Associated Press (03)

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Sábado, 1º de setembro de 2012 3ª edição | New York, USA | www.ciisonu.wordpress.com UNSC garante segurança aos correspondentes internacionais Após crise no CII, a proposta da imprensa foi aceita pelos delegados. O projeto de resolução traz uma emenda que garante segurança aos profissionais que atuam como correspondentes interna- cionais em áreas de risco. OCI debate inserção feminina em discussões políticas As delegações também puseram em debate a criação de centros de formação e de universidades internacionais. Durante a reunião, o delegado bareinita afirmou que é es- sencial inserir a mulher islâmica na política. PÁG 2 UNCTAD discute tarifas alfandegárias Os países do Mercosul debateram as consequências do protecionismo para suas economias internas. Os debates incluíram acusações e intrigas pessoais. As explanações foram direcionadas à França e aos Estados Unidos. PÁG 4 NOTES Salim Jamil Ayyash comparece ao TEL Salim Jamil Ayyash se apre- sentou ao Tribunal na tarde de ontem. O réu não reconheceu a legitimidade do Tribunal e desejou retornar logo a seu país. PÁG 2 COP 11 avalia matrizes energéticas China propõe substituição gra- dativa de fontes fosseis, apesar de ser um dos países que mais utilizam essa matriz. PÁG 4 SSOCIATED RESS

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Sábado, 1º de setembro de 2012 3ª edição | New York, USA | www.ciisonu.wordpress.com

UNSC garante segurança aos correspondentes internacionais

Após crise no CII, a proposta da imprensa foi aceita pelos delegados. O projeto de resolução traz uma emenda que garante segurança aos profissionais que atuam como correspondentes interna-cionais em áreas de risco.

OCI debate inserção feminina em discussões políticas As delegações também puseram em debate a criação de centros de formação e de universidades internacionais. Durante a reunião, o delegado bareinita afirmou que é es-sencial inserir a mulher islâmica na política. PÁG 2

UNCTAD discute tarifas alfandegárias Os países do Mercosul debateram as consequências do protecionismo para suas economias internas. Os debates incluíram acusações e intrigas pessoais. As explanações foram direcionadas à França e aos Estados Unidos. PÁG 4

NOTES

Salim Jamil Ayyash comparece ao TELSalim Jamil Ayyash se apre-sentou ao Tribunal na tarde de ontem. O réu não reconheceu a legitimidade do Tribunal e desejou retornar logo a seu país. PÁG 2

COP 11 avalia matrizes energéticasChina propõe substituição gra-dativa de fontes fosseis, apesar de ser um dos países que mais utilizam essa matriz. PÁG 4

SSOCIATED RESS

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Produção Associated PressEditora-chefe Thamires OliveiraRepórteres Beatriz Melo, Cláudio Abreu e Nathanael FilgueirasProjeto Gráfico Thamires OliveiraImpressão EurocópiaFale conosco

EDITORIAL

Os artigos publicados com assi-natura não traduzem a opinião do jornal.

Direito é direitoLegitimar um direito nem

sempre é fácil. Quando as propostas vão de encontro aos interesses da maioria, é preciso nadar contra a corrente para alcançá-las. Da valorização do papel

feminino em sociedades islâmicas até a exigência de segurança no trabalho dos jornalistas, o que fe-lizmente acompanhamos nos comitês são direitos fundamentais sendo re-conhecidos. Por mais que haja interesse em utilizar uma minoria como justifi-cativa para lucrar de algum jeito, o lado mais fraco às vezes vence. Fatos assim alimentam a esperança que incentiva todo o trabalho das Nações Unidas.

