Atualidades p/ IBAMA (Analista Ambiental) · amplo do que simplesmente opositores contra o governo....

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Aula 01 Atualidades p/ IBAMA (Analista Ambiental) Professor: Leandro Signori

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Aula 01

Atualidades p/ IBAMA (Analista Ambiental)

Professor: Leandro Signori

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AULA 01 Poltica e Sociedade Internacional - I

Caro aluno,

Em primeiro lugar, agradeo a confiana e a oportunidade de ser o seu professor de Atualidades neste concurso.

Na aula de hoje, vamos comear a estudar a poltica e a sociedade internacional.

De imediato, vamos aos estudos!

Um grande abrao,

Prof. Leandro Signori

Sumrio Pgina

1. Islamismo, Mundo rabe e Oriente Mdio 2

1.1 Instabilidade Poltica e Conflitos Blicos 4

1.2 Fundamentalismo Islmico 11

1.3 O Ir 16

1.4 A questo da Palestina 17

1.5 Turquia 19

2. Segurana Internacional 21

3. Questes Comentadas 25

4. Lista de Questes 66

5. Gabarito 88

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1. O Islamismo, Mundo rabe e Oriente Mdio

Ao lado do Cristianismo e do Judasmo, o Islamismo uma das trs grandes religies monotestas, ou seja, acreditam na existncia de um nico Deus. A palavra Isl significa submeter-se e exprime a obedincia lei e vontade de Al (Allah, Deus em rabe). O livro sagrado do Islamismo o Alcoro, que consiste na coletnea das revelaes divinas recebidas por Maom de 610 a 632. Os seguidores da religio so conhecidos como muulmanos. Atualmente, o Isl a religio que mais se expande no mundo, est presente em mais de 80 pases e compreende mais de um bilho de fiis.

Aps a morte do profeta Maom, em 632, criou-se a figura do califa, ou seja, o lder da comunidade muulmana no mundo. A diviso do Isl entre sunitas e xiitas remonta ao sculo VII e tem origem na disputa sobre a sucesso do profeta. Os sunitas defendem que o chefe do Estado mulumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porm, no acham que ele deve ser infalvel ou impecvel em suas aes. Os xiitas defendem que a chefia do Estado muulmano s pode ser ocupada por algum que seja descendente do profeta Maom ou que possua algum vnculo de parentesco com ele. Afirmam que o chefe da comunidade islmica, o im, diretamente inspirado por Al, sendo, por isso, um ser infalvel. O quarto califa foi Ali, primo do profeta Maom e casado com sua filha, Ftima. Ali foi assassinado.

Os sunitas so a grande maioria, mais de 80% dos muulmanos no mundo. Os xiitas so maioria apenas no Ir, Iraque e Azerbaijo; nos dois primeiros os presidentes so dessa ramificao. Os alautas so uma variao moderada dos xiitas, presentes, sobretudo na Sria, tendo o presidente Bashar al-Assad como um dos seus seguidores.

O grupo guerrilheiro Hezbollah de orientao xiita. Por sua vez, o Hamas e a Al Qaeda so sunitas. O Estado Islmico (EI) tambm sunita e luta pelo retorno do califado islmico. O ltimo califado foi o Imprio Otomano, e foi abolido pelo nacionalista e secular lder turco Mustafa Kamal Ataturk em 1924.

O califado uma forma de governo centrada na figura do califa, que seria um sucessor da autoridade poltica do profeta Maom, com atribuies de chefe de Estado e lder poltico do mundo islmico.

Mundo rabe e Oriente Mdio

A civilizao rabe tem origem na pennsula Arbica. No sculo VII, as tribos da regio unificaram-se em torno da lngua rabe e do islamismo. A partir da unificao, os rabes formaram um vasto imprio que se expandiu at a ndia, o norte da frica e a pennsula Ibrica, com apogeu em 750 d.C. O mundo

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rabe ocupa a rea que vai do oceano Atlntico ao golfo Prsico, abrangendo o norte da frica e boa parte do Oriente Mdio (veja no mapa abaixo).

Os contornos dos atuais pases existentes no mundo rabe so, at certo ponto, arbitrrios e resultam do domnio das potncias estrangeiras sobre a regio no incio do sculo XX. Com fortes interesses no controle das grandes reservas de petrleo, governos estrangeiros negociaram a independncia de suas colnias ou reas sob seu controle para que fossem governadas por aliados ou colaboradores.

O Oriente Mdio no deve ser confundido com o mundo rabe. uma regio que faz parte da sia, tem muito petrleo e pouca gua. Integra Ir e Turquia com populaes islmicas no rabes e Israel, pas judeu. Os curdos habitam vrios pases do Oriente Mdio, regio onde tambm vivem vrias minorias como os assrios e caldeus.

Historicamente Ir e Arbia Saudita disputam hegemonia e influncia no Oriente Mdio. Possuem diferenas tnicas e religiosas, os iranianos so persas e muulmanos xiitas, os rabes so sunitas. Estas diferenas fazem com que apoiem governos e grupos armados de acordo com a orientao religiosa de cada pas. Como exemplo temos a Sria, onde o Ir apoia o governo do xiita Assad e a Arbia Saudita apoia grupos rebeldes sunitas.

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(CESPE/FUB/2015 VRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina assinaram um acordo histrico sobre os direitos da Igreja Catlica nos territrios palestinos. A preparao do texto por uma comisso bilateral levou quinze anos. Embora o Vaticano se refira ao Estado da Palestina desde o incio de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado.

O Estado de S.Paulo, 27/6/2015, p. A21 (com adaptaes).

Tendo esse fragmento de texto como referncia inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopoltico no qual este se insere, julgue o item a seguir.

O Oriente Mdio, onde se situa o territrio palestino, regio estratgica para o mundo contemporneo desde que o petrleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histrica ateno que lhe conferida pelas grandes potncias.

COMENTRIO:

A Palestina situa-se no Oriente Mdio, regio com a maior reserva de petrleo do mundo, fonte de energia mais utilizada no mundo. Bero do Islamismo, regio de clima desrtico, o Oriente Mdio passou a ser estratgico para o mundo contemporneo, desde que o petrleo passou a exercer papel relevante na economia mundial, o que explica a histrica ateno que lhe conferida pelas grandes potncias.

Gabarito: Certo

1.1 Instabilidade Poltica e Conflitos Blicos

Em 2011, o mundo rabe se viu diante de uma srie de revoltas populares, que ficaram conhecidas como Primavera rabe, em aluso Primavera de Praga. O palco dos conflitos foi a frica do Norte e o Oriente Mdio, regio formada por pases de maioria rabe e muulmana. As revoltas ocorreram em pases com regimes autoritrios e teve como resultado a deposio dos ditadores da Tunsia, Egito, Lbia e Imen. Na Sria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil.

A Tunsia o nico pas em que a revolta popular alcanou o objetivo da democracia. Nos demais pases onde os ditadores foram derrubados Egito, Lbia e Imen a Primavera se transformou num tenebroso Inverno rabe, alm da Sria, onde descambou para a guerra civil.

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Tunsia

A Revoluo de Jasmim, como ficou conhecido o processo que atingiu a Tunsia, entre 2010 e 2011, levou queda do presidente Ben Ali, que ocupava o cargo desde 1987. Ela comeou com protestos populares aps o suicdio de um vendedor ambulante, contra o regime autoritrio do presidente. As manifestaes foram reprimidas violentamente e resultaram na derrubada do regime em 14 de janeiro de 2011.

A Tunsia o nico pas da Primavera rabe, que aps as revoltas instalou-se a democracia. O pas realizou eleies em 2012 e 2014.

Egito

Segundo pas alcanado pela Primavera rabe, as revoltas populares levaram renncia do ditador Hosni Mubarak, aps 35 anos no poder. No entanto, a promessa de instaurao de democracia no prosperou. A conturbada transio para a democracia levou ao poder a Irmandade Muulmana (fundamentalistas islmicos). Mohammed Mursi foi o primeiro islmico a assumir a chefia de um Estado rabe pelo voto, em 2012. Porm, foi deposto por um golpe militar um ano aps a posse.

O atual presidente, eleito em um pleito esvaziado, o marechal Abdel Fattah al-Sissi. Ex-chefe do Exrcito, Sissi comandou o golpe de estado que destituiu o presidente islmico Mohamed Mursi, em julho de 2013. O parlamento est fechado, Sissi acumula os poderes executivo e legislativo.

Desde a queda de Mursi, o cerco Irmandade Muulmana tem sido brutal. Centenas de membros foram mortos e milhares presos, incluindo Mursi e lderes polticos do grupo. A irmandade foi declarada uma organizao terrorista, o que torna crime participar de suas atividades. A campanha de represso no atinge s islamistas. O governo proibiu manifestaes e est perseguindo quem critica ou se ope aos militares.

