Ata da 411 ª Reunião Extraordinária do CES/PE · 13 acrescentar a pauta: Parceria CES/PE com CGU...
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SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Ata da 411 ª Reunião Extraordinária do CES/PE Conselho Estadual de Saúde - CES/PE
Aos vinte e nove dias do mês de fevereiro de dois mil e doze, às dez horas, 1
teve início a 411ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Saúde - 2
CES/PE, localizado a Rua João Fernandes Vieira, 518- Boa Vista- Recife- PE. 3
Presentes conforme relação anexa. Justificaram ausências os Conselheiros 4
(as): Antônio Manoel Rocha, Jair Brandão, Rebeca Freitas e John Pontes. 5
Na sequência a coordenadora da mesa Conselheira Ana Paula Sóter, após 6
saudações, proferiu leitura da pauta: Gestão e Funcionamento das UPAs- 7
Unidade de Pronto Atendimento; Centro de Transplante de Medula 8
Óssea – CTMO; Representações do CES/PE nos diversos espaços e 9
Informes. Em seguida sugeriu inversão de pauta começando pela 10
apresentação do Centro de Transplante de Medula Óssea – CTMO. Houve 11
consenso. Antes de iniciar a pauta o Conselheiro Adson Silva propôs 12
acrescentar a pauta: Parceria CES/PE com CGU - Controladoria Geral da 13
União referente a trabalho para Capacitar Conselhos Municipais e Termo 14
de Cooperação Técnica com o TCE - Tribunal de Contas do Estado. O pleno 15
foi consultado e aprovou o Termo de Cooperação Técnica com o TCE - 16
Tribunal de Contas do Estado. Aprovado também Seminário CGU - 17
Controladoria Geral da União em parceria com o CES/PE previsto para o 18
final do mês de março. Criar comissão para organizar o evento e avaliar 19
tecnicamente a legalidade. Dando início aos trabalhos Dr. Humberto 20
Antunes, Secretário Executivo de Regulação em Saúde começou com o 21
tema Centro de Transplante de Medula Óssea – CTMO (SES/PE e 22
HEMOPE), lembrou que em discussão mais ampliada, aquela apresentação 23
já havia sido feita num primeiro momento, por representantes do CNS- 24
Conselho Nacional de Saúde, do CONASS - Conselho Nacional dos 25
Secretários de Saúde, Técnicos da Secretaria Estadual de Saúde e do 26
Conselho Estadual de Saúde em reunião no Gabinete da SES e com setores 27
representativos da sociedade organizada, solicitada pelo CNS- Conselho 28
Nacional de Saúde em plenária, a trazer ao conhecimento de todos à 29
forma em que foi implementada aquela modificação. Na seqüência 30
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apresentou a nova concepção do Sistema Estadual de Transplantes e a 31
questão das Doenças Hematológicas. Seguiu informando os aspectos 32
determinantes para a desativação do CTMO; produtividade; quadro de 33
recursos humanos; objetivo, missão e desvios da missão do HEMOPE para 34
alcançar a meta estadual de atendimento em 100% dos leitos do SUS, nas 35
questões de hemoderivados e hemocomponentes, para manter a vida dos 36
usuários do sistema públicos e privados. Na continuidade a mesa convidou 37
Sra. Fátima Bandeira, representante do Dr. Divaldo Sampaio, Presidente 38
do HEMOPE. A mesma apresentou a Diretriz Estratégica do Governo do 39
Estado em reestruturar o modelo assistencial, com o objetivo de 40
consolidar a política de hematologia e hemoterapia de Pernambuco; 41
ações; total de investimentos em infraestrutura no valor de R$ 42
10.359.254,90 (dez milhões, trezentos e cinquenta e nove mil, duzentos e 43
cinquenta e quatro reais e noventa centavos). Informou abertura de 44
concurso público com lançamento do edital em 2012. Na continuidade 45
coordenadora da mesa concedeu momento para explanação da 46
representante da ATMO- Associação dos Amigos do Transplante de 47
Medula óssea, Sra. Liliane Peritore, que saudou a todos e agradeceu a 48
oportunidade dada a Associação para esclarecer e abordar a importância 49
da ATMO junto à sociedade. Relatou as dificuldades vivenciadas ao longo 50
dos nove anos de existência; reconhecimento de utilidade pública; único 51
centro público do Norte e Nordeste; situação; por que a ATMO/HEMOPE 52
era importante. Finalizou recomendando um filme no site da Associação: 53
Razões para o não fechamento ATMO/HEMOPE. Na sequência a 54
coordenação da mesa disponibilizou a sessão para colocações do Plenário: 55
Conselheiro Batista Fortunato lamentou estar discutindo naquele 56
momento o fechamento do CTMO/HEMOPE e que a SES/PE deveria ter 57
colocado a situação para o CES/PE antes do ocorrido. Disse pensar que a 58
discussão só estava acontecendo porque já existia uma decisão judicial 59
mandando reabrir o Centro. Elogiou o HEMOPE como uma instituição 60
importantíssima e brilhante no papel com Hemoderivados. Questionou a 61
qualidade das cirurgias e se o HEMOPE tinha custo com pacientes 62
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internados na UTI do HSE- Hospital dos Servidores do Estado com filtro 63
EPA. Conselheiro Carlos Freitas apresentou relatório de prestação de 64
contas de fiscalização solicitando:informações do quantitativo de óbitos 65
ocorridos no CTMO/HEMOPE e Hospital Português nos últimos 10 anos; 66
do Governo do Estado esclarecimento da seguridade e continuidade dos 67
atendimentos para pacientes pós transplantado; informação da 68
fiscalização e controle do cumprimento dos protocolos de transplantados 69
de medula óssea do SUS junto ao Hospital Português, a serem 70
encaminhados à SES/PE. Em seguida pediu esclarecimentos a Sra. Fátima 71
Bandeira, de quem de fato era a competência do Centro de Medula Óssea, 72
