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ASUG Brasil Impact Awards 2013

Case : Exaustão e Imobilização Florestal

Eldorado Brasil Celulose S/A

Julho/2013

ASUG Brasil Impact Awards 2013 Case Exaustão e Imobilização Florestal

Eldorado Brasil Celulose S/A Página 1 de 19

São Paulo, 10 de Julho de 2013.

À

ASUG Brasil Impact Awards 2013

A Eldorado Brasil Celulose S/A vem por meio deste, submeter à banca de apreciação da ASUG Brasil o case de sucesso Exaustão e Imobilização Florestal para o prêmio Impact Awards 2013, desenvolvido e devidamente implantado em nosso ambiente SAP/R3 durante o ano de 2012, em atendimento a solicitação da gerência Industrial e Florestal da Eldorado Brasil.

O Projeto Exaustão Florestal foi concebido com intuito de automatizar o cálculo da exaustão a partir de embasamentos técnicos e amostragem de controles florestais, utilizando como ferramenta o SGF para gestão física e o SAP para a gestão financeira, simplificando os processos, aumentando seus níveis de controle e agregando maior segurança nas informações de interesse da companhia.

Para a Eldorado Brasil, o resultado deste projeto foi considerado um caso de sucesso, tanto pelo aspecto tecnológico quanto pelos resultados apresentados aos nossos clientes internos. Com base em nosso histórico e conhecimento na área de Tecnologia, chegamos a conclusão de que esse processo é um desenho inovador e sem dúvidas agregará valores extensos à área financeira e florestal, podendo assim suportar os novos desafios previstos em nosso planejamento estratégico de crescimento organizacional.

É com imensa satisfação que disponibilizamos para a ASUG Brasil e todos os seus associados o nosso caso de sucesso que desde já autorizamos sua divulgação para publicação ou qualquer outro evento em nome da ASUG Brasil.

Cordialmente;

Marcos Paletta Camara

Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

[email protected]

mailto:[email protected]



Sumário

1. ELDORADO BRASIL CELULOSE S/A ............................................................... 3

1.1. A FÁBRICA .......................................................................................................... 3

1.2. A FLORESTA ....................................................................................................... 4

1.3. VANTAGENS COMPETITIVAS .............................................................................. 4

1.4. SUSTENTABILIDADE ........................................................................................... 5

2. EXAUSTÃO E IMOBILIZAÇÃO FLORESTAL .................................................. 6

2.1. CONCEITO .......................................................................................................... 6

2.2. ESTRATÉGIA ....................................................................................................... 6

3. EXECUÇÃO DO PROJETO ................................................................................... 7

3.1. REALIZAÇÃO....................................................................................................... 7

3.2. ESCOPO DO PROJETO ......................................................................................... 8

3.3. METODOLOGIA ................................................................................................ 10

3.4. DETALHAMENTO DA SOLUÇÃO ........................................................................ 12

3.4.1 FASE 1 .................................................................................................... 12

3.4.2 FASE 2 .................................................................................................... 13

3.4.3 FASE 3 .................................................................................................... 15

4. RESULTADOS ..................................................................................................... 17

4.1. BENEFÍCIOS ATINGIDOS ................................................................................... 17

4.3. DEPOIMENTOS INTERNOS ................................................................................ 18

4.4. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 19



1. Eldorado Brasil Celulose S/A.

A Eldorado Brasil Celulose S/A é uma empresa brasileira e tem a maior fábrica de celulose em linha única do mundo. A indústria tem capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose branqueada já a partir de 2013.

O destino dessa produção, que utilizará como matéria-prima a madeira de florestas plantadas de eucalipto, fonte 100% renovável, é a exportação para os mercados produtores de papel localizados na América do Sul, América do Norte, Europa e Ásia.

O investimento de 6,2 bilhões alia a adoção das melhores tecnologias disponíveis com uma gestão de projeto focada na sustentabilidade dos processos industriais e florestais.

