ASSOCIAÇÃO FÊNIX O amor por princípio, a defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes...
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ASSOCIAÇÃO FÊNIX
O amor por princípio, a defesa dos direitos
das crianças e dos adolescentes por vocação
Compreendendo o FenômenoCompreendendo o Fenômeno
ASSOCIAÇÃO FÊNIX
Violência Física Violência Física contra Crianças e contra Crianças e AdolescentesAdolescentes
Principais Características Principais Características
Violência FísicaViolência Física
Agressores maisComuns são os pais
70% dos agressões 70% dos agressões são de pais biológicossão de pais biológicos
Mãe: agride mais / Mãe: agride mais / Pai: causa lesões mais Pai: causa lesões mais graves graves
Caso não seja denunciada a violência, a reincidência é de 50% a 60%
Os agressores geralmente são pessoas normaisSó 10% dos agressores sofrem de quadros psiquiátricos graves
Natureza repetitivaDo fenômeno
Antes de uma lesão grave ou óbito ocorrem
lesões mais leves que
não foram denunciadas.
Evolução gradualDa violência
Miséria/ Desemprego
Problemas psicológicos/psiquiátricos
Fanatismo religioso
Drogas / álcool
Filhos indesejados
Pais vítimizados
em suas próprias infâncias
StressCriança
vista como objeto
Causas Maus-Tratos Físicos
Guia Prático de Guia Prático de IdentificaçãoIdentificaçãoPerfil da criançaPerfil da criança Teme exageradamente os paisTeme exageradamente os pais
Baixa auto-estimaBaixa auto-estima
Falta constantemente à escola Falta constantemente à escola (Ex:colher)(Ex:colher)
Criança nervosa e sempre em estado de alertaCriança nervosa e sempre em estado de alerta
Pode apresentar comportamento agressivoPode apresentar comportamento agressivo
Baixo aproveitamento escolarBaixo aproveitamento escolar
Oculta as lesões sofridasOculta as lesões sofridas
Depressiva, isolada, tímida e muito tristeDepressiva, isolada, tímida e muito triste
Crianças de tenra idade que chora de forma insistente e sem Crianças de tenra idade que chora de forma insistente e sem explicação à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidadorexplicação à aproximação do pai, mãe, babá, ou outro cuidador
Foge ou busca ficar longe de casaFoge ou busca ficar longe de casa
Vê a criança como um objeto que lhe pertence Vê a criança como um objeto que lhe pertence Raramente vai a reuniões escolares ou acompanha vacinas.Raramente vai a reuniões escolares ou acompanha vacinas. Fala que a criança é preguiçosa e causadora de problemasFala que a criança é preguiçosa e causadora de problemas Defende a aplicação de disciplina severaDefende a aplicação de disciplina severa Se irrita e tem pouca paciência com as criançasSe irrita e tem pouca paciência com as crianças
Possui histórico de violência em sua própria infânciaPossui histórico de violência em sua própria infância Faz uso indevido de drogas e/ou álcoolFaz uso indevido de drogas e/ou álcool Mente sobre a causa das lesões da criançaMente sobre a causa das lesões da criança Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima de sua Cobra da criança desempenho físico e/ou intelectual acima de sua
capacidadecapacidade
Culpa a criança pelos problemas no larCulpa a criança pelos problemas no lar Temperamento autoritário e controladorTemperamento autoritário e controlador
Guia Prático de Guia Prático de IdentificaçãoIdentificação Perfil do AgressorPerfil do Agressor
Guia Prático de Guia Prático de IdentificaçãoIdentificaçãoPerfil da FamíliaPerfil da Família Cumplicidade silenciosa entre os cônjugesCumplicidade silenciosa entre os cônjuges
Hostilidade a abordagem de profissionais quando questionados Hostilidade a abordagem de profissionais quando questionados
acerca do abusoacerca do abuso
Rigidez exacerbada no que diz respeito:Rigidez exacerbada no que diz respeito:
a) Valores religiososa) Valores religiosos
b) Valores moraisb) Valores morais
c) Valores educacionaisc) Valores educacionais
Quadro de violência doméstica também contra a mulher Quadro de violência doméstica também contra a mulher
ModalidadeModalidades de s de
Violência Violência SexualSexualAbuso sexual Abuso sexual intrafamiliarintrafamiliar
Abuso sexual Abuso sexual extrafamiliar extrafamiliar
Exploração sexual Exploração sexual comercialcomercial
PedofiliaPedofilia
Dados Estatísticos
Curitiba – PR
Casos de Abuso Sexual
Ano 2005 - 444 casos
Ano 2006 - 485 casos
Ano 2007 - 534 casos
Ano 2008 - 644 casos
Segundo Muller: Para cada caso notificado 20 casos não chegam ao conhecimento da rede oficial.
