Atividade III

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ASSOCIAO BRASILEIRA DE CIRURGIES-DENTISTAPREPARATRIO PARA CONCURSO PREFEITURA DE TIMON (MA)/ 2014PORTUGUS PROF.: FLVIO MARTINS [email protected] (86- 9931-7334)

Ateno: Para responder s questes de nmeros 1 a 4, considere o texto abaixo.A verdadeira tarefa poltica a reconstruo de nossos afetos. Inebriados por discusses a respeito de sistemas de normas e instituies, demoramos muito tempo para perceber que a poltica , acima de tudo, uma questo de mobilizao de afetos. Discursos circulam e levam os corpos a sentirem de uma determinada forma, a temerem certas situaes.A poltica a arte de afetar os corpos e de lev-los a impulsionar certas aes. Devido a isso, nunca entenderemos nada das dinmicas dos fatos polticos se esquecermos sua dimenso profundamente afetiva.Por exemplo, no difcil perceber como, nas ltimas dcadas, uma mquina de medo e ressentimento foi colocada em funcionamento.Esses so, h tempos, os principais afetos que circulam no campo poltico. Medo do tempo que no conhecemos e que pode ser diferente do passado e do presente. Medo de ficar longe demais da segurana da "nossa terra", medo de ser assaltado, de ter sua propriedade violada, medo da morte violenta. Mas, principalmente, um ressentimento travestido de pessimismo prudente a respeito dos acontecimentos e da errncia necessria a toda procura.A poltica baseada no ressentimento , de fato, algo que deve ser pensado. Talvez possamos dizer que, em poltica, o ressentimento sempre o sentimento mobilizado contra a errncia.Quando um acontecimento ocorre, muitas vezes ele no instaura imediatamente uma nova ordem. S em situaes muito amadurecidas, e por isso mesmo muito raras, vemos essa passagem imediata de uma ordem a outra. Normalmente, acontecimentos so aquilo que instaura uma nova errncia, com seus erros, suas perdas, seu tempo confuso.Esse tempo confuso , em certas situaes, onde acontecimentos ocorrem "cedo demais", praticamente inevitveis. Contra ele, o ressentimento sempre dir: melhor que nada tivesse ocorrido, melhor ter ficado na situao passada, por mais que ela fosse insatisfatria, ou seja, vamos dar um jeito de voltar antiga morada, mesmo que ela esteja em runas. Basta ver o que hoje lemos a respeito das revoltas no mundo rabe.No entanto, esse tempo confuso produzir sua prpria superao, por mais que ela demore, por mais que refluxos ocorram, mas condio de produzirmos novos afetos.(Adaptado de: SAFATLE, Vladimir. Uma poltica dos afetos.Disponvel em: http://remediosdirce.blogspot.com.br/2014/01/

vladimir-safatle.html. Acesso em: 11/01/14)1. Depreende-se do texto queA. a superao de um momento histrico se deve ao ressentimento, como afeto dominante, que confere a necessria fora poltica.B. afetos como o medo levam aqueles que os conservam errncia, a qual os mantm presos realidade do passado.C. a poltica deve pautar-se pela harmonia entre razo e afetos, de modo a evitar reviravoltas intempestivas no campo social.D. os sentimentos, ou afetos, a depender de sua natureza, so a fonte propulsora da ao poltica ou se coadunam com a estagnao social.E. as mudanas polticas, em uma sociedade consolidada, devem-se sobretudo racionalidade e no aos sentimentos, difusos por natureza.2. Mantendo-se a correo e, em linhas gerais, o sentido original, uma redao alternativa para o ltimo pargrafo do texto est em:A. Esse tempo, confuso todavia, produzir sua prpria superao, contanto que se produzam afetos novos, haja vista a demora de possveis refluxos.B. No entanto, caso novos sentimentos sejam produzidos, muito embora isso demore, muito embora ocorram refluxos, ho de gerar a superao mesma desse tempo confuso.C. Esse tempo, confuso entretanto, produzir ele mesmo sua superao, por mais que tardios sejam os retrocessos, se acaso produzirmos novos afetos.D. No entanto, ser a superao produzida por esse mesmo e confuso tempo, por mais que refluxos ocorram, por mais tardios que sejam; porm, com a condio de produzirmos afetos novos.E. Entretanto, caso se produzam novos afetos, a superao desse tempo confuso ser por ele mesmo provocada, posto que demorada, posto que retrocessos ocorram.

