Atas Dharana Tres

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ATAS DE DHÂRANÂ LIVRO 3 Mantra de “Dhâranâ” Escrito em alfabeto assúrico Obs: O nome do 1 o Secretário é OZORIO SCHLEDER DE ARAUJO Ata da reunião esotérica da sociedade “Dhâranâ” realizada no dia 8 de Novembro de 1925. Às 15 horas presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica mental, foi esta feita sob os auspícios da Confraria Branca de Bh.-J. Compareceu o Ven. Sacerdote da Conf. de Gart. Que depois de breves palavras de animação com os membros de “Dhâranâ” e de fraternidade para com os filhos do Brasil, anunciou a vinda do Ven. Terapeuta Hindu para nos prestar a caridade dos seus tratamentos. Antes porém, convinha defumar bem os aposentos pois cada vez mais se torna difícil a facilidade das comunicações dos Ven. Mest. conosco proveniente das correntes maléficas de pensamentos, projetadas sobre “Dhâranâ” (Sociedade). Compareceu então o Ven. Çvani Kuni que nos trouxe o “mantra” prometido, escrevendo-o após a Corrente Mental desfeita, colocando o papel sobre a cabeça da imagem do Senhor Gautama avisando-nos que só o tirássemos dali depois que o Venerável Terapeuta Egípcio o preparasse. Nesse instante, foi necessário queimar sândalo puro não satisfazendo o que foi apresentado, por conter perfumes estranhos. Foi então colocada no chão da sala das reuniões, a caixinha de metal que a ven. irm. 2 o Secretário D. Gracilia Baptista, havia trazido com ela presenteado à Sociedade “Dhâranâ”. Aproximando-se então da caixinha vazia apanhou-a com ambas as mãos, sendo que com a direita que segurava a tampa, abriu e fechou três vezes a caixinha, pronunciando palavras ininteligíveis. No fim da terceira pancada, a entidade presente, pelo seu médium (o Prof. Henrique), mostrou e deu a cheirar a todos os presentes, pós finíssimos de perfumadíssimo sândalo, de que a caixinha encontrava quase cheia. Foi prometido ao Diretor Exotérico, pelo mesmo processo um ungüento para passar no pescoço, no pé, etc. e que seria “trazido” no próximo Domingo. Compareceu então o Ven. Terapeuta Egípcio que preparou o “mantra” com palavras cabalísticas e defumações com perfumes sagrados, fazendo em seguida os tratamentos psíquicos em todos quantos o desejaram retirando-se em seguida. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” a qual ainda vai por mim datada e assinada. Niterói, o de Novembro de 1925. Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico. 1

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ATAS DE DHÂRANÂ

LIVRO 3

Mantra de “Dhâranâ”

Escrito em alfabeto assúrico

Obs: O nome do 1o Secretário é OZORIO SCHLEDER DE ARAUJO

Ata da reunião esotérica da sociedade “Dhâranâ” realizada no dia 8 de Novembro de 1925.

Às 15 horas presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica mental, foi esta feita sob os auspícios da Confraria Branca de Bh.-J. Compareceu o Ven. Sacerdote da Conf. de Gart. Que depois de breves palavras de animação com os membros de “Dhâranâ” e de fraternidade para com os filhos do Brasil, anunciou a vinda do Ven. Terapeuta Hindu para nos prestar a caridade dos seus tratamentos. Antes porém, convinha defumar bem os aposentos pois cada vez mais se torna difícil a facilidade das comunicações dos Ven. Mest. conosco proveniente das correntes maléficas de pensamentos, projetadas sobre “Dhâranâ” (Sociedade). Compareceu então o Ven. Çvani Kuni que nos trouxe o “mantra” prometido, escrevendo-o após a Corrente Mental desfeita, colocando o papel sobre a cabeça da imagem do Senhor Gautama avisando-nos que só o tirássemos dali depois que o Venerável Terapeuta Egípcio o preparasse. Nesse instante, foi necessário queimar sândalo puro não satisfazendo o que foi apresentado, por conter perfumes estranhos. Foi então colocada no chão da sala das reuniões, a caixinha de metal que a ven. irm. 2o Secretário D. Gracilia Baptista, havia trazido com ela presenteado à Sociedade “Dhâranâ”. Aproximando-se então da caixinha vazia apanhou-a com ambas as mãos, sendo que com a direita que segurava a tampa, abriu e fechou três vezes a caixinha, pronunciando palavras ininteligíveis. No fim da terceira pancada, a entidade presente, pelo seu médium (o Prof. Henrique), mostrou e deu a cheirar a todos os presentes, pós finíssimos de perfumadíssimo sândalo, de que a caixinha encontrava quase cheia. Foi prometido ao Diretor Exotérico, pelo mesmo processo um ungüento para passar no pescoço, no pé, etc. e que seria “trazido” no próximo Domingo. Compareceu então o Ven. Terapeuta Egípcio que preparou o “mantra” com palavras cabalísticas e defumações com perfumes sagrados, fazendo em seguida os tratamentos psíquicos em todos quantos o desejaram retirando-se em seguida. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, o de Novembro de 1925.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

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Ata da reunião de vibração mental, (exclusiva dos membros da corrente) em benefício dos Sócios e suas famílias, realizada em 12 de Novembro de 1925.

De conformidade com a resolução do sr. Diretor Esotérico Prof. Henrique José de Souza, foram destinadas as Quintas-feiras, para a formação de uma vibração especial para o beneficiamento físico, moral, mental e psíquico dos associados de “Dhâranâ” e suas respectivas famílias. Acontece, porém, que os nossos veneráveis irmãos terapeutas, hindu e egípcio, e que hoje já sabemos serem, respectivamente, os Ven Diretores das Ramas da Confraria Br. de Bh-J. , na Índia e no Egito, compareceram, não só para dirigir os tratamentos, como também para realizar surpreendentes fenômenos de “materialização e transporte” à vista de todos os assistentes. Hoje, por exemplo, foi materializado o perfume sagrado do “lótus”, para dentro da caixinha oferecida pelo Sr. Diretor Exotérico. Quem se achava incorporado era um ven. discípulo (chela) da Confraria do Egito pois o ven. Diretor desta Rama (Confraria nossa tutora) <<estava em ativa reunião com os seus veneráveis companheiros, concertando as providências a imprimir nos destinos humanos, que haviam atingido nesse instante uma gravíssima situação.>> Era esta a razão por que não havia comparecido, mas, enviava o que havia prometido: o perfume do “lótus” e o seu ven. Mensageiro acrescentou: <<podeis mandar analisar este perfume, no Brasil não existe. Este fenômeno não tinha importância, ele poderia materializar dez quilos daquele pó se fosse preciso. Que quando “Dhâranâ” mudasse de sede, então sim, fenômenos importantes se dariam e que em seguida terminariam essas provas.>> E em seguida mandou fazer uma “corrente” com todas as pessoas presentes, ficando ele na porta do Gabinete Santuário e sendo colocado um fogareiro no centro, foi queimando o perfume trazido. Terminada estas “corrente” transfusora de prana, retirou-se a entidade, deixando-nos a bênção dos nossos ven. Mestres. E para constar lavrei esta ata especial para conhecimento e governo culto da Sociedade “Dhâranâ” a qual vai ainda por mim datada e assinada.Niterói, 12 de Novembro (Quinta-feira) de 1925. Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica realizada no dia 15 de Novembro de 1925 (Domingo)

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita sob os auspícios dos Ven. Mest. da Conf. Br. de Bh-J. Compareceu um ven. Representante da Conf. de Srinagar, que avisou não ser possível a vinda de qualquer dos Nossos Ven. Mest. , que desenvolvem plena atividade nas suas Confrarias no interesse do bem coletivo da Humanidade, completamente desnorteada dos seus deveres e direitos. Os Senhores da Esquerda, os Magos Negros, aproveitam-se dessa circunstância favorável aos seus desejos e procuram perturbar a Obra de Amor e de Paz, de Progresso e Fraternidade, interferindo até nos negócios e trabalhos das Confrarias Brancas, como perto deles acontece com a Confraria Negra de _______. <<Mas, acrescentou, a Vontade do Pai Celestial tem de ser cumprida de qualquer modo

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e Nós, seus filhos e operários, levaremos esta Obra avante, porque ela tem de ser realizada e concluída. Que venha para aqui a Sacerdotisa Zeladora do Templo, uma só não, que venham três para quebrar as Forças do mal que hão de ser vencidas, esmagadas, aniquiladas, porque esta é a Vontade do Pai que aqui nos envia.>> Mandou então que fosse aceso o fogo sagrado, a fim de se poder receber um ven. Discípulo da Confraria do Egito, que viria pelo seu Ven. Dirig. fazer e continuar os tratamentos. Disse antes de se retirar, que os Mestres têm notado que os Diretores de “Dhâranâ”, não chegam nunca a um acordo quando tratam da transferência de residência do Diretor-Chefe e de sede de “Dhâranâ”. Que não sirva isto de desconsolo ou tristeza, pois, tudo aparecerá na ocasião oportuna. Todas as Ramas da Confraria serão transformadas em Confrarias também, dentro em pouco, pois as Ramas atuais são provisórias. Os Mestres não irão viver nas Ramas. Que ele, humilde discípulo, não deseja dar sugestões, do mesmo modo, por que o não fazem os nossos Ven. Mest. , mas, apenas fazer lembrar, que “Dhâranâ” precisa estar protegida contra o turbilhão de vibrações heterogêneas, que cruzam-se em todas as direções, na atmosfera das grandes capitais. Os ruídos de toda a espécie, os odores, etc., só serviriam para impedir as sérias concentrações que devemos manter durante os nossos trabalhos. Não são outros os motivos das grandes dificuldades psíquicas, sofridas pelas Ramas da Alemanha e dos Estados Norte-americanos, instaladas no bulício permanente de barulhentas cidades. Isto, repete, não é uma insinuação, é apenas, uma lembrança. Neste instante foi disposto o pequeno Santuário para os tratamentos, pois, manifestou-se o Discípulo da Confraria do Egito, dizendo que apesar de não poder comparecer o seu Ven. Mest. Dirig. (que contudo ali estivera às 15 horas em ponto e depois se retirara), mandara já o material para os tratamentos. <<tinham chegado, disse, em estado de ebulição, ferventes, que procurássemos sentir o cheiro que vagava pelo ambiente,>> e com efeito todos sentiram, (os presentes no santuário e na Sala de reuniões) o perfume característico do mentol. Continuando, disse o ven. Discípulo, que não nos admirássemos desses fatos, nada valiam, não tinham importância, qualquer de nós poderia realizá-los, estavam em nós, na nossa mente e no éter as substâncias indispensáveis para dar-lhes concretização, materialização. Que muito em breve fenômenos surpreendentes iríamos presenciar, mas, não naquela casa inadequada para estes fatos, mas sim em outra para onde fôssemos. Depois então os fenômenos cessariam. Pediu um pires com petróleo e como não houvesse petróleo, mandou que em seu lugar fosse usado ou viesse, gasolina ou benzeno e um pouco de álcool. E assim falando veio até o meio da sala, ajoelhando-se à oriental, com um joelho só, prolongou o braço direito em perpendicular com o corpo, palma da mão voltada para cima, vendo-se nela cair uma substância escura. Cobriu-a com a mão esquerda, friccionando com violência a tal substância escura. A princípio pela atrito seco, parecia tratar-se de pó, mas, pouco à pouco foi-se reconhecendo que o atrito tornava-se menos áspero, parecia que uma cousa viscosa, macia, escorregava celeremente pelas mãos. A esse ponto já entontecia o cheiro do mentol enquanto o professor Henrique apresentava uma matéria emulsionada e amarela, nas suas mãos, numa quantidade mais ou menos aproximada de duzentos ou duzentos e cinqüenta gramas. Colocou essa massa pegajosa no pires e avisou que o Venerável Diretor da Confraria do Egito, já mandara o perfume para encher a nova caixa de metal, com que a irm. 2o Secretário D.

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Gracilia Baptista, novamente havia oferecido à Sociedade “Dhâranâ”. Com efeito realçado na caixa de metal, de regulares dimensões, havia cerca de duzentos gramas de perfume (____). Foram então submetidos ao tratamento por massagens, com o curiosos ungüento assim preparado e de cujo cheiro toda a sala recendia, os irmãos Cicero dos Santos e José J. foram submetidos aos tratamentos respectivos, ouvindo interessantes conselhos e curiosas revelações. No momento em que esta Entidade referia-se à mudança da sede social de “Dhâranâ”, teve ocasião de declarar que os Nossos Mestres, faziam questão de que a freqüência de “Dhâranâ” fosse pequena, isto é, pequeno número de sócios, desde que fossem escolhidos e compreendedores da Obra, ao invés de Ter grande quantidade deles, mas, na sua maioria indiferentes ou inertes aos ensinos e às revelações dos mesmos Mestres. E após Ter atendido todos os presentes, exortou-nos a continuar como íamos, prometendo novos tratamentos para a próxima Quinta-feira, encarregando-se de fazer aparecer os medicamentos necessários e abençoando-nos em nome dos Veneráveis das Confrarias desapareceu, prestando à imagem do Senhor Gautama, as devidas saudações, nas posições asanicas do ritual egípcio. E para constar lavrei esta Ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual vai ainda por mim datada e assinada e por todas as pessoas presentes a essa reunião.Niterói, 15 de Novembro de 1925.*Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.*Henrique José de Souza. Diretor-Chefe.

*Osorio Schleider de Araujo1o secretario.*Carlos PinheiroTesoureiro.

*Assinaturas.

Ata da reunião esotérica da Sociedade “Dhâranâ” realizada no dia 27 de Novembro de 1925 (Sexta-feira).

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental foi esta feita sob os auspícios da Conf. Br. de Bh-J. antes foi feita a saudação às Índias por ser o dia consagrado à Vibração Universal com a pátria dos Iluminados. Compareceu o ven. Mest. 6o Rep. Da Conf. , que veio congratular-se conosco como obreiros que não esmorecem e agradecer a saudação feita. Determinou que a reunião fosse breve, devido ao estado de depressão do Professor Henrique, que teria neste dia a terminação dos seus dias nesta existência, assediado pelas vibrações maléficas dos Magos Negros, se não fosse a intervenção dos Dirigentes Espirituais da Confraria que nos dirige. Que este fato, porém, não tivesse repercussão fora daquele Santuário. Em seguida fez uma apreciação dos fatos desenvolvidos pelo mundo, notadamente no Brasil a quem fez uma saudação final mais ou menos concebida nestes termos: <<Salve “Dhâranâ” rebento novo, mas, vitalizado pela uberdade do Tronco donde nasceste! Vieste do Oriente como uma Rama extensa, florescer as mentes dos filhos deste país grandioso que tiveram a dita de ouvir o cantar mavioso da Ave Sonora, que lhes segreda Amor a todos os Seres. Os teus triunfos já são cantados em melodiosas estrofes no Grande

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Concerto Universal da Cadeia Setenária, porque tu excelsa potência materializada, pelos teus grandes esforços em vibração conosco, começaste a dar crescimento nas tuas hastes frágeis das folhagens verdejantes, onde futuramente, amarelados frutos serão colhidos por todos aqueles que se acham perdidos na grande floresta da vida. E então com essas cores do pavilhão da Pátria de teus filhos, terás também o teu hino glorioso cantado pelos Querubins que adejam em torno da Imagem Majestosa do Supremo Instrutor do Mundo. Que a bênção desta Grande Centelha do Espírito do Pai se difunda por todos os que se acham aqui presentes; sobre todos aqueles que se acham em vibração harmoniosa conosco; sobre todos aqueles que desertaram das fileiras cerradas sob o nosso Comando, para dar combate intenso às Trevas, aos Gênios do Mal, amedrontados pelo peso das responsabilidades que lhes cabiam, sem se lembrarem que o nosso apoio seria firme e perene, sobre todos os filhos deste país grandioso e sobre o seu Dirigente Material, não importa quem seja para que as potências Invisíveis do alto auxiliem eficazmente o cumprimento de sua árdua missão, a fim de que os sentimentos de amor e de paz sejam reintegrados no coração desta Pátria e no seio da Família Brasileira!...>> Assim terminando avisou que no caso em que o Diretor Exotérico esquecesse algum tópico desta saudação, que Ele a deixaria escrita num bloco novo que se achava trancado na janela do santuário e até o ponto em que ela (saudação) deveria ser publicada na primeira página da Revista “Dhâranâ”. E assim aconteceu achando-se um manuscrito que repetia a saudação já citada, fazendo ponto no trecho “Supremo Instrutor do Mundo” e assinada: “Justus”. Foi determinado o desdobramento do Sr. Diretor-Chefe para aquisição de forças pranicas de que ele precisava muito, tendo nesta ocasião o seu corpo físico recebido um Membro um Membro das Conf. do Egito que se mostrou satisfeito e feliz com a tutela exercida sobre a Sociedade “Dhâranâ’, que nunca esmoreceu nem recuou, ante os inúmeros obstáculos que lhe sobrevieram desde a sua fundação. Deixava um ósculo de fraternal solidariedade e gratidão a todos os membros de “Dhâranâ”. Nesta ocasião pelo Maestro Eduardo Souto que se achava presente foi executado um “bailado oriental” para piano e de sua composição. Voltando a si, o Sr. Diretor-Chefe, foi cantado o “mantra de “Dhâranâ” por todos os presentes. Em tempo declaro, que antes do início da “prece” na cadeia mental, houve o “transporte” de uma pedra de perfume de benjoim para ser queimado naquela reunião, pedra esta que caiu no círculo formado pelos membros da referida “Cadeia”, no santuário. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 27 de Novembro de 1925 (Sexta-feira).Cicero Bernardino dos Santos (Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica da Sociedade Dhâranâ realizada no dia 29 de Novembro de 1925 (Domingo).

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi aberta a reunião pelo Augusto Venerável 6o Representante da Conf. Br. de Bh-J vibrando no corpo físico do Sr. Diretor Chefe. Pronunciando as palavras da abertura, o sr. Diretor Chefe ergueu as mãos e abaixando-as fez o transporte de duas pedras do perfume benjoim para ser queimado em grande profusão no centro do Círculo para a “Cadeia Mágica Mental”. O que foi feito.