Lbia

A queda do ditador Muammar Kadafi, em 2011, que governou o pas com mo de ferro por 42 anos, gerou um vcuo de poder, fomentando a disputa entre milcias armadas, que at ento lutavam juntas contra o ditador. Esses grupos armados combatem por interesses prprios, para abocanhar o poder nas regies em que atuam e para obter lucros com a explorao de recursos naturais, em particular do petrleo. Distinguem-se mais pela origem tnica e pela vinculao a suas regies do que pela inspirao religiosa, e formam coalizes que podem juntar islmicos ou no.

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As disputas polticas aps as eleies de 2014 levaram formao de dois governos, que disputam a legitimidade de falar em nome do pas. O governo reconhecido internacionalmente est sediado na cidade de Tobruk e aglutina particularmente os setores laicos. O outro, com sede na capital do pas, Trpoli, tem grande presena de islmicos e contra a parte mais importante do pas.

Esse quadro de instabilidade tem sido agravado com a presena do Estado Islmico que se expandiu para o pas. O grupo controla a cidade de Sirte e tem realizado atentados terroristas, sequestros, execues e decapitaes de cristos.

Sria

Combates encarniados desenvolvem-se, desde 2011, quando manifestaes pr-democracia, logo aps os acontecimentos da Primavera rabe, na Tunsia e no Egito, chegaram ao pas e foram duramente reprimidas pelo regime do ditador Bashar al-Assad.

A reao de parte da oposio foi armar-se para tentar derrubar o governo. Assim surgiu o Exrcito Livre da Sria (ELS), dirigido pela oposio moderada, que iniciou combates contra as foras de Assad. De l para c, a situao agravou-se, assumindo o carter de uma guerra civil e de um conflito mais amplo do que simplesmente opositores contra o governo.

Pases do Oriente Mdio se envolveram no conflito, assim como os Estados Unidos, Rssia e potncias ocidentais. As tropas do presidente srio, Bashar Al-Assad, lutam contra cerca de mil grupos rebeldes. Alguns com forte tendncia extremista e com vnculos com a Al-Qaeda. Desde o comeo de 2014, entrou em cena o grupo extremista autodenominado Estado Islmico, enfrentando tanto o governo como os rebeldes, sejam radicais ou moderados.

um xadrez geopoltico complicado, que precisamos compreender, pois tem sido cobrado nas provas de Atualidades.

O governo da Sria apoiado pela Rssia, Ir e pelo grupo xiita libans Hezbollah. Os rebeldes moderados anti-Assad tm o apoio dos Estados Unidos, de potncias ocidentais, da Arbia Saudita, Turquia e de outros pases do Oriente Mdio.

A Arbia Saudita e alguns pases rabes tambm apoiam grupos extremistas sunitas anti-Assad. O Estado Islmico no apoiado e no apoia ningum. Todos os pases envolvidos no conflito e os curdos combatem o grupo.

A principal bandeira dos curdos a criao do seu pas independente, o Curdisto. No combatem o regime de Assad. So inimigos do Estado Islmico e de outros grupos radicais. So apoiados pelos Estados Unidos e Rssia na sua luta contra o Estado Islmico, mas no no pleito de criao do seu pas. A Turquia

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se ope aos curdos pelo temor de que a criao de um Curdisto independente fortalea o movimento separatista do Curdisto turco.

Mapa da guerra civil na Sria

Atualmente, vigora um cessar-fogo no conflito negociado por Rssia e Estados Unidos. Participam do cessar-fogo a coalizo liderada pelos Estados Unidos, o governo da Sria, a Rssia, o Ir, a milcia xiita Hezbollah, grupos da oposio armada moderada e grupos da oposio civil baseados na Sria e no exlio. A Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra) e o Estado Islmico esto fora do cessar fogo, continuam combatendo o governo srio e sendo combatidos.

Sob os auspcios da ONU, esto ocorrendo negociaes de paz em Genebra, Sua. Participam das negociaes potencias ocidentais, a Sria, a Rssia, pases rabes, a oposio civil, as Naes Unidas, a Unio Europeia, a Liga rabe e a Organizao dos Estados Islmicos.

Em abril de 2016, nas reas controladas pelo governo ocorreram eleies legislativas. Esta a segunda eleio desde o incio da guerra em 2011. Pela primeira vez, vrios partidos foram autorizados a participar, mas o partido do

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governo, Baath, obteve a maioria dos 250 deputados eleitos para um mandato de quatro anos.

A guerra na Sria j causou a morte de 300 mil pessoas, gerou mais de 4 milhes de refugiados e est sendo considerada a maior crise humanitria de nossa era pela ONU. Alm dos refugiados, outros 6,5 milhes foram deslocados pelo interior do pas. O total de 9,5 milhes de pessoas foradas a sair de suas casas equivale a quase metade da populao do pas. Os refugiados foram principalmente para Turquia, Lbano e Jordnia. A destruio pelo pas generalizada.

(CESPE/CPRM/2016 TCNICO EM GEOCINCIAS) O Oriente Mdio uma das mais tensas regies do mundo contemporneo. Nele, interesses econmicos, sobretudo os ligados ao petrleo, se juntam a divergncias polticas e animosidades religiosas para fazer daquela rea um foco permanente de conflitos. O pas que, na atualidade, se tornou smbolo de tragdia humanitria, representada por milhares de migrantes que buscam abrigo na Europa, e que sofre os males de uma guerra civil, a ao de grupos insurgentes e a violncia do terrorismo a

A) Sria.

B) Turquia.

C) Palestina.

D) Arbia Saudita.

E) Jordnia.

COMENTRIOS:

Fcil! O pas a Sria, que desde 2011 vive uma sangrenta guerra civil. Ainda sobre as alternativas da questo, pode-se comentar que na Palestina so frequentes os conflitos entre grupos armados e as foras de segurana de Israel. A Turquia est envolvida em conflitos com os separatistas curdos, ligados ao Partido dos Trabalhadores do Curdisto (PKK), alm de atentados terroristas praticados no pas, pelo Estado Islmico.

Gabarito: A

Iraque

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A maioria da populao do Iraque xiita, os sunitas so minoritrios. O nordeste do pas habitado por curdos. Em 2003, os Estados Unidos invadiram o Iraque e derrubaram do poder o ditador Saddam Hussein, da minoria sunita. Permaneceram no pas at 2011. Ao derrubar Saddam Hussein, os norte-americanos insuflaram antigas disputas polticas internas. A democracia frgil. O governo de maioria xiita privilegia este segmento da populao, o que acirra as tenses com os sunitas e curdos.

O Curdisto iraquiano uma regio com grande autonomia poltica e administrativa. Mas, os curdos almejam a independncia. Assim como na Sria, aproveitando-se do caos institucional e das rivalidades entre sunitas e xiitas, o Estado Islmico conquistou vastas reas do territrio iraquiano.

Curdisto

Nos combates contra o Estado Islmico, destaca-se a ao dos guerreiros curdos iraquianos (chamados de peshmerga) e srios. O Estado Islmico persegue os curdos e a minoria yazidi, que pratica uma religio prpria. O enfrentamento direto com os jihadistas do EI tem passado em boa medida pela atuao das foras curdas, armadas pelos aliados ocidentais, que do combate terrestre ao grupo islmico, apoiando dessa forma os bombardeios areos comandados pelos EUA.

Esse papel de destaque leva analistas a especularem se uma das consequncias dos conflitos atuais no seria a ampliao da autonomia dos curdos dentro do Iraque ou at mesmo a formao, num prazo ainda indefinido, de um novo pas, o Curdisto, reunindo os curdos que vivem espalhados pela regio.

Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhes de pessoas, os curdos habitam uma rea contnua que abrange territrios de Turquia, Iraque, Sria, Ir, Armnia e Azerbaidjo (veja mapa a seguir). O projeto de um Estado curdo ganhou fora no final do sculo XX, sobretudo na Turquia e no Iraque, pases nos quais o movimento foi violentamente reprimido.

O principal grupo separatista curdo atuante na Turquia, o Partido dos Trabalhadores do Curdisto (PKK), desenvolvia a luta armada contra o Estado turco, mas negocia h anos um acordo com o governo central. Em 2013, o partido declarou um cessar-fogo. Contudo, em julho de 2015, o governo da Turquia comeou a atacar redutos do PKK no Curdisto iraquiano, prximo fronteira turca. O PKK reagiu e as hostilidades tem se sucedido de lado a lado.

