Atividade 1 Poema
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Atividade 1
Atividade 1Para iniciar esta aula, o professor deve apresentar aos alunos o texto Convite e solicitar que eles respondam as questes propostas em seguida.Convite
Poesia
brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pio.
S que
bola, papagaio, pio
de tanto brincar
se gastam.
As palavras no:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a gua do rio
que gua sempre nova.
Como cada dia
que sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia?
Jos Paulo Paes
Fonte:http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo1.html#convite, acessado em 08 de abril de 2010.
Questes:
a)O texto anterior pertence a que gnero textual? Por qu?b)Explique o ttulo do texto.c)Segundo o texto, qual a definio de poesia?d)Por que o autor afirma que as palavras quanto mais se brinca com elas, mais novas ficam?Depois que os alunos tiverem respondido s questes, o professor deve solicitar a alguns deles que exponham as suas respostas, desenvolvendo uma discusso com a turma. Posteriormente, o professor deve promover uma reflexo propondo a seguinte questo: o que poema e o que poesia?
As hipteses de diferenciao levantadas pelos alunos devem ser anotadas na lousa (quadro). Em seguida, o professor deve apresentar as definies de forma clara para que os alunos confirmem ou corrijam as hipteses iniciais. Como base, apresentamos as seguintes definies:
POESIA a linguagem subjetiva, que utilizamos para exprimir nossos sentimentos e nossas emoes, com elementos sonoros: ritmo, rima e verso. At a Idade Mdia, a poesia era cantada. S depois que se separou o poema da msica.
POEMA a forma da poesia. Em geral, confundimos poema com poesia, porque escrevemos poesia em poema, embora se possa escrever tambm poesia em prosa. Um poema composto de vrios versos e estrofes. Vamos dizer que o poema a roupa mais comum da poesia. a parte concreta da poesia enquanto a poesia a parte imaterial. Os poemas tm elementos sonoros importantes, como mtrica, ritmo e rima, justamente porque eram acompanhados de msica e dela guardam esses elementos.
Fonte:http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/254058, acessado em 08 de abril de 2010.
Atividade 2
No segundo momento da aula, sugerimos que o professor apresente aos alunos um fragmento do texto Tentao e demande que eles respondam as questes que se seguem.
Observao: Se o professor julgar interessante, ele pode tornar a aula mais dinmica, conduzindo a atividade de modo que os alunos respondam apenas oralmente s questes relativas a este texto de Clarice Lispector.
Tentao
Clarice LispectorEla estava com soluo. E como se no bastasse a claridade das duas horas, ela era ruiva.
Na rua vazia as pedras vibravam de calor - a cabea da menina flamejava. Sentada nos degraus de sua casa, ela suportava. Ningum na rua, s uma pessoa esperando inutilmente no ponto de bonde. E como se no bastasse seu olhar submisso e paciente, o soluo a interrompia de momento a momento, abalando o queixo que se apoiava conformado na mo. Que fazer de uma menina ruiva com soluo? Olhamo-nos sem palavras, desalento contra desalento. Na rua deserta nenhum sinal de bonde. Numa terra de morenos, ser ruivo era uma revolta involuntria. Que importava se num dia futuro sua marca ia faz-la erguer insolente uma cabea de mulher? Por enquanto ela estava sentada num degrau faiscante da porta, s duas horas. O que a salvava era uma bolsa velha de senhora, com ala partida. Segurava-a com um amor conjugal j habituado, apertando-a contra os joelhos.
Foi quando se aproximou a sua outra metade neste mundo, um irmo do Graja. A possibilidade de comunicao surgiu no ngulo quente da esquina, acompanhando uma senhora, e encarnado na figura de um co. Era um basset lindo e miservel, doce sob a sua fatalidade. Era um basset ruivo. [...]
Fonte:http://amorecultura.vilabol.uol.com.br/tentacao.htm, acessado em 07 de abril de 2010.
Questes:
a)Qual o sentimento vivido pela personagem central da narrativa? Explique a razo deste sentimento.b)O que a presena do co pode significar para a personagem central da narrativa?c)Retire do fragmento partes que revelem um trabalho criativo com a linguagem. Explique.d)Em sua opinio, podemos classificar o texto de Clarice Lispector como poesia? Por qu?Depois que os alunos tiverem respondido s questes de a a d, o professor deve solicitar que alguns deles socializem as suas respostas, propiciando uma discusso prvia apresentao da definio a seguir:
PROSA POTICA, tambm chamada poesia em prosa, a poesia escrita em prosa, isto , sem as caractersticas do poema: mtrica, ritmo, rima e outros elementos sonoros. Um texto escrito em forma de prosa pode ser considerado poesia", se sua funo for potica, ou seja, se exprimir emoes e sentimentos.
Fonte:http://recantodasletras.uol.com.br/teorialiteraria/254058, acessado em 08 de abril de 2010.