3. Considere as afirmativas abaixo:I. Sem prejuzo para a correo, pode-se isolar com vrgulas o segmento sublinhado em: S em situaes muito amadurecidas, e por isso mesmo muito raras, vemos essa passagem imediata de uma ordem a outra. (6o pargrafo)II. A reiterao do termo "medo" (4o pargrafo) visa a minorar o papel negativo desse afeto na poltica contempornea.III. Ao relacionar os termos afeto e afetar, o autor sugere que o verbo afetar seja entendido no sentido de gerar afetos, sensibilizar.Est correto o que se afirma APENAS emA. I e III.B. I e II.C. II.D. III.E. II e III.

4. A relao estabelecida entre as oraes est indicada corretamente em: A. Talvez possamos dizer que, em poltica, o ressentimento sempre o sentimento mobilizado contra a errncia - A conjuno sublinhada introduz um complemento o verbo dizer. (5o pargrafo)B. Basta ver o que hoje lemos a respeito das revoltas no mundo rabe O pronome sublinhado antecipa o segmento revoltas no mundo rabe. (7o pargrafo)C. ... acontecimentos so aquilo que instaura uma nova errncia... O pronome sublinhado substitui diretamente o termo acontecimentos. (6o pargrafo)D. ... vamos dar um jeito de voltar antiga morada, mesmo que ela esteja em runas. A expresso sublinhada introduz uma condio relativa orao precedente. (7o pargrafo)E. A poltica baseada no ressentimento , de fato, algo que deve ser pensado. O pronome sublinhado retoma o termo ressentimento. (5o pargrafo)

5. A mobilizao dos afetos ...... se refere o autor, relacionada ...... aes, remonta ...... uma noo procedente ...... tica grega antiga, para a qual a excelncia conquistada justamente pela injuno desses dois campos.Preenche respectivamente as lacunas da frase acima o que est em:A. qual de pelaB. de que com de C. a que s a daD. que a a E. em que com a a

Trecho para as questes 6 e 7.Na mesma poca, mais precisamente na edio de 15 de outubro de 1955, a Revista do Rdio noticiava uma grande revoluo: Adoniran Barbosa, o popularssimo ator, era tambm compositor. Vejam o ttulo da matria: S faltava fazer sambas... e Adoniran tambm fez. E Adoniran estava to estabelecido como ator que a referida nota da revista Intervalo, quase nove anos depois, ainda soava como grande notcia.(adaptado.MUGNAINI JR., Ayrton. Adoniran D licena de contar... 2. ed., So Paulo: Editora 34, 2013. p. 43 e 45)

6. Na frase S faltava fazer sambas... (3o pargrafo), o termo em negrito exerce a mesma funo sinttica que o termo sublinhado em:A. ... ainda soava como grande notcia.B. ... o popularssimo ator, era tambm compositor.C. ... trazia um esclarecimento entre parnteses...D. Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma?E. ... e os tantos outros personagens que viveu no rdio...7. ... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era tambm cantor-compositor. O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima est empregado em:A. E Adoniran estava to estabelecido como ator...B. Primeiro surgiu o cantor-compositor...C. Sim, hoje em dia esse ttulo parece pleonstico...D. Adoniran Barbosa era to talentoso e verstil...E. ... a Revista do Rdio noticiava uma grande revoluo...