informando ter havido divergência de informações, entre ela e Dr. 73
Humberto Antunes referente a quem competia o Centro de Medula óssea; 74
solicitou também esclarecimentos referentes à dívida contraída pelo 75
HEMOPE acima de cinco milhões e providências em relação à 76
precariedade da alimentação e da falta de medicamentos. Sugeriu solicitar 77
do Tribunal de Contas do Estado realização de auditoria nas contas do 78
HEMOPE. Conselheiro Marcondes Carneiro parabenizou a clareza com que 79
a representante da ONG ATMO relatou a situação lamentável do HEMOPE. 80
Colocou que recursos eram transferidos via SUS para a iniciativa privada 81
sem antes passarem pelo conhecimento do controle social. Disse ser 82
necessário fazer o levantamento das entidades que estavam recebendo e 83
procurar alocar esses recursos na rede pública. Em seguida a mesa cedeu 84
espaço para fala de uma mãe de paciente, Sra. Rita, que há quase quatro 85
anos atrás seu filho foi acometido por leucemia sendo necessário levá-lo a 86
Curitiba para fazer o tratamento. Informou ser membro da ATMO, lutando 87
por sua causa sem questão partidária, pois foi o local que acolheu muito 88
bem, seu filho pós transplantado. Questionou se o Estado de Pernambuco 89
tinha uma unidade para aquele tipo de acolhimento. Declarou sentir falta 90
de fiscalização na fila de transplante. Na continuidade o Conselheiro 91
Carlos Eduardo questionou ao Secretário de Regulação em Saúde, Dr. 92
Humberto Antunes de quanto era naquele momento, em média, o custo 93
de um transplantado no Hospital Português, pois o mesmo havia falado 94
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que o gasto no CTMO/HEMOPE era acima de quinhentos e trinta e sete 95
mil reais e se o número de leitos era compatível com o número de 96
pacientes em tratamento. A coordenadora da mesa, Dra. Ana Paula Sóter, 97
colocou dois pontos. Primeiro, lembrou que o tema estava para entrar em 98
pauta desde dezembro por recomendação da Comissão e que foi discutido 99
junto ao CNS. Segundo, que a discussão não se reportava ao Processo 100
Judicial que estava acontecendo com o CTMO e sim uma oportunidade de 101
esclarecimentos por parte da SES/PE. Respondendo como representante 102
da SES/PE, disse concordar que o CES/PE tinha papel na formulação da 103
política, porém a gestão, regulação e auditoria dos serviços eram de 104
responsabilidade do Estado e o mesmo não iria relegar para instituição ou 105
entidade que compunha o SUS. Informou que a Vigilância Sanitária e 106
Auditoria tinham poder de polícia como autoridade sanitária de fechar, 107
punir e multar qualquer unidade de saúde que não estivesse funcionando 108
de maneira adequada. Sem antes ter que passar em reunião do Pleno. 109
Disse ser a posição da lei Orgânica da Saúde nº 80808142. Lembrou o 110
fechamento da maternidade em Vitória pelo motivo de estarem 111
acontecendo vários óbitos, dizendo ser atividade de rotina e fiscalização. 112
Como da mesma forma foi observado que o CTMO, no ponto de vista 113
técnico e operacional, não vinha funcionando de maneira adequada. 114
Afirmou que os usuários não foram comprometidos no atendimento. 115
Tendo em vista, após fechamento do serviço, o Estado aumentou sua 116
capacidade de realizar transplantes, passando de 12 em um ano para 20 117
em um mês, resultando incremento de 66% na sua capacidade. Lembrou a 118
Sra. Rita que o Hospital de Curitiba era Universitário de ensino, contratado 119
para servir a população do estado do Paraná, do estado de Pernambuco 120
ou de qualquer outro estado brasileiro que necessitasse. Perguntou para 121
todos, sugerindo como reflexão, qual a concepção que o CES tinha de 122
serviço público e colocou que em sua opinião, era aquele que atendia ao 123
SUS em cem por cento ou que tinha serviços dirigidos para o SUS. 124
Informou que todos os transplantes que estavam sendo efetuados no 125
Hospital Português nos dez leitos contratados, eram transplantes públicos 126
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para a população do SUS independente da pessoa jurídica que estivesse 127
executando o serviço e era constitucional. Deixou bem claro que cabia ao 128
SUS prestar o serviço com unidades próprias, contratadas, filantrópicas ou 129
privadas. Concluiu dizendo não haver nenhuma ilegalidade no serviço 130
público e sugeriu que todos ouvissem as opiniões dos usuários em relação 131
ao atendimento. Conselheira Lindinere Ferreira destacou a sua luta pelo 132
SUS e se disse bastante incomodada com a existência de uma forte 133
corrente, a nível nacional em detrimento ao setor público em relação ao 134
privado, que o colocava como obsoleto, mau funcionamento, gerando 135
gastos e o privado como eficiente e mais adequado ao serviço. Lembrou 136
que na Constituição rezava que o SUS era composto por rede pública e 137
rede privada e que aquela não podia ser priorizada, sendo seu serviço 138
complementar. Disse que mais de cinquenta por cento do recurso público 139
estava sendo direcionado para instituições privadas. Sugeriu que todos 140
refletissem. Quanto à discussão para a questão do CTMO/HEMOPE 141
colocou que houve falha e negligência bilateral, tanto do controle social 142
como da Gestão, não se referindo a atual. E se o CES e as suas diversas 143
comissões estivessem sempre exercendo seu papel, observando as 144
unidades e os recursos gastos, não teria chegado aonde chegou, porém o 145
problema já era fato e tinha que ser resolvido. Sugeriu consenso no 146