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Fomos então avisados de que iria comparecer o ven. Terapeuta do Egito para continuar a repartir com os necessitados por doença dos seus corpos físicos, o seu tratamento por meio de “passes” e medicamentos “transportados”. Por este processo foram tratados os irmãos Cicero dos Santos e José Guilherme, sendo materializada uma porção regular de “pomada branca”, tomada no “espaço” à medida que era sendo necessária maior quantidade dela. Após os tratamentos, foi cantado o “mantra” de “Dhâranâ” e despedindo-se cordialmente de todos os presentes abençoou-os em nome dos Veneráveis Dirigentes de “Dhâranâ”. Reintegrado o sr. Diretor Chefe à sua consciência pessoal, manifestou-se de novo o Ven. 6o Representante para finalizar a reunião, o que fez, chamando todas as forças benéficas do Alto, para influir sobre os futuros moradores daquela casa, prestes a ser deixada pela Sociedade “Dhâranâ” e pela família do Sr. Professor Henrique J. de Souza, que vão para nova sede e residência. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade Dhâranâ a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 29 de Novembro de 1925.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Mensagem Psicográfica

No mês de Setembro foi recebida ainda uma mensagem do Ven. 6o

representante da confraria de Bh-J. congratulando-se com a Sociedade Dhâranâ << pela brilhante do nosso maior desejo atual – a Mensagem ao Povo brasileiro. O primeiro toque dos clarins vai ressoar do Amazonas ao Prata a fim de arregimentar aqueles que já tendo sido tocados pela Centelha Divina acorreram pressurosos ao grande chamado. Os primeiros clarões da Alvorada da Paz Universal , vem tingindo com nuances maravilhosos e sublimes o Horizonte do Mundo. Uma plêiade de gigantes pequeninos reúne-se dentro deste Santuário em miniatura, porém grandiosa e divinal pelas suas aspirações extra terrenos, para secundar o desejo ou a Repercussão do Verbo divino. E todos nós cada qual a seu modo, trabalhando com amor, com carinho, abnegação e sem outra aspiração que não trabalhar, trabalhar sempre à favor do progresso de nossos Irmãos, de nossa Pátria, do planeta que habitais, estais fundindo o quinto elo da grande Cadeia que envolve o mundo em um doce amplexo fraternal ou seja cada um deles o Trono majestoso onde virá tomar assento um dos príncipes do Grande Reinado da Paz Universal sob a Direção Una do Filho de Deus ou o Senhor de todos os Reinos. Ocultar aos que novas fogueiras estão sendo preparadas para serem erguidas nas praças públicas, para vos receberem, representada por uma crítica mordaz e ferina e aos anátemas mais ignominiosos que cairão sobre nós como dardos envenenados, seria querer mentir àqueles a quem demos a Verdade Una. Mas também, sabedores de que os discípulos da Confraria Branca nunca abandonam a Obra pelas fantasias dos bens terrenos e prontas a darem suas vidas em holocausto como Vítimas do Dever e do Amor pelo Mundo como o mais belo exemplo para as gerações vindouras é que vimos trazer palavras de encorajamento e prevenir, embora já tenhais sentido os primeiros choques da grande avalanche prestes a precipitar-se por sobre todos vós principalmente os seus dirigentes terrenos. O combate vai começar. A Vitória será daqueles que estão com a Verdade. Não há vencedores nem vencidos, porque os últimos estarão de

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futuro com a Verdade. É uma simples transmutação do cenário atual, mesmo porque a Sua Obra modifica-a sempre para melhor. O farol do Mundo erguido naquelas passagens sacrossantas do Tibete, já de há muito vem iluminando as vossas mentes sequiosas de Luz, por mais que vos encontreis indignos de tão grande privilégio. É de lá, amigos e Apóstolos da Verdade, onde repercute a Luz Infinita do Criador, que refletindo-se por todo o Universo em rutilâncias ofuscantes os raios deste Grande Sol todos os Egos são iluminados e por isso mesmo compreendendo a sua procedência, tomarem atitude firme, propositada de voar pelo espaço além até o Seio donde foram gerados. Dentro de cada um de nós no nosso Retiro Sagrado repercute essa Vibração constante e harmoniosa do Verbo para que seja espalhada entre os homens no diapasão Uno e rítmico de toda a criação. Até lá nos chegam todas as lágrimas do Mundo, na sua cadência funesta como um coro infernal de imprecações incontida. Aqui a mater dolorosa junto ao filhinho amado, preste a exalar o último suspiro; ali a viúva aflita, orando no túmulo do esposo, acolá as blasfêmias dos descrentes por não suportarem o peso do Karma por eles próprios preparado. E de ______ com todo esse caos de dores e aflições formando um conjunto estonteante e dissonante, como marcha fúnebre para uma dança macabra a bacanal imensa em que se banqueteiam as aves de rapina. Risos e lágrimas são a mesma dor que se estampa hipocritamente na fisionomia das humanas criaturas. E como ser indiferente a toda essa demanda de desespero? Como consentir que a Verdade seja obscurecida por todo esse cenário creado no reinado de Maya? Não a vós a quem foi outorgado o direito de zelar pelo Destino e Progresso Espiritual do homem, não comporta nem assenta o direito de cruzar os braços e no maior indiferentismo possível ver precipitar-se no abismo a mesma centelha que nos creou e nos anima. Outra não foi a nossa Missão quando no Nirvana ouvimos a Voz do Senhor e o seu dedo móvel a apontar-nos todas as vossas desgraças. O Bom, o Bem e o Belo não são apenas um aforismo mas a tríade sublime que tudo exprime e representa num resumo sintético de aspirações elevadas. Abençoados sejam todos aqueles que abandonando a sua própria individualidade toma a missão grandiosa de trabalhar pelo Mundo! Abençoados sejam todos vós irmãos e amigos sinceros que ouvindo a voz dos vossos Mestres, tendes seguido sem tergiversações o caminho que nós traçamos! Abençoada geração futura que levar o vosso nome como Arautos da Nova Era. Em letra de fogo e com a luminosidade rutilante dos vossos feitos, sejam escritos no Grande livro dos destinos humanos os vossos nomes sacrossantos. _____ da grande Vitória. O Perdão. Como recompensa as alegrias infinitas e inexplicáveis do Empíreo segundo o Paganismo, o Céu onde as águias que voaram mais alto vieram pousar no fim da jornada grandiosa no Grande ninho de Amores e delicias infindos. O Nirvana. Miríades de estrelas fulgurações radiantes formai em Arco e deixai passar o exército ____ ____ da Paz Universal. Abri alas figuras exóticas dragões peçonhentos, _____ viscosos e de repugnante aspecto caí sob os vossos pés aniquilados, vencidos, pois o vosso reinado está terminado. Nós somos a Verdade e vós a Mentira. Pálidos clarões, nuvens tempestuosas, raios mortíferos e destruídos, não vedes a magnificência da Aurora que desperta! Satan o mal ruiu por terra com o Seu Reinado de Ilusões! Cristo vai reinar novamente no Mundo e neste novo reinado cujo Trono as últimas colunas e adornos estão sendo edificados, construídos, preparados pelos Grandes Obreiros da Paz Universal; não se conhecerão tristezas nem ódios, dores e

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aflições. As almas genuflexas e em êxtase perene entoarão um Hino de Glória ao Seu Creador, pelos bens que usufruirão. Nos últimos estertores de uma agonia lenta, o reinado do Mal está prestes a findar como uma noite negra na história do Mundo. Soai clarins majestosos , esvoaçai querubins pelos espaços infinitos. Músicas, coros harmoniosos, caminhos floridos, risos leais. Sol brilhante, pássaros a cantar, cascatas, murmúrio _______ e cadenciado, brisa a ciciar entre as folhagens toda a Natureza em festa anunciando o advento do Grande Bhagavan, o Cristo, o Filho de Deus! Jerusalém abri as tuas portas clamai bem alto. Eis que de novo volta ao Mundo o Filho de Deus. O Messias prometido de todas as épocas. O Nirvana abriu suas portas áureas e deixou cair sobre o Mundo a pérola mais perfeita, mais valiosa que se achava engastada na grande coroa que forma o seu maior Tesouro, o diadema de 5 pedras. Cristo vai dar entrada no Mundo seguido de 7 apóstolos esparsos nas 7 Ramas que formam o Grande amplexo em torno do Globo. Salve Dhâranâ trono futuro do quinto Mahatma, discípulo do Supremo Maha-Chohan. Salve Brasil, país arruinado e déspota, onde vai ser escrita a mais bela página no livro da Sua História. Salve a todos vós obreiros incansáveis e até mesmo aos trânsfugas da Grande Obra inconscientemente pela perseguição, pelo opróbrio, pela ignomínia, fortaleceram o coração do dirigente atual de Dhâranâ dando portanto mais brilho à vida atual da nossa rama querida. E vós Divino Bagavatt, filho de Parabrahm, sublime Padmapani abençoai o mundo, abençoai a todos estes que estão formando os resistentes alicerces da Vossa Grande Obra. Comungamos hoje convosco uma ceia semelhante à de Páscoa onde não há traidores mas discípulos sinceros e devotados. Lírio de alvura impecável. Lótus Sagrado. Lágrima de Budha com um sulco infinito do alto até nós, apagai a negrura ou a mancha das nossas vidas anteriores e iluminai os nossos Egos emprestando-lhes um pouco das vossa virginal pureza. Até sempre irmãos e discípulos amados. Justus Et Perfectus. 6o Representante C. B. B. J.

Outra

Justus et PerfectusNo momento mais solene da Geração atual, u seja, o que atravessamos,

fim de um período cíclico, declínio de uma raça apodrecida e gasta, carcomida pelos vermes nefastos de não conhecimento da Verdade Divina e por isto mesmo atraída ou melhor sucumbida pela vertigem constante da atmosfera mórbida em que de olhos esgazeados rodopia sem cessar como um fuso tangido pelas mãos ocultas das formas que ela própria creou, nunca é demasiado falar-se sobre o futuro imediato do mundo. Os que sofrem por toda essa debandada infernal, vendo os seus irmãos irremediavelmente perdidos e que com a abnegação peculiar aos já tocados pela Centelha Divina sofrem com eles, mas, sofrimento puro, sublime e belo que lhe auréola a face o disco sublime de uma vibração sagrada, desses somos nós, são todos vós e aqueles que não subjugados pela correnteza impetuosa que tudo arrasta na sua passagem devastadora, procuram o abrigo salvador da única tábua benfazeja que lhes passou por perto. A Fé inabalável na Missão que lhes foi confiada. A Vinda do Supremo Instrutor é um assunto não mais discutido, a despeito das controvérsias e da feição dantesca que lhe querem emprestar as próprias religiões em desacordo, cada uma delas adorando um bezerro de diversas espécies, inclusive o de Ouro, sentem no entanto um movimento qualquer que

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lhes perturba, fascina, deslumbra e por que não dizer? Apavora, porém, no seu enraizado fanatismo e intolerância, preferem calar a voz da mentira para ocultarem a Verdade que às claras, à luz sublime do espaço Infinito, viria desmoronar todo este castelo de cartas, jogo infantil que eles têm mantido de pé pela benevolência do Senhor Eterno, mas que a brisa da Verdade necessária à transição atual do mundo, vem derribar de uma só rajada! O ódio, a ilusão, a Blasfêmia, toda esta prostituição moral em que vivem os homens no Reinado atual de Maya, onde a dor suprema, arquejo e soluço intermitentes, são abafados com a gargalhada estrídula e satânica dos inconscientes e o menosprezo dos tiranos do mundo, seria pretensão ridículo querer a presença no Mundo de um pacífico e amantísssimo Jesus, de um Gautama ou do mavioso Orpheu? Como outro ___ das águas do Nilo surgiu a figura majestosa de Moyses, deste mesmo modo aproxima-se o momento em que das entranhas magnificentes do soberbo e altaneiro Himalaia, em cruzamento astral com as correntes magnéticas Geológicas e Geodésicas das pirâmides Egípcias surgirá a Figura Majestosa e sublime do supremo Senhor que vai arrebanhar as suas ovelhas desgarradas para o aprisco sublime do Eterno Senhor e Criador de todas as cousas. Vir ao Mundo, esfarrapado, quase nu esmolando as migalhas dos contemplados da sorte em uma época em que o homem enoja-se somente com a aproximação desta esterqueira humana que se chama pobre, seria irrisório, improfícuo e falta de conhecimento das necessidades das gerações, em diferentes épocas de sua evolução principalmente esta em que a mente evoluiu em Maya deixando ou melhor receando cegar-se com a Luz Infinita do Sol da Verdade Divina. O erro atual a respeito da Vinda do Instrutor é tão sério, que a continuação dele importaria em graves prejuízos para o Mundo. Nota-se por toda parte confusão, tremenda Babel de crenças e filosofias errôneas! Todos querem estar com a Verdade, embora alguns saibam que elaboram em erro premeditadamente. Para esses não há desculpa!...A desilusão será tal e a multiplicidade de fatos creados no mundo de Maya, verdadeiro exército de Devas deformados e sedentos de realização da mais baixa procedência material que a avalanche do ódio está prestes a desmoronar-se por todos eles para que a Verdade possa ressurgir desse escombro macabro e pestilencial como a flor de Loto de brancura e perfume inigualáveis, desabrocha do lodo impuro das estagnações pútridas. Preparai-vos, pois, meus idolatrados amigos, porque a grande fase está às vossas portas e os seus protagonistas convivem convosco, na mesma ceia de Amor, de Luz, de Paz e de Progresso que comungais diariamente neste Santuário grandioso. Lembrai-vos que Eles depositam em todos vós a máxima confiança e já percebem com carinho e amor fraternais, o resultado da colheita imensa dos frutos dos vossos trabalhos incessantes, inclusive o de afugentar as aves e os insetos daninhos que querem devorar tão proveitosa semente! Para vencer, é preciso marchar sempre para a frente! As vozes de escárnio dos inimigos que se ocultam, a própria sombra das árvores e dos que assistem de longe descansados e tranqüilos, o vosso fatigante, mas remunerado trabalho, nos atingirão também, talvez muito mais que a todos vós que bastaria um só gesto para vos despirdes da ______ que vos emprestamos, mas que com ufania e Amor preferistes traze-la escravizando-se deste modo e com maior sacrifício àqueles que vos dirigem e que vos amam com dedicação tal, que nem podeis compreender! Que as Bênçãos de todos nós, imploradas a Parabrahm venham iluminar o Nosso Caminho florido para que em Apoteose Final, seu Filho Amantíssimo em gesto

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inimitável vos coroe todos com as Flores do seu jardim e vos receba com aquele sorriso inefável que somente ele o sabe fazer. Om Mani Vajra Padmi Hum Dhâranâ. Justus et Perfectus.Pela cópia, está conforme.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da 1a sessão esotérica realizada na nova sede social da Sociedade “Dhâranâ” à Rua General Andrade Neves no 305 (Niterói) em 3 de Dezembro de 1925 (Quinta-feira).

Às 20 horas presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental foi esta feita no recinto do novo Santuário da casa em que se acha instalada a Sociedade “Dhâranâ”. Não estando preparado o ambiente para acessibilidade aos nossos Veneráveis Mestres, compareceu o ven. Discípulo “Anadir”, que por Eles, trouxe a todos as incessantes palavras de animação e conforto. Aconselhou a persistência de adaptar a nova sede às necessidades da Grande Obra, ficando o restante por conta dos nossos ven. Dirigentes Espirituais. Avisou que os vários acidentes acontecidos (derrame de perfume, de água,, execução irregular do “mantra”, etc.) eram a conseqüência das vibrações velhas da casa nova. Ordenou o desdobramento do professor Henrique para recebimento de prana e que Ele (Anadir) nesse momento lançaria sobre todos as suas vibrações vitais. Durante esta operação de desdobramento advertiu que o “anel simbólico” do Diretor Chefe de “Dhâranâ” iria para o “astral” para ser também preparado com outras vibrações. E de fato, tudo assim ocorreu. E para constar, lavrei esta ata para o uso e governo oculto das Sociedade Dhâranâ, a qual vai ainda por mim datada e assinada. Niterói, 3 de Dezembro de 1925.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica da Sociedade “Dhâranâ” realizada no dia 6 de Dezembro de 1925 (Domingo).

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita depois da respectiva saudação à Rama da Rússia, feita pelo Sr. Diretor Exotérico. Saudação idêntica foi feita na sessão anterior do dia 3 à Rama da Índia. Compareceu ainda o ven. Discípulo Anadir que avisou estar o ambiente muito melhor que da vez passada, mas, ainda inacessível à presença dos nossos Augustos e Ven. Dirigentes. Mas, que não perdíamos, porém, o tempo, preparando, afinando, com as nossas mentes o momento da sai vinda. Foi feita água magnetizada para todos os presentes inclusive para o Sr. Diretor Chefe, que recebeu ainda ordem para “desdobrar-se”. Apesar de haver sido dito que o “momento” ainda não comportaria o transporte do anel simbólico do Sr. Diretor Chefe, este que se achava com o seu corpo físico ocupado pelo Ven. Dirigente da Rama do Egito e deitado no santuário sentou-se e num ímpeto violento deu com ambas as mãos forte pancada sobre o chão, estilhaçando um grande pedaço de perfume de benjoim que se materializara repentinamente nas suas mãos, pulando de dentro o anel simbólico de ametista, que ficou no chão à vista de todos os presentes. Em seguida o Sr. Diretor Chefe, com a mesma entidade com quem se achava, executou com incrível rapidez complicadas posições asanicas do ritual egípcio. Para esta solenidade foi determinada música sacra ou mística muito forte executando-a o

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sr. maestro Eduardo Couto, casualmente presente. Foi depois recitado o “mantra” que saiu perfeito, finalizando-se a reunião. Pelo ven. Discípulo Anadir foi dito que a 31 de Dezembro deste ano, completam-se 21 anos que o cidadão americano que traíra a Confraria dos Bh-J. , publicando-lhe os detalhes secretos de suas organizações e que por isso fora atraído para as Índias para expiar a sua leviandade, mendigando e permanecendo em inconsciência nos arredores do Himalaia, sendo então repatriado de novo. Que por esta ocasião todas as Ramas festejarão este acontecimento, exceto as da Alemanha, e da América do Norte, esta porque ignora ainda fins e aquela por estar ainda se reorganizando e estar mesmo sem Presidência. Em tempo declaro ainda que na sessão anterior de Quinta-feira (dia 3 de Dezembro) no agradecimento final feito pelo Sr. Professor Henrique, recebeu ele a vibração do Vener. 6o Rep. Da Conf. que disse Ter sido atraído pelo fervor e pela concentração final dos presentes e que viera fazendo um esforço que nenhum de nós poderia avaliar e como não pudesse demorar abençoou-nos em nome dos ven. da Conf. e retirou-se, deixando o Sr. Diretor Chefe em grande prostração, terminando antes, porém, aquela reunião. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual vai ainda por mim datada e assinada.Niterói, 6 de Dezembro de 1925.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Comunicação psicográfica.