OCI debate inserção feminina em discussões políticas Educação e direitos da mulher continuam a ser discutidos no comitê

FOTO | DIEGO SOMBRA

NATHANAEL FILGUEIRASDE DJIBOUTI

A mesa diretora, também composta por mulheres, encorajou decisões concretas

A Organização de coo-peração Islâmica (OCI) iniciou a sessão de ontem (31) com a discussão so-bre os direitos políticos da mulher. As delegações também puseram em de-bate a criação de centros de formação e de universi-dades internacionais.Durante a reunião, o de-

legado bareinita afirmou que é essencial inserir a mulher islâmica nas dis-cussões políticas. A inser-ção proposta busca ofere-cer à mulher uma melhor compreensão dos seus di-reitos para depois ser ofe-recida a educação necessá-ria. Já a delegada libanesa, Cíntia Campos, acredita que a educação é priori-dade para a efetivação dos

direitos femininos e cobra, das demais delegações, posturas concretas nas de-cisões do tema. Segundo a representante, a educação não prioriza apenas o en-sinamento da leitura e da escrita, mas define a mu-lher como uma cidadã. Para o ministro da Síria,

José Carlos Marques, in-tervir em determinados aspectos culturais relativos à mulher é uma conduta

que fere a autodetermi-nação dos povos. “O má-ximo que se pode fazer é condenar esse tipo de prá-tica”, afirmou o ministro. Após os debates foi cria-

da uma prévia do projeto final contido de artigos resolutivos e recomenda-tivos. Os signatários são os ministros de Somália, Sudão, Nigéria, Guiana, Indonésia, Marrocos e Ca-marões.

2 | Sábado, 1º de setembro de 2012

OCI

@sonufortaleza issuu.com/sonuimpresso

Salim Jamil Ayyash comparece ao tribunalCapturado pela Interpol, o réu se apresentou ontem à tarde ao Tribunal Especial para o LíbanoNa tarde de ontem (31),

o Tribunal Especial para o Líbano (TEL) recebeu um telegrama da Organização Internacional de Polícia Criminal (INTERPOL)

informando que o acusa-do Salim Jamil Ayyash estava sob a custódia da Organização. Jamil não reconheceu a legitimidade do Tribunal e desejou re-

TEL

tornar logo a seu país.Durante a manhã de on-

tem, ocorreu também no TEL uma coletiva de im-prensa com testemunhas de defesa, a repórter da

Reuters Daine Smith, e de acusação, a diretora de pes-quisa An-Mari Ranstorp. Está marcada pra hoje outra entrevista coletiva, desta vez com o acusado Salim Jamil Ayyash.

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UNSC garante segurança aos correspondentes internacionaisO projeto de resolução traz uma emenda que garante segurança aos profissionais que atuam como correspondentes internacionais em áreas de risco

FOTO | DIEGO SOMBRA

O projeto possui emenda que propõe ajuda humanitária em áreas de conflito

Durante a tarde desta sexta (31), todas as agên-cias internacionais entra-ram em crise depois de receberem a notícia da morte de Thomas Midler, fotógrafo da Associated Press. O correspondente foi enviado para a Síria junto com Mark Hassan e os dois não entravam em contato com os editores há três semanas. As causas da morte do fotógrafo ain-da não foram esclarecidas e Mark Hassan continua desaparecido. Os jornalistas do Comitê

de Imprensa Internacional (CII) se retiraram dos co-mitês em que trabalhavam como forma de protesto à situação de insegurança a que são submetidos os profissionais da informa-ção. A delegação indiana do Conselho de Seguran-ça (UNSC) compartilhou do sentimento de pesar do CII cedendo parte de seu tempo de discurso para um minuto de silêncio em homenagem à lembran-ça de Thomas Midler. A mesa diretora da Organi-zação da Cooperação Is-lâmica (OCI) também se

mostrou favorável ao po-sicionamento do CII.Em reunião durante a

crise, a imprensa elabo-rou uma carta aberta di-recionada ao Conselho de Segurança, demandando garantia de integridade fí-sica aos correspondentes internacionais que atuam em áreas de risco. No pri-meiro momento, as dele-gações reagiram com des-caso ao texto, mas a mesa diretora do Conselho de Segurança ressaltou a im-portância da elaboração da emenda para compor o projeto de resolução que estava sendo votado.Após a ênfase da asses-