O abuso sexual se inicia entre os seis e doze anos. LANGBERG (2002)
A faixa etária mais freqüente varia dos 8 – 12 anos. AZEVEDO e GUERRA (2000)
Brasil e a exploração sexual comercial de crianças:- 1o lugar na América do Sul - 2o lugar no mundo, só perde para a Tailândia. DIMENSTEIN (1996).
• 80% das crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual comercial foram vítimas de incesto. DIMENSTEIN (1996).
• Em mais de 1/3 das notificações de abuso sexual, as vítimas estão dentro da faixa etária de 05 anos ou menos. AZEVEDO e GUERRA (2000).
Pedofilia
Marco Conceitual
Organização Mundial da SaúdeOrganização Mundial da Saúde
Descreve a pedofilia:Descreve a pedofilia:
- Desordem mental e de personalidade- Desordem mental e de personalidade
- Desvio sexual- Desvio sexual
Classificação Internacional de Doenças (CID)Classificação Internacional de Doenças (CID)
no item F65.4 define pedofilia:no item F65.4 define pedofilia:
Preferência sexual por crianças, quer se trate de Preferência sexual por crianças, quer se trate de
meninos ou meninas, geralmente pré-púberes.meninos ou meninas, geralmente pré-púberes.
Mitos
Mito 1 – Mito 1 – Todo abusador sexual é Todo abusador sexual é pedófilopedófiloVerdade: Verdade: 2% a 10%2% a 10% das pessoas que praticam abuso sexual das pessoas que praticam abuso sexual são são clinicamente pedófilosclinicamente pedófilos
Pedófilos estruturados ou preferenciais:Pedófilos estruturados ou preferenciais: Sentem atração sexual primária por criançasSentem atração sexual primária por crianças A atração sexual por crianças se manifesta já em tenra idadeA atração sexual por crianças se manifesta já em tenra idade Abusam de muitas crianças Abusam de muitas crianças As crianças abusadas são do grupo extrafamiliarAs crianças abusadas são do grupo extrafamiliar
Abusadores oportunistas ou situacionais:Abusadores oportunistas ou situacionais: Não são clinicamente pedófilos, realizando o abuso sexual por outras Não são clinicamente pedófilos, realizando o abuso sexual por outras razões razões (Ex: vulnerabilidade da vítima - incesto, cultura, abuso (Ex: vulnerabilidade da vítima - incesto, cultura, abuso cometido sob efeito de álcool e drogas, etc)cometido sob efeito de álcool e drogas, etc) Abusam de poucas criançasAbusam de poucas crianças Geralmente crianças que pertencentes a própria família Geralmente crianças que pertencentes a própria família Mantêm também vida sexual com adultosMantêm também vida sexual com adultos
Mito 2 – Mito 2 – A vítima se torna A vítima se torna abusadora sexual quando abusadora sexual quando adulta.adulta.
Verdade: Verdade:
A criança que sofre abusos sexuais não se torna A criança que sofre abusos sexuais não se torna
abusadora quando adulta, em regra.abusadora quando adulta, em regra.