Justus et Perfectus.“Dhâranâ” tem que dar uma sessão na 5a feira vindoura, (referia-se ao

dia 3 de Dezembro de 1925) com Ritual especial para atração de correntes apropriadas ao seu Santuário. Aproxima-se o tempo de grandes e novas orientações para o programa de “Dhâranâ”. Os fatos que até então se vêm realizando dentro do seu recinto só terão razão de ser nos grandes dias como 27 e outros. Nós somos senhores, como vós, de futuro dos siddhis inferiores nossos escravos, porque aqueles que a eles se entregam, ao contrário nosso, são seus escravos, simples joguetes nas suas mãos boas ou más e daí a cegueira psíquica que se vê atualmente no mundo que se torna muito mais prejudicial ao homem, do que estas pobres e inofensivas religiões no seu fanatismo exagerado. É preciso saber para depois ousar perscrutar as regiões vastíssimas e de múltiplas formas que se chama o astral. Ninguém atinge os _______ das regiões iluminadas, sem Ter uma mente harmonizada com a luz infinita do Saber. Controlados por nós e com auxílio inesgotável das forças de que sois portador para a execução do mandato que vos foi confiado nesta vida, é que consentimos tomarmos parte ativa nos ditos fenômenos, aliás necessários à Obra. Porém esses frágeis batéis entregues à mercê das ondas tempestuosas, necessitam mais do que outros que se lhas aponte um farol salvador, o porto ou abrigo inesperado onde possam fugir do naufrágio infalível. Para eles a missão vossa é mais cruel, porque, ignorantes eles se julgam com o Saber, com a Verdade e não podem admitir que se lhes venha a impor novidades, quando a Suprema Majestade de Kardec já manifestou-se em uma época em que o astral precisava sair das frias lajes onde dormia nos Templos Iniciáticos das Índias e do Egito, para vir formar o traço de união que liga o Mundo físico ao Mundo Espiritual. É como se eles atravessando uma

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ponte, fugitivos de um pavoroso incêndio na floresta em que se encontravam, paralisassem os passos sobre ela, receosos do futuro ou de alguma surpresa fatal no único ponto de salvação que lhes esperava do lado oposto, sem se lembrarem dos próprios riscos que poderiam correr sobre aquelas tábuas frágeis suspensas sobre um abismo e prestes a serem atingidas pelas fagulhas do grande incêndio! Eis a derrocada que esta cegueira fatal está proporcionando para um futuro imediato ao povo de vossa terra e do mundo em geral. A missão de “Dhâranâ” é cruel, mas lembrai-vos meus amigos e vós particularmente que o vosso baluarte é a Verdade pelas nossas Mãos e as vossas almas, são as bagagens que carregaremos todos reunidos. Além disso por vós, ainda falarei, dentro em breve, a estes pobres cegos que não querem ver e com o teu bastão de peregrino apontar-lhes o horizonte, onde o Sol Único da Verdade completará o milagre de restituir-lhes a vista perdida. Muito ao contrário do que se pensa tendes que aparecer e não ocultar o vosso nome, nem a vossa figura, como quem já vem fugindo do grande combate prestes a desencadear-se sobre a cabeça de todos vós. Doravante, como meu discípulo amado que sois, darei começo e fim às reuniões de “Dhâranâ’ e em breve iniciarei seríssimas lições de moral a essa gente, já pela Revista, já pelas conferências públicas que se fazem necessárias aos sábios e aos ignorantes de vossa terra. Nada temais! O Espírito da Verdade como anjo Tutelar abre as suas brancas e diáfanas asas protetoras sobre o teto de “Dhâranâ” e em toda a parte onde estiverdes ou qualquer dos seus filiados que pregarem ou agirem em nosso nome. Pax, ______ et Progressus. Justus.

Resposta ao pensamento

Se disserem que “Dhâranâ” já praticou publicamente manifestações de ordem astral respondei-lhes secamente <<Não se entra em um Hospício de loucos para ser bem recebido, sem reproduzirmos as suas façanhas inconscientes.>> Eles pobrezinhos não sabem o que fazem, mas, nós, estamos afastados da Ilusão quando o quisermos. Justus.Pela cópia está conforme. Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.Dias 10 – 13 – e 17 faltou por doente.

Ata da sessão esotérica realizada na Sociedade “Dhâranâ” em 20 de Dezembro de 1925.

Presentes os membros da Corrente Mágica Mental e regular número de sócios, foi feita a prece mantrânica e em seguida a vibração da cadeia mental. Compareceu o venerável sacerdote das Confraria de Gartock: Adjanir que disse ir começar a nossa instrução mental da próxima vez que comparecesse, pois, ainda não sabemos agir com a mente superior, ação esta indispensável a todos os membros de uma Sociedade mental espiritualista. Que a leitura dos anais akasicos, por exemplo, são realizadas do plano búdico, porque neste plano é que se acham registrados os fatos reais da nossa existência. Aí, no plano búdico, verdadeiro depósito de nossos feitos, só pode chegar o que morrer três vezes numa só existência, isto é, aquele que aniquilou a sua vida física, astral e mental (inferior) destacando dessa forma o seu Ego ou a sua personalidade verdadeira e eterna, dos véus de Maya, isto é:

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do Mundo irreal. Os que, porém, sabem penetrar no plano búdico, ainda vivos nos seus corpos de carne, tornam-se videntes ou clarividentes podendo contemplar a beleza tranqüila e deslumbrante de tudo que o rodeia naquele plano. Era preciso, porém, de agora em diante uma rigorosa seleção nos membros de “Dhâranâ”, seleção esta que era compensada pelo amor e assistência que os Ven. Mestres nos dedicavam. Os traidores da Obra não podiam mais regressar em “Dhâranâ”, pois quem havia mostrado ignorância e indiferença pela Obra, não compreendia nunca mais nesta existência. Deveriam ser castigados, pois, não com o nosso ódio ou desprezo, mas, com a nossa compaixão por terem perdido nesta vida, esta oportunidade de avanço no caminho do Progresso espiritual. Que iria retirar-se para dar acesso a um venerável terapeuta egípcio para cuidar dos nossos corpos físicos. Os Mestres só cuidam das nossas almas, mas como estas precisam de apoio no Plano Físico, é justo e razoável que estejamos melhor apoiados em corpos sãos. E como estes corpos no plano material estavam a serviço da Confraria na Sociedade “Dhâranâ”, era muito justo que os nossos amados Dirigentes do Alto procurassem aliviar o peso do nosso Karma. Que o terapeuta Egípcio daria o seu _____ e um tema (o primeiro) de meditação para nele pensarmos e concentrarmos o pensamento durante vinte e um (21) dias. Esgotado este prazo daria outro. E assim despediu-se. Em seguimento a esta manifestação tivemos a da entidade prometida que examinando o ambiente do Santuário achou perfeita a vibração hindu, mas muito irregular a egípcia. Que iria reforçá-la traçando uns hieróglifos numa pedra, que ficaria no Gabinete-Santuário por espaço de 7 dias, quando ele voltaria para retirá-la. Antes, porém, ao dar passes nos assistentes mais necessitados, retirou do plexo cardíaco da nossa irmã D. Stella de Paula Barros uma lata com um ungüento muito ativo de perfume e um papel escrito a lápis com o seguinte inspirado tema de meditação: <<Lembra-te oh! Alma peregrina e tristonha que eu sou tu e tu és Eu! Porque olhas assim o infinito imenso, com a perscrutar a trajetória da tua existência passada ou a buscar a Luz Infinita, a Verdade Divina que te ilumina, a mim, a todos os seres e a todas as cousas? Esta dor eterna que sentes em ti mesma é a própria dor do Pai, vertida como lágrima dentro do Sacrário do teu Verdadeiro Eu, por não haveres compreendido que eu sou tu e tu és Eu. Baixando contigo às regiões inferiores da matéria, Ele é obrigado a viver contigo, a sofrer contigo. E quando mesmo, o teu eu inferior, houver saciado os seus instintos bestiais, no grande banquete da Carne, Ele estará contigo contemplando o Loto pendido no charco em que vive, profanado pelas tuas mãos impuras. Mas até quando alma irmã quererás viver sem vida própria, oculta na tua imensa dor, amando sem amor, sentido sem sentir, gozando sem gozar, por estares separada de ti mesma que sou Eu? Adjanir.>> Este belíssimo tema foi rapidamente comentado no fim da reunião depois de ser lido para todos os presentes. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 20 de Dezembro de 1925. (Domingo)Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Dias 24 e 27 faltou por doente.

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Ata da sessão esotérica do dia 31 de Dezembro de 1925 (Quinta-feira).

No dia 31 de Dezembro de 1925 às 8 horas da noite (20 horas) presentes regular número de sócios e os diretores da Sociedade “Dhâranâ”, foi aberta a reunião pelo Ven. Mest. 6o Rep. Das Conf. Br. de Bh-J. que “materializou” o anel (simbólico) do nosso Ven. Diretor Chefe havia dias levado para saturá-lo das vibr. que ele devia possuir a despeito dos nossos Mestr. Achá-lo conforme para as Índias, mas em desacordo com o Egito. Foi em seguida recitado o “Mantra” de “Dhâranâ” por todos os presentes. Terminado o “mantra”, um ven. Mest. do Egito “materializou” perto do busto da ven. irmã D. Maria Estella de Paula Barros uma fita de seda branca com inscrições hieroglíficas do Egito bordadas a fio de prata. Dirigindo-se ao Santuário e queimando regularmente os perfumes sagrados, ajoelhou-se ante a pira e com as mãos juntas sobre esta esfregando bem as palmas das mãos, fez sair destas um volume retangular de regular tamanho e caprichosamente embrulhado numa espécie de pelica finíssima de cor violeta (duas folhas com 1 metro mais ou menos de comprimento e meio de largura) e selado com o seguinte dístico, num papel branco de três centímetros por dois mais ou menos de largura: B. J. RAMA – SRINAGAR. Aberto o embrulho verificou-se tratar de um trabalho delicadíssimo de incrustação de madeira, pois tratava-se de uma caixinha contendo três espécies de perfumes finíssimos sob a forma de pequenas pirâmides ou cones de dois centímetros, mais ou menos, de altura, pretos e amarelos usados pelos maharajahs do Oriente e uma pedra do já conhecido perfume de benjoim. No fundo da caixa do lado externo via-se a mesma etiqueta que selava os dois extremos do papel que embrulhava. Foi então feita a “corrente mental”, comparecendo o venerável Mestre “Justus”, que relembrando a sua “encarnação” como Helena Petrovna Blavatsky, pronunciou palavras sentidas de repassada amargura, com relação à atual personalidade de Mme. Annie Besant como Presidente da Sociedade Teosófica. Lamentou que após cinqüenta anos de útil e proveitosa existência e contando em seu seio milhares de pessoas de todas as camadas sociais, aquela Sociedade estivesse agora desviando-se da finalidade da sua missão, aceitando de falsos amigos e maus conselheiros, insinuações que comprometem pela base os créditos da Sociedade Teosófica. E assim concluiu: << Oxalá possa ela, a minha querida e ingrata amiga e protegida, sair-se bem deste trabalho em que está se empenhando ultimamente... (pausa) Mas, Nós havemos de salvá-la, havemos de arrancá-la das “garras” _____ dos infelizes que a querem desviar. Hei de dar-lhe uma prova material do meu protesto! Sim! Hei de deixar sobre a sua mesa de trabalho, um escrito meu com a minha assinatura que ela reconhecerá, protestando contra esta grosseira mistificação da Nossa Obra que está sendo feita pela vontade suprema do Pai!...(pausa) Mas, por enquanto trabalhemos meus caros irmãos. Trabalhemos e peçamos a Deus as forças necessárias para auxiliar o cumprimento da Sua vontade. Vou deixar hoje neste recinto sagrado, vamos confiar aos queridos filhos de nossa amada “Dhâranâ” a primeira prova material nossa existência e da creação de “Dhâranâ” como uma Rama nossa no Brasil. É um documento que virá mesmo em português com a minha assinatura, a do Sumo Sacerdote Açvagosha Dirigente das Confrarias Budistas e a do 1o Sacerdote da Confraria de Gartock, Adjanir. O dia de hoje meus queridos irmãos é um dia de júbilo para todos Nós.

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Depois de vinte e um anos de ausência reintegramos na sua Pátria para assumir a direção da nossa Rama lá existente, na América do Norte aquele que se chama John Stephenson Davis, outrora traidor dos Nossos Segredos que levianamente divulgou, mas, que se acha hoje transformado numa personalidade diferente cuja modificação no sentido do bem, colocou-o na situação de poder assumir a direção de uma nossa Rama! Adeus, meus amigos. Peço muita concentração e silêncio pois o nosso querido chela Henrique está muito fatigado e Nós queremos descansá-lo, para ainda hoje mesmo, darmo-vos a prova que vos prometemos. Ide para os vossos lugares e que o nosso Venerável Irm. Maestro que toca execute ao piano qualquer música em sol sustenido ou em mi natural que é melhor por ser a vibração de Henrique.>> Executadas as ordens finais, retornaram todos aos seus lugares. Assumindo a direção exotérica dos trabalhos o Senhor Professor Henrique José de Souza foi depois de uma longa pausa mediunizado pelo Venerável Mest. Justus que veio comunicar uma pequena alteração no documento a que se referira na hora da corrente mental no Santuário. A carta ou documento não viria em “português”, mas em “inglês”, por ser a língua oficial para correspondência nas Índias e em vez do Sacerdote Adjanir a carta seria assinada pelo nosso ven. futuro dirigente Tao Ram. Era justo que a primeira credencial da nossa existência viesse subscrita pelo verdadeiro dono ou dirigente desta Rama no Brasil. Era também muito possível que brevemente viesse pelo Correio das Índias, uma carta que materialmente seria mais autêntica, porque viria por processos mais materiais... Levantando-se então, foi abrir a porta do Santuário que se achava fechada e uma vez chegando aí, exigiu a presença das sete sacerdotisas, enquanto ao som de música sacra especial, executada pelo maestro Eduardo Souto, tinha lugar um ritual original e simbólico feito por aquelas. Terminado este e perfumado o Santuário foi designada a nossa ven. irm. 2o Secretário D. Gracilia Baptista para ir buscar o mais belo ramo de flores que se achava ao lado da imagem do Senhor Gautama e que trouxesse para o recinto da sala de reuniões para ser examinado. Nada se encontrando foi o ramo devolvido e colocado na jarra, enquanto o prof. Henrique em posições asanicas dum ritual adequado e pronunciando “mantras” e palavras sagradas levantava-se tomava o ramo em suas mãos e vindo com ele até o meio do salão, retirava do centro do ramalhete, um canudinho de papel cor de violeta caprichosamente enrolado e selado com a mesma etiqueta já descrita: “B. J. C. RAMA – SRINAGAR”, em caracteres tipográficos. Fez entrega deste documento ao ven. Diretor Chefe na pessoa do Diretor Social dizendo que era uma prova de amor e confiança que os Nossos Mestres davam aos filhos de “Dhâranâ”. Este documento foi depois aberto e do seu texto foi dada uma sintética tradução pelo Sr. Diretor Exotérico. Pela sutileza do seu assunto foi ele assinado pelos diretores da Sociedade “Dhâranâ”. Esta importante e soleníssima reunião terminou com a execução do Hino “Dhâranâ”, cantado por todos os presentes. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” a qual vai ainda por mim datada e assinada bem como por todos os membros da Diretoria de Dhâranâ e sócios presentes.Niterói, 31 de Dezembro de 1925.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.Henrique José de SouzaGaio Schleider de Araujo – 1o Secretário.

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Carlos Pinheiro _______ TesoureiroGracilia Baptista 2o Secretário

Ata da sessão esotérica realizada no dia 3 de Janeiro de 1926 (Domingo).

Presentes os membros da Sociedade “Dhâranâ” e os membros da Corrente Mental mantida pela mesma foi aberta a reunião pelo ven. Sr. Diretor Chefe mediunizado pela personalidade do Ven. <est. Justus. Foi feita a saudação à Índia (dia 3) pelo Sr. Diretor Social e em seguida cantado o “mantra” de “Dhâranâ”. Foi feita a Corrente Mental comparecendo o Ven. Sac. Adjanir que veio agradecer a saudação inicial em nome da Índia emancipada e livre e não da Índia escravizada pela tirania dos seus verdugos. Esta era a Índia silenciosa e sofredora, designada ao despotismo dos carrascos que a escravizam, aquela a Índia dos solitários do Himalaia dos Ven. Mest. que no retiro das Suas Confrarias pedem as bênçãos dos Céus para os habitantes da Terra, sem exceção de ninguém. Disse que ia se afastar para dar lugar a que vibrasse a personalidade do Nosso Ven. Mestre “Justus”. Comparecendo este amado Mestre, agradeceu também pela Confraria a saudação frita à Índia e as palavras proferidas pelo Diretor Social, em nome de “Dhâranâ”, na solenidade levada a efeito no dia 1o de Janeiro, no Edifício da Escola Normal em Niterói por ocasião da Comemoração da Fraternidade Universal. Depois de uma longa pausa pela meditação em que se achava assim se expressou: <<Não podemos por mais tempo, meus queridos irmãos, calar a grande dor que nos vai n’alma pela direção perigosa que os fatos mundiais estão tomando. Não é possível ocultar e guardar o protesto que temos de lançar ao mundo para que não se perca o trabalho que o pai Celestial na Sua imensa bondade nos confiou. Sim, meus queridos irmãos, quem vos fala neste momento, tem a vibração que animou a que foi Presidente da Sociedade Teosófica e que teve uma sucessora que neste momento compromete um trabalho tão longo e tão rude querendo impor a viva força uma encenação ridícula e infeliz, preparada pelos Senhores da Mão Negra, de quem ela se constituiu inconscientemente, uma automática creatura.!... (longa pausa) Eu vos juro, meus queridos irmãos, pelas entidades a cujo lado passo longos dias em trabalho e meditação, eu vos juro em nome do Divino e Supremo Instrutor, em nome de Parabrahm, em nome da Cadeia Setenária em cuja ascensão do Progresso do Universo que a Nossa Obra é a Verdade na sua maior manifestação atual. É a última Vontade do Nosso Pai Celestial que Nós temos de acatar e cumprir porque é, repito, esta a Sua Vontade Expressa!...>> (longa pausa) Nesta ocasião a nossa ven. irmã 2o Secretário D. Gracilia Baptista, perguntou-lhe: “Venerável Mestre devo continuar então a trabalhar onde estou?” e a entidade manifestada assim replicou: <<Sim, minha irmã, não abandone, continue... a Teosofia é uma Verdade... mas não a Teosofia pregada pela atual Sociedade Teosófica!...(pausa) Mas, apesar da sua ingratidão, hei de salvá-la... Sim, hei de deixar-lhe escrito e assinado o meu protesto para que ela faça a sua retratação ou manifeste o seu arrependimento e deste documento, meus queridos irmãos eu vos trarei uma cópia. Do contrário... as providências serão tomadas para que o embuste não continue... Isto é uma Obra Sagrada que não é nossa, mas que nos foi confiada e nós saberemos tomar as atitudes que os fatos exigirem. Vou trazer ainda hoje no fim desta reunião o meu primeiro protesto à Diretoria de “Dhâranâ” e que só por ela deverá ser lida.