Atividade 4O professor pode ainda desenvolver outras atividades de apreciao de poemas com os alunos, segundo o andamento das atividades anteriores e o interesse da turma. Sugerimos que o professor trabalhe, nesse caso, com a interpretao e com a produo de poemas concretos, como os que colocamos a seguir, solicitando que os alunos:
a)Identifiquem a relao entre o texto e a imagem.b) Descrevam o trabalho com a sonoridade produzido nestes poemas.c) Escolham um objeto a partir do qual eles queiram produzir um poema concreto e, a exemplo do "giro" e da "xcara de caf", faam o poema desenhando com palavras a forma do objeto escolhido.
HYPERLINK "http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/discovirtual/galerias/imagem/0000000097/0000001010.jpg" \t "_blank"
Fonte (Giro):http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/img/poeconcreta4.jpg, acessado em 08 de abril de 2010.
Fonte (Xcara) :http://pluralinguagem.autonomia.g12.br/wp-content/uploads/2009/07/x%C3%ADcara-fabio-alexandre-sexugi.jpg, acessado em 08 de abril de 2010.
Recursos Complementares
Para encontrar informaes sobre textos poticos, o professor pode consultar o stio , acessado em 24 de maio de 2010
Avaliao
A compreenso das propostas pelos alunos ser avaliada a partir da discusso em sala de aula de cada uma das atividades.
Para avaliar o desenvolvimento dos alunos no que concerne interpretao de textos poticos, o professor deve apresentar-lhes os textos a seguir e solicitar a eles que, mantendo os grupos formados para a realizao da Atividade 3, respondam as questes de a a f propostas.
Observao: Recomendamos que o professor apresente a letra de msica Pas Tropical acompanhada de seu udio (Disponvel emhttp://www.radio.uol.com.br/#/artista/jorge-ben-jor/21442?action=search, acessado em 05 de abril de 2010), caso haja recursos na escola.
Pas TropicalComposio: Jorge Ben Jor / Wilson Simonal
Moro num pas tropical,abenoado por DeusE bonito por natureza,mas que belezaEm fevereiro (em fevereiro)Tem carnaval (tem carnaval) Tenho um fusca e um violoSou FlamengoTenho uma ngaChamada TerezaSambabySambabySou um menino de mentalidade medianaPois , mas assim mesmo sou feliz da vidaPois eu no devo nada a ningumPois , pois eu sou felizMuito feliz comigo mesmoMoro num pas tropical, abenoado por DeusE bonito por natureza, mas que belezaEm fevereiro (em fevereiro)Tem carnaval (tem carnaval)Tenho um fusca e um violoSou FlamengoTenho uma ngaChamada TerezaSambabySambabyEu posso no ser um band leaderPois , mas assim mesmo l em casaTodos meus amigos, meus camaradinhas me respeitamPois , essa a razo da simpatiaDo poder, do algo mais e da alegriaSou FlamT uma nCham TerSou FlamT uma nCham TerDo meu BrasilSou FlamengoE tenho uma ngaChamada TerezaSou FlamengoE tenho uma ngaChamada TerezaFonte:http://letras.terra.com.br/jorge-ben-jor/46647/, acessado em 5 de abril de 2010.
Cano do exlioGonalves Dias (1847)
Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi;As aves, que aqui gorjeiam,No gorjeiam como l.Nosso cu tem mais estrelas,Nossas vrzeas tm mais flores,Nossos bosques tm mais vida,Nossa vida mais amores.Emcismar, sozinho, noite,Mais prazer encontro eu l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.Minha terra tem primores,Que tais no encontro eu c;Em cismar sozinho, noiteMais prazer eu encontro l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.No permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para l;Sem que desfrute os primoresQue no encontro por c;Sem qu'inda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabi.Fonte:http://www.horizonte.unam.mx/brasil/gdias.html, acessado em 5 de abril de 2010.
Lisboa: aventuras
Jos Paulo Paes
tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um eltrico
pedi cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
s vendiam pegas
fui dar descarga
disparei um autoclisma
gritei " cara!"
responderam-me " p!"
positivamente
as aves que aqui gorjeiam no gorjeiam como l
Fonte:http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo1.html, acessado em 5 de abril de 2010.
Questes:
a)Os textos Pas Tropical, Cano do Exlio e Lisboa: aventuras so textos poticos. O que esses textos tm em comum do ponto vista formal?
b)Identifique fragmentos em que se revela um trabalho com a sonoridade (som e ritmo).
c)Levante uma hiptese: o que motiva a disposio dos versos em Lisboa: aventuras?
d)O Brasil um tema comum entre o primeiro e o segundo texto. Qual a imagem do Brasil que eles constroem?
e)Que sentimentos cada um dos eu-lricos revela em relao ao pas?
f)Em cada um dos textos, podemos observar que os eu-lricos esto imersos em vivncias diferentes. Explicite a situao em que se encontra cada um deles.
g)O poema "Lisboa: aventuras" estabelece uma relao de intertextualidade com o poema "Cano do exlio". Identifique a expresso intertextual e explicite o sentido da brincadeira feita por Jos Paulo Paes com as palavras de Gonalves Dias.
h)Em sua opinio, qual destes textos se aproxima mais do que poderamos chamar de erudito e qual se aproxima mais do que poderamos chamar de popular? Justifique a sua resposta, caracterizando a linguagem utilizada em cada texto.
Sugerimos que o professor solicite, ainda como trabalho a ser avaliado, a seguinte produo de texto potico: