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4 Unidade Jundiaí Ciências Contábeis Contabilidade Gerencial ELISANGELA FERREIRA LINO RA: 5365980253 ANA FLAVIA V. B. TONDATO RA: 6948468860 FERNANDA AP. SALGADO RA: 3830727882 MARLENE DOS S. E SILVA RA: 4300066240 PAMELA CAROLINE DIAS RA: 1299106767 Contabilidade Gerencial Tutora Presencial –Marcelo Palmieri Tutor à distância – Me Hugo David Santana Universidade Anhanguera – UNIDERP. Jundiaí, 25 de maio 2015 Sumário

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Unidade Jundiaí

Ciências Contábeis

Contabilidade Gerencial

ELISANGELA FERREIRA LINO RA: 5365980253

ANA FLAVIA V. B. TONDATO RA: 6948468860

FERNANDA AP. SALGADO RA: 3830727882

MARLENE DOS S. E SILVA RA: 4300066240

PAMELA CAROLINE DIAS RA: 1299106767

Contabilidade Gerencial

Tutora Presencial –Marcelo Palmieri

Tutor à distância – Me Hugo David Santana

Universidade Anhanguera – UNIDERP.

Jundiaí, 25 de maio 2015

Sumário

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Introdução............................................................................................. 04

Etapa 1.................................................................................................. 05

Etapa 2................................................................................................... 08

Etapa 3................................................................................................... 13

Etapa 4----------------------------------------------------------------------------14

Conclusão................................................................................................19

Bibliografia..............................................................................................20

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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo e segue a linha de pesquisa de ensino da Contabilidade

Gerencial, para contribuir junto com a evolução do curso de graduação de Ciências Contábeis.

Durante todo o desenvolvimento deste trabalho procuramos identificar e verificar qual a

demanda e habilidades solicitadas ao Contador para produção de uma linha de atuação junto a

Contabilidade Gerencial, e quais serão os requisitos de conhecimentos exigidos.

Procuramos destacar as melhores práticas, identificadas em sites de internet e livros

relacionados ao assunto. Que os resultados dessas pesquisas, associados a conceitos já vistos.

E assim no que diz respeito aos conhecimentos técnicos, gerais, habilidades e competências

comportamentais requeridas pelo mercado de trabalho este trabalho vem alinhar

conhecimentos, habilidades e competências.

Palavras Chave: Contabilidade Gerencial, Contador, Resultados.

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INTRODUÇÃO

Devido à importância da contabilidade gerencial como fonte de informações ao processo

decisório, essa pesquisa buscou abordar questões importantes para implantação desta

contabilidade, bem como estabelecer uma linha de resultados entre contabilidade financeira e

contabilidade gerencial. Com isso enriquecer a Ciência com estudo que servirá de suporte e

embasamento a trabalhos futuros e mostrar aos empresários a diversidade da contabilidade.

Apresentando-se como centralizadora das informações provenientes do sistema integrado, a

contabilidade gerencial atua de forma significativa dentro de uma empresa, tornando essas

informações indispensáveis à elaboração de estratégias.  Num mercado cada vez mais

competitivo, sobrevive a empresa que melhor conhecer seu ramo de atividade, tiver melhor

controle de seus custos, conhecer seus concorrentes e tiver uma equipe comprometida e

qualificada para acompanhar as tendências de mercado. Isso só é possível quando as

informações são fornecidas em tempo real. De posse desses fatores a contabilidade gerencial

se torna uma ferramenta poderosa na identificação de pontos para redução de custos,

garantindo assim a satisfação dos clientes e sua permanência no mercado.

Contabilidade por si só é um sistema de informação voltado para o patrimônio das entidades e

busca prover seus usuários com informações úteis. Essa é a função da Contabilidade e persiste

desde sua existência. Apesar da evolução do ambiente corporativo e do próprio homem, a

Contabilidade busca cumprir sua função se adaptando às mudanças.