modelo de gestão viável para atender os anseios da sociedade e melhor 147
construção coletiva. O Conselheiro Klebson Lima questionou de como 148
seria as condições do acolhimento dos pacientes transplantados, quando 149
passassem a serem atendidos no Hospital do Câncer e qual a diferença dos 150
recursos destinados ao HEMOPE em relação aos das UPAS. O Conselheiro 151
Adson Silva colocou que o atendimento dos Planos de Saúde são públicos 152
e que tudo que era gasto durante o ano, era descontado no Imposto de 153
Renda. Sugeriu trazer para debate a atenção básica, não só alta 154
complexidade e a questão de igual atendimento ao usuário do SUS. O 155
Conselheiro José Ribeiro destacou a necessidade de pesquisar, discutir a 156
melhoria no atendimento dos setores de média e alta complexidade para 157
usuários do SUS; as questões da ação das Fundações e Organizações 158
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Estatais que estava tramitando no Supremo Tribunal Federal; a busca de 159
interação, procurando saber do usuário se havia satisfação com a 160
assistência prestada; a luta por maiores recursos para o SUS repassando 161
10% do PIB; objetivando manter viva e atuante a Programação Pactuada e 162
Integrada no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS e pela melhoria da 163
saúde do trabalhador a nível municipal e estadual. Conselheiro Reneudo 164
Guedes concordou com o Conselheiro Ribeiro quando o mesmo falou da 165
necessidade dos conselheiros realizarem pesquisas em cima da realidade, 166
veracidade das condicionantes que levaram o Governo do Estado a fechar 167
o CTMO e sugeriu que juntos dessem apoio ao governo e fizessem valer 168
tudo que foi prometido. Conselheiro Carlos Freitas solicitou, em benefício 169
dos usuários, encaminhar resolução pela reabertura do CTMO no Hospital 170
do Câncer e fez denuncia que no período de 15 dias houve cinco óbitos de 171
pacientes internados no HEMOPE. O Conselheiro Wilson Alencar 172
concordou com a questão colocada de que o pleno deveria ter sido 173
informado, antecipadamente, do fechamento do CTMO e com a 174
Conselheira Lindinere, quando disse que o Estado deu uma solução 175
temporal ao caso, sugerindo ser feito uma reflexão bem feita deste ponto 176
de pauta, com base na informação da existência de liminar decretando a 177
reabertura do CTMO. Concordou também, com o Conselheiro Adson de 178
que o serviço de saúde não era, mas deveria ser equânime e igualitário 179
para todos. Sugeriu que a Comissão de Fiscalização se reiterasse do 180
assunto com o objetivo de trazer a qualidade da saúde da população 181
pernambucana. O Conselheiro e Secretário de Regulação Dr. Humberto 182
Antunes agradeceu as lembranças trazidas pelo Conselheiro Wilson e 183
sugeriu uma reflexão juntamente com o Pleno, exatamente para os que 184
fazem a SES/PE e principalmente o Secretário Estadual de Saúde, Dr. 185
Antônio Carlos Figueira, que diante de tudo que foi colocado dos 186
testemunhos da ATMO, dos usuários e dos familiares, mostraram 187
exatamente a precisão e a certeza da tomada da decisão que foi feita, 188
para atender a necessidade da população, pois sabiam que o que estava 189
ocorrendo no HEMOPE era um problema de definição de estratégias e de 190
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política assistencial. Reforçou que o HEMOPE não suportava dentro da sua 191
capacidade e da sua estrutura, procedimentos de hemoterapia e 192
principalmente da onco-hematologia e, mesmo que por força judicial 193
voltasse a funcionar, não teria qualidade estrutural. Confirmou o que foi 194
dito pela Dra. Fátima Bandeira, que o HEMOPE poderia sim ter um Centro 195
de Transplante de Medula Óssea desde que com um papel definido dentro 196
das suas limitações, e do seu contingente de profissionais e oferta do que 197
ele tinha capacidade de fazer. Afirmou que as necessidades atuais eram 198
superiores a um serviço que só tinha três leitos, ao tempo aonde o 199
transplante de medula óssea só tinha indicação como terapêutica da 200
grande parte dos cânceres hematológicos. Disse que atualmente o 201
cotidiano era completamente diferente, ressaltando novamente que o 202
CTMO/HEMOPE não tinha tal estrutura. Na sequência, Sra. Fátima 203
Bandeira informou que no ano 2000 foi observado a necessidade de 204
buscar uma alternativa, de um serviço piloto onde os profissionais fossem 205
treinados e habilitados à execução de uma etapa do tratamento de 206
doentes, em geral onco-hematológico e outras patologias não malíguinas. 207
Disse ter sido no Hospital dos Servidores que foram feitas as instalações, 208
sem intenção de passar muito tempo por conta da precariedade do local. 209
E agora, com o novo alinhamento das ações de oncologia e a nova política 210
de hematologia, dando melhor perfil ao serviço se fez necessário uma 211
nova estrutura e suporte de diagnóstico que os doentes requerem, com 212
mais profissionais para atender a contento as necessidades da população 213
pernambucana. Frisou que no Hospital do Câncer encontraram essas 214
condições e ainda, passaram de três para dez leitos. Na continuidade a 215
mesa fez leitura do documento elaborado pela Conselheira Lindinere 216
solicitando encaminhar recomendação pela manutenção do CTMO no Real 217
Hospital Português, na criação deste Centro no Hospital do Câncer e o 218
retorno do CTMO no HEMOPE. Houve dúvida se o Conselho poderia 219
elaborar resolução ou recomendação expondo posição do CES/PE, quanto 220
