. -----
----- É por fim necessário tudo fazer para contribuir a ultrapassar as situações
relatadas de o perigo de incêndio, de falta de iluminação e segurança básica, bem
como de higiene e salubridade assim como os deveres elementares de boa-vizinhança
e civismo. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Mais ainda, se torna necessário manter o uso deste imóvel, longe dos trâmites da
especulação imobiliária que floresce pela cidade. ---------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Ricardo Moreira (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, muito obrigado. -----------------------------------------------------
----- Senhores Deputados e Deputadas, e Caras Peticionárias. -------------------------------
----- Antes de mais, queríamos agradecer a mobilização dos peticionários e das
peticionárias, por terem trazido esta questão à Assembleia Municipal. --------------------
----- Todos percebemos que, de facto, há um litígio entre três partes, o Externato, a
Associação One Beat Fits All e o senhorio, e é uma questão entre privados, mas
queríamos ressalvar que, de facto, que esta é a atitude proactiva da Assembleia
Municipal de Lisboa que, daqui, resultou um conjunto de passos, é um exemplo
daquilo que a Assembleia Municipal de Lisboa pode fazer. Poderia ter dito,
simplesmente, que era uma questão entre privados e que não se devia meter mas, pelo
contrário, a comissão decidiu intervir, fazer recomendações, e foi importante que
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tenham feito porque estava em causa a segurança de vinte crianças do externato, e
portanto, envolveu-se a Assembleia Municipal de Lisboa ativamente para que a
situação fosse resolvida. ---------------------------------------------------------------------------
----- O BE considera que esta atitude exemplar da Assembleia Municipal de Lisboa
levou a bom porto, acompanhámos as recomendações da comissão e, hoje, recebemos
há minutos, o resultado da inspeção da Câmara Municipal de Lisboa onde, de facto,
um conjunto de preocupações que tinham sido levantadas na comissão, é-lhes dado
resposta e, percebemos então que as condições do interior do externato estão
salvaguardadas para que as crianças lá estejam, existem algumas preocupações do
ponto de vista do exterior, que têm de ser salvaguardadas, e é necessário que sejam
nos próximos meses, e percebemos também que o externato está com algumas
dificuldades graças à Lei das Rendas, mais uma vez, a Lei das Rendas a criar
dificuldades para as forças vivas do Concelho, e isso é de assinalar. Com certeza que
todos nós sabemos o que é que essa lei tem feito a vários agentes deste Concelho e,
aqui de nova, a lei a aparecer como um fenómeno de pressão face ao externato. ---------
----- Finalmente, queria ressalvar que, considerando que o trabalho da Associação One
Beat Fits All parece meritório. De facto, as inspeções da Câmara Municipal dão conta
de um conjunto de irregularidades e é necessário que a Associação compreenda que,
em primeiro lugar, têm de estar as crianças, nomeadamente, naquilo que toca às
condições de higiene e segurança. ----------------------------------------------------------------
----- Saudar, de novo, as peticionárias e esperar que a situação se resolva dentro de
pouco tempo, e saudar o papel da Assembleia Municipal de Lisboa e a sua comissão,
pela proactividade que teve neste caso. ----------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Francisco Santos (CDS-PP) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhoras e Senhores Vereadores,
Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ---------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, cumpre ao CDS-PP saudar os duzentos e cinquenta e três
signatários da Petição nº 9/2017, que trouxeram a esta Câmara a análise de um debate
público que tem relevância no quadro das políticas municipais e que dessa forma, com
o caráter de pressão construtivo mas, também, recomendativo da Assembleia
Municipal, pode ajudar a solucionar uma situação nefasta que colide com o direito
fundamental que é o acesso à educação e o seu normal funcionamento em qualquer
comunidade. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Daí que, nesta análise, para evitarmos os populismos e as demagogias, convém
superarmos a matéria da relação controvertida que nos parece a nós ser do foro
judicial e, por essa mesma natureza, de direito privado sobre a qual não interessa
debruçarmo-nos porque não nos queremos substituir aos órgãos jurisdicionais
próprios. No entanto, subjaz a esta litigância o interesse público que nos impele a
todos nós, representantes do povo, uma análise cuidada sobre de que forma é que os
poderes públicos devem intervir para dirimir este mesmo conflito. -------------------------
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----- Como aqui já foi referido, de forma até consensual, por todas as forças, é uma
relação triangular que impele a participação de três sujeitos; o inquilino e o Externato
Camilo Castelo Branco e a Associação Cultural One Beat Fits All. Nessa medida, nós
destacamos os pontos que nos pareceram, a nós e, pelos vistos, eram procedência,
também, na Câmara Municipal que resultou nesta ação de fiscalização, três vértices
fundamentais: a ausência de conservação do edificado que, a par e passo acabou por
ser demonstrada, um claro conflito com alguma ausência de condições de higiene eco
sanitárias que, conformadas ambas, poderiam resultar num caso de falta de segurança
pública que colidia com o regular funcionamento e o salutar cumprimento do objeto
social, quer da própria associação, quer também da atividade lecionar e ministrar
educação do ensino pré-escolar, por parte do Externato. -------------------------------------
----- Nessa mesma medida, foi questionado, até pelo CDS-PP, nesta mesma comissão,
e aproveito para saudar o Deputado Relator por ter apresentado um texto enxuto,
transparente e muito claro, que verte, precisamente, aquela que foi a discussão tomada
naquele fórum, onde todas as forças souberam aliar em prol deste bem comum, que
essa inspeção por parte da Inspeção-geral da Educação e Ciência estava em curso, que
as conclusões viriam a seu tempo e, também, a par da mesma, seria necessária uma
intervenção dos Órgãos Municipais, da Polícia de Segurança Pública, inclusivamente,
de forma a poder demonstrar e concluir uma convergência e numa comparação entre o
mapeamento e o levantamento das carências se, de facto, os factos apurados pela
petição correspondiam à veracidade e à realidade dos factos. Efetivamente, é um caso
clássico que tem vindo a ser levantado, até por várias associações, no que confere, até,
ao interlaçar do ambiente com a própria realidade social, que é a colisão entre o
direito de reunião versus o direito ao descanso, o direito à saúde que podem, no limite,
ser concorrentes e divergentes um do outro. ----------------------------------------------------
----- Ora, achamos fundamental conferir então um caráter de escrutínio e de auditoria
para percebermos se, efetivamente, o licenciamento, a Lei do Ruído está a ser
cumprida, assim como, se todas as atividades económicas desenvolvidas carecem de
uma previsão normativa, de acordo com aquilo que está estabelecido, quer a nível de
direção geral, quer ao nível dos regulamentos municipais. -----------------------------------
----- Assim, acompanhamos as recomendações vertidas neste relatório da 7ª
Comissão, merecendo a todas elas, um voto favorável por parte do CDS-PP. ------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Ana Mateus (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde, Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Deputados
Municipais, restante público e Assessores. -----------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do PPD/PSD vota favoravelmente a Petição 9/2017, pois foi
com enorme agrado que recebemos o relatório que chegou há minutos. -------------------
----- Também estivemos presentes na 7ª Comissão, onde ouvimos, com toda a
atenção, os testemunhos de cada um dos representantes. E na realidade aquilo que nos
preocupou foi a existência de um bar que se encontra num edifício onde está um
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Externato, com vinte crianças, há bastante tempo, sendo considerado um Externato
antigo. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Percebeu-se também, no relatório, que no interior do externato não existem
patologias de realce e a preocupação sem dúvida deu-se, porque desde que esse bar
passou a existir, começou a haver cheiros, grafitis nas paredes, barulhos, ruídos num
espaço que já existia há muito naquela Vila, edifício. ----------------------------------------
----- Por isso é com muita satisfação que estamos a concluir que o relatório tira a
conclusão que de facto a Associação One Beat Fits All deverá estar, se estiver, nas
condições por eles sugeridas. ---------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira (MPT) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde Excelentíssima Presidente, Senhores Vereadores, Caros Colegas,
Caros Peticionários, Caro Público Presente. ----------------------------------------------------
----- O Partido da Terra gostaria de iniciar a sua intervenção abordando, num primeiro
momento, a situação descrita na Petição “Externato Camilo Castelo Branco”. -----------
----- Em primeiro lugar, há que dizer que a situação a que os 253 peticionários se
referem, hoje aqui apresentada é do foro privado, mas de interesse público. De facto,
o que se verifica é um litígio entre duas entidades privadas cujo objeto último é o de
servir a população, uma na vertente da Educação e outra na vertente da Cultura. --------
----- Cumpre ainda referir, que ambas as entidades partilham instalações de que não
são proprietários, apresentando um elevado nível de degradação do edificado, perigo
de incêndio, falta de iluminação, segurança e higiene, não garantindo quaisquer
condições para que ambas possam exercer a sua atividade com segurança e, até,
alguma dignidade. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Do exposto na petição e do apurado na audição das partes, ficou evidente a
necessidade urgente de uma ação de fiscalização ao funcionamento da Associação
“One Beat Fits All”, que ficamos agora a saber que decorreu, no que respeita ao
horário de funcionamento, às condições de salubridade e aos níveis de ruído. ------------
----- Face ao exposto, o Partido da Terra – MPT irá acompanhar favoravelmente a
Recomendação 010/001 elaborada pela 7ª Comissão, onde estivemos presentes, não
podendo deixar de ressalvar que a segurança e o bem-estar das crianças que
frequentam o Externato Camilo Castelo Branco têm, necessariamente, caracter
prioritário na solução que se vier a encontrar. --------------------------------------------------
----- Gostaria ainda, de felicitar o grande empenho que esta comissão tem
demonstrado na resolução dos problemas municipais respeitantes á sua área. ------------
----- Muito Obrigada.” -----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, terminámos as intervenções, ouvimos todas as partes, e
temos aqui, a recomendação apresentada pela 7ª Comissão Permanente,
Recomendação nº 010/01, sobre o Externato Camilo Castelo Branco, que vou pôr à
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vossa consideração. Não há votos contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,
CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 6IND. Ausência de dois Deputados
Municipais Independentes da Sala de Plenário. A Recomendação nº 010/001 foi
aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------------------
----- O nosso agradecimento aos peticionários por terem trazido, aqui, o problema. E
esperemos que, agora, com todas estas diligências, as questões se encaminhem para a
sua resolução. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar, agora, à petição seguinte.”-------------------------------------------------
----- APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 17/2017 - CRIAÇÃO DO JARDIM DA
CERCA DA GRAÇA AMIGOS DOS ANIMAIS, NOS TERMOS DA PETIÇÃO
E AO ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA-BASE: 51M,
A QUE ACRESCEM 10M PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES; -----------------
----- (A Petição nº 17/2017 fica anexada à presente Ata, como Anexo VI e dela faz
parte integrante). ------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 4ª Comissão Permanente foi anexado a esta Ata, como Anexo
VII e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 011/001 da 4ª Comissão Permanente fica anexada à
presente Ata, como Anexo VIII e dela faz parte integrante). --------------------------------
----- (A apresentação, em PowerPoint, fica anexada à presente Ata como Anexo IX e
dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------
----- (Neste momento, é exibido um vídeo cuja apresentação é a seguinte): ---------------
----- “Desde a sua inauguração, em junho de 2015, o Jardim da cerca da Graça sempre
foi um espaço de lazer e de liberdade para quem frequenta. ---------------------------------
----- A criação deste espaço verde permitiu dinamizar o bairro e trazer vida a um local
que estava abandonado, criando laços entre novos e velhos habitantes, tornando-se um
ponto de encontro, quer entre os seus utilizadores, quer entre os bairros da Graça e
Mouraria e das diferentes culturas que neles coabitam, fomentando assim afetos e
criando memórias. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Uma das principais objeções ao cães andarem sem trela no jardim prende-se com
os dejetos. No entanto, não há relação direta entre os cães andarem sem trela e
existirem dejetos no espaço público. ------------------------------------------------------------
----- Nas ruas circundantes ao Jardim, quer na Graça, quer na Mouraria, os cães
andam com trela e há muitos mais dejetos do que no jardim. --------------------------------
----- Quem passeia o seu cão e apanha os dejetos tanto o faz na rua como no jardim,
independentemente do seu cão andar, ou não, com trela. -------------------------------------
----- Estas imagens são apenas uma amostra da vida quotidiana no Jardim da Cerca da
Graça. Quem o frequenta sabe que o espaço público sempre foi muito procurado por
pessoas com cães por ser um espaço grande e com um relvado bem delimitado, ideal
para os deixar correr e sociabilizar, assim como as respetivas pessoas. -------------------
----- Camões não é só um poeta. Rommel nem sempre é nome de militar alemão. Tito,
ou Marco António são imperadores no jardim Clint, ou Goy ainda não pintaram
nenhum quadro mas não faz mal. O Rex é o cão mais popular da Mouraria. Um galã,
irresistível para todas as cadelas. Silvie é a fiel companheira do Senhor Silva. A Olive
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é de Cádis. Fly, Monkey e Yoshi, Mica, Lucy, Cookie, são a prova da
internacionalização de Lisboa. A nossa família canina tem origens muito diversas nos
cinco continentes, e mantêm um nível de convívio excelente entre os seus membros. ---
----- Nas primeiras, e últimas, horas do dia, durante o Verão e, normalmente, durante
todo o dia no Inverno, os únicos clientes do quiosque, sublinhando o caris social do
mesmo, são os detentores dos respetivos animais que por ali passeiam. -------------------
----- O estado do relvado tem origem, também, na sua falta de drenagem e no excesso
de rega em determinados períodos do ano, além da falta de manutenção adequada e
regular. Existem relvados adequados e resistentes à utilização dos cães e dos
jogadores de futebol que frequentam o local como, por exemplo, festuca e tenuifolia
que contra a opinião do dito parecer, resiste à utilização regular do relvado, mas não
resiste aos buracos feitos para a colocação de postes e redes de vólei nos eventos
organizados pela Junta de freguesia. ------------------------------------------------------------
----- Defendemos a ideia de sensibilizar os cidadãos sobre a importância de apanhar os
dejetos. De facto, tem acontecido na nossa comunidade dar o exemplo de boas
práticas e esta vier a ser imitada por crianças que não tinham o hábito de os apanhar,
que passaram a fazê-lo. ----------------------------------------------------------------------------
----- Queremos um jardim melhor para todas as pessoas e animais e, para isso,
apresentámos diferentes propostas que vão desde o uso de 100% amigos dos animais,
ao uso em horários diferenciados, ou em áreas delimitadas. ---------------------------------
----- A singularidade deste espaço reside não apenas na circunstância de ser o único
espaço verde de dimensões significativas no coração da velha Lisboa, como, também
pelo facto, de possuir diversas zonas delimitadas, nomeadamente, através de socalcos
que funcionam já como uma delimitação natural do espaço. Se a solução escolhida for
delimitaram um espaço para os animais e seus tutores, este deve ser adequado ao
número de utilizadores simultâneos e ter um pavimento que, no inverno, a criação de
lama e no Verão, o excesso de pó, pelo que o relvado festuca e tenuifolia seria a
solução mais aconselhada pelos peritos. --------------------------------------------------------
----- Como utilizadores frequentes do jardim e porque nos preocupamos com o bem-
estar de todos, propomos algumas soluções fáceis para os problemas existentes: a
melhoria de segurança no perímetro do relvado central que não é seguro para as
crianças, a colocação de bebedouros para cães e dispensadores de sacos de dejetos
iguais aos dos instalados na Alameda da Fonte Luminosa. Neste momento, existe uma
única fonte que não funciona junto da zona infantil. Esta devia ser reparada para que
houvesse bebedouros diferenciados para humanos e animais. -------------------------------
----- Propomos a alteração da altura da grade de acesso na Calçada do Monte que
impeça a entrada de pessoas fora dos horários de funcionamento do jardim e, também,
o reforço da vigilância nesses períodos. ---------------------------------------------------------
----- A substituição do pavimento nas várias zonas do jardim em que está estragado. O
tratamento preventivo de pragas, nomeadamente, da lagarta do Pinheiro que é
perigosa, tanto para crianças como para animais. A colocação de novas papeleiras e
caixotes do lixo diferenciados para reciclagem na entrada do jardim de forma a evitar
o lixo na zona das merendas. ----------------------------------------------------------------------
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----- Contrariamente ao referido no parecer da Presidente da Junta de Freguesia de São
Vicente a zona de merendas e o parque infantil são utilizados nos fins de semana e
feriados, assim como nos períodos não letivos, muito assiduamente, o que é óbvio
para quem realmente frequenta o jardim.--------------------------------------------------------
----- Infelizmente, também há presenças não desejadas os toxicodependentes que
fazem o uso dessa zona não só para as suas práticas, como para deixar os seus
próprios dejetos, com o risco que isto tem para qualquer utilizador de jardim. -----------
----- Os cães não utilizam o parque infantil. ----------------------------------------------------
----- Esperamos que as nossas propostas contribuam para melhorar o bem-estar de
todos os que habitam nestas zonas de Lisboa e dos seus visitantes. -------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Carolina Caneira Representante dos Peticionários, no uso da
palavra, fez a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------
----- Gostaríamos, apenas de salientar, em primeiro lugar, relembrar a importância dos
animais de estimação nas famílias portuguesas, constituem mais de 50%. Para nós
tutores, também, é importante que estes animais disponham de um espaço adequado
mas também que esse espaço de adeque ao tutores, portanto, que seja um espaço
confortável e acolhedor. ---------------------------------------------------------------------------
----- A criação de parques na Cidade de Lisboa, onde os cães possam andar sem trela e
sem açaime, à parte de outros, que serão a maioria, onde, naturalmente, os cães terão
que andar presos, ou com açaime, conforme os casos, parece-nos uma situação que,
verdadeiramente, responde às necessidades dos animais e dos seus tutores não
podendo aceitar a criação de espaços vedados de reduzida dimensão e com condições
de salubridade abaixo do razoável, como solução para o Jardim da Cerca, iguais às
que, aliás, foram criadas em diversos bairros de Lisboa, apenas para ‘fogo-de-vista’ e
que, na maioria dos seus casos têm revelado um fracasso. -----------------------------------
----- Penso que nos devemos orientar para soluções modernas e que fomentem a
criação de comunidades e harmonia entre os animais e entre os seres humanos. Basta
uma simples pesquisa no Google para perceber que outras cidades europeias já o
fizeram, também nos Estados Unidos e, também na Austrália e tantas outras que não
tivemos oportunidade de explorar. ---------------------------------------------------------------
----- Queremos que a questão dos dejetos, ou da agressividade não podem ser aceites
como desculpa, pois não há correlação entre a existência de dejetos e os cães
andarem, ou não, sem trela, uma vez que as ruas de Lisboa estão com dejetos caninos
e os cães andam com trela. ------------------------------------------------------------------------
----- Por último, gostaríamos apenas de referir que em três anos de existência do
jardim e como utilizadores assíduos, temos vindo a comprovar aquilo que já é
cientificamente provado, é precisamente a possibilidade de socialização entre os cães
que reduz a sua agressividade. Existem verdadeiras histórias de sucesso no jardim. -----
----- Pedimos para terem em conta tudo aquilo que referimos na nossa petição e nas
nossas intervenções e também para que tenham em conta que para evoluirmos como
uma sociedade mais tolerante e mais moderna, devemos abandonar algumas restrições
que hoje em dia se podem revelar desadequadas e desajustadas. Devemos sim,
DRAFT
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fomentar soluções que promovam a união em harmonia. São sim estas as que
consideramos que devemos unir os nossos esforços. ------------------------------------------
----- Por último, vou terminar com uma frase de Mahatma Gandhi e que diz: ‘A
grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo como os animais são tratados’. ----
----- Obrigada a todos por nos ouvirem.” --------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada nós pela apresentação e pela exposição. ------------------------------
----- Vamos, agora, passar a palavra ao relator, que é a Senhora Deputada Inês Sousa
Real.---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, quero dar um esclarecimento e que é o seguinte: --------------
----- Vimos que apareceram uma série de pessoas em primeiro plano, no vídeo que
acabou de passar. Houve o cuidado de perguntar se as pessoas tinham dado
autorização para serem filmadas, e são os próprios signatários da petição que foram
filmados e, portanto, não há objeção para passarmos o filme. Temos de ter sempre
este cuidado uma vez que não podemos utilizar a imagem das pessoas sem a sua
autorização. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra, e
na qualidade de Relatora do Parecer da 4ª Comissão Permanente, fez a seguinte
apresentação: ----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde a todos e a todas. ----------------------------------------------------------------
----- Excelentíssima Presidente da Assembleia Municipal. -----------------------------------
----- Começo por felicitar os peticionários não só pela iniciativa que, hoje, aqui, nos
trazem, como pela colaboração que prestaram à 4ª Comissão no âmbito, não só da sua
audição, como na visita ao local, todos os contributos que foram dados foram, de
facto, bastante positivos, inclusive, no ponto de vista, não só apenas da sua intenção
como dos demais utilizadores do parque. -------------------------------------------------------
----- Os peticionários trazem-nos, em suma, um pedido para que haja a criação de um
espaço que possa permitir a livre circulação de animais de companhia sem trela e sem
açaime e para esse efeito pedem, de facto, e vêm sustentar que esta utilização,
sobretudo, por detentores com animais, tem dinamizado o bairro, que a sociedade tem
vindo a ganhar, cada vez mais, consciência dos direitos dos animais, evocando até a
aprovação do estatuto jurídico próprio dos animais no Código Civil português. Vêm
também, apelar que este seja o primeiro parque, em Portugal, em que os animais de
companhia possam de forma completamente livre circular sem trela e sem açaime. -----
----- No âmbito, então dos trabalhos da 4ª Comissão foram efetuadas várias
diligências, desde logo, a audição dos peticionários, a audição da Senhora Presidente
da Junta de Freguesia de São Vicente, foi também ouvido o Senhor Vereador Sá
Fernandes. Para além, obviamente, destas audições foi feita uma visita ao local por
meio do qual podemos então verificar que o Jardim é, de facto, utilizado com maior
incidência e na sua zona relvada, por detentores de animais de companhia e, também,
obviamente, por outras pessoas que se deslocam para utilizar aquele espaço como área
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30
de recreio, desde logo, alunos de escolas, famílias e demais utentes e, também,
verificámos que, de facto, a presença dos animais é regular inclusive com impacto na
área económica do quiosque ali existente. Verificou-se, também, que as placas
existentes e que estão afixadas sobre a obrigatoriedade do uso de trela, apresentam
algumas incorreções, designadamente, porque não mencionam a possibilidade de
utilização do açaime como alternativa à trela. Também verificámos, conforme
referiram os peticionários, que o relvado apresenta problemas de manutenção,
nomeadamente, ao nível da rega excessiva, a qualidade da própria relva que não
resiste ao uso intensivo, e fora do âmbito desta petição deparámo-nos com alguns
problemas no parque que pela sua relevância, a 4ª Comissão não pode, de facto deixar
de referir neste seu relatório, desde logo, a falta de dispensadores de sacos para a
apanha dos dejetos caninos, a falta dos bebedouros para os animais, um problema ao
nível dos desníveis e a ausência de vedação nas várias áreas do parque, com particular
incidência na zona do parque infantil o que pode, aqui, e de algum modo, colocar em
risco a segurança dos de mais utentes que frequentam o parque, o próprio
revestimento também não é adequado, inclusive ao nível do parque infantil,
problemas de segurança nos diferentes acessos do jardim, e o próprio acesso, a
vigilância do mesmo e, ainda, a presença dos ninhos da lagarta do Pinheiro. -------------
----- A este propósito foi exposto ao Senhor Vereador, que tomou nota para a
intervenção, no entanto, a Comissão dá nota no seu relatório que é necessário
apostarmos mais na prevenção do combate à lagarta do Pinheiro, uma vez que
sabemos os efeitos nocivos que pode ter para animais e para pessoas, havendo já
diferentes iniciativas pioneiras como a colocação, por exemplo, de ninhos para
chapins que podem, efetivamente, combater estes fenómenos sem ser de forma
invasiva. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Após a análise destes diferentes elementos que tive oportunidade de referir, a 4ª