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ETAPA 1

1. Qual o objetivo principal da Contabilidade Gerencial?

A contabilidade gerencial esta basicamente relacionada coma determinação e o cumprimento

dos objetivos de uma empresa. O objetivo principal é produzir informações qualificadas, a fim

auxiliar no processo de tomada de decisões. A contabilidade gerencial tem como objetivo de

fornecer informaçõespara a tomada de decisão, fazer o elo de ligação entre as ações locais dos

gerentes e a lucratividade da empresa".

2. Quais os três Macroconjuntos de Informações? Explicá-los.

Os três macroconjuntos de informações são: Satisfação da alta administração da empresa,

informações e gerenciamento contábil específico, a seguir explicaremos sobre cada um deles.

Satisfazer alta administração da empresa: as informações são caracterizadas por se

apresentarem de forma sintética em grandes agregados a fim de possibilitar ao administrador

uma visão conjuntural da empresa, tratam-se de informações sobre o todo empresarial e daí

denominadas gerenciamento contábil global.

Informações: neste grupamento as informações são pouco mais detalhadas que a

anterior, mas ainda contém elevado grau de sintetização, tais informações objetivam o

estabelecimento de contabilidade por responsabilidade ou contabilidade divisional em que as

informações contábeis qualificam e quantificam a performance de unidades, divisões,

departamentos denominado de gerenciamento contábil setorial.

Gerenciamento contábil específico: fornece informações detalhadas relativas as

atividades operacionais, neste conjunto de informações inexiste a visão de conjunto sendo as

informações diretamente associadas a uma unidade e ou setor específico.

3. Quais são os objetivos dos Sistemas Contábeis em termos gerenciais?

Os objetivos dos sistemas contábeis, relatando os termos gerenciais são os seguintes:

Controle Operacional: fornece Informação (feedback) sobre a eficiência e a qualidade

das tarefas executadas;

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Custeio do produto e do cliente: mensura os custos dos recursos para se produzir,

vender e entregar um produto ou serviço aos clientes;

Controle administrativo: fornece informação sobre o desempenho dos gerentes e de

unidades operacionais;

Controle estratégico: fornecem informações sobre o desempenho financeiro e

competitivo de longo prazo, condições de mercado preferência dos clientes e inovações

tecnológicas;

4. Onde termina a Contabilidade Financeira e começa a Contabilidade Gerencial?

Mas onde começa a Contabilidade Gerencial e termina a financeira,

os relatórios mais utilizados pela contabilidade financeira são: o Balanço Patrimonial, a

Demonstração de Resultados, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido,

Demonstrativo de Fluxo de Caixa, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos. A

gerencial utiliza: orçamentos, relatórios de custos, relatórios de desempenho e outros

facilitadores da tomada de decisão. Enquanto os primeiros possuem uma frequência

regulamentada, anual, mensal, os últimos são elaborados de acordo com a necessidade da

administração da entidade.Os usuários das informações geradas são, no caso da Contabilidade

Gerencial, os internos como funcionários e administradores. Já a financeira visa os usuários

externos, como os acionistas, os credores e outros interessados, podendo também atender os

usuários internos. A Contabilidade Gerencial é também direcionada as partes externas, onde

os administradores cada vez mais compartilham a informação contábil com os fornecedores e

clientes.

5. Enumerar dez funções do Contador Gerencial:

a) Garantir que as informações cheguem às pessoas certas no tempo certo;

b) Fazer compilação, síntese e análise da informação;

c) Fazer planejamento perfeito com objetivo de se chegar a um controle eficaz, ou seja,

controlar as atividades da empresa;

d) Elaborar relatórios padrões para facilitar sua interpretação;

e) Avaliar e assessorar os gerentes e o presidente;

f) Organizar o sistema de informação gerencial a fim de permitir à administração ter

conhecimento dos fatos ocorridos e seus resultados;

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g) Comparar o desempenho esperado com o real;

h) Pensar e planejar a administração tributária;

i) Elaborar relatórios para o governo e entidades oficiais;

j) Proteger os ativos da empresa.