ao fechamento do CTMO. Conselheiro Humberto Antunes solicitou vistas 221
para consultar a assessoria jurídica da SES no sentido de orientar se 222
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caberia Resolução ou Recomendação e apresentar na reunião de março. 223
Na sequência a secretária da SEAS/SES/PE Dra. Tereza Campos após 224
saudações declarou-se satisfeita em estar no CES por ser ali, um espaço 225
democrático. Salientou três questões que considerou ser consenso entre 226
os representantes de sindicatos, do conselho, da gestão e dos usuários. 227
Em primeiro lugar, o cuidado com o fortalecimento de uma gestão pública 228
que controlasse, fiscalizasse, que auditasse e supervisionasse. Em 229
segundo, o cuidado com o zelo e a otimização do recurso público e em 230
terceiro a garantia do acesso, da ampliação, da assistência e 231
especialmente da qualificação da oferta. Destacou que se não era certo o 232
entendimento que a mesma teve em ser consenso, era preciso se fazer 233
entender os valores que as defesas estavam fazendo eminentemente 234
pelos os usuários e como ali já havia sido dito, todos eram usuários. Fosse 235
porque a rede era própria, pública ou contratada mais que a grande 236
maioria era SUS. Em esclarecimento a uma fala que foi feita, ela informou 237
que o Estado de Pernambuco era a segunda maior rede pública própria e 238
que havia mais de vinte e um mil leitos no SUS e que dos vinte e um mil, 239
mais de dezessete mil era público próprio. Lembrou que a lei dizia 240
claramente que a rede filantrópica, universitária e a privada era 241
complementar ao SUS, confirmando assim, que a gestão estava 242
cumprindo com a lei. Informou que naquele momento, o Estado possuía 243
trinta e sete hospitais públicos próprios e que a grande maioria era 244
comparada à rede complementar, como por exemplo o Hospital Pelópidas 245
Silveira, que muitos achavam que era particular. Outra questão era que 246
pelo fato de já haver uma decisão política e um reconhecimento da 247
necessidade de melhoria da alimentação naquela Fundação, já havia sido 248
licitado uma empresa e que a mesma, estava iniciando seus trabalhos 249
naquele mesmo dia. Esclareceu também, a preocupação demonstrada 250
pelo Conselheiro Montesumba, de não se tirar nada nem prejudicar o que 251
já existia, afirmando ser similar ao pensamento da gestão e que, primeiro 252
o HR-Hospital da Restauração iria passar por reforma na emergência, 253
ampliação de leitos no quinto e sexto andar e a parte da coleta, ficaria 254
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anexo a Agência Transfusional. Garantiu que não iriam comprometer 255
nenhum serviço, nem assistência, pelo contrário, iriam melhorar as 256
condições não só do HR mais também dos Hospitais Getúlio Vargas e 257
Agamenon Magalhães. Finalizando, informou que esses Hospitais eram, 258
entre os dezessete no Brasil, os que iriam passar por um processo de 259
qualificação. E que o Ministro da Saúde estava chegando ainda naquela 260
semana, para discutir os recursos necessários para a melhoria das 261
estruturas, que eram pública, próprias e que todos estavam dentro de um 262
plano diretor, assim como o Hospital Otávio de Freitas, para investimento 263
da rede. Na continuidade o Conselheiro José Rodrigues fazendo lembrar 264
que a saúde era um direito de todos e um dever do estado sugeriu que 265
todos ali deveriam estar empenhados para fazer jus à lei, no sentido de 266
atentar-se com a questão do bom atendimento do usuário do SUS, 267
independente da rede, ser pública ou privada. A Conselheira Ana Paula 268
Sóter declarou concordar com a maioria das falas ali feitas. Disse que não 269
houve redução no atendimento, nem prejuízo no sentido de diminuir ou 270
aumentar a lista de espera de transplante levando então, a se fazer uma 271
opção transitória que não trouxesse grande transtorno, no ponto de vista 272
de quantidade. Apesar de saber e lamentar a questão dos vínculos com 273
alguns profissionais, dizendo ser uma questão delicada e que 274
compreendia. Mas, quem estava na gestão às vezes tinha que fazer 275
escolhas do tipo “escolha de Sofia”, onde no próprio Hospital do HEMOPE, 276
tiveram que optar em escolher quem ocupar o leito, o paciente de 277
hemofilia ou de oncologia e que essas eram decisões que não poderiam 278
ser de um serviço como do HEMOPE e por isso, a necessidade de separar a 279
oncologia de doenças benignas e que todos pudessem estar de acordo 280
com as suas necessidades, na melhor forma de serem atendidos, com 281
melhor conforto, com a melhor equipe. Confirmou que estavam passando 282
por um momento transitório e a proposta definitiva era irem para o 283
Hospital do Câncer. Sugeriu que fossem encaminhados à SES, através da 284
Comissão Executiva, solicitação de ponto de pauta, de preferência para 285
bem próximo, referente à apresentação do novo projeto informando 286
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como a oncologia vai estar dentro do Hospital do Câncer. Concordou com 287
os Conselheiros Ribeiro e Reneudo, em contratar empresa de pesquisa 288
para avaliar a satisfação do usuário em relação ao SUS em Pernambuco; 289
saber como a população estava sendo atendida nas UPAs; no Hospital 290
Metropolitano; no Hospital da Restauração. Disse pensar que assim 291
poderiam avaliar custo, benefício e saber como estavam sendo investido 292
os recursos nos referidos Hospitais. Por fim, concordou também com o 293
