ATENDIMENTO À VÍTMA DE CRISE CONVULSIVA E DESMAIO
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ATENDIMENTO À VÍTMA DE CRISE CONVULSIVA E DESMAIO
DESMAIO
Também chamado de síncope, é uma perda breve da consciência causada pela redução temporária do
fluxo sanguíneo para o cérebro.
Causas: falta de alimentação, fadiga, dor, perturbação emocional, perda de sangue e traumas ou
ferimentos na cabeça.
Sinais e sintomas: palidez, pulsação baixa, fraqueza, tontura, escurecimento da visão e falta de
controle muscular (queda).
Atendimento
Tem como objetivo aumentar o fluxo sanguíneo para o cérebro e tranquilizar a vítima.
1- Colocar o paciente deitado em decúbito dorsal, com os membros inferiores ligeiramente elevados ;
2- Manter o ambiente arejado e afastar quem estiver em volta se houver aglomeração de pessoas;
3- Quando ele recuperar os sentidos, tranquilize-o e ajude a sentar lentamente;
4- Se ele não recuperar a consciência rapidamente, verifique as vias aéreas, o pulso e a respiração. Se
necessário, faça reanimação cardiopulmonar;
5- Enquanto a vítima estiver inconsciente mas respirando normalmente, é aconselhável que
permaneça em posição lateralizada.
Nunca deixe uma pessoa que acabou de ser recuperar de um desmaio levantar subitamente, pois
isso pode levar a outro desmaio.
Não tente acordar a vítima utilizando água fria, sacudindo, dando tapas no rosto ou oferecendo
substâncias para cheirar.
CONVULSÃO
Perda repentina da consciência acompanhada de contrações musculares violentas. É o resultado do
aumento excessivo de atividade elétrica em alguma parte do cérebro, devido à anormalidades.
Causas: traumatismo na cabeça, doenças que causam danos ao cérebro, redução do fluxo de oxigênio,
ingestão de substâncias tóxicas, febre alta (crianças) e epilepsia.
Sinais e sintomas: a vítima de crise convulsiva cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida começa
a debater-se violentamente, pode virar os olhos para cima e apresentar cianose nos lábios e
extremidades. Também pode haver salivação excessiva e perda do controle sobre a urina e fezes. As
contrações duram de 2 a 4 minutos. Depois disso, os movimentos começam a enfraquecer e a vítma de
recupera lentamente. Após a convulsão, é comum que a vítima durma por minutos ou horas.
Atendimento
1- Não impeça os movimentos da vítima. Afaste tudo que esteja ao redor e que possa machuca-la
(móveis, objetos, etc.);
2- Retire próteses dentárias, óculos, colares e outros objetos que possam ser quebrar e machucar ou
sufocar a vítima;
3- No caso dela ter cerrado os dentes, não tente abrir sua boca;
4- Afrouxe as roupas para que ela se debata livremente;
5- Coloque um pano macio embaixo da cabeça, para evitar que ela se machuque;
6- Se houver salivação excessiva, deite-a com a cabeça para o lado e segure nesta posição;
7- Não dê nenhum liquido ou medicação pela boca, pois pode causar sufocamento;
8- Quando acabar a crise, providencie um lugar confortável e deixe-a repousar até que recupere a
assistência. Em seguida, encaminhe para atendimento médico
EPILEPSIA
A epilepsia é conceituada como uma tendência a apresentar crises convulsivas repetidas. As crises são
divididas em parciais (quando afetam uma parte do cérebro) e generalizadas (quando afetam todo o
cérebro). As crises parciais se dividem em: parciais simples, parciais complexas e parciais com
generalização. As crises generalizadas dividem-se em : tônico-clônicas, tônicas, miclônicas, atônicas e
de ausência.
Parciais
Crises parciais simples - Caracterizam-se pelo fato do paciente ficar consciente durante a crise. As mais
freqüentes são motoras, que podem se manifestar como abalos muscular das mãos, pés ou faces.
Estas crises podem progredir para todo um lado do corpo e podem seguir-se de uma crise tônico-
clônica.
Crises parciais complexas - podem se iniciar como um aviso ou aura. O aviso pode ser uma sensação
de sonho, de medo, opressão no estomago que sobe para a garganta, alucinações (ouvir sons, sentir
cheiros e gostos estranhos) e outras que o paciente é incapaz de descrever com precisão. A essas
sensações seguem-se perda de contato com o ambiente, aumento da salivação, movimentos de
mastigação, de marcha, e/ou movimentos com as mãos. Após a crise o individuo volta
progressivamente a ter contato com o meio. Essas crises podem ser seguidas de crises tônico-clônicas.
Generalizadas
Crises de ausência: As crises se manifestam como um desligamento:o indiviuo interrompe a fala e a
atividade, por alguns segundos, voltando logo a atividade que estava realizando. Essas crises podem se
repetir várias vezes ao dia e são mais comuns na infância.
Crise atônicas: Iniciam-se com a queda abrutpa ao solo. Há o risco de ocorrerem ferimentos na
cabeça, pois o indiviuo cai rapidamente.
Crises mioclônica: Têm breve duração e manifestam-se principalmente ao despertar, com
movimentos bruscos de todo o corpo (como um choque ou susto), principalmente dos braços. Se o
indivíduo estiver com objetos nas mãos, estes podem ser atirados a distância.
Crises tônico-clônicas: Podem se iniciar com um grito acompanhado de perda da consciência com
queda ao solo, endurecimento do corpo e abalos musculares generalizados. Pode ocorrer perda de
saliva com sangue devido à mordedura da língua, coloração arroxeada dos lábios, respiração ruidosa, e
algumas vezes ocorre perda da urina. A duração é de poucos minutos e após a crise o indiviuo fica
sonolento, podendo acordar com vômitos, dor de cabeça e dores musculares.
Crise tônicas - Ocorre perda da consciência, queda ao solo, o corpo fica endurecido, respiração
irregular, aumento da salivação, coloração arroxeada.