Comissão concluiu que é possível, de facto, harmonizar os diferentes interesses que
estão aqui em jogo, quer dos peticionários, quer os diferentes utentes e utilizadores,
mediante a ponderação da Câmara Municipal, da afetação de uma das áreas do parque
precisamente a criação de um parque canino, que tenha em consideração, obviamente,
o número de utentes e a afluência que possa existir ao parque, onde os animais
possam então circular livremente, sem trela e sem açaime, isto sem prejuízo da sua
normal circulação com os normais e habituais meios de contenção nas demais áreas
do parque. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Para além disso, concluímos, também, pela necessidade da adequação da
sinalética existente para a circulação de animais de companhia nos espaços públicos, a
pertinência da criação de um mapa que possa sinalizar quais os diferentes parques
caninos existentes na cidade, ou outros jardins ou espaços verdes, onde possam
circular, precisamente para que nas horas de maior afluência os utentes da cidade
possam saber quais as áreas de maior proximidade, onde existe uma alternativa de um
parque canino, ou de um jardim, para que possam usufruir com a sua família. -----------
----- Verificámos, então, também, a necessidade da comunicação à Câmara Municipal
das diferentes necessidade e problemáticas que foram evidenciadas na visita ao local,
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31
nomeadamente, quanto à segurança dos utentes e, em particular, incidência como já
referi, com a lagarta do pinheiro. -----------------------------------------------------------------
----- Nesse sentido, as recomendações da 4ª Comissão vão no seguimento de propor
que seja objeto de deliberação da Assembleia Municipal, a ponderação da viabilidade
da criação de um parque canino situado numa das parcelas do Jardim da Cerca da
Graça e que venha a ser vedado para este efeito, e onde os animais possam correr
livremente, sem trela e sem açaime, a retificação da sinalética existente no parque,
mediante a sua adequação à legislação vigente, em matéria de circulação dos animais
nos espaços públicos, a criação dos referidos mapas dos parques caninos existentes na
cidade e de mais espaços verdes, a intervenção com urgência no Jardim da Cerca da
Graça para a remoção dos ninhos da lagarta do pinheiro e controlo da presença de
processionária, e a realização de um estudo relativamente às necessidades de melhoria
das condições do jardim designadamente quanto ao reforço de segurança do parque,
nomeadamente ao nível da vedação das diferentes áreas existentes e dos seus
desníveis, em particular, do parque infantil, da higiene e conforto das diferentes
infraestruturas e suas acessibilidades. ------------------------------------------------------------
----- Em relação à minha opinião pessoal enquanto relatora deste relatório é, de facto,
bastante extensa e remete para as páginas do relatório, páginas vinte a vinte e seis, não
podia deixar no entanto, de referir, que a convivência entre o ser humano e os animais
de companhia remonta, de facto, à história da própria humanidade existem evidências
que a primeira espécie domesticada canis lupus, o cão, remonta ao período paleolítico
temos por isso um dever para com estes nossos companheiros de jornada, estes
munícipes com características tão particulares que vêm sendo referidos como o
melhor amigo do homem, lhes proporcionar, de facto, o conforto, o bem-estar, a
socialização que permita, também, de algum modo, contribuir para que na nossa
cidade não existam conflitos, quer entre animais, que entrem pessoas e animais e, de
facto, ir ao encontro daquilo que tem sido os imperativos éticos do nosso tempo e que
recentemente levaram até à aprovação do estatuto jurídico dos animais. ------------------
----- Uma nota final à luz do ponto de vista legislativo, é, de facto, possível e está
atribuída às câmaras a possibilidade de legislar e de consagrar em espaços próprios
para que haja uma circulação, sem trela e sem açaime, dos animais de companhia pelo
que, também, é intenção dos peticionários acompanhar sim, do necessário respaldo
jurídico para o efeito. -------------------------------------------------------------------------------
----- Para concluir, em relação à opinião da relatora como integrante do Grupo
Municipal do PAN, ficará, então, para as declarações e para o tempo próprio do
partido. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- (O Senhor Deputado Municipal Rui Paulo Figueiredo assume os trabalhos como
Presidente em Exercício). --------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo no uso da palavra
referiu o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- Vamos dar sequência com os oradores inscritos.” ---------------------------------------
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32
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
-----“Muito obrigado, Senhor Presidente, Senhora Secretária, Caros Vereadores, Caros
Deputados, Caro Público. --------------------------------------------------------------------------
----- Queria, em primeiro lugar, saudar os peticionários desta petição 17/2017, que foi
subscrita por trezentos e quarenta cidadãos nossos, e que demonstra uma vez mais, um
ato de cidadania participativa que nós, aqui, bem acolhemos e, portanto, que também
nos ajudam a construir uma cidade melhor. -----------------------------------------------------
----- Esta petição tinha como objetivo a criação de um jardim amigo dos animais e que
nós consideramos que é cumprido com as recomendações que, hoje, são aqui
apresentadas pela 4ª Comissão Permanente. Contudo, e face ao nosso quadro
legislativo, o que os peticionários solicitaram, ou seja, ter a abrangência toda do
jardim enquanto parque canino, digamos assim, na sua totalidade, não poderá ser
aceite, mas foi nesse sentido que a Comissão de Ambiente, em particular, a Deputada
Relatora que, desde já, felicito, a Deputada Inês Sousa Real, indo ao encontro dessa
necessidade e preocupação conseguiu encontrar uma proposta que o CDS considera
válida, consistente, e que serve a comunidade local, sejam pessoas, sejam animais. -----
----- Tendo em conta a dimensão do Jardim do Cerco da Graça que aqui podemos ver
na apresentação da peticionária, a criação de um parque canino de maiores dimensões,
afigura-se como solução viável a executar, desde logo, porque permite que os cães
tenham espaço dedicado, de tamanho considerável para correrem e brincarem, aliás,
isto já existe em vários parques na cidade. Tivemos uma proposta que, infelizmente,
não foi votado, não teve o número de votos suficiente no último orçamento
participativo, e que criava um parque de considerável dimensão na zona do Parque
das Nações, e tem espaços verdes com uma dimensão considerável, mas também
temos outros casos em que não há respeito por aquilo que são os parques caninos e o
espaço verde, envolvente e, aliás, basta-nos sair daqui da Assembleia Municipal, ao
final da tarde e à noite para vermos, aqui, no Jardim Fernando Pessa que, embora
tenhamos um parque canino, os cães andam à solta e sem trela e, portanto, muitas
vezes é difícil arranjar aqui uma base equilibrada de oferta, obviamente, para os
animais e para os seus donos. ---------------------------------------------------------------------
----- Além destas necessárias medidas de melhoramento que são necessários e que
vêm no parecer de melhoramento do jardim, vimos, também, aqui, nas fotos algum
estado de degradação e, digamos, de abandono e de vandalismo que o parque oferece,
não sabemos se falta de manutenção, mas, provavelmente, por atos de vandalismo. -----
----- Nós acompanhamos, também, aqui, as recomendações da 4ª Comissão e
queremos, também, chamar a atenção para a questão da remoção dos ninhos e
controlo da presença da pressionária do pinheiro, a mais conhecida por lagarta do
Pinheiro, esta é uma matéria que no ano passado, o CDS fez questão de alertar aqui na
Assembleia Municipal, embora não tenha tido qualquer resposta por parte da Câmara
e passado, quinze dias assistimos a dezoito crianças que tiveram um contacto direto
com a lagarta do pinheiro e que foram hospitalizadas, nomeadamente, na escola do
Bairro de São Miguel, mas também com outros episódios, e este é um perigo que, a
DRAFT
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nosso ver, é uma situação importante porque em nosso entender, é uma questão de
saúde pública e que não afeta apenas as pessoas, mas afeta também os animais,
porque temos também relatos de animais que ao terem contacto, quer com os ninhos,
quer pela própria lagarta, acabam por ter doenças, acabam por perder partes do corpo,
nomeadamente, infeções no nariz e que podem, obviamente, agravar-se para
problemas muito maiores. -------------------------------------------------------------------------
----- E, portanto, nessa medida achamos que este alerta que a recomendação deixa é
extremamente importante para precaver e para salvaguardar a saúde pública de
pessoas e animais.-----------------------------------------------------------------------------------
----- Como disse a peticionária, os animais têm cada vez mais um papel importante no
seio familiar e têm esse papel que é preponderante anos no seio familiar, não só em
Lisboa, mas em todo o país, vê-se até pelos movimentos que vão sendo criados, e eu
penso que a resposta dada por esta recomendação da 4ª Comissão não responde
diretamente àquilo que era o anseio dos peticionários, eu acho que vai dentro daquilo
que é o nosso quadro legislativo e aquilo que é a possibilidade, mas dentro das
competências camarários, fazer naquele espaço verde, eu penso que conseguimos
cumprir, em grande parte, aquilo que era o vosso desejo. ------------------------------------
----- E, portanto, basta-me dizer para terminar, que o CDS-PP acompanha as
recomendações da 4ª Comissão e, obviamente, teremos aqui mais temas ligados aos
animais e nós teremos, obviamente, sempre atentos àquilo que é a dinâmica da cidade
e aquilo que é a necessidade, também, de adaptar a nossa cidade e o nosso espaço
público às necessidades dos munícipes. ---------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Em nome do Partido Ecologista Os Verdes saúdo os peticionários que se
mobilizaram no sentido de propor a criação do Jardim da Cerca da Graça amigo dos
animais, onde estes possam circular livremente. -----------------------------------------------
----- Esta petição representa, assim, uma importante intervenção cívica que nos alerta
para uma necessidade sentida pelos utilizadores deste jardim, ao mesmo tempo que
apresenta propostas, que foram posteriormente reajustadas no parecer da 4ª comissão,
indo ao encontro do que está previsto na lei. De facto, a Câmara Municipal pode, no
âmbito das suas competências, criar o espaço proposto pelos peticionários, não
inibindo qualquer tipo de responsabilidade civil e/ou criminal em que os donos dos
animais possam incorrer, tal como se lê no texto da petição. --------------------------------
----- O Jardim da Cerca da Graça, inaugurado em 2015, trouxe uma nova vivência e
dinâmica a esta zona da cidade, principalmente porque ali perto não há outro espaço
verde com as mesmas características. ------------------------------------------------------------
----- No entanto, hoje em dia, os utilizadores do jardim que ali se deslocam com os
seus animais de companhia, sentem necessidade de ter um espaço mais adequado para
os animais e, no fundo, onde seja possível harmonizar o usufruto do jardim por parte
de todos. ----------------------------------------------------------------------------------------------
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----- Ou seja, a abertura deste jardim trouxe vida àquela zona e agora é preciso
responder às necessidades que se fazem sentir, devido à grande afluência de
utilizadores, principalmente de pessoas com animais de companhia, não esquecendo
que são também estas dinâmicas que dão vida ao jardim. ------------------------------------
----- Perante esta situação, Os Verdes defendem que a Câmara Municipal de Lisboa
deve trabalhar, juntamente com os peticionários, no sentido de se encontrar a solução
mais justa para todos os utilizadores do jardim e para que as diferentes utilizações
possam coexistir pacificamente, concordando, por isso, com as recomendações da 4ª
comissão. Relembramos que este jardim tem zonas distintas e delimitadas, que
poderão acolher as diversas utilizações. ---------------------------------------------------------
----- Não nos podemos esquecer que os animais de companhia assumem uma grande
importância para as famílias portuguesas, que há cada vez mais lares com animais e
que a sociedade está mais consciente e sensibilizada para os direitos e o bem-estar dos
animais, e a Câmara deve acompanhar esta evolução. ----------------------------------------
----- Os Verdes defendem igualmente que a situação descrita na presente petição deve
servir de exemplo para projetos futuros, pois, de raiz, deverão envolver as populações,
procurando prever todos os possíveis usos e necessidades. ----------------------------------
----- Também para a criação de futuros parques caninos, a autarquia deverá ter a
preocupação com o próprio conceito destes espaços e as suas dimensões, fazendo uma
avaliação dos parques atualmente existentes, para saber como poderá ir ao encontro
das necessidades sentidas por toda a cidade. ----------------------------------------------------
----- Apesar de não ser o objetivo principal desta petição, é de salientar o facto de o
Jardim da Cerca da Graça, inaugurado há apenas dois anos e meio, apresentar um
conjunto de problemas como a degradação dos espaços, a acumulação de lixo, o
pavimento do parque infantil, problemas de acesso, os dejetos caninos, a lagarta do
pinheiro, entre outros, que precisam de resolução urgente. -----------------------------------
----- Os Verdes consideram ainda que devem ser realizadas campanhas de
sensibilização, para facilitar o convívio entre todos os utilizadores do jardim,
alertando para a necessidade da preservação do espaço e dos equipamentos. ------------
----- Perante todos estes dados, saudamos mais uma vez os peticionários por nos terem
trazido o tema em questão, e está agora nas mãos da Câmara estudar a viabilidade de
criar um parque canino, numa das parcelas do jardim, onde os animais possam
circular livremente, sem comprometer o usufruto do jardim por parte de todos os
cidadãos, de forma salutar e harmoniosa, assim como resolver os demais problemas
detetados neste jardim. -----------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal António Prôa (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa,
Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Vereadores. --------------------------------------
------ Eu trazia um conjunto de imagens que já estão a passar e que são imagens de
hoje, no Jardim da Cerca da Graça. -------------------------------------------------------------
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----- Esta petição sobre o Jardim da Cerca da Graça, amigo dos animais, é uma
iniciativa de cidadãos e eu queria começar, naturalmente, por saudar os peticionários
pela iniciativa cidadã que tomaram, e dizer que a Assembleia, e o PSD, naturalmente,
que acolhe com muita atenção as participações dos cidadãos. -------------------------------
----- Quero, também, saudar a Senhora Relatora, a Senhora Deputada Inês Sousa Real
pelo trabalho que desenvolveu e pela sua capacidade de poder sintetizar aquilo que
eram as sensibilidades que foram a produzidas nas reuniões que tivemos, mas queria
aqui trazer um ponto de vista que é o ponto de vista do PSD, como uma oportunidade
que se nos oferece para, em primeiro lugar, verificarmos aquilo que, também, na visita
pudemos constatar sobre o mau estado do jardim. O jardim tal como aqui foi dito,
recente, um jardim que tem três anos, creio, e que no entanto, apresenta já, desde logo,
erros de projeto que foram aqui enunciados, mas também problemas graves ao nível
da sua limpeza, problemas também graves ao nível da sua manutenção, com grafitis,
com vários elementos de mobiliário urbano degradados e, para os quais, não tem a
cidade sabido dar resposta. Digo a cidade, porque é um jardim que ainda é da
responsabilidade da Câmara Municipal de Lisboa, mas que do nosso ponto de vista,
deveria, com vantagem para a cidade, passar para a gestão da Junta de Freguesia. E se
isso não aconteceu, tanto quanto pudemos constatar, não foi por falta de vontade da
Senhora Presidente da Junta, mas foi antes, pelo facto de se verificarem problemas
que a Câmara tarda em resolver. Mas vemos que um bom passo para resolver parte
destes problemas será, seguramente, confiar à Junta de Freguesia, a gestão deste
espaço verde, um espaço verde que se insere numa zona da cidade com uma escassez
acentuada de espaços verdes, como, aliás, acontece numa parte significativa da zona
mais consolidada e mais antiga da Cidade de Lisboa e, portanto, não quero deixar de
dizer, também, que a abertura deste espaço se revelou como uma mais-valia para
aquela zona da cidade, uma mais-valia para todos, e isso leva-me a uma outra reflexão
que importa ter, falámos aqui sobre convivência entre cães e pessoas, entre pessoas e
animais e, neste caso, em particular, com as crianças nos espaços verdes e nos espaços
públicos da Cidade de Lisboa, que devem ser promovidos. ----------------------------------
----- Como eu disse, a degradação é evidente e até um portão que está para abrir há
muito tempo, um portão que, ao que parece e segundo nos foi relatado, custa cerca de
trinta e cinco mil euros, a Câmara, ainda, não foi capaz de a resolver. Cremos,
também, aqui, que a Junta de Freguesia já podia ter resolvido esse problema, se assim,
a Câmara tivesse concedido essa possibilidade. ------------------------------------------------
----- Mas esta é, também, uma oportunidade para falar, em geral sobre a utilização dos
espaços verdes por cães da Cidade de Lisboa. É efetivamente um problema que temos
e não vale a pena fazer de conta que o problema é de convivência entre pessoas e
animais, quando há um problema, à partida, que é o facto de hoje em dia muitos
jardins da Cidade de Lisboa terem sido tomados por dejetos de cães, ou pelos próprios
para passearem sem trela, ao arrepio da lei. Hoje, e é preciso dizê-lo com clareza,
muitos dos espaços verdes transformaram-se em WC caninos. ------------------------------
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----- Como foi concluído no relatório sobre esta petição, são precisos parques caninos
naquela zona e, também, na Cidade de Lisboa e nós concordamos com essa
necessidade. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, importa refletir sobre o uso
prioritário dos espaços verdes na cidade. Para o PSD, as pessoas estão primeiro. No
entanto, hoje os espaços verdes estão monopolizados pelos animais, excluindo muitos
outros utilizadores, e termino já, Senhora Presidente, existe um problema grave de
saúde pública, um problema latente na Cidade de Lisboa, em função do uso que é
dado aos jardins hoje em dia. Importa criar espaços caninos, mas é urgente fiscalizar e
limpar. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhora Presidente, a terminar, Senhoras e Senhores Deputados, o PSD como
disse, também, defende parques caninos. Consideramos positiva a convivência entre
pessoas e animais, mas também queremos espaços verdes, onde as crianças de Lisboa
possam brincar sem riscos de saúde. -------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores. --------
----- Em primeiro lugar em nome do Grupo Municipal do Bloco de Esquerda,
queremos saudar os trezentos e quarenta peticionários que à semelhança de todas as
petições que são apresentadas, aqui, nesta casa são, na verdade, um exercício cívico e
um exercício democrático, muito importante para a construção da cidade, mas, neste
caso reveste, se calhar de uma importância um pouco maior, porque além de uma
perspetiva ativa na resolução de problemas que são identificados, ou que foram
identificados pela comunidade, seja pelos utilizadores habituais do parque, mas
também, aqueles que vão passear a estes jardins, mas também porque incutem nesta
mesma petição e na discussão que foi tida, uma perspetiva de sensibilização
relativamente à restante comunidade para aquilo que pode ser, e que deve ser a
convivência entre animais de companhia, crianças, idosos, famílias, todos os
visitantes e todas as visitantes dos nossos parques. --------------------------------------------
----- E, de facto, aqui não se pode dizer que, por si só, a existência de animais pode ser
um problema, porque não é. Obviamente, que tem que haver mecanismos equilibrados
e os espaços quando são pensados têm de ser pensados de uma forma equilibrada para
as várias utilizações e, por isso, as recomendações que foram feitas pela 4ª Comissão,
e que estão vertidas no relatório, são exatamente isso, elas tentam ir ao encontro
daquilo que são as reivindicações dos peticionários ao mesmo tempo que equilibram,
também, esta convivência necessária entre os vários habitantes e utilizadores da nossa
cidade, sejam eles os animais, ou as pessoas. ---------------------------------------------------
----- E, portanto, o Bloco de Esquerda vai votar favoravelmente estas recomendações,
sendo certo que é importante continuarmos e prosseguirmos na criação de parques
caninos que possam, de facto, dar algum alento e dar uma ajuda, também, a quem
precisa de espaços próprios para exercitar, para passear os seus animais sem que possa
existir qualquer conflito com a restante comunidade, sendo que, e volto a repetir, é
DRAFT
37
importante sensibilizar para a convivência entre todos e todas, entre os animais de
companhia e as pessoas, na nossa cidade, porque só assim é que poderemos, também,
caminhar para uma cidade mais evoluída e mais moderna.” ---------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira (MPT) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito Obrigada Excelentíssima Senhora Presidente, Senhores Vereadores,
Caros Colegas, Público Presente. -----------------------------------------------------------------
----- Caros Peticionários, gostaria de saudar a excelente iniciativa de cidadania que
tiveram e saudar a relatora que tão bem compilou as preocupações mais relevantes
abordadas na 4ªcomissão sobre esta matéria. ---------------------------------------------------
----- O MPT congratula-se pelo projeto inaugurado em 2015 que deu origem ao
Jardim da Cerca da Graça. O que outrora se apresentava como um local abandonado e
degradado deu lugar a um espaço verde de dimensões consideráveis no coração da
cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A zona mais antiga da cidade de Lisboa carece de espaços verdes que possam ser
utilizados para lazer e o Jardim da Cerca da Graça motivou uma nova dinâmica de
convívio e partilha no seio desta comunidade, unindo-a. É esse o potencial dos
espaços verdes em meios urbanos – o que o betão separa a Natureza reaproxima! -------
----- Esta petição chegou a nós pelas mãos de um grupo de utilizadores do Jardim da
Cerca da Graça que pretende ver devolvida a liberdade de circulação dos seus animais
de companhia sem meios de contenção, de forma a garantir a atividade física
necessária a uma vida saudável. ------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do Partido da Terra considera que a Recomendação
elaborada pela 4ª Comissão Permanente apresenta uma solução razoável e justa para o
problema apresentado, permitindo que todos os utilizadores do Jardim da Cerca da
Graça possam usufruir do mesmo em harmonia. -----------------------------------------------
----- No entanto, após termos efetuado uma visita ao local pudemos identificar
situações, essas sim bastante graves, que nos suscitam muita apreensão. ------------------
----- De facto, constituindo este jardim um equipamento estruturante e estando a sua
gestão sob a alçada da Câmara Municipal de Lisboa, o MPT não entende por que
razões existem tantas falhas de segurança e manutenção neste Jardim aberto ao
público. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Detetámos situações preocupantes ao nível da segurança que vão desde o mau
estado do piso do parque infantil, aos ninhos de processionária, passando pela
ausência de vedações de proteção entre desníveis e degraus e pelos buracos no relvado
de qualidade duvidosa tudo parece constituir perigo para os seus utilizadores. -----------
----- Evidências de uma utilização indevida, potenciada pela ausência de vigilância,
são também comuns deixando visíveis resíduos sólidos diversos, grafitis e outros atos
de vandalismo. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Face ao exposto, e não obstante as objeções que apresentamos o MPT irá
acompanhar favoravelmente a Recomendação elaborada pela 4ª Comissão
Permanente, aguardando, no entanto com expectativa que o estudo proposto seja o
primeiro passo para que, tão brevemente quanto possível, os lisboetas e os seus
DRAFT
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companheiros , animais domésticos, possam usufruir deste espaço verde com
segurança e comodidade. --------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Inês Sousa Real (PAN) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Boa tarde a todos e a todas. ----------------------------------------------------------------
----- Em nome do Grupo Municipal do PAN saudar os peticionários. ----------------------
----- Esta iniciativa, e para não repetir aquilo que já foi referido, não só na qualidade
relatora com pelos restantes colegas Deputados Municipais, esta iniciativa traz-nos, de
facto, uma oportunidade de reflexão não apenas sobre este espaço em concreto do
Jardim da Cerca da Graça, mas também sobre os mais espaços verdes da cidade, em
particular dos parques caninos. De facto, apesar da bondade dos parques que já foram
construídos, verifica-se que começámos por construir a casa pelo telhado, ao invés
pelas suas fundações, e os parques têm-se revelado de forma insuficiente para a
afluência para o número de utentes que têm procurado estes espaços na cidade. --------
----- Obviamente que isto gera conflitos gera, por muitas vezes, a utilização de outras
áreas que são indevidas ao invés dos espaços serem proporcionais àquilo que se
propõem que é a livre circulação de animais de companhia. ---------------------------------
----- A propósito, também, dos parques caninos existem várias iniciativas do
orçamento participativo que, apesar de terem sido vencedoras, não viram até hoje a
luz do dia e, sobre estas matérias, também, já foi questionado o Executivo em sede
das comissões para saber qual o ponto de situação da realização de mais parques
caninos, precisamente, para, de alguma forma, aliviar a necessidade de afluência que
possa existir na cidade. -----------------------------------------------------------------------------
----- O PAN não pode deixar de referir, de facto, a bondade desta iniciativa no sentido
em que os animais que são detidos na cidade é cada vez mais um número mais
crescente, sendo consensual, até mesmo pelas evidências científicas, que existem,
hoje, que o convívio com os animais traz benefícios para o desenvolvimento salutar
da personalidade humana e, até mesmo, para o combate à exclusão, à solidão,
sobretudo, as pessoas mais idosas, e ao normal desenvolvimento de crianças e jovens.