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Mas, que deste ambiente, que deste recinto não transpire lá fora uma só única palavra. Que todos aqueles que lá na outra sala ouviram o que daqui proferi, guardem consigo e deixem aqui morrer os últimos ecos deste meu íntimo desabafo.>> Em seguida pedindo para descansar a pessoa física do nosso Diretor Chefe, despediu-se, abençoando-nos em nome do Divino Maha-Chohan. Foi pedido pela referida entidade que se tocasse o Hino Teosófico. <<que apesar de ser de uma trânsfuga da Obra, despertava-lhe saudosas recordações...>> Executou o maestro Eduardo Souto, então presente. Dirigindo-se então ao seu lugar, o Sr. Diretor Chefe, depois de uma pausa para descanso, levantou-se novamente mediunizado e dirigiu-se até à porta do Santuário. Falava por ele o Nosso Ven. Mestre Justus, que após ter mandado queimar os perfumes necessários, produziu mais uma das suas edificantes materializações, determinando à nossa ven. irmã 2o Secretário D. Gracilia Baptista que abrisse a porta do Santuário até então fechada e fosse buscar das mãos da imagem do Buda o protesto 1 a que se referia no começo dos trabalhos e que só poderia ser lido pelos Diretores de “Dhâranâ”, que sobre o mesmo guardariam o mais absoluto silêncio. Repetiu que estes referidos fenômenos de utilização dos “siddhis” inferiores repugnava aos Mestres, mas, que nos tempos atuais eles seriam realizados tantas vezes quantas fossem necessárias, desde que se fizesse mister a sua produção a favor da Obra da Confraria, última expressão da vontade de Deus a Quem eles estavam servindo! No momento em que assim falava, notava-se grande fadiga física na pessoa do Sr. Diretor Chefe motivo pelo qual foi determinado que apenas ele (Justus) se retirasse se desse por terminada a reunião, o que se fez, tendo-se antes recebido as bênçãos daquela Entidade, lançadas em nome da Confraria Br. de Bh-J. Nota: A Ven. irmã Zeladora do Templo que no momento em que se executava o Hino Teosófico, havia ido em “transe” ao Santuário, apara cantá-lo ao terminar, demonstrando certa aflição ofegante, pôde balbuciar as seguintes palavras, a custo proferidas: “Estou satisfeita.” E por todos interpretadas como sendo a expressão interna dos sentimentos da Ven. est. 1a Presidente e Fundadora da Sociedade Teosófica, que conseguiu Ter a sua amargura compreendida pelos Membros de “Dhâranâ”. A Mensagem Protesto acima referida pela natureza delicada do texto que encerra, foi assinada pelos Diretores de Dhâranâ e recolhida ao Arquivo Secreto da Sociedade. E para constar lavrei esta ata que vai por mim datada e assinada, bem como por todos os Diretores e todos aqueles que tendo ouvido a sua leitura constatem que ela descreve leal e integralmente os fatos como eles se passaram, ata esta que servirá para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ”.Niterói, 3 de Janeiro de 1926Cicero Bernardino dos Santos. Diretor ExotéricoHenrique José de SouzaGaio Schleider de Araujo. 1o secretárioCarlos Pinheiro _______ . TesoureiroGracilia Baptista. 2o Secretário

Ata da reunião esotérica do dia 7 de Janeiro de 1926.

Presentes os sócios foi feita a Cadeia Mágica Mental após as saudações do ritual interno e em homenagem à Rama da Alemanha. Os trabalhos desta

1 Encontrado em rolo de papel timbrado e selado com a mesma etiqueta da mensagem anterior.

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reunião foram dirigidos pelo Ven. 2o Sacerdote da Confraria de Gartock: “Tem-Ching” (foi o que entendi...). Antes das presença dos dois veneráveis Diretores das Ramas da Índia e do Egito que iam fazer benevolamente os tratamentos físicos nos necessitados de “Dhâranâ” compareceu o Nosso Ven. Mest. 6o

Representante da Conf. Br. dos Bh-J. que assim se exprimiu: <<Na próxima Quinta-feira desejo que um de vós que realmente queiram tirar resultados dos nossos ensinamentos venha em rápidas palavras perante mim, interpretar o tema meditação deixado pelo nosso ven. Çvam-kuni. Bastam duas ou três palavras, para saber se o tema foi ou não interpretado. Aliás, os Mestres não ensinam. O axioma: “Quando o discípulo está preparado o Mestre aparece” tem aqui a sua explicação. Sois vós mesmos que à custa de trabalho, meditação e auscultação no seio da Natureza, ides preparando o vosso mental, purificando o vosso caráter, modificando os vossos gostos e costumes e procurando vibrar mentalmente conosco. Percebendo uma vibração harmoniosa com as nossas, damos imediatamente lugar a que ela se incorpore à nossa corrente, pondo-vos em contato conosco e intuindo-vos os complementos da geral perfeição. Do mesmo modo nós não curamos os corpos físicos e trazendo os corpos doentes ao recinto deste Santuário, parecemos profaná-lo. Mas, o corpo físico o apoio do mental, de que precisamos para a Realização da Obra, ajudamos a vos desembaraçar desde vossas mazelas, que muitas das vezes foram impostas pela sábia Lei do Karma. Não é por outro motivo que exigimos permanentemente neste Santuário: fogo, perfumes, vibrações, mantras, etc.. (pausa) Na próxima Quinta-feira, pois, darei um outro tema para meditardes e assim educardes o vosso mental superior ao mesmo tempo que ele constituirá a resposta ao tema passado.>> Assim falando despediu-se abençoando-nos em nome do S. I. e como se fosse a continuação vibratória da mesma entidade, as vibrações simultâneas dos ven. Dirigentes das nossas co-irmãs da Índia e do Egito, atuando sobre a pessoa do nosso Ven. Diretor Chefe, fizeram-no realizar o tratamento do irm. Cicero os Santos e da irmã . Maria Estella de Paula Barros e de todos os presentes sobre os quais foram dirigidas irradiações pranicas. Como faltassem perfumes dos que são trazidos pelas entidades das Confr. no início do tratamento, vindo à sala da reunião o Ven. Diretor Chefe, por intermédio da irmã D. Clelia Goulart “materializou” uma pedra de benjoim. A reunião terminou com o mantra de “Dhâranâ”, do mesmo modo porque havia começado. Foi em seguida recitada a prece de Fraternidade. E para constar, lavrei esta ata, que vai ainda por mim datada e assinada e que servirá para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ”.Niterói, 7 de Janeiro de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica realizada no dia 10 de Janeiro de 1926.

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita, às 15 horas, sob os auspícios das Conf. Br. de Bh-J. . Apesar dos desejos da Diretoria de que esta reunião tivesse unicamente caráter esotérico, por se acharem presentes pessoas estranhas à Sociedade os Nossos Ven. Mest. na sua alta sabedoria, resolveram o contrário, explicando-nos que não lhes importava o juízo de nenhum dos assistentes, tanto mais que os que se achavam presentes já haviam sido tocados para presenciar os rituais

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realizados, que longe de serem a pantomina aparente de uma encenação inexpressiva, era uma necessidade de que Eles não podiam prescindir, indispensável não só à Obra iniciada, como ao ambiente do pequeno Santuário, único veículo de que dispunham para comunicarem-se com segurança conosco. Desta sorte, foram cantados o “Mantra” e o Hino “Dhâranâ”, executados bailados dirigidos pela irmã Helena de Souza, Zeladora do Templo, para desenvolvimento das Sacerdotisas: Mariath José de Souza, Yara Rezende e D. Maria Stella de Paula Barros. Houve ainda o ritual de “desdobramento” do Sr. Diretor Chefe, bem como execuções musicais pelo irmão Maestro Eduardo Souto, então presente, e “mediunicamente” pelo professor Henrique José de Souza. Após estes rituais foi feita uma pequena explanação pelo Diretor Social sobre o nosso primeiro “tema de meditação” conforme consta do respectivo livro de Atas Exotéricas. Esta reunião terminou com a Prece de Fraternidade e a bênção do Ven. Mest. Justus et Perfectus em nome do Sup. Dir. das Conf. e especialmente da dos Bh-J. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ’ e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 10 de Janeiro de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

A ata da sessão esotérica do dia 14 de Janeiro de 1926 teve caráter “Extraordinário” e por isso consta do respectivo Livro no 3 Págs. 19 a 21.Niterói, 14 de Janeiro de 1926Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião realizada no dia 17 de Janeiro de 1926. (Domingo)

Às 15 horas presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita sob os auspícios dos Ven. Mest. da Conf. Budh. Do Or. Antes, porém, foi cantado o “Mantra” de Dhâranâ. Como esta reunião era de caráter exotérico foi preparado um pequeno programa em que tomaria parte os nossos irm. Dr. Manoel Ornellas que prometera falar “Sobre a Quarta Dimensão” e Cicero dos Santos “Sobre o Budhismo e a Obra de Dhâranâ”. A primeira parte não teve realização devido à súbita indisposição de que foi acometido o ilustre astrólogo e matemático, realizando-se então a Segunda parte conforme consta do respectivo “Livro de Atas Exotéricas” (no 1). Terminada a ligeira palestra do r. Diretor Social teve lugar a cerimônia do juramento por parte de nossa ven. irmã 2o Secretário D. Gracilia de Bittencourt Baptista à defesa e propaganda da Obra do Budismo na América do Sul, visto Ter a mesma irmã faltado ao juramento coletivo prestado na reunião passada de Quinta-feira (14 de Janeiro). Esta cerimônia foi executada pela benevolência do Ven. Sumo Sacerdote das Confr. Budhistas do Norte das Índias: “Açvagosha” que assim se expressou: <<Não se trata minha irmã de forçar a consciência de ninguém, nem de exigir compromissos que não possam ser facilmente exeqüíveis. Defender a Obra do Budismo no Mundo é concorrer para a formação do caráter e desenvolvimento das mentes de todos os humanos, preparando-os para compreender a essência das filosofias e das religiões esparsas pelo nosso planeta.>> Feita uma pausa foi colocado o fogareiro com perfumes no meio do Santuário e a irmã Gracilia repetiu a

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fórmula de juramento proferida pelo Sr. Diretor Social. Terminada que foi esta solenidade o ven. “Açvagosha” assim se exprimiu: <<Nós não costumamos nos ridicularizar na frente de pessoas profanas, manejando os “siddhis” inferiores para dar provas da verdade do que dizemos e fazemos, mas, se alguma pessoa, das presentes, quiser uma prova desta espécie, uma demonstração material destes poderes, pode pedir, pois eu abro uma exceção e poderei dá-la. (pausa) Como ninguém a desejou ou dela precisou, eu vou me retirar lançando-vos a minha bênção em nome do Sup. Dirig. das Conf. Br. do Oriente.>> Assim falando reintegrou o nosso Diretor Chefe na sua consciência pessoal e partiu. O maestro Eduardo Souto executou algumas composições musicais adequadas ao ato e o Sr. Henrique José de Souza mediunicamente também tocou ao piano alguns bailados orientais interpretados pelas Srtas. Helena G. de Souza, Yara de Rezende e Exmas. Sras. D. Maria Stella de Paula Barros e D. Paulina de França, todas estas, porém, desenvolvidas e guiadas pela entidade que atuava na primeira delas, que é também a Zeladora do Templo. Também concorreu no final dos bailados, ainda muito imperfeitamente executados a Srta. Mariah José de Souza. Ao encerrar-se a reunião compareceu pelo Sr. Diretor Chefe o nosso Ven. Mest. e Augusto Protetor “Justus” que após as saudações ritualísticas assim falou: <<Meus queridos amigos “Chelas” de “Dhâranâ” vim ao vosso meio responder ao pensamento de um membro de “Dhâranâ”. A despeito de tudo quanto ele já viu e compreendeu de nossa Obra, guarda ainda no fundo de sua consciência um pouquinho de dúvida , uma pequena sombra de incredulidade. Já vos disse que não costumamos fazer demonstrações materiais públicas de nossa existência, mas, pela primeira e última vez aqui dentro vou fazer uma destas demonstrações: tragam-me uma terrina com água e avivem o fogo sagrado do Santuário.>> Assim falando, mandou que três sacerdotisas fizessem uma tríade no Santuário, e se colocasse a terrina com a água, no centro do mesmo. Então no meio de grande admiração e respeito, se bem que empregando um relativo esforço, pôde “materializar-se” dentro da água da terrina uma “Mensagem”, semelhante às anteriores, (que nos chegam nos dias das reuniões privadas), do mesmo feitio, com o mesmo papel sedoso de cor violeta e com os mesmos selos de “Srinagar”. Depois deste fato, o Ven. Mestre “Justus” abençoou-nos em nome da Conf. dos Bh-J. e encerrou os trabalhos, retirando-se em seguida. Por esta ocasião foi feita a prece da Fraternidade e cantado o Hino “Dhâranâ”. Eis o que dizia a “Mensagem” recebida cuja leitura foi feita pelo Diretor Social por ordem do Sr. Diretor Chefe: <<Srinagar B. J. C. RAMA, (em caracteres tipográficos impressos) Srinagar, 17 de Janeiro de 1926. A Dhâranâ Brasil Justus et Perfectus. Esta prova da nossa existência e da Grande Obra em que “Dhâranâ” (caracteres) está empenhada não é dada por nós pelo merecimento de quem a exige, mas, para, aproveitando o momento propício, lançar mais uma vez a nossa Bênção sobre as cabeças dos filhos desse país grandioso para que as suas Mentes sejam iluminadas pelo Quinto Raio dos Sete que emanam do Grande Sol Oriental. Sede menos cépticos e exigentes para que, vós, pertencentes a uma raça que se diz evoluída, não vos niveleis com a mesma que crucificou Jesus, depois de O ouvir e de ver as maravilhas com que foi forçado a realizar para angariar adeptos... Nós sabemos que nem mesmo com esta prova, a confiança perdurará dentro de vós e... novas provas serão exigidas. Mas, sabei Amados irmãos que nós não as daremos (2a Folha – o mesmo timbre impresso da 1ª). Isto agora não é mais um

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novo Clube dos Milagres. Não é esta a Missão de Dhâranâ. Provas, provas exigem os homens não para confirmação ou autenticidade da Obra que se lhes oferece, mas, receosos de que Ela venha fazer desaparecer no espaço, como o tênue fumo dos seus cigarros e cachimbos todos esses ideais, crenças, vícios e costumes em que estão envolvidos e paralisados na Vereda da Vida, como se fossem Múmias Egípcias nos seus sarcófagos milenares. Parabrahm vos iluminai e nos conceda o grau de graça de ver o vosso nome alistado nas grandes fileiras do Exército da Paz Universal. Ego sum Qui sum. Justus (Mais em baixo à esquerda estava o seguinte:) All right. Helena Petrovna Blavatsky. (Havia ainda o seguinte:) P.S. Este documento é de “Dhâranâ” e do seu seio não sairá nunca para não ser profanado pelos homens de má vontade. Çvani-Kuni.>> E para constar lavrei a presente ata que servirá para o uso e governo oculto de Dhâranâ, e a qual ainda vai por mim datada e assinada, bem como pelas pessoas que presentes assistiram aos fatos aqui descritos. Niterói 17 de Janeiro de 1926 (Domingo).Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.Gracilia Batista. 2o SecretárioCarlos Pinheiro _______Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Ata da reunião esotérica realizada no dia 21 de Janeiro de 1926 (Quinta-feira)

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mental foi esta feita sob os auspícios da Conf. Budh. Dos Bh-J. , às 20 horas e depois de Ter sido cantado o “mantra”. Após a Corrente Mental compareceu ou manifestou-se o Ven. Adjanir que veio comunicar estar presente o Ven. Mestre Çvani-Kuni, que após os tratamentos que ele Adjanir iria fazer, nos daria na resposta ao “tema de meditação” um outro, para irmos paulatinamente educando e esclarecendo nossas mentes . E assim falando deu passes magnéticos nos que deles precisavam, “materializando” para a irmã D. Maria Stella de Paula Barros o respectivo medicamento composto de um ungüento e retirou-se. Depois de pequena pausa, foi colocada a pedra (quadro negro) no Santuário e o Ven. Mestre Çvani-Kuni nela traçou a seguinte figura:

Os 3 nos 7 voltam ao 1

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Dizendo que nela se encerrava a explicação do primeiro tema dado no dia 20 de Dezembro de 1925 (Domingo) e ao mesmo tempo o motivo de novo tema. Dizendo isto abençoou-nos em nome dos Ven. e Verdadeiros Dirigentes de Dhâranâ e retirou-se. Foi então recitada a “Prece de Fraternidade” e recitado o mantra três vezes e incensado todo o ambiente do Santuário e do salão. Levantando-se então do piano e indo ao Santuário aí recebeu o Ven. Chéla Rismuck o qual materializou o medicamento destinado ao Ven. José Guilherme, então ausente, ficando tal remédio colocado ao lado da imagem do Senhor Gautama. Em seguida foram encerrados os trabalhos, dos quais, para constar lavrei a presente ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ”, indo ainda a mesma por mim datada e assinada.Niterói, 21 de Janeiro de 1926 (Quinta-feira)Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Carlos Pinheiro Valle. Tes.Ozório Schleder de Araujo. 1o Secretário

Ata da reunião de caráter esotérico realizada no dia 24 de Janeiro de 1926

Às 15 horas presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mental foi esta realizada sob os auspícios das Conf. Budh. Do Norte da Índia e do Tibete. Comparecendo o nosso ven. Mest. “Justus”, relembrou a solenidade do dia 27 p. f. que seria o dia do Loto Azul de “Dhâranâ”, que todos os membros da Cadeia Mental estariam de branco, (de claro), descalços e que cada um tivesse em mãos um bambu. Avisou que a partir desta cerimônia começaria uma nova fase para os membros de “Dhâranâ”, os quais ficariam sendo, após o compromisso de bem servir e defender a causa do Budismo, membros ou irmãos esoteristas, Adeptos Maiores, continuando os novos e os que não desejassem prestar semelhante compromisso, na sua qualidade de Adeptos ou Irmãos exoteristas. Terminada a comunicação teve lugar a parte exotérica constante da leitura de algumas comunicações psicográficas dos Vens. Mestr. “Justus” e “Tao Ram” conforme consta da respectiva ata do Livro no 1, em seguida foi recitada a Prece de Fraternidade e findou-se a sessão com o “Mantra” que também foi cantado no início. E para constar lavrei esta Ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual vai por mim datada e assinada.Niterói, 24 de Janeiro de 1926 (Domingo)Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.Gracilia Baptista. 2o SecretárioCarlos Pinheiro ValleOzorio Schleder de Araujo. 1o Secretario.

