ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE FUMO (Nicotiana tabacum) EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNICOS.-...

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INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO Atualmente termos como “ agricultura alternativa” ou “agricultura sustentável” obtém expressão política (ZADOKS, 1992) e estimulam a busca por novas medidas de proteção das plantas contra as doenças. Em todos os lugares do mundo onde se pratica uma agricultura econômica, a intervenção para o controle de doenças de plantas é largamente realizada através de pesticidas (KIMATI et al., 1997). Sem dúvida, o uso racional desses produtos pode ter, em curto prazo, um efeito positivo para o produtor. No entanto, em longo prazo, além do surgimento de isolados dos fitopatógenos resistentes às substâncias químicas utilizadas, os resultados para a sociedade como um todo e para o meio ambiente podem se tornar negativos devido a poluição causada pelos resíduos. Um dos enfoques da agricultura alternativa é o controle alternativo de doenças em plantas, o qual inclui o uso de extratos de plantas com objetivo de criar uma barreira resistente ou tolerante a fim de reduzir o uso de produtos químicos ou até mesmo substituí-los. Esse controle pode ser definido como de um microrganismo através da ação direta de um outro microrganismo antagônico, o qual pode atuar por meio de antibiose, parasitismo, competição, predação ou hipovirulência. (COOK & BAKER, 1983). O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos in vitro de diluições extrato de fumo, em isolados Fusarium sp., Phoma glomerata, Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp. O isolado de Fusarium sp. apresentou taxas de crescimento crescente com o aumento das concentrações de extrato de fumo (7,8 a 13,5 mm.dia -1 ), não houve interferência na taxa de crescimento para P. glomerata (30,0 a 32,8 mm.dia -1 ), Colletotrichum sp. (12,0 a 17,3 mm.dia -1 ) e Lasiodiplodia (30 a 35,2 mm.dia -1 ) aos três dias de avaliação. Os isolados de P. glomerata e Lasiodiplodia theobromae completaram as placas aos dois dias de avaliação. A reação diferencial observada apenas para o isolado de Fusarium sp. ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE FUMO ( Nicotiana tabacum) EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNICOS. AMORIM, Gianne O., Andrade, João M.S., Paz-Lima, Milton L. IFGoiano campus Urutaí, E-mail: [email protected] Inoculação e avaliação por sete dias Esterilização em HClO [10 %] por vinte minutos Acondicioname nto em jornais e posteriormente estufa [100 o C] 96 horas Coleta do material para preparação do extrato Matéria seca: trituração e extrato aquoso (1:4) Diluições: [2%], [10%], [14%], [20%], [30%] e testemunha em meio BDA Amorim, G.O. ; Paz Lima, M. L. A B Figura 1. A. Materiais e vidrarias utilizadas para preparação das soluções com as diferentes concentrações do extrato da droga. B. Extrato em meio DBA, respectivamente da esquerda a testemunha e seguindo nas seguintes concentrações: 2%,10%, 14%, 20%, 30% . Gráfico 1, 2, 3 e 4. Valores da área abaixo da curva do progresso do crescimento micelial (AACPCM), 1. Fusarium sp., 2. Phoma glomerata, 3. Coletotrichum sp., 4. Lasiodiplodia sp.. Gráfico 5, 6, 7 e 8. valores da taxa de crescimento (mm.dia -1 ) 5. Fusarium sp., 6. Phoma glomerata, 7. Coletrochium sp., 8. Lasiodiplodia sp. . 1 2 3 5 7 4 6 8

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INTRODUÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS

RESULTADOS E DISCUSSÃO

CONCLUSÃO

Atualmente termos como “ agricultura alternativa” ou “agricultura sustentável” obtém expressão política (ZADOKS, 1992) e estimulam a busca por novas medidas de proteção das plantas contra as doenças. Em todos os lugares do mundo onde se pratica uma agricultura econômica, a intervenção para o controle de doenças de plantas é largamente realizada através de pesticidas (KIMATI et al., 1997). Sem dúvida, o uso racional desses produtos pode ter, em curto prazo, um efeito positivo para o produtor. No entanto, em longo prazo, além do surgimento de isolados dos fitopatógenos resistentes às substâncias químicas utilizadas, os resultados para a sociedade como um todo e para o meio ambiente podem se tornar negativos devido a poluição causada pelos resíduos.Um dos enfoques da agricultura alternativa é o controle alternativo de doenças em plantas, o qual inclui o uso de extratos de plantas com objetivo de criar uma barreira resistente ou tolerante a fim de reduzir o uso de produtos químicos ou até mesmo substituí-los. Esse controle pode ser definido como de um microrganismo através da ação direta de um outro microrganismo antagônico, o qual pode atuar por meio de antibiose, parasitismo, competição, predação ou hipovirulência. (COOK & BAKER, 1983). O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos in vitro de diluições extrato de fumo, em isolados Fusarium sp., Phoma glomerata, Colletotrichum sp. e Lasiodiplodia sp.

O isolado de Fusarium sp. apresentou taxas de crescimento crescente com o aumento das concentrações de extrato de fumo (7,8 a 13,5 mm.dia-1), não houve interferência na taxa de crescimento para P. glomerata (30,0 a 32,8 mm.dia-1), Colletotrichum sp. (12,0 a 17,3 mm.dia-1) e Lasiodiplodia (30 a 35,2 mm.dia-1) aos três dias de avaliação. Os isolados de P. glomerata e Lasiodiplodia theobromae completaram as placas aos dois dias de avaliação. A reação diferencial observada apenas para o isolado de Fusarium sp.

ATIVIDADE IN VITRO DE EXTRATO DE FUMO (Nicotiana tabacum) EM ISOLADOS FÚNGICOS FITOPATOGÊNICOS.

AMORIM, Gianne O., Andrade, João M.S., Paz-Lima, Milton L. IFGoiano campus Urutaí, E-mail: [email protected]

Inoculação e avaliação por sete dias

Esterilização em HClO [10 %]

por vinte minutos

Acondicionamento em jornais e posteriormente estufa [100 oC]

96 horas

Coleta do material para preparação do

extrato

Matéria seca: trituração e

extrato aquoso (1:4)

Diluições: [2%], [10%],

[14%], [20%], [30%] e

testemunha em meio BDA

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, G.O

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M. L

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A B

Figura 1. A. Materiais e vidrarias utilizadas para preparação das soluções com as diferentes concentrações do extrato da droga. B. Extrato em meio DBA, respectivamente da esquerda a testemunha e seguindo nas seguintes concentrações: 2%,10%, 14%, 20%, 30% .

Gráfico 1, 2, 3 e 4. Valores da área abaixo da curva do progresso do crescimento micelial (AACPCM), 1. Fusarium sp., 2. Phoma glomerata, 3. Coletotrichum sp., 4. Lasiodiplodia sp.. Gráfico 5, 6, 7 e 8. valores da taxa de crescimento (mm.dia-1) 5. Fusarium sp., 6. Phoma glomerata, 7. Coletrochium sp., 8. Lasiodiplodia sp..

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