Inclusivamente, recentes alterações legislativas passaram a determinar que as
Câmaras Municipais incluem os programas do primeiro básico as matérias da
proteção do ambiente e dos animais e, portanto, compete à Câmara Municipal
introduzir também ações de cidadania, quer por um lado, para os deveres que
devemos ter para com os animais, por outro para com os deveres de cidadania, como a
recolha de dejetos, incluir estas matérias. -------------------------------------------------------
----- O problema, de facto, aqui, hoje, foi referido a dos conflitos decorrentes da falta,
ou da ausência de recolha de dejetos caninos, é um problema de cidadania, não é um
problema dos animais. Tenho a certeza que os animais ficam orgulhosos dos seus
detentores se, de facto, não houver em conflitos para que possam, obviamente,
usufruir em pleno e de forma harmoniosa dos espaços que existe na cidade que não é
apenas dos humanos, mas também dos animais. -----------------------------------------------
DRAFT
39
----- Portanto, quanto a estas preocupações referir, também, que as mesmas já foram
objeto de recomendação desta Assembleia Municipal. Recordo que, em 2016, houve
uma deliberação, no seguimento de uma proposta do PAN, precisamente, para que
houvesse um reforço da fiscalização na ausência de recolha dos dejetos caninos
competindo, de facto, à Câmara exercer as suas competências nesta matéria.-------------
----- Também foi recomendado por esta Assembleia Municipal a realização de ações
educativas nas escolas, o que até agora não vimos ser tornado consequente. A própria
legislação vigente vem, então, determinar e atribuir às autarquias locais de forma
expressa o exercício destas competências, o que também não vemos vertido,
nomeadamente, ao nível dos programas de ensino, do primeiro ensino básico, sendo
esta uma competência da autarquia. --------------------------------------------------------------
----- Para concluir, de facto, o Jardim da Cerca da Graça é um bom exemplo, de como
é que um espaço que se encontrava há cerca de dois anos degradado, foi revitalizado,
obviamente que tem alguns problemas que foram gritantes ao longo da nossa visita,
mas que, no fundo já não partimos do mesmo ponto de partida que estávamos há uns
anos atrás. Houve, de facto, a revitalização daquele espaço, os próprios utentes com
animais vêm contribuir, de facto, para a dinamização da vida do bairro e para a
socialização entre vizinhos. -----------------------------------------------------------------------
----- O PAN acompanha o desejo dos peticionários. Compreendemos que, se calhar,
numa primeira fase se não puder ser, de alguma forma, harmonizado os diferentes
interesses, aqui, em confronto a ser criada uma primeira área e, posteriormente,
perante o sucesso da iniciativa, eventualmente, alargado a todo o Jardim e a outros
espaços da cidade, poderá ser uma solução de compromisso para que, de facto,
tenhamos uma cidade, não direi mais amiga dos animais, mas de mais respeito pelos
animais. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Obrigada.” -------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Natalina Moura (PS) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde a todas e a todos. ---------------------------------------------------------
----- Saúdo a Senhora Presidente da Assembleia e, na sua pessoa, todos os elementos
da Mesa. Saúdo, igualmente, o Senhor Presidente da Câmara Municipal e Vereadores
presentes. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Cumprimento os meus Caros Colegas, Funcionários, Comunicação Social e mais
Público presente. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Saúdo os peticionários pelo exercício de cidadania, e quero salientar que neste
processo não se dirigiram à Junta de Freguesia de São Vicente, naturalmente, por
saberem que o espaço do Jardim da Cerca da Graça, ainda, que esteja integrado na
Unidade Especial de São Vicente, está sob alçada da Câmara Municipal de Lisboa,
sendo por ela, direta e integralmente gerido. ---------------------------------------------------
----- Saliento, também, a qualidade do relatório da Senhora Deputada Inês de Sousa
Real.---------------------------------------------------------------------------------------------------
----- A petição debruçasse sobre um espaço que esteve muito tempo, quase me
atreveria a dizer, séculos, ao abandono e por isso foi com natural agrado e satisfação
DRAFT
40
que a população abraçou a criação de um único espaço verde no velho casco da
cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Com uma área de 1,7 hectares, inaugurado em junho de 2015, pelo atual
Presidente Fernando Medina, o Jardim da Cerca da Graça é hoje, um pulmão do
centro histórico, onde confluem já as vivências e o lazer de todas as camadas etárias
da população que reside, trabalha, ou visita, São Vicente. A sua abertura é a
concretização de um sonho com mais de vinte anos do Vereador Sá Fernandes, que
aqui comprimento particularmente. Passados quase três anos desde a sua abertura,
apesar de amplamente utilizado para lazer pontual, caminhadas, aniversários, festas,
piqueniques, e atividades desportivas como as que a Junta de Freguesia de São
Vicente tem promovido, diretamente, ou integradas nas Olisipíadas, a utilização do
Jardim da Cerca da Graça ainda não é plena por diversos constrangimentos cuja
resolução urge, tal como é indicado no ponto 2.5 da recomendação elaborado face à
petição, aqui, em apreço, acrescida, ainda, dos fatores mais sensíveis e é, de facto, um
dos mais sensíveis, a abertura do acesso direto da Graça ao Jardim. -----------------------
----- A Junta de Freguesia de São Vicente na ótica de gestão de proximidade é
recetora de um fluxo importante de capital de queixa sobre o jardim, e que recai sobre
o atual acesso, sobre a limitação de sanitários disponíveis, sobre a qualidade do
desempenho dos equipamentos do parque infantil e, principalmente, sobre a sujidade
do espaço com natural destaque para os dejetos caninos. -------------------------------------
----- Não sendo um espaço sob a nossa gestão, podemos apenas manifestar a nossa
posição sobre este equipamento que integra São Vicente. Se tecnicamente viável, o
Executivo que lidero considera compatível a criação de um parque canino, vulgo Dog
Parque no Jardim da Cerca da Graça, desde que esteja assegurada a normal utilização
do espaço por todos os utilizadores, com natural destaque para as famílias, e
essencialmente e sobretudo, para as crianças. --------------------------------------------------
----- A criação do parque deverá acompanhar a implementação das medidas corretivas
já, aqui, amplamente, enunciadas, com especial incidência ao nível do acesso e da
higiene. A área e localização exata do parque canino deverá ser encontrada, em
consenso, com a componente lúdica e infantil, de modo a que todos se sintam
confortáveis e possam conviver de forma natural num espaço que é limitado e é de
todos. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Para concluir, urge pois que haja bom senso e equidade em todo este processo, de
forma a que não desbaratemos um capital que tanto tempo levou a conquistar. ----------
----- Bem hajam a todos.” --------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, terminámos as nossas intervenções dos inscritos para este
ponto da nossa ordem de trabalhos. --------------------------------------------------------------
----- A Mesa vai pôr à vossa consideração a recomendação da 4ª Comissão
Permanente, é a Recomendação nº 011/01 que vou pôr à votação. Não há votos
contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN,
DRAFT
41
PEV, PPM, 6IND. Ausência de dois Deputados Municipais Independentes da Sala de
Plenário. A Recomendação nº 011/01 foi aprovada por unanimidade. -----------------
----- Senhores Deputados, posto isto, vamos entrar no ponto 5 da ordem de trabalhos,
Proposta nº 654/CM/2017.” ----------------------------------------------------------------------
----- APRECIAÇÃO DO 8.º RELATÓRIO DE MONITORIZAÇÃO DO
PROCESSO DA REFORMA ADMINISTRATIVA DE LISBOA, SUBMETIDO
À AML PELA PROPOSTA 654/CM/2017, AO ABRIGO DA ALÍNEA K) DO N.º
2 DO ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,
PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA SUA
REDACÇÃO ACTUAL; 1,5 X GRELHA-BASE: 51M; -------------------------------------
----- (A Proposta nº 654/CM/2017 foi anexada à presente Ata, como Anexo X e dela
faz parte integrante). --------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado a esta Ata, como Anexo
XI e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 011/02 da 1ª Comissão Permanente foi anexada à
presente Ata, como Anexo XII e dela faz parte integrante). ---------------------------------
----- (A Proposta de Deliberação 001/1ª CP/2018 foi anexada à presente Ata, como
Anexo XIII e dela faz parte integrante). --------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Há um parecer da 1ª Comissão, e eu pergunto se, da Câmara, alguém quer
apresentar o relatório? Ninguém assinalou interesse. Pergunto se alguém pretende
fazer a apresentação do parecer? Deputada Municipal Inês Drummond, faça favor. -----
----- Recordo que durante a discussão deste ponto os Senhores Deputados que, ainda,
não puderam votar no foyer pequeno, agradecia que o fizessem porque no final deste
ponto nós encerramos as votações e proclamaremos os resultados. -------------------------
----- Entretanto, também queria dizer que do parecer da vossa comissão resultou uma
recomendação e uma proposta de deliberação. A proposta de deliberação é
simplesmente, a transcrição do que estava no parecer. Portanto, não há, aqui, nenhuma
inovação posta pela Mesa, apenas não se pode recomendar à Câmara que crie um
grupo de trabalho na Assembleia Municipal, pelo que se fez essa separação. -------------
----- Faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Inês Drummond (PS) no uso da palavra, e na
qualidade de Relatora do Parecer da 1ª Comissão Permanente, fez a seguinte
apresentação: ----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Boa tarde a todos. -----------------------------------------------------------------------------
----- Através da proposta nº 654/CM/2017, a Câmara Municipal de Lisboa submeteu à
apreciação na Assembleia Municipal, o 8º Relatório de Monitorização do Processo da
Reforma Administrativa de Lisboa elaborado pelo gabinete de apoio no qual se
encontra a uma análise do estado da arte do processo da Reforma Administrativa de
Lisboa, à data de trinta e um de março de 2017. O relatório fez uma análise do
processo, mantendo em destaque as análises de base quantitativa e qualitativa
pensadas e desenvolvidas numa multiplicidade de ações que incluem entrevistas e
DRAFT
42
reuniões com os executivos e chefias dos serviços, tanto das Freguesias, como da
Câmara Municipal de Lisboa. A análise da monitorização desenvolvida mostra uma
estabilização do grande movimento operacional da reforma administrativa da cidade,
consolidando-se, assim, de forma crescente, uma estrutura mais segura de autonomia
e de responsabilidade na ação pública de proximidade. ---------------------------------------
----- Com efeito, verifica-se que o processo da Reforma Administrativa de Lisboa
decorreu de forma globalmente satisfatória para os interesses da cidade e dos seus
cidadãos. A gestão de proximidade trouxe um melhor serviço às populações e resposta
mais rápida e eficaz aos problemas do dia-a-dia. ----------------------------------------------
----- As Juntas de Freguesia assumiram as suas competências com determinação, o
que permitiu, de facto, a sua efetiva ampliação e concretização em termos muito
satisfatórios, tal como é globalmente reconhecido, nomeadamente, no inquérito que
foi realizado aos munícipes. Esta realidade não afasta, naturalmente, a necessidade de
ajustes, atualizações, valorizações e ponderações decorrentes da experiência adquirida
e das necessidades geradas por uma cidade que está em permanente mutação e
desenvolvimento, o que trouxe, inclusive, o seu justo reconhecimento internacional
como cidade cada vez mais cosmopolita, atrativa para se viver, trabalhar, estudar e
visitar. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Com efeito, o efetivo exercício das novas competências gerou, naturalmente uma
intenção que, aliás, é permanente, de procura de melhores e mais eficazes soluções,
em termos de prestação de serviço público aos cidadãos. Se assim não fosse, ter-se-ia
tratado de uma mera mudança de entidade executante de tais competências, o que
manifestamente, não foi intenção, nem o espírito da Reforma Administrativa da
Cidade de Lisboa. Porém, a transferência de competências, tal como foi efetivada e
cujo mérito, nunca é demais realçar, não pode todavia ser desacompanhada de uma
análise dinâmica das circunstâncias e condições em que tais competências eram e
passaram a ser exercidas, e os meios e equipamentos que foram alocados às Juntas de
Freguesia. A este respeito, importa, ainda, ter em consideração que, quer por razões
de natureza qualitativa e não quantitativa, quer devido a situações normais decorrentes
de eventuais omissões próprias de um processo desta magnitude e alcance, quer por
alteração de circunstâncias não previsíveis e supervenientes, verificou-se que em
determinados casos houve um acréscimo de custos para as Juntas de Freguesia para
que estas pudessem responder ao efetivo exercício das suas novas competências. -------
----- A Reforma Administrativa da Cidade tem de ser encarada como um processo
dinâmico e evolutivo o qual acompanha a vida da cidade e das pessoas não estando,
por isso, isento de mudanças e transformações, ao longo da sua implementação, mas é
irreversível nos seus propósitos e objetivos. ----------------------------------------------------
----- Neste sentido, e na apreciação da proposta nº 654/2017, foram suscitadas que
fossem remetidas à Câmara o conjunto das seguintes recomendações: ---------------------
----- 1. Elaboração de proposta pela Câmara Municipal de Lisboa com vista à
alteração da proposta nº 915/2013, visando a revisão do elenco de missões de
interesse geral e comum a toda a parte significativa da cidade, bem como dos espaços
DRAFT
43
das vias e dos equipamentos de natureza estruturante para a Cidade de Lisboa de
acordo com o referido nas conclusões do parecer; ---------------------------------------------
----- 2. A clarificação do conceito de intervenções de manutenção e conservação
equipamentos cuja gestão foi alvo de transferência e que se revistam pela sua
dimensão, caráter estrutural, devem ser da responsabilidade da Câmara Municipal de
Lisboa. No ponto seis, do parágrafo (e), disposições finais da versão consolidada,
proposta nº 915/2013, evitando assim a existência de conflitos negativos, ou positivos,
de competências entre a Câmara Municipal de Lisboa e as Juntas de Freguesia que
afetem a qualidade de vida das populações; ----------------------------------------------------
----- 3. A Câmara Municipal deverá proceder aos correspondentes aditamentos aos
autos de efetivação de transferências de competências, por forma a compreender a
substituição e reforço dos materiais e equipamentos transferidos, que se revelaram
defeituosos, ou obsoletos, designadamente na área da limpeza urbana e promovendo o
fornecimento de sinalização vertical que se mostre necessário ao cumprimento da
legislação e regulamentos aplicáveis; ------------------------------------------------------------
----- A correção de insuficiências ao nível das instalações próprias de cada Junta de
Freguesia e a da sua adequação ao exercício das competências que lhe foram
transferidas, designadamente em matéria administrativa e da prestação de serviços de
higiene urbana, designadamente quanto às Juntas de Freguesia de Belém, Benfica e
Parque das Nações. ---------------------------------------------------------------------------------
----- 5. A celebração de contratos Inter administrativos entre a Câmara Municipal de
Lisboa e as freguesias, com vista à salvaguarda e necessária articulação dos interesses
dos cidadãos no respeito e consideração pela coesão social e preservação da qualidade
do Ambiente Urbano, designadamente nas áreas de higiene Urbana e dos
equipamentos que estão, hoje, sob gestão das Juntas, não contemplados nos autos de
transferência, quer por inatividade ou inexistência, quer por estarem então honorados
por contratos de concessão; -----------------------------------------------------------------------
----- 6. Deve a Câmara Municipal propor à Assembleia Municipal o estabelecimento
de autorização prévia genérica para outorgar, com as Juntas de Freguesia, contratos de
delegação de competências e acordos de execução, estabelecendo as áreas, os
objetivos, o montante máximo e limites dos contratos e acordos, e os termos precisos
da efetiva e tempestiva fiscalização dos mesmos de modo a ser garantida a necessária
transparência e rigor, acautelando o interesse público; ----------------------------------------
----- 7. Recomenda-se, ainda, a constituição pela Assembleia Municipal ….” ------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra,
interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Deputada, peço desculpa, esse ponto já não faz parte da
recomendação.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Inês Drummond (PS) no uso da palavra,
continuou: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito bem.------------------------------------------------------------------------------------
----- 8. Encontrando-se em discussão na Assembleia da República ….esta também é a
mesma coisa, peço desculpa. ----------------------------------------------------------------------
DRAFT
44
----- Então, neste caso, a proposta nº 654/2017, está em condições de ser discutida em
Plenário. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores,
colegas Deputados Municipais e público em geral. -------------------------------------------
----- O trabalho que tem sido feito no âmbito da descentralização administrativa tem
sido enorme, tem sido bastante louvável na maior parte dos casos e a nós
acompanhamos todo o esforço e todas as realizações que têm sido feitas. -----------------
----- Estamos numa altura de transição em que pretendemos que, com eventuais novas
competências, venham a ser definidas novas de funções para as freguesias e para os
municípios. É um debate que, ainda, vai ser feito e que será, certamente, bastante
acompanhado por esta Assembleia. --------------------------------------------------------------
----- Relativamente àquilo que nos foi dado a estudar no que diz respeito ao relatório e
às conclusões do parecer, nós acompanhamos as preocupações do BE relativamente
aos pontos um e seis, e podemos dizer que, relativamente ao ponto um da
recomendação, no sentido da elaboração de proposta com vista à alteração da proposta
nº 915/2013, destinada a rever o elenco das missões de interesse geral e comum, a
toda a parte significativa da cidade, bem como dos espaços, das vias e dos
equipamentos de natureza estruturante para a cidade, de acordo com o referido em 1.1
das conclusões do parecer em questão, consideramos que a mesma tem fundamento o
limite disposto no artigo 13º da Lei 56/2012, de seis de novembro. ------------------------
----- Passando à análise da referida disposição legal das competências transferidas
para as Juntas de Freguesia e elencadas no artigo 12º do mesmo diploma legal, se
revelam indispensáveis para a gestão direta pela Câmara, de espaços, vias e
equipamentos de natureza estruturante para a cidade, ou para a execução de missões
de interesse geral e comum a toda a parte significativa da cidade, mantém-se no
âmbito da intervenção da Câmara Municipal de Lisboa. Para tal, deverá a Câmara
Municipal identificar, mediante proposta fundamentada, e submeter à aprovação da
Assembleia Municipal o elenco das missões, bem como dos espaços das vias e dos
equipamentos, o que veio a fazer através da referida proposta nº 915/2013. --------------
----- Ora, tratando-se de uma transferência de competências, a mesma tem um carácter
definitivo e universal nos termos da lei, pelo que ao se pretender alterar através de
nova proposta, o conteúdo da transferência já operada e efetivada nos respetivos autos
de transferência, onde se procedeu ao elenco das missões, espaços, vias e
equipamentos de natureza não estruturante, sem que para o efeito haja o respetivo
enquadramento legal, julgamos que é suscetível de ferir a sua validade. -------------------
----- Com efeito, e atento à previsão normativa constante do referido artigo nº 13º,
julgamos que os poderes de alteração da deliberação fundamentada e já tomada, se
esgotam nos precisos termos em que a mesma foi proferida e bem assim nos casos dos
respetivos autos de transferência, expressamente, o preverem. ------------------------------
DRAFT
45
----- Relativamente ao ponto seis da recomendação no sentido de a Câmara Municipal
propor à Assembleia Municipal uma autorização prévia genérica para outorgar com as
Juntas de Freguesia contratos de delegação de competências e acordos de execução,
também não podemos acompanhar o mesmo. Com efeito, compete à Assembleia de
Freguesia e à Assembleia Municipal, nos termos do disposto na alínea g), do nº 1, do
artigo 9º, autorizar a celebração dos contratos de delegação de competências e os
acordos de execução. Razão pela qual não concordamos com o previsto no número
seis, razão pela qual não podemos acompanhar esta recomendação.------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra,
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-presidente, Senhoras e Senhores Vereadores,
Senhoras e Senhores Deputados. -----------------------------------------------------------------
----- O 8º relatório de monitorização do processo da reforma administrativa vem
reafirmar o que dissemos em devido tempo, de preocupações e de oposição ao
processo e de como foi acontecendo, como foi conduzido. A realidade dos factos veio
dar-nos razão em muitos aspetos cruciais para o município. ---------------------------------
----- O relatório é insuficiente e subjetivo em muitos aspetos. Seria desejável maior
objetividade, para realçar insuficiências e realidades que resultaram da reforma
administrativa. Acentuamos as diversas situações dos trabalhadores do município e
das juntas de freguesia, dos que transitaram da Câmara e viram as suas situações
precarizadas, dos que foram contratados para novas competências, do recurso
crescente à externalização de serviços por parte das juntas de freguesia. ------------------
----- Salientamos também as desigualdades na fruição dos equipamentos coletivos que
eram municipais e que tinham um funcionamento e conteúdos com objetivos de
serviço à cidade. Garantiam assim igualdades de acesso à população
independentemente da freguesia de origem. Hoje há diferenças acentuadas no
funcionamento desses equipamentos, com repercussões na fruição que os munícipes
poderiam ter em cada um deles. ------------------------------------------------------------------
----- Fizemos a proposta de inventariação dos trabalhadores em situação precária no
município, dos conteúdos do seu trabalho e da frustração que resultou de todas estas
mudanças e esvaziamento de serviços; em relação às juntas de freguesia, que
houvesse a avaliação do recurso a formas de trabalho precário, antes e depois da
reforma administrativa. São reconhecidas as diferenças de integração das novas
competências, das dificuldades de meios e equipamentos entregues, muitos deles
obsoletos, de exigência de conteúdos, de problemas de proximidade e de serviço
público às populações dos bairros e freguesias. ------------------------------------------------
----- Agora aponta-se o próximo mandato como estabilizador em relação às novas
competências. Mas as relacionadas com ambições excessivas e falhas aí estão a exigir
mais ponderação, capacidade e eficácia nos serviços da Câmara e das Juntas de
Freguesia. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Sobre a proposta de criação de um grupo de trabalho para a descentralização e o
desconcerto de novas passagens de obrigações, vemos de novo a ambição de
DRAFT
46
seguidismo e ajuda ao desobrigar o Estado Central de competências que nem sequer
está a cumprir como deve, na educação, na saúde, no apoio social e noutras áreas.
Tira-se meios fundamentais aos serviços públicos, às universidades, às escolas,
hospitais e centros de saúde para entregar adiantamentos de centenas de milhões de
euros ao FMI e a outros sugadores estrangeiros de juros e dívidas. Tudo isto para
afirmar piruetas de eficácia na desgraça de uma dívida que não tem resolução em
dinheiro contado, mas sim em medidas políticas eficazes, de independência e
soberania. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O nosso caminho no país deve ser de desenvolvimento independente e soberano. -
----- Quando preparámos o funcionamento deste novo mandato da Assembleia
Municipal, quando decidimos os conteúdos das oito comissões permanentes, a área da
descentralização ficou incluída na 1ª comissão. Já então alguns queriam pôr a carroça
à frente dos bois e agora lá vem de novo a proposta de criação de um grupo de
trabalho. A nossa posição foi na altura, e é hoje, clara. Deixemos que a Assembleia da
República e as forças políticas atuem no seu patamar de responsabilidades. A
Comissão que integra essa matéria deve funcionar e acompanhar o processo. Por isso,
votaremos contra esta proposta que não vingou há pouco tempo, e ainda bem, por
razoabilidade dos nossos trabalhos em relação às Comissões Permanentes A seu
tempo poderemos decidir sobre o acompanhamento desta matéria, que não poderá
ficar fechada desde já num grupo de trabalho. Deve ser objeto de deliberações na
altura própria, por parte do conjunto da Assembleia e das comissões permanentes a
envolver, e não nos afastarmos por via estreita do que é muito sério e assim deverá ser
enfrentado, quando chegar esse momento. ------------------------------------------------------
----- Tanto no 8º e último Relatório de Monitorização do Processo da Reforma
Administrativa da Cidade de Lisboa, como das conclusões que são retiradas do
parecer da 1ª Comissão Permanente, nalguns aspetos é objetivamente reconhecido a
justeza dos argumentos do PCP contra a Reforma Administrativa de Lisboa. ------------
----- Apresenta-se a necessidade de revisitar a proposta nº 915/2013, reconhecendo a
necessidade do seu ajustamento, remetendo a gestão para uma única entidade.