Na Sria, a milcia curda Unidades de Proteo do Povo (YPG), com apoio de ataques areos, resistiu heroicamente a ofensiva do EI sobre a estratgica cidade curda de Kobane, na trplice fronteira sria, turca e iraquiana. Aps meses de conflitos, o Estado Islmico recuou e desistiu de conquistar a cidade.

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Embora sejam muulmanos sunitas, os curdos no so islamitas conservadores. As mulheres tm mais liberdade, so mais respeitadas. Muitas esto nas fileiras da milcia curda sria YPG, lutando contra o Estado Islmico.

Fonte: Dictionnaire de Geopolitique

(IDECAN/PREFEITURA DE MARILNDIA/2016 AGENTE ADMINISTRATIVO) Estabelecido em grande parte da regio norte da Sria, o Curdisto :

A) O maior grupo tnico do mundo sem Estado prprio e fragmentado entre vrios pases.

B) Um grupo de origem palestina, de ideologia sunita, que se organiza por um partido poltico e brigadas armadas.

C) Um povo que se caracterizara, sobretudo, por formar uma nao de guerreiros, governada por uma aristocracia militar que vem se expandindo no norte da frica e no Oriente Mdio.

D) O grupo terrorista mais agressivo da regio, originrio do Imen, que vem cometendo uma srie de atentados na Europa, principalmente em naes aliadas aos EUA, como Frana e GrBretanha.

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COMENTRIOS:

Maior etnia sem Estado no mundo, com 26 milhes de pessoas, os curdos habitam uma rea contnua que abrange territrios de Turquia, Iraque, Sria, Ir, Armnia e Azerbaijo (veja o mapa). No Iraque, na Sria e na Turquia, os curdos lutam por um Estado independente.

Gabarito: A

1.2 Fundamentalismo Islmico

Ainda que o fundamentalismo esteja atualmente muito associado aos islmicos, grupos fundamentalistas existem em todas as religies. Os agrupamentos polticos fundamentalistas buscam impor seus dogmas religiosos como base da organizao do Estado e da sociedade. uma posio obscurantista, que recusa a democracia e se ope perspectiva secular adotada desde a Revoluo Francesa (1789), quando os negcios de Estado se separaram das convices religiosas.

A enorme maioria dos adeptos da religio islmica constituda por pessoas comuns que professam uma crena religiosa. Por isso, um erro grave, que tem origem em preconceito religioso ou social, identificar grupos terroristas que dizem agir em nome do islamismo com os hbitos e crenas das populaes muulmanas em geral.

O fundamentalismo islmico contrrio ao Estado democrtico e laico, e sua perspectiva a do Estado teocrtico, como no Ir, onde o chefe do Estado o lder religioso supremo, o aiatol. Defendem a implantao da Sharia o conjunto de leis e cdigos de conduta extrados do livro sagrado, o Alcoro, e da Suna (obra que narra a vida e os caminhos de Maom), como lei, rejeitando o princpio da separao entre religio e Estado.

O fundamentalismo islmico a fonte inspiradora de vrios grupos armados do mundo islmico, que lutam pela tomada do poder nos pases em que atuam. Os mais conhecidos so a Al-Qaeda, Estado Islmico e Boko Haram.

Al Qaeda

O saudita Osama bin Laden fundou a Al Qaeda, em 1988, no Afeganisto, quando lutava ao lado dos guerrilheiros islmicos (mujahedin) contra a ocupao sovitica, com equipamentos e recursos vindos das potncias ocidentais. Mas aps a Guerra do Golfo, em 1990, quando tropas lideradas pelos EUA atacam o Iraque, a jihad (guerra santa) da Al Qaeda passa a ter como inimigo o Ocidente,

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em especial os Estados Unidos, por causa da crescente presena militar no Oriente Mdio.

Nos anos de 1990, Bin Laden foi responsabilizado por vrios ataques a alvos norte-americanos, at realizar o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001, contra os EUA. Ento, Bin Laden ganhou fama mundial. Vrios grupos anunciaram sua ligao com a Al Qaeda, o que permitiu ao grupo expandir seu alcance para se tornar uma rede terrorista com ramificaes internacionais.

Na ltima dcada, porm, a Al Qaeda Central (AQC), no Afeganisto e Paquisto, foi duramente atingida pelas aes militares dos EUA. O trabalho de espionagem e os ataques com drones mataram seus lderes e reduziram sua capacidade de ao e de se comunicar com as filiais. A morte de Bin Laden por uma equipe da Marinha dos EUA, em 2011, enfraqueceu o grupo. O novo lder, o mdico egpcio Ayman al Zawahiri, no possui o carisma do fundador.

Estado Islmico

Com um vasto territrio que extrapola fronteiras, abrangendo reas do Iraque e da Sria, ativos estimados em 2 bilhes de dlares e um contingente em torno de 30 mil combatentes, o Estado Islmico (EI) consolida-se como a mais poderosa organizao extremista islmica em atividade.

Sua ascenso surpreendente quando se considera que, at pouco tempo atrs, o EI era uma filial da Al Qaeda entre tantas outras atuando na sia e na frica. Criado no Iraque em 2003, com o nome Al Qaeda no Iraque (AQI), o grupo espalhou o terror contra as foras de ocupao e os xiitas, at ser praticamente aniquilado aps a morte de seu comandante, Abu Musab al-Zarqawi, em 2006. Rebatizado Estado Islmico do Iraque (EII), o grupo renasce a partir de 2010, sob um novo lder, Abu Bakr al-Baghdadi.

O vcuo de segurana criado pela retirada militar dos EUA, o clima de revolta dos sunitas com o governo pr-xiita do Iraque e o caos da guerra civil sria criam condies para que o EI prosperasse. Ao expandir as atividades para a Sria, onde infiltrou militantes para abocanhar dinheiro e armas, recrutar guerrilheiros e instalar bases, em 2013, o grupo muda o nome para Estado Islmico do Iraque e do Levante (EIIL). E, aps dominar territrios no norte da Sria e do Iraque o grupo anuncia a criao de um Califado, em junho de 2014, se autodenominando Estado Islmico (EI).

O Califado uma referncia aos antigos imprios islmicos surgidos aps a morte de Maom, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islmica dos quais o mais notrio o Imprio rabe. O califa, considerado sucessor do profeta, a autoridade poltica e religiosa mxima. Al-Baghdadi proclamado califa do EI.

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Nas reas que conquista, o EI rapidamente assume o controle sobre bases militares, bancos, hidreltricas e campos de petrleo e instaura um governo prprio, com ministrios, cortes islmicas e aparato de segurana. A cobrana de taxas e impostos, junto com a venda ilegal de petrleo, os sequestros e as extorses, garantem ao grupo uma renda diria estimada em 2 milhes de dlares. No plano social, o cdigo moral severo.

Um trao marcante do EI o emprego de tticas to brbaras que at a Al Qaeda renegou o grupo. So execues em massa, s vezes contra comunidades inteiras, e mortes coletivas, por crucificao, decapitao e enforcamento. Alm de ser uma estratgia de guerra, visando submeter populaes locais pelo terror, a violncia indiscriminada, tambm direcionada aos infiis (minorias tnicas e religiosas e ocidentais), uma mensagem poderosa para atrair muulmanos desiludidos de todas as partes do mundo, inclusive do Ocidente, que passam a lutar em suas fileiras e aniquilar inimigos do isl com a promessa da salvao.

Mais de 30 grupos jihadistas de vrios pases da frica e sia juraram lealdade ao autoproclamado califa Estado Islmico. Esses grupos tm cometido uma srie de atentados terroristas, principalmente na Lbia, Tunsia, Egito, Imen e Afeganisto.

O Estado Islmico tambm se notabilizou pela destruio de esculturas, monumentos, palcios e templos do patrimnio cultural e arqueolgico de cidades histricas do Iraque e da Sria, nas reas conquistadas. O EI justifica a destruio dizendo que cultuam outras divindades e por isto so demonacas, ferindo, portanto, os princpios do Isl.

O EI bastante ativo na internet. Utiliza intensamente a web para divulgar suas atividades, recrutar novos combatentes e invadir sites de organizaes governamentais e privadas.

Como vimos, o Estado Islmico conquistou vastas reas territoriais no Iraque e na Sria. No entanto, no momento, no terreno militar est na defensiva, ante a ofensiva que sofre nesses dois pases. O grupo j perdeu 50% do territrio que controlava na Sria e 20% no Iraque.

No Iraque atacado pelo exrcito iraquiano, por milcias xiitas, pelos curdos e pela coalizo de pases liderados pelos EUA. Na Sria, atacado pelas foras do governo e aliados russos e iranianos; pelos curdos, por outros grupos locais e pela coalizo de pases lideradas pelos EUA.