Só 20% a 35% desses agressores foram abusados Só 20% a 35% desses agressores foram abusados
sexualmente quando criança. sexualmente quando criança. MARSHALL (1990)MARSHALL (1990)
Guia Prático de Guia Prático de IdentificaçãoIdentificação
Sinais de Pedofilia Sinais de Pedofilia
ComportamentoPedófilo
Gosta de ficar com a criança longe da Gosta de ficar com a criança longe da
vigilância de outros adultosvigilância de outros adultos
Usa de manipulação, presentes, privilégios ou violência Usa de manipulação, presentes, privilégios ou violência
para conseguir o que querpara conseguir o que quer
Medo de relacionamento e intimidade com outros Medo de relacionamento e intimidade com outros
adultosadultos
ComportamentoPedófilo – Polícia Federal Homem entre 35 a 45 anosHomem entre 35 a 45 anos
SolteiroSolteiro
Mora sozinhoMora sozinho
É reservado e inseguroÉ reservado e inseguro
Tem dificuldades para manter relações afetivas por Tem dificuldades para manter relações afetivas por
muito tempomuito tempo
Tem um código próprio para se comunicar com outros Tem um código próprio para se comunicar com outros
pedófilospedófilos
Abuso sexual Abuso sexual
IntrafamiliarIntrafamiliar
Mitos - Abuso Sexual
Mito - O abusadorMito - O abusador
sexual é um psicopata,sexual é um psicopata,
um tarado que todosum tarado que todos
reconhecem na rua.reconhecem na rua.
Verdade - Verdade - 85% a 90% 85% a 90% dos agressores são dos agressores são pessoas conhecidas daspessoas conhecidas dascrianças. crianças. 30% são pais30% são pais60% são conhecidos60% são conhecidos
Mito - Vitimização Mito - Vitimização
sexual de crianças é sexual de crianças é
algo raro e jamais algo raro e jamais
acontecerá com meus acontecerá com meus
próprios filhospróprios filhos
Verdade – Verdade – 1 em 3 a 4 meninas1 em 3 a 4 meninas1 em 6 a 10 meninos 1 em 6 a 10 meninos serão vítimas serão vítimas de abuso sexual de abuso sexual até a idade de 18 anosaté a idade de 18 anos
Mito - As criançasMito - As crianças
possuem imaginaçãopossuem imaginação
fértil e inventam fértil e inventam
estarem sendo vítimasestarem sendo vítimas
de abuso sexualde abuso sexual
Verdade – Verdade –
92% falam a verdade92% falam a verdade
Só 8% das criançasSó 8% das crianças
inventam. inventam.
¾ ¾ das histórias das histórias
inventadas são induzidasinventadas são induzidas
por adultospor adultos
“ “ Num dia de verão quando eu tinha sete Num dia de verão quando eu tinha sete anos, eu estava trabalhando na cozinha anos, eu estava trabalhando na cozinha com mamãe. A minha maneira tentei com mamãe. A minha maneira tentei dizer a mamãe que papai estava me dizer a mamãe que papai estava me ferindo. Mas mamãe não se preocupou. ferindo. Mas mamãe não se preocupou. Ela gritou comigo por até pensar Ela gritou comigo por até pensar qualquer coisa má sobre papai e disse qualquer coisa má sobre papai e disse que jamais queria ouvir outra palavra de que jamais queria ouvir outra palavra de mim sobre o assunto. Ela simplesmente mim sobre o assunto. Ela simplesmente esquivou-se, dando de ombros. Ela não esquivou-se, dando de ombros. Ela não me amava. Não se importava com o que me amava. Não se importava com o que acontecia comigo, e isso me arrasou. acontecia comigo, e isso me arrasou. Ninguém se importava. Ninguém me Ninguém se importava. Ninguém me amava. Ninguém me queria. Eu desejava amava. Ninguém me queria. Eu desejava morrer. Já não havia nenhuma razão para morrer. Já não havia nenhuma razão para ter esperança, porque se mamãe não ter esperança, porque se mamãe não podia ajudar, então quem poderia? “podia ajudar, então quem poderia? “
Langberg (2002)Langberg (2002)
Mito - Quando a Mito - Quando a
criança não esboçarcriança não esboçar
uma resistência, na uma resistência, na
realidade não existe realidade não existe
abuso sexual.abuso sexual.
Verdade - Verdade - A criança A criança
nunca deve ser vista nunca deve ser vista
como culpada. como culpada.