Percebe-se que será o Município. Em vias consideradas estruturantes ao nível da
limpeza, manutenção dos espaços verdes, manutenção e conservação dos pavimentos
pedonais, do mobiliário urbano, da sinalização horizontal e vertical e reconhecesse
mesmo, a necessidade de ser equacionada a permanência de alguns espaços ou
equipamentos como estruturantes e mesmo, identificar outros em que se justifique a
sua incursão neste elenco. -------------------------------------------------------------------------
----- Na Recomendação 011/02 da 1ª Comissão Permanente, no primeiro ponto, 2.1,
votaremos a favor, sublinhando os argumentos e propostas do PCP em todo este
processo. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Os pontos 2.2, 2.3 e 2.4, votaremos a favor. ----------------------------------------------
----- Queremos e pedimos, Senhora Presidente, a votação em separado dos pontos 2.5
e 2.6, o primeiro, contra, por ser pouco claro e por poder ter como intenção reservado
o incentivo a contratações de serviços externos e/ou concessões, e o ponto 2.6, contra,
DRAFT
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porque se trata de uma autorização prévia para a Câmara Municipal de Lisboa poder
fazer o que entender dentro de determinados parâmetros genéricos. ------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (BE) no uso da palavra, fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados. ------
----- Relativamente ao processo de Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa é
bom lembrar que o Bloco de Esquerda teve uma posição própria e, aliás, ainda hoje,
celebrada neste Plenário por um peticionário que se referia, insistentemente, à sua
velha Freguesia São João de Deus. --------------------------------------------------------------
----- Entendemos que a reorganização Administrativa deitou por terra as identidades
das populações de Lisboa, sem sequer as consultar, pelo que ausência de um referendo
local sobre esta matéria contribuiu para que houvesse menos democracia na sua
decisão. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, não esquecemos, também, o processo com que se depararam os
recursos humanos que foram afetos à transferência de competências do Município
para as Juntas de Freguesia, aos receios e algumas situações menos justas que
ocorreram. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- E lembramos que tínhamos, na altura, à data, uma proposta alternativa assente
numa estrutura intermédia entre as freguesias e o município. --------------------------------
----- Genericamente, em relação ao relatório, tivemos muito gosto em participar com
as nossas sugestões na sua elaboração, louvamos o trabalho dos Senhores Deputados
Relatores, mas não podemos concordar com o mesmo na sua integralidade e,
fundamentalmente, por duas razões que já foram, aqui, referidas, quer pelo Senhor
Deputado Miguel Santos, quer pelo Senhor Deputado Modesto Navarro, e têm que ver
com, por um lado, a possibilidade de haver uma alteração unilateral daquilo que foi a
transferência de competências para as freguesias e, ao abrir-se essa porta, estar aberta
uma porta giratória para, ora agora descentraliza, ora agora centraliza, na medida em
que a Constituição diz que é de reserva de lei da Assembleia da República a definição
do estatuto das autarquias locais e o respetivo regime financeiro. Ora, ao abrir-se esta
porta para a revisão e para a eventual recentralização de competências que foram
transferidas, estamos a abrir esta porta para todas as situações de futuro e, portanto,
importa que haja, sim, um mecanismo de flexibilidade, mas o mecanismo de
flexibilidade definido na lei, e não definido de toda e qualquer maneira, por qualquer
vontade de uma qualquer maioria que venha a esta Câmara Municipal. -------------------
----- Nesta matéria, as recomendações da Comissão são, de facto perniciosas para a
própria autonomia das autarquias locais, e no caso das freguesias. -------------------------
----- Quanto à delegação genérica de competências é marcadamente ilegal. As
delegações de competências têm de vir uma a uma, aqui à Assembleia Municipal e de
serem escrutinadas bem como nas respetivas Assembleias de Freguesia, portanto, a
formulação com que está feita na recomendação é uma formulação que, para além de
ilegal, é politicamente incorreta, e silencia a fiscalização democrática, quer pela
DRAFT
48
Assembleia Municipal, quer pelas Assembleias de Freguesia e, nessa medida, não
podemos acompanhar. ------------------------------------------------------------------------------
----- Numa perspetiva futura, entendemos que há uma série de questões que neste
regime particular da Reforma Administrativa de Lisboa devem ser tratadas para que
se consolidem os bons efeitos da reforma, e se corrijam eventuais efeitos perniciosos
desta reforma administrativa e que, sobretudo, permitam o máximo de transparência,
mas, também, o máximo de eficiência e o máximo de democracia na tomada de
decisões, a todos os níveis. ------------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra, fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhora Secretária, Senhores Vereadores,
Caros Colegas Deputados e Caro Público. ------------------------------------------------------
----- A Reforma Administrativa veio trazer uma nova forma de gestão das cidades, em
particular, em Lisboa, pela sua amplitude no que concerne à transferência definitiva
de competências. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Desde 2013, que verificámos a necessidade de proceder a adaptações e
clarificações face àquilo que são as áreas de intervenção entre a Câmara e Juntas de
Freguesia, balizando as mesmas. -----------------------------------------------------------------
----- A dimensão das freguesias da cidade comporta uma maior responsabilidade
administrativa legal e, também, criminal, pelo que sempre defendemos a necessidade
de alteração de vários aspetos de funcionamento dos órgãos, desde logo, o aumento do
número de elementos a tempo inteiro e o acompanhamento das elevadas
responsabilidades com aumento também das remunerações auferidas pelos eleitos. -----
----- Verifica-se por demasiadas vezes falhas na existência de recursos humanos e de
equipamentos. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Quanto ao parecer da 1ª Comissão Permanente, e que desde já, felicitamos os
Deputados Relatores, o CDS-PP dá nota da sua adesão às mesmas, uma vez que são
preocupações dos eleitos nas freguesias, que se mantêm prementes de resolução face a
uma cidade cada vez mais dinâmica e em transformação constante. ------------------------
----- É de salientar o esforço hercúleo que muitas Juntas de Freguesia fazem
diariamente no cumprimento das suas competências de forma amputada. Este é um
processo, como disse a Deputada Relatora, evolutivo e dinâmico. Contudo, e se todos
concordámos que Reforma Administrativa foi boa, mas que acarreta desafios diários
que, obviamente, importa encontrar soluções. --------------------------------------------------
----- Consideramos, ainda, que há um longo caminho a percorrer no que respeita à
convergência entre os objetivos definidos pelos Executivos das Juntas com as
estratégias municipais integradas da Câmara, e algumas delas plasmadas na proposta
915/2013 e, designadamente, a título de exemplo, a estratégia integrada para os
mercados de Lisboa e a questão do âmbito do arvoredo. -------------------------------------
----- Dizer, também, e relativamente à Recomendação da Comissão no que respeita à
proposta para que a Assembleia propunha à Câmara autorização genérica para
outorgar com as Juntas de Freguesia contratos de delegação de competências e
DRAFT
49
acordos de execução, não podemos acompanhar a mesma por se traduzir, uma vez
mais, no esvaziamento das competências atribuídas por lei à Assembleia Municipal
enquanto órgão fiscalizador. Tal seria admissível se o cenário autárquico de Lisboa
fosse semelhante ao de muitos concelhos em que as Assembleias Municipais reunem
praticamente em sessões ordinárias e, por outro lado, também, não existe na história
desta Assembleia Municipal qualquer episódio de atrasos na apreciação e votação de
contratos de delegação de competências, ou seja compreende-se o espirito de agilizar
procedimentos, mas a Assembleia não deve perder mais uma competência no âmbito
da apreciação e fiscalização. ----------------------------------------------------------------------
----- Quanto à proposta de deliberação, o CDS-PP concorda com a criação de um
grupo de trabalho que possa avaliar e propor alterações a sugerir à Câmara para que
junto do Governo. Altere, flexibilize e reforce o poder local e condições justas para os
eleitos locais. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Portanto, neste momento, nós temos dois desafios; o primeiro, a muito curto
prazo, é a proposta de descentralização de competências do Estado para as autarquias
e todos nós devemos ter uma palavra a ter, neste momento, mas iremos esperar, como
é óbvio, que penso que é mais prudente, esperar por aquilo que será a proposta que
será apresentada na Assembleia da República e, em segundo lugar, salientar que no
âmbito do processo legislativo, os partidos que têm essa maior responsabilidade, mas
os partidos que estão representados na Assembleia da República devem procurar
consensos para que se proceda, de forma consistente e com uma visão, obviamente, a
longo prazo, a devida alteração ao Regime Jurídico das Autarquias Locais e aos
Estatutos dos Eleitos Locais. ----------------------------------------------------------------------
----- Portanto, resumindo a posição do CDS-PP, dizer que nós concordamos com a
maioria das recomendações que são apresentadas pela 1ª Comissão, mas não nos
queiram pedir um cheque em branco a dar à Câmara Municipal, e o mesmo se aplica
nas Juntas de Freguesia que as Assembleias de Freguesia que possa fazer, passar um
cheque em branco aos Executivos e que as Assembleias Municipais e de Freguesia
percam, uma vez mais, uma das suas competências basilares que é a fiscalização e a
apreciação destes contratos. -----------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado. “ -----------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira (MPT) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito Obrigado Senhora Presidente, Caros Secretários, Senhores Vereadores,
Caros Colegas, Público Presente. -----------------------------------------------------------------
----- O Partido da Terra relativamente ao oitavo e último Relatório de Monitorização
da Reforma Administrativa de Lisboa gostaria em primeiro lugar de saudar o
Professor João Seixas, pelo seu trabalho e empenho e agradecer a participação e
trabalho de todos os intervenientes que colaboraram no Grupo de Acompanhamento e
Monitorização da Reforma Administrativa de Lisboa. ----------------------------------------
----- Saudar ainda certamente, o relatório, apresentado pela deputada Inês Drummond
e Luís Newton pelo bom trabalho desempenhado. ---------------------------------------------
DRAFT
50
----- Quando se pensa em Reforma Administrativa pensa-se igualmente em Revolução
Burocrática, ampliação das competências e responsabilidades, aumento de recursos
financeiros, humanos, patrimoniais e instrumentais. ------------------------------------------
----- Sabemos hoje, que a gestão de proximidade trouxe um melhor serviço às
populações e uma resposta mais eficaz aos problemas do dia-a-dia. ------------------------
----- Mas também sabemos, que essa consciência de proximidade não foi assumida
por todas as freguesias através de ações de informação e de esclarecimento, nos seus
locais de atendimento, nos seus websites e nos boletins informativos. ---------------------
----- O resultado desse desconhecimento é visível no que diz respeito ao espaço
público, uma vez que os munícipes desconhecem as competências das juntas de
freguesia e da Câmara Municipal nesta área, não sabendo a quem se dirigir para
denunciar situações ou solicitar intervenções. --------------------------------------------------
----- No resultado do inquérito, apurou-se que a maior parte dos inquiridos declarou
ter conhecimento da implementação da reforma Administrativa (57,7%) no entanto,
não devemos descurar todos os outros que dela não têm ainda conhecimento. ------------
----- Esta reforma é uma mudança cultural e de longo prazo, pelo que deverá ser
sustentada por estruturas permanentes de comunicação e de cooperação entre a CML
e a Juntas de Freguesia, sendo as mesmas fundamentais. -------------------------------------
----- Sabe-se que o Grupo de Acompanhamento e Monitorização da Reforma
Administrativa de Lisboa constatou que em diversos campos, muitas das Juntas de
Freguesia não transmitiram à CML determinados dados que poderiam ter sido tratados
de forma integrada e partilhada por todos. O exemplo disso, foram as estruturas de
informação de base essenciais à gestão como foi o caso do Geslis e o caso do cadastro
dos elementos de sinalização horizontal e vertical. --------------------------------------------
----- O Relatório hoje em apreciação, identifica os equipamentos desportivos,
nomeadamente as piscinas, exemplo de desentendimento entre as Juntas e a CML,
quanto às responsabilidades de cada entidade e relativamente às tabelas de preços
praticados. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- São referenciados também, as dificuldades ao nível da higiene urbana no centro
histórico, que se devem ao facto de esta área da cidade sofrer a pressão não só dos
moradores, mas igualmente de outros ocupantes, como trabalhadores e turistas. ---------
----- Acresce o facto de alguns dos bairros do centro histórico serem o centro
nevrálgico da vida noturna de Lisboa, onde acorrem utilizadores de toda a cidade e
área metropolitana. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Um agente (Representante de moradores, Focus Group 5) refere que uma junta
de freguesia “gasta um terço do seu orçamento – mais de um milhão de euros – em
limpeza, e não é, certamente sujidade causada só pelos moradores, por todos os
utentes que vêm, turistas internos ou externos. -------------------------------------------------
----- A par dos resíduos gerado, existe também a questão do ruído originado pela
atividade da animação noturna, que compromete a qualidade de vida dos moradores. --
----- O MPT gostaria de referenciar que na delegação de competências para as
freguesias foram os espaços verdes da cidade que mais foram negligenciados. ----------
DRAFT
51
----- A necessidade de criação de um Regulamento do Arvoredo veio mostrar as
fragilidades dessa delegação de competências. -------------------------------------------------
----- O abate de árvores foi várias vezes questionado e trazido a este Fórum pelo MPT,
alertando que algumas Juntas de Freguesia cometiam podas drásticas e para a
necessidade urgente da existência de um Regulamento. --------------------------------------
----- A cidade de Lisboa até à data de 31 de Março de 2017 , três anos após a
assinatura dos autos de efetivação de transferência de competências entre a Câmara
Municipal de Lisboa e as 24 freguesias mudou , sofreu alterações e assiste –se hoje a
um novo paradigma de governação da cidade . ------------------------------------------------
----- É necessário continuar a monitorizar, pois o processo da Reforma Administrativa
é longo e continua a trazer muitas dificuldades de gestão. -----------------------------------
----- Carece a necessidade de ajustar e corrigir situações em que, por exemplo, no caso
de determinadas vias consideradas estruturantes, pela sua especificidade, (como será o
caso, nomeadamente, da Avenida da Liberdade e do Eixo Central) a competência da
limpeza, da manutenção dos espaços verdes existentes, manutenção e conservação dos
pavimentos pedonais, do mobiliário urbano e da sinalização horizontal e vertical,
deverá pertencer a uma única entidade. ----------------------------------------------------------
----- Ainda a este respeito, deve equacionar-se a permanência de alguns espaços ou
equipamentos como estruturantes, bem como identificar outros em que se justifique a
sua inclusão neste elenco.--------------------------------------------------------------------------
----- Por outro lado, importa ainda que seja feita uma definição da fronteira entre
obras de natureza estruturante e não estruturante, nos equipamentos que transitaram
para as Juntas de Freguesia. -----------------------------------------------------------------------
----- Para concluir, o MPT gostaria de assistir no futuro a Juntas de Freguesia mais
capacitadas tecnicamente, mais transparentes e mais conhecedoras das suas áreas de
atuação. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Porque a Nossa Lisboa merece um serviço público melhor e mais eficaz. -----------
----- Obrigada.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora da Assembleia, Senhores Secretários, Senhores
Vereadores, Senhores Deputados, Senhores Funcionários, Publico e Imprensa
presentes. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- A reorganização administrativa definida nos termos da Lei nº 56/2012, de oito de
novembro, promoveu uma reestruturação da Cidade de Lisboa, assente em três
pilares; definição do novo mapa administrativo, enquadramento das transferências dos
recursos financeiros e humanos considerados indispensáveis para assunção de
responsabilidades pelas novas competências das Juntas de Freguesia, e a atribuição
legal de novas competências às Juntas. ----------------------------------------------------------
----- Coube ao grupo de trabalho denominado de Grupo de Acompanhamento e
Monitorização da Reforma Administrativa de Lisboa, coordenado pelo Professor João
Seixas, a missão de proceder aos trabalhos de acompanhamento técnico da Reforma
Administrativa de Lisboa, a quem aproveitamos para cumprimentar pelo seu trabalho,
DRAFT
52
bem como aos Senhores Deputados Relatores do parecer da 1ª comissão, a Senhora
Deputada Inês Drummond e o Senhor Deputado Luís Newton. Ora, na missão do
grupo de acompanhamento cabia, ainda, a responsabilidade de apresentar relatórios no
primeiro ano, numa base trimestral e, a partir do segundo ano, numa base semestral. ---
----- Estamos hoje então aqui para nos pronunciarmos sobre o 8º e último Relatório da
responsabilidade deste grupo. Resta, por isso, não só olhar para o que foi feito, mas
ainda atender ao que falta fazer, a saber: --------------------------------------------------------
----- 1º Definição em conjunto com as freguesias da fronteira, entre as obras de
natureza estruturante e não estruturante, de forma rigorosa e prática; ----------------------
----- 2º Apoiar as freguesias na substituição dos materiais e equipamentos transferidos
e que agora se revelaram defeituosos, ou obsoletos; -------------------------------------------
----- 3º Reajustar os recursos financeiros disponíveis nas freguesias e com impacto no
equilíbrio orçamental; ------------------------------------------------------------------------------
----- 4º Adequar as instalações insuficientes, em algumas freguesias. ----------------------
----- Ora, no fundamental, o relatório aponta para uma estabilização e consolidação do
processo de transferência de competências e na autonomização das freguesias,
estando, pois, por isso, no fundamental de parabéns. ------------------------------------------
----- Os Senhores Presidentes de Junta que, no mandato anterior, e neste, têm
conseguido, com astúcia e coragem, implementar esta reforma, faltando, muitas vezes,
à Câmara Municipal a transferência de meios financeiros e humanos para garantir um
funcionamento pleno das atividades delegadas. ------------------------------------------------
----- A perceção final caberá, naturalmente, ao munícipe que na maioria das vezes
mais do que saber quem está mandatado para fazer, pretende justamente que o serviço
seja prestado. Aqui não será tão consensual o sucesso, nem será totalmente imparcial
a opinião dos Senhores Presidentes de Junta por razões óbvias. -----------------------------
----- Chagados a este ponto, importa avaliar o futuro desta reforma, nomeadamente,
quais as áreas em que se justifica a delegação, em que a mesma se deverá ser
alargada, ou até eventualmente, subtraída. Importa diminuir as sobreposições e/ou os
desperdícios de modo a maximizar os recursos financeiros do município. Trata-se de
um processo dinâmico e deve ser alvo de uma análise sem preconceitos. -----------------
----- Existem, ainda, muitas zonas cinzentas na implementação de algumas
competências e como compreenderão, não poderá um munícipe ser prejudicado no
processo de definição das mesmas. --------------------------------------------------------------
----- O jogo do empurra na atribuição de responsabilidades de uma determinada
competência, ora da responsabilidade da Câmara Municipal, ora da Junta de Freguesia
requer articulação e limagem de arestas, pois, no limite, induzem o munícipe a
descredibilizar ambos. -----------------------------------------------------------------------------
----- Sobre a análise feita, julgo que, apesar do balanço, existe a necessidade de
manutenção desta monitorização, considerando o Partido Popular Monárquico que a
proposta número um da 1ª Comissão Permanente, relativa à criação e mandato de um
grupo de trabalho sobre o processo legislativo da descentralização, parece ser o
caminho adequado para o acompanhamento da Reforma Administrativa 2012. ----------
----- Muito obrigada.” ------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
53
----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhores Vereadores aqui presentes,
Público. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, há que dizer que é com enorme espanto que se ouve, mais de
quarenta anos depois do 25 de Abril, haver quem ainda resista àquele que é um
natural processo de descentralização, e um processo de descentralização que tem,
inevitavelmente, como principal objetivo assegurar uma maior eficácia dos serviços
de proximidade e apoio às comunidades que servimos. ---------------------------------------
----- Ouvi, também, falar de falta de democracia, um embuste, porque convenhamos
só quem esteve desatento não soube que as Assembleias de Freguesia se
pronunciaram sobre os mecanismos da Reforma Administrativa da Cidade de Lisboa
e, dessa forma, asseguraram aquilo que é o envolvimento da comunidade, o
mecanismo de participação pública e concretizaram aquilo que está na essência da
própria democracia. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Falam, também, do papão da autorização genérica. Há que dizer que autorização
genérica não pressupõe uma retirada de competências a quaisquer entidades, muito
menos a esta Assembleia Municipal. Obviamente, que todos os protocolos de
delegação de competências, todos os contratos que venham a ser estabelecidos no
âmbito dum aprofundar dessa reforma tem inevitavelmente, por obrigação legal, que
continuar a vir a esta Assembleia. Os mecanismos que se querem implementar são
mecanismos de agilização processual, porque a Assembleia continuará a pronunciar-
se individualmente sobre cada um deles e poderá, até, entender revogar uma decisão
prévia, isto tem de estar contemplado, não há qualquer atentado à democracia. ----------
----- A Reforma Administrativa não pára e representa aquilo que é um necessário
aumento de capacidade de intervenção no âmbito daquilo que é o serviço público. E
aquilo que nós viemos encontrar no âmbito da própria reforma administrativa e que,
inclusivamente, não era possível validar níveis de serviço para as comunidades que
servimos e isso, hoje, fruto até dos próprios erros que a reforma administrativa trouxe
das próprias insuficiências que a reforma administrativa detetou, hoje é possível, de
facto, criar esse padrão de serviço à comunidade, hoje é possível começar a avaliar
que tipo de intervenções, que tempos demoram, que grau de intervenção é feito e que
profundidade é que ele tem. E zonas cinzentas claro que as há. E há de continuar a
haver. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- É fundamental que se compreenda que um processo de descentralização que tem
como principal objetivo delegar poder para poder servir trará, inevitavelmente,
consigo algumas zonas de indefinição, e são essas zonas que se pretende limar sempre
que estamos a trabalhar num relatório. E é com essas conclusões do próprio relatório
que pretendemos, depois, alcançar maior eficácia nesse mesmo processo de
transferência de competências, aquilo que falta, de facto, definir, o grande desafio
para a próxima etapa de uma Reforma Administrativa como aquela que tivemos, em
Lisboa, é inevitavelmente assegurar a definição estratégica de uma Junta de Freguesia
e da Câmara Municipal no âmbito daquilo que é a intervenção comunitária. E são
DRAFT
54
estes grandes alicerces do serviço comunitário que têm que estar aqui, de mãos dadas,
neste processo. --------------------------------------------------------------------------------------
----- Ora, dir-me-ão que a expansão das competências têm de ser muito bem
analisadas mas, com certeza, como também aquilo que se pode verificar é que se se
transferiram equipamentos, ou se transferiram máquinas, ou mesmo pessoal que, de
alguma forma, não era útil no âmbito da transferência para as Juntas de Freguesia,
isso também demonstrava que a própria Câmara precisava, a cidade precisava desta
reforma para compreender o estado, também, o Estado da arte das sua atividade,
inevitavelmente, encontrou erros. O erro, agora, é querer, com base nisso, encontrar
forma de agredir politicamente as opções que se revelaram e de forma universal e
aceite por toda a cidade, como um verdadeiro aumento da capacidade de intervenção
e, sobretudo, mais importante, como, de facto, aquilo que mais importa às pessoas.