Ata do dia 27 de Janeiro de 1926

Por ter tido caráter esotérico extraordinário a reunião deste dia vai a mesma exarada no livro respectivo no 3 (págs. 22 a 23)Ata da reunião do dia 31 de Janeiro de 1926 (Domingo)

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Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita sob os auspícios das Conf. Budh. do Oriente, após a recitação do “mantra” de “Dhâranâ”. Dirigiu toda a solenidade o Ven. Mest. 6o Representante que ordenou após a terminação da Corrente que o Santuário começasse a ser preparado com todo o rigor ritualístico a fim de ficar fechado nos quatro dias dessa loucura humana, dessa desenfreada apoteose à carne chamada Carnaval, festa de origem pagã e preparada com toda a satisfação pelos Senhores da Mão Esquerda que viam nestas bacanais a melhor maneira de destruir as correntes poderosas do bem. Sendo assim eles os nossos Ven. Mest. Não poderiam comparecer ao nosso meio pois isto seria fazer repercutir dentro do retiro das suas Confrarias estas vibrações maléficas que saturavam todo o ambiente nestes dias de abastardamento da espécie humana. Dessa forma ficariam preparando o ambiente do nosso pequeno Santuário as Sacerdotisas: Helena G. de Souza, Mariath José de Souza e Yara de Rezende Hungria. A outra parte desta reunião teve caráter exotérico e foi preenchida pelo Sr. Diretor Social falando sobre a missão pública e oculta de “Dhâranâ”, conforme consta no respectivo livro de Atas Exotéricas no 1. Terminaram os trabalhos com a Prece de Fraternidade e com o “Mantra” de “Dhâranâ” sendo encerrada a reunião pelo Ven. Mest. 6o Representante. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 31 de Janeiro (Domingo) de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Ata da reunião esotérica do dia 4 (Quinta-feira) de Fevereiro de 1926

Às 20 horas presentes regular número de sócios e os membros da cadeia mágica mental, foi esta feita sob os auspícios da conf. Budh. de Bh.j. O Ven. Mest. Çvani-Kuni aproveitou a ocasião para dizer que estas últimas reuniões antes dos festejos carnavalescos, deviam ser por nós aproveitados para fazer as mais fortes e harmoniosas vibrações no Santuário e fora dele. Contudo ainda foi aproveitada a maior parte da sessão para tratamentos físicos em todos quantos os desejassem. A reunião terminou como começara, pela recitação do “mantra” e pela prece de Fraternidade. E para constar fiz esta ata para uso e governo oculto da Socied. Dh. e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói 4 de Fevereiro (5a feira) de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião do dia 7 de Fevereiro de 1926 (Domingo)

Presentes os sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental foi esta feita sob os auspícios das Conf. Budh. do Oriente. Continuou-se intensificando a harmonia vibratória do Santuário, por meio de “mantras”, perfumes e um ritual especial adequado. Foi em seguida feita uma ligeira alocução pelo Sr. Diretor Social sobre os “fins do Budismo e as práticas de Dh. “, conforme consta do respectivo Livro no 1 (Atas Exotéricas). A reunião findou por uma saudação às rama da Alemanha cujo dia numérico se celebrava e pelo Hino Dhâranâ,

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cantado e tocado. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade Dhâranâ e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 7 de Fevereiro de 1926 (Domingo)Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica do dia 11 de Fevereiro de 1926 (Quinta-feira)

Presentes regular número de sócios e os membros das Corrente Mental, foi esta feita sob os auspícios da Conf. Budh. de Bh-J. Em virtude das dificuldades para harmonizar o ambiente da sala das reuniões, pelos ruídos próprios aos folguedos carnavalescos e a fim de resguardar o Santuário de tais vibrações perturbadoras, o nosso Ven. Mest. Çvani-Kuni fez fechar e selar as portas do mesmo, determinando outras precauções para a sala das reuniões. Foram recitados o “mantra” de “Dhâranâ” e a prece de Fraternidade. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual ainda vai por mim datada e assinada. Niterói, 11 de Fevereiro de 1926 (Quinta-feira).Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Nota: No Domingo de carnaval, dia 14 de Fevereiro de 1926, não houve reunião.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião realizada no dia 18 de Fevereiro de 1926 (Quinta-feira)

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mental foi esta feita sob os auspícios da Conf. Budh. de Bh-J. e após a recitação do “mantra”. Antes porém o ven. Mest. “Justus” em nome da Confraria de Bhante-Jaul rompeu o selo que cerrava a porta do Santuário que foi aberto. Foi este Ven. Mest. quem dirigiu a Corrente e todo o seu ritual. Terminada que foi a mesma compareceu o Discípulo daquele Mest. que dignou-se, por autorização especial da Confraria, a dar vibrações prânicas em todos os assistentes, tendo para cada um deles uma frase de animação ou conforto e recomendações especiais e adequadas sugestões ao propósito de suas vidas e saúde. Referindo-se à debatida questão da vinda do Supremo Instrutor, declarou que todos <<concorrem a seu modo, para a Sua aproximação, a despeito das controvérsias relativas ao dia, lugar e pessoa onde Ele se deverá manifestar. >> E concluiu: <<no momento em que Ele, Supremo Instrutor das Raças e das Religiões, vier ao nosso meio, dará os sinais certos e infalíveis da Sua identidade. Que cada um de nós, portanto, se prepare para julgá-lO e recebê-lO, sem que deixe de trabalhar para tal advento, do modo que entender.>> As sacerdotisas presentes por ocasião de receber as vibrações ficara, em transe, penetrando no Santuário para se saturarem dos seus eflúvios. A reunião terminou com a prece de “Fraternidade” e com o Hino “Dhâranâ” executado pelo seu compositor Maestro Eduardo Souto e cantado pelos presentes. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 18 de Fevereiro de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

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Faltei por doente na reunião do dia 21 (Domingo) de Fevereiro de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião do dia 25 de Fevereiro de 1926 (Quinta-feira)

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental foi esta feita sob os auspícios da Conf. Budh. de Bh-J. Após a mesma pelo Ven. Mestre Çvani-Kuni foi prestado auxílio pranico a todos os presentes inclusive a um menino de 13 ou 14 anos de idade que tem organização psíquica adequada a favorecer os fenômenos de “materialização”. Isto foi verificado duas vezes, “materializando-se” benjoim em pedra. Da primeira vez, a “materialização” foi conseguida antes de se iniciar o “mantra”, por intermédio do Professor Henrique de Souza. Ao todo três materializações daquele perfume. A reunião não terminou nesse dia de maneira favorável, pois depois da Prece de Fraternidade, do Hino “Dhâranâ” e da bênção final, foi pedido ao Professor Henrique José de Souza, nosso Ven. Diretor Chefe, diversas leituras de Anais Akasicos, indo várias pessoas no recinto do Santuário, cuja atmosfera astral, ficou impregnada de vibrações pestilenciais, que perturbaram desagradavelmente todo o ambiente, não se conseguindo harmonizar o “mantra”, por três vezes consecutivas cantado, o que resultou ser impossível no dia seguinte, obter-se a comunicação de incorporação por parte dos Nossos Veneráveis Mestres, por ocasião da prece diária das 20 horas. Tomadas todas as precauções que semelhante fato irregular e gravíssimo exigia, procurou-se pelos processos adequados, renovar as antigas vibrações, equilibrando-as e regularizando-as. Por este acontecimento fomos rigorosamente advertidos e intimados a jamais reproduzi-lo. E para constar lavrei a presente ata para uso e governo oculto da Sociedade “Dhâranâ” a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 25 de Fevereiro de 1926.Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Social

Ata do dia 27 de Fevereiro de 1926

Por Ter tido caráter esotérico extraordinário a reunião deste dia, vai a sua ata exarada no livro respectivo no 3 (págs. 23v e 24).Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Social.

Ata da reunião esotérica realizada na Sociedade Dhâranâ, no dia 7 de Março de 1926

Presentes regular número de sócios e os Membros da Cadeia Mágica Mental, foi esta feita sob os auspícios das Conf. Budh. do Oriente. Havendo entre os presentes uma pessoa suspeita cuja vinda à “Dhâranâ” havia sido anunciada há três meses passados pelos Mestres, a reunião teve a permanente assistência do nosso Ven. Mestre “Justus” e de três sacerdotisas da Conf. em estado de incorporação. Foi recebida e lida uma “Mensagem” daquele Mestre relativa a atuação que os membros das confrarias negras estão tendo no mundo, mas, muito principalmente nos meios dos verdadeiros espiritualistas, chamando-nos repetidas vezes a atenção para esta intromissão traiçoeira e insólita. Depois de lida esta Mensagem que pertence aos arquivos secretos de

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“Dhâranâ” foi feita a leitura de um interessantíssimo trabalho do nosso amado e ven. Diretor Chefe intitulado “O Futuro Próximo do Mundo”, que despertou grandemente o interesse da assistência pela originalidade como foi apresentado este verdadeiro estudo de análise psicológica do Mundo, no momento que passa. A reunião foi Terminada com o Hino Dhâranâ do mesmo modo que havia sido iniciada com o “mantra”. E para constar lavrei esta ata que servirá para uso e governo oculto da Sociedade Dhâranâ e a qual ainda vai por mim datada e assinada.Niterói, 7 de Março de 1926Cicero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da reunião esotérica do dia 11 de Março de 1926 (Quinta-feira)

Presentes regular número de sócios e os membros da Cadeia Mágica Mental foi esta feita sob os auspícios da Conf. Br. dos Bh-J. Dirigiu a corrente o Ven. Mestre Çvani-Kuni que renovou as suas advertências sobre as necessidades ritualísticas de Dhâranâ no que concerne ao Santuário onde os membros da Cadeia Mental deverão usar um vestuário próprio à semelhança do que usará o nosso Ven. diretor Chefe sendo que este e a Zeladora do Templo deverão usá-los a partir do dia 27 deste mês. Os demais membros usarão os seus vestuários próprios, inclusive uma “Cruz Swastica” presa ao pescoço por uma correntinha. Se até o dia 27 o diretor Chefe e a Zeladora não possuírem tal indumentária, Eles trarão tudo e colocarão no recinto do santuário. Recomendou ainda o preparo do “mental” dos membros, quer efetivos quer substitutos da Corrente, principalmente para descansar o irmão Henrique que muito fatigado precisa preparar alguém que fique em condições de substitui-lo nos fenômenos de “incorporação”. Referiu-se ainda ao estado vibratório em que ficou a sala de reuniões de “Dhâranâ” com a visita que nos fez Domingo p. p. a pessoa indesejável, cujo comparecimento foi autorizado pelo Ven. Mestre “Justus”. Que de futuro, porém, tais visitas não seriam mais repetidas, pois que a de agora havia sido uma exceção aberta pelo Venerável Mestre acima mencionado pelos motivos que já sabíamos. Acrescentou que a despeito do cansaço do nosso Ven. Diretor Chefe, voltaria no dia seguinte, acompanhado por uma outra entidade que trazia o encargo de preparar o ambiente da sala das reuniões. Finalizou com o tratamento magnético às pessoas necessitadas. No início e na conclusão desta reunião foram cantados o mantra e a Prece da Fraternidade no fim, que foi recitada. E para constar lavrei esta ata para uso e governo oculto da Sociedade Dhâranâ e a qual vai por mim datada e assinada.Niterói, 11 de março de 1926.Cícero Bernardino dos Santos. Diretor Exotérico.

Ata da sessão esotérica realizada na Sociedade Dhâranâ em 14 de Março de 1926

Aos quatorze dias do mês de Março do ano de mil novecentos e vinte e seis, perante regular número de sócios, teve início às 3 horas da tarde a sessão acima referida. Aberta pelo Ven. Diretor Chefe em nome dos Ven. Mestres das Conf. Brancas, foi em seguida a execução do mantra efetuada a concentração mental na cadeia mágica. Após esta, manifestou-se pela pessoa

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do Ven. Diretor Chefe o Ven. 6o Discípulo que trouxe-nos palavras de animação e conforto. Em seguida referiu-se ao assunto da conversa que se passara entre alguns membros de Dhâranâ sobre a visita que a nossa Sociedade fizera um Senhor, com a autorização do Venerável 6o

Representante. Disse que se haviam más influências, decorrentes dessa visita, a culpa era exclusivamente nossa que, sem exceção, não fazíamos por nos manter ao abrigo de tais influências, como era nosso dever, que o homem bom, que tinha as suas faculdades bem equilibradas e desenvolvidas harmonicamente, podia estar rodeado por dezenas de magos negros sem ser influenciado por eles. Que além disso, quem autorizara a visita, sabia perfeitamente o que fazia. Era um Ego cujos conhecimentos, poderes e virtudes, lhe conferiam valor, capacidade para governar os destinos da humanidade. Que assim sendo, não devíamos julgar da conveniência ou inconveniência de tal autorização. Que devíamos cuidar mais de nosso próprio aperfeiçoamento, olhando sempre para a frente, sem jamais lembrarmos o passado, sem jamais olharmos para trás, a não ser para apanhar algum objeto preciosos que deixássemos cair ou para dar a mão em auxílio a um irmão necessitado. Falou em seguida sobre os exageros da humanidade quanto aos costumes, modos, etc.. Profligou o uso das pinturas das faces, lábios, unhas, a depilação das sobrancelhas, etc.. Que isso era também magia negra, que essas pessoas faziam um duplo mal: a si próprias e aos outros dando pelos atos uma sugestão e exemplo que seria imitado pelos fracos. Falou sobre a alma dizendo que bem maior do que se pensava era o número de pessoas que não a possuíam. Se não pensavam, não meditavam, não se preocupavam com os assuntos espirituais como poderiam formá-la?... Em seguida falou sobre a necessidade inadiável de fazer substituir a lâmpada elétrica do Santuário por lâmpada a azeite, podiam ser duas, colocadas em dois braços, uma de cada lado do Buddha e deviam ser conservadas sempre acesas. Perguntou se já havíamos decifrado o 2o tema, que na próxima Quinta-feira, impreterivelmente, desejavam ouvir as respostas. Pediu que mandássemos fazer algumas almofadas para colocar dentro do Santuário. Seriam ocupadas pelos membros da cadeia mágica quando em transe, os Ven. Mestres viessem dar as suas preciosas lições, era conveniente que fossem ouvidas sentados porque um corpo fatigado não permite à mente um trabalho eficiente. Deu por terminada a corrente e que podíamos continuar a outra parte da sessão com as portas do Santuário fechadas; que Ele e mais duas Ven. Sacerdotisas permaneceriam ali até o fim. Pelo Ven. Diretor Chefe foi lido um importante trabalho seu sobre o plano astral tendo feito mais comentários. Em seguida, foi cantado o mantra, feita a Prece final e encerrada a sessão com os agradecimentos aos Ven. Mestres pela assistência e proteção que nos têm dispensado. Por ser verdade, eu, 1o Secretário lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada será por mim definitivamente encerrada e que servirá para uso e governo oculto da Sociedade Dhâranâ.Niterói, vinte e um de Março de mil novecentos e vinte e seis.Ozório Schleder de Araujo 1º Secretário

Ata da reunião esotérica realizada a 18 de Março de 1926 (Quinta-feira)

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Aos dezoito dias do mês de março do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, às 8 horas da noite foi pelo Ven. Irmão Diretor Chefe aberta a sessão em nome dos Ven. Mestres com a presença, digo, achando-se presente um grande número de associados. Executado o mantra, foi efetuada a concentração mental após a qual manifestando-se pela pessoa do Ven. Diretor Chefe o Ven. 1º schela das Confrarias que depois de uma breve saudação, manifestou o seu desagrado pelo enorme barulho que se fazia na rua, disse que o Santuário havia ficado um pouco perturbado devido a um pequeno trabalho que antecedera à sessão (colocação da lâmpada) não tendo, porém, isso grande importância. Disse, em seguida, que o Ven. Mestre Çvani-Kuni viria após sua retirada para ouvir as respostas ao tema . Que viria apenas ouvir as respostas e não respondê-lo, pois o Ven. 6º Representante já havia dado a sua resposta que era por sua vez novo tema. Retirou-se comparecendo, então o Ven. Mestre Çvani-Kuni que nos saudou em nome da Confraria da Índia. Executou um pequeno Ritual, fez em seguida aplicações magnéticas em alguns dos presentes e depois vibrações gerais, isto é, para todos os presentes. Pediu a resposta do tema à Irmã D. Stella de Paula Barros, tendo em seguida ouvido a leitura da resposta dada pela Ven. Irmã D. Gracilia Baptista, leitura essa feita pelo Ven. Irm. Diretor Exotérico por não se achar presente a autora. Leu em seguida à sua resposta o Irmão Ozorio S. de Araujo, seguindo-se a esta a leitura feita pelo Irmão Antonio Ferreira. Após a leitura de cada resposta, o Venerável Mestre Çvani-Kuni dirigia uma série de perguntas, explicando e contestando as respostas. Teve palavras elogiosas às respostas dadas pelos Ven. Irmãos D. Gracilia Baptista e Diretor Exotérico, tendo dito quanto à primeira, que não havia sido em vão que a Confraria lhe conferira o grau que possui. Disse mais, referindo-se a todas as respostas, que os Ven. Mestres achavam-se satisfeitos com o crescente desenvolvimento mental de Dhâranâ, e que cumpria aos que já haviam alcançado melhor, explicar aos que ainda não haviam compreendido bem. Retirou-se depois de abençoar a todos os presentes em nome do 3o triângulo, do Supremo, isto é, do Espírito Puro, tendo antes pedido que fosse feita a leitura da resposta dada pelo Ven. 6o Representante. Feita a leitura pelo Diretor Exotérico, executado o “Mantra”, foi pelo Ven. Sr. Diretor Chefe encerrada a Sessão em nome dos V. Mestres, depois as breves palavras de agradecimento. Por ser verdade, lavrei a presente ata para uso e governo oculto da Sociedade, ata esta que depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada.Niterói, 21 de Março de 1926.Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Ata da Sessão de 21 de Março de 1926

Aos vinte e um dias do mês de Março do ano de mil e novecentos e vinte e seis, às 3 horas da tarde, presente regular número de sócios, foi pelo Ven. Sr. Diretor Chefe aberta a sessão em nome dos Ven. Mestres. Em seguidas a execução do “Mantra”, foi feita a corrente mental, finda a qual compareceu pela pessoa do Ven. Ir. Diretor Chefe o Ven. Mestre 6o Representante que disse: “Faço questão, como 6o Representante, que o artigo que acaba de ser escrito, saia no próximo número da revista e seja também traduzido para o inglês e remetido a Sra. Annie Besant para que ela saiba que há outra obra.