Em novembro de 2011, por meio de fato relevante, foi aprovada a incorporação da Florestal Brasil S/A. pela Eldorado. A decisão sobre a incorporação foi tomada tendo em vista o fato de que a unificação das operações de ambas as empresas proporcionaria otimização de atividades e ganhos de eficiência, uma vez que a Florestal Brasil tinha como principal atividade a produção florestal de madeira de eucalipto e que a Eldorado a produção e venda de celulose.

1.1 A Fábrica

A Eldorado Brasil está localizada no município de Três Lagoas (MS) e proporcionou a criação de 13 mil empregos durante a fase de construção. Estudos indicam que uma indústria deste porte responde por até 30mil empregos diretos e indiretos.

O conceito da fábrica está baseado na utilização dos mais avançados sistemas e soluções disponíveis (BAT – Best Available Technology). O objetivo é adotar um processo de produção que sugere as exigências do mercado mundial.

Outro destaque está no diferencial da planta industrial, que foi projetada para aperfeiçoar sua matriz energética. A fábrica é autossuficiente em energia elétrica produzida a partir de biomassa e contribui para o uso consciente dos recursos naturais. Isso auxiliou na melhora do custo de produção, que passa a ser um dos mais competitivos do mercado.



As características do município de Três Lagoas (MS) – relevo, solo, clima, infraestrutura e logística – aliada à receptividade da população e apoio do primeiro setor, contribuíram para a escolha do local onde a fábrica está instalada. Situada no Km 231 da Rodovia BR 158, a unidade industrial possui uma logística única para recebimento de matéria prima e escoamento de sua produção. Esse transporte é favorecido por rodovias, ferrovias e a hidrovia Tietê-Paraná, modais que permitem escoar a produção até o Porto de Santos no Estado de São Paulo.

1.2 A Floresta

Para garantir o fornecimento contínuo e de maneira sustentável à fábrica, a Eldorado tem um planejamento florestal que prevê o plantio de cerca de 160 mil hectares de eucaliptos em plantios situados tanto em áreas próprias como em áreas de terceiros. As mudas de eucalipto são produzidas em um viveiro próprio localizado no município de Andradina (SP), que com uma capacidade de produção de 35 milhões de mudas/ano, garante a execução do programa de plantio da empresa, que é de 30 mil hectares/ano.

O Viveiro possui cerca de 159 mil m² de área construída e dispõe de uma infraestrutura de alto nível tecnológico para a produção de mudas composta por um complexo de mini jardins clonais, casas de vegetação, casas de sombra, áreas de pleno sol para aclimatação e rustificação das mudas florestais, galpões para armazenamento de insumos e galpões para estaqueamento de mudas. Também compõem esta infraestrutura, os sistemas de abastecimento e filtragem de água para a irrigação das mudas.

1.3 Vantagens Competitivas

A Eldorado reúne a expertise necessária nas áreas florestal, industrial e comercial, o que é ideal para o negócio de produção e venda de celulose. Tais características se ancoram na estrutura de capital disponibilizada pelos acionistas e demais investidores para formar um dos maiores produtores mundiais de celulose de fibra curta de mercado.



Em um setor em que a competitividade está intimamente relacionada a ganhos de escala, a posição de 5º maior do mundo em produção de celulose de fibra curta garante a Eldorado acesso a praticamente todos os mercados consumidores, além de condições de negociação favoráveis junto a seus principais fornecedores.

A Eldorado Brasil é comprometida com o desenvolvimento sustentável do país e representa um crescimento significativo para o Brasil e para o Estado de Mato Grosso do Sul. Com a fábrica em produção, o governo local passa a contar com um aporte significativo na arrecadação de tributos, o que poderá ser revertido em benefícios para a população, como melhorias no transporte público, na educação, em saúde e habitação.

1.4 Sustentabilidade

Pela própria origem do seu negócio, a Eldorado Brasil está ligada à natureza e consecutivamente trata o tema preservação do meio ambiente como prioridade. As melhores tecnologias e práticas comprovadas para fabricação de celulose estão sendo implementadas, a fim de mitigar impactos negativos ao meio ambiente, potencializando os positivos.

Os padrões estabelecidos pela Eldorado para emissões atmosféricas, geração de efluentes líquidos e resíduos sólidos, são bem abaixo dos limites estabelecidos pela legislação.

A gestão baseada em sustentabilidade é aplicada a partir do campo, chegando a atingir o circuito fechado do processo produtivo com a geração de energia na fábrica, proveniente da lignina extraída no processo do cozimento e resíduos de madeira do pátio. Além de sermos autossuficiente em energia, aplicamos o método de compostagem nos resíduos sólidos do processo, utilizando-os nas florestas de eucaliptos como fertilizantes, a fim de evitar o uso de aterros.



2. Exaustão e Imobilização Florestal

2.1 Conceito

Exaustão nada mais é que o fenômeno patrimonial que caracteriza a perda de valor das imobilizações suscetíveis de exploração e que se esgotam em um determinado período. Podemos citar neste aspecto o extrativismo mineral e vegetal, que são uma fonte finita de recursos. Corresponde a perda de valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais ou bens aplicados nessa exploração.

Se falando de termos contábeis, os lançamentos característicos da exaustão são:

D- Exaustão C- Exaustão Acumulada

2.2 Estratégia

A área de controladoria da Eldorado Brasil absorve não somente o que diz respeito à área industrial, como também a área florestal. Todo e qualquer lançamento e custos gerados afetam diretamente a área, que por sua vez utiliza todos os recursos tecnológicos existentes na empresa para levar à gerência com extrema clareza de informações os números que compõe o balanço patrimonial.

A fim de garantir o suporte organizacional e manter cada vez mais a clareza de informações foi que surgiu a necessidade de automatização dos processos relacionados ao cálculo da exaustão, pois a princípio o mesmo estava planejado para ser realizado no módulo de Exaustão SGF – Sistema de Gestão Florestal da empresa Inflor. A partir de 2012, após início das operações florestais e após implantação do sistema SAP R/3, propriamente dito em Janeiro de 2012, foi que obtivemos embasamento em aspectos técnicos de amostragem e controles florestais suficientes para que a gestão da empresa identificasse inviabilidade na forma desta operação.

Por decisão técnica, a gestão florestal decidiu que o SGF seria utilizado como ferramenta de gestão física dos processos florestais e os processos financeiros deveriam ser realizados direto no SAP, simplificando o processo, aumentando o nível de controle e agregando maior segurança nas informações para a empresa.



Com o objetivo de modernizar os controles físicos e financeiros destes processos, reduzir o risco de entrada de dados manuais no sistema e principalmente em garantir uma melhor gestão dos custos florestais, a gerência florestal juntamente com a gerência de controladoria solicitaram a gerência de TI o desenvolvimento de um estudo de viabilidade para implementação de uma solução sólida que conseguisse controlar de forma efetiva os gastos florestais.

Na concepção do escopo adotado, foi levado em consideração diversos aspectos, assim como o conhecimento técnico e operacional dos envolvidos no projeto e acreditamos que devido a esse importante fator, se deu um trabalho tão eficiente.

3. Execução do Projeto

3.1 Realização

Uma vez definida as necessidades e dificuldades encontradas tanto na área florestal quanto controladoria, a área de TI se atentou em definir junto ao mercado um parceiro tecnológico com conhecimentos adequados para desenhar o modelo do sistema a ser desenvolvido na Eldorado Brasil.

Após um processo de RFP (Request For Proposal) com diversos parceiros, levando-se sempre em consideração o conhecimento técnico e vivencial na área florestal, o entendimento do parceiro junto à necessidade, prazo de entrega e cronograma estabelecido, assim como custo benefício, os escolhidos passaram por análise dos consultores envolvidos da área de TI e usuários das áreas envolvidas que participariam do projeto. Na etapa final foi ratificado como parceiro para execução do projeto a Consultoria SUM IT Informática Ltda.

Foi emitida oficialmente a declaração do escopo, do cronograma de desenvolvimento e da equipe envolvida em cada fase do projeto pela consultoria. O cronograma elaborado tanto pelos gerentes de projeto, quanto pelo PMO da Eldorado Brasil consta abaixo e foi nele que nos baseamos para compor cada entregável e nossas reuniões de Status Report.



CRONOGRAMA RESUMIDO DESDE LEVANTAMENTO ATÉ ENTRADA EM PRODUÇÃO

3.2 Escopo do Projeto

O escopo do projeto no gráfico apresentado abaixo foi separado por módulos do SAP envolvidos no projeto, assim como detalhamento do que foi atendido pelo SAP standard, desenvolvimentos realizados no SAP, soluções complementares (outros parceiros) e atividades gerenciais.



ESCOPO DO PROJETO – VISÃO POR MÓDULOS

Para implementar a Exaustão e Imobilização Florestal, tecnicamente tivemos a abrangência dos módulos no SAP abaixo:

PS - Gestão de Projetos

MM – Gestão de Materiais

FI-AA – Gestão de Ativo Imobilizado

CO - Gestão de Custos e Controladoria

Além de tais módulos no SAP, contamos com o trabalho de um profissional de BASIS-Gestão de Perfis e o Sistema SGF- Sistema de Gestão Florestal.



3.3 Metodologia

A Eldorado Brasil, juntamente com a área de TI denomina para cada Projeto um gerente interno, geralmente especialista no módulo para minimizar os possíveis problemas que possam surgir no decorrer do Projeto. Além desse gerente, a equipe de TI conta com a expertise de um PMO- Project Management Office em sua equipe, o qual auxilia a equipe do Projeto no planejamento executado, auxiliando os Gerentes de Projeto em todas as suas atividades que não estejam de acordo com a metodologia de Gerenciamento de Projeto.

Devido à experiência de nossos profissionais e justamente por ter como requisito básico consultores qualificados no mercado de trabalho para compor a equipe do Projeto, sabemos que o sucesso de um Projeto está em grande parte na forma em que o mesmo é conduzido. Sendo assim, a fim de melhorar a probabilidade de sucesso em mais um trabalho executado que adotamos a metodologia ASAP-Accelerated SAP, a qual está baseada nos cinco pilares abaixo:

Project Preparation: Fase em que o escopo é definido, detalhado e estimado. O planejamento do Projeto e Kickoff são realizados para definir de forma mais clara as expectativas do cliente, prevendo estimativas, definição de equipe, aspectos técnicos, identificação de riscos e estratégias, assim como o planejamento de controle de qualidade e definição de início do Projeto e criação do cronograma.

Business Blueprint: Nessa segunda fase, os analistas funcionais do Projeto montam uma documentação (BBP), contendo todo o levantamento de requisitos de negócios e processos, assim como informações relacionadas à gestão do Projeto, possíveis mudanças organizacionais e estratégias a serem adotadas, informações relacionadas a treinamento de usuários e relação de ambientes a serem trabalhados.

Realization: Todo o levantamento realizado na fase anterior é colocado em prática na fase de Realização. Os processos e requisitos são devidamente configurados a partir de configurações bases e finais, desenvolvimento de programas, implementação de interfaces, testes unitários e integrados. É nessa fase que geralmente são realizados os treinamentos.

Final Preparation: Chega a hora dos últimos ajustes serem realizados, assim como seus referidos testes e verificações. Nessa fase que são geradas confirmações de que tudo está conforme previsto e que o trabalho realizado pode ser levado ao ambiente produtivo.



Go Live e Suporte: Todas as configurações e desenvolvimentos são

levados à Produção nessa fase, cutovers são realizados com transferências de pré-produção. O suporte à usuários é realizado conforme data que consta no cronograma até a finalização do Projeto.

Além de seguirmos com a metodologia ASAP, o Projeto foi segmentado por três fases, as quais estarão descritas nas próximas páginas, devidamente detalhadas por módulos.

Com tais metodologias adotadas, o nível de serviço na Eldorado Brasil teve uma melhoria considerável, além de ganhar uma economia de 07 horas. Além disso, a qualidade e a confiabilidade nas informações foram de grande importância para a área de controles florestais, a qual começou a antecipar a realização dos trabalhos e consequentemente a disponibilização do tempo de seus profissionais para outras atividades.

Com muita originalidade, as funcionalidades dos produtos SAP foram

utilizadas de maneira inusitada, tendo como principal objeto de sustentação, o

conhecimento operacional e técnico da equipe de consultores envolvidos no

projeto. Isto facilitou o desenvolvimento, tornando as atividades automatizadas

em aproximadamente 90%.

Em outras empresas, as funcionalidades do processo de exaustão

florestal são utilizadas em sua maioria apenas com atividades standards. Isto, de

certa forma implica em maior tempo de trabalho de todas as áreas envolvidas,

além da diminuição da assertividade em todo ciclo da operação.



3.4 Detalhamento da Solução

A solução que apresentaremos foi desenvolvida através da exposição das necessidades e desejos em relação à otimização de tempo, agregação de valores intangíveis e confiabilidade na qualidade das informações. A equipe desenvolveu a metodologia ainda em tempo de Blueprint, sempre buscando otimizar ao máximo o trabalho manual das atividades.

Abaixo segue o detalhamento da solução adotada, separada por cada módulo dentro de sua respectiva fase. Todas as fases foram compostas não somente por configurações standard, mas também por desenvolvimento.

3.4.1 Fase 1

PS - Gestão de Projetos: O processo de criação da estrutura WBS não foi modificado em nada, a EAP- Estrutura Analítica do Projeto continuou idêntica após entrada em Produção da Implementação do Projeto Exaustão e Imobilização Florestal.

A diferença no novo processo foi os ganhos em relação à criação automática de imobilizado em andamento e a mudança na máscara dos projetos, que antes eram formados com a visão de UGO’s (agrupamentos de florestas) e hoje o processo foi detalhado de forma mais analítica, gerando uma visão F (níveis de fazenda).



Além da modificação na máscara do projeto, algumas regras de substituição foram criadas com o intuito de eliminar a intervenção manual das atividades, as quais contemplaram o acionamento de alguns campos chaves. Para atendimento a algumas necessidades da operação, alguns campos de usuários também foram ativados.

MM - Gestão de Materiais: Com a restruturação da estrutura WBS, identificamos a necessidade de modificação no módulo de MM, uma vez que nos itens dos pedidos era utilizado um único elemento PEP. Com isso seria preciso realizar não somente o rateio por área dos projetos das fazendas, quanto à contabilização nos elementos PEP’s correspondentes a idade de plantio.

Para atender a necessidade do rateio por área plantada, utilizamos a funcionalidade standard de classificação contábil múltipla, dividindo o valor total do pedido para mais de um elemento PEP. A fim de não ocorrer erros quanto à necessidade de acompanhamento das fases do plantio, foi desenvolvida uma regra de substituição na entrada da fatura a partir de informações encontradas na interface SGF -> SAP.

Para MM não foi necessário realização de programa de carga, pois a criação dos pedidos quadros foram realizadas manualmente, já contemplando a nova estrutura WBS.

3.4.2 Fase 2

PS - Gestão de Projetos: Para início do processamento do cálculo da exaustão temos como gatilho o 1° apontamento de corte informado pela interface SGF -> SAP. Consequentemente a isso, a atualização do campo lote, um dos campos de usuário ativados na Fase 1, se faz necessária para que no cálculo da exaustão haja um filtro (lote/projeto) para fins da sumarização dos valores do volume baldeado no período.

Em nosso SAP/R3 trabalhamos com uma plataforma (cockpit

desenvolvido), que atende todas as interfaces que interligam demais sistemas ao SAP, podendo verificar erros, andamento dos processos e demais funcionalidades. Para atender a atualização do campo lote acima descrito e o processo de cálculo de exaustão, tivemos que reestruturar o cockpit já existente, incluindo uma nova coluna contendo informações de elemento PEP por lote.



O encerramento técnico dos elementos PEP’s ocorreu após apuração e

inexistência de saldos, onde foi devidamente analisado se haviam valores pendentes de liquidação. Os que possuíam saldo foram liquidados automaticamente para o imobilizado em andamento junto à norma de apropriação.

Após o 1° apontamento de corte da ordem de produção ocorreu o bloqueio

dos elementos PEP’s. Em se tratando de primeiro ciclo da fazenda, os elementos PEP’s foram encerrados tecnicamente, já para o segundo ciclo em diante foi levado em consideração a forma de manejo das florestas para que fossem encerrados.