Hoje as pessoas sentem melhor serviço público? Hoje, as pessoas sentem maior
proximidade das Juntas de Freguesia, e eu quero recordar que uma das questões que
muitas vezes falava era, de facto, que esta solução iria originar o afastamento das
freguesias e, para concluir, o que é inevitável e que nós temos que aceitar da análise
que é feita dos vários processos que foram tidos, nos vários relatórios que foram
produzidos, é que o processo de descentralização tem que continuar a ser aprofundado
e que a comunidade, a população da Cidade de Lisboa e as várias comunidades
entendem este processo como vantajoso para o seu bem-estar e para a sua qualidade
de vida. -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito boa tarde a todos. --------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, compete-nos saudar a equipa do Prof. João Seixas, que se
esforçou por apresentar um último estudo pormenorizado do ‘estado da arte’ da
reforma administrativa em curso em Lisboa. Mas recordemos que esta AML apenas a
está a analisar um ano após a sua avaliação, visto este 8º relatório se reportar,
factualmente, à data de 31/3/2017. O que até nem é grave, pois o panorama geral e os
conteúdos, desde o primeiro levantamento efetuado em 30/4/2014 até hoje, Fevereiro
de 2018, pouco mudaram. -------------------------------------------------------------------------
----- Ou seja, tanto os factos aqui sucessivamente reportados pelo GAMRAL, como as
ponderações contidas nas diversas intervenções, aqui proferidas pelo GM de “Os
Verdes”, pouca mudança constataram ao longo destes quase 4 anos de ‘reforma’. -------
----- Como anteriormente afirmámos, os relatórios quase sempre foram assumindo
uma posição laudatória e, apenas por uma leitura muito cuidada, nos ia permitindo
‘destapar o véu’ da artística adjetivação dos conceitos e descortinar os ‘por maiores’
das imprecisões deste processo. Recorde-se que se tratou de um ‘Tratado de
Tordesilhas’ entre dois partidos (PS e PSD), debilmente planeado ao sabor de
calendários eleitorais, e que vinha sendo gerido com uma impaciente navegação à
vista e de muito ‘depois logo se vê’. -------------------------------------------------------------
DRAFT
55
----- Se é certo que ninguém poderia ter expectativas num desenlace sem percalços,
também não havia necessidade para toda esta impreparação do Município na
condução de uma reforma que não foi devida e previamente ponderada, sem audição
prévia aos munícipes e funcionários, que abandonou nos braços das Juntas inúmeras
situações e disparidades por resolver, independentemente de se viver e trabalhar na
mesma cidade - Lisboa. Estes sobressaltos implicaram dúvidas nos cidadãos, que
deveriam ter sido evitadas. E o GAMRAL jamais podia ter-se assumido como “juiz
em causa própria”. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Com esta vacilante conduta, fruto da precipitação política da CML, que não foi
boa conselheira a nível de planeamento e gestão, o que ganharam os munícipes e os
trabalhadores com ele? É o que ainda hoje se está por descortinar, como muito
facilmente nos apercebemos pelas reflexões finais contidas nos Anexos ao presente 8º
Relatório, com a ‘Inquirição aos Munícipes a Agentes da cidade de Lisboa’. -------------
----- É o próprio GAMRAL quem duvida se a reforma administrativa estará
plenamente cumprida, e nós acrescentamos, principalmente nos seus elementos mais
estratégicos. Então, como pode o processo ter “decorrido de forma satisfatória para os
interesses da cidade e dos seus cidadãos”? Ou que, com “a transferência de
competências, recursos e meios, Lisboa estará hoje, melhor governada e melhor
gerida”, quando são tão óbvias as debilidades de uma reforma deficientemente
ponderada? -------------------------------------------------------------------------------------------
----- Será que estes alertas não são ainda em número suficiente para a CML entender o
que decorreu mal e se encontra em falta? Mais palavras para quê? Não é já este o 8º
relatório do GAMRAL? Ou, após tantos alertas, haverá no executivo preocupantes
sinais de autismo que o abstrai da realidade? ---------------------------------------------------
----- É por isso fácil depreender que, lamentavelmente, persistem os impasses já
constatados nos precedentes relatórios do GAMRAL. ----------------------------------------
----- Não houve o devido planeamento estratégico, recorreu-se à proliferação de
‘pacotes’ de descentralização de competências, por vezes, repetidas e até mal
preparadas, e ao persistente recurso à externalização de serviços, desvirtuando uma
gestão integradora de conjunto sobre a cidade. Protocolos que, merecendo um novo
formato, não anulem a sua validação prévia, para cada caso, nesta AML. -----------------
----- Como afirma a equipa do GAMRAL (p. 175 e ss), requerem-se visão estratégica,
ações integradoras, trabalho em rede e mais cidadania. São de absoluta necessidade,
por ex. (p. 182), uma “condução governativa mais sistematizada (sobre) questões
ainda em aberto de natureza eminentemente estruturante”, como os regulamentos para
“estruturas transversais”, exigindo-se uma integração normativa, incrementando-se a
participação cívica dos munícipes, acionando-se “instrumentos e estratégias mais
comuns face ao espaço público de cada território de Freguesia”, pondo em execução
“ações e projetos de sentido mais integrado, e permitindo por sua vez o
desenvolvimento de sinergias nas intervenções a promover” (p. 184), invertendo
“insuficiências e riscos de dispersão” (p. 185). -------------------------------------------------
----- Também o “relevante número de trabalhadores em regime de prestação de
serviços (em cerca de 42% do total)” impõe que, com urgência, se assuma “uma
DRAFT
56
adequada estabilidade nos quadros de pessoal da administração pública de
proximidade em Lisboa”, de “combate à precaridade” (p. 186). E perante as queixas
dos munícipes exige-se “um maior envolvimento” dos fregueses “de aproximação das
comunidades e dos cidadãos às instituições (e vice-versa) bem como às estratégias dos
seus bairros” (p. 189). ------------------------------------------------------------------------------
----- Há, finalmente, que proceder a uma reavaliação dos meios, recursos e
equipamentos municipais que são estratégicos e exigem uma visão integradora que,
também para “Os Verdes”, otimize uma gestão comum e de economia financeira, em
prol de uma melhor qualidade de vida dos lisboetas. ------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor leu com bastante velocidade pelo que conseguiu cumprir
rigorosamente, o seu tempo. É de facto, um mérito que eu aprecio. Os Senhores
Deputados dessa bancada são de facto, extremamente cuidadosos com a gestão do
tempo. Muito bem. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Terminámos as intervenções dos Senhores Deputados. ---------------------------------
----- Há um pedido de palavra do Senhor Vice-presidente. Tem a palavra.”---------------
----- O Senhor Vice-presidente da Câmara, Senhor Vereador Duarte Cordeiro no
uso da palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ------------------------------------------------------
----- Quero, em primeiro lugar, cumprimentar a equipa que acompanhou todo o
processo da Reforma Administrativa liderada por Senhor João Seixas, mas também
pelo José Manuel Rosa do Egito que fez parte da equipa que, aqui, está presente. -------
----- Dizer que quando nós olhamos para este 8º relatório, independentemente do
período em que se analisa, o último relatório da Reforma Administrativa, o primeiro
aspeto que nós temos que salientar é que a Reforma Administrativa de Lisboa, mesmo
que algumas bancadas não o queiram reconhecer, foi uma reforma que resultou num
enorme sucesso que é reconhecido em termos nacionais, em termos internacionais.-----
----- A Reforma Administrativa de Lisboa foi uma reforma que foi concebida e
pensada para Lisboa, que teve na base estudos científicos que precederam a uma
análise completa, foi ponderada, foi maturada, foi desenvolvida durante um período
de tempo significativo, e envolveu uma enorme complexidade, transferência de
dotação orçamental anual de cerca de 70 milhões de euros, transferência de quase
1300 trabalhadores, cerca de 700 equipamentos. Não há reforma de dimensão igual ao
que tenha sido feito. E é impressionante o período de assimilação da reforma na
Cidade de Lisboa, independentemente dos problemas que a reforma possa levantar e,
portanto, em primeiro lugar, acho que é de destacar o enorme sucesso e, depois sim,
vamos analisar as matérias que podem estar incompletas, podem ser melhoradas,
podem ser reformadas, porque nós não podemos ignorar algo que é evidente e foi de
tal forma evidente que foi evidente das próprias eleições que nós tivemos
recentemente, onde a identidade das Juntas de Freguesia é, neste momento, algo
DRAFT
57
assimilado por toda a cidade, por toda a cidade, uma reforma que tem muito pouco
tempo, que tem, apenas, quatro anos. ------------------------------------------------------------
----- Em segundo lugar, queria referir, também é que o estudo que foi desenvolvido e
que nós tivemos oportunidade de apresentar na conferência que foi aqui desenvolvida,
demonstra que há uma perceção generalizada da melhoria da qualidade de vida na
Cidade de Lisboa e que nas matérias que não dizem respeito à melhoria da qualidade
de vida, ou se assim quiserem, as matérias em que os munícipes consideram que há
menor qualidade de vida, ou aspetos a melhorar, nada dizem respeito às matérias que
dizem respeito à Reforma Administrativa, o que se pode considerar que as matérias da
Reforma Administrativa não contribuem, de forma alguma, naquilo que é a apreciação
menos positiva que as pessoas têm sobre a Cidade de Lisboa. -------------------------------
----- Terceiro aspeto que eu queria salientar é que sim é absolutamente evidente que
uma reforma desta dimensão e com apenas quatro anos, necessita de ser acompanhada
e necessita de ser reformulada, se assim for necessário, e parece-me que o relatório
que aqui é apresentado, e as recomendações que aqui são feitas, é um relatório muito
adequado e as recomendações são muito, na minha opinião, também, vão ao encontro
daquilo que são as necessidades sentidas, porque ao fim de quatro anos e, aqui,
também é evidente, há matérias que carecem de ser, no fundo, modificadas no que diz
respeito às missões de interesse geral e acho que faz sentido repensarmos aquilo que
são algumas dimensões de tarefas que foram, no fundo, transferidas para as Juntas de
Freguesia que se calhar, nós todos podemos, hoje, com consciência analisar que são
mais adequadas se estiverem do lado do município. -------------------------------------------
----- Parece, também, muito evidente que tem que haver um acompanhamento da
reforma de novas instalações, ou novos equipamentos que sejam transferidos para a
Junta de Freguesia. Parece-me, também, evidente que haja uma aceitação, da parte da
Câmara Municipal, no que diz respeito à reformulação de um conjunto de
equipamentos que se revelaram, no decurso da reforma, no fundo, inadequados, ou
mesmo, trouxeram problemas do ponto de vista daquilo que é a sua utilização e não
há nenhum problema nisso porque na prática a constatação deste facto, não é
uniforme em toda a cidade, mas permitirá melhorar aquilo que é qualidade do serviço
que tem sido feito. ----------------------------------------------------------------------------------
----- Parece-me, também evidente reconhecer que nem todas as Juntas de Freguesia
têm iguais condições no que diz respeito às instalações e é por isso que nós estamos
em processo de reformulação de muitas das instalações das Juntas de Freguesia.
Parece-me, também, evidente que a Reforma Administrativa foi feita com o retrato
daquilo que é a realidade da cidade em 2012, e que a realidade mudou e que, hoje,
existe pressões que não existiam à data, em determinadas Juntas de Freguesia, em
particular, decorrentes da pressão turística, nomeadamente, da pressão turística no
centro histórico da cidade e que isso exige uma reformulação ou da própria a lei que,
no fundo, estrutura a Reforma Administrativa ou de novos contratos aqui a ideia dos
contratos interadministrativos, que permitam reforçar os meios às Juntas de Freguesia.
----- Parece-me também que do nosso lado a ideia da autorização genérica, despesas
de contratos, delegação de competências por parte da AML, feitas contrato a contrato
DRAFT
58
ou estruturando, e identificando perfeitamente quais é que são os contratos que
podemos identificar, parecia-me uma forma de racionalizar e planear melhor aquilo
que são os contratos de delegação de competências.” -----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vice-Presidente, já não tinha tempo mas o Partido Socialista cede
tempo, portanto, faço o favor de o utilizar.” ----------------------------------------------------
----- O Senhor Vice-Presidente Duarte Cordeiro, no uso da palavra prosseguiu com
a sua intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado, no último mandato, nós tivemos qualquer coisa como cerca de
28 milhões de euros em contratos de delegação de competências para as Juntas de
Freguesia, penso que neste mandato poderemos fazê-lo de forma planeada e pensada e
a neste período de tempo, nomeadamente até ao final desta sessão na Assembleia
Municipal, poderíamos trabalhar no sentido de planear o mandato, os contratos de
delegação de competências das matérias que devemos transferir para as Juntas de
Freguesia. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- É por demais evidente que aquilo que foi feito de forma apressada inadequado e
que não teve qualquer sucesso, talvez tenha sido a Reforma Nacional e, portanto,
muitas vezes os Senhores Deputados talvez confundam aquela que foi a Reforma
Nacional que foi feita das Freguesias com Reforma de Lisboa, a de Lisboa foi um
sucesso! Não tenho a menor dúvida disso. Muito obrigado.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. Creio que quando se referiu ao prazo
do até ao final desta Sessão, não era praticamente à Sessão de hoje, que estamos aqui
a concluir, estava, penso eu, a pensar até ao final provavelmente deste período de
trabalhos, até às férias grandes grades, presumo eu que seria esse o seu entendimento,
porque é esse normalmente o mandato das Sessões Legislativas da Assembleia da
República, mas nós aqui temos Sessões que começam e acabam, portanto, esta quando
chegar ao fim de hoje acabou. Não vamos fazer tudo isso na Sessão de hoje. -------------
----- Senhores Deputados, posto isto, estamos em condições de pôr à vossa
consideração os dois documentos que resultam do Parecer sobre a matéria. --------------
----- Vamos então começar pela Recomendação 11/02, há vários pedidos para votar
pontos em separado, a começar logo pelo primeiro e portanto eu penso que os únicos
pontos que podem ser votados em conjunto, é o segundo, o terceiro e o quarto,
confere que nestes ninguém pediu a separação? -----------------------------------------------
----- Portanto, vamos votar em primeiro o Ponto nº 1 e depois o 2º., o 3º. e o 4º.
Podem ser juntos, e depois os outros dois em separado também. ----------------------------
----- Portanto, peço para terem presente a Recomendação 11/02. O 1º ponto é o que
vamos estar em separado, que diz respeito à elaboração de Proposta que altere
Proposta 915/2013, com a explicação que aqui está escrita. Vamos pôr este Ponto à
votação. -----------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
59
----- O Ponto 1 da Recomendação nº 011/02. Votos contra do PAN e BE, não há
abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, MPT, PEV, PPM, 7IND. O
Ponto 1 da Recomendação nº 011/02 foi aprovado por maioria -------------------------
----- Os Pontos 2/2, 2/3 e 2/4 da Recomendação nº 011/02. Não há votos contra,
abstenção do PAN, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PEV, PPM,
7IND. Os Pontos 2/2, 2/3 e 2/4 da Recomendação nº 011/02 foram aprovados por
maioria. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Ponto 2/5 da Recomendação nº 011/02. Votos contra do PCP e PEV,
abstenção do PAN e MPT, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PPM, 7IND. O
Ponto 2/5 da Recomendação nº 011/02 foi aprovado por maioria ----------------------
----- O Ponto 2/6 da Recomendação nº 011/02. Votos contra do CDS/PP, PAN,
PPM, PCP, PEV e BE, abstenção do MPT, votos a favor do PS, PSD, 7IND. O Ponto
2/6 da Recomendação nº 011/02 foi aprovado por maioria -------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Recomendação está terminada, agora vamos passar à proposta que foi
apresentada também pelos Senhores Relatores no âmbito do Parecer aprovado, da
criação de um grupo de trabalho com o mandato que aqui está expresso. ------------------
----- Ninguém me pediu para separar ponto nenhum, portanto, vamos pôr a Proposta
de Deliberação 001/1ª CP/2018, tinha aqui um erro, de 2108 e não chegamos a 2108
e nem estamos em 2019, portanto, peço desculpa destas gralhas. Estamos no ano 2018
e é neste ano que vamos para à votação esta Proposta de Deliberação. ---------------------
----- Proposta de Deliberação nº 001/1ª CP/2018, da 1ª. Comissão Permanente.
Votos contra do PCP e PEV, abstenção do PAN, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP,
BE, MPT, PPM, 7 IND. A Proposta de Deliberação 001/1ª CP/2018 foi aprovada
por maioria ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- O Grupo Municipal do PAN apresentará uma Declaração de voto.” ------------------
----- O Grupo Municipal do PAN apresentou, posteriormente, a seguinte
Declaração de Voto: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Declaração de Voto do PAN relativa à Proposta nº001/1ªCP/2018. ----------------
----- O Grupo Municipal do PAN, na 11ª Reunião- Sessão extraordinária- do dia 20
de fevereiro de 2018, durante a votação da Proposta nº001/1ªCP/2018 equivocou-se
no seu sentido de voto, vindo por meio desta declaração de voto corrigir o seu
verdadeiro sentido, uma vez que concordamos com a recomendação à CML no
sentido de criação e mandato de um Grupo de Trabalho sobre o processo legislativo
da descentralização. --------------------------------------------------------------------------------
----- Assim, o nosso sentido de voto nesta proposta é "a Favor" e não de "Abstenção". -
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- Agora a Mesa irá fazer diligências no sentido de saber qual é a composição,
provavelmente isto terá que ir a Conferência de Representantes para saber qual é a
DRAFT
60
composição do Grupo de Trabalho e para darmos cumprimento a esta Proposta de
Deliberação. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, terminados estes pontos da Ordem de Trabalhos, temos
ainda há aqui uma série de pontos que eu creio que serão mais simples e que vamos
ver até onde é que conseguimos ir na Sessão de hoje. ----------------------------------------
----- Temos desde já a Proposta 742 que é um Protocolo entre Municípios e
Freguesias por causa do Prémio de Mérito Desportivo no âmbito das Olisipíadas de
2017. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 6 - PROPOSTA 742/2017 - APROVAR SUBMETER À
ASSEMBLEIA MUNICIPAL A CELEBRAÇÃO DE PROTOCOLO ENTRE O
MUNICÍPIO DE LISBOA E AS FREGUESIAS LAUREADAS COM O
PRÉMIO DE MÉRITO DESPORTIVO, NO ÂMBITO DO PROGRAMA
OLISIPÍADAS DO ANO 2017, BEM COMO APROVAR A MINUTA DE
PROTOCOLO E AS RESPETIVAS TRANSFERÊNCIAS DE VERBA. --------------- ----- (A Proposta 742/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XIV e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta 742/2017 - Retificada foi anexada à presente Ata como Anexo
XIV- A e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XV e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 11/003 (1ª CP) foi anexada à presente Ata como Anexo
XVI dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Pergunto à Camara se quer apresentar a Proposta? A Câmara prescinde a
apresentação, à Senhora Relatora Senhora Deputada Nádia Teixeira sequer apresentar
o seu Relatório, faz favor. -------------------------------------------------------------------------
----- Enquanto a Senhora estava se prepara para intervir chamar à atenção que há aqui
um erro material, que presumo que já foi corrigido, é um erro material um pouco
extraordinário, mas, enfim, a questão é esta: a Proposta diz que põe as Juntas de
Freguesia em primeiro lugar no Ponto 7º. Do 1º. ao 12º. lugares, acontece que o 7º. E
o 9º. Lugares foram ex-aequo, portanto, tem que se fazer esta correção, a Freguesia
que estava em 8º. Lugar passa a ser 7º. Lugar ex-aequo, a Freguesia da Estrela que
estava em 9º. Lugar é 9º. lugar ex-aequo e a Freguesia de São Domingos de Benfica é
9º lugar, ex-aequo, não há freguesias em 8º nem em 10º. Lugares, e com esta correção
material, dou a palavra à Senhora Deputada. --------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Nádia Teixeira ((MPT), no uso da palavra e
na qualidade de Relatora do Parecer da 1ª Comissão Permanente, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Excelentíssima Senhora Presidente, Caros Secretários, Senhores
Vereadores, Caros Colegas, Caro Público presente. -------------------------------------------
----- Foi aprovado, por unanimidade, na 1ª Comissão Permanente o Parecer sobre a
Proposta 742, da Câmara Municipal de 2017, que visa aprovar submeter à Assembleia
DRAFT
61
Municipal a celebração de um protocolo entre o Município de Lisboa e as Freguesias
laureadas com o Prémio de Mérito Desportivo, no âmbito do Programa Olisipíadas do
ano 2017, bem como aprovar a minuta de protocolo e as respetivas transferências de
verbas. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Os Jogos da Cidade de Lisboa tiveram a sua 1ª edição em 1987 e decorreram
durante 15 anos com a participação de milhares de jovens, dada a importância da
prática desportiva e da competição saudável no fator de desenvolvimento educativo e
social a Câmara Municipal de Lisboa considerou essencial o regresso destes jogos à
cidade de Lisboa.------------------------------------------------------------------------------------
----- Olisipíadas foi a designação atribuída a este regresso, em 2014, como novo
paradigma de promoveu a representação de cada uma das Freguesias, bem como o seu
envolvimento, enquanto entidades organizadoras e parceiras. -------------------------------
----- A atribuição de Prémios de Mérito Desportivo às Juntas de Freguesia
participantes consta do Regimento-geral das Olisipíadas e a aplicação das correlativas
verbas atribuídas, encontra-se condicionada em exclusivo à construção conservação a
recuperação de instalações desportivas e ou aquisição de material e de equipamento
desportivo. -------------------------------------------------------------------------------------------
----- O valor global dos prémios de mérito a atribuir em 2017 corresponde a 80 mil
euros distribuídos entre as 12 Juntas de Freguesia participantes, sendo que o 1º lugar
foi atribuído à Junta de Freguesia de Alcântara, com 30 mil euros. O 2º lugar, a Junta
de Freguesia do Areeiro, com quinze mil euros, o terceiro a Junta de Freguesia dos
Olivais, 8 mil euros e todos os restantes até ao 12º, com três mil euros. -------------------
----- As Juntas de Freguesia têm a data limite de 1de março de 2018 para apresentar a
Câmara Municipal de Lisboa, os projetos para a aplicação das verbas atribuídas,
devidamente orçamentados, estas devem ainda apresentar um relatório final acerca do
progresso de execução dos trabalhos desenvolvidos, bem como de aquisições
efetuadas no âmbito do protocolo cuja minuta consta do anexo da presente Proposta,
desta forma a 1ª Comissão propõe a este Plenário recomendar à Câmara Municipal de
Lisboa a remessa esta Assembleia dos relatórios finais das Juntas de Freguesia nos
termos da cláusula 4ª da minuta do referido protocolo. Muito obrigada Senhora
Presidente.” ------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada Senhora Deputada, não temos ninguém inscrito, sendo assim
estamos em condições de pôr à vossa consideração… ----------------------------------------
----- Peço desculpa, alguém se inscreveu? Ninguém se inscreveu. Algum Senhor
Deputado quer falar? Não há sinal de nenhum Senhor Deputado querer falar.
Desculpem lá, não há linguagem gestual, há um telefona, façam favor, não há
ninguém, há um senhor Deputado que está a falar com muitos gestos mas não se está a
inscrever. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Bom, temos a proposta nº 742/2017 que vou pôr à vossa consideração a Proposta
e a Recomendação, portanto, vamos pôr em primeiro lugar à vossa consideração a
proposta nº 742/2017, vamos pôr à votação. ----------------------------------------------------
DRAFT
62
----- Proposta nº 742/2017, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do
PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 7IND. A Proposta nº 742/2017
foi aprovada por unanimidade. -----------------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Recomendação nº 011/03 relativa à Proposta 742/2017, não há votos contra, não
há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM,
7IND. A Recomendação nº 011/03 foi aprovada por unanimidade. --------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
------ Vamos agora passar ao ponto seguinte da nossa Ordem de Trabalhos. --------------
----- Entretanto pedia à Senhora Deputada Ana Mateus e à Senhora Deputada Isabel
Pires se podem dirigir-se ao Foyer pequeno, mandem encerrar as votações para
fazerem o escrutínio das votações, enquanto nós prosseguimos com os nossos
trabalhos. --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Posto isto vamos passar a Proposta 760, que é uma afetação ao domínio
Municipal de 4 parcelas de terreno, na Rua da Fonte, Largo das Pimenteiras,
Azinhaga da Fonte, Estrada das Laranjeiras, Estrada de Benfica, Palhavã e ou Sete-
Rios e Campo Grande -----------------------------------------------------------------------------
----- Ponto 7 - PROPOSTA N.º 760/2017 - APROVAR SUBMETER À
APRECIAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A AFETAÇÃO AO
DOMÍNIO PÚBLICO MUNICIPAL DE QUATRO PARCELAS DE TERRENO
SITAS NA RUA DA FONTE, LARGO DAS PIMENTEIRAS E AZINHAGA DA
FONTE, ESTRADA DAS LARANJEIRAS, ESTRADA DE BENFICA A
PALHAVÃ OU SETE RIOS E CAMPO GRANDE, COM AS ÁREAS,
RESPETIVAMENTE, DE 3.513,00M2, 448,00M
2, 297,50M
2 E 2.398,00M
2. -----------
----- (A Proposta nº 760/2017 foi anexada a esta Ata como Anexo XVII e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XVIII e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Pergunto ao Senhor Vereador Manuel Salgado se quer apresentar a proposta?
Dispensa apresentação. -----------------------------------------------------------------------------
----- Pergunto ao Senhor Deputado Relator Rodrigo Melo Gonçalves se quer
apresentar o Relatório? Não está presente. ------------------------------------------------------
----- Devo dizer que o Relatório é apenas um Relatório descritivo e nem deu origem a
nenhuma Recomendação. Pergunto se há Senhores Deputados inscritos para usar da
palavra? Não há. ------------------------------------------------------------------------------------
----- Então Senhores Deputados, vamos pôr à vossa consideração esta Proposta
760/2017. ---------------------------------------------------------------------------------------------
----- Proposta nº 760/2017 não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do
PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 7IND. A Proposta nº 760/2017
foi aprovada por unanimidade, -----------------------------------------------------------------
DRAFT
63
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora à Proposta 762/2017, é uma desafetação são antigos troços
da Azinhaga das Flamengas e da Rua das Barracas. -------------------------------------------
----- Ponto 8 - PROPOSTA Nº 762/2017- APROVAR SUBMETER À
APRECIAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A DESAFETAÇÃO DO
DOMÍNIO PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO MUNICIPAL DE
ANTIGOS TROÇOS DA AZINHAGA DA FLAMENGA E DA RUA DAS
BARRACAS; --------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 762/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XIX e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente ata como Anexo
XX e dela faz parte integrante) -------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “ Pergunto à Câmara se quer intervir sobre a proposta? Dispensa a intervenção. ---
----- O Senhor Deputado Relator não está presente, mais isto não suscitou dúvidas na
1ª. Comissão. ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Pergunto se há Senhores Deputados inscritos para o Ponto 8º da Ordem de
Trabalhos, Proposta 762/2017, não vejo Deputados inscritos, vamos pôr à votação.” ---
----- Proposta nº 762/2017 não há votos contra, abstenções do MPT, PPM e CDS/PP,
votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PAN, PEV, 7IND. A Proposta nº 762/2017 foi
aprovada por maioria, ----------------------------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “Vamos passar agora à apreciação da Proposta 763/2017, trata-se de uma
retificação de uma Proposta que foi aprovada em 2017, tem a ver com a desafetação
do domínio público para o domínio privado municipal de uma parcela de terreno, foi
também apreciar na 1ª Comissão. ----------------------------------------------------------------
----- PONTO 9 - PROPOSTA Nº 763/2017 - APROVAR SUBMETER À
APRECIAÇÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL A RETIFICAÇÃO DA
PROPOSTA N.º 88/2017, RESPEITANTE À DESAFETAÇÃO DO DOMÍNIO
PÚBLICO PARA O DOMÍNIO PRIVADO MUNICIPAL DA PARCELA DE
TERRENO COM A ÁREA DE 3.121,00M2, SITA NA RUA CARLOS
BOTELHO, RUAS A, B, C E D, JUNTO À PICHELEIRA - QUINTA DOS
EMBRECHADOS; -------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 763/2017 foi anexada a esta Ata como Anexo XXI e dela faz
parte integrante) -------------------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XXII e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
DRAFT
64
----- “O Senhor Vereador quer apresentar a Proposta?) Dispensa. O Senhor Deputado
Relator não está presente. Pergunto se algum Senhor Deputado quer usar da palavra,
não vejo pedidos de palavra, vamos pôr à consideração a Proposta 763/2017. ------------
----- Proposta nº 763/2017, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor do
PS, PSD, CDS/PP, PCP, BE, PAN, PEV PPM, MPT, 7IND. A Proposta nº 763/2017
foi aprovada por unanimidade, -----------------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora à Proposta 765/2017, é uma alteração de uma Proposta
aprovada em 2015, relativamente à cedência em direito de superfície da Assembleia
de Deus Pentecostal, Igreja de Filadélfia, de uma parcela de terreno na Avenida
Santos e Castro. -------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 10 - PROPOSTA N.º 765/CM/2017 - APROVAR SUBMETER À
ASSEMBLEIA MUNICIPAL A ALTERAÇÃO DA PROPOSTA N.º 344/2015,
RESPEITANTE À CEDÊNCIA EM DIREITO DE SUPERFÍCIE À
ASSEMBLEIA DE DEUS PENTECOSTAL - IGREJA FILADÉLFIA DA
PARCELA DE TERRENO MUNICIPAL SITA NA AVENIDA SANTOS E
CASTRO; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº 765/CM/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XXIII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XXIV e dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “Senhor Deputado Manuel Salgado quer apresentar a proposta? Dispensa. A
Senhora Deputada Relatora Patrocínia César não quer apresentar o seu relatório, foi
também apreciado pela 1ª. Comissão, o Relatório foi disponibilizada a todos.------------
----- Temos inscritos? Não temos inscritos. Vamos pôr a Proposta 765 à votação. -------
----- Proposta nº 765/2017, não há votos contra, abstenções do CDS/PP, do PPM e 1
IND, votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 6IND. A Proposta nº
765/2017 foi aprovada por maioria, -----------------------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Independente Patrícia Gonçalves Irá fazer uma Declaração
de Voto. ----------------------------------------------------------------------------------------------
------ Do Grupo Municipal dos Independentes, a Senhora Deputada Municipal
Patrícia Gonçalves apresentou, posteriormente, a seguinte Declaração de Voto: -----
----- “ Sobre o ponto 10 do Período da Ordem do Dia da 11ª Reunião - 20 de
fevereiro de 2018 dedicado à apreciação da Proposta 765/CM/2017 - Alteração da
Proposta 344/CM/2015, respeitante à cedência em direito de superfície à Assembleia
de Deus Pentecostal - Igreja Filadélfia, da parcela de terreno municipal sita na
Avenida Santos e Castro, nos termos da proposta e ao abrigo da alínea i) do n.º 1 do
artigo 25.º do Regime Jurídico das Autarquias Locais, publicado em anexo à Lei n.º
75/2013, de 12 de Setembro, na redação atual. ------------------------------------------------
DRAFT
65
----- Por entender que o estado laico deve permanecer estritamente neutro no que diz
respeito à prática religiosa, sou por princípio contra o financiamento público a
instituições de cariz religioso. Reconheço a especificidade do trabalho da Igreja de
Filadélfia e a sua capacidade de prestação de serviços às Comunidades Cigana e
Africana, muito embora entenda que esses serviços deveriam ser prestados pelo
estado ou por instituições não religiosas. No entanto, tendo conhecimento das
dificuldades de integração da Comunidade Cigana, uma minoria com longa história
de exclusão em Portugal, com qual é urgente fazer pontes, e sabendo que a Igreja de
Filadélfia tem vindo a conseguir apoiar e contribuir para a integração desta
comunidade, abstenho-me na votação desta proposta.” --------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “Vamos passar à Proposta nº 770/2017, trata-se de renovar uma autorização para
a celebração de contrato promessa de compra e venda, que já tinha sido aprovada pela
Assembleia municipal, mas que por razões de prazos que decorreram tem que ser
renovada esta autorização, é uma aquisição na Rua de São Julião e na Rua da Prata de
edifícios próximos da sede dos Paços do Concelho. -------------------------------------------
----- PONTO 11 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 770/CM/2017 -
RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO PARA A CELEBRAÇÃO DE
CONTRATO-PROMESSA DE COMPRA E VENDA DA FRAÇÃO
AUTÓNOMA A CONSTITUIR NO PRÉDIO SITO NA RUA SÃO JULIÃO
N.ºS 86 A 94 E 96 A 106 E NA RUA DA PRATA N.ºS 45 A 51, BEM COMO A
ALTERAÇÃO DA DATA DA CELEBRAÇÃO DO CONTRATO DEFINITIVO,
NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO
ARTIGO 25.º DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS,
PUBLICADO EM ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA
REDAÇÃO ACTUAL; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ---------------------------------
----- (A Proposta nº. 770/CM/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XXV e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado a esta Ata como Anexo
XXVI e dela faz parte integrante); ---------------------------------------------------------------
------ A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou:
----- Pergunto ao Senhor Vereador se quer apresentar a Proposta? Não quer. Também
o Senhor Deputado Rodrigo Melo Gonçalves não está presente. Pergunto se alguém se
inscreve? Não temos inscrições, temos inscrições para outros pontos ainda na Ordem
de Trabalhos de hoje, mas não para este, e portanto para este ponto não tendo
inscrições vou pôr à votação. ----------------------------------------------------------------------
----- Proposta nº 770/CM/2017, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor
do PS, PSD, PCP, CDS/PP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 7IND. A Proposta nº
770/CM/2017 foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------
----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário nestas
votações). --------------------------------------------------------------------------------------------
----- Vamos passar agora sim à Proposta 771/2017, é uma revogação de dois direitos
de superfície constituídos a favor da Administração de Saúde Regional de Lisboa e
DRAFT
66
Vela to Tejo. Trata-se de duas propriedades municipais, uma em Campolide e outra na
Alta de Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------
----- PONTO 12 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 771/CM/2017 -
REVOGAÇÃO DE DOIS DIREITOS DE SUPERFÍCIE CONSTITUÍDOS A
FAVOR DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E
VALE DO TEJO, IP, SOBRE DUAS PROPRIEDADES MUNICIPAIS, SITAS
NA RUA GENERAL TABORDA EM CAMPOLIDE E RUA ANTÓNIO
DACOSTA NA ALTA DE LISBOA NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO
ABRIGO DA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º, “A CONTRARIO SENSU”,
DO REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM
ANEXO À LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL;
GRELHA BASE – 34 MINUTOS; --------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº 771/CM/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XXVII e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XXVIII e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -
----- “ Pergunto ao Senhor Vereador se quer apresentar a Proposta? Sei que o Senhor
Vereador enviou um ofício, tenho que dar essa informação, enviou um ofício que eu
recebi hoje aqui, no princípio da Sessão e que eu vou passar a ler, o Ofício nº.
155/GRMS/18, que diz o seguinte: “ As referidas propostas, esta e a seguinte,
incidem apenas sobre as questões jurídicas relacionadas com a revogação dos
anteriores contratos, nada alterando em matéria de uso e afetação dos terrenos. -------
----- Assim sendo e estando em vigor a Carta Municipal de Equipamentos de Saúde,
aprovada pela Assembleia Municipal de Lisboa, em 15 de abril 2009, os terrenos em
causa enquanto propriedade municipal continuarão com os usos ali previstos, com a
devida introdução em cadastro, sem prejuízo das alterações que no futuro possam vir
a ocorrer decorrente da revisão daquela Carta” ----------------------------------------------
----- É importante ter isto em conta porque esta foi uma das dúvidas que se colocou. ---
----- Senhores Deputados, pergunto se o Senhor Vereador quer usar da palavra?
Dispensa o uso da palavra. O Senhor Deputado Relator é o Senhor Deputado
Francisco Rodrigues dos Santos, pergunto se quer apresentar o Relatório? Não quer
apresentar o Relatório. Mas temos inscrições e vamos dar seguimento às mesmas.” ----
----- (O Ofício 155/GVMS/18 foi anexado à presente Ata como Anexo XXIX e dela
faz parte integrante) --------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Mário Freitas (MPT) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhor Presidente
da Câmara e Vereadores, Caros Colegas, Público Presente, Órgãos de Comunicação
Social. ------------------------------------------------------------------------------------------------
----- No que diz respeito à Proposta 771/2017, que pretende revogar dois Direitos de
Superfície a favor da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP
DRAFT
67
(ARSLVT, IP.), sobre duas propriedades municipais, sitas em Campolide e Alta de
Lisboa, o Partido da Terra – MPT gostaria de fazer as seguintes apreciações. ------------
----- Como é do conhecimento geral, o direito a uma Saúde Pública assente nos seus 3
pilares, promoção da saúde, prevenção da doença e proteção da saúde, é uma temática
que tem vindo a ser bandeira política de vários programas de Governo, dos vários
quadrantes políticos, bem como alvo de intensos debates na nossa sociedade. ------------
----- No entender do Partido da Terra, o direito à saúde é um “direito universal onde se
interseccionam e interexistem vários outros, como a dignidade e inviolabilidade da
vida humana” pelo que deveria estar dissociado de opções políticas e da
disponibilidade de recursos económico-financeiros. ------------------------------------------
----- A Lei n.º 75/2013, de 12 de Setembro (Regime Jurídico das Autarquias Locais)
na sua redação atual, estabelece que é competência da Câmara Municipal apoiar as
diversas atividades que promovam a Saúde, recorrendo entre outros mecanismos, à
celebração de Contratos-Programa nos termos do n.º 2 do artigo 34º do Decreto - Lei
11/93, de 15 de Janeiro. ----------------------------------------------------------------------------
----- Neste ínterim o Município de Lisboa tem vindo a reconhecer como uma
prioridade, e bem, no entender do Partido da Terra - MPT, o acesso a cuidados de
saúde primários, na medida em que estes se constituem como um pilar fundamental
do sistema de saúde para facilitar e garantir o acesso e qualidade a todos os cidadãos. --
----- Assim, em 2009 e em parceria técnica com o Ministério da Saúde, entendeu o
Município de Lisboa planear a Rede de Equipamentos de Cuidados de Saúde
Primários que deu origem à Carta Municipal de Equipamentos de Saúde, onde é
assumido claramente, a urgência de renovação da rede de centros de saúde, quer ao
nível da requalificação de instalações já existentes, como na construção de novas
unidades de saúde. ----------------------------------------------------------------------------------
----- A este propósito e ao abrigo de um Contrato-Programa, o Município de Lisboa
propôs por um prazo máximo de 99 anos, ceder em direito de superfície um conjunto
de parcelas de terrenos municipais a favor da ARSLVT, IP., de modo a colmatar as
necessidades mais prementes da população lisboeta. ------------------------------------------
----- Não obstante ter sido outorgadas as escrituras públicas para a constituição dos
direitos de superfície das Unidades de Saúde da Alta de Lisboa e Campolide, à data de
2010 e 2011, respetivamente, o objeto dos direitos de superfície não foi realizado até à
presente data, pelo motivo da ARSLVT, IP., não ter avançado com a construção
destes dois equipamentos de saúde. --------------------------------------------------------------
----- O Partido da Terra – MPT não entende esta decisão dado que à data, as duas
parcelas em apreço foram validadas pela ARSVLT, IP., por ostentarem as
características exigíveis e adequadas para o desempenho das funções a que se
destinavam, tanto quanto à sua dimensão como localização.---------------------------------
----- E muito menos entende o porquê do Novo Acordo de Colaboração - “Lisboa,
SNS Mais Próximo”, firmado em 14 de Março de 2017 entre a ARSLVT, IP., e o
Município de Lisboa que prevê a conceção e construção ou adaptação de 14 Unidades
de Saúde, não contemplar as Unidades de Saúde da Alta de Lisboa e Campolide, pelo
motivo anteriormente elencado. ------------------------------------------------------------------
DRAFT
68
----- Isto quando sabemos o défice de cobertura de médicos de família em Lisboa e
Vale do Tejo. 75% de toda a população nacional sem médico de família vive na
região de Saúde de LVT! --------------------------------------------------------------------------
----- Isto, caros colegas, corresponde a cerca de 15% da população residente na ARS
de LVT. Privar esta população de médico de família (MGF) é colocar Portugal numa
época pré-Alma Ata, num país que foi vanguardista nos Cuidados de Saúde Primários.
É um défice inaceitável. ----------------------------------------------------------------------------
----- E, este défice, convive no tempo presente, com a demora inexplicável na
colocação de cerca de 600 jovens médicos especialistas em MGF, pendentes de lugar
há cerca de 1 ano. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Considerando que em virtude deste novo acordo, a ARSLVT, IP., não se opõem
à revogação dos direitos de superfície das parcelas em apreciação por os mesmos se
tornarem desnecessários, mediante a restituição parcial do preço pago em 2009, que
se saliente não está previsto no Contrato Programa celebrado em 2009, o Partido da
Terra - MPT apesar de não se opor que as parcelas em apreciação da presente
proposta regressem à esfera municipal, tem sérias dúvidas quanto à restituição dos
valores, não só porque não se encontra vertido no referido Contrato-Programa mas
também porque a clausula 6ª da escritura pública para a constituição dos direitos de
superfície menciona que “operada a extinção do direito de superfície, por qualquer
causa”, repito, por qualquer causa, “ a parcela de terreno volta à posse do Município,
sem que a superficiária tenha direito a qualquer indemnização”. --------------------------
----- Acresce ainda referir, que as cláusulas quarta e quinta das referidas escrituras,
estabelecem que “a afetação da parcela de terreno para fim diverso do fixado”, isto é,
para a construção de equipamento de saúde, “determina a reversão do direito de
superfície”, e que a sua alienação “carece de autorização expressa do Município de
Lisboa que goza do direito de preferência”. ----------------------------------------------------
----- Posto isto, e apesar disto, considerando que a Câmara Municipal de Lisboa, na
pessoa do Sr. Vereador Manuel Salgado através do Oficio (OF/155/GVMS/18)
assumiu, que as parcelas de terreno em causa enquanto propriedade municipal
manterão os usos previstos, o Partido da Terra - MPT acompanhará favoravelmente a
Proposta em apreciação. Muito Obrigado!” -----------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Graciela Simões (PCP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Boa-tarde Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados e
demais presentes. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Relativamente a esta Proposta de direito de superfície, que reverte para a Câmara,
neste momento, até parecia simples esta situação e sem grande polémica, no entanto,
isto recai no âmbito de uma política da Câmara que tem a obrigação de promover
todas as ações possíveis, para a promoção de saúde e, neste momento, surgem-nos
algumas dúvidas, inclusive o Partido Comunista Português não estaria contra a
revogação ao direito de superfície se estivessem totalmente esclarecidas e clarificadas
a reutilização destes terrenos e a reutilização para os mesmos fins, que foram a
utilizados no contrato-programa de 2009. ------------------------------------------------------
DRAFT
69
----- Ora acontece que o Senhor Vereador Manuel Salgado informou, como já se sabe,
que se tratava apenas de questões políticas esta revogação, acontece que exatamente
estas questões políticas são aquelas que que permitem e que dão paz a liberdade à
Câmara de utilizar os terrenos conforme bem entender, não existe absolutamente
nada, nenhum compromisso da Câmara de que estes terrenos sejam utilizados para os
fins que estavam destinados. ----------------------------------------------------------------------
----- Acontece que não nosso contrato-programa que existiu entre a Câmara e a ARS
de Lisboa, em 2017, por exemplo, o espaço para o Centro de Saúde de Campolide
desaparece, ora, trata-se exatamente de Campolide, de numa área extremamente
carenciada que se está no âmbito do agrupamento de cuidados de saúde primários de
Sete-Rios, e nós sabemos que sei que é uma área e o agrupamento extremamente
sobrecarregado com uma população e com fracas potencialidades para melhorar as
condições de trabalho dos seus profissionais e também melhorar a utilização por parte
dos seus utentes, portanto, é exatamente esta dúvida da falta de clarificação na
autorização de terrenos para unidades de cuidados de saúde primários, tão carenciados
nesta zona da cidade, que nós teremos que votar contra esta revogação. Boa tarde.” ----
----- O Senhor Presidente em Exercício, Rui Paulo Figueiredo, no uso da palavra
fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------------------
----- “Aquilo que o Plenário não ouviu foi o Senhor Deputado Sobreda Antunes a
dizer que vai fazer intervenção sobre as duas propostas, nos três minutos.” ---------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado senhor Presidente, estamos perante duas propostas
aparentemente semelhantes apenas porque se reportam a direitos de superfície
constituídos em 2009 a favor da ARS-LVT, para a construção de Centros de Saúde na
cidade de Lisboa. No caso da Proposta nº 771/2017, para um terreno em Campolide, e
um outro no Montinho de São Gonçalo, na antiga Freguesia da Ameixoeira, e na
Proposta nº 772/2017, no antigo Parque dos Artistas de Circo, em Carnide. ------------ ----- No entanto, enquanto a primeira proposta se destina à revogação desses direitos,
a segunda diferencia-se por se reportar a uma redução do contrato inicial. Registar-se-
ão, ainda, restituições à ARS de parte do preço entretanto pago, correspondente ao
tempo não vencido de cada contrato, que ficarão como créditos a liquidar por
compensação. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Esta situação advém não apenas de incumprimentos de execução por parte da
ARS, por algumas parcelas não reunirem as condições necessárias, bem como devido
à assinatura de um recente compromisso, um Acordo de Colaboração celebrado em
14/3/2017 entre o Município de Lisboa e a ARS-LVT, designado por “Lisboa, SNS
Mais Próximo”, que, para alguns casos, prevê localizações alternativas para aqueles
Centros de Saúde. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Em primeiro lugar, sucede que a unidade que se encontrava prevista para
Campolide se eclipsa do novo Mapa da Saúde. Perguntamos, Senhor Vereador, qual
será o novo Centro que, no futuro, deverá então servir a população de Campolide? -----
DRAFT
70
----- Em segundo lugar, o do Montinho de São Gonçalo, desaparece para dar lugar a
duas unidades, previsivelmente no Alto do Lumiar, na Freguesia de Santa Clara.
Senhor Vereador, gostaríamos de saber quais serão as futuras localizações e valências.