Ateno: Para responder s questes de nmeros 11 a 18, considere o texto abaixo.A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas como um recurso indispensvel para o escoamento dos bens de consumo; mas o desenvolvimento de suas tcnicas de aliciamento do consumidor extrapolou o objetivo original de promover a venda de certas mercadorias. Hoje a publicidade no serve apenas para convencer o possvel comprador de que um carro mais potente do que o outro. Junto com carros e cartes de crdito acessveis a uma parcela da sociedade, a publicidade vende sonhos, ideais, atitudes e valores para a sociedade inteira. Mesmo quem no consome nenhum dos objetos alardeados pela publicidade como se fossem a chave da felicidade, consome a imagem deles. Consome o desejo de possu-los. Consome a identificao com o bem, com o ideal de vida que eles supostamente representam.Os publicitrios descobriram que possvel fazer o inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O inconsciente, como se sabe, no tico ou antitico. O inconsciente amoral. Ele funciona de acordo com a lgica da realizao (imediata) dos desejos, que na verdade no to individual quanto parece. O desejo social. Desejamos o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem publicitria eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em que se oferece como objeto de satisfao. Ela determina quais sero os objetos imaginrios de satisfao do desejo, e assim faz o inconsciente trabalhar para o capital. S que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfao prometida no produto que lhe oferecido.O que a publicidade prope aos consumidores em potencial uma pseudoescolha. Seja livre: escolha o melhor modelo de automvel do mercado da marca x. Aqueles que podem comprar um carro naquela faixa de preo percebero que as marcas se equivalem; para os que no podem a grande maioria a escolha no se coloca. Os que no se incluem entre os que podem comprar ficam de fora. Fora da representao. Fora do discurso. Ou so includos pela identificao com as imagens: esta a fabricao concreta da alienao a que se refere o escritor Guy Debord.A publicidade dirige-se ao desejo e responde a ele com mercadorias. Interessa-se pelos sonhos e fantasias para capt-los como tendncias de mercado, e at mesmo os anseios polticos por liberdade e democracia so vertidos na forma dos direitos de escolha do consumidor.(Adaptado de: KHEL, Maria Rita. Videologias. So Paulo,Boitempo Editorial, 2004. p. 61-62)8. Depreende-se do texto:A. O principal argumento do texto comprovar, por meio de exemplos relativos rea da publicidade, que o inconsciente dos consumidores imoral.B. O texto demonstra que a publicidade se interessa pelos sonhos e fantasias do consumidor, medida que eles ajudem a vender uma mercadoria.C. A autora critica indivduos que, movidos pelas iluses criadas pelo mercado publicitrio, desejam aquilo que se encontra no imaginrio dos outros.D. Assinala-se no texto que o capitalismo, baseado na produo de bens, garante ao consumidor o poder de escolher o produto que deseja comprar.E. Embora restrita, a liberdade de escolha proporcionada pelas sociedades de consumo prefervel falta de opo que se v em regimes autoritrios.

9. De acordo com o contexto, a fabricao concreta da alienao refere-seA. crtica que se faz contra a mecanizao do modo de produo capitalista, mecanizao j incorporada pela publicidade.B. ao fato de o consumidor ser seduzido pela imagem de produtos que ele no tem condies financeiras de adquirir.C. ao modo impulsivo, ou seja, alienado, de alguns consumidores comprarem produtos de que no necessitam de fato.D. tcnica de venda mais usual do mercado de propaganda, que consiste em convencer o espectador dos filmes publicitrios a comprar sem pensar.E. oposio entre o modo como o consumidor idealiza o produto que pretende adquirir, e a utilidade concreta daquele produto para ele.

10. ... mas o desenvolvimento de suas tcnicas de aliciamento do consumidor extrapolou o objetivo original de promover a venda de certas mercadorias. Mantendo-se o sentido original e a correo, os elementos sublinhados acima podem ser substitudos, respectivamente, por:(A) envolvimento apurou(B) cumplicidade excedera(C) participao prejudicou(D) seduo ultrapassou(E) classificao averiguara

11. Considere as afirmativas abaixo:I. Hoje a publicidade no serve apenas para convencer o possvel comprador de que um carro mais potente do que o outro. (1o pargrafo). Uma vrgula pode ser inserida imediatamente aps Hoje, sem prejuzo para a correo e o sentido original.II. A publicidade se estabeleceu nas economias capitalistas como um recurso indispensvel para o escoamento dos bens de consumo; mas o desenvolvimento de suas tcnicas... (1o pargrafo). O ponto e vrgula pode ser substitudo por ponto final, fazendo-se as devidas alteraes entre maisculas e minsculas.III. Ele funciona de acordo com a lgica da realizao (imediata) dos desejos, que na verdade... (2o pargrafo). A vrgula colocada imediatamente depois de desejos pode ser suprimida, sem qualquer alterao do sentido original.Esta correto o que se afirma APENAS em(A) II.(B) II e III.(C) III.(D) I e III.(E) I e II.