Conselheiro Adson, nas questões dos planos de saúde serem financiados 294
com dinheiro público; parar com ressarcimento para a classe alta; em o 295
imposto de renda ser alocado para o SUS; debater com a sociedade e 296
estarem ampliando os recursos, deixando de cofinanciar o setor privado 297
não só com isenção fiscal, como também atendendo paciente de plano de 298
saúde. Concluiu dizendo que na hora do transplante, na hora do 299
medicamento de alto custo era também o SUS que atendia. Após intervalo 300
do almoço a mesa concedeu espaço para depoimentos de familiares de 301
transplantados. Saldando a todos a esposa de um transplantado relatou 302
que seu marido foi diagnosticado com mieloma múltiplo, há cinco anos 303
atrás, que após ciclo de quimioterapia foi submetido a um transplante 304
oncólogo, sendo usuário do Plano de Saúde da Empresa. Assim, após 305
cirurgiado permaneceu quarenta e dois dias internado no Hospital 306
Português, com excelente atendimento não tendo nada a reclamar das 307
acomodações e sim do médico que fez a cirurgia. Disse que o mesmo 308
sugeriu após oitenta e cinco dias, com custo de R$165.000,00 (cento e 309
sessenta e cinco mil reais) ser feito um novo transplante, mesmo não 310
sendo indicado para tal procedimento. Em seguida a mãe de uma paciente 311
relatou que sua filha foi internada em setembro do corrente ano e desde 312
aquela data batalhava para conseguir uma doação. Disse estar 313
envergonhada com a resistência encontrada por parte das assistentes 314
sociais do HEMOPE, referente à coleta da medula para fazer o transplante. 315
Relatou ainda, a grande dificuldade existente em relação à medicação e 316
alimentação. A mesa agradeceu e seguiu sugerindo encaminhar solicitação 317
de ponto de pauta feita pela SES/PE para apresentar as questões 318
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referentes à construção do setor de oncologia dentro do Hospital do 319
Câncer. Acatado pelo Pleno. O Conselheiro Adson Silva sugeriu da gestão 320
que toda ação política aprovada , fosse conhecedor o CES/PE antes de 321
serem executadas e noticiadas nas rádios.Disse que se no CES/PE já 322
tivesse sido discutido quais seriam as prioridades anuais, ele não estaria 323
naquele momento solicitando aquele acordo. A SES/PE na pessoa da Dra. 324
Ana Paula Sóter concordou e lembrou à Comissão Executiva do Conselho 325
que desde o ano passado a questão foi apresentada em reunião no CES/PE 326
para entrar em pauta e certamente por conta de uma discussão longa do 327
Plano Estadual de Saúde, que ocupou bastante a pauta, não foi discutida. 328
Salientou a importância de se fazer cumpri-la. A mesa seguiu com o 329
encaminhamento solicitado pelo Conselheiro Carlos Freitas que sugeriu 330
encaminhar resolução pela reabertura do CTMO. Conselheiro Xavier 331
Uytdenbroek sugeriu que o CES aprovasse a continuação do Centro, 332
formar uma comissão mista para acompanhar o serviço de medula óssea, 333
aberto no Hospital Português em substituição ao CTMO. Acrescentou a 334
importância de apresentar relatório sistemático da qualidade e presteza. 335
Acatado pelo Pleno. O Conselheiro Wilson solicitou esclarecimento da 336
mesa se teria ou não que passar pelo pleno, o fechamento ou abertura do 337
CTMO/HEMOPE. E se a gestão, uma vez que está tramitando uma liminar 338
na justiça solicitando a reabertura, não poderia reabri-lo novamente. A 339
mesa em esclarecimento solicitou retomar o caráter da reunião 340
lembrando a todos, que já havia um processo judicial tramitando onde a 341
Procuradoria Geral do Estado estava defendendo para manter fechado em 342
função de todos os argumentos que foram ali colocados. Lembrou que a 343
discussão era para que nesse período fosse feita monitoração e 344
acompanhamento dos pacientes que estão internados no setor de medula 345
óssea do Hospital Português. Conselheiro Adson silva lembrou a todos que 346
não competia mais ao CES/PE questionar se reabria ou não o CTMO pois 347
era decisão judicial, cabendo ao Conselho esperar a decisão. A Conselheira 348
Lindinere Ferreira concordou com a fala do Conselheiro Adson e 349
acrescentou que nada impedia que o pleno emitisse parecer através de 350
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resolução, em relação à questão do CTMO. Solicitando voltar a funcionar 351
de forma adequada. A mesa solicitou que a Conselheira redigisse o 352
encaminhamento especificando na visão do conselho qual seria a forma 353
adequada de funcionamento do Centro. Conselheiro Jair Pedro sugeriu 354
encaminhar a manutenção da Comissão de Fiscalização que já existia e 355
que outras comissões se agregassem e se unissem às associações. Acatado 356
pelo Pleno. O Conselheiro Adson sugeriu que constasse nas pautas o que 357
era apresentação e o que era para aprovação. A mesa informou que 358
naquele dia estava pautado apenas para apresentações, chamou a 359
atenção do plenário para a sugestão apresentada pelo Conselheiro Adson 360
e solicitou do pleno encaminhar como resolução ou recomendação o 361
pleito do Conselheiro Carlos Freitas. Na continuidade a mesa convidou 362
para explanar sobre Gestão e Funcionamento das UPAs - Unidades de 363
Pronto Atendimento Dra.Tereza Campos,Secretária Executiva de Atenção 364
a Saúde que iniciou apresentando a funcionalidade da UPAs; redes de 365
atenção à saúde, pré hospitalar móvel, pré-hospitalar fixo; rede de 366
atenção às urgências; rede de urgência e emergência- pré-hospitalar fixo- 367
14 unidades de pronto atendimento; classificação das UPAs; perfil; 368