E, em ambas as Freguesias, quando e onde serão construídas as Unidade de Cuidados
Continuados? ----------------------------------------------------------------------------------------
----- Em terceiro lugar, e por seu turno, para o de Carnide previa-se ainda a edificação
de uma Unidade de Cuidados Continuados. Como nos esclarece a alínea e) dos
considerandos da Proposta nº 772/2017, que citamos, «o objeto do direito de
superfície foi (apenas) parcialmente realizado, tendo a ARS-LVT construído o Centro
de Saúde, mas não a Unidade de Cuidados Continuados, o que faz com que parte do
terreno cedido se mantenha sem utilização». ---------------------------------------------------
----- E acrescenta mais à frente na alínea i) que a ARS «solicitou a redução do Direito
de Superfície de que é titular». Porém, de acordo com o ofício da ARS, contido no
Anexo V, sabemos pelo seu ponto 5 que foi a CML quem propôs à ARS a “reversão
do direito de superfície” e não o contrário. Senhor Vereador, afinal quem requereu a
reversão e com que objetivo? ---------------------------------------------------------------------
----- Uma outra questão é porque a Câmara Municipal de Lisboa afirma na alínea l)
que a parcela sobrante junto à Estrada da Correia, que sabemos serve hoje de
estacionamento, (citamos) «poderá ser imediatamente afeta à persecução das
atribuições legais a que o Município de Lisboa está vinculado», mas jamais especifica
quais são. E no ofício que o Senhor Vereador ontem nos remeteu, apenas diz que «os
terrenos em causa (…) continuarão com os usos ali previstos»? Então, a que fim se
destina? -----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhor Vereador, com total objetividade, pode-nos discriminar que fins omissos
serão esses? Poderá esta parcela ser imediatamente afeta a quê? E, finalmente, porque
deixa de estar prevista para Carnide a Unidade de Cuidados Continuados? Quem
desistiu dela? A ARS ou a Câmara Municipal de Lisboa? -----------------------------------
----- Obrigado Senhora Presidente.” -------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado Senhor Deputado.” ------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Teresa Craveiro (IND) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Boa-tarde Senhor Presidente, boa-tarde Senhores Secretários, Senhores
Vereadores, Caros Deputados e Deputadas. ----------------------------------------------------
----- Efetivamente nós solicitámos um esclarecimento ao Senhor Vereador
relativamente à matéria e esta resposta do Senhor Vereador vem dar, penso eu,
alguma consolidação a algumas das dúvidas que aqui estão, elas no meu ponto de
vista, elas podem ficar, enfim, retiradas, porque os usos não estão em causa. ------------
----- O que está em causa são os direitos de superfície que foram dados ARS, num
contrato-programa que nós celebramos e que vem aqui à Assembleia Municipal em
2009, porque eram outra modalidade, era a modalidade que a ARS iria fazer os
centros de saúde. ------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
71
----- Foi um erro do património passar os cuidados continuados que a ARS. ARS não
promove cuidados continuados, os cuidados continuados são em hasta pública e são
entidades que vêm de facto, às hastas públicas, como o Montepio, portanto, neste
momento há uma retificação a fazer da Proposta da Câmara, no nosso ponto de vista,
terá que ver esta questão de que os usos ficam afetos exatamente à Carta de 2009,
enquanto não servir a Carta que nós aprovámos aqui por unanimidade, uma
Recomendação da revisão das cartas que o censo 2011 e com as projeções
demográficas, no entanto, posso-vos dizer tecnicamente que a Carta que virá cá, ela
mantém este os usos, no caso dos cuidados continuados e no Montinho de São
Gonçalo e, no fundo com o que é preciso e fundamental é os usos ficarem afetos, a
Carta de Enquadramento que é a Carta de 2009, permanece até nova revisão, e não
ficam, o direito de superfície reverte-se porque hoje a modalidade é a construção com
o Município, os 14 novos Centros de Saúde só foram feitos o contrato-programa em
2017, porque a nova Carta já estava muito adiantada, poderão perguntar porque é que
e 8 anos não foram feitos os outros? Porque, de facto, tivemos um momento de crise e
não conseguimos que a ARS fizesse, para além de 4 Centros de Saúde que fez que o
1º contrato-programa, fez Carnide, fez Pedrouços, fez Boavista e o Martim Moniz e
reviu a Angelina Vidal, portanto, parece-me a mim que, apesar de tudo o 1º contrato
foi um grande ganho e neste momento, com novo contrato feito, dos 14 novos Centros
de Saúde não esgotam a Carta de Equipamentos de Saúde que será feita para médio
prazo. Muito obrigada Senhora Presidente.” ----------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigada á Senhora Deputada. -----------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, o Senhor Vereador naturalmente quererá dar
esclarecimentos, mas eu gostava de fazer-vos aqui uma proposta que é a seguinte: eu
penso que esta questão foi suscitada por várias bancadas do uso dos terrenos
relativamente à Proposta 771, uma vez que relativamente à Proposta 772, o problema
dos cuidados integrados a Senhora Deputada Teresa Craveiro já explicou por que
razão é que não estar, porque é a ARS que trata dos cuidados Continuados Integrados.
----- Agora quanto à 771 e que tem a ver com quais são os usos destes terrenos, cujos
direitos superfície pretende revogar, a Proposta que iria fazer, ouvindo o que todos
disseram e, tendo em conta o Ofício que o Senhor Vereador mandou, era que fosse
aditado na Proposta um considerando novo, a seguir ao considerando H, que é o
considerando que diz que “face ao acordo… as localizações deixam de ser utilizadas,
o que determinem a inutilidade que vêm dos direitos de superfície”, a seguir a este
considerando acrescentar um considerando com o seguinte teor: “contudo, estando em
vigor a Carta Municipal de equipamentos de saúde aprovada pela Assembleia
Municipal de Lisboa, em 15 abril 2009, os terrenos em causa enquanto propriedade
Municipal continuarão com os usos ali previstos, com a devida introdução em
cadastro, sem prejuízo das alterações que no futuro possam vir a ocorrer, decorrente
da revisão daquela Carta”, portanto, é isto que é transcrever para a Proposta, aquilo
que o Senhor Vereador disse em Ofício, para termos a segurança de que quando
DRAFT
72
estamos a votar, o que vamos votar é neste pressuposto e não noutro qualquer,
portanto, esta Proposta, eu penso que faria sentido, apresentá-la, como ninguém a
formulou expressamente, estou a formulá-la aqui, e sugeria se caso, entendessem que
ele viesse a ser aprovada, que a Câmara tivesse, depois, no caso de a Proposta ser
aprovada, que a Câmara, posteriormente, terá que retificar a nova redação para ficar
tudo clarinho e sabermos exatamente em que condições é que estamos a propor esta
revogação de direitos de superfície. --------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes quer fazer uma interpelação e
tem precedência. ------------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV), no uso da palavra fez
a interpelação à Mesa: ------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente, se bem depreendo, para além do acordo que foi
estabelecido entre o Governo e a Câmara Municipal de Lisboa, em 2017, para a
construção de novos centros de saúde, vários vão ser em locais diferentes, isso
também já percebemos, por isso é que existem hoje reversões, significa que pela
Proposta da Senhora Presidente ao Executivo da Câmara, os terrenos que
anteriormente, em 2009, estavam previstos para unidades de saúde vão continuar na
área da saúde, o que significa para além do acordo, Câmara/Governo, em 2017, para
aqueles que foram aprovados ainda vão ser construídas mais unidades saúde, é a
ilação que eu tiro e em ação que o tiro, ou seja, vai extravasar para o acordo
Governo/Câmara em 2017. -----------------------------------------------------------------------
----- Obrigado.” -------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Senhor Deputado, não estamos aqui a prometer que eles vão ser construídos, o
que estamos a garantir é que o terreno está lá para esse fim e, portanto, havendo
condições avança. Poderá haver mais, não se pode é eliminar a possibilidade de
termos terreno para as construir, portanto, essa é a preocupação, é este ponto que eu
queria chamar a atenção. ---------------------------------------------------------------------------
----- Se é este o entendimento que o Ofício do Senhor Vereador traduziu, isso tem que
ficar claro, não vamos revertendo de superfície sobre uma questão, depois ficando em
aberto, que pode ser outra coisa qualquer. Senhor Deputado correto? A Proposta é só
sobre os terrenos, não é sobre quem é que vai construir ou como é que vai construir, é
só sobre o terreno. O que se quer aqui garantir é que o uso se mantenha, enquanto não
for alterado, se houver uma alteração na Carta de Saúde, logo se vê, mas, neste
momento, essa Proposta não está cá. Está claro para todos? ---------------------------------
---- Senhor Vereador, tem a palavra.” -----------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado Senhora Presidente, muito boa-tarde Senhores Vereadores. ------
----- Eu vou tentar muito rapidamente responder às várias questões que foram
levantadas e começar por explicar qual é a diferença entre o contrato 2009 e o
contrato de 2017. -----------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
73
----- Em 2009 o Município de Lisboa cedeu em direito de superfície à ARS, um
conjunto de terrenos para que a ARS construísse os centros de saúde, os equipasse e
os mantivesse em operação. Em 2017 o contrato que foi celebrado entre a Câmara, o
protocolo entre a Câmara e a ARS é diferente. Os centros de saúde são construídos
pelo Município de Lisboa em terrenos do Município de Lisboa, que os cede para
exploração, para operação ARS cobrando o Município uma renda ao Ministério da
Saúde, portanto, a situação é radicalmente diferente daquela que foi estabelecida em
2009. --------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Segunda questão que queria explicar é que no mandato anterior, sendo o
Vereador, o Vereador João Afonso, foi feito o programa dos novos centros de saúde e
nesse programa dos 14 novos centros de saúde chegou-se à conclusão que
concretamente em relação a dois deles foram aqui que suscitadas dúvidas que foi o de
Campolide e o do Montinho de São Gonçalo, que em relação ao Campolide, ele seria
substituído por dois centros de saúde, por um lado, a ampliação do atual centro de
saúde das de Sete-Rios e por outros construído um novo centro de saúde em São
Domingos de Benfica, junto à estação de metro, cujo projeto está neste momento a ser
executado em relação ao centro de Saúde do Montinho de São Gonçalo, ainda está
neste momento a ser elaborado o projeto para a construção na Alta de Lisboa juntou o
novo quartel dos bombeiros, e ficou estabelecido que na zona de Santa Clara seria
construído um novo centro de saúde, logo que o quantitativo populacional assim o
justificasse. ------------------------------------------------------------------------------------------
----- Aquilo que está neste momento que em cima da mesa é efetivamente uma
reversão dos terrenos para o Município, porque uma vez com este novo contrato, os
centros de saúde só construídos em terrenos municipais, pelo Município, portanto, os
terrenos têm que estar, desculpem a expressão do lado do Município para ele poder
lançar as respetivas empreitadas. -----------------------------------------------------------------
----- Em resposta à dúvida que foi colocada de qual o destino que estes terrenos iam
ter, eu não vou repetir a leitura da carta que foi enviada à Senhora Presidente, mas ela
é perfeitamente clara, os terrenos mantém o uso para a saúde, enquanto e se não for
definido outro uso, através da revisão da carta da Saúde. Carta essa que é para ser
aprovada por esta Assembleia Municipal, portanto a carta dos equipamentos de saúde
que, aliás, ficou praticamente concluída no final do mandato anterior. E que só não foi
submetida a esta Assembleia Municipal, porque na altura das eleições, não foi
submetida a consulta pública, será agora submetida a consulta pública e virá para a
Assembleia Municipal para decidir qual o uso a dar àqueles terrenos. De qualquer
modo que eu gostava de explicar que relativamente ao terreno de Carnide não temos
nenhuma utilização prevista para o terreno, o centro de saúde foi feito e o terreno é
maior do que aquele que seria necessário para construir o centro de saúde. --------------
----- É muito provável que a manter-se e desde que se mantenha na Carta de Saúde
que ele se deve destinar a residências assistidas, ele será destinado residências
assistidas. Se se entender que é outro uso na área da saúde, será outro uso na área da
saúde, se entenderem que não se destina a saúde será o uso que se vier a ser decidido
em relação a esse espaço. --------------------------------------------------------------------------
DRAFT
74
----- Em relação ao terreno sobrante também do Centro de saúde, do Parque das
Nações, aí sim, que está em cima da mesa a possibilidade, uma vez que o terreno
sobrante e que uma Carta da Saúde, ele não tinha nenhuma afetação no domínio da
Saúde, está previsto poder ser construída uma creche nesse termo. ------------------------
----- Em relação ao de Campolide, portanto, o antigo mercado de Campolide ele
mantêm-se afeto ao uso de saúde até que outro uso eventualmente lhe venha a ser
definido, ou seja desafetados do uso da saúde através da revisão da Carta de Saúde,
penso que nisto respondi às dúvidas que foram suscitadas e, portanto, na minha
opinião, aceito a Proposta da Senhora Presidente de incluir este último parágrafo
como um considerando da Proposta e, portanto, para que ela seja novamente votada
em Câmara por forma a garantir que não há aqui qualquer utilização destes terrenos
para outros fins, que não o de saúde, enquanto a Assembleia Municipal não se
pronunciar em sentido contrário. Muito obrigado. ---------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigada Senhor Vereador. ----------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, creio que estamos em condições agora de passar à
apreciação a minha Proposta é a seguinte, votarmos em primeiro lugar, este
aditamento deste considerando uma vez que ele é relevante para a posição que têm
depois sobre a proposta final. ---------------------------------------------------------------------
-----Caso, ele seja aprovado este novo considerando, passaremos à votação da
Proposta incluindo já este considerando, com a condição, condicionado a uma
ratificação em Câmara, seria assim que iríamos votar, portanto, este considerando
seria para incluir, entre o considerando H considerando o considerando I, é logo a
seguir onde está explicitado “que os usos cujo já não são necessários”, logo a seguir a
isso dizer “ contudo, como está em vigor a carta de equipamento de saúde”, como eu
li há pouco, “mantém-se os usos lá previstos”, etc., conforme eu li há pouco. ------------
----- Precisam que eu leia novamente o considerando? Está claro para todos qual é o
teor disso. --------------------------------------------------------------------------------------------
------ Então vamos pôr à vossa consideração esta Proposta de Alteração à redação da
Proposta que a Câmara nos enviou e que na prática consiste em aditar um
considerando novo com a redação que aqui eu li, considerando novo entre a alínea h)
e a alínea i). ------------------------------------------------------------------------------------------
----- (Aditar um Considerando novo a seguir ao considerando h), com a seguinte
redação: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ i) Contudo, estando em vigor a Carta Municipal de Equipamentos de Saúde
aprovada pela AML em 15 de Abril de 2009, os terrenos em causa, enquanto
propriedade municipal, continuarão com os usos ali previstos, com a devida tradução
em cadastro, sem prejuízo das alterações que no futuro possam vir a ocorrer,
decorrentes da revisão daquela Carta;” --------------------------------------------------------
----- Passando a alíneas seguintes a ter o seguinte alinhamento: -----------------------
----- j) (anterior alínea i) --------------------------------------------------------------------------
----- k) (anterior alínea j) (…) --------------------------------------------------------------------
DRAFT
75
----- l) (anterior alínea k) (…) --------------------------------------------------------------------
----- m) (anterior alínea l) (…) -------------------------------------------------------------------
----- n) (anterior alínea m) (…) ------------------------------------------------------------------
----- o) (anterior alínea n) (…) --------------------------------------------------------------------
----- Proposta de Alteração à Proposta nº 771/CM/2017 (Aditamento), não há votos
contra, abstenções do PCP e PEV, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, PAN,
MPT, PPM e 6IND. A Proposta de Alteração à Proposta nº 771/CM/2017
(Aditamento) foi aprovada por maioria. ------------------------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). -----
----- Vamos passar à votação da Proposta nº 771/CM/2017 já com a alteração
introduzida. Votos contra do PCP e PEV, não há abstenções, votos a favor do PS,
PSD, CDS-PP, BE, MPT, PAN, PPM, 6IND. A Proposta nº 771/CM/2017 já com a
alteração introduzida foi aprovada por maioria. ---------------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). -----
----- Esta Proposta fica condicionada à ratificação da Câmara Municipal de Lisboa
devido à alteração feita na Assembleia Municipal de Lisboa.--------------------------------
----- Peço que os Serviços tomem devida nota porque ela tem que ser enviada para a
Câmara, e a Câmara tem que ratificar e tem que nos comunicar que já ratificou. ---------
----- (O Ofício nº 261/GVMS/2018, ratificação das Propostas 771/2017 e 772/2017,
foi anexado à presente Ata como Anexo XXX e dela faz parte integrante) ----------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, continuou:
----- “Posto isto Senhores Deputados e antes de passarmos ao último ponto da Ordem
de Trabalhos do aditamento, eu queria informar os resultados das Eleições, portanto,
foi feita a Eleição da lista A, que era única pata o Conselho Municipal de
Interculturalidade e Cidadania. ---------------------------------------------------------------- ----- Resultados: Votaram 69 Senhores Deputados; -----------------------------------------
----- Votos a favor: 51 ------------------------------------------------------------------------------
----- Votos contra: 4 --------------------------------------------------------------------------------
----- Abstenções: 6 ---------------------------------------------------------------------------------
----- Votos em branco: 1 ---------------------------------------------------------------------------
----- Não há votos nulos. ---------------------------------------------------------------------------
----- Quanto à Comissão Municipal de Toponímia, o universo de votantes é o
mesmo, votaram 69 Senhores Deputados. ------------------------------------------------------
----- Votos a favor: 51 ------------------------------------------------------------------------------
----- Votos contra: 5 --------------------------------------------------------------------------------
----- Abstenções: 12 --------------------------------------------------------------------------------
----- Votos em branco: 1 ---------------------------------------------------------------------------
----- Não há votos nulos. ---------------------------------------------------------------------------
----- Em qualquer caso estão proclamados os Resultados, estão eleitos os
representantes nestas duas eleições que hoje fizemos. ----------------------------------------
----- Agora vamos pôr à vossa consideração, embora e a confusão foi porque o Senhor
Sobreda Antunes falou sobre as duas, eu agora saltei, mas é a Proposta
DRAFT
76
772/CM/2017, que tem a ver com a redução do contrato do direito de superfície na
Estrada Correia, Carnide, o Senhor Vereador já esclareceu, mas em todo o caso há
Deputados inscritos para falar sobre ela. --------------------------------------------------------
----- PONTO 13 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 772/CM/2017 - REDUÇÃO
DO CONTRATO DE DIREITO DE SUPERFÍCIE CONSTITUÍDO A FAVOR
DA ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DE LISBOA E VALE DO
TEJO, IP, SOBRE UMA PROPRIEDADE MUNICIPAL, SITA NA ESTRADA
DA CORREIA EM CARNIDE, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO
DA ALÍNEA I) DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º, “A CONTRARIO SENSU”, DO
REGIME JURÍDICO DAS AUTARQUIAS LOCAIS, PUBLICADO EM ANEXO À
LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ACTUAL; GRELHA
BASE – 34 MINUTOS; -----------------------------------------------------------------------------------------
----- (A Proposta nº. 772/CM/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XXXI e
dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 1ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XXXII e dela faz parte integrante) ---------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa (PCP) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Executivo Camarário, Caro
Público presente; trabalhadores da Câmara Municipal. --------------------------------------
----- Eu confesso que ainda bem que houve aqui um compasso de espera relativamente
à apreciação desta Proposta, porque a seguir a ouvir falar Senhor Vereador Manuel
Salgado confesso que foi bom haver aqui este compasso de espera, porque dizia que
“ah e tal relativamente às outras 2 Propostas” e todos ouvimos, “de facto, mantém-se
aqui os usos a previstos. Relativamente a Carnide bem relativamente a Carnide, logo
se vê porque a que a carta logo dirá, a revisão da carta logo dirá se vai ser pela
unidade de cuidados continuados, ou se não vai ser uma unidade de cuidados
continuados”. ---------------------------------------------------------------------------------------
-----O que é que nos apraz dizer? Isto não é a propriamente, a política do vale tudo e
não pode ser nem a política do vale tudo nem a política do vende tudo, portanto,
aquilo que nós temos que que que apreciar relativamente acerca da redução do
contrato de direito de superfície e constituído a favor da Administração Regional de
Saúde é que, e esta Proposta é um profundo golpe nos legítimos anseios e aspirações
da população, e houve muita gente, muita gente a votar e a trabalhar e a lutar para
que, efetivamente seja construída uma unidade de cuidados continuados naquele local.
----- A Presidente da Assembleia Municipal, a Arquiteta Helena Roseta acompanhou
de perto esta luta da população, foi parte ativa da criação do Centro de Saúde naquela
Freguesia e desde 2009 que efetivamente há aqui as expectativas bastante elevadas da
população, para que venha a ser uma realidade efetiva a construção desta unidade de
cuidados continuados, porque nós não podemos chegar aqui acima tranquilamente e
dizer “ah depois de Montepio, lançamos uma hasta pública e o Montepio”, desculpem
lá, aquilo que estava previsto em 2009 é aquilo que se tem de estar previsto agora,
portanto, não é, com tranquilidade que esta Assembleia agora possa passar um cheque
DRAFT
77
em branco, à Câmara Municipal dizendo agora façam o que quiserem com os 2868
metros quadrados, faço quiserem, estavam cativos para a construção de uma unidade
para cuidados continuados, precisamos de 600, temos no acordo celebrado com o PS e
o Bloco de Esquerda cerca de mil, portanto, não conseguimos perceber e é com
surpresa e com grande insatisfação, mas naturalmente com a determinação de quem
não desiste de lutar até ao fim, reafirmamos a necessidade de construção desta
unidade de cuidados continuados naquele local. -----------------------------------------------
----- São cento e trinta mil o número de idosos na cidade de Lisboa, dezoito mil têm
mais de oitenta e cinco anos e quantas são as unidades de cuidados continuados
existentes na cidade? No acordo firmado entre o PS e o Bloco de Esquerda, qual é o
compromisso relativamente ao número de camas para cuidados continuados? Penso
que são à volta de mil… ---------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra,
interrompeu: -----------------------------------------------------------------------------------------
----- “O Senhor Deputado tem tempo cedido pelos Verdes. ----------------------------------
----- Pode prosseguir.” -----------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa (PCP) no uso da palavra,
continuou: --------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado. ------------------------------------------------------------------------------
----- Faz sentido as pessoas, aquando da necessidade de receberem cuidados
continuados, serem deslocadas para fora de Lisboa para serem atendidas com uma
excelente qualidade técnica, mas desprovidas de acompanhamento os seus familiares
e de suporte emocional? ---------------------------------------------------------------------------
----- O nosso voto, naturalmente só pode ser um voto contra porque a construção de
uma unidade de cuidados continuados é uma necessidade urgente e esta Proposta não
a viabiliza.--------------------------------------------------------------------------------------------
----- Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra, referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Deputado, eu queria pedir um esclarecimento a que o
Senhor Vereador Manuel Salgado e que é o seguinte: na Carta Municipal de
Equipamentos de Saúde, aprovada pela Assembleia, qual era destinada a dar a este
terreno? É essa questão que quer saber, porque se também lá está explicitado nessa
carta o mesmo considerando que nós aprovámos que a Proposta anterior, temos que
aprovar para esta, até porque o Ofício do Senhor Vereador dizia respeito às duas
Propostas, é isso que eu preciso esclarecer, como como não é a mesma coisa cuidados
continuados de unidades de cuidados primários, eu gostaria que se houver a
esclarecesse-se este ponto.” -----------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, não lhe sei esclarecer, não tenho aqui os
elementos. --------------------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
78
----- A única coisa que sei é que o Programa das Unidades de Cuidados Continuados,
os cuidados continuados são feitos por IPSS e não pela Administração nem pela ARS,
nem estão no protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Lisboa e a ARS em
2017, agora também confirmo que efetivamente a carta que foi enviada a Senhora
Presidente refere expressamente à Proposta 771 e 772, começou por dizer isso, aplica-
se às duas.” -------------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Vereador, eu vi, por isso mesmo é que eu fiz a minha pergunta, peço
desculpa de o interromper, mas ia-vos fazer uma Proposta, uma vez que o Senhor
Vereador não tem exatamente presente o que está ou não está na Carta de
Equipamentos de Segurança, a minha Proposta, que não prejudica em nada a Câmara
é que esta questão fique para a Ordem de Trabalhos da próxima da próxima Reunião,
que isto esclareça completamente antes de nós votámos, para não votarmos sem um
profundo conhecimento de causa, parecia-me o mais sensato. -------------------------------
----- O Senhor Deputado Sobreda Antunes está a pedir a palavra para? E o Senhor
Deputado Manuel Salgado também está a pedir a palavra, então o Senhor Deputado
Sobreda Antunes primeiro, tem precedência. Faz favor a palavra ao Senhor Deputado
Sobreda Antunes, será para uma interpelação à Mesa?” --------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado. Eu posso esclarecer essa dúvida do Senhor Vereador, eu disse-
a na minha intervenção, tem no texto entre aspas, porque estou a citar a página 2 da
Proposta 772, alínea e), onde se diz “ARS, LVT”, para além das outras incumbências
não fez a unidade de cuidados continuados, está cá escrito uma Proposta de Câmara.