A fortaleza do Estado Islmico a provncia de Raqa, onde fica a cidade de mesmo nome, capital do Estado Islmico. Aps dois anos, as foras que combatem o EI, conseguiram entrar na provncia de Raqa. O objetivo tomar a cidade, capital do autoproclamado califado.

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Na medida em que perde territrio, o Estado Islmico tem realizado brutais atentados terroristas em vrios pases do mundo. Cita-se os atentados terroristas em Paris, em janeiro e novembro de 2015, em Bruxelas, em maro de 2016, no Iraque, Bangladesh, Tunsia, Sria e outros pases.

O grupo tambm reivindicou a autoria do atentado terrorista na cidade balneria de Nice, Frana, em julho de 2016. Nesse atentado, um terrorista avanou com um caminho entre as pessoas que estavam beira-mar, festejando a queda da Bastilha, o dia nacional da Frana. O ataque deixou mais de 80 mortos e 200 feridos.

(VUNESP/SAP/2015 AGENTE DE ESCOLTA E VIGILNCIA PENITENCIRIA) O grupo Estado Islmico (EI) publicou nesta segunda-feira (15.12) fotos da execuo de 13 homens apontados como combatentes sunitas inimigos dos jihadistas. Trs fotos, publicadas em um frum jihadista e nas redes sociais, mostram a execuo dos homens, todos vestidos com macaces de cor laranja.

(http://noticias.terra.com.br/mundo/estado-islamico-revela-fotos-de-execucao--em-massa,35ebdcd49705a410VgnCLD200000b2bf46d0RCRD.html. 16.12.14. Adaptado)

O grupo Estado Islmico tem forte atuao

(A) no Egito.

(B) na Arglia.

(C) no Iraque.

(D) na Arbia Saudita.

(E) no Ir.

COMENTRIOS:

O Estado Islmico tem forte atuao no Iraque e na Sria, domina vastos territrios dos dois pases, onde proclamou a criao de um califado islmico.

Gabarito: C

Boko Haram

O Boko Haram atua na Nigria e realiza incurses no Chade, Nger e Camares. Criado em 2002, na Nigria, a partir de 2009, iniciou atos de violncia, com o objetivo de impor nesse pas uma verso mais radical da sharia (a lei islmica), que veta a adoo de vrios aspectos da cultura ocidental, como a educao secular. A maioria dos muulmanos rejeita essa interpretao. O

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Boko Haram, que era aliado da rede terrorista Al Qaeda, vinculou-se em 2015 ao Estado Islmico.

Segundo o ndice de Terrorismo Global 2015, o Boko Haram o grupo terrorista mais violento da atualidade. O ndice, baseado em dados de ataques de grupos extremistas, assinala que o Boko Haram matou 6.444 pessoas em 2014, mais do que o Estado Islmico.

(FUNIVERSA/SEAP DF/2015 AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIRIAS) Particularmente clebre pelas atrocidades cometidas contra suas vtimas, muitas das quais decapitadas a sangue frio em cenas gravadas e postadas na Internet, o Boko Haram identifica-se como grupo armado comprometido com a defesa de Israel.

COMENTRIOS:

O Boko Haram um grupo terrorista, fundamentalista islmico, que atua na Nigria. No tem nenhum compromisso com a defesa do Estado judeu de Israel. O grupo quer tomar o poder na Nigria e implantar um estado islmico, com base na sharia (lei islmica).

Gabarito: Errado

Al Shabah

Fundado em 2004, o Al Shabah atua na Somlia, sendo filiado rede Al Qaeda. O grupo passou a ser mais conhecido em 2013, a partir do atentado que cometeu em um shopping center em Nairbi, capital do Qunia.

Desde 2007, uma fora de paz composta por vrios pases da Unio Africana (UA) atua ao lado de foras do governo somali no combate ao Al Shabah, o que tem imposto vrias derrotas e enfraquecido a milcia.

Ataque em boate gay em Orlando Estados Unidos

No dia 12 de junho de 2016, em Orlando, na Flrida, nos Estados Unidos, um atirador, Omar Mateen, causou uma tragdia ao matar cerca de 50 pessoas

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e deixar mais de 53 feridas. O ataque foi na boate Pulse, voltada para o pblico LGBT. Entre as armas que o atirador portava, estava um rifle automtico.

O atirador nasceu nos Estados Unidos, mas, era filho de pais nascidos no Afeganisto. O Estado Islmico diz que responsvel pelo ataque. Mas essa informao contraria o que disse o pai do atirador, que ele no tinha ligaes com nenhum grupo terrorista. Horas antes de atacar a casa noturna, o atirador ligou para o telefone de emergncia Da Polcia e disse que era membro do EI.

Massacres deste tipo acontecem muito nos Estados Unidos. Antes do ataque em Orlando, j haviam acontecido outros 172, s em 2016. E esse, de acordo com a imprensa americana, o mais violento da histria dos EUA.

Nos Estados Unidos, qualquer pessoa tem o direito de ter uma arma. O atirador de Orlando, por exemplo, tinha licena para as duas armas que usou no ataque. Muita gente diz que fcil demais comprar armas nos EUA e que a legislao deveria ser revista. Mas existem grupos que resistem, dizendo que ilegal interferir nesse direito de ter armas, que est na Constituio Americana. Essa uma questo controversa nos EUA, e sempre rende debates acalorados.

1.3 O Ir

O Ir ocupa lugar central no xadrez do Oriente Mdio. O regime define-se desde a Revoluo de 1979 como uma repblica islmica, e segue a vertente xiita do islamismo. Posiciona-se frontalmente contra Israel e aliado do regime srio de Bashar al-Assad, exercendo tambm influncia sobre partidos xiitas que esto no governo do Iraque. Dessa forma, busca formar um arco xiita de poder, centrado na oposio a Israel e s monarquias sunitas do Golfo Prsico, como Arbia Saudita, Barein e Catar.

Desde 2003, a Agncia Internacional de Energia Atmica (AIEA), os EUA e as demais potncias ocidentais tentam impedir o avano do programa nuclear iraniano. Eles acusam o pas de desenvolver a tecnologia de enriquecimento de urnio com a inteno de fabricar armas nucleares. O Ir nega.

A ONU exigia que o Ir parasse de enriquecer urnio e autorizasse o acesso irrestrito da AIEA s suas instalaes. Diante da negativa do Ir, foram aprovadas quatro rodadas de sanes contra o pas, entre 2006 e 2010.

Como a China e a Rssia se opuseram a novas sanes na ONU, os EUA e a Unio Europeia anunciaram, em 2011, o embargo ao petrleo iraniano e punies financeiras contra naes que compram petrleo do pas. Foram decretadas tambm sanes contra o sistema bancrio do Ir. O embargo levou queda expressiva nas exportaes de petrleo iraniano, comprometendo a obteno de divisas externas.

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Em 2013, o Ir comeou a negociar um acordo para a retirada das sanes com o Grupo 5+1 (EUA, Frana, Reino Unido, Rssia e China + Alemanha) em troca da limitao de suas iniciativas nucleares. Em 2015, Ir e as potncias chegaram a um acordo, que limita e condiciona o programa nuclear iraniano, visando assegurar que o programa nuclear iraniano tenha um carter no militar, em troca da retirada das sanes internacionais que asfixiam a economia do pas. O texto autoriza o Ir a prosseguir com o programa nuclear civil e abre o caminho para uma normalizao da presena do pas no cenrio internacional.

Os iranianos se comprometeram a reduzir a capacidade nuclear (reduo de dois teros do nmero de centrfugas de urnio em 10 anos, de 19.000 para 6.104, diminuio das reservas de urnio enriquecido) durante vrios anos e a permitir que os inspetores da AIEA realizem inspees profundas em suas instalaes.

1.4 A questo da Palestina

A criao do Estado de Israel, em 1948, d incio a um conflito entre judeus e rabes, j que estes ltimos viviam na regio do novo pas. O territrio ocupado por Israel, aps uma guerra, foi maior do que o aprovado pela ONU. A criao de Israel levou expulso de mais de 700 mil palestinos, que se tornaram refugiados. Atualmente, a populao palestina refugiada soma 5 milhes de pessoas, que reivindicam o direito ao retorno a suas terras, o que no aceito por Israel.

Os Acordos de Oslo (1993-1995), assinados entre palestinos e israelenses, com mediao dos EUA, traaram a meta de dois Estados: um judeu (Israel) e um palestino, formado pela Faixa de Gaza e pela Cisjordnia, ambas ocupadas pelos israelenses em 1967. Definiram ainda a criao da Autoridade Nacional Palestina (ANP), como embrio do futuro Estado. Nos ltimos 20 anos, a perspectiva dos dois Estados guia as negociaes de paz. No houve, porm, avanos efetivos para uma paz duradoura, por causa das divergncias entre as partes.