A carga de valores históricos dos projetos se deu através de uma

transação desenvolvida já existente, utilizada por nossa contabilidade, onde valores realizados no Projeto de Silvicultura encontravam-se lançados na conta contábil de ativo biológico. Uma parcela deste valor foi reclassificada para o novo projeto “F” e consequentemente liquidado para os imobilizados em andamento (Floresta em Formação), a outra parcela foi reclassificada para os imobilizados definitivos (Floresta Formada).

FI-AA - Gestão de Ativo Imobilizado: Em FI-AA o processo foi todo

automatizado através das configurações standards realizadas, onde novas classes de imobilizados foram criadas com a finalidade de controlar todo o ativo biológico (Floresta Formada / Floresta em Formação), seguindo a mesma rotina de depreciação.

Para cada floresta formada foi criado uma chave de exaustão baseada no

processo de unidades produzidas, onde é informada a quantidade total de corte de floresta formada em m³ e quantidade cortada em m³ no período para efeito de cálculo de exaustão. O programa preenche automaticamente essas informações a partir do preenchimento existente no elemento PEP.

Enquanto se apura os custos de formação de florestas, os imobilizados

permanecem com status “em andamento” até o término do investimento e após o 1° apontamento de corte informado pelo SGF, o imobilizado é encerrado, pois considera-se que já esteja pronto ao consumo, tornando-se assim um imobilizado definitivo.

As cargas de imobilizados totalmente exauridos se deram a partir de

levantamento realizado pela área de negócio, sendo realizada via transação standard. Para realização da carga contábil, retiraram-se os valores que existiam em uma única conta de despesa e manualmente os usuários realizaram lançamentos de débito na conta de Floresta Formada e crédito na conta de exaustão acumulada, ajustando assim a contabilidade.



As chaves de exaustão foram criadas através de carga via LSMW em

grande quantidade, porém o programa criado pesquisará a última chave utilizada com Volume do IPC diferente de zero, estabelecendo assim a chave sequencial. Caso a próxima chave não seja encontrada, um erro será exibido na tela e o processo será interrompido. Após utilização de todas as chaves criadas na época de Projeto, ficou acordado com TI que nova carga seria realizada.

CO - Gestão de Custos e Controladoria: Para compor as despesas de

exaustão, ordens internas serão sempre utilizadas como coletores de custos, onde um tipo de ordem específico foi criado para atender a solicitação do Projeto.

Quanto ao código das ordens internas, ficou definido que seriam as

mesmas nomenclaturas existentes para as chaves de exaustão, com isso o processo ficaria simplificado.

Em relação à norma de apropriação desse tipo de ordem, ficou definido que a mesma seria atualizada manualmente pela área de planejamento florestal no momento de apropriação das despesas para a respectiva ordem de produção.

Tanto a atualização da norma de liquidação quanto à liquidação dos imobilizados em andamento para o definitivo (transações executadas pela controladoria) são realizadas automaticamente via programa para o processo de exaustão e imobilização florestal, cada qual com suas regras agregadas.

3.4.3 Fase 3

Para realização da fase 3 foi considerado no escopo o envolvimento direto dos módulos de PS-Gestão de Projetos e FI-AA-Gestão de Ativo Imobilizado, onde algumas funcionalidades relacionadas ao processo de exaustão florestal foram disponibilizadas através de um cockpit desenvolvido para realização do fechamento mensal.

O cockpit em questão tem as seguintes funcionalidades: seleção do período de competência, seleção do projeto, entrada do volume de sinistro com suas respectivas justificativas selecionadas pelo usuário via matchcode, sumarização do volume de baldeio e atualização da chave de exaustão, previsão de estorno dos valores entrados na chave de exaustão após verificação de valores lançados indevidamente.



