Atritos estático e cinético
-
Upload
joao-raimundo -
Category
Education
-
view
22 -
download
1
Transcript of Atritos estático e cinético
1/7
Escola Básica 2º e 3º Ciclos com Ensino Secundário de Mação
Física 2014/2015
Graça Pedro
João Raimundo
Atrito estático e cinético
ÍNDICE PÁG.1. Introdução 1 e
22. Esquema 3 e
43. Material 44. Procedimento 4 e
55. Registo de medições 5 e
66. Conclusão 77. Análise Crítica 78. Bibliografia 7
1. Introdução
Os objetivos desta atividade laboratorial foram estudar os fatores de que dependem o atrito estático e o atrito cinético, e relacionar os seus coeficientes de atrito.
A força de atrito surge do contacto entre dois corpos, e é uma força oposta ao
movimento. O atrito é regido por duas leis:
A força de atrito não depende da área de contato, mas sim do tipo de
superfície;
A força de atrito é diretamente proporcional à reação normal e depende dos
coeficientes dos atritos estático e cinético.
Os dois tipos de atrito, o atrito estático e o atrito cinético, podem definir-se pelo
seguinte:
O atrito estático atua quando o corpo está em repouso, ou está sujeito a uma
força menor do que a força de atrito; o valor da força de atrito estático é
máximo quando o corpo está em eminência de movimento;
o atrito cinético atua quando o corpo está em movimento, ou seja, quando a
força aplicada ao corpo é maior que a força de atrito; a força de atrito
cinético é sempre inferior à força de atrito estático.
Nesta atividade laboratorial, foram calculados os coeficientes de atrito estático e
cinético. Para calcular o coeficiente de atrito foram utilizados 2 métodos o método
de eminência de movimento (1) e o método com plano inclinado (2).
No método 1, o coeficiente de atrito estático foi deduzido através da seguinte
expressão:
2/7
{Rn=m∗gFa=mx∗g
⇔ {−¿Fa=µe∗Rn⇔ {−¿µe∗Rn=mx∗g⇔ {−¿ µe∗m∗g=mx∗g⇔ {−¿ µe=mxm
Onde Rn é a reação normal, Fa é a força de atrito, mx e m são massas dos corpos, g
é a aceleração da gravidade e µe é o coeficiente de atrito estático. Nesta expressão
sabemos que a reação normal é igual ao peso.
No método 2, o coeficiente de atrito estático foi deduzido através da seguinte
expressão:
¿
Onde FRx e FRy são, respetivamente, as forças resultantes segundo os eixos x e y em
Newtons, m é a massa do corpo em kg, 𝜃 é o ângulo da inclinação do plano em
graus, Rn é a reação normal em Newtons e µe é o coeficiente de atrito estático.
O coeficiente de atrito cinético foi calculado através da seguinte expressão:
{T−Fa=mA∗aRn=m∗g
⇔{Px−mx∗a−Fa=mA∗aRn=m∗g
⇔¿
Onde T é a tensão exercida pelo fio nos corpos em Newtons, Fa é a força de atrito
em Newtons, mA e mx são as massas dos corpos A e x, Rn é a reação normal em
Newtons, g é a aceleração da gravidade em m/s2, µc é o coeficiente de atrito, e a é a
aceleração em m/s2, que é calculada através da fórmula a=2 Δx
t 2, onde t é o tempo
em segundos e Δx é a distância em metros percorrida pelo corpo.
Para determinar o coeficiente de atrito estático foram utilizados 2 métodos:
O método 1 consiste na adição de massa até o corpo ficar em eminência de
movimento, onde Fa = Px.
O método 2 consiste na inclinação do plano inclinado até este atingir uma
inclinação onde o corpo fica em eminência de movimento, onde Fa = Px.
Para determinar o coeficiente de atrito cinético utilizou-se a mesma massa
suspensa, sendo, assim, possível medir acelerações diferentes nos corpos com
superfícies diferentes.
2. Esquemas
Coeficiente de atrito estático
3/7
Esquema do método 1:
Rn- Reação normal
Fa-Força de atrito
P/Px-Peso
T-Tensão
Esquema do método 2:
Rn-Reação normal
P-Peso
Fa-Força de atrito
𝜃-Ângulo em graus
Coeficiente de atrito cinético
Fa-Força de atrito
Rn-Reação normal
P/Px-Peso
Rn
4/7
Δx-Distância
T-Tensão
3. Material
3 blocos de madeira, cada um com 2 superfícies diferentes;
Roldana;
Plano inclinado com transferidor;
Suporte;
Digitímetro;
Plasticina;
Fio;
Cartolina;
Massas.