O Hamas, baseado na Faixa de Gaza, e o Hezbollah, baseado no sul do Lbano, so as mais importantes organizaes guerrilheiras anti-Israel. Ambas pregam a destruio total do Estado judaico.

Gaza, que est submetida por Israel a um bloqueio territorial e econmico, sofreu, em 2014, pela terceira vez em cinco anos, um pesado ataque militar por parte dos israelenses, que causou milhares de mortes e a destruio de boa parte da infraestrutura local. A Cisjordnia se v cortada por um muro que a separa de Israel, invade seu territrio e impede a livre circulao de seus habitantes, tratados como potenciais terroristas.

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Nos ltimos 20 anos, essa perspectiva geral dos dois Estados a que tem guiado as negociaes de paz. Na prtica, porm, no houve avanos. Do lado israelense, o atual governo, do primeiro-ministro Benyamin Netanyahu, defende posies que os palestinos consideram inaceitveis, como a continuidade e a ampliao dos assentamentos israelenses na Cisjordnia.

Outra divergncia sobre o status da cidade de Jerusalm. Os palestinos defendem que a parte oriental da cidade, tambm ocupada pelos israelenses desde 1967, seja a capital de seu futuro Estado. Israel no aceita essa diviso, reivindicando a cidade inteira como a sua prpria capital.

Ponto de honra para os rabes nas negociaes, o direito ao retorno dos palestinos expulsos de Israel e seus descendentes pelas guerras de 1948 e dos Seis Dias (1967). O governo israelense no aceita sequer debater a sua volta, pois o eventual regresso colocaria em xeque a prpria existncia de Israel tal como hoje.

Em 2012, a ONU concedeu para a Palestina a condio de Estado observador no-membro. Mais de 140 Estados, inclusive o Brasil, j reconhecem o Estado da Palestina. O ltimo a reconhecer foi o Vaticano, em junho de 2015.

(CESPE/FUB/2015 VRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina assinaram um acordo histrico sobre os direitos da Igreja Catlica nos territrios palestinos. A preparao do texto por uma comisso bilateral levou quinze anos. Embora o Vaticano se refira ao Estado da Palestina desde o incio de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado.

O Estado de S.Paulo, 27/6/2015, p. A21 (com adaptaes).

Tendo esse fragmento de texto como referncia inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopoltico no qual este se insere, julgue os itens a seguir.

As tenses no Oriente Mdio se elevaram no ps-Segunda Guerra Mundial, quando, por resoluo das Naes Unidas, decidiu-se pela partilha do territrio conhecido como Palestina, para nele serem criados dois Estados: um judeu e outro, rabe.

COMENTRIO:

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Em 1947, a Organizao das Naes Unidas (ONU) dividiu a Palestina histrica em dois Estados um para os judeus, com 53% do territrio, outro para os rabes palestinos, com 47%. Estes ltimos rejeitaram o plano.

J na sua criao, Israel se deparou com uma guerra em 1948. Cinco pases rabes enviaram tropas para impedir sua fundao, mas Israel estava preparado e tinha o respaldo das principais potncias EUA e Unio Sovitica. As foras militares do novo Estado no apenas defenderam suas fronteiras originais como empurraram os palestinos para uma rea menor do que a que lhes tinha sido destinada.

A criao do Estado judeu nunca foi aceita na sua totalidade pelos rabes. Aps a sua criao, os conflitos e as tenses se elevaram no Oriente Mdio. Na atualidade, grupos armados como o Hezbollah e o Hamas pregam a destruio do Estado de Israel e se envolvem em conflitos frequentes com a nao judaica.

Gabarito: Certo

1.5 Turquia

A Turquia est localizada entre a Europa e o Oriente Mdio, posio que sempre lhe conferiu um papel estratgico e histrico relevante. O pas foi o centro irradiador de poder dos imprios Bizantino (330-1453) e Otomano (1281-1918). O Islamismo a religio de 99% da populao.

Alada condio de grande potncia emergente na ltima dcada, a Turquia enfrenta grandes desafios em 2016. O pas tem sido alvo de atentados terroristas do Estado Islmico e dos separatistas curdos; vive a tenso interna entre o secularismo e a islamizao; a vizinha Sria est em guerra civil, onde na fronteira atua o Estado Islmico e abriga milhes de refugiados srios, que fugiram da guerra civil.

As bases da Turquia moderna comearam a ser estabelecidas com a dissoluo do Imprio Otomano, aps a derrota na I Guerra Mundial, em 1918. A crise poltica e econmica do ps-guerra deu origem a um movimento nacionalista liderado pelo general Mustafa Kemal, que adotou o codinome de Ataturk, ou pai dos turcos.

Ataturk aboliu o califado islmico e separou a religio islmica do Estado. Essa separao chamada de secularismo. A medida provocou profundas alteraes na estrutura social do pas. As foras polticas acompanharam a polarizao na sociedade e se dividiram entre aqueles que defendiam os valores seculares de Ataturk e os favorveis a um papel maior da religio islmica na vida pblica.

Como guardies do secularismo, os militares derrubaram sucessivos governantes que tinham um perfil mais religioso, nos anos de 1960, 1971, 1980

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e 1997. Esta diviso da sociedade e da poltica e o histrico papel do exrcito na defesa do secularismo ajudam a entender a fracassada tentativa de golpe militar de julho de 2016.

O atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, foi primeiro-ministro entre 2003 e 2014. Com ambies polticas, ele quer mudar a lei, adotando o presidencialismo em substituio ao atual sistema parlamentarista. Por trs dessa iniciativa, est a tentativa de acumular os poderes da chefia de governo, que hoje cabem ao primeiro-ministro.

Como presidente, Erdogan vem adotando uma agenda autoritria, retirando poderes do Judicirio, minando a influncia dos militares no pas e prendendo jornalistas crticos ao seu governo.

Paralelamente adotou medidas como a liberao do uso do leno islmico em escolas e reparties pblicas e a proibio da venda de bebidas alcolicas noite. Seus crticos denunciaram a imposio de uma agenda islmica, enquanto os seus simpatizantes consideraram as medidas como como uma restaurao da liberdade de expresso religiosa.

Foi nesse contexto que parcela dos militares tentou dar um golpe e depor o presidente em 15 de julho. Segundo os golpistas, a iniciativa era em prol da democracia, da liberdade de expresso e da defesa dos direitos humanos. A tentativa de prender Erdogan fracassou. Atendendo ao seu apelo, a populao foi s ruas em defesa do atual governo. Uma parte dos militares no aderiu ao movimento e o golpe de Estado fracassou.

Nos dias seguintes, Erdogan tem promovido a priso e/ou destituio dos cargos de milhares de militares, policiais, juzes, funcionrios pblicos e reitores de universidades. Aps o golpe fracassado, analistas esperam uma dura reao de Erdogan, com um aumento da concentrao de poderes.

Nos ltimos meses, vrios brbaros atentados terroristas foram executados em Istambul e Ancara, atribudos a dois inimigos do pas: o grupo terrorista Estado Islmico e militantes curdos.

Desde o ano passado, a Turquia parte da coalizo liderada pelos Estados Unidos que combate o Estado Islmico na Sria e no Iraque. Alm de fazer bombardeios areos em reas dominadas pelo grupo extremista, o governo turco permite que os avies americanos usem suas bases areas para atacar alvos na Sria. Os atentados terroristas do Estado Islmico seriam uma reao ao envolvimento turco nos combate ao grupo.

Os curdos, maior etnia do mundo sem ptria, habitam o oeste do pas e lutam pela independncia do seu territrio. O principal grupo separatista o Partido dos Trabalhadores do Curdisto (PKK), que iniciou a luta armada em 1984. Com o tempo, passaram a exigir apenas mais autonomia nas regies onde vivem, e as negociaes levaram a um cessar-fogo em 2013. Esse foi rompido

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em 2015; o governo turco tem atacado alvos dos curdos na Sria, Iraque e Turquia.

A Turquia tambm uma das principais portas de entrada de imigrantes e refugiados (especialmente srios) na Europa. Em maro de 2016, a Unio Europeia aprovou um acordo com o governo turco para conter o fluxo de imigrantes ilegais. Pelo acordo, so enviados de volta Turquia os ilegais que chegam da costa turca Grcia. Em contrapartida, por cada srio que seja devolvido Turquia, outro que esteja em campos turcos ser admitido na UE.