6. Quais são as características que o Contador Gerencial deve apresentar?

O contador gerencial deve apresentar as seguintes características:

Saber tratar, refinar e apresentar de maneira clara, resumidas e operacionais dados

organizados, contidos nos registros da contabilidade financeira, de custos etc., bem como

juntar tais informes com outros conhecidos não especificamente ligados à área contábil, para

suprir a administração em seu processo decisório. Deve estar ciente de certos conceitos de

microeconomia e observar as reações dos administradores quanto à forma e conteúdo dos

relatórios. Deve ser elemento com formação bastante ampla, inclusive de conhecimento,

senão das técnicas, pelo menos dos objetivos ou resultados que podem ser alcançados com

métodos quantitativos.

Como um profissional que identifica, mede, acumula, analisa, prepara, interpreta e relata

informações (tanto financeiras quanto operacionais) para uso da administração de uma

empresa, nas funções de planejamento, avaliação e controle de suas atividades e para

assegurar o uso apropriado e a responsabilidade abrangente de seus recursos.

O contador gerencial deve esforçar-se para assegurar que a administração tome as melhores

decisões estratégicas para o longo prazo. O desafio é propiciar informações úteis e relevantes

que facilitarão encontrar as respostas certas para as questões fundamentais, em toda a

empresa, com um enfoque constante sobre o que deve ser feito de imediato e a longo prazo, o

contador gerencial também deve ter conhecimento de tecnologia sofisticada, ter padrão de

exigência, ser adepto a operações virtuais, desburocratizado, empreendedor, possuir uma

equipe de trabalho de alta confiança, ser orientado para informação, auto motivado,

negociador, corajoso, consciente, altamente produtivo, democrático, saber se comunicar com

facilidade, ser comprometido com o sucesso da empresa e estar sempre em processo de

aprendizagem continuada.

PASSO 3

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Como podemos observar no âmbito acadêmico, não são únicas, existem diversas opiniões

sobre as existências relativas da Contabilidade Gerencial. Alguns autoresreconhecem a

contabilidade gerencial como uma ação, tal qual um mesmo entendimento entre duas pessoas

o qual todos reconhecem que existe, mas de fato, no mundo real somente existirá

concretamente se houver um ato ou efeito que atue para sua ocorrência.

Para os pensadores da teoria contábil atribui a Contabilidade Gerencial um conceito de

processo que integra diversas ações cujo produto será a informação a ser utilizado como

referência na tomada de decisão dos administradores. Neste enfoque, ela é apresentada como

relevante no papel assessoramento da gerência não sendo, portanto, responsável pela decisão

propriamente dita.Vimos também que a Contabilidade Gerencial é também apresentada com

características próprias distintas de outros ramos da contabilidade, como, por exemplo, não

estar subordinada aos princípios fundamentais da contabilidade.

Etapa 2

Custos Diretos

Custos diretos a um objeto de custeio são os custos diretamente relacionados a esse objeto, isto é, que podem ser fácil e economicamente identificados ao objeto de custeio, sem qualquer rateio — entende-se por rateio a distribuição arbitrária dos custos que não são diretamente identificados e apropriados aos objetos de custeio.

São exemplos de custos diretos aqueles com matéria-prima consumida e mão-de-obra dos operários — em algumas situações, a mão-de-obra pode ser um custo indireto. O salário do supervisor da produção corresponde a um custo indireto, por exemplo.

Em outras palavras, pode-se dizer que, em alguns casos, as parcelas de recursos são consumidas apenas por um tipo de produto, e esse fato é fácil e objetivamente identificado, seja devido à observação simples ou a sistemas automatizados, como controle eletrônico de vazão, quadros de distribuição de energia etc. Nesses casos, pode-se assumir que aquele produto é o responsável por aquela parcela de recurso consumido. A mensuração desse consumo se dá então de forma direta, daí à informação desse consumo de recurso se dá o nome de “custo direto”. Dessa forma, para gerar essa informação não é necessário nenhum tipo de aproximação ou julgamento sobre qual produto consome qual parcela de recursos, ou seja, não são necessárias distribuições arbitrárias, ou, como se chamam, “rateios”. Esse tipo de custo, por isso, é mais crivei por representar de forma mais objetiva e fidedigna a realidade sobre o consumo de recursos.  