12. Ele funciona de acordo com a lgica da realizao (imediata) dos desejos... (2o pargrafo) ... no produto que lhe oferecido. (2o pargrafo)Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:(A) desejo capital(B) consumidor consumidores em potencial(C) inconsciente sujeito do inconsciente(D) objeto de satisfao produto(E) clientes objetos imaginrios

13. . S que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfao prometida... (2o pargrafo) Acrescentando-se uma vrgula imediatamente antes de o sujeito, o trecho grifado acima pode ser substitudo, sem prejuzo para a correo e o sentido original, por:(A) Contudo(B) Embora(C) Porquanto(D) Dado que(E) Conquanto

14. Os publicitrios descobriram que possvel... (2o pargrafo) Transpondo-se o segmento acima para a voz passiva, a forma verbal resultante ser:(A) descobriram-se(B) foi descoberto(C) era descoberto(D) foram descobertos(E) vinham descobrindo

15. Uma redao alternativa para um segmento do texto, em que se mantm a correo e, em linhas gerais, o sentido original, est em:A. Os objetos imaginrios de satisfao do desejo so determinados pela publicidade, a qual, a partir deles geram o incons ciente trabalhando, para o capital.B. Consome-se a identificao com aquilo que considerado bom, um ideal de vida que deveriam ser representados.C. Nas economias capitalistas, as quais a publicidade se estabeleceu, a qual um meio indispensvel para a venda de Mercadorias D. Enquanto carros e cartes de crdito podem ser adquiridos apenas por uma parte da sociedade, sonhos, ideais, atitudes e valores so vendidos para a sociedade inteira.E. Alm de carros e cartes de crdito, os quais esto acessvel certa parcela da sociedade, se comercializa, com a publicidade, sonhos, ideais, atitudes e valores para toda a sociedade.

Diferena entre compreenso de texto e interpretao de textoCompreenso e interpretao de textos um tema que, geralmente, est presente em todos os concursos pblicos. Porm, a maioria no atenta para a diferena que h entrecompreenso de textoeinterpretao de texto.Compreenso e interpretao de textosso duas coisas completamente diferentes.Segundo a professora Rafaela Motta, suando o comando da questo trabalha a rea de compreenso, aquela informao est no texto. Diante disso voc ter alguns enunciados bsicos de questes de compreenso. Porm, se a informao estiver alm do texto, fora do texto, trata-se de uma questo de interpretao.

A questo que uma informao que, alm de estar fora do texto, tem conexo com o texto. a chamada inferncia textual, deduo textual. Ao ler o texto, o leitor consegue inferir, tirar concluses a partir de ideias que foram explicitadas no texto. Basta ao leitor passar a ter a viso qualificada e apurada de, no enunciado, conseguir visualizar e identificar, qualificar, caracterizar o comando, se de compreenso (informao que est no texto) ou de interpretao (informao que no est no texto, mas est atrelada ao texto).

1. Compreenso de texto consiste em analisar o que realmente est escrito, ou seja, coletar dados do texto. Os comandos de compreenso (est no texto) so:Segundo o texto... O autor/narrador do texto diz que... O texto informa que... No texto... Tendo em vista o texto... De acordo com o texto... O autor sugere ainda... O autor afirma que... Na opinio do autor do texto...

2. Interpretao de texto consiste em saber o que se infere (conclui) do que est escrito. Os comandos de Interpretao (est fora (alm) do texto) so: Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que... O texto permite deduzir que... possvel subentender-se a partir do texto que... Qual a inteno do autor quando afirma que... O texto possibilita o entendimento de que... Com o apoio do texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir-se que...

"Entenda: Enquanto a Compreenso de texto trabalha com as frases e ideias escritas no texto, ou seja, aspectos visveis, a interpretao de textos trabalha com a subjetividade, com o SEU entendimento do texto."