4. Procedimento
Coeficiente de atrito estático:
Método 1:
1º Montou-se a roldana;
2º Pesaram-se os 3 blocos;
3º Colocou-se o bloco na superfície e prendeu-se ao fio;
4º Foi-se adicionando massa na massa suspensa até o bloco se
movimentar;
5º Repetiram-se os 3º e 4º passos mais 5 vezes, uma para cada
superfície.
Método 2:
1º Montou-se o plano inclinado;
2º Colocou-se o bloco na superfície;
3º Foi-se inclinando o plano até o bloco se começar a movimentar;
4º Repetiu-se o 3º passo mais 5 vezes, uma para cada superfície.
5/7
Coeficiente de atrito cinético:
Montaram-se o digitímetro e a roldana;
Adicionou-se uma massa suspensa constante;
Colocou-se uma cartolina com 10 cm de comprimento, presa por
plasticina em cima do bloco;
Colocou-se o bloco na superfície e prendeu-se com o fio;
Prendeu-se o bloco ao fio e segurou-se o bloco;
Deixou-se o bloco adquirir aceleração;
Repetiram-se os 3º, 4º, 5º e 6º passos mais 5 vezes para cada
superfície.
5. Registo de medições
Coeficiente atrito estático:
Método 1:
Tipo de Superfície Massa (m) (g)
Massa (mx) (g)
Metal 86,75 29Feltro 67,55 42Plástico 63,05 15Madeira Normal 63,05 21Madeira Compactada 86,75 27Madeira Encerada 67,55 19
Método 2:
Tipo de Superfície Angulo (º)Metal 19Feltro 26Plástico 15Madeira Normal 24Madeira Compactada 23Madeira Encerada 20
Coeficiente de atrito cinético:
Ensaio mA (g) Tempo (ms) Δx (m) mx (g)
Metal 91,34 334313297
Madeira compactada
91,34 331324327
6/7
0,1 0,05
Medeira Encerada
71,64 218223226
Feltro 71,64 249243238
Plástico 69,13 195196201
Madeira Normal 69,13 243220244
5. Cálculos
Coeficiente de atrito estático:
MaterialCoeficiente de atrito estáticoMétodo 1 Método 2
Metal 0,33 0,33Feltro 0,62 0,60Plástico 0,24 0,27Madeira Normal 0,33 0,40Madeira Compactada 0,31 0,34Madeira Encerada 0,28 0,31
Coeficiente de atrito cinético:
Material Tempo médio (ms) Aceleração (m\s2)Coeficiente de atrito cinético
Metal 315 1,008 0,388Madeira compactada
327 0,935 0,400
Madeira encerada 222 2,029 0,346Feltro 243 1,694 0,404Plástico 197 2,577 0,270Madeira Normal 236 1,795 0,408
6. Conclusão
Com esta atividade laboratorial pôde-se concluir que o coeficiente de
atrito estático dependeu não só do tipo de superfície e da massa do corpo
como da massa suspensa e do ângulo, ou seja, quanto maior foi a massa
suspensa/ângulo do plano inclinado, maior foi o coeficiente de atrito
estático. Pôde-se também concluir que o coeficiente de atrito cinético
dependeu apenas da superfície, ou seja, quanto mais rugosa foi a
7/7
superfície ou mais pesado o corpo, menos aceleração este adquiriu.
Através das tabelas dos cálculos podemos concluir que o coeficiente de
atrito cinético foi superior ao coeficiente de atrito estático.
7. Crítica
Os resultados desta experiência foram pouco satisfatórios, pois o valor do atrito
estático deveria ser o mesmo em ambos os métodos experimentados, e isso apenas
aconteceu numa das superfícies. Essa diferença pode dever-se a vários fatores
como erros na visualização do ângulo por parte de quem o transmitia, impurezas
como o pó na superfície em que se colocava o corpo e o atrito da roldana que
poderá ter influenciado alguns resultados.
Os resultados foram pouco satisfatórios também pelo facto de o coeficiente de
atrito estático dever ter sido maior do que o coeficiente de atrito cinético, o que
nunca se verificou. Isto pode ter-se verificado devido também ao atrito da roldana,
ao facto de o corpo nem sempre ter partido do mesmo ponto e ter adquirido uma
maior velocidade que ao passar no digitímetro se traduziu numa maior aceleração.
8. Bibliografia
Ventura, G.; Fiolhais, M.; Fiolhais, C.; Paixão; J. A.. 2014. 12F Física – 12º ano.
Texto Editores, Lda.. Lisboa, 384 p.;
Apontamentos em situação de sala de aula.