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Não podemos concordar com os fatos que atualmente se desenrolam. Assim, podem supor que a magia negra está vencendo a magia Branca o que não é verdade. As outras Ramas enviarão todas o seu protesto. Chegou o momento decisivo, estão obstando a vinda do Mestre e isso não pode continuar”. Falou em seguida sobre a corrente mental há pouco realizada dizendo que observara não Ter havido perfeita igualdade, por terem alguns deixado de mentalizar uma das palavras, que repetia mais uma vez todas elas e que procurassem não mais esquecer repetiu os globos com as cores e palavras respectivas, sendo que ao 3o globo, disse, correspondem 5 palavras formando um quinário... Que em todas as Ramas as palavras eram as mesmas mudando apenas as que diziam respeito a própria Rama. Falou em seguida sobre a Cruz que o Ven. Diretor Chefe trazia ao pescoço dizendo que todos os membros da corrente deviam usá-la, não só por ocasião da corrente, quando estavam naturalmente protegidos contra as influências como durante as sessões e mesmo fora dali. Que cada Cruz devia ser tocada unicamente pelo próprio dono, podendo ter o nome atrás para evitar que outras pessoas a tocassem. Em seguida, após um pequeno Ritual deu por terminada a corrente, retirando-se. Em continuação a essa parte da sessão foi lida pelo irmão secretário a ata da sessão anterior tendo sido aprovada e encerrada. A seguir foi dada a palavra a Ven. Irmã D. Gracilia Baptista que leu um artigo de sua lavra intitulado “A Obediência”. Foi em continuação dada a palavra ao Irmão Diretor Exotérico que foi justamente pródigo em elogios ao trabalho acima referido pedindo que fosse transcrito no livro de atas exotéricas. Fez, após, uso da palavra o Ven. Diretor Chefe para comunicar que na próxima 5a feira não haveria sessão, por ter de haver uma extraordinária, no Sábado, dia 27, e outra pública no dia 28, Domingo. O Ven. Irmão Diretor Exotérico leu, o artigo da autoria do Ven. Diretor Chefe, artigo esse a que se fez referência no começo desta ata. Foi a seguir, executado o Mantra que por ordem superior foi repetido, bem como executados algumas outras peças, sendo nessa ocasião, conduzidas ao Santuário algumas sacerdotisas que praticaram um ritual sob a direção da Irmã Zeladora do templo. Finda esta parte, compareceu ainda na pessoa do Ven. Diretor Chefe o Ven. 6o Representante, que foi ao Santuário onde depois de dirigir algumas palavras ao Ven. Mestre o Buddha, retirou-se tendo deixado a sua bênção aos presentes. Foi então encerrada a sessão pelo Ven. Sr. Diretor Chefe em nome dos Mestres. Por ser verdade, escrevi a presente ata para uso e governo oculto da Sociedade, ata esta que, depois de lida e aprovada, será definitivamente encerrada.Niterói, 27 de Março de 1952Ozorio Schleder de Araujo 1o Secretário

Sessão extraordinária de 27 de Março de 1926

Aos 27 dias do mês de Março (vinte e sete) do ano de mil e novecentos e vinte e seis, presente grande número de sócios, as 8 horas da noite foi pelo Ven. Irmão Diretor Chefe aberta a sessão extraordinária desse dia, em nome dos Ven. Mestres, tendo sido feito pelo Ven. Irmão Diretor Exotérico uma saudação a Índia, em nome de Dhâranâ. Executado o “mantra” foi iniciada a corrente mental tendo sido, antes, indicado pela entidade que se achava presente, o lugar no Santuário, onde se encontrava um pequeno volume com

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perfumes que haviam trazido das Confrarias. Feita a corrente mental, foi anunciado que se aproximava o Ven. Tao-Ram que vinha para realizar a solenidade desse dia. Essa entidade saudou todos os presentes e após um pequeno ritual disse que o ambiente não se achava perfeito, entretanto dava para trabalhar, “os maus elementos procuram perturbar mas a nossa missão é superior a tudo quanto queira se antepor a ela”. Em seguida disse “Abençoados sejam todos os que se acham aqui reunidos trabalhando pelo seu próprio aperfeiçoamento e pelo de sua Pátria, pela qual trabalham muito mais que os seus próprios dirigentes materiais, daqui de dentro deste Santuário. Que essas vibrações possam repercutir sobre todos os habitantes desse país”. Continuou o 5o Representante: “Temos notado que entre vós, alguns se acham grandemente perturbados e essa perturbação que vos parece vir de vós próprios é devido ao grande interesse que __________ pela Obra. Nós sabemos que vos saireis bem porque à frente da Obra se acha Aquele que está dirigindo os destinos do mundo. O que Eu vos posso aconselhar é que vos unais e trabalheis de comum acordo, sem discrepâncias. Não deveis vos deixar levar pela influência desta palavra “desânimo”; sabemos que a Obra não perecerá , ainda mais, porque está colocada nas mãos de pessoas que já habitaram essa grande pátria a qual enviastes , há pouco, a saudação, que agradeço. Como futuro dirigente que sou, da 5a Rama, vou fazer hoje a entrega dos bastões. O Ven. Sup. Sac. Não pôde vir porque se acha em condição muito elevada, em visita ao Ven. Techu-Lama, resolvendo assuntos de grande importância”. Fez, então, algumas determinações quanto a ordem para a solenidade dizendo ainda a Ven. Zeladora do Templo que sempre que colocasse perfume, dissesse mentalmente as palavras Dhâranâ, Gartock, Srinagar e Bhante-Jaul. Chamou então o Maestro Eduardo Souto a quem disse que haviam apreciado muito o Mantra da forma como ficou, que melhor seria se executado em harmonium. Que o Maestro achava-se naquele momento acompanhado por boas entidades, entre elas um grande compositor alemão. Fez, a seguir, referências ao tamanho dos bastões, dizendo que podiam ser menores e mais finos, que pretendia os encontrar ainda quando viesse para a Rama e que esses seriam etéricos. Tomando de um fez entrega ao Maestro Souto, acompanhando o ato com palavras ritualísticas, disse, após, que nós do ocidente não tínhamos a missão de verdadeiros sacerdotes budhistas pois tínhamos outra missão a desempenhar: a da família. Que no próximo dia 27 traria uma fita simbólica para o Irmão ___ Souto que ficaria sendo o Maestro da Confraria do Brasil. Que a fita era a única expressão material que os Mestres nos podiam dar além das bênçãos diárias que faziam cair sobre as nossas cabeças. Que havia ali mais um artista, um pintor que a seu tempo também seria chamado. A seguir foi chamada a Irmã D. _______ de Rezende Hungria, observou que antigamente não se admitiam senhoras para fazer parte destas obras, e que hoje já se admitia. Em continuação foi a presença do Ven. Mestre a Sacerdotisa Srta Yara Rezende que também recebeu o bastão. O Ven. Mestre disse que no próximo dia 27 todas as Sacerdotisas deviam usar as suas fitas. Depois de pequena pausa continuou: “Está tudo perturbado! Não faz mal! Sublime perturbação!” Pediu a presença dos dois pequenos: o filho do Ven. Diretor Chefe e o dos Sr. Eduardo Souto dizendo que não podia ainda receber os bastões porém iam passar por um ritual especial; “estão ali dois buddhistazinhos, os seus pais devem ensina-los a amar os animaizinhos e as plantas”. Como o filho do Ven. Diretor Chefe estava adormecido e ao ser conduzido ao Santuário chorasse um

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pouco, o Ven. Mestre disse: “De fato para se entrar no Nirvana tem-se que chorar muito”. Pediu dois panos, fez dois turbantes, colocou-os sobre a cabeça dos pequenos dizendo que muita gente ridicularizava o uso do turbante, ignorando o que ele significa,; o turbante tem ciência: é o cruzamento do positivo com o negativo, o seu uso significa que devemos fechar o nosso mental superior a todas as vibrações imperfeitas observou que este ato para os pequenos tinha muito mais importância que o do próprio batismo pois neste momento baixavam sobre os mesmos as maiores vibrações possíveis. Disse mais: entre os dois chelazinhos vai se dar um fato muito interessante, de futuro, talvez sentem-se a meu lado ou dar-se-á mesmo outra cousa, depende de seus esforços; os seus pais são em parte responsáveis por esse futuro. Falou sobre o pentáculo, dizendo que se devia por no centro a letra com o penacho. Fez em seguida esta bela invocação “Ó Supremo Maha-Chohan, Dirigente de todas as Confrarias Buddhistas, Divino Buddha, instrutor das raças e religiões, eterno peregrino, caminheiro incansável, entrai em vibração com Tao-Ram o Vosso humilde Chela dentro de Dhâranâ, 5o elo da cadeia, do lugar onde vos achais, em benefício destes chelas amados que tão bem têm compreendido esta Obra, em favor dos nossos irmãos”. Finda esta invocação, fez ver que o ritual devia terminar com urgência pois as vibrações estavam se tornando muito fortes para o Ven. Irmão Diretor Chefe e se continuasse ele poderia se sentir mal. Pediu ao Maestro para executar algumas peças ao piano e tendo abençoado todos retirou-se. Foi então executado o Mantra e encerrada a sessão pelo Ven. Diretor Chefe após breves palavras de agradecimento aos Ven. Mestres. Por ser verdade lavrei a presente, que depois de lida e aprovada, foi por mim encerrada.Niterói, 28 de Março de 1926. Ozorio Schleder de Araujo 1o Secretário.

Ata da sessão de 28 de Março de 1926

Aos vinte e oito dias do mês de março do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da sociedade Dhâranâ, a rua General Andrade Neves, nº 305, teve lugar a sessão exotérica que foi as 3 horas da tarde aberta pelo Ven. Irmão Diretor Chefe, em presença de grande número de sócios e pessoas convidadas. Em seguida a abertura dos trabalhos executou-se o “Mantra” e fez-se a cadeia mágica mental, com o ritual de costume. Iniciou-se, após, a parte exotérica, que constou de um bem organizado programa, em que tomaram parte alguns consócios e demais pessoas conforme adiante se relata. Foi o seguinte o programa executado: 1a parte: Matemática transcendental pelo Irm. Prof. Dr. Manoel Soares de Ornella. 2a parte: Sobre as 4 dimensões pelo Irm. Dr. Caetano de Oliveira _______ da escola Politécnica. 3a parte: Conferência do Irm. Comte. Cicero dos Santos sobre o seguinte tema: O Segredo da Esfinges nos píncaros do Himalaia; a fórmula de fabricação do ____ revelada; o concurso da ciência e o zelo da religião; o paradoxo Divino e a Maldade dos deuses; Dhâranâ ante a Liga das Nações; o Caminho da Paz e a Alvorada da Fraternidade; os Trabalhos de Hércules e a Chave de Sócrates; saudação final .Usou ainda da palavra o Sr. Tito Celso da Loja Teosófica “Damodan” que fez uma bela saudação baseada nos princípios de tolerância e Amor. Fez-se representar a Cruzada Espiritualista, na pessoa de seu

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organizador e atual presidente, Sr. Gustavo Macedo. Foram muito aplaudidos todos os conferencistas, tendo a festa terminado com a execução do Hino Dhâranâ executado pelo Maestro Eduardo souto e cantado pelos dharanianos presentes. Às 5 e ½ horas foi pelo Sr. Diretor Chefe encerrada a sessão depois de breves palavras de agradecimento que dirigiu aos presentes pelo seu comparecimento e aos Veneráveis Mestres pela proteção e carinho. Que nos têm prodigalizado. Por ser verdade lavrei a [presente ata que depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 8 de Abril de 1926Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Por não Ter comparecido às sessões de 1 e 4 de Abril, deixo de fazer as respectivas atas.Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Ata da sessão de 8 de Abril de 1926

Aos oito dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, a Rua Gal. Andrade Neves, número 305 as 8 horas da noite, foi, pelo Ven. irmão Diretor Chefe aberta a sessão desse dia, presente regular número de sócios. Feita a saudação, executado o “Mantra” teve lugar a formação da cadeia mágica para os fins da concentração. Compareceu, pela pessoa do ven. Irmão Diretor Chefe, o Ven. Mestre 6o Representante que teve palavras de animação para os Dharanianos, dizendo que o próprio Instrutor sentia as nossas dores. “Ficamos satisfeitos, continuou, mesmo nas exaltações que por vezes tendes pela obra; é o grande amor que nos dedicais que a tal vos leva.” “Nada temais! A Obra há de continuar nem que seja com três ou quatro dentre vós e se não houvesse nesse país uma alma grandiosa para nela trabalhar ainda assim continuaria no astral”. “Não faz mal que em vossos bolsos não tilinte o vil metal; sereis pobres, pois a vossa obra é para os pobres; pregareis aos infelizes, nos hospitais, nas prisões, enfim, no reino da miséria e da tristeza”. Depois de pequeno intervalo continuou: “O vosso diretor Chefe e meu discípulo desconfia que Eu fui Paracelso e de fato. Posso vos dizer estas cousas, pela grande confiança que me inspirais”. “Ele supõe também que fui Moisés, mas Eu não quebrei as tábuas da Lei”. Prosseguindo o Ven. Mestre disse: “Em Bhante-Jaul eu represento Vênus; devia, pensais, representar Marte mas era Eu, o mais novo e esse, o lugar que existia. Como sabeis, no Budismo do Norte, tudo é regulado pela Astrologia Nós somos os 7 Planetas girando ao redor do Logos, de OM, que é o Sol, o som da Natureza, o som sagrado”. Dito isto, o Ven. Mestre abençoou os presentes, e enviou vibrações ao Ven. Irmão Diretor Social que não comparecera por força maior. A seguir mandou que se fizesse uma Segunda corrente em favor da Sra. Annie Besant em Adyar a fim de poder ela mais facilmente compreender o verdadeiro caminho. Compareceram ainda o Ven. Mestre do Egito e o 1o Chela das Confrarias que pródigos em conselhos bastante nos encorajaram para o prosseguimento da obra. Terminada a corrente, falou o Ven. Irm. Diretor Chefe sobre assuntos gerais referentes a obra, sendo em seguida feita a prece final e executado o Mantra tendo sido encerrada a sessão às 22 horas. Por ser verdade, lavrei a presente ata que

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depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada e servirá para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 11 de Abril de 1926.Ozorio Schleder de Araujo. 1o Secretário.

Ata da sessão de 11 de Abril de 1926

Aos onze dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ,, à rua Gal Andrade Neves no

305, às 3 horas da tarde, perante regular número de associados, foi, pelo Ven. diretor Chefe, aberta a Sessão tendo-se feito a seguir, a execução do "Mantra" e a Cadeia mágica mental. Finda esta parte, compareceu o Ven. 7o

Representante que falou alegoricamente sobre os diversos diversos caminhos percorridos na vida pelos peregrinos, pintando com as suas verdadeiras cores os quadros que em cada um se deparavam.

Disse ser o representante do alto espiritualismo dentro das Confrarias; falou ainda que em outra ocasião viria nos dizer mais alguma cousa, o que não faria no momento, por não ser favorável o ambiente. Em seguida compareceu o Ven. Mestre 6o Representante que, após sua saudação habitual falou sobre as últimas ocorrências dentro de Dhâranâ, lastimando que tão freqüentemente se repetissem. Disse mais, não ser, infelizmente, a última pois que o caminho era difícil, manifestando Ele, entretanto, a máxima confiança no triunfo da Verdade. Falando sobre os fenômenos de materialização e transporte, disse não serem sempre possíveis, a não ser que não se olhasse as conseqüências, as vezes desastrosas para o intermediário do plano físico. Que não se podia pôr um santuário em comunicação com um lugar profano todas as vezes que nos fosse solicitado, que isso seria perturbar grandemente o paciente e laborioso trabalho de preparação do ambiente e além isso que a missão de Dhâranâ era bem outra. Após mais alguns conselhos retirou-se abençoando, antes, todos os presentes. Seguiu-se a parte exotérica, tendo feito uso das palavra nosso prezado irmão Antônio __________ que fez uma bem ordenada explanação sobre a constituição íntima da matéria. Finda essa parte e depois de algumas palavras ditas pelo Ven. Irm. Diretor Chefe sobre assunto referente à Obra, foi pelo mesmo Senhor, às 5 horas encerrada a Sessão, tendo sido antes executado e cantado o Mantra, bem comi feita a prece final. Por ser verdade, lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada, será definitivamente encerrada servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 15 de Abril de 1926Ozorio Schleder de Araujo – 1o Secretário

Sessão de 15 de Abril de 1926

Aos quinze dias do mês de Abril de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, a rua Gal Andrade Neves, no 305 em Niterói, perante regular número de sócios, foi pelo Irm. diretor Chefe, às 8 horas da noite, aberta a Sessão, em nome dos Ven. Mestres.

Executado o “Mantra” pelo Maestro E. Souto foi iniciada a corrente mental, finda a qual compareceu o Ven. 5o Representante pela pessoa do Ven. Sr. Diretor Chefe e após pequeno ritual e saudação disse o que se segue, omissão feito d’algumas frases, que não se pode acompanhar: “Como já deveis

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saber o Nosso Ven. 6o Representante vai passar uns tempos sem se afastar daqui, porque está preparando uma pessoa Nossa conhecida para determinado trabalho. Ele tem que vir antes de Mim, fazer o que já tem feito várias vezes por Paracelso, Cagliostro, Blavatsky, Lincoln Wilson e outros pequenos avatares. É um dos maiores Bodhi-Sattvas que têm essa séria missão. Cada um tem a sua, as veredas são três – resumindo: Paz, Luz e Progresso – a saudação de Dhâranâ diz tudo – De Paz é a missão e de amor entre todos os seres – Luz é a iluminação vossa e a dos demais, já está entendido que muitos não aceitarão – E de Progresso porque onde há Paz e Luz há Progresso.. Mas é preciso renunciar às coisa terrenas, vencer o egoísmo! O egoísmo é o pior defeito que um homem pode ter, pior que ser um criminoso! É preciso, fazendo renúncia, receber as dores como degraus para a perfeição.” Depois de pequena pausa continuou: “Por ordem superior, acabaram-se as sessões esotéricas, a não ser as de 27, a do dia do Loto, ou de 10 de agosto e outras que no futuro marcaremos. – Isso justamente para que tenham acesso pessoas necessitadas de Luz. – É a maior esmola que se pode fazer e para que quando Eu tiver de vir, já encontre pequenos faróis iluminando as mentes dos outros. É preciso que aqueles que se dizem budistas vão aos hospitais, prisões e asilos, levar uma palavra de conforto, porque a nossa missão não se restringe ao que se faz aqui.” “Vamos acabar com as Sacerdotisas, as moças do ocidente não se prestam para esse mister; vêm para cá com estojos de pintura nas bolsinhas, embora se lhes fale continuam a se envenenar com essas tintas. É uma profanação idêntica a que se viesse para cá, por exemplo, um militar com um facão a cintura”. Em seguida disse: “É preciso não perder folhas das Revista com contos e quimeras; basta de fantasias. – Com tudo isso podeis ficar certos que o vosso dirigente Tao-Ram está bastante satisfeito convosco porque vê que os obstáculos não conseguem abater vosso ânimo.” Pediu, então, que se fizesse a 2a corrente em favor das Sra Annie Besant, o que foi feito. – Continuou o Ven. Mestre: Precisais ler a mensagem que veio por último, todos devem ter conhecimento dela. – por ora o nosso irmão não pode falar de certo modo – mas já sabeis como ele falará daqui há um mês ou dois! Por isso é que queremos as almofadas, falaremos também lá fora, todos devem aprender. Os que não quiserem, será como que a “separação natural do joio do trigo”! É preciso saber que os Bodhi-Sattvas farão avatares pelo mundo para preparar os apóstolos que, desta vez, serão muitos”. Depois de pequeno intervalo, prosseguiu o Ven. Mestre: “Podeis dizer às pessoas que se interessam que o pequeno, o Carlos, não precisa passar por operação nenhuma. Aqui tem vindo quem pode fazê-la! Vós já sabeis quem é o Diretor da Confraria do Egito e o seu Representante dentro de Shamballah. – De futuro precisais arranjar um salão maior porque o Ven. 6o Representante vai falar às massas. Vou embora para dar descanso ao Vosso Diretor.” Nesta ocasião foi perguntado ao Ven. Mestre, pelo irmão Carlos _____, se seriam mesmo acabadas as sessões esotéricas e qual o critério a seguir, ao que respondeu o Ven. Mestre: “Sim! Só as dos dias 27 e as que ordenarmos.” Perguntado ainda se podíamos admitir pessoas estranhas nas sessões de 5as e Domingos, respondeu: “As Sessões mesmo se dizendo exotéricas têm sua parte esotérica: o que é uma corrente? Isso é mesmo para que se possa ensinar; umas Sacerdotisas que não sabem o que são os planos! – Todos os que estão aqui podem assistir as sessões de 27; não há inconvenientes – quanto aos estranhos, devem primeiro ser examinados pelo D. Chefe e ali (referindo-se a porta do Santuário) deve ter um

