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1 Ano lectivo 2014/2015 Educadora: Maria Luisa Sousa Costa Auxiliar de Educação: Isabel Granhas Projeto Pedagógico Sala Laranja Associação da Penha de França

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Ano lectivo 2014/2015 Educadora: Maria Luisa Sousa Costa

Auxiliar de Educação: Isabel Granhas

Projeto Pedagógico Sala Laranja

Associação da Penha de França

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Índice I. Introdução pág. 1

II. Projeto Pedagógico pág. 2 III. Projeto curricular pág. 3

a. Objetivos a atingir pág. 3 b. Estratégias pág. 5 c. À descoberta dos sentidos pág. 5

IV. Caracterização do grupo pág. 6 V. Caracteristicas do Desenvolvimento pág. 7

VI. Organização dos espaços pág. 8 VII. Organização do tempo pág. 9

a. Rotinas pág. 9 VIII. Plano anual de actividades pág. 10

IX. Trabalho com a familia pág. 12 X. Avaliação pág. 12

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“Falar das crianças é, principalmente, falar do que elas são, do que elas fazem, do modo como nos surpreendem, dia após dia, num festival de inovação e de criatividade sem limites, mas também da sua capacidade de aprender e de ultrapassar obstáculos e dificuldades. …o desenvolvimento da criança não pode nem deve ser entendido como uma via cujo trajeto é obrigatório e previamente determinado. “Há muitos caminhos para chegar a Roma”- as estradas percorridas podem ser diferentes, mais ou menos longas e sinuosas, mas nem por isso menos adequadas para que o objetivo seja atingido. Na “estrada” da vida a caminhada não depende apenas das potencialidades das criança mas também das oportunidades que o meio ambiente lhe proporciona ao longo dos anos, e por isso a diversidade é a regra.” In “O desenvolvimento da criança” de António Brito Avô

I-INTRODUÇÃO Prestar um serviço de creche de qualidade às nossas crianças, é um dos objetivos mais importantes de todo o trabalho realizado e desenvolvido ao longo do ano letivo, com a equipa técnica, crianças e famílias. Segundo a autora Gabriela Portugal “Um projeto para crianças muito pequenas que frequentam a creche é necessariamente educacional, visto que independentemente do contexto educativo, as crianças vão aprendendo e desenvolvendo-se devido às suas experiências diárias”. Na Creche o principal não são as atividades planeadas, ainda que adequadas, mas sim as rotinas e os tempos de atividades livres. As crianças mais pequenas não se desenvolvem em ambientes “escolarizados”, onde se realizam atividades em grupo, dirigidas por um adulto, mas em contextos calorosos e atentos às suas necessidades individuais. Os tempos por excelência de aprendizagem das crianças mais pequenas ocorrem durante interações entre o adulto e a criança. Os bebés e as crianças muito pequenas precisam de atenção às suas necessidades físicas e psicológicas; uma relação em quem confie; um ambiente seguro, saudável e adequado ao desenvolvimento; oportunidade para interagirem com outras crianças; liberdade para explorarem todos os seus sentidos.

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II- PROJETO PEDAGÓGICO “O projeto do educador é um projeto educativo/pedagógico que diz respeito ao grupo e contempla as opções e intenções educativas do educador e as formas como prevê orientar as oportunidades de desenvolvimento e aprendizagem de um grupo. Este projeto adapta-se ás características de cada grupo, enquadra as iniciativas das crianças, os seus projetos individuais, de pequeno grupo ou de todo o grupo.” (Ministério da educação, 1997:p.44) Na creche existe um currículo que não envolve “matérias” ou conceitos, tem a haver com o brincar e as várias experiências em oferta que amplificam, desafiam e são importantes para as crianças muito pequenas. Um currículo para crianças com menos de 3 anos abarca uma vasta gama de opções de aprendizagem, experimentação e oportunidades de exploração. Tem de assegurar uma transição calma, suave, entre a casa e a creche, incorporar experiências familiares e uma atitude sensível por parte dos adultos. O projeto deve ser adequado em termos sociais, linguísticos e culturais reconhecendo a criança como ser único e individual e tem como objetivos:

! Promover um conjunto de cuidados de forma equilibrada e adequada ao nível da segurança, higiene e nutrição promotoras do desenvolvimento global da criança.

! Desenvolver condições adequadas de acordo com as características individuais, recorrendo a diferentes estratégias como, a experimentação inquirição e a observação de atividades/brincadeiras.

