ATRIBU ACOM VOCÊ E Congo faz 15· noserevela novos talentos

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9 Sugira uma reportagem Os moradores de Bicanga, na Serra, podem reivindicar melho- rias e sugerir reportagens sobre o bairro. As indicações podem ser enviadas para o e-mail at- [email protected]. Quem vive em outro bairro pode sugerir uma visita do projeto A Tribuna com Você ao local. COMO FAZER CONTATO dore capixaba, e tem o congo como a principal manifestação", disse. Segundo ela, a banda de congo mirim se apresenta mais de 10 ve- zes durante o ano. E por participar de festas em vários bairros da Serra, sempre encontra seus ex-alunos. "Tenho alunos que têm até fi- lhos. Durante a festa de São Bene- dito, que acontece todo ano em Serra-Sede, sempre os vejo tocan- do. É uma alegria ver que eles per- manecem no congo", disse. e jovens têm aulas gratuitas em Bicanga para aprender o congo HISTÓRIA De acordo com a coordenadora da Banda de Congo Mirim Santo Antônio de Pádua, o grupo foi for- mado por ela e outra moradora da região, em 1998. Mas com o passar dos anos, assumiu sozinha a coor- denação. "Sempre fui apaixonada pela ba- tucada Quando mudei para Bican- vi a necessidade de iniciar com os trabalhos na região, que a ci- dade da Serra é conhecida pelo fol- adolescentes são conhecidos co- mo "os meninos do congo". Eles são filhos e netos dos primeiros congueiros de Bicanga "Tenho alunos que estão no gru- po oito anos. A atual porta-ban- deira da banda de congo, a estu- dante Tainah Sarmento, de 15 anos, entrou como dançarina, mas também sabe tocar instrumentos", disse Vanir. O mestre da banda de congo mi- rim, o estudante Hugo Andrade, 15 anos, disse que também está no grupo oito anos. "Comecei tocando casaca e, ho- je, sou o mestre da banda. Sou eu quem apito para dar início à batu-; cada Tenho paixão pelo congo. E uma herança dos nossos pais", co- mentou Hugo. -n titulo Jonas dos Santos Nev TÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2013 ATRIBU Biblioteca A TRIBU A COM VOCÊ E Thainná Karina Banda ensina crianças e adolescentes a tocar casaca e tambor e ajuda a manter tradição da música e da dança viva na região Congo faz 15· noserevela novos talentos A revelação de novos talentos na banda de congo mirim Santo Antônio de Pádua, em Bicanga, na Serra, tem feito com que a tradição da música e da dan- ça continue presente na cultura da região. Nos últimos dias, mais seis me- ninos foram revelados na banda, que completa 15 anos em abril. Eles aprenderam a tocar casaca e tambor, instrumentos indispen- sáveis para a batucada Ao todo, cerca de 30 crianças e adolescentes, com idades entre 2 e 15 anos, tocam e dançam congo em Bicanga. Eles recebem aulas gratuitas to- das as sextas-feiras, das 19 horas às 20h30, na casa da coordenadora de congo mirim de Bicanga, a apo- sentada Vanir Gomes, 65 anos. Segundo ela, as crianças e os CONHE A OS TALENTOS DO BAIRRO trabalha 17 horas por dia para preparar os salgados Mãos talentosas Ela faz tricô, vagonite, ponto cruz, bordado com pedraria, pintura em tela e tecido. Há 30 anos, Rosângela dos Santos Barreto Ribeiro, 47, aprendeu com a avó os trabalhos artesanais. "Minha avó era rendeira e me incentivou a prosseguir com a tradição na família. Para apri- morar mais meus conhecimentos, fiz um curso profissionalizante e, hoje, faço de tudo um pou- co, mas meu forte é enxoval. Um jogo de banho com quatro peças sai a partir de R$ 180", disse. Mosaicos criativos A artista plástica Morgana de Car- valho Sampaio, 47 anos, inspira-se na religião e nas belezas naturais do Estado para produzir quadros em mosaicos feitos com vidros, pasti- lha, cerâmica, pedras, entre outros materiais, há mais de 10 anos. "Já produzi cerca de sete mil tra- balhos. Dentre eles, o que mais me trouxe emoção foi a face de Cristo, de 10 metros quadrados. A arte está em uma igreja de Carapina. Também tenho quadros espalhados por vá- rios locais do Brasil, inclusive no ex- terior", comentou Morgana. mostra um dos quadros feitos em mosaico Sucesso nos salgados A salgadeira e doceira Maria Luiza Venturini, 64 anos, decidiu investir na culinária há 20 anos, com a produção de salgadinhos e doces para festa, pães caseiros e pizzas brotinhos. Segundo ela, que tem clientes na GrandeVitória etambém no interiordo Estado, coxinha, quibe, bolinho de ba- calhau ede azeitona com queijo são os campeões de vendas. "Chego a vender 20 mil salgadinhos por mês. A procura é grande, graças a Deus. Levanto às 3 da manhã evou até as 20 horas. O cento do salgado cru é R$ 35. o frito custa R$ 40. Preparo tudo com muito amor", disse Maria.