2. Segurana Internacional

A permeabilidade das fronteiras, as modificaes operadas pela globalizao e a porosidade das relaes entre economia internacional e Estado nacional geraram novos desafios para a defesa e a segurana do Estado. Fatores que so apresentados como impulsionadores do declnio do Estado e da soberania, como o terrorismo internacional, o crime organizado, o narcotrfico e a ameaa de espionagem, so igualmente responsveis pela ampliao e expanso de estruturas de inteligncia sob comando estatal em quase todo o mundo.

O Terrorismo

O terrorismo uso de violncia fsica ou psicolgica, atravs de ataques localizados a elementos ou instalaes de um governo ou da populao governada, de modo a incutir medo, terror, e assim obter efeitos psicolgicos que ultrapassem largamente o crculo das vtimas, alargando-se para a populao do territrio.

O terrorismo de Estado consiste em um regime de violncia instaurado por um governo, em que o grupo poltico que detm o poder se utiliza do terror como instrumento de governabilidade. Caracteriza-se pelo uso da mquina de represso do Estado como organizao criminosa, restringindo os direitos humanos e as liberdades individuais.

Na segunda metade do sculo XX, em muitos pases da Amrica Latina, chegaram ao poder ditaduras militares que estabeleceram regimes de exceo com restries democrticas aos direitos humanos e s liberdades individuais. Contra esses regimes, levantaram-se oposies civis e grupos armados. Como mtodo de dissuaso e combate s oposies, os regimes autoritrios muitas vezes se utilizaram do terrorismo de Estado. Alguns especialistas apresentam como exemplo de terrorismo de Estado, a atuao do DOPS durante a ditadura militar brasileira, cuja tortura e acmulo sistemtico de informaes sobre

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cidados considerados suspeitos de subverso potencializou um processo de terror.

Por outro lado, a segunda metade do sculo XX tambm foi prdiga no surgimento e atuao de grupos guerrilheiros e terroristas na Amrica Latina que se utilizavam de mtodos violentos para o enfrentamento aos governos que se opunham. Na sua ao, muitos se utilizaram de atos terroristas como sequestros, assassinatos e atentados bomba.

Historicamente, atos que seriam tidos como terroristas foram considerados heroicos quando associados luta contra a opresso ou pela libertao nacional. o caso da Resistncia Francesa, que lutou contra a ocupao nazista na II Guerra Mundial (1939-1945).

A retrica da guerra ao terror do ex-presidente norte-americano George W. Bush levou muitos a associarem o terrorismo ao islamismo. Na verdade, h grupos fundamentalistas em todas as religies. So os que enxergam nos textos sagrados de sua crena a orientao para a organizao do Estado e da sociedade. uma posio que recusa a democracia e se ope perspectiva adotada pela Revoluo Francesa (1789) de separao entre religio e Estado.

O terrorismo islmico uma forma de terrorismo religioso cometido por extremistas islmicos. Fundamenta-se numa leitura dogmtica e literal de trechos do Alcoro, o livro sagrado do Isl. So grupos armados que no contam com o apoio e a adeso da maioria da populao islmica. um erro associar mecanicamente o Isl ao fenmeno do terror poltico contemporneo.

O crime organizado

Crime organizado toda organizao cujas atividades so destinadas a obter poder e lucro, transgredindo a lei das autoridades locais. Entre as formas de sustento do crime organizado encontram-se o trfico de drogas, os jogos de azar e a compra de "proteo", como acontece com a Mfia italiana.

Em cada pas, as faces do crime organizado costumam receber um nome prprio. Assim, costuma-se chamar de Mfia ao crime organizado italiano e talo-americano; Trade ao chins; Yakuza ao japons; Cartel ao colombiano e mexicano e Bratva ao russo e ucraniano. A verso brasileira mais prxima disso so os Comandos, faces criminosas sustentadas pelo trfico de drogas e sequestros.

Seja qual for a atividade qual o crime organizado se dedique, este sempre enfrentar, alm do combate das foras policiais de sua regio de atuao, a oposio de outras faces ilegais. Para manter suas aes ilcitas, os membros de organizaes criminosas armam-se pesadamente, logo pode-se dizer que as armas e os assassinatos so o sustentculo do crime organizado.

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Aps o fim da Guerra Fria e a queda do comunismo, o crime organizado se reconfigurou em nvel internacional. As grandes organizaes criminosas se diversificaram, algumas se uniram ou passaram a atuar em parceria. A globalizao e o uso da moderna tecnologia e telecomunicaes expandiram e enriqueceram tremendamente o crime organizado internacional.

De acordo com dados do Escritrio da ONU contra Drogas e Crimes, o comrcio ilegal do crime organizado registra ganhos anuais de mais de US$ 2 trilhes. O nmero alto, porm apenas uma estimativa dada a natureza ilegal do que est sendo analisado. Este nmero equivale a cerca de 3,6% de tudo o que se produz e consumido no planeta em um ano.

O ltimo relatrio do Frum Econmico Mundial fez uma estimativa menor - mais de US$ 1 trilho - com base em uma pesquisa de 2011 feita pelo Global Financial Integrity (GFI), um centro de estudos de Washington.

O GFI elaborou seu relatrio a partir de 12 atividades ilegais e as cinco primeiras so estas.

1 Narcotrfico: US$ 320 bilhes

2 Falsificao: US$ 250 bilhes

3 Trfico humano: US$ 31,6 bilhes

4 Trfico ilegal de petrleo: US$ 10,8 bilhes

5 Trfico de vida selvagem: US$ 10 bilhes

Se juntarmos a estas cifras os ganhos com outras atividades criminosas (desde o trfico de rgos at a venda de obras de arte) a soma chega a US$ 650 bilhes. E se levarmos em conta que a maioria das transaes so feitas em dinheiro vivo, a lavagem de dinheiro se transforma em um grande negcio que explica a soma total de mais de US$ 1 trilho citada pelo Frum Econmico Mundial.

Interpol

A Organizao Internacional de Polcia Criminal (Interpol) uma organizao internacional que ajuda na cooperao de polcias de diferentes pases. Sua sede em Lyon, na Frana e tem a participao de 188 pases membros. A Polcia Federal a representante brasileira da Interpol.

A Interpol no se envolve na investigao de crimes que no envolvam vrios pases membros ou crimes polticos, religiosos e raciais. Trata-se de uma central de informaes para que as polcias de todo o mundo possam trabalhar integradas no combate ao crime internacional, o trfico de drogas e os contrabandos.

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(CESPE/POLCIA FEDERAL/2015 AGENTE DE POLCIA FEDERAL) Cssio, promotor de justia, comprou pela Internet e recebeu por SEDEX dois novos tipos de drogas, maconha sinttica e pentedrona. As drogas, encomendadas como parte de uma investigao sobre o trfico na Internet, foram entregues no gabinete do promotor, no Frum Criminal da Barra Funda, em So Paulo, maior complexo judicirio da Amrica Latina. A encomenda foi postada em Fortaleza CE, embora o stio estivesse hospedado nos Estados Unidos da Amrica (EUA).

Folha de S.Paulo, 26/10/2014, p. C1 (com adaptaes).

Tendo o fragmento de texto acima como referncia inicial e considerando a relevncia do tema por ele tratado no mundo contemporneo, julgue o item seguinte.

O episdio narrado no texto remete ao fato de que as facilidades introduzidas pelas inovaes tecnolgicas no so apropriadas apenas pelo sistema produtivo, por instituies diversas ou pelas pessoas comuns, mas tambm o so pela extensa rede do crime organizado que atua em escala global.

COMENTRIOS:

O episdio narrado j traz a resposta da questo como correta. Um promotor comprou drogas pela internet, portanto utilizou uma inovao tecnolgica que se popularizou h poucas dcadas. O site onde o promotor fez a compra est hospedado em outro pas, nos Estados Unidos. Mas o despacho da mercadoria no foi de algum lugar ou cidade daquele pas, foi de uma cidade brasileira Fortaleza, no Cear. uma demonstrao de que o crime organizado atua em escala internacional e faz uso das inovaes tecnolgicas.

A organizao e a atuao do crime organizado acompanham a globalizao, os criminosos passaram a atuar em rede e fazem uso das modernas tecnologias de comunicaes e eletro/eletrnicas.

Gabarito: Certo

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QUESTES COMENTADAS:

01) (VUNESP/MPE SP/2016 OFICIAL DE PROMOTORIA) A crise entre os dois pases de propores histricas e deve ser resolvida a todo custo pela Turquia, avaliam analistas, que destacam a dependncia que o pas tem da energia oriunda da Rssia. O presidente Vladimir Putin afirmou que o incidente ocorrido em novembro vai ter consequncias srias para a Turquia.