! Encorajar as crianças na exploração do meio envolvente. ! Criar um ambiente seguro e promotor do desenvolvimento de

atividades de exploração motora e sensorial. A elaboração do projeto é realizado pela educadora responsável em articulação com a auxiliar de educação e outros colaboradores, deve estar enquadrado no projeto educativo adotado pela instituição. O tema escolhido “Educar pela Arte”, com a duração de três anos, vai ser trabalhado pela última vez este ano letivo. Na creche a proposta continua a ser “Á descoberta dos sentidos”. O plano pedagógico consiste no conjunto de atividades estruturadas e espontâneas adequadas a um grupo de crianças e nas quais se encontram subjacentes intenções educativas promotoras do desenvolvimento global a nível físico, social, emocional, cognitivo e linguístico.

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III – PROJETO CURRICULAR O projeto curricular de sala é um conjunto de objetivos a atingir durante o ano letivo, organizado em três grandes áreas de desenvolvimento, definidas pelas Orientações Curriculares para a Educação e que ajudam o educador a orientar o seu trabalho. São elas:

• Área da formação Pessoal e Social. • Área do conhecimento do mundo. • Área das expressões e comunicação.

Estes objetivos conduzem o processo educativo e desenvolvem as crianças na sua globalidade. Cabe ao educador estabelecer e delimitar as estratégias/atividades que irão ao encontro dos interesses e necessidades do mesmo. A metodologia implica a criança como um ser ativo no processo de aprendizagem. É a criança o investigador para a resolução dos seus problemas, desenvolvendo assim as suas competências.

III a) OBJETIVOS A ATINGIR: Área de formação Pessoal/Social:

• Identificar e nomear partes do seu corpo. Desenvolver uma imagem correta e positiva.

• Adquirir coordenação e controle dinâmico do seu próprio corpo. • Desenvolver o uso de normas básicas de higiene, alimentação e

segurança compreendendo a sua necessidade. • Ser autónoma nas brincadeiras, atividades e rotinas. • Identificar momentos diferentes da rotina diária, reconhecendo a

sua sucessão, o que faz em cada um deles e para quê. • Tomar iniciativas, resolver tarefas simples e problemas na vida

quotidiana. • Adequar o comportamento ás necessidades e solicitações de outras

crianças e adultos. • Brinca/ partilha/ coopera por iniciativa própria ou quando

solicitado. • Manifestar sentimentos e emoções. • Respeitar regras básicas de convivência. • Participar ativamente e com satisfação nas atividades, brincadeiras

e rotinas.

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Área do conhecimento do mundo: • Adaptar-se e participar na vida em grupo. • Ter interesse em jogos e atividades. • Identificar e nomear objetos. • Reconhecer semelhanças e diferenças entre objetos segundo

algumas propriedades simples (cor, forma, tamanho..) • Reconhecer o meio físico (sala, refeitório, jardim, rua, loja..) e

associar a sua finalidade. • Reconhecer o meio social (família, amigos, escola) e graus de

parentesco simples (pai, mãe, avós...) • Incentivar a curiosidade pelas manifestações do meio envolvente e

a sua exploração. • Identificar e nomear animais e as suas características. • Promover comportamentos de respeito pelo ambiente e conservação

da natureza.

Área das expressões e comunicação: • Alcançar progressivamente maior controle e agilidade nas

capacidades motoras. • Desenvolver a motricidade fina. • Expressar-se livremente usando diversos materiais e utensílios de

suporte na pintura, desenho, modelagem e colagem. • Identificar e nomear as cores básicas. • Promover o jogo simbólico. • Imitar ações e exprimir emoções usando todo o corpo. • Favorecer o manuseamento de livros. • Incentivar a comunicação oral enriquecendo o vocabulário. • Contatar com diferentes estilos musicais, ritmos e instrumentos. • Estimular o gosto pela música e dança. • Utilizar as possibilidades da lógica matemática para descrever

propriedades de objetos (grande/pequeno, muito/pouco, cheio/vazio) e situações do meio (dentro/fora, em cima/em baixo, frente/atrás, aberto/fechado).

• Adquirir noções temporais através das rotinas diárias.