capacidade operacional; fluxo interno; as O.S-Organizações Sociais que 369
gerenciam as UPAs, IMIP, IPAS, Hospital Maria Lucinda, Santa Casa de 370
Misericórdia, Hospital Tricentenário; modelo de gestão por resultados, 371
contratação de O.S através de seleção pública; indicadores; sistema de 372
acompanhamento dos contratos mensais, trimestrais e semestrais; 373
desafios; fluxo assistencial. Finalizada a explanação a sessão foi aberta 374
para questionamento do Plenário: Conselheiro Jair Pedro informou ter 375
passado quatro horas na UPA de Nova Descoberta com sua mãe, sendo 376
classificada como grave. Informou que ele mesmo solicitou e preencheu o 377
formulário de satisfação, verificando que os usuários não estavam sendo 378
orientados para isso. Disse ter sido bem atendido e que as pessoas 379
estavam sendo orientadas a procurar a Policlínica Barros Lima. 380
Questionou se o formulário de encaminhamento deveria ficar de posse do 381
paciente ou não e se o acolhimento era registrado como procedimento de 382
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atendimento da UPA ou da unidade a qual o mesmo era encaminhado. 383
Sugeriu a implantação de conselho local fiscalizador dentro das UPAs. 384
Conselheiro Reneudo Guedes primeiro sugeriu que a Comissão Executiva 385
solicitasse, antecipadamente, todo o material utilizado nas explanações 386
das pautas, para facilitar o acompanhamento na hora das apresentações. 387
Concordou com os questionamentos e sugestões feitas pelo Conselheiro 388
Jair e acrescentou dizendo ter achado fantástica e organizada a proposta 389
das UPAs, que a população estava elogiando. Sugeriu ainda que essa 390
comissão agisse em conjunto com a Secretaria para provar a realidade e 391
defende-la se necessário. A Conselheira Lucelena Anjos Informou que em 392
consulta na UPA Caxangá, por mais de uma vez, recebeu prontuário 393
escrito Hospital Maria Lucinda, no entanto, foi encaminhada para outros 394
Hospitais. Solicitou esclarecimento a tais procedimentos. O Conselheiro 395
Carlos Freitas informou que os pacientes idosos, depois de passarem pela 396
classificação de risco, ficavam ainda, aguardando muito tempo para serem 397
atendidos. Chamou atenção para fiscalização desses contratos de 398
especialidades de referência, para cobrança e restituição de recursos e 399
para onde eram encaminhados os pacientes onco hematológico e 400
transplantados em situação de urgência e emergência. Conselheiro Batista 401
Fortunato questionou gastos com as O.S- Organizações Sociais, quais eram 402
os custo dos Hospitais. Conselheira Sônia Pinto indagou qual era a função 403
da UPA e colocou que para pacientes graves o serviço já era feito pelas 404
Policlínicas. Conselheira Conceição do HOF relatou mau atendimento nas 405
UPAs, que uma paciente foi medicada com dipirona sendo alérgica. Disse 406
que na UPA do Curado só tinha pediatra e que a atenção básica não 407
funcionava. Solicitou fiscalização. Conselheiro Adson Silva solicitou 408
esclarecimento de qual seria de fato o modelo de gestão das UPAs. Disse 409
entender que o SUS programou a municipalização e o sistema estava 410
disponibilizando aos municípios a não terem serviço próprio e que para 411
seu entendimento o que foi apresentado e discutido foi modelo 412
assistencial. Conselheira Lindinere concordou com a fala do Conselheiro 413
Adson e solicitou os seguintes esclarecimentos: demandas oriundas de 414
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determinados atendimentos que seguiam para os municípios sem que o 415
estado desse nenhum suporte; cópias dos contratos para conhecimento 416
do formato, conteúdo; questão qualidade do atendimento; notificação 417
dos casos de dengue. Sugeriu discussão em relação participação dos 418
municípios na avaliação dos serviços prestados pelas UPAs. Conselheiro 419
Jorge Gomes do HBL questionou o volume do atendimento. Ressaltou que 420
o paciente passava muito tempo na espera, comprometendo assim, a 421
qualidade do serviço. Após questionamentos da plenária a sessão foi 422
aberta aos esclarecimentos. Em resposta ao Conselheiro Jair Dra. Tereza 423
Campos disse que a UPA, como o hospital ou qualquer outro equipamento 424
que está no sistema, tinha que estar sendo sempre acompanhado e 425
avaliado constantemente. Concordou com a sugestão do Conselheiro 426
Reneudo em se formar comissão para visitar as UPAs da mesma forma 427
que eram feito com os Hospitais, Policlínicas e outras unidades. Esclareceu 428
a Conselheira Lucelena que de fato o formulário com o nome da O. S. 429
(gerenciador da UPA) não deveria ir ao Maria Lucinda e quem decidia não 430
era a O.S e sim a regulação. Enfatizou que o sistema de rede, de 431
atendimento acolhimento tinha no mínimo custo com mão de obra. Ao 432
Conselheiro Carlos Freitas esclareceu que não só o idoso mais também a 433
gestante e a pessoa com deficiência, tinha prioridade no atendimento e o 434
mesmo era acolhido assim como o paciente grave e de risco. Seguiu 435
esclarecendo o papel das UPAs para a Conselheira Sônia. No caso de 436
paciente grave ela tinha a obrigação de acolher, estabilizar e garantir um 437
transporte seguro para o Hospital de referência. Para Conselheira 438
Conceição e outros que também colocaram a questão de quem fiscaliza 439
disse ser, a gestão que auditava, supervisiona, licitava e verificava quem 440
podia e tinha condições de participar. Cortava recurso e rompia contrato 441