(http://goo.gl/B35YPQ. Adaptado)

A crise entre os dois pases ocorreu porque

a) a Turquia expulsou o embaixador russo, acusando-o de espionagem pr-Estado Islmico.

b) as foras de segurana turcas derrubaram um avio russo, acusado de invadir seu espao areo.

c) os soldados russos, lutando na Sria, foram presos por tropas turcas.

d) o exrcito turco atacou bases russas na Sria, matando dezenas de soldados.

e) os turcos apoiaram o avano dos rebeldes curdos, severamente combatidos pela Rssia.

COMENTRIOS:

A crise entre os dois pases aconteceu por que as foras de segurana turcas derrubaram um avio militar russo, acusado de invadir o espao areo turco. A Rssia nega que o seu avio militar tenha invadido o espao areo turco.

O incidente ocorreu no mbito de guerra civil na Sria. A Turquia apoia grupos armados que lutam para derrubar o regime do presidente Bashar al-Assad. A Rssia que apoia o regime de Assad, entrou diretamente na guerra em 30/09/2015. A aviao russa tem bombardeado os grupos rebeldes, alguns apoiados pela Turquia, o que desagradou o governo turco e gerou tenso entre os pases.

Importante dizer que a Turquia tem feito ataques espordicos aos curdos que habitam a regio do Curdisto no norte da Sria, na fronteira com o pas. Os turcos temem que os curdos srios conquistem a sua independncia, o que poderia fortalecer o movimento dos curdos turcos de se separarem da Turquia e por uma ptria curda unificada.

Gabarito: B

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02) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILNDIA/2016 AGENTE ADMINISTRATIVO) Desde a exploso da violncia na Sria, em maro de 2011, a guerra passou por uma escalada at se converter em um complexo todos contra todos entre governo, rebeldes, radicais islmicos e potncias estrangeiras, que s se complicou com a entrada da Rssia no conflito. Nesta semana, com o ataque em Paris que deixou ao menos 129 mortos, o confronto no pas rabe atraiu a ateno da opinio pblica aps o presidente da Frana, Franois Hollande, ter dito que os atentados contra seu pas foram planejados na Sria.

Sobre a posio de algumas naes neste conflito at novembro de 2015, INCORRETO afirmar que

A) a Rssia contra o Estado Islmico e os outros grupos rebeldes e vem apoiando o governo de Bashar AlAssad. B) Ir e Arbia Saudita opemse ao governo de Bashar AlAssad e apoiam o Estado Islmico (EI) e os insurgentes sunitas.

C) Turquia se ope tanto ao governo de Bashar Al-Assad, quanto aos separatistas curdos, defendendo uma coalizao liderada pelos EUA e rebeldes.

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D) os Estados Unidos opemse ao governo de Bashar AlAssad e ao Estado Islmico (EI) e apoiam grupos rebeldes considerados moderados e curdos.

COMENTRIOS:

Na guerra civil da Sria, a coalizao formada por Rssia, Sria, Ir e milcia libanesa do Hezbollah apoiam o regime de Bashar al-Assad e combatem os grupos rebeldes que so oposio ao regime, tanto moderados, como radicais, no se opem aos curdos.

Os Estados Unidos se opem ao governo de Bashar al-Assad e apoiam rebeldes moderados. Tambm se opem a grupos radicais como o Estado Islmico e Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra). No se opem aos curdos.

A Arbia Saudita se ope ao governo de Assad, apoia rebeldes moderados e alguns grupos radicais, como a Fatah al-Sham (ex-Frente al-Nusra).

A Turquia se ope ao governo de Assad e apoia alguns grupos rebeldes moderados.

Nenhum pas apoia o Estado Islmico. Os rebeldes moderados e os curdos tambm no.

Os curdos no so contra o governo de Assad, lutam pela independncia do Curdisto srio e procuram ter boas relaes com aqueles que os apoiam ou no so contrrios sua causa. O seu maior inimigo o Estado Islmico. Eventualmente so combatidos pela Turquia, que no v com bons olhos um Curdisto srio independente.

Gabarito: B

03) (IDECAN/PREFEITURA DE MARILNDIA/2016 AGENTE ADMINISTRATIVO) O grupo extremista Hezbollah presente na regio oeste da Sria tem sede e grande atuao em que pas do Oriente Mdio?

A) Ir.

B) Israel.

C) Iraque.

D) Lbano.

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COMENTRIOS:

O Hezbollah, grupo de orientao religiosa islmica xiita, tem sede e atuao no Lbano, sua base o sul desse pas. Combatem o Estado de Israel.

Gabarito: D

04) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 AUDITOR) A Primavera rabe foi uma onda revolucionria de manifestaes e protestos que ocorreram no Oriente Mdio e no Norte da frica a partir de dezembro de 2010. Os protestos compartilharam tcnicas de resistncia civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestaes, passeatas e comcios, bem como o uso das mdias sociais, como Facebook e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a populao e a comunidade internacional em face de tentativas de represso e censura na Internet por partes dos Estados, alm de se oporem aos regimes ditatoriais em toda aquela regio. Essa onda de protestos nos pases de origem rabe iniciou-se:

A) Na Tunsia, com a derrubada do ditador Ben Ali.

B) Na Lbia, com a morte de Muammar AL-Gaddafi.

C) Em Israel, com a independncia da Palestina.

D) Na Sria, na guerra civil contra Bashar AL-Assad.

COMENTRIOS:

A Primavera rabe iniciou na Tunsia, com a Revoluo de Jasmim, que levou a queda do ditador Bem Ali. O movimento se espalhou por vrios pases do mundo rabe. Levou deposio dos ditadores Osni Mubarak, no Egito; Muammar al-Gaddafi, na Lbia e Ali Abdulah Saleh, no Imen.

Na Sria, a revolta se transformou em uma sangrenta guerra civil. Na Arbia Saudita, Om, Kuwait, Barein, Jordnia, Lbano, Palestina, Sudo, Arglia, Marrocos, Saara Ocidental e Mauritnia, houve protestos, em maior ou menor escala, que tambm resultaram em mudanas maiores ou menores. Nesses pases, os governantes se mantiveram no poder.

A Tunsia o nico pas em que a revolta popular alcanou o objetivo da democracia. Nos demais pases onde os ditadores foram derrubados Egito, Lbia e Imen a Primavera se transformou num tenebroso Inverno rabe.

Gabarito: A

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05) (INSTITUTO CIDADES/CONFERE/2016 AUDITOR) Desde 2011 cerca de 200 mil pessoas perderam suas vidas no conflito entre as tropas leais ao presidente Bashar al-Assad e as foras de oposio. A violenta guerra civil j destruiu boa parte da infraestrutura desse pas e deixou 11 milhes de desabrigados. O combate entre o governo e a oposio no para. A ajuda humanitria chega esporadicamente a alguns lugares. Milhares de pessoas permanecem presos em cidades sitiadas. A oposio se fragmentou at incluir faces islmicas com vnculos com a Al-Qaeda, cujas tticas brutais tm causado preocupao e levado violncia at mesmo entre os rebeldes.

(http://www.bbc.com/ 13.10.15 / Modificado)

O texto se refere sangrenta guerra civil que tem causado destruio e mortes:

A) No Egito

B) No Iraque

C) Na Sria

D) Na Palestina

COMENTRIOS:

O texto se refere guerra civil na Sria. O conflito eclodiu em 2011, no contexto da Primavera rabe. O governo do ditador Bashar al-Assad reprimiu violentamente as grandes manifestaes populares por democracia. A partir da, a oposio pegou em armas e passou a lutar contra o regime. Cinco anos aps o seu incio, a guerra j causou 300 mil mortes (dados de abril de 2016), gerou mais de 4 milhes de refugiados e est sendo considerada a maior crise humanitria de nossa era pela ONU. Alm dos refugiados, outros 6,5 milhes foram deslocados pelo interior do pas. O total de 9,5 milhes de pessoas foradas a sair de suas casas equivale quase metade da populao sria.

Gabarito: C

(CESPE/FUB/2015 VRIOS CARGOS) O Vaticano e a Palestina assinaram um acordo histrico sobre os direitos da Igreja Catlica nos territrios palestinos. A preparao do texto por uma comisso bilateral levou quinze anos. Embora o Vaticano se refira ao Estado da Palestina desde o incio de 2013, os palestinos consideram que a assinatura do acordo equivale a um reconhecimento de fato de seu Estado.

O Estado de S.Paulo, 27/6/2015, p. A21 (com adaptaes).

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Tendo esse fragmento de texto como referncia inicial e considerando a amplitude do tema por ele abordado, bem como o contexto geopoltico no qual este se insere, julgue os itens a seguir.

06) O acordo mencionado no texto tem significado simblico, pois, por no ser um Estado, o Vaticano tem sua atuao circunstanciada por sua funo religiosa, o que inviabiliza a eventual influncia poltica que poderia exercer em mbito mundial.