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III b) ESTRATÉGIAS Não existem jogos nem atividades especiais em si próprios. O calor e a afectividade que as envolvem é que contam. As crianças sentem encorajamento para aprender, experimentar e apreciar se estas atividades forem integradas na estrutura dos contactos naturais com elas. A conduta dos adultos é um modelo para a conduta das crianças, a sua capacidade de atenção será maior se lhes for permitido seguir o seu próprio ritmo e interesse. A creche organiza atividades adequadas ao bom desenvolvimento da criança nesta faixa etária da qual apresento alguns exemplos e suas finalidades: • canções – memorização, linguagem, ritmo, gosto pela música • lengalengas – exploração dos sons e ritmos, expressão através da linguagem oral, gestual e corporal • histórias – descoberta de si e do outro, linguagem verbal e não verbal, imaginação • fantoches – concentração, visualização • pintura – com dedos, mãos, pés – exploração de diferentes materiais, cores, formas e texturas, controlo da motricidade, gosto estético • modelagem – controlo da motricidade, capacidade de exploração • rasgagem e colagem – motricidade, autonomia, iniciativa • jogos – compreensão de regras, socialização • brincadeira livre e orientada – socialização, autonomia, liberdade de escolha

III c) Á DESCOBERTA DOS SENTIDOS «Através dos nossos sistemas sensoriais percebemos o nosso corpo e todo o ambiente à nossa volta. Aprendemos a usar a visão, a audição, o paladar, o tato, o olfato, as sensações proprioceptivas (dão informações sobre o que os músculos estão fazendo, e como eles se devem movimentar) e vestibulares ( dão informações sobre o equilíbrio, postura, controle do estado de alerta, atenção e regulação emocional) para realizarmos as nossas tarefas e atividades de vida diária. As experiências e vivências sensoriais são “alimento” para o cérebro, que tem a função de “organizar as sensações do próprio corpo e do mundo, de forma a ser possível o uso eficiente do corpo no ambiente”» (AYRES, 1972).

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O Corpo da criança é o seu veiculo de aprendizagem e vivência por excelência, assim, faz todo o sentido ajudá-la a conhecer o mundo, o outro e o «eu» através da exploração dos seus cinco sentidos. « Quando as crianças têm espaço e liberdade para se movimentar, aprendem a medir a sua força e os seus limites. Elas exercitam-se até que o domínio da ação as faça avançar para o próximo desafio, A criança cresce a tentar descobrir o meio que a rodeia e fá-lo a brincar, para isso ela usa o seu corpo e sobretudo os seus sentidos para observar as pessoas ou objetos em movimento, sentem a temperatura das coisas, ficam atentos a uma voz e põem na boca tudo o que conseguem agarrar. Por meio da exploração, da curiosidade, da observação, as crianças procuram entender o como e o porquê das coisas que os rodeiam. » «Trabalhar com a expressividade, usando os sentidos nas atividades artísticas, é importante para o desenvolvimento da autoconfiança e da autonomia. Elas são ainda um meio de controlo motor, de compreensão das suas capacidades e do desenvolvimento da imaginação, fundamental para a condição humana e que estão estritamente relacionadas com o brincar.»

IV - CARACTERIZAÇÃO DO GRUPO O grupo é composto por 16 crianças com idades compreendidas entre os 15 meses e 25 meses(idade em setembro). Transitaram da sala amarela 8 crianças e da sala arco-íris 5 crianças. Entraram pela 1ª vez na instituição 3 crianças que estão em fase de adaptação. São 10 meninos e 6 meninas bastante ativos, participativos e alegres com características e exigências diferentes ao nível das rotinas, autonomia e comunicação. Já acontecem breves momentos de brincadeira entre 2/3 crianças sem conflito pela posse de brinquedos (p.ex:), mas regra geral brincam em paralelo. Estão numa fase de grande curiosidade e experimentação. As rotinas de higiene iniciadas no ano anterior (uso do bacio) continuam este ano com 10 crianças estando 3 sem fralda durante o dia.

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Nome Data de nascimento Idade em setembro Matteo 11-08-2012 25M

Francisco 13-08-2012 25M João Pedro 15-08-2012 25M

Martim 29-08-2012 25M Gonçalo Carruba 24-09-2012 24M

Sofia 27-11-2012 22M Raquel 27-11-2012 22M Rodrigo 13-12-2012 21M Yasmin 15-12-2012 21M

Constança 21-12-2012 21M Cristóvão 16-01-2013 20M Kevim 04-02-2013 19M Diana 11-02-2013 19M

Gonçalo Costa 11-03-2013 18M Nicole 13-05-2013 16M Bruna 07-06-2013 15M

V – CARACTERISTICAS DO DESENVOLVIMENTO Motor Cognitivo/linguagem Afetivo/

social 18

meses aos

24meses

Põe-se em pé sozinha. Anda com maior

destreza. Aprecia brincadeiras

de movimento. Dança mexendo todo o

corpo. Folheia um livro.

Sobe e desce escadas com apoio.

Atira e dá pontapés na bola.

Dá pequenos saltos. Constrói torres de 5

cubos.

Imita sons e comportamentos dos adultos.

Diz algumas palavras com significado. Compreende e executa ordens simples. Aponta com o dedo objetos e imagens. Associa o animal ao som que ele faz.

Identifica algumas partes do seu corpo. Designa-se a si próprio pelo nome.

Reconhece objetos pela sua utilidade p.ex: copo/água, colher/papa.

Compreende conceitos simples: frio, quente, grande...

Reage ás mudanças de rotinas e a qualquer transição brusca.

Gosta de estar no meio de adultos.

Tem sentimentos de rivalidade.

Tem curiosidade pelo outro.

Observa um estranho com interesse.

Inicia a sua própria brincadeira.

Leva o adulto até ao que deseja.

Tem dificuldade em partilhar.

Imita e tenta participar no comportamento dos

adultos.

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Faz birras frequentes devido á frustração de

não conseguir comunicar de forma eficaz.

24 meses aos 36

meses

Manipula objetos com maior destreza(lápis,

colher, tampas de frascos, enfia contas

num fio). Começa a desenhar

garatujas. Come sem ajuda e usa bem a colher e garfo. Corre, salta e trepa. Mais autónoma na sua

higiene.

Diz mais palavras e constrói pequenas frases.

Faz recados simples. Começa a questionar: porquê, onde e

como. Refere-se a si próprio na 3ª pessoa.

Aponta gravuras de objetos e diz para que servem.

Aumenta o tempo de concentração e volta a uma atividade interrompida.

Combina objetos semelhantes. Nomeia ações em gravuras.

Compreende conceitos simples: dentro/fora, cima/baixo, trás/frente.

Aprende o conceito de sequência simples como contar até 10.

Aos 3anos compreende e utiliza cerca

de 200/300 palavras.

Utiliza formas de cortesia.

Pergunta pelas pessoas ausentes.

Estabelece diálogos com bonecos e animais.

Preocupa-se em agradar aos adultos de

referencia procurando aprovação e afeto.

Consegue participar, ainda que por pouco

tempo, numa brincadeira de pequeno grupo. Está a aprender a

partilhar brinquedos e afetos.

VI – ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS Há fatores que influenciam o funcionamento de um grupo, as características de cada criança, as diferentes idades, a dimensão do grupo e a organização do espaço e do tempo. O equipamento, os materiais e a forma como estão dispostos condicionam o que as crianças podem fazer e aprender. Os processos de aprendizagem e autonomia implicam que as crianças compreendam como o espaço e os materiais estão organizados e que atividades podem livremente escolher. A sala deve ter uma identidade própria construída pela equipa, crianças e pais. Assim terá o seu cheiro, ritmo, som, mobiliário, almofadas, jogos, brinquedos... Para que as atividades aconteçam num ambiente calmo e organizado é importante que na sala se encontrem espaços lúdicos que convidem á brincadeira livre e também á realização de atividades orientadas. O espaço, seja ele interior ou exterior, deve estar limpo, iluminado, arejado e organizado para as crianças. O espaço educativo vai para além do espaço sala e do espaço exterior(jardim) aplicando-se a um domínio mais alargado que é toda a instituição onde a criança se relaciona com outras crianças e adultos.

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O espaço da sala laranja está organizado em áreas mais específicas onde as crianças encontram centros de interesse diferentes. Apesar de poderem circular e brincar livremente há momentos em que tudo volta ao seu respetivo lugar com a participação e ajuda das crianças. Contemplámos as seguintes áreas: Área da casinha – fogão, tachos, pratos, colheres, mesa e bancos, alimentos de brincar. Espelho, cama de bebés e bonecos. Área do tapete – colchão grande, almofadas, móvel com livros, fantoches, jogos de chão, brinquedos interativos, carros. Área das plásticas – mesa redonda com cadeiras. Na mesa também brincam com os jogos de encaixe que, normalmente, não vão para o tapete. A área da higiene tem duas bancadas para mudas com arrumação para as roupas das crianças.

VII – ORGANIZAÇÃO DO TEMPO O tempo educativo na creche tem em geral uma distribuição flexível, havendo no entanto, momentos que se repetem com uma certa periodicidade. É a existência de uma rotina que dá à criança a oportunidade de saber o que vai acontecer nos vários momentos do dia e prever a sua sucessão. Esta rotina oferece à criança estabilidade e confiança. Todos os momentos têm a sua importância e devem ser explorados ao máximo dando sempre à criança a atenção que ela necessita, quer seja num momento de higiene, refeição ou de brincadeira.