se não fosse cumprido o que era estabelecido. Disse que aquela ação 442
apresentava modelo de gestão. Confirmou para o Conselheiro Adson que 443
a gestão não estava desmontando o processo da municipalização, pelo 444
contrário, citou como exemplo muitos Hospitais que estavam no processo 445
de municipalização como o de Areias, de Jaboatão e Limoeiro e o pacto da 446
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gestão era trabalhar um modelo que dialogasse e que não estava tudo 447
resolvido, estava sendo discutido. No caso da dengue nas UPAs, 448
esclareceu para a Conselheira Lindinere que estava sendo capacitado 449
todos os trabalhadores. Para o Conselheiro Carlos Freitas que os casos da 450
oncologia estavam sendo atendidos no serviço de alta complexidade, a 451
UPA acolhia, estabilizava e encaminhava. Na continuidade a Conselheira 452
Sebastiana Prazeres relatou que após implantação da UPA no Ibura a 453
comunidade foi convidada a conhecer suas atividades e juntos 454
identificaram algumas dificuldades nas questões de medicamento, 455
engessamento e encaminhamento de pacientes para outras unidades de 456
atendimento. Enfatizou o ótimo serviço desempenhado e sugeriu que o 457
trabalho feito pelo seu gerente, deveria servir de exemplo para as demais. 458
O Conselheiro Xavier Uytdenbroek discordou do modelo de gestão 459
apresentado, dizendo não ser participativo e sim empresarial e que o 460
neoliberalismo estava tomando conta da saúde. Concordou com as falas 461
dos Conselheiros Jair, Adson e da Conselheira Lindinere e solicitou 462
esclarecimento em relação aos movimentos financeiros, recebimento e 463
gastos, dos Hospitais que são administrados pelas Organizações Sociais. 464
Informou ter escutado de uma assistente social que a mesma tinha que 465
mudar o conteúdo das caixas de sugestões que contem as opiniões da 466
população, visando atender as sugestões do governo. Acrescentou não 467
poder informar em que UPA ocorria este fato, para não comprometer o 468
emprego da funcionária e classificou a informação como, quase uma 469
denuncia. Conselheiro Antônio Fernandes informou mau atendimento nas 470
UPA da Caxangá e Abdias de Carvalho em relação às atendentes e solicitou 471
esclarecimento na questão do medicamento prescrito pelo médico no 472
atendimento, em dosagens de dias alternados, perguntou se a mesma 473
teria obrigação de aplicá-lo ou se era correto encaminhar para outra 474
unidade. Conselheiro José Ribeiro colocou que havia diferenças entre 475
atendimento, aprazamento, aconselhamento e acolhimento em relação às 476
questões da saúde e humanização. Se reportando ao Conselheiro Xavier 477
sugeriu que, não só a gestão mais todos deveriam defender as estratégias 478
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das ações de saúde e levantar a discussão para uma nova pactuação do 479
SUS. Conselheiro Jorge Alberto reforçou a solicitação já feita por outros 480
conselheiros em relação ao CES ter acesso aos contratos das UPAs e 481
lembrou o cuidado para se ter com a questão da qualidade no 482
atendimento e não só na quantidade. Conselheira Aparecida Gomes 483
informou que no Sertão não tinha UPA e que os Hospitais faziam o mesmo 484
controle através das pulseiras, disse achar válido. Sugeriu capacitação dos 485
funcionários dos Hospitais, da UPA de Palmares e fiscalização no 486
atendimento médico. A Sra. Rita, representante de paciente 487
transplantado, questionou se as UPAs estavam preparadas para acolher 488
pacientes oncológicos, aplasia e doença do enxerto contra hospedeiro. 489
Conselheiro Reneudo Guedes sugeriu consenso entre os representantes 490
da população, nas questões e apresentações colocadas e mais propósito 491
no que se achava importante ser mudado ou melhorado nas UPAs, através 492
da formação de grupos de trabalho, garantindo assim os anseios da 493
sociedade. Conselheiro Júlio César do HR sugeriu que fossem feita 494
campanhas de publicidade para melhor divulgação das atividades das 495
UPAs esclarecendo assim, toda a população. Informou que na UPA da 496
Imbiribeira um funcionário teria garantido ao acompanhante de um 497
paciente que o mesmo, ao chegar ao HR, seria encaminhado 498
imediatamente para a UTI, causando assim, um transtorno na recepção do 499
Hospital. O Conselheiro Domício de Sá concordou com a ultima fala do 500
Conselheiro Reneudo e acrescentou a preocupação com a falta de ética 501
adotada pelas O.S., pois já havia sido informado por pessoas idôneas, de 502
que estava havendo seleção de clientela com objetivo de não baixar os 503
indicadores das UPAs. Solicitou fiscalização. A Conselheira Ana Paula 504
Sóter, discordou da fala do Conselheiro Adson, na questão de estarem 505
contrariando o processo de municipalização com a abertura das UPAs , ao 506
contrário a gestão ficava feliz que alguns municípios estavam assumindo a 507
responsabilidade da rede de urgência e emergência, apresentando 508
propostas de UPAs municipais e que era um bom sinal, o gestor poder 509
apresentar sua proposta para ter recurso financiado pelo Ministério. 510
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Informou ainda que quando aberto a possibilidade de UPA, foi também 511
para municípios e por se tratar de um equipamento bastante oneroso, não 512
houve nenhuma movimentação nesse sentido e o custo, em média, era de 513
um milhão por mês e o Ministério financiava duzentos e cinquenta mil e 514
os municípios não tinham condições de arcar com setenta e cinco por 515