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Custos Indiretos

Custos indiretos a um objeto de custeio são aqueles que não podem ser identificados com o objeto de custeio de maneira economicamente viável, pois são comuns a dois ou mais objetos de custeio (áreas ou produtos). Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo por meio de um método de alocação de custo denominado rateio. Logo, são aqueles que não oferecem condição de medida objetiva e dos quais qualquer tentativa de alocação tem de ser feita de maneira estimada e, algumas vezes, arbitrária. São exemplos de custos indiretos a depreciação, a manutenção, o seguro e o aluguel do parque fabril.

Custos Diretos e Indiretos

Essa tipificação de custos é a utilizada para fins contábeis, tanto os societários, quanto os fiscais. Alguns insistem em utilizar essa tipificação para despesas, também, o que ao nosso ver seria uma maneira de se tentar expressar o Custo Total (Full Cost) de um produto. Isso pode gerar (e gera!) confusões principalmente nas empresas prestadoras de serviços, que acabam por não segregar seus gastos em custo ou despesa.

Entretanto, nada impede que empresas (principalmente as comerciais, por exemplo, lojas de departamentos e supermercados) classifiquem suas despesas em “Diretas e Indiretas” em relação “à linha de produtos”. Por quê? Comparemos as lojas dessas empresas às linhas de produção ou até mesmo às fábricas: se considerarmos que as lojas são o local da “produção” do serviço de comercialização, poderemos sim entender os gastos da loja, normalmente denominados por despesas, como direta ou indiretamente relacionados aos diversos produtos ou famílias de produtos que ali se encontram. Dessa maneira, teríamos uma adição aos custos das mercadorias vendidas de outros gastos que representam esforço sem o qual não se teria a respectiva venda, aqui denominada produção do serviço de comercialização. Dependendo, pois, do nível de identificação e acumulação que se adote, pode-se, até mesmo, ver uma possível alteração na classificação entre despesas e custos, especialmente, em nível gerencial. Por exemplo, no supermercado, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) da loja é uma despesa indireta aos diversos produtos ali vendidos (laticínios, hortifrutigranjeiros, eletrodomésticos, carnes etc.), ao passo que a depreciação da balança do açougue é uma despesa direta às carnes ali expostas, mas indireta a cada tipo de carne. Daí a necessidade, mais uma vez, de se definir o objeto de custeio analisado: divisão de produtos (laticínios, hortifrutigranjeiros, eletrodomésticos, carnes etc.) ou os produtos em si (picanha, alcatra, filet mignon, chã, patinho, lagarto redondo etc.).

Assim, além dos custos, as despesas também podem ser classificadas como diretas ou indiretas. Enquanto o custo é classificado em direto ou indireto em relação ao produto, a despesa é classificada em relação à origem da receita (o objeto de custeio, objeto em análise!).

Veja outro exemplo: em uma loja de departamentos, a despesa de salário do vendedor de eletrodomésticos é diretamente apropriada ao departamento de eletrodomésticos. Da mesma

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forma que a despesa de propaganda específica de móveis — do tipo compre móveis nas Casas Bahia — é diretamente alocada ao departamento de móveis.

Por outro lado, a despesa de aluguel da loja é indiretamente alocada aos diversos departamentos, por conseguinte, é rateada entre eles — normalmente, em função da área (m2) ocupada pelos departamentos. Da mesma forma, a despesa de propaganda institucional — do tipo “Casas Bahia: dedicação total a você” — e a despesa com salário do gerente geral da loja são exemplos de despesas indiretas que acabam sendo rateadas entre os diversos departamentos, seguindo algum critério de rateio — normalmente arbitrário e subjetivo.

Devemos ter atenção para que a tipificação seja coerente com o objeto de custeio e não com um “custo desejado”.

Imagine uma fábrica de bolas de futebol e de vôlei… O custo do pedaço de couro utilizado para fabricar a bola de futebol é um custo direto a este objeto de custeio, ao passo que o couro utilizado para fabricar a bola de vôlei é um custo direto à bola de vôlei. É possível dizer isso porque a quantidade de couro utilizada na fabricação de cada bola é facilmente identificada com a bola.

Já o custo da iluminação da fábrica onde as bolas são produzidas é um custo indireto a cada tipo de bola. Embora a iluminação ajude na fabricação das bolas de futebol e de vôlei, não é viável tentarmos determinar, exatamente, o quanto deste custo foi utilizado na fabricação de cada bola especificamente. Sabemos que está lá, em cada bola, mas não exatamente quanto.

Os gestores podem preferir tomar decisões com base nos custos diretos em vez de nos custos indiretos, posto que os custos diretos são mais “precisos”, em termos de alocação. Em resumo, a apropriação direta de custo é o processo de transferência dos custos diretos a um objeto de custeio determinado, ao passo que o rateio de custo é o processo de transferência dos custos indiretos ao objeto de custeio.

Quando é necessário utilizar qualquer fator de rateio para a apropriação ou ocorrer o uso de estimativas e não de medição direta, fica o custo classificado como indireto em relação ao objeto de custeio.

Custo Fixo:

Sabidamente, não existe custo ou despesa eternamente fixos: são isso sim, fixos dentro de certos limites de oscilação da atividade a que se referem, sendo que, após tais limites, aumentam, mas não de forma exatamente proporcional, tendendo a subir em “degraus”. Assim, o custo com a supervisão de uma fábrica pode manter-se constante até que se atinja,   por exemplo, 50% da sua capacidade; a partir daí, provavelmente precisará de um acréscimo (5,20 ou 80%) para conseguir desempenhar bem sua função.

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Alguns tipos de custos podem mesmo só se alterar se houver uma modificação na capacidade produtiva como um todo, sendo os mesmos de 0 a 100% da capacidade, mas são exceções (como a depreciação, por exemplo).

Podemos começar por verificar que uma planta parada, sem atividade alguma, já é responsável pela existência de alguns tipos de custo e despesas fixos (vigia, lubrificação das máquinas, depreciação, etc…).

Exemplos: Mão-de-obra indireta, constas do telefone da fábrica, depreciação das máquinas da produção, aluguel do prédio utilizado para produção da fábrica, etc…

Custo Variável:

Em inúmeras empresas, os únicos custos realmente variáveis no verdadeiro sentido da palavra são as matérias-primas. Mesmo assim pode acontecer de o grau de consumo delas, em algum tipo de empresa, não ser exatamente proporcional ao grau de produção. Por exemplo, certas  industrias têm perdas no processamento da matéria-prima que, quando o volume produzindo é baixo, são altas, tendendo a diminuir percentualmente quando  a produção cresce.

Pode a mão-de-obra direta, noutro exemplo, crescer  à medida que se produz mais, mas não de forma exatamente proporcional, devido à produtividade que tenderia a aumentar até certo ponto, para depois começar a cair.

Se o pessoal tem oito horas para produzir 60 unidades, quando normalmente levaria seis para tal volume, provavelmente   gastará   as  oito  horas  todas  trabalhando de forma um pouco mais calma (se não estiver o volume por hora condicionado por máquinas). Se o volume passar para 80 unidades, trabalharão as mesmas oito horas; se for de 90 unidades, talvez levem pouco mais de nove horas, em função do cansaço, que faz decrescer a produtividade.

Exemplos: Matéria prima, mão-de-obra direta, embalagens, energia elétrica (consumida na fabricação direta do produto)etc…

As “perdas” são geradas quando um ativo é subtraído, roubado, perdido, ou, ainda, quando deixa de possuir liquidez e passa a não ter valor no mercado. Assim, todas as “perdas” estão contidas nas “despesas”, sem formar grupos independentes. Estas (“perdas”) estão contidas naquelas (“despesas”).

Já o termo “investimentos”, para a Contabilidade, possui um conceito próprio, diferente do conceito que possui em Economia ou em Finanças. Enquanto em Economia ou Finanças, “investir” é aplicar recursos em “coisas” que possuem liquidez (ativo), em Contabilidade, “investimentos” são aplicações de recursos em “coisas” com a finalidade de especular, de obter resultado, lucro, no futuro.

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Por isso, adquirir matérias-primas, para a Contabilidade, é aplicar recursos em “direitos realizáveis”, e não em “investimentos”; e “direitos realizáveis” e “investimentos” fazem parte do grupo de ativos.

PRINCIPAIS MÉTODOS DE CUSTEIO

Cada método tem suas vantagens e desvantagens, mas, para efeitos contábeis, somente o custeio por absorção é admissível. O custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde que as variações ocorridas sejam ajustadas em períodos mínimos trimestrais.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos.

A aquisição de bens de consumo eventual cujo valor não exceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no período de apuração anterior poderá ser registrada diretamente como custo (RIR/1999, art. 290, parágrafo único).

CUSTEIO VARIÁVEL

O Método de Custeio Direto, ou Variável, atribui para cada custo um classificação específica, na forma de custo fixos ou custos variável. O custo final do produto (ou serviço) será a soma do custo variável, dividido pela produção correspondente, sendo os custos fixos considerados diretamente no resultado do exercício. Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos:

1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e variáveis.

CUSTEIO PADRÃO

O custo-padrão é um custo pré-atribuído, tomado como base para o registro da produção antes da determinação do custo efetivo. Em sua concepção gerencial, o custo-padrão indica um “custo ideal” que deverá ser perseguido, servindo de base para a administração mediar e eficiência da produção e conhecer as variações de custo.

Esse custo ideal seria aquele que deveria ser obtido pela indústria nas condições de plena eficiência e máximo rendimento. A Resolução CFC n° 750/93 fixou os Princípios Fundamentais de Contabilidade, dentre os quais aparece o Princípio do Registro pelo Valor Original que determina a avaliação dos componentes do patrimônio pelos valores originais das transações com o mundo exterior a valor presente em moeda nacional, sendo mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, o que descarta a utilização do custo-padrão para fins de avaliação dos estoques e dos custos dos produtos vendidos, posto que este pode divergir da transação efetiva.

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CRITÉRIOS DE RATEIO E DISTRIBUIÇÃO DE CUSTOS

Rateio é uma divisão proporcional por uma base que tenha dados conhecidos em cada uma das funções em que se deseja apurar custos. Tal base deve constituir-se de dados que guardem estreita correlação com o custo, ou seja, o custo ocorre em condições semelhantes aos dados da base.

Este trabalho se baseia em um sistema de apuração de custos hipotético que utiliza três formas de rateio e distribuição dos custos, a saber:

a) Rateio convencional, em que são alocadas as parcelas dos custos indiretos aos diversos centros de custos, tanto os de apoio quanto os produtivos;

b) Os custos acumulados - tanto por apropriação direta quanto por rateio convencional - nos centros de apoio à produção são distribuídos para os centros produtivos por taxas estabelecidas por consenso dos gerentes dos centros. No que se refere à parcela variável dos custos, estas taxas são automaticamente reajustadas em função do nível de ocupação do centro, sempre que a variação da produção ultrapasse a 10%; e

c) Os custos acumulados nos centros produtivos que, após a apropriação, os rateios e a distribuição dos custos dos seus centros de apoio, são rateados para as ordens de produção (fabricação e embalagem) com base nas horas de mão-de-obra apropriadas.

Etapa 3

Toda organização, de uma forma ou de outra, utiliza-se de pessoas, processos e tecnologia para a execução de seus negócios. As grandes empresas e as Franquias não vivem sem processos. Startups devem usá-los depois das fases de aprendizagem, ou seja, quanto entram em execução buscando escala. Da mesma forma as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) e até mesmo as ONGs precisam pensar em processos quando decidem implantar suas Estratégias e Modelos de Negócio.  Tais processos devem ajudar na gestão, operação, automação e redução de conflitos,  mas não apenas para conseguir alguma certificação ou tornar o negócio “engessado”.

Uma organização funciona como um sistema, ou melhor, um conjunto de processos inter-relacionados que interagem para atingir seus objetivos. Estes processos são executados continuamente pelas pessoas que integram a sua força de trabalho. Os bens ou serviços provenientes de um processo constituem a entrada para outro ou para outros processos até sua chegada ao consumidor para o uso.

Todo processo deve agregar valor na percepção dos seus clientes, e isto significa que a saída do mesmo deve ter maior valor que as suas entradas.  E este valor agregado a cada etapa é que faz o negócio acontecer. 

Um processo é um trabalho contínuo e repetitivo, uma série de passos sequenciais adotados por uma organização para produzir um resultado desejável. Exemplos: beneficiamento de café, processo de venda, processos computacionais.

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Podemos dizer que processo é uma atividade, ou um conjunto de atividades, que usa insumos (inputs) mensuráveis, adiciona-lhes valor e produz uma saída (output) que é o resultado para um cliente – que pode ser interno ou externo à organização. Ou seja, é uma sequência ordenada de ações direcionadas para atender uma demanda específica do cliente.

Na prática, o processo deve prever quem executará cada atividade, quais ferramentas serão usadas, as instruções específicas para sua execução e qual é resultado esperado da atividade.

Se pensarmos no atendimento de uma loja, o processo definirá o passo a passo da interação com o cliente, desde o momento em que ele chega à loja até quando vai embora após ter feito a sua compra, conforme o modelo do negócio. Por exemplo, numa lanchonete do tipo fast food com autosserviço parcial, onde o cliente se dirige ao balcão de atendimento faz seu pedido e depois leva seu lanche para comer numa mesa, o processo de atendimento deve prever como serão tratadas as filas no balcão, a forma como o cliente terá acesso às informações do cardápio, a sequência dos procedimentos para o registro do pedido e recebimento do pagamento, a comunicação do pedido para o pessoal da cozinha, a posição correta como o lanche e o refrigerante devem ser colocados na bandeja, o tempo máximo em que tudo isso deve ser feito, e assim por diante.

O mesmo se aplica para as atividades de compras de mercadorias, controle do estoque, seleção de novos funcionários, controle de receitas e despesas, ações de divulgação para uma nova promoção, limpeza e arrumação da loja, entre outras.

No final das contas, bons processos operacionais levam ao melhor atendimento, deixando os clientes mais satisfeitos e consequentemente aumentando as vendas.

Etapa 4

Componentes do Orçamento

Componentes FinalidadesPREVISÃO DE VENDAS Qual o nível histórico de vendas (valores

nominais, em R$)?

2.      Qual a sazonalidade do negócio?

3.      Qual a representatividade dos novos negócios (ou produtos) já concretizados?

4.      Etc.

PREVISÃO DE COMPRAS Uma vez definido o nível de vendas orçado, estima-se o nível de compras necessário para a tal volume de negócios.

NÍVEL DE COMPRAS Assim como as vendas, as compras sofrerão

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influências, tais como:

1.      Nível de preços decorrentes dos ajustes de tabela dos fornecedores.

2.      Variação de volume, em função de variação de volume de vendas físicas (unidades).

3.      Variação de volume, em função de maior/menor estocagem.

Comecemos pelo ajustes de preços de compras.

VARIAÇÃO DE PREÇOS NAS COMPRAS A inflação interna da empresa é diferente da inflação oficial (medida por índices como o IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, INPC do IBGE, etc.).

Alguns preços podem ser indexados ao câmbio (dólar, euro), pois correspondem a produtos importados ou cotados em bolsa de mercadorias internacionais (como soja).

Outros preços são decorrentes de contratos com fornecedores, onde fixa-se periodicamente o reajuste de acordo com a inflação ou outro indicador.

Então, para se ter uma previsibilidade mínima do valor de compra dos estoques, temos que estimar a “inflação dos produtos” da empresa.

VARIAÇÃO DE VOLUME O próximo passo é ajustar o volume (físico) de compras ao volume (físico) de vendas projetadas.

Deve-se levar em conta, neste cálculo, o lançamento de novos produtos. A engenharia de produção pode estimar, com base na planilha técnica dos produtos a serem lançados, quais as unidades de compras adicionais necessárias.

CUSTO DOS PRODUTOS E Uma vez determinado o volume de compras,

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MERCADORIAS VENDIDAS por dedução, se apurará o custo dos produtos e mercadorias vendidas.