Métodos Usados no Abuso Sexual
Esta dor pode ser Esta dor pode ser física ou emocional:física ou emocional:
a) a) Dor físicaDor física: espancamento, queimaduras, etc.: espancamento, queimaduras, etc.b) b) Dor emocionalDor emocional: humilhar, imprimir pânico, etc: humilhar, imprimir pânico, etc
Intensidade pode variar de níveis:Intensidade pode variar de níveis:a) Simples fantasiaa) Simples fantasiab) Tortura e flagelação bárbara.b) Tortura e flagelação bárbara.
Sadismo
O agressor necessitaprovocar dor na vítima
“ “ Eu tinha de fazer tudo que ele me Eu tinha de fazer tudo que ele me mandava. Muitas vezes isso mandava. Muitas vezes isso
significava que ele colocava seu pênis significava que ele colocava seu pênis ou outros instrumentos dentro de ou outros instrumentos dentro de
mim. Se eu fosse “boazinha”, então a mim. Se eu fosse “boazinha”, então a situação ia melhorar. Se eu não situação ia melhorar. Se eu não
fizesse as coisas exatamente como ele fizesse as coisas exatamente como ele queria, ele urinava em mim. Até me queria, ele urinava em mim. Até me fez comer o excremento dele quando fez comer o excremento dele quando eu não era boazinha. Mas descobri eu não era boazinha. Mas descobri
que, à medida que o tempo passava, que, à medida que o tempo passava, eu nunca conseguia ser eu nunca conseguia ser
suficientemente boazinha. Muitas suficientemente boazinha. Muitas vezes ele me violentava de todas as vezes ele me violentava de todas as
maneiras possíveis e depois ia maneiras possíveis e depois ia embora, deixando-me para “que me embora, deixando-me para “que me
limpasse” a fim de poder entrar limpasse” a fim de poder entrar novamente em casa.” novamente em casa.”
Langberg (2002)Langberg (2002)
Não existe o emprego Não existe o emprego da força física:da força física:
- Vítima consente no abuso- Vítima consente no abuso
- Área emocional abalada- Área emocional abalada
As ameaças variam As ameaças variam de foco:de foco:
- Própria vítima- Própria vítima
- Pessoas que ela ama - Pessoas que ela ama
Quanto menor a idade Quanto menor a idade da vítima, mais a da vítima, mais a ameaça surtirá efeito. ameaça surtirá efeito.
Ameaça
Indução da Vontade
Quanto maior for o grau de habilidade do agressormenor será o uso de força ou ameaça.
Os sentimentos são Manipulados através:-Presentes,-Promessas- Privilégios
A criança não tem culpa.
Guia Prático de Guia Prático de Identificação Identificação
Sinais de Abuso SexualSinais de Abuso Sexual
Sinais Sinais identificadores identificadores de abuso sexualde abuso sexual Roupas rasgadas ou com sangue.Roupas rasgadas ou com sangue. Erupções na pele, vômitos e dores Erupções na pele, vômitos e dores
de cabeça sem explicação médica.de cabeça sem explicação médica. Dificuldade em caminhar devido a Dificuldade em caminhar devido a
inchaço ou sangramento no anus inchaço ou sangramento no anus ou vagina.ou vagina.
Doenças sexuais Doenças sexuais Autoflagelação. Autoflagelação. Desagrado ao ficar sozinha(o) com Desagrado ao ficar sozinha(o) com
alguém. alguém. Regressão a comportamento muito Regressão a comportamento muito
infantil: infantil: necessidades fisiológicas na necessidades fisiológicas na roupa, chupar dedo, choro excessivoroupa, chupar dedo, choro excessivo
Alega ter sido molestada sexualmente
Segredos e brincadeiras isoladas com adulto
Idéias e tentativas de suicídio
Depressões crônicas
Distúrbios no sono: medo do escuro, gritos
Vítima de exploração sexual
Toxicomania e alcoolismo
Distúrbio no aprendizado
Masturbação visível e contínua
Conhecimento sexual inapropriado para idade
Sinais Sinais identificadoridentificadores es de abuso de abuso sexual sexual
É muito possessivoÉ muito possessivo
Acusa a criança de Acusa a criança de promiscuidadepromiscuidade
Crê que o contato sexual é forma Crê que o contato sexual é forma de amor filialde amor filial
Mente apontando outros Mente apontando outros agressoresagressores
Usa de manipulação ou força Usa de manipulação ou força física para subjugar a criançafísica para subjugar a criança
Abusa de drogas e/ou álcoolAbusa de drogas e/ou álcool
Teme ser descoberto e castigado, Teme ser descoberto e castigado, mas não sente culpamas não sente culpa
São pessoas aparentemente São pessoas aparentemente normais.normais.