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Sugira uma reportagemOs moradores de Bicanga, na

Serra, podem reivindicar melho­rias e sugerir reportagens sobreo bairro. As indicações podemser enviadas para o e-mail at­[email protected] vive em outro bairro podesugerir uma visita do projetoA Tribuna com Você ao local.

COMO FAZER CONTATOdore capixaba, e tem o congo comoa principal manifestação", disse.

Segundo ela, a banda de congomirim se apresenta mais de 10 ve­zes durante o ano. E por participarde festas emvários bairros daSerra,sempre encontra seus ex-alunos.

"Tenho alunos que já têm até fi­lhos. Durante a festa de São Bene­dito, que acontece todo ano emSerra-Sede, sempre os vejo tocan­do. É uma alegria ver que eles per­manecem no congo", disse.

1Cf1[JAJNC:~ e jovens têm aulas gratuitas em Bicanga para aprender o congo

HISTÓRIADe acordo com a coordenadora

da Banda de Congo Mirim SantoAntônio de Pádua, o grupo foi for­mado por ela e outra moradora daregião, em 1998. Mas com o passardos anos, assumiu sozinha a coor­denação.

"Sempre fui apaixonada pela ba­tucada Quando mudei para Bican­~ vi a necessidade de iniciar comos trabalhos na região, já que a ci­dade da Serra é conhecida pelo fol-

adolescentes são conhecidos co­mo "os meninos do congo". Elessão filhos e netos dos primeiroscongueiros de Bicanga

"Tenho alunos que estão no gru­po há oito anos. A atual porta-ban­deira da banda de congo, a estu­dante Tainah Sarmento, de 15anos, entrou como dançarina, mastambém sabe tocar instrumentos",disse Vanir.

O mestre da banda de congo mi­rim, o estudante Hugo Andrade, 15anos, disse que também está nogrupo há oito anos.

"Comecei tocando casaca e, ho­je, sou o mestre da banda. Sou euquem apito para dar início à batu-;cada Tenho paixão pelo congo. Euma herança dos nossos pais", co­mentou Hugo.

-n titulo Jonas dos Santos NevTÓRIA, ES, QUINTA-FEIRA, 21 DE FEVEREIRO DE 2013 ATRIBU

Biblioteca

A TRIBU A COM VOCÊ E

Thainná Karina

Banda ensina criançase adolescentes atocar casaca e tambore ajuda a mantertradição da música eda dança viva na região

Congo faz 15·noserevela

novos talentos

Arevelação de novos talentosna banda de congo mirimSanto Antônio de Pádua, em

Bicanga, na Serra, tem feito comque a tradição da música e da dan­ça continue presente na cultura daregião.

Nos últimos dias, mais seis me­ninos foram revelados na banda,que completa 15 anos em abril.Eles já aprenderam a tocar casacae tambor, instrumentos indispen­sáveis para a batucada

Ao todo, cerca de 30 crianças eadolescentes, com idades entre 2 e15 anos, tocam e dançam congo emBicanga.

Eles recebem aulas gratuitas to­das as sextas-feiras, das 19 horas às20h30, na casa da coordenadorade congo mirim de Bicanga, a apo­sentada Vanir Gomes, 65 anos.

Segundo ela, as crianças e os

CONHE A OS TALENTOS DO BAIRRO

trabalha 17 horas por dia para preparar os salgados

Mãos talentosasEla faz tricô, vagonite, ponto cruz, bordado

com pedraria, pintura em tela e tecido. Há 30anos, Rosângela dos Santos Barreto Ribeiro, 47,aprendeu com a avó os trabalhos artesanais.

"Minha avó era rendeira e me incentivou aprosseguir com a tradição na família. Para apri­morar mais meus conhecimentos, fiz um cursoprofissionalizante e, hoje, faço de tudo um pou­co, mas meu forte é enxoval. Um jogo de banhocom quatro peças sai a partir de R$ 180", disse.

Mosaicos criativosA artista plástica Morgana de Car­

valho Sampaio, 47 anos, inspira-sena religião e nas belezas naturais doEstado para produzir quadros emmosaicos feitos com vidros, pasti­lha, cerâmica, pedras, entre outrosmateriais, há mais de 10 anos.

"Já produzi cerca de sete mil tra­balhos. Dentre eles, o que mais metrouxe emoção foi a face de Cristo,de 10 metros quadrados. A arte estáem uma igreja de Carapina. Tambémtenho quadros espalhados por vá­rios locais do Brasil, inclusive no ex­terior", comentou Morgana.M()R'~NA mostra um dos quadros feitos em mosaico

Sucesso nos salgadosA salgadeira e doceira Maria Luiza

Venturini, 64 anos, decidiu investir naculinária há 20 anos, com a produçãode salgadinhos e doces para festa,pães caseiros e pizzas brotinhos.

Segundo ela, que tem clientes naGrande Vitória e também no interior doEstado, coxinha, quibe, bolinho de ba­calhau ede azeitona com queijo são oscampeões de vendas.

"Chego a vender 20 mil salgadinhospor mês. A procura é grande, graças aDeus. Levanto às 3 da manhã evou atéas 20 horas. O cento do salgado cru éR$ 35. Já o frito custa R$ 40. Preparotudo com muito amor", disse Maria.