Apenas um relatório foi inserido no cockpit, o qual contem informações relacionadas às tabelas de sinistros x volume real por período

Abaixo segue protótipo do cockpit desenvolvido pra ao processo de exaustão e imobilização florestal:

COCKPIT EXECUTADO NO FECHAMENTO MENSAL

Atentamo-nos na criação do cockpit com todo e qualquer cenário que por ventura pudesse surgir dentro de todo o contexto florestal. Em relação a execução dos processos de cada projeto estamos seguros de que repetições na operação não ocorrerão, pois o programa exibe uma mensagem de erro diante deste cenário.

Para inclusão de sinistro no processo de exaustão florestal, dependemos do volume de baldeio apontado na ordem de produção durante a rotina mensal de depreciação.

A fim de exemplificar o processo de sinistro, segue seu fluxo abaixo:



APURAÇÃO DO BALDEIO PARA EXAUSTÃO DO PERÍODO

4 Resultados

4.1 Benefícios atingidos

A fim de garantir que os resultados previstos foram alcançados pelo Projeto, o desenho foi revisado passo a passo em cada processo/atividade após sua implantação. Nesta oportunidade foi verificada a superação dos objetivos contratados, podendo citá-los abaixo através dos principais benefícios adquiridos:

Maior controle gerencial no processo de imobilização e exaustão florestal.

Maior rastreabilidade contábil quanto aos valores imobilizados e

exauridos.



Agilidade na extração de informações quanto aos valores de

imobilizações e exaustão.

Automatização das atividades iniciais ao processo de cálculo da exaustão

florestal através do processo de workflow com start automático a partir do

primeiro apontamento de corte da fazenda.

Cálculo da exaustão no SAP com busca automática dos volumes (m³) de

baldeio.

Baixa automática dos valores do imobilizado

Integração entre os sistemas SGF e SAP (PP, PS, FI-AA, FI-GL e CO).

Modificações dos pedidos de compras em andamento.

Criação de cockpit para apontamento de sinistros realizados.

Além dos benefícios acima evidenciados, destacamos o mais importante

deles: O tempo utilizado no fechamento das atividades da área de controles

florestais foi minimizado em 07 (sete) horas.

Nota Relevante: O ROI não será apresentado através desse Case por meio de visão dos ganhos financeiros viabilizados, custos do Projeto, bem como o volume financeiro envolvido nos processos. Devido ao foco estratégico aqui apresentado, assim como a confidencialidade em que determinados assuntos são tratados na organização.

4.2 Depoimentos Internos

“A meu ver, a grande ‘sacada’ deste Projeto foi a criação do cockpit. O cálculo efetuado

internamente, funcionalidades relacionadas a sinistro e volume baldeado, assim como o relatório

integrado ajudou muito a contabilidade/controladoria em relação a transparência de informações

e otimização do tempo gasto no processo de exaustão florestal.”

EUDOCIO MARINHO

Analista de Controladoria – Eldorado Brasil



“Com a implementação da solução, conseguimos garantir que todos os processos relacionados à

exaustão florestal fossem interligados dentro uma única solução. As estimativas de volume de

madeira, volumes de produção, custos e despesas operacionais foram relacionadas nos

sistemas SAP R/3 e sistema especialista da área florestal, por meio de interfaces.

Foram estabelecidas “chaves de gatilho”, travas e lista de consistência para validar as

informações durante a execução do processo. O maior ganho do processo, foi a garantia da

acuracidade das informações, obtidas a partir da automatização de rotinas que antes eram

realizadas manualmente.”

ALEXANDRE PEREIRA

Coordenado de Planejamento Florestal – Eldorado Brasil

4.3 Conclusão

A princípio a área de TI da Eldorado Brasil, por meio de RFP-Request for Proposal procurou junto ao mercado de trabalho, profissionais competentes para realização desse Projeto, o qual não somente desejávamos, mas precisávamos que uma implementação inovadora fosse realizada, a fim de nos ajudar a conduzir nossos processos com maior clareza de informação e otimização de tempo.

Analisando a implementação realizada como um todo, podemos afirmar

que conseguimos atingir os nossos objetivos e verificar no sistema diversas

contribuições significativas, tanto de ponto de vista estratégico como

operacional. Nossos processos foram melhorados, se tornaram mais rápidos,

seguros e com controles mais eficientes.

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