Perfil do Perfil do agressor agressor
Seqüelas do Abuso SexualSeqüelas do Abuso Sexual
Plano Físico A vítima busca compensar ou diminuir o medo e a
ansiedade através:
Consumo exagerado de drogas / álcool / comida.
Prática exagerada de sexo.
Esbanjamento de dinheiro ePresentes.
Idéias e /ou tentativa de suicídio.
Plano Emocional Sentimento de vergonha
Profunda rejeição por si
mesmo - culpa.
Medo de investir em
Relacionamentos.
““Igualmente estava claro que eu me Igualmente estava claro que eu me odiava e detestava, acreditando no odiava e detestava, acreditando no que me havia sido dito repetidamente que me havia sido dito repetidamente como criança – que ninguém jamais como criança – que ninguém jamais me quereria para qualquer outra me quereria para qualquer outra coisa, além de sexo, que eu era lixo, coisa, além de sexo, que eu era lixo, que nada de bom jamais sairia de que nada de bom jamais sairia de mim, que nunca alguém realmente me mim, que nunca alguém realmente me amaria”. amaria”. LANGBERG (2002)LANGBERG (2002)
PlanoEspiritual
“ “Às vezes até mesmo nos domingos quando Às vezes até mesmo nos domingos quando estávamos na igreja, ele me levava até a estávamos na igreja, ele me levava até a sala da caldeira e me violentava ali. Ele me sala da caldeira e me violentava ali. Ele me dizia que Deus lhe ordenou que fizesse isso, dizia que Deus lhe ordenou que fizesse isso, que era correto, que era isso o que eu que era correto, que era isso o que eu precisava para aprender a ser uma precisava para aprender a ser uma verdadeira mulher. Ele me disse que Deus verdadeira mulher. Ele me disse que Deus lhe ordenou que me ensinasse sobre essas lhe ordenou que me ensinasse sobre essas coisas. À noite eu chorava no travesseiro. coisas. À noite eu chorava no travesseiro. Clamei a Deus para que parasse com tudo. Clamei a Deus para que parasse com tudo. Lembro-me do dia na escola dominical em Lembro-me do dia na escola dominical em que nosso professor nos disse que se que nosso professor nos disse que se orássemos, Deus responderia nossas orássemos, Deus responderia nossas orações. E eu orei. Orei arduamente. Mas o orações. E eu orei. Orei arduamente. Mas o abuso nunca parou. Na realidade, eu até abuso nunca parou. Na realidade, eu até orava quando ele estava me violentando, orava quando ele estava me violentando, mas isso não o detinha. Parecia que ficava mas isso não o detinha. Parecia que ficava pior. Quem era Deus? Com certeza não era pior. Quem era Deus? Com certeza não era um Deus de amor, e ele certamente não me um Deus de amor, e ele certamente não me amava. Ele amava mais meu pai, é o que amava. Ele amava mais meu pai, é o que parecia. Papai sempre conseguia o que parecia. Papai sempre conseguia o que queria. queria.