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______________. – Deve-se fazer ao menos uma conferência mensal; já se fez uma mas falou-se por alto sobre a missão de Dhâranâ. – É preciso para os pobres de Espírito e quem não o é? Todos são! Nós mesmos! Não somos Buddhas, somos Boddhi-Sattvas. – Neste número da Revista, sabeis que Eu me interesso, tem a reprodução do artigo do Ven. Mestre Justus “Aos que me compreendem” porque se não tivesse Eu dava agora alguma cousa para ser publicado. Fica para o próximo número; assinarei T. R. e vós já sabeis quem é; bastam as iniciais. Há aquele outro que assina T. T.– pondo um A no meio fica TAT.”– Nesta altura o Ven. Mestre disse mais alguma cousa que infelizmente não pode ser apanhado, continuando depois: “Breve tereis muitas surpresas, principalmente quanto aos nomes dos Mestres; _________ que tem um grande mistério com a missão de Dhâranâ, o Mestre K. H., que a sociedade Teosófica fala a todo momento vem aparecer em toda a sua plenitude. Isso é assim, vai aos poucos; ainda há muito que ver até a sua apoteose final. – Haveis de notar, em breve, grandes modificações no irmão Henrique, em sua personalidade. – Até sempre! – quando dizemos até sempre é porque vibramos sempre convosco em vossos momentos de concentração e quando praticais atos dignos de um Dharaniano. Até sempre! – Terminada esta parte foi pelo Ven. Sr. Diretor Chefe lida a mensagem a que se referira o Mestre e após ligeiros comentários feitos sobre a mesma, recitada a prece final, foi executado o Mantra para finalizar. As 10 horas o Ven. Sr. D. Chefe encerrou a sessão em nome dos Ven. Mestres, depois de ligeiras palavras de agradecimento aos mesmos pela contínua e benéfica assistência que nos têm dispensado. Por ser verdade lavrei a presente ata, que depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 18 de Abril de 1926Ozorio Schleder de Araujo. – 1o Secretário.

Sessão de 18 de Abril de 1926

Aos dezoito dias do mês de abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da sociedade Dhâranâ, à rua Gal. Andrade Neves, no

305, às 3 horas da tarde perante regular número de associados, foi pelo Ven. Sr. Diretor Chefe aberta a sessão desse dia, em nome dos Ven. Mestres. Executado o “Mantra” fez-se a corrente mental que foi dirigida pelo Ven. 6o

Discípulo em nome do Ven. 6o Representante. Depois de um ligeiro ritual disse mais ou menos o que se segue: “Vós todos deveis ter os lugares que ocupam durante as sessões, certos e definitivamente determinados, de modo que o maestro e o _______ fiquem juntos, o Orador na tribuna a Zeladora a porta do Santuário que, não se fechará, a fim das suas vibrações passarem à sala e em sessões públicas, sentar-se-á do lado esquerdo, junto do 2o Secretário. O Tesoureiro deve ocupar o lugar correspondente ao que ocupa, do lado direito. – É necessário que se faça as banquetas para o Santuário e as suas cores, caso seja possível, devem corresponder às cores do pentáculo, – temos alguma pressa quanto as banquetas, porque a pessoa que sabeis está sendo preparada para falar. – É necessário que o pentáculo seja pintado novamente na parte do verde e a outra cor que não ficou boa. – A palavra sagrada deve ser pintada no centro. –Necessitamos ter aulas, como já foram iniciadas, sobre ciência oficial, para depois, com eficiência, tratarmos da ciência sagrada e isso antes de ser publicado o compêndio que o nosso Ven. Diretor

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Chefe está escrevendo auxiliado pelo grande Mestre Justus”. Depois de mais algumas frases animadoras pediu, o Ven. Discípulo, bênçãos dos Grandes Mestres, e para todos os presentes tendo ainda, antes de se retirar, dado em nome do seu Ven. Mestre a explicação sobre o conceito egípcio do triângulo, terminando, então, a corrente. Por ser verdade, lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada, será definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 22 de Abril de 1926Ozorio Schleider de Araujo1o Secretário

Ata da Sessão de 22 de Abril de 1926

Aos vinte e dois dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da S. Dhâranâ a rua Gal Andrade Neves no 305, às 8 horas da noite perante regular número de pessoas, foi pelo Ven. Snr. Diretor Chefe aberta a Sessão, em nome dos Ven. Mestres tendo feito a seguir, a cadeia mágica mental precedida da execução do Mantra. O Ven. Mestre dirigente da corrente, após a sua terminação nos dirigiu a palavra, tendo dito mais ou menos o que se segue: “Desde o dia 14 deste mês, todos os mosteiros lamaicos da Mongólia e Tibete aderiram a grande causa que abraçamos”. “Assim entre 45o e 50o de latitude Norte, todos são da Missão”. “É com grande satisfação que vos damos tal notícia”. Comunicou-nos em seguida que as 10 horas em ponto uma grande vibração nos banharia de modo que nessa hora, todos deviam estar atentamente concentrados na palavra OM – No intervalo que antecedeu essa hora foi pelo irmão Antonio Ferreira explicado um ponto de física que, como das vezes anteriores versou sobre a constituição interna da matéria. Pelo Ven. Sr. D. Chefe foi feita no quadro negro uma bem fundamentada exposição sobre a constituição e formação de tudo com os dois símbolos representados por uma circunferência e uma cruz de braços iguais. –terminada esta parte fez a leitura do artigo intitulado Shamballah, escrito por ordem superior para a nossa Revista. – a leitura dessa bela página de misticismo predispôs o ambiente para a anunciada vibração. – As 10 horas em ponto o Maestro E. Souto tocou ao piano 3 vezes a nota Sol sustenido e pela pessoa do Ven. Sr. D Chefe falou o Ven. 6o Representante que em evocação sublime pediu a bênção divina do Grande _____________ – as vibrações deste grandioso ser fizeram-se presentes até a porta do Santuário de onde o Ven. Mestre Justus em Seu nome abençoou todos os presentes. –Continuando disse o Ven. 6o Representante estar próximo o dia de lançar ao mundo a sua mensagem pela boca daquele que estava sendo preparado para esse fim. – E então veríamos como um quase ignorante falaria como um iluminado. Disse-nos ainda o Ven. Mestre que não tardaríamos a saber o verdadeiro nome do Ven. Mestre

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Tao-Ram, o 5o Bhante-Jaul. – E em nome da Confraria Suprema encerrou a Sessão. – Por ser verdade lavrei a presente ata, para uso e governo oculto das Sociedade, ata esta que depois de lida e achada conforme, será definitivamente encerrada.Niterói, 25 de Abril de 1926.Ozorio Schleider de Araujo1o Secretário.

Ata da Sessão de 25 de Abril de 1926

Aos vinte e cinco dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Soc. Dhâranâ, à rua General Andrade Neves no 305, as 3 horas da tarde, perante grande número de associados teve início uma das Sessões habituais que foi aberta pelo Ven. Snr. D. Chefe. Após a execução do Mantra e formação da corrente mental, falou pela pessoa do Ven. Snr. Diretor Chefe, o Ven. Mestre 6o

Representante que disse ir escrever no quadro negro algumas passagens da vida de um personagem. E aproximando-se do dito quadro escreveu o seguinte, lendo em voz alta: Recriando até a época mais antiga que a história registra, começamos por Marco Tullio; após este vem Cícero, o Pai da Pátria –Registramos uma frase que é: “Até quando ó __________ quererás abusar de nossa paciência?”– “Passemos a Phedro, escritor latino. ‘44 anos antes de Cristo, escreveu apologias verdadeiras, sátiras, com os homens daquela época que se pareciam muito com os de hoje’. – ‘Com um farrapo que te encobres e que dás o nome de veste encobres as _____ dos teus antepassados, as _____.’ – ‘Corja de feras humanas, cumpre o teu destino’. – Simão, o Mago., conversando com o apóstolo Pedro – Ó Pedro! Dá-me a tua ciência mágica que te remunerarei com fartura... Mas ele não deu e o nosso amigo quis fazer magia e quebrou uma perna. – Passamos, agora, a Caio Petrônio,55 anos depois de Christo , cognominado o árbitro da elegância... – fase não conhecida da história quando o tirano histrião o quer mandar matar. “No mundo não há mais lugar para mim” e suicidou-se. “Cristóvão Colombo: – Com três caravelas conquistarei um reino que não é o meu’. “Paracelso (1543) na Suíça: ‘O que uma geração considera o caminho do saber, é considerado na vindoura como inútil e até prejudicial’. Os sábios da atualidade acham que ele foi um charlatão, mas teria assombrado o mundo se não morresse tão cedo. Eu o afirmo e na Doutrina Secreta está... “Cagliostro: – ‘Ego sum qui sum’. ‘Na pata da esfinge: –´Mestre meu amado – Juro no Portal da esfinge sagrada, Templo grandioso de minha iniciação que salvarei a França”. ‘A tomada da Bastilha responde por isso”... Aqui parou o Ven. 6o Representante, o ligeiro exame retrospectivo que vinha fazendo sobre as várias vidas desse Ego ou dessa personagem a que se referiu a princípio. – Após mais algumas palavras retirou-se. Foi então, executado o mantra e encerrada a Sessão com a prece habitual. Por ser verdade, lavrei a presente ata que servirá

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para uso e governo oculto da Sociedade e depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada.Niterói, 27 de abril de 1926Ozorio Schleder de Araujo1o secretário.

Ata da Sessão de 27 de Abril de 1926Aos vinte e sete dias do mês de Abril do ano de mil novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Soc. Dhâranâ, a rua general Andrade Neves, no 305, Niterói, presente grande número de associados, as 8 horas da noite, foi pelo Ven. Snr. Diretor Chefe, aberta a sessão extraordinária, em nome dos Ven. Mestres. Foi cantado o Mantra e em seguidas feita a cadeia mágica mental, finda a qual ouvimos a palavra do Ven. Sumo Sacerdote, por intermédio do Ven. Diretor Chefe. Disse-nos o seguinte o Ven. Mestre: “O nosso Ven. 5o Representante que dirigiu a corrente, afastou-se por instante; acha-se presente o Sumo Sacerdote, que comparece hoje para trazer as suas vibrações e para abençoar meus irmãozinhos. Os bastões só serão entregues aos nossos budhistas a 10 de Agosto. Para Dhâranâ não é mais preciso fazer o juramento; são tantos os que têm entrado e saído que melhor é não se o faça; só o de budhista. – Esse dia, o dia 10, vai ser extraordinário para Dhâranâ, vai ser livre, trabalhando, entretanto, irmanados conosco; trabalhando sob as vibrações de _____ porém Dhâranâ não será mais discípula e sim Mestra – Enquanto for vivo o seu Diretor Chefe ela ficará sob a tutela do Egito. – No dia 10 virão as fitas prometidas, o anel e até o Loto que se Eu quisesse podia vos dar já, agora, porém não teria a mesma solenidade que em Agosto. – Será o decálogo de Dhâranâ – os 10 mandamentos do Lanú – 1o ano, obediência cega, obstáculos e entraves, mas os Dharanianos tendo a frente o Swami Henrique, souberam vencer; 10 de Agosto passado, 2a fase: amor e cumprimento do dever e agora em 10 de Agosto próximo, 3a fase. Dhâranâ terá realizado as aspirações de todas as iluminadas e Dhâranâ já saberá que a verdadeira doutrina dos Mestres é a da mente (sabedoria) unida a do coração (misticismo) – Nesse dia o nosso Irmão terá as honras do próprio Tao-Ram, poderá usar a faixa roxa. Todo o swami tem as honras de Mestre; é um pequeno Bhante-jaul”. – Depois de pequena pausa, continuou o Ven. Sumo Sacerdote: “Nós não impomos esta Obra a pessoa alguma; ele próprio (referindo-se ao ven. D. Chefe) se quiser poderá se desligar, mas é tão difícil isso, para uma pessoa que já compreendeu – e que trabalha para o mundo, trabalha para si – Foi por isso que Buddha disse em uma de suas últimas vidas que quem dá aos pobres empresta a Deus – e não se dá só o pão do corpo – há muitas mentes que sofrem, assim como a vossa Pátria, todos os países do mundo procuram aniquilar o analfabetismo. – Quanta gente há por aí que nem sabe pedir um pão! Quanto mais pegar de um lápis ou de uma pena e solicitar de um amigo que reparta consigo as sobras de sua

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mesa. – E vós, que já avançastes mais um pouco, dais mais alguma cousa que a ciência oficial pode dar; dais a ciência divina”. Houve novamente pequeno intervalo continuando o Ven. Sumo Sacerdote: “Esperai, pois, que esse dia será extraordinário. – Ele próprio há de vir ao vosso meio. – Essas paredes todas desaparecerão porque não existem de fato. –Hoje, todos os discípulos de Srinagar estão aqui; os de Gartock estão em outra parte – acham-se também presentes dois Ven. Mestres: o 6o e o 5o que tomará conta do trono de Dhâranâ. – Eu não tomarei conta de trono nenhum, a Minha Missão é em toda parte – Vou retirar-me, depois vêm as sacerdotisas fazer a adoração do fogo sagrado. Precisais tratar de um assunto muito importante: aqui, as do corrente dia vem em outro dia – ;E preciso ter 21 trabalhadores certos; sempre temos que pôr um discípulo entre cada um dos membros da corrente para que se não faça um Deva muito fraco. – Nisso é que Dhâranâ está ainda muito pequenina. – Abençoados sejam todos os que se acham dentro deste Templo não por hoje somente mas por todos os séculos”. Dito isso retirou-se. –em seguida compareceu o Ven. Discípulo de Gartock que com alguma dificuldade de expressão disse: “É a primeira vez que vem aqui um discípulo de Gartock, em nome dos meus irmãos venho saudar os discípulos do Brasil, budistas como nós, saudar a vossa pátria e as vossas mentes para que sejam iluminadas. Que o Loto sagrado se estenda de Shamballah ao Brasil perfumando as vossas almas para que elas fiquem, sempre unidas na mesma tonalidade de Luz”. – A nossa Ven. Irmã d. Gracília Baptista agradeceu e saudou-os também. – Continuou o Ven. Discípulo: “É a primeira vez que venho dar a minha vibração direta”. – Fez nesta ocasião imposição das mãos sobre a cabeça de todos os membros da corrente, tendo dito ao tocar o nosso Ven. Irmão Carlos Valle: “Estais doente, precisais de prana, muito prana.” Ao Ven. Irmão Antonio Ferreira disse: “Este vai ser mesmo budista, porque vai andar muito, vai caminhar”. – À ven. Zeladora disse: “Você é muito fraca! É a Zeladora, não é? A Zeladora do Templo? Cargo muito sério; trazer tudo muito perfeito, muito limpo, é a morada dos nossos Mestres, por isso quem se encarrega de o trazer limpo tem muito merecimento. É como que preparar a sua casa. Felizmente o templo de Dhâranâ, embora em lugar impróprio, no meio de ruídos e barulhos, tem uma vibração especial para atrair os Vossos Mestres; é um milagre, isto é, para a obra eu é não há milagres. Quem chega aqui, não sabe se está mesmo numa Confraria! Está em muito melhores condições que a da América, e a da Alemanha nem se diz! Só se fala em dinheiro: pagar, pagar – até no santuário que é a própria sala de reuniões. – Na França há um grupo também forte – são espíritas e maçons – são fortes no mental, nós procuramos auxiliá-los para que nos auxiliem também na Missão. Quando Dhâranâ deixar de ser Rama talvez eles passem a Rama. O setenário não acaba mais. Há outra Rama que também vais er Confraria”. –Nesta altura o Ven. Discípulo observou que já podia falar com menos dificuldade. É a teoria das vibrações, disse. –continuou

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depois: “No dia 10, aniversário de Dhâranâ é preciso arranjar, aqui, apontando para o Altar, uma escada com 7 degraus representando os planos; em cima, no Nirvana, 5o degrau, ficará um Buda de cor violeta, mas que tenha brilho. É necessário arranjar umas cortinas e colunas com as letras J B. – Se não puderem não faz mal. – as Confrarias do Norte são um tanto exigentes nessas cousas porque acham que para o supremo tudo quanto se faça é “pouco”. Compareceu a seguir outra entidade que disse: “Salve Dhâranâ! Da Confraria de Symla venho às 2as

e 5as feiras prestar o meu auxílio; tenho missão dentro de Dhâranâ. – Em Symla também da Confraria unida a Bhante-Jaul – estamos satisfeitos porque Dhâranâ vai ser independente. – É pena que não tenha ainda o seu santuário para que essas vibrações, não fossem perdidas, não direi, mas no seu ambiente próprio. Assim mesmo, já temos nos _________ em terra algumas vezes porque as vibrações do Pai têm chegado até aqui”. Retirando-se então esse Mestre, foi terminada a parte propriamente esotérica da sessão, tendo se passado em seguida a outra parte que constará do livro de atas exotéricas. As 22 horas foi executado o “Mantra” e feita a prece final, tendo o Ven. Snr. Diretor Chefe após o agradecimento ao Ven. Mestre encerrado a sessão. Por ser verdade lavrei a presente ara que depois de lidas e achada conforme, será definitivamente encerrada, sendo para uso e governo oculto das Sociedade.Niterói, 2 de Maio de 1926.Ozorio Schleder de Araujo1o Secretário.

Ata de 2 de Maio de 1926 –, DomingoAos dois dias do mês de Maio do ano de mil novecentos e vinte e

seis, à rua General Andrade Neves, no 305, sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, perante regular número de sócios, teve realização uma das sessões ordinárias da referida Sociedade. Aberta que foi pelo Ven. Irm. Diretor, seguiu-se a execução do Mantra social e formação da cadeia mágica mental que foi dirigida pelo Ven. M. Anadir, 1o shela das Confrarias. Este Ven. Mestre disse-nos o seguinte: “Está se aproximando o dia 10 de Agosto, dia em que Dhâranâ vai se tornar livre, independente, ou seja uma confraria Budista no Brasil, missão que lhe confiamos. É preciso que não percais tempo, aperfeiçoando as vossas mentes e o nosso coração ou seja o OM e o TAT, –SAT virá depois –. Hoje o ambiente está mais afinado, preparado. Há dias estava pior. Nessa reunião o Chefe desvendou certas cousas que não queriam fossem desvendadas; a humanidade quer viver sempre no reinado de Maya. As forças contrárias procuraram atingi-lo”. Fez pequena pausa o Ven. Mestre, continuando depois: “Está perto o grande dia, podeis ficar certos que não trabalhais improficuamente. – Ao lado de cada um de vós está um Mestre para não vos deixar vacilar um só momento. – Até sempre – Paz, Luz e Progresso” tendo se encerrado a parte esotérica da sessão,

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teve início a parte exotérica que constou do seguinte: o Ven. Snr. Diretor Chefe comunicou aos presentes a deliberação do Conselho Municipal de Niterói cedendo uma área de terreno para a construção do seu Templo e o Ven. Irmão Antonio Ferreira falou por algum tempo sobre teoria das vibrações. Feita, em seguida, a prece final pela Ven. Irmã D. Gracilia Baptista, foi a sessão encerrada as 17 horas com palavras de agradecimento aos Ven. Mestres pelo Ven. Diretor Chefe. Por ser verdade lavrei a presente ata, que depois de lida e aprovada será definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 6 de Maio de 1926.Ozorio Schleder de Araujo.1o Secretário.

Ata da Sessão de 6 de Maio de 1926Aos seis dias do mês de Maio do ano de mil novecentos e vinte e

seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, à rua General Andrade Neves no 305, na presença de grande número de pessoas associadas foi, às 8 horas da noite, aberta, pelo Snr. Diretor, a sessão dessa noite. Cantado o Mantra, seguiu-se a formação da cadeia mágica mental, terminada a qual falou o Ven. Mestre S. G. da Confraria de Symlah; – disse achar-se há muitos dias longe do seu corpo físico, porque permanecia no santuário de Dhâranâ e ali ficaria ainda 7 dias a fim de proteger-nos, pois grandes males nos ameaçavam e especialmente a casa do Ven. Diretor Chefe. Assim, prosseguiu, o dia 22 que se próxima será um dia muito perigoso para a sua filha Helena,; eis o motivo de haver o Ven. Diretor Chefe ouvido tantas vezes a pronúncia dessa data. Disse ainda que quanto a Ele (Mestre) já tinha ido a Symlah depois do seu temporário afastamento de lá, mas que não quisera entrar por estar muito carregado com as vibrações do Ocidente: ruídos de bonde, o Deva nacional, etc. ... Continuou: – Grandes acontecimentos se precipitam e o Supremo Mestre das Raças virá muito mais cedo, a fim de evitar grandes males. – As forças do mal combatem-nos sem tréguas mas Parabrahm é pelo Bem! Quando _______ o ano vindouro, a _________ à Índia passarão primeiro na Confraria de Symlah que fica em um alto muito pitoresco. – O trem vem até perto. Quanto a outra, aonde irão, ___ terão de tomar carros especiais, ou mesmo elefantes, todavia já existem estradas e automóveis, pois o progresso vem devassando tudo. As próprias Confrarias, que outrora se achavam em desertos inóspitos, acham-se ora devassadas. Mas no deserto de Gobi é que não irào. –Srinagar é abreviatura de Srinagait-leh, léh significa lei, ou o nome todo: “Lei das serpentes de fogo”. –Gartock é nome de lugar. –Srinagart-leh é uma pequena povoação perto de Kashmir. –Shamballah escreve-se de outro modo: tem h no fim e não como se escreve por aí – pronuncia-se “Tchamballá”. Continuando disse: “Os Mestres não saem hoje (dia 6) das Confrarias –vamos fazer um ritual especial” – dispôs, então, as V.

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Sacerdotisas em ordem para o ritual e ao piano executou Mantras para que ficássemos em harmonia com o foco central de Shamballah a fim de recebermos suas vibrações Divinas. –Seguiu-se outro ritual, todo dito em língua sagrada, ritual esse que conforme disse o Ven. Mestre estava se realizando nesse dia nas Confrarias. Finda a parte esotérica, teve começo a 2a parte tendo falado o Ven. Diretor Chefe sobre o tema: Filosofia das Índias. Finalizada a sua dissertação foi executado novamente o Mantra e feita a prece final com o que o Ven. Snr. Diretor Chefe fez encerrar-se a Sessão. Por ser verdade lavrei a presente que servirá para uso e governo oculto da Sociedade e que depois de lidas e aprovada, será definitivamente encerrada.Niterói, 8 de maio de 1926Ozorio Schleder de Araujo1o Secretário.

Ata da Sessão do dia 8 de Maio de 1926Aos oito dias do mês de Maio do ano de mil novecentos e vinte e

seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, à rua General Andrade Neves no 305, presente grande número de associados convocados para assistir a sessão extraordinária em comemoração ao aniversário da desencarnação do nosso Ven. Mestre Blavatsky, foi, às 8 horas da noite declarada aberta a Sessão pelo Ven. Diretor Chefe. Executado o Mantra teve realização a cadeia mágica mental que foi dirigida por um dos Ven. Mestres que pediu fosse feita uma Segunda corrente em favor das Snra. Annie Besant a fim de que ela encontrasse o verdadeiro caminho e fosse iluminada. Em seguida a essa corrente, disse o Ven. Mestre que a dirigia: “O Ven. 6o Representante acha-se presente e assistirá a solenidade até o fim, quando deixará algumas palavras”. Foi então, iniciada a 2a parte que constou das brilhantes orações feitas pelos Veneráveis Irmãos Snr. Diretor Chefe, Da Gracilia Baptista e Diretor Exotérico, sobre a Entidade homenageada, orações essas que corresponderam plenamente à expectativa da assistência. Ao _______ a sua oração, o Ven. Snr. Diretor Exotérico pediu a todos os presentes que, como uma oferta ao Ven. Mestre homenageado, a mais sincera que lhe pudéssemos, no momento, ofertar, fosse de pé, feita uma concentração em favor da Fraternidade Universal, o que foi feito. Pela pessoa do Ven. Snr. Diretor Chefe manifestou-se o Ven. 6o

Representante que disse estar muito satisfeito com a sinceridade da homenagem que lhe prestávamos e que ia deixar no quadro negro escrito o seu agradecimento. Dirigindo-se ao quadro escreveu: “AZ maior maneira que possuo para agradecer esta solenidade, filha da bondade dos nossos corações, é depositar nos Pés do Grande Mestre as vibrações sublimes e harmoniosas que acabais de fazer, para que Ele vos abençoe e proteja trazendo a Paz à vossa Pátria e ao mundo em geral. É preciso estardes alertas, vigilantes para que Ele não vos apanhe

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dormindo, no momento da Sua Vinda. Lembrai-vos que a nossa divisa é: Trabalhar, Amar e perdoar!... Até sempre amados discípulos. H. P. Blavatsky”. Em seguidas, as sacerdotisas presentes, em estado de transe foram ao Santuário, onde realizaram um ritual especial findo o qual a Ven. Zeladora, ainda em transe ofertou flores a todos os presentes. Executado o Mantra e feita a prece final foi a sessão encerrada às 22 horas pelo Ven. Diretor Chefe, em nome dos Ven. Mestres. Por ser verdade lavrei a presente ata que depois de lida e achada conforme, será por mim encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 13 de Maio de 1926Ozorio Schleder de Araujo1o Secretário.

Ata do dia 13 de Maio de 1926Aos treze dias do mês de Maio do ano de mil novecentos e vinte e

seis, a rua General Andrade Neves no 305, sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, às 8 horas da noite, presente regular número de sócios, foi pelo Ven. Diretor Chefe declarada aberta a Sessão. Executado o “Mantra” foi feita, a seguir, a cadeia mágica mental, que foi dirigida por Um dos Veneráveis Mestres. Após o ritual do costume, deu por terminada a corrente, passando-se em seguidas a parte exotérica da sessão, que constou de palavras proferidas pelo Ven. Diretor Chefe, sobre a parte esotérica das obra. Após alguns comentários, deu fim à sessão, às 5 horas da tarde (???), em nome dos Ven. Mestres, tendo antes, sido feita a prece final e executado o “Mantra”. Por ser verdade, lavrei a presente, que depois de achada conforme, será por mim definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 16 de Maio de 1926.Ozorio Schleder de Araujo – 1o secretário.

Ata do dia 16 de Maio de 1926Aos 16 (dezesseis) dias do mês de Maio do ano de mil novecentos

e vinte e seis, à rua General Andrade Neves no 305, sede social provisória da Soc. Dhâranâ, às 8 horas da noite, presente regular número de associados foi, pelo Ven. Diretor Chefe aberta a sessão desse dia, em nome dos Ven. Mestres. Foi executado o “Mantra” e em seguidas a corrente mental que foi dirigida por Um dos Ven. Mestres; após o ritual do costume executou algumas peças tendo, a seguir encerrado a parte esotérica, realizando-se, então a 2a parte que constou da leitura e comentários sobre o trecho lido que foi da obra Sabedoria Antiga. As 5 horas da tarde (???), não havendo mais que tratar foi encerrada a Sessão, tendo sido feita antes, a prece final e execução do

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“Mantra”. Por ser verdade lavrei a presente ata que depois de lida e aprovada será por mim definitivamente encerrada, servindo para uso e governo oculto da sociedade.Niterói, 20 de Outubro de 1926 (???) Ozorio Schleder de Araujo1o Secretário

Ata do dia 20 de Maio de 1926Aos 20 (vinte) dias do mês de Maio do ano de mil novecentos e

vinte e seis, a rua General Andrade Neves, no 305 sede social provisória da Soc. Dhâranâ, as 8 horas da noite, achando-se presente grande número de pessoas foi, pelo Snr. Diretor Chefe. Executado o “Mantra”, foi feita a cadeia mágica mental, a qual compareceu , pela pessoa do Ven. Diretor Chefe, Um dos Ven. Mestres, que após o ritual próprio do momento, dirigiu algumas palavras de conforto aos Dharanianos. Após a parte esotérica, foi feita a leitura e comentários sobre a mesma obra lida na Sessão anterior, isto é, a Sabedoria Antiga. Terminada essa parte, foi feita a prece pela Fraternidade Universal e executado o “Mantra”, sendo então, encerrada a sessão, as 10 horas da noite. Por ser verdade, lavrei a presente ata, que após ser aprovada será por mim definitivamente encerrada servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 23 de Maio de 1926Ozorio Schleder de Araujo – 1o Secretário.

Ata do dia 27 de Maio de 1926A ata do dia vinte e sete de Maio de mil novecentos e vinte e seis

consta das páginas 28, 28 verso, 29, 29 verso e 30, do livro no 3 de atas esotéricas extraordinárias.Niterói 6 de Maio (???) de 1926Ozorio Schleder de Araujo.1o Secretário.

Ata do dia 6 de Junho de 1926Aos seis dias do mês de Maio, digo, Junho, do ano de mil

novecentos e vinte e seis, na sede social provisória da Soc. Dhâranâ, à rua General Andrade Neves no 305, às 15 horas, foi, pelo Ven. Snr. Diretor Chefe, aberta a Sessão desse dia, achando-se presente grande número de pessoas associadas. Foi executado o Mantra e em seguida, feita a corrente mental a qual compareceu o Ven. 1o Discípulo que falou: “Talvez o Ven. M. Rama Prajna não possa comparecer devido as más condições do ambiente e que além disso seria necessário que o ven. Diretor Chefe fizesse algumas assanas especiais o que não era possível com as roupas que estava vestido; entretanto faria o possível para que o

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Ven. Mestre pudesse comparecer. –Depois de um demorado ritual, anunciou achar-se presente o Ven. Mestre que logo após falou pela pessoa do ven. Snr. D. Chefe: “Vim hoje só para vos trazer a minha bênção e a dos Mestres da Conf. de Symlah. Não me demorarei, porém no intervalo de 21 dias, não podendo vir, digo permanecer aqui, virei a todas as reuniões para vos abençoar e deixar convosco as minhas vibrações”. –chamou, em seguidas, o pequeno Órion a quem mandou que fizesse a saudação ao Divino Buddha; abençoou-o e retirou-se, dizendo antes que no fim da sessão estaria novamente presente para deixar conosco as suas vibrações e bênçãos. O Ven. Snr. Diretor Chefe foi ao piano onde executou músicas características, tendo sido feito pelas Sacerdotisas um ritual dentro do Santuário. Depois do ritual voltou o Ven. Mestre Rama Prajna que nos abençoou em Seu nome e dos Ven. Mestres retirando-se em seguida. Compareceu então o Ven. 1o discípulo que disse: “Após as palavras de Um Mestre como Rama Prajna, nada deve dizer um Discípulo”. – Foi após a parte exotérica encerrada a sessão. Para constar lavrei a presente ata que achada conforme, vai por mim assinada e datada, servindo para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói, 10 de Junho de 1926Ozorio Schleder de Araujo – 1o Secretário.

Ata do dia 10 de Junho de 1926Aos dez dias do mês de Junho do ano de mil novecentos e vinte e

seis, na sede social provisória da Soc. Dhâranâ, a rua General Andrade Neves no 305, às ___ horas da noite, presente grande número de pessoas associadas, foi pelo Ven. Snr. Diretor Chefe aberta a sessão, em nome dos Ven. Mestres. Executado o Mantra, foi a seguir, feita a corrente mental, a qual foi dirigida pelo Ven. Mestre Çvani-Kuni. –Após o encerramento da corrente mental, disse não poder vir o Ven. M. R. P. porque todos os Chefes das Confrarias estavam partindo para Shamballah desde esse dia (dia 10). Tratava-se de um fato extraordinário que se repete cada vez que tenha de baixar ao mundo um Buddha, portanto, de séculos em séculos. Nesta hora, todas as Confrarias budistas do Tibete e Mongólia estão no máximo de sua atividade tomando todas as precauções para a vinda do Supremo que desta vez terá correntes extraordinárias para ampará-lo. Disse mais algumas cousas que não foram por nós retidas na memória e que os fatos por Ele relatados não transpirassem absolutamente, fora de Dhâranâ. Foi encerrada, então, a parte esotérica tendo seguimento a parte social; fez uso da palavra o Ven. irmão Diretor Social que tomou para tema o assunto: “Reencarnação e Karma”. Finda a sua alocução, foi feita a prece final, executado o Mantra e encerrada a Sessão as 22 horas. – Por ser verdasde lavrei a presente ata que servirá para uso e

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governo oculto da Sociedade e será por mim assinada, depois de lida e achada conforme.Niterói, 13 de Junho de 1926.Ozorio Schleder de Araujo – 1o Secretário.

Ata da sessão do dia 13 de Junho de 1926Aos treze dias do mês de Junho do ano de mil novecentos e vinte e

seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, a rua General Andrade Neves no 305, em Niterói, as 15 horas, presente grande número de pessoas associadas, teve realização uma das sessões desta Sociedade. Aberta pelo Ven. Snr. Diretor Chefe, foi em seguida executado o Mantra e feita a corrente mental. Compareceu dirigindo-a o Ven. Mestre Çvani-Kuni que realizou um ligeiro ritual. Finda a parte esotérica, seguiu-se a 2a parte, da qual constou a leitura e comentário do livro A Sabedoria Antiga de A. Besant, feito pelo Snr. Diretor Social. – Novamente executado o Mantra, foi feita a prece final e encerrada a Sessão às 17 horas, em nome dos Ven. Mestres. Por ser verdade, lavrei a presente que depois de lida e achada conforme, será por mim assinada.Niterói, 17 de Junho de 1926.Ozorio Schleder de Araujo – 1o Secretário.

Ata da Sessão do dia 17 de Junho de 1926Aos dezessete dias do mês de Junho do ano de mil novecentos e

vinte e seis, na sede social provisória da Sociedade Dhâranâ, as 8 horas da noite, perante regular assistência, foi aberta a Sessão pelo Ven. Snr. Diretor Chefe em nome dos Ven. Mestres. Feito o Mantra, e realizada a Corrente Mental, dirigida por um dos Nossos Ven. Mestres, Este disse que íamos modificar as palavras das mentalizações para as seguintes: “Manas – Dhâranâ – Buddha – Shamballah e Paz – que os globos continuariam os mesmos. – Disse ainda entre outras cousas, ser esse dia, o dia 17 de Junho uma grande data para o Egito, pois mais um adepto recebia o seu grau. – “Índia e Egito vibram juntas – “Já tive ocasião de vos dizer que os grandes Mestres das Confrarias se acham em Shamballah – Esse é um fato que se realiza a cento e muitos a cento e muitos anos. Reúnem-se nesse grande conselho cada vez que têm de tomar grandes medidas relativas à humanidade, ou seja, por exemplo, a vinda de um Instrutor como aconteceu com a vinda de Pitágoras, Mayas, Cristo. – Está próxima a época das coisas mudarem completamente. – As dificuldades todas desaparecerão. Deveis receber essas coisas como naturais”. – Fez pequena pausa continuando depois: “Esse sonho que teve aquela pequena, não foi verdadeiramente um sonho, ela estava num estado de semi-consciência, viu uma silhueta junto a Esfinge; é uma menina interessante; podia prestar serviços à Obra” (o Ven. Mestre

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referia-se a uma sobrinha do nosso Irmão _______ Telles da Silva). Disse ainda o ven. Mestre, que achava-se sempre acompanhada a pessoa do Ven. Snr. Diretor Chefe, pois, “quem tem uma missão como a dele, está sempre acompanhado”. – Seguiu-se um ritual no qual tomou parte nossa Irmão Da Estella de Paula Barros que fez um desdobramento; o nosso Irmão _____ Vianna executou, em estado de transe, uns passos e assanas egípcios tendo a Ven. Zeladora do templo feito, nessa ocasião, um ritual especial com o pequeno “Órion” e membros da Corrente. – Compareceu em seguida, um representante das Confrarias do Egito que viera para deixar suas vibrações com todos os presentes, pedindo licença para não dar o seu nome. – Retirando-se esta Entidade, compareceu ainda o ven. 6o Representante que disse trazer-nos as bênçãos de Shamballah. Finda a parte esotérica seguiu-se a 2a parte, constando o seu relato do livro especial de Atas exotéricas. Por ser verdade lavrei a presente, que depois de lida e achada conforme será por mim encerrada , servindo como toas as atas de que se compõe este livro, para uso e governo oculto da Sociedade.Niterói 20 de Junho de 1926Ozorio Schleder de Araujo1o Secretário.

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