soria do comitê na impor-tância da elaboração da emenda, a delegação esta-

dunidense, seguida das de-legações britânica e fran-cesa, apresentou moção para adicionar a emenda ao projeto de resolução. “Acreditamos que é dever do Conselho de Seguran-ça surgir com uma resolu-ção que pudesse abranger também a proteção e a segurança desses profis-sionais”, disse o delegado estadunidense Arthur Ca-bral.Durante a votação do

projeto de resolução, hou-ve algumas falhas proce-dimentais. A delegação de Portugal, país signatário do projeto, se ausentou da discussão, causando bur-burinho no Comitê. Por fim, o projeto de re-

solução foi votado, sendo

aprovado quase que inte-gralmente, contando com apenas uma cláusula ne-gada. Todas as delegações aprovaram a emenda que contemplava a segurança da imprensa, exceto a de-legação sul-africana. “A África do Sul acha que nós não deveríamos proteger profissionais liberais. Esse é uma chamado para mais intervenção. Quem nós vamos proteger depois? Dentistas, motoristas de ônibus...”, diz o delegado sul-africano Renan Freitas ao explicar suas razões de ter votado contra a emen-da.O projeto de resolu-

ção aprovado ontem tem como proposta principal a viabilização, para os países em conflito, de ajuda hu-manitária sempre que ne-cessário e também a par-ticipação dos “Provedores da Paz”, uma força multi-nacional não armada que irá proteger trabalhadores e voluntários das Nações Unidas. O Conselho de Seguran-

ça das Nações Unidas de-bate hoje (01), o segundo tópico de sua agenda: o Exército de Resistência do Senhor e a crise humanitá-ria na Uganda do Norte.

CLÁUDIO ABREUDE NEW YORK

Sábado, 1º de setembro de 2012 | 3

COMITÊ

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UNCTAD discute tarifas alfandegárias O comitê analisou o protecionismo presente nos países da América LatinaBEATRIZ MELODE GENEBRA

FOTO | DIEGO SOMBRA

Aumento de tarifas e barreiras alfandegárias foram discutidos no comitê

A Conferência sobre Co-mércio e Desenvolvimen-to (UNCTAD) se reuniu nesta quinta (31) para dis-cutir aumento de tarifas e outras questões econômi-cas. Os países do Merco-sul debateram as consequ-ências do protecionismo para suas economias in-ternas.Os debates incluíram

acusações e intrigas pes-soais. As explanações fo-ram direcionadas à França e aos Estados Unidos. As duas nações questionaram o Brasil e a Argentina por praticarem o protecionis-mo alfandegário, em que as nações latinas aumen-taram bruscamente suas tarifas. Os dois países integrantes

do Mercosul tentaram se defender das indagações, justificando suas ações pe-las crises em que estavam envolvidos. “Nós enten-demos os questionamen-tos da França e dos EUA. Infelizmente, em tempos de crise precisamos agir dessa maneira, mas o teto de 35%, determinado pela OMC, nunca foi desres-peitado”, afirmou o repre-sentante argentino Henri-

que Lenon.Tendo em vista o melhor

aproveitamento econô-mico, a delegação esta-dunidense defendeu a as políticas que não aceitam o protecionismo e que buscam o livre-comércio. O delegado americano comentou, também, sua preocupação quanto a um discurso dado pela presi-denta argentina, que iria frear suas importações.

COP 11 avalia matrizes de energia China propõe substituição gradativa de fontes fosseis, apesar de ser um dos países que mais utilizam essa matrizDurante a reunião da

Conferência das Partes (COP), que ocorreu on-tem, o representante chinês, Rafael Diógenes, propôs a substituição gra-dativa das matrizes energé-ticas dos estados. A china é reconhecida pela grande utilização de combustíveis fósseis para geração de energia, porém mostrou-se disposta a mudar grad-ualmente suas fontes e reduzir os problemas am-bientais. Segundo o dele-gado, a inserção de fontes alternativas de energia nos países garante a preserva-ção da biodiversidade no planeta. O documento final, assinado pela delega-ção chinesa, confirmou a proposta de substituição.

PARCEIROS

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UNCTAD COP 11