LANGBERG (2002)LANGBERG (2002)
ÓdioÓdio: porta aberta: porta aberta
PerdãoPerdão: ponte para a cura: ponte para a cura
““A cruz nos revela A cruz nos revela
o tipo de mundo em que o tipo de mundo em que vivemos evivemos e
o tipo de Deus que nós o tipo de Deus que nós temos”temos”
Site: www.fenixacoespelavida.org.brFone: (41) 33538017Fone: (41) 33538017
Lei Maria da Penha – Lei nº. Lei Maria da Penha – Lei nº. 11.340/200611.340/2006
Maria da Penha Maia Maria da Penha Maia FernandesFernandes
Cearense, mãe de 3 filhos, biofarmacêutica e Cearense, mãe de 3 filhos, biofarmacêutica e casada com professor universitáriocasada com professor universitário1ª violência 1ª violência tiro nas costas que a deixou tiro nas costas que a deixou paraplégicaparaplégica2ª violência 2ª violência empurrada da cadeira de rodas empurrada da cadeira de rodasPunição Punição 19 anos depois das tentativas de 19 anos depois das tentativas de homicídio – 2 anos de reclusãohomicídio – 2 anos de reclusãoDepois de 20 anos de luta e em 2006 com 63 Depois de 20 anos de luta e em 2006 com 63 anos conseguiu que a justiça fosse feitaanos conseguiu que a justiça fosse feita
A lei trata da violência no seu A lei trata da violência no seu sentido amplo, ou seja, sentido amplo, ou seja,
constrangimento físico e moral, de constrangimento físico e moral, de tal forma que passa a ser um dever tal forma que passa a ser um dever
do Estado assegurar e prestar do Estado assegurar e prestar assistência à família, criando assistência à família, criando
mecanismos para coibir esse mal e mecanismos para coibir esse mal e diante disto criou-se a lei.diante disto criou-se a lei.
Art. 5º - Para os efeitos desta Lei, Art. 5º - Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e configura violência doméstica e
familiar contra a mulher qualquer familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no ação ou omissão baseada no
gênero que lhe cause morte, lesão, gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou psicológico e dano moral ou
patrimonial (...)patrimonial (...)
De todas as formas de agressão a De todas as formas de agressão a violência doméstica ainda é a mais violência doméstica ainda é a mais
comum.comum.A cada 15 segundos A cada 15 segundos uma brasileira é uma brasileira é espancada sendo o espancada sendo o marido o maior marido o maior agressor (Fundação agressor (Fundação Perceu Abramo)Perceu Abramo)
70% - quebradeira70% - quebradeira
56% - ameaças com 56% - ameaças com armaarma
De todas as formas de agressão a De todas as formas de agressão a violência doméstica ainda é a mais violência doméstica ainda é a mais
comum.comum.A cada 15 segundos A cada 15 segundos uma brasileira é uma brasileira é espancada sendo o espancada sendo o marido o maior marido o maior agressor (Fundação agressor (Fundação Perceu Abramo)Perceu Abramo)
70% - quebradeira70% - quebradeira
56% - ameaças com 56% - ameaças com armaarma
Art. 7Art. 7oo São formas de violência doméstica e familiar São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da
auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause
prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
Dos 40.857 relatos de violência, a maioria dos agressores Dos 40.857 relatos de violência, a maioria dos agressores são os próprios companheiros. Do total desses relatos, são os próprios companheiros. Do total desses relatos,
22.001 foram de violência física; 13.547 de violência 22.001 foram de violência física; 13.547 de violência psicológica; 3.595 de violência moral; 817 de violência psicológica; 3.595 de violência moral; 817 de violência patrimonial; 576 de violência sexual; 120 de cárcere patrimonial; 576 de violência sexual; 120 de cárcere
privado; 34 de tráfico de mulheres; 8 de negligência; e 154 privado; 34 de tráfico de mulheres; 8 de negligência; e 154 outros. Na maioria das denúncias/relatos de violência outros. Na maioria das denúncias/relatos de violência
registrados no Ligue 180, as usuárias do serviço declaram registrados no Ligue 180, as usuárias do serviço declaram sofrer agressões diariamente (70%).sofrer agressões diariamente (70%).
http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?http://www.agenciapatriciagalvao.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=187&catid=51 – option=com_content&view=article&id=187&catid=51 –
conforme documento divulgado pelo SPM (Secretaria de conforme documento divulgado pelo SPM (Secretaria de
Políticas para as Mulheres)Políticas para as Mulheres)
CHEGA DE IMPUNIDADECHEGA DE IMPUNIDADEDelegacia da MulherDelegacia da MulherCuritiba/PRCuritiba/PRTel.: (41) 3223-5323Tel.: (41) 3223-5323
Conselho Municipal da Conselho Municipal da Condição Feminina de Condição Feminina de Curitiba Curitiba Curitiba/PRCuritiba/PRTel.: (41) 3350-9854 / 3350-Tel.: (41) 3350-9854 / [email protected]@cic.curitiba.pr.gov.br
Disque 180 – ligação gratuitaDisque 180 – ligação gratuita