Disciplina

Estudos ClássicosDocente

     Dra. Alessandra FaveroSemestre

2º semestre 26/08/2009

ATIVIDADE avaliativa

Matricula61351892 Aluna: Adriana Chiarantano Lavorato

Pólo:Maceió

Esta atividade contém 3 questões.Atividade individual.Com consultaResponda às questões a caneta azul ou preta.É necessário entregar sua atividade ao Tutor Local no dia 28-08-2009, pois esta é uma atividade avaliativa.

1. Qual é o significado de tragédia?

Não é possível confundir a Tragédia Grega com nenhuma das formas assumidas pelo teatro moderno. Trata-se de um gênero à parte. Possuí origem religiosa, deriva dos cultos ao deus grego Dionísio, Baco para os romanos.

É uma espécie de drama, envolve, em geral, um conflito entre uma personagem e um poder superior a ela, pode ser uma idéia, um sentimento, um deus, ou qualquer outra força superior.

Aristóteles dedicou grande parte de sua obra “Poética” ao estudo da tragédia, na obra procura fazer uma descrição do gênero, descrevendo-a como a imitação de uma ação completa e elevada, em uma linguagem que contem ritmo, harmonia e canto.

Para ele a poesia divide-se em duas diferentes formas, Uma, imita as ações nobres, que engloba a tragédia e a epopéia, e outra imita as ações ignóbeis, a comédia.

“É pois a tragédia imitação de uma ação de caráter elevado, completa e de certa extensão, em linguagem ornamentada e com as várias espécies de ornamentos distribuídas pelas diversas partes

[do drama] [imitação que se efetua] não por narrativa, mas mediante atores, e que, suscitando o “terror e piedade, tem por efeito a purificação dessas emoções”...Porém, o elemento mais importante é a trama dos fatos, pois a tragédia não é imitação de homens, mas de ações e da vida, de felicidade [e infelicidade; mas felicidade] ou infelicidade, reside na ação, e a própria finalidade da vida é uma ação...”

Para Aristóteles a Tragédia é superior à epopéia, pois além de apresentar os elementos daquela, traz ainda o canto e o espetáculo cênico.

2. Qual é a função da tragédia?

A tragédia sofreu profundas mudanças desde seu surgimento na Grécia Clássica, em Atenas. O próprio Aristóteles em sua obra “Poética” indica três possíveis origens à tragédia.

Na primeira argumenta que a tragédia, e o teatro, nasceram das celebrações e ritos a Dionísio.

Na segunda versão relaciona o teatro com os Mistérios de Eleusis, uma encenação anual do ciclo da vida, isto é, do nascimento, crescimento e morte.

Na terceira atribui seu nascimento como uma homenagem ao herói dório Adrausto, que permitiu o domínio dos Dórios sobre os demais povos indo-europeus que habitavam a península. O teatro seria a dramatização pública da saga de Adrausto e seu triste fim.

Como ensinou Aristóteles, a tragédia não era vista com pessimismo pelos gregos e sim como educativa. Tinha a função de ensinar as pessoas a buscar a sua medida ideal, não pendendo para nenhum dos extremos de sua própria personalidade.

Para o filósofo, entretanto, a função principal da tragédia era a catarse.

2. O que é a catarse?

Termo aplicado a vários contextos, significa “purificação”. Para Aristóteles refere-se à purificação das almas, através de uma desgraça provocada por um drama, a descreve como o processo de reconhecer a si mesmo como num espelho e ao mesmo tempo se afastar do reflexo, como que "observando a sua vida" de fora.

A reflexão oriunda da catarse permitiria o crescimento do indivíduo que conhecia os limites de seu métron. A catarse ocorreria quando o herói passasse da felicidade para a infelicidade por "errar o alvo", saindo da sua medida ideal.

Bibliografia:

Romilly, Jaqueline de; A tragédia grega; Brasília; Editora Universidade de Brasília. Vernant, Jean-Pierre, Vidal-Naquet, Pierre; Mito e Tragédia na Grécia Antiga; Editora Brasiliense, 1988.

Aristóteles; Metafísica (livro I e Livro) II – Ética a Nicômano - Poética, Editora Abril, 1984.

http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal

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