VII a) ROTINAS 8h00m/9h30m - Acolhimento 9h30m/10h – Tempo de arrumar e sentar no tapete para os bons dias, comer a fruta, ver um livro, cantar. 10h/11h – Tempo de atividade. 11h00/11h15m – Arrumar a sala e lavar as mãos. 11h15m/12h – Almoço. 12h/12h30m – Higiene. 12h30m/14h30m – Sesta. 14h30m/15h -Higiene. 15h/15h45m – Lanche. 15h45m/16h30m – Preparação das crianças para sair. 16h30m/18h – Brincadeira livre.

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VIII – PLANO ANUAL DE ATIVIDADES Setembro:

• Adaptação • Conhecer o grupo • O espaço interior e exterior • Exploração e organização da sala • Introdução de rotinas • Início do Outono

Outubro: • Organização e adaptação às rotinas e regras • As cores de outono • O corpo humano • Dias a assinalar:

" dia mundial da música (1) " dia da alimentação (16)

Novembro: • Magusto e festival de sabores • Frutos da época – utilização de várias técnicas plásticas • Brincar com várias texturas – massa de cores • Dias a assinalar:

" São Martinho

Dezembro: • O Inverno” • A família • O Natal – elaboração do presente de Natal • Dias a assinalar:

" Festa de Natal na escola (19) " Natal (25)

Janeiro: • Implementação de novas rotinas • Elaboração de coroas para o dia de reis • Dias a assinalar:

" Dia de Reis (6)

 

 

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Fevereiro: • Preparação da festa de Carnaval com diversas atividades lúdicas • Dias a assinalar:

" Dia de São Valentim – mural da amizade " Carnaval na escola (17)

Março: • Exposição de trabalhos alusivos ao dia do pai – atelier e lanche

com os pais • “A Primavera” - a árvore da poesia • Exploração da expressão dramática e pequenas histórias • Dias a assinalar:

" Dia do pai (19) " Dia da árvore (21) " Dia Mundial do Teatro (27)

Abril: • Celebrar a época festiva com peça de teatro para as crianças com

proposta de “caça ao tesouro(ovos) no final. • A páscoa - elaboração do trabalho alusivo à data • Exploração do corpo e movimento • Dias a assinalar:

" Páscoa (5) " Dia dos Monumentos(18) " Feira do livro(27) " Dia da Dança (29)

Maio: • Exposição de trabalhos alusivos ao dia da mãe – atelier e lanche com

as mães • Convite para convívio aos avós • Dias a assinalar:

" Dia da mãe (4)

" Dia internacional da família (15)

Junho: • Dia da criança • Santos populares

 

 

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• “O Verão” – observação e trabalhos alusivos à nova estação • Brincadeiras com água • Os peixes • Dias a assinalar:

" Dia da criança (1) " Dia mundial dos oceanos (8) " Santo António (13) " Festa de final de ano(data a marcar)

Julho: • Jogos e brincadeiras ao ar livre. • Avaliações. • Organização e encerramento do ano letivo.

IX – TRABALHO COM A FAMÍLIA A família e a escola contribuem para o bem estar da MESMA criança, somos co-responsáveis e parceiros educativos no percurso dos vossos filhos e, porque de fato uma sala de creche tem de ser o prolongamento de casa, a sala laranja está aberta para poderem participar com ideias, materiais ou com uma proposta de atividade para as crianças proporcionando assim uma manhã diferente de brincadeira. A equipa está disponível para colaborar e tornar possível as vossas iniciativas ou sugestões.

X- AVALIAÇÃO A avaliação serve como fonte de informação para a proposta pedagógica, é um guia orientador da pratica. Esta decorrerá em dois tempos, a primeira a ser feita até 6 de Dezembro e a segunda até 13 de Julho. Poderá eventualmente haver uma avaliação intermédia caso alguma situação especifica assim o justifique. As avaliações são complementadas com todos os trabalhos elaborados ao longo do ano letivo, que nos dão uma perspectiva do desempenho e desenvolvimento de cada criança. Para além da reunião de pais, a realizar dia 8 de outubro, os pais têm também a possibilidade de pôr as suas questões ou preocupações à educadora responsável de uma forma mais pessoal na hora de atendimento que, para a sala laranja, será à terça-feira das 9h às 10h.