Assepsia e Antissepsia

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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA Liga de Clínica Cirúrgica – LICLIC Vinícius Lelis

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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA

Liga de Clínica Cirúrgica – LICLIC

Vinícius Lelis

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IMPORTÂNCIA

O hospital deve ser considerado um local insalubre, pois, concentra hospedeiros mais suscetíveis e micro-organismos mais resistentes

A infecção de sítio cirúrgico traz prejuízos diretos ao sucesso da operação e a vida do paciente, além de ter fundamental importância no processo de cicatrização e tempo de internação hospitalar

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VIAS DE CONTAMINAÇÃO

Via direta de contaminação: inclui a disseminação por portadores de processos patológicos ativos, através de contato direto com o receptor, transmitindo o microganismo a partir da face, pele, vias respiratórias, intestinais, genitais, ferida contaminada etc...

Via indireta de contaminação: implica trajeto tríplice; parte do portador e através de um terceiro elemento, transmite-se ao receptor. O veículo pode ser o ar, poeira, roupas, utensílios, etc...

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DEFINIÇÕES Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para

impedir a penetração de microorganismos num ambiente que logicamente não os tem.

Antissepsia: é o conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microorganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos antissépticos ou desinfetantes.

Degermação: significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão.

Desinfecção: é o processo pelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamente destruídos.

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DEFINIÇÕES

Esterilização: é processo de destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos, Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção de detritos.

Caracteriza-se como antisséptico quando a empregamos em tecidos vivo e desinfetante quando a utilizamos em objetos inanimados.

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ANTISSEPSIA A descontaminação de tecidos vivos depende da

coordenação de dois processos: Degermação Remoção de detritos e impurezas depositadas sobre a

pele Removem mecanicamente a maior parte da microbiota

existente nas camadas superficiais (flora transitória) Não atuam contra bacterias Gram-negativas Ex: sabões e detergentes sintéticos

Antissepsia Destruição de microrganismos existentes nas camadas

superficiais e profundas (flora residente) Atua contra gram positivos, gram negativos, BAAR, fungos

e vírus Ex: PVPI, Clorexidina, Álcool etílico, Hexaclorofeno

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ANTISSÉPTICOS

Álcool etílico Barato, não irritante e inócuo para o organismo Concentração ideal varia entre 70 a 90% Bactericida, fungicida e virucida Não possui ação residual Gera ressecamento de pele Polivinilpirrolidona-iodo (PVPI) É um dos mais potentes e rápidos bactericidas Melhor anti-séptico para pele íntegra Germicida eficaz contra fungos, vírus, bacterias anaeróbias

e esporuladas Possui ação residual

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Cloro-hexidina Age melhor contra bactérias gram-positivas Maior efetividade entre pH 5 e 8 Possui ação residual Uso em caso de alergia ao iodo

Hexaclorofeno Possui forte ação bacteriotática Grandemente eficaz contra bactérias gram-positivas Grande ação residual

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RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS

Internar o paciente o menor tempo possível antes da operação, preferencialmente no dia anterior.

Identificar e tratar infecções comunitárias antes do procedimento cirúrgico, e se possível postergar o procedimento até a cura do processo infeccioso.

Se realizar tricotomia, fazê-lo imediatamente antes da cirurgia e, preferencialmente, com aparelho elétrico.

Banho pré-operatório deve ser realizado na noite anterior à operação. O banho deve ser feito com água e detergente (sabão).

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RECOMENDAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS

Orientar a limpar a região da incisão cirúrgica antes de se realizar a preparação antiséptica da pele, com o intuito de remover a contaminação grosseira.

Usar um agente antisséptico apropriado para a anti-sepsia da pele. A anti-sepsia pode ser realizada com soluções alcoólica de PVP-I ou clorhexidina.

Realizar a anti-sepsia do campo operatório em sentido centrífugo, circular e grande o suficiente para abranger possíveis extensões da incisão, novas incisões e/ou instalação de drenos.

A proteção do campo operatório pode ser feita com campos de tecido, estéreis.

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PREPARAÇÃO DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS DAEQUIPE CIRÚRGICA

Manter unhas curtas e não usar unhas artificiais.

Limpar abaixo das unhas antes de iniciar a escovação.

Não usar jóias nas mãos ou braços

Realizar escovação de mãos e antebraços por pelo menos 3-5 minutos, utilizando um anti-séptico. Devem ser utilizadas soluções degermantes de PVP-I ou clorhexidina.

Após a escovação, manter os braços em flexão com as mãos para cima para que a água escorra dos dedos e mãos para os cotovelos. Enxugar com compressas estéreis e vestir capotes e luvas estéreis.

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ROUPAS E VESTIMENTAS CIRÚRGICAS

Usar máscara que cubra por total a boca e o nariz quando da entrada na sala cirúrgica se a cirurgia estiver por começar, em andamento ou se houver material cirúrgico exposto.Utilizar a máscara durante a cirurgia.

Usar gorros que cubram por completo cabelos da cabeça e face quando da entrada na sala cirúrgica.

Utilizar luvas estéreis após a escovação das mãos e antebraços. Colocar as luvas após estar vestido com o capote estéril.

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ROUPAS E VESTIMENTAS CIRÚRGICAS

Utilizar capotes e vestimentas cirúrgicas que sejam barreira efetivas caso sejam molhadas ou contaminadas (material que resista a penetração de líquidos).

Trocar vestimentas que apresentarem-se visivelmente sujas, contaminada por sangue ou material potencialmente contaminante.

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