Muito obrigado.” ------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra referiu o
seguinte: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Senhor Deputado, isso, nós sabemos, o problema é que o Ministério da Saúde
que faz as unidades de cuidados continuados, essa é que é a questão. ----------------------
----- O Senhor Vereador tem também uma palavra a dizer, faz favor.” ---------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: ------------------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Presidente, mas estava-me a fazer sinal a Senhora
Deputada Teresa Craveiro, que foi aliás a coordenadora da Carta de Saúde, a Carta de
Saúde que inclusivamente de 2017, virá a esta Assembleia, que efetivamente estava
previsto para o terreno a Unidade de Cuidados Continuados, portanto, não para ser
construída pela ARS, mas para ser colocado não sei exatamente em que regime,
concurso entre instituições de solidariedade, que estejam interessadas na sua
construção. Muito obrigado.” ---------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
DRAFT
79
----- “Senhor Vereador, nessa caso a Senhora Deputada inscreveu-se, tem tempo e
penso que o melhor é esclarecermos isto, se o pudermos fazer já hoje com quem tem o
domínio da matéria, ficamos já com isto esclarecido e logo veremos o que temos a
fazer a seguir.” --------------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Teresa Craveiro (IND) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: -----------------------------------------------------------------------------
----- “Efetivamente, Lisboa precisa de cuidados continuados, aberrantemente fizemos
contas para a Carta que quase concluímos, faltam-nos 643 camas, temos apenas 47
camas, mesma a Misericórdia se construir são 116 até agora, sabemos que está em
perspetiva mais da Misericórdia, mas só temos 163 com para a concretizar o que falta,
portanto, 480 camas, daí nós propomos que continue os cuidados continuados que
podem ter 3 modalidades para Carnide, retificando que houve um erro, este erro dos
Serviços desde a primeira hora disseram que tinha que fazer vir para a Câmara
porquê? Porque as IPSS por legislação que esperamos que ainda mude, são as IPSS
que concorrem para os cuidados continuados e não do Governo, ou a Câmara, que o
tem feito, apesar de haver Municípios como Oeiras que também eles próprios
promovem os cuidados continuados, portanto, há um caminho aqui a mudar a
legislação do Governo, um caminho em que não fiquemos apenas pela procura da
IPSS mas que nós possamos também vir a fazer modelos colaborativos para os
cuidados continuados, portanto, para dizer que, secundo completamente o Senhor
Presidente Carnide, porque é, de facto, a gravidade que cresce não só que os idosos
que são convidados a morrer fora de Lisboa, mas também com um AVC qualquer
jovem pode-o ter.” ---------------------------------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhora Deputada. -------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, acho que posto este esclarecimento, eu propunha então que
nós replicássemos exatamente o considerando, com o mesmo teor, ou seja, com tudo,
estando em vigor a Carta Municipal de Equipamentos de Saúde aprovada pela AML,
tal e tal e tal, os terrenos em causa, enquanto propriedade Municipal continuarão com
os usos ali previstos, com a devida tradução em cadastro, sem prejuízo das alterações
que no futuro possa vir a ocorrer, decorrentes da revisão daquela carta, portanto,
mentemos exatamente o mesmo pressuposto, o Ofício dizia respeito às suas Propostas
e o pressuposto confere com que estava na Carta de Equipamentos de Saúde de 2009
de 2009. ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados se concordarem eu iria pôr à vossa consideração, uma
alteração também à Proposta nº 772/CM/2017, para se introduzir este aditamento
com esta redação idêntica à que nós já votámos para a proposta anterior. -----------------
----- Aditar um Considerando novo a seguir ao considerando l), com a seguinte
redação: ----------------------------------------------------------------------------------------------
----- “ m) Contudo, estando em vigor a Carta Municipal de Equipamentos de Saúde
aprovada pela AML em 15 de Abril de 2009, o terreno em causa, enquanto
propriedade municipal, continuará com o uso ali previsto (cuidados continuados),
DRAFT
80
com a devida tradução em cadastro, sem prejuízo das alterações que no futuro
possam vir a ocorrer, decorrentes da revisão daquela Carta;” -----------------------------
----- Passando a alíneas seguintes a ter o seguinte alinhamento: -----------------------------
----- n) (anterior alínea m) (…) ------------------------------------------------------------------
----- o) (anterior alínea n) (…) -------------------------------------------------------------------
----- p) (anterior alínea o) (…) -------------------------------------------------------------------
----- Proposta de Alteração à Proposta nº 772/CM/2017 (Aditamento), não há votos
contra, nem abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN,
PEV, PPM, 6IND. A Proposta de Alteração à Proposta nº 772/CM/2017
(Aditamento), foi aprovada por unanimidade. ----------------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). -----
----- Este aditamento terá que ser incluído na Proposta, e a Proposta é posta à vossa
consideração com este aditamento e condicionada à ratificação pela Câmara da
inclusão deste aditamento. Vamos pôr a Proposta à votação. --------------------------------
----- Proposta nº 772/CM/2017, com a alteração introduzida, votos contra do PCP e
do PEV, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, BE, MPT, PAN,
PPM, 6IND. -----------------------------------------------------------------------------------------
----- (Ausência de dois Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). -----
----- Foi aprovada por maioria e condicionada à ratificação pela Câmara de um
aditamento semelhante ao que tinha sido aprovado para a Proposta anterior. -------------
----- Posto isto Senhores Deputados, vamos passar, agora sim, ao último ponto da
nossa Ordem de Trabalhos de hoje, Proposta nº 774/2017, tem a ver com a adesão do
Município de Lisboa, à Associação da Calçada Portuguesa. ---------------------------------
----- Tem um parecer da 7ª Comissão Permanente. --------------------------------------------
----- PONTO 14 – APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 774/CM/2017, PONTO 1 DA
PARTE DELIBERATIVA - ADESÃO DO MUNICÍPIO DE LISBOA À
“PORPAV - ASSOCIAÇÃO DA CALÇADA PORTUGUESA”, BEM COMO A
ACEITAÇÃO DOS RESPETIVOS ESTATUTOS, NOS TERMOS DA
PROPOSTA E AO ABRIGO DAS ALÍNEAS E), K) E O) DO ART.º 23º, DO
ANEXO I DA LEI Nº 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO E DO N.º 1 DO ART. 53º
DA LEI N.º 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, APLICÁVEL POR FORÇA DO
DISPOSTO DOS N.ºS 2 E 3 DO ART. 56º DO MESMO DIPLOMA LEGAL;
GRELHA-BASE – 34 MINUTOS. -------------------------------------------------------------- ----- (A Proposta nº. 774/CM/2017 foi anexada à presente Ata como Anexo XXXIII
e dela faz parte integrante)-------------------------------------------------------------------------
----- (O Parecer da 7ª Comissão Permanente foi anexado à presente Ata como Anexo
XXXIV e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------------------
----- (A Recomendação nº 011/04 da 7ª Comissão Permanente foi anexada à presente
Ata como Anexo XXXV e dela faz parte integrante) -----------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Pergunto à Câmara Municipal de Lisboa se alguém quer usar da palavra para
apresentar a Proposta, a Proposta aliás não é da Câmara Municipal, na altura foi do
DRAFT
81
Senhor Vereador António Prôa, creio eu, ou se não foi estou a fazer confusão, peço
desculpa, seja como for o que importa é que a Proposta foi aprovada, que é isso que
interessa, a Proposta é da Câmara. Pergunto se o Senhor Vereador quer apresentar a
Proposta e o Senhor Vereador está-me a fazer sinal que sim, que quer apresentar a
Proposta, faça favor.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, fez a seguinte
intervenção: -----------------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhora Presidente só queria no fundo salientar a importância desta
Proposta, salientar a importância desta Proposta enquanto contributo para a defesa dos
valores identitários da Cidade de Lisboa e saudar o Deputado António Prôa pelo
papel, particularmente relevante e no fundo tenaz com o que conseguiu que
efetivamente esta Proposta chegasse ao ponto a que chegou e, portanto, era só a única
nota que gostava de fazer, quer dizer que isto é particularmente importantes para
defesa de um valor patrimonial de Lisboa. Muito obrigado.” --------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito obrigado Senhor Vereador, vamos prosseguir então com o Parecer, que é
do Senhor Deputado José António Borges, salvo erro, exatamente, não sei se ele está
presente. Senhor Deputado quer apresentar o seu Parecer? Dispensa apresentação do
Parecer então sendo assim vamos dar a palavra aos Senhores Deputados inscritos.” ----
----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “ Muito obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------
----- Pela Proposta nº 774/2017 a Câmara submete a adesão do Município de Lisboa,
como associado fundador, à “Associação da Calçada Portuguesa - PORPAV”, bem
como a aceitação dos respetivos estatutos. ------------------------------------------------------
----- Trata-se de uma associação de direito privado, sem fins lucrativos, da qual fazem
ainda parte o Grupo Português da Associação Internacional para a Proteção da
Propriedade Intelectual, a UCCLA - União das Cidades Capitais de Língua
Portuguesa e a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e
Ramos Afins. A associação tem, como principal fim, «a proteção, a promoção e a
valorização da calçada portuguesa enquanto património cultural e fator de identidade
de Portugal», acrescentamos nós, um pouco por toda a diáspora portuguesa. -------------
----- A 7ª Comissão deliberou também dar o seu contributo, estimulando a Câmara
para que reforce não apenas o seu apoio à Escola de Calceteiros do Município, de
modo a garantir o seu bom funcionamento, bem como na preservação das artes de
bem calcetar, promovendo a formação contínua dos artífices desta arte. -------------------
----- Nada que “Os Verdes” não tenham vindo há muito a prosseguir e propor ao
longo de vários mandatos. Por exemplo, em 16/9/2008, com a recomendação
‘Quadros de pessoal de Jardineiros e Calceteiros’, ou em 13/12/2011, aquando do
‘Aniversário das Escolas de Jardinagem e Calceteiros’, ou em 19/2/2013, com uma
Moção ‘Pela dignificação dos calceteiros municipais e por melhores condições de
trabalho’, ou de novo em 28/6/2016 sobre o ‘Monumento ao calceteiro’. ---------------
DRAFT
82
----- Foi ainda por proposta do Grupo Municipal de “Os Verdes” que, em 22/11/2016,
foi nesta Assembleia aprovada por unanimidade uma nova recomendação (sobre as
“Escolas de Jardinagem e Calceteiros” do Município de Lisboa) na qual se propunha
que a Câmara apoiasse a candidatura da arte de calcetar a património mundial,
exortando a Câmara para que mantivesse e desenvolvesse na Escola a formação na
área da calçada portuguesa, apelando, enfim, para que se procedesse ao reforço destes
profissionais no mapa de pessoal do Município. ------------------------------------------- ----- E foi só já no mês seguinte a esta recomendação do GM-PEV que, na reunião de
Câmara de 15/12/2016, pela Proposta nº 725/2016, a vereação aprovaria, finalmente,
o início da “preparação do processo de candidatura da Calçada Portuguesa a
Património Imaterial da Humanidade”. Valeu este longo processo de luta em defesa
da arte de calcetamento. ----------------------------------------------------------------------------
----- Hoje, esperamos que não se perca o seu ‘saber/fazer’, o design e as técnicas de
aplicação e de manutenção e conservação da brilhante calçada portuguesa, travando-
se a aleatória substituição da ambientalmente sustentável calçada artística por meras
lajes escuras ou pisos alcatroados. Cabe-nos a todos nós proteger e apoiar a promoção
desta expressão cultural a património mundial. Muito obrigado Senhora Presidente.” --
----- O Senhor Deputado Municipal Mário Freitas (MPT) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Muito Obrigada Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Caros Colegas,
Público Presente. ------------------------------------------------------------------------------------
----- O MPT, que em 26 de Novembro de 2013 apresentou nesta Casa uma
recomendação para a preservação da calçada portuguesa em Lisboa - aprovada então
por maioria -, não pode deixar de votar hoje favoravelmente a adesão do Município de
Lisboa à PORPAV - Associação da Calçada Portuguesa. ------------------------------------
----- Como referimos em 2013, no momento da discussão do Plano de Acessibilidade
Pedonal de Lisboa, substituir a calçada portuguesa por placas de cimento branco e
pedra de lioz devido à sua perigosidade e insegurança, é um argumento que hoje,
graças aos materiais e técnicas disponíveis, não colhe. ---------------------------------------
----- A calçada portuguesa, se executada por profissionais especializados, é
perfeitamente compatível com a fruição dos passeios por pessoas com mobilidade
reduzida e deve ser salvaguardada e promovida enquanto tradição nacional, expressão
cultural e herança histórica. -----------------------------------------------------------------------
----- Foi exatamente com este objetivo de valorização desta profissão que em 1986, o
então Presidente da Câmara, Engenheiro Nuno Krus Abecassis, criou a Escola de
Calceteiros de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------
----- Hoje, passados mais de trinta anos, a Escola de Calceteiros continua, mas a
sobrevivência desta profissão genuinamente portuguesa encontra-se comprometida. ----
----- Se entre as décadas de 1960 e 1970, a Câmara de Lisboa contava com cerca de
400 calceteiros ao seu dispor, à entrada do século XXI já só havia 24 e o número tem
vindo a decrescer! -----------------------------------------------------------------------------------
----- Os calceteiros, que exercem um trabalho difícil em termos técnicos e exigente a
nível físico, são, citando as palavras de um dos poucos profissionais desta arte que
DRAFT
83
ainda resiste, verdadeiros “ourives do chão”, e não meros “tapa-buracos”, e merecem,
por isso, que a Câmara Municipal de Lisboa os reconheça e ofereça perspetivas de
carreira! ----------------------------------------------------------------------------------------------
---- Posto isto, estando aqui nós reunidos para votar a adesão do Município de Lisboa
à PORPAV, a Calçada Portuguesa, adesão esta que não podemos deixar de
acompanhar favoravelmente. Muito obrigado.” ------------------------------------------------
----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Volto a cumprimentar todos novamente, boa-tarde. ------------------------------------
----- É com regozijo que vemos a radical mudança da Câmara Municipal de Lisboa, a
respeito da Calçada Portuguesa. -----------------------------------------------------------------
----- Gostaríamos, no entanto, antes de iniciar a nossa intervenção alertando para
alguns pontos a dizer: na Proposta número 774/2017, há um pequeno apanhado
histórico do que será a Calçada Portuguesa com erros históricos e omissões,
mencionando, por exemplo, quando se diz que a Calçada teve início nos anos 40 do
século XOX e que depois seguiu para as colónias. --------------------------------------------
----- Ora, sendo o Brasil, um dos maiores representantes da Calçada Portuguesa não
podemos esquecer que deixou de ser parte integrante do Reino de Portugal no dia 7 de
Setembro de 1822 e, portanto, não vamos esquecer que é bem antes dos anos 40. -------
----- Entre algumas omissões históricas e da importância da presença da Calçada
Portuguesa no Mundo também houve esquecimento da história mais recente da
Defesa desta Calçada, olvidando o trabalho do Fórum Cidadania Lisboa, com uma
Petição de 7 mil pessoas e do Trabalho da Associação de Defesa do Património de
Lisboa, ADP-Lx. -----------------------------------------------------------------------------------
----- Esta associação que, desde 2013 se indignou contra a remoção da Calçada foi
uma das vozes mais presentes na defesa da mesma, foi responsável por uma Petição
que chegou a cerca de 3 mil assinaturas, mas não só, iniciou como foi referido
publicamente em 2014, a preparação para elevar a Calçada a Património da UNESCO
poderiam, por isso unir esforços com uma Associação que brotou da sociedade civil, e
que apenas por um acaso sou Presidente Fundadora. ------------------------------------------
----- Aliás, também publicamente em 2014 oferecemos de forma voluntária o nosso
apoio à Câmara Municipal de Lisboa, na pessoa do Senhor Arquiteto Pedro Gouveia,
para se fazer um levantamento da Calçada histórica e preparar a sua elevação a
Património, apoio esse que foi recusado também publicamente. ----------------------------
----- Com espanto vimos anteriormente a Câmara Municipal de Lisboa destruir um
dos maiores conjuntos de Calçada histórica que continha ainda a assinatura de
calceteiros de Lisboa e que desapareceu, substituindo-se por um Terreiro centenário,
numa plataforma com degraus, o Terreiro do Paço! -------------------------------------------
----- Não deixa de ser uma incongruência retirar a Calçada para defender a mobilidade
e depois colocar-me graus! Não esquecemos também a destruição da Calçada na Rua
da Vitória que possuía, ao fundo, a estátua ao Calceteiro, também ela retirada para
substituírem esse revestimento por um tipo de pedra que passado um ano já estava
danificada, queria fazer um parênteses, Senhor Deputado António Prôa, os meus
DRAFT
84
parabéns por todas as suas diligências também para repor a Estátua ao Calceteiro, que
se encontra agora nos Restauradores. ------------------------------------------------------------
----- Mas, da mesma forma que mencionando os pontos negativos também devemos
elevar as circunstâncias positivas, pelo que damos os parabéns à Câmara Municipal
por entrar este movimento de apoio a Calçada Portuguesa modificando a sua
tendência nos últimos anos. -----------------------------------------------------------------------
----- Como representantes do Partido Popular Monárquico na Assembleia Municipal
de Lisboa, onde defendemos desde sempre, entre outras, as questões relacionadas com
o Património e a Cultura, pretendemos sublinhar a importância desta valorização e
permitam-me, como concomitantemente sou representante de uma Associação de
Defesa do Património de Lisboa, reitero a disponibilidade desta representação da
sociedade civil na oferta dos nossos préstimos outrora recusados. Disse.” ----------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “ Esta é a última intervenção que registamos aqui, não sei se depois a Câmara
quer usar da palavra.” ------------------------------------------------------------------------------
----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez
a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------
----- “Muito rapidamente, Senhora Presidente, mas penso que este momento é digno
de registo e portanto, queria em primeiro lugar, saudar aquilo que foi o trabalho o
esforço do Vereador António Prôa, hoje Deputado Municipal desta Casa e também
com muito orgulho. ---------------------------------------------------------------------------------
----- Mas dizer-lhe que queria felicitá-lo por esta iniciativa que o CDS também teve a
honra de poder subscrever na Câmara Municipal de Lisboa, dizer que conta já foi dito
pelo Vereador Manuel Salgado, que a Calçada Artística Portuguesa faz parte do nosso
património, e fazendo parte do nosso património material faz parte da nossa
identidade enquanto povo, enquanto lisboetas e, portanto, mais do que um
reconhecimento por parte da UNESCO, é o reconhecimento que todos nós lisboetas e
do país fazemos daquilo que é a Calçada Artística Portuguesa, seja aquela que é feita
em Lisboa seja aquela que é a obra que nós podemos ver dos Açores e em outros
países. -------------------------------------------------------------------------------------------------
----- Depois também dizer que esperemos que esta Associação também possa
promover o devido esclarecimento e clarificação daquilo que é a Calçada Artística
Portuguesa, também já está definida no Plano de Acessibilidade, que são 29 locais da
Cidade, provavelmente, poderão ser outros, não o colocamos em causa, mas a verdade
é que temos que temos que fazer passar para o público e para a população em geral, a
clara distinção entre aquilo que é a Calçada Portuguesa e a Calçada Artística
Portuguesa, com isto não quero dizer que que o CDS e penso que muitos, concordem
com determinados tipos de pavimentos que são utilizados pela Câmara,
nomeadamente alguns que até imitam muito bem aquilo que é a Calçada Portuguesa,
basta ir à Praça do Saldanha e ver os vários buracos, que entretanto se vão fazendo no
passeio público, obviamente, não concordamos, mas é preciso esta clara distinção
para que não haja histerismo quando uma Calçada Portuguesa, não a Artística é
DRAFT
85
substituída por um pavimento mais seguro e mais confortável e, portanto, nós não
temos uma Cidade e este é um, dos exemplo, temos uma sido uma cidade plana e,
portanto, em zonas de altas colinas é normal que nós tenhamos que adaptar o
pavimento nomeadamente como existe agora no Chiado, entre basalto e calcário. -------
----- Nomeadamente e relativamente à Escola de Calceteiros, uma criação do
Engenheiro Abecassis, dizer também que esperamos que a Câmara e eu sei que a
Associação fará pressão nesse sentido, presumo que sim, haverá uma pressão para que
a Escola de Calceteiros seja efetivamente uma realidade, eu acho que deve haver uma
ligação também com a adaptação foi feita agora do uso do Mercado Bairro Alto e,
portanto, que agora está dedicado às artes e ofícios, num protocolo com a Fundação
Ricardo Espírito Santo e eu penso que também podemos ter um espaço dedicado ao
Calceteiro, e daí podermos também sair e formarem-se a novos elementos, novos
trabalhadores que ganhem também este gosto pela Calçada Artística Portuguesa e por
esse património que faz parte, como disse, da nossa identidade. ----------------------------
----- E esperemos também, numa outra matéria, que a Escola de Jardineiros também
possa seguir o mesmo rumo para que não aconteçam desastres, como o que nós vimos
na Praça do Império. Muito obrigado.” ----------------------------------------------------------
----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a
seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------------------------
----- “Obrigado Senhor Deputado. ----------------------------------------------------------------
----- Senhores Deputados, não tenho mais ninguém inscrito. Pergunto se a Câmara
quer usar da palavra? Não vejo sinal nesse sentido, então, sendo assim, vamos para à
vossa votação o Ponto 1, é apenas o ponto com da parte diretiva da Proposta 774,
adesão do Município de Lisboa à PORPAV, Associação da Calçada Portuguesa e
aceitação dos respetivos estatutos. ---------------------------------------------------------------
----- Ponto 1 da Proposta nº 774/CM/2017, não há votos contra, não há abstenções,
votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 5IND. O
Ponto 1 da Proposta nº 774/CM/2017 foi aprovado por unanimidade. ----------------
----- (Ausência de três Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). ------
----- (O Deputado Municipal António Prôa pediu escusa na votação desta proposta) ----
----- Falta-nos apenas, agora, a recomendação que a 7ª Comissão fez sobre esta
Proposta em concreto, que é a Recomendação 011/04 e que, no fundo recomenda à
Câmara duas coisas; continue o seu trabalho de apoio à Escola de Calceteiros e que
promova a formação contínua dos seus funcionários adstritos a esta categoria e
disponibilize formação de base a novos que venham a ser integrados nesta categoria. -
----- Recomendação nº 11/04, não há votos contra, não há abstenções, votos a favor
do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, MPT, PAN, PEV, PPM, 5IND. A Recomendação nº
11/04 foi aprovada por unanimidade. ---------------------------------------------------------
----- (Ausência de três Deputados Municipais Independentes da Sala de Plenário). ------
----- (O Deputado Municipal António Prôa pediu escusa na votação desta proposta) ----
----- Senhores Deputados, para a semana iremos ter Sessão Ordinária. Tenho que vos
informar o seguinte: o Senhor Presidente da Câmara está nesse mesmo dia mobilizado
para uma reunião do Conselho de Concertação Territorial e, portanto, pediu-nos e nós
DRAFT
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apreciámos ontem em Conferência de Representantes, que a Informação Escrita
pudesse passar para a semana seguinte, portanto, teremos uma Sessão Ordinária na
última semana de fevereiro porque é obrigatório por lei, mas o primeiro ponto dessa
Sessão Ordinária que é a Informação Escrita só será apreciado no dia 6, portanto,
ficam desde já avisados. ---------------------------------------------------------------------------
----- No dia 27 de fevereiro, o Senhor Presidente far-se-á representar pelo seu Vice-
Presidente e trataremos de tudo o que podemos tratar, que esteja em condições de ser
tratado. Muito obrigada senhores Deputados, muito obrigada.” -----------------------------
----- A sessão terminou, eram dezanove horas e quarenta e cinco minutos. ----------------
----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos
termos da deliberação n.º 353/AM/2018 tomada pela Assembleia, por unanimidade,
na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2018. ----------------------------------------
----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de
Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos
do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do
n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da
Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro
de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. -----------------------------
---------------------------------------A PRESIDENTE --------------------------------------------