cento do recurso, de forma que o Estado assumiu. Confirmou que a gestão 516
estava aberta para discutir também a municipalização desses 517
equipamentos, como já havia falado dos hospitais. Destacou a importância 518
de se manter o vinculo e o funcionamento em rede, evitando estarem 519
sempre vivenciando os problemas que foram colocados. Em relação à 520
questão colocada pela Conselheira Sônia, esclareceu que era para ser 521
atendido na unidade de saúde da família, assim como os pacientes com 522
dor, febre e dengue, deveriam ser atendidos na urgência de baixa 523
complexidade. Concordou com a idéia de fazer uma campanha 524
informativa em relação às UPA, conscientizando a população dos serviços 525
prestados por cada unidade de saúde e assim promovendo uma maior e 526
melhor capacidade de atendimentos nas grandes unidades. Ao 527
Conselheiro Adson informou que havia focado instrumento de gestão, 528
exemplificado no item Contrato de Metas. Ao Conselheiro Domício 529
esclareceu que não se tinha indicador ótimo de avaliação de desempenho, 530
podendo garantir que o melhor seria trabalhar baseado em contrato de 531
metas e não como era anteriormente, em produtividade. Disse que a UPA 532
tem um orçamento definido por mês e os indicadores são monitorados e 533
não adiantava avaliar um único procedimento sem que atendesse outro. 534
Discordou da fala do Conselheiro Xavier, quando citou que o Brasil estava 535
caminhando para um modelo neoliberal e que estava tomando conta da 536
saúde, afirmando que não era o sistema de gestão da saúde em 537
Pernambuco, acrescentou que poderiam abrir uma discussão 538
posteriormente, apresentando todos os argumentos necessários e 539
detalhados. Na continuidade Dra. Tereza Campos confirmou que seria 540
verificado pela SES todas as denuncias feitas. Concordou com os registros 541
apresentados pela Conselheira Sebastiana enfatizando a importância da 542
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participação e do envolvimento dos distritos com as gerências das UPAs. 543
Em relação à acusação, feita pelo Conselheiro Xavier Uytdenbroek, que 544
uma assistente social lotada numa UPA não citada e que tinha sido 545
pressionada pela gestão em alterar as sugestões dos usuários com 546
objetivo de não modificar os indicadores esperados,disse não ser 547
procedimento da gestão. Solicitou do Conselheiro Xavier informações 548
mais precisas para verificar a veracidade do fato, com objetivo de avaliar e 549
melhorar os serviços prestados e não com interesse de punição. 550
Esclareceu ao Conselheiro Antônio Fernandes que a garantia do 551
medicamento era obrigatória, não só na UPA mais em qualquer unidade 552
de saúde, na hora do atendimento da urgência e não no tratamento 553
contínuo. Ao Conselheiro Jorge Alberto relembrou que havia demonstrado 554
através da explanação Metas de Qualidade e Quantidade, bem como 555
formas do pagamento. Sugeriu a formação de uma comissão em prol de 556
maiores informações a cerca das atividades, modelo de custo e do 557
contrato. Disse que a equipe técnica iria apresentar o modelo de custo 558
que acompanhava. Para a Conselheira Aparecida, disse que já estava 559
fazendo relatório e sugestões para capacitação em acolhimento. Lembrou 560
a Sra. Rita que, conforme já havia explicado, a UPA não estava preparada 561
para atender todos os serviços da saúde, porque não era o perfil e que 562
tinha o dever sim, de acolher e encaminhar de forma segura para a 563
unidade específica. Ao Conselheiro Júlio respondeu que já tinha algumas 564
linhas de divulgação mais estavam estudando uma forma de ampliação. 565
Para Conselheiro Domício Sá disse concordar com a fala da Dra. Ana Paula, 566
que não tinham um modelo melhor de avaliar os desempenhos, porém, 567
tinham a certeza de sua necessidade. Concordou em somar experiências, 568
que uma academia de pesquisa iria contribuir para a discussão, assim 569
como os usuários e trabalhadores. Finalizou agradecendo e acrescentando 570
que os debates fortaleciam, estimulavam, esclareciam e que estava à 571
disposição para outros. Na continuidade a mesa consultou o plenário e 572
seguiu com os encaminhamentos, sendo recomendado: Criação de 573
Conselho Local de Saúde nas UPAs; Instituir uma Comissão de Fiscalização 574
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e outros conselheiros que manifestassem desejo de acompanhar os 575
serviços; avaliar pesquisa de satisfação e qualidade dos serviços 576
oferecidos pelas UPAs; Licitar campanha de mídia com o objetivo de 577
divulgar o papel da UPA dentro da rede de saúde; Agendar visita à 578
Secretaria Executiva de Atenção à Saúde da SES, de uma comissão do 579
CES/PE para analisar/avaliar os contratos das UPAs. Dando continuidade 580
foi Aprovado solicitar do Tribunal de Contas do Estado realização de 581
auditoria nas contas do HEMOPE. Solicitado pelo Conselheiro Carlos 582
Freitas. Em seguida a coordenação da mesa proferiu leitura dos Informes: 583
Relatório de Seminário Nacional de Gestão Participativa e Controle Social, 584
enviado pelo conselheiro Manoel Rocha. Não houve Representações do 585
CES/PE nos diversos espaços e por nada mais havendo a tratar a 586
Coordenadora da mesa, às dezessete horas e cinquenta minutos, deu por 587
encerrada a 411ª Reunião Extraordinária do CES/PE. A presente foi lavrada 588
por mim, _________________Anary de Paiva Souza, Relatora do Conselho 589
Estadual de Saúde. Recife, vinte e nove de fevereiro de dois mil e doze. 590