A fórmula de apuração do CPV ou CMV é:

CPV ou CMV = Ei + C – Ef

Onde:

CPV = Custo dos Produtos Vendidos

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas

Ei = Estoques Iniciais

C = Custo das Compras

Ef = Estoques Finais

CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS Na orçamentação de custos e despesas operacionais, a contabilidade terá relevância, pois apresentará os valores históricos, relacionando o nível de operações com os correspondentes desembolsos, tais como: tributos sobre vendas, folha de pagamento, despesas gerais de produção, despesas administrativas e de vendas, despesas financeiras, etc.

A contabilidade, como fornecedora de informações regulares e acumuladas sobre desembolsos relativos a custos e despesas operacionais, será uma grande fonte histórica de dados para a projeção orçamentária de tais despesas.

Com base no valor acumulado anual de tais desembolsos, pode-se prever a dinâmica futura de tais gastos, incluindo:

1.      Os efeitos da variação de preços sobre produtos e serviços consumidos na atividade operacional.

2.      As eventuais variações físicas/quantitativas do consumo, relacionadas á expansão ou redução

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de negócios.

3.      Subsídios para despesas novas que serão exigidas em função de novos produtos ou serviços a serem lançados

VARIAÇÃO DE PREÇOS A tendência é que os preços, em mercado livre, tenham convergência para os principais índices de inflação. Assim, um orçamento com base histórica na contabilidade precisará estimar tais índices e aplicá-los sobre os valores nominais incorridos no exercício anterior.

VARIAÇÕES FÍSICAS QUANTITATIVAS A abertura de uma filial, a expansão (ou redução) de negócios e linhas de produtos, a introdução de serviços ou modernização de atividades irão exigir que as projeções orçamentárias incluam tais aspectos em sua base.

Novamente, a contabilidade tem muito a contribuir com o gestor. Como exemplo, a abertura de uma filial de vendas.

Se a contabilidade é departamentalizada (registrando os centros de custos), poderá fornecer bases para se estimar os custos de uma nova filial, com base numa filial já instalada e operacional

DESPESAS NOVAS Não somente a expansão dos negócios exigirá despesas novas.

Boa parte dos novos custos e despesas empresariais relacionam-se com obrigatoriedade de atendimento de legislação, reestruturação operacional, modernização ou outros itens que não implicam, necessariamente, em novos negócios (receitas).

Como exemplo, uma empresa que estará sujeita á regulamentação especial relativa á

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Vigilância Sanitária.

Se, no ano anterior, deixou de implementar os gastos necessários á adequação da legislação, precisa prever tais desembolsos no orçamento corrente.

As bases contábeis, neste caso, poderão ser insuficientes para uma correta projeção.

Entretanto, o gestor poderá utilizar-se da contabilidade para determinar quais despesas similares já estão presentes, e como se correlacionarão com as despesas novas.

RECEITAS E DESPESAS FINANCEIRAS grande dificuldade dos gestores de empresas é prever, com antecedência, quais os custos financeiros que serão incorridos nas atividades.

Novamente, a contabilidade tem uma contribuição específica para tais projeções.

Para um cálculo mais exato do montante total de despesas financeiras (ou, contrariamente, se houver disponibilidades momentâneas de caixa, as respectivas receitas), deve-se projetar o fluxo de caixa, visando identificar necessidades de financiamentos e empréstimos de capital de giro e investimentos fixos (imobilizado).

A tais valores, acrescenta-se o resultado dos encargos já contratados.

Conclusão 

Quando bem elaborados e utilizados os processos reduzem custos e melhoram a produtividade e os resultados. Mas devemos lembrar que as pessoas e os relacionamentos devem estar sempre em primeiro lugar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 14° ed. São Paulo: Atlas, 2008;

RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade básica fácil. 24. Ed. São Paulo: Saraiva 2003;

PADOVEZE, Clóvis Luis. Contabilidade gerencial: Um enfoque em sistema de informação contábil, 7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011.

WWW.Portal Tributário e Portal de Contabilidade.

[email protected]

http://www.contabilidade/custo-fixo-e-variavel