COMENTRIO:

Ops... parou. O Vaticano um Estado, o menor pas do mundo, sede da Igreja Catlica Apostlica Romana e residncia oficial do papa. O Vaticano exerce, sim, influncia poltica em mbito mundial. J foi mais influente. Mas, as posies da Igreja Catlica e da doutrina do catolicismo exercem em escala variada influncia na poltica mundial.

Gabarito: Errado

07) Segundo a posio oficial do governo de Tel Aviv, Israel, para garantir a integridade de seu territrio, tem impedido, inclusive pelo uso de armas, a criao do Estado da Palestina, objetivo historicamente defendido pela unanimidade dos pases rabes.

COMENTRIO:

Israel no tem posio oficial contrria criao do Estado da Palestina. Assinou inclusive acordos internacionais de paz e do estabelecimento de um processo negociado para a criao da nao palestina. Entretanto, as negociaes esto num impasse h muitos anos. Houve inclusive retrocessos. H divergncias, at o momento, incontornveis entre Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Ao mesmo tempo em que diz ser favorvel a criao do Estado da Palestina, Israel prossegue com a expropriao de terras de palestinos e a instalao de assentamentos de judeus na Cisjordnia. Sem dvida, uma grande contradio.

Gabarito: Errado

08) (VUNESP/TJ-SP/2015 CONTADOR JUDICIRIO) Como se no bastassem as carnificinas mundo afora, a chamada comunidade

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internacional se prepara para uma nova guerra fria. Desta feita representada pelos lderes de 28 pases da Otan, aliana militar ocidental, presentes em uma reunio de dois dias no Pas de Gales no incio de setembro de 2014.

(Carta Capital, Ano XX, No 116, 10.set.2014. p. 68. Adaptado)

O motivo da reunio da Otan foi

a) o avano do anti-islamismo na Europa que acentua as ameaas de atos terroristas.

b) a interveno militar inglesa e norte-americana sobre a guerra civil na Sria.

c) as constantes ameaas norte-coreanas sobre o Extremo Oriente, inclusive a China.

d) a tentativa de expanso das fronteiras palestinas em territrio israelense. e) o conflito latente entre a Rssia e a Ucrnia que j matou milhares de pessoas.

COMENTRIO:

O anti-islamismo tem avanado na Europa, mas no foi o que suscitou a reunio citada da OTAN.

OS EUA e o Reino Unido no interviram na guerra civil da Sria. Os EUA lideram uma coalizo de pases que est combatendo o Estado Islmico (EI). Os EUA tem realizado ataques areos contra alvos do EI na Sria. Mas no est combatendo as foras do regime de Bashar al-Assad. A Inglaterra no participa da coalizo que est combatendo o EI.

A Coreia do Norte no tem feito ameaas China. Por fim, os palestinos tm sido cada vez mais confinados no seu territrio por Israel. o Estado de Israel que tem avanado e se apropriado de terras palestinas.

O que motivou a reunio da OTAN foi o conflito latente entre a Rssia e a Ucrnia. Os russos anexaram ao seu territrio pennsula da Crimeia, que at 2014 pertencia a Ucrnia.

Gabarito: E

(CESPE/TCU/2015 TCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO) Um nmero cada vez maior de simpatizantes em todo o mundo, dispostos a praticar atos violentos, adere ao grupo terrorista autointitulado Estado Islmico na Sria e no Iraque e luta ao lado dos extremistas. S na

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Alemanha, mais de 450 pessoas teriam deixado o pas com esse objetivo, conforme o presidente do Departamento Federal de Proteo da Constituio. E muitas delas retornam. De acordo com Departamento Federal de Investigaes, cerca de 120 j retornaram. Essas pessoas so temidas pelas autoridades, pois os que regressam esto doutrinados e treinados em armas e explosivos. Essas notcias tm alarmado tambm os polticos. Por isso, o governo alemo estuda maneiras de impedir a sada de homens e mulheres dispostos a se unir a terroristas. Isso no muito fcil, porque as leis de nacionalidades e extradio no podem simplesmente ser canceladas. Essa uma das muitas lies da ditadura nazista.

Internet: (com adaptaes).

Julgue os seguintes itens, referentes ao tema do texto acima e aos mltiplos aspectos a ele relacionados.

09) A definio de terrorismo bastante controversa, mas h um consenso bsico: terroristas so aqueles que lutam contra o Estado e tambm contra um de seus elementos bsicos, o povo.

COMENTRIO:

No h consenso, nem bsico na definio do fenmeno atual do terrorismo. H vrias anlises e conceituaes. A literatura especializada nos ensina que existe tambm o terrorismo de Estado. Neste caso, terroristas so agentes do prprio Estado que lutam contra o seu povo, mas no contra o Estado, para o qual agem disseminando o terror.

Gabarito: Errado

(FUNIVERSA/SEAP DF/2015 AGENTE DE ATIVIDADES PENITENCIRIAS) O Congresso Nacional quer acelerar projeto que criminaliza o terrorismo em reao revelao de que foram identificadas tentativas de cooptao de jovens brasileiros pelo Estado Islmico.

O Estado de So Paulo, 23/3/2015, capa (com adaptaes).

Considerando a amplitude do tema focalizado no fragmento de texto acima, julgue o item seguinte, relativos ao cenrio mundial contemporneo.

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10) Nas ltimas dcadas, o terrorismo tem atuado em escala global e, em larga medida, praticado por pessoas ou grupos identificados com posies religiosas radicais e fundamentalistas.

COMENTRIOS:

Nas ltimas dcadas o terrorismo tem atuado em escala global. Como exemplo, temos a atuao da Organizao para a Libertao da Palestina (OLP), da Al Qaeda e mais recentemente do Estado Islmico. Essas organizaes cometeram ou cometem atentados terroristas em vrios pases e continentes no mundo. O terrorismo atual no exclusivamente praticado por pessoas ou grupos identificados com posies religiosas radicais e fundamentalistas. Porm, largamente identificado com o fundamentalismo religioso.

Gabarito: Certo

11) O terrorismo adquiriu extraordinria dimenso com o ataque que surpreendeu os Estados Unidos da Amrica, em 11 de setembro de 2001, tendo atingido o Pentgono, em Washington, e as torres gmeas do World Trade Center, em Nova Iorque.

COMENTRIOS:

Os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 surpreenderam os Estados Unidos. Aps essa data, intensificou-se a ao norte-americana de combate e represso ao terrorismo fundamentalista islmico. A Al Qaeda e seu lder Osama Bin Laden foram duramente combatidos pelos EUA. Bin Laden foi por uma dcada caado, tendo sido morto, por comandos especiais dos Estados Unidos, em 2011, no seu esconderijo, no Paquisto.

Gabarito: Certo

12) Particularmente clebre pelas atrocidades cometidas contra suas vtimas, muitas das quais decapitadas a sangue frio em cenas gravadas e postadas na Internet, o Boko Haram identifica-se como grupo armado comprometido com a defesa de Israel.

COMENTRIOS:

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O Boko Haram um grupo terrorista, fundamentalista islmico, que atua na Nigria. No tem nenhum compromisso com a defesa do Estado judeu de Israel. O grupo quer tomar o poder na Nigria e implantar um estado islmico, com base na sharia (lei islmica).

Gabarito: Errado

13) O fato de o Brasil ser sede dos Jogos Olmpicos, em 2016, amplia as preocupaes do pas quanto segurana, o que envolve ateno especial para a preveno de atos terroristas.

COMENTRIOS:

O fato de o Brasil ser um pas pacfico, no envolvido em conflitos, no elimina a possibilidade de ser alvo de atentados terroristas em um dos maiores eventos esportivos do mundo os Jogos Olmpicos. O pas vem se estruturando e se preparando melhor, com vistas a prevenir possveis atentados terroristas.

Gabarito: Certo

14) Uma estratgia adotada por grupos terroristas sediados no Oriente Mdio atrair jovens ocidentais para as suas fileiras, embora evitem a cooptao de africanos e europeus.

COMENTRIOS:

Incorreto, como exemplo, podemos citar o Estado Islmico, que tem dezenas de milhares de estrangeiros lutando nas suas fileiras, de todos os continentes. Milhares de europeus e africanos foram atrados pelo Estado Islmico e outros grupos, como a Al Qaeda e Frente al-Nusra. Estrangeiros tambm so atrados por outras organizaes terroristas, fora do Oriente Mdio, como o Taliban (Afeganisto/Paquisto) e Al Shabah (Somlia).

Gabarito: Errado

15) A legislao antiterror brasileira, aprovada durante o regime militar, reconhecida atualmente como uma das mais rgidas em vigor no mundo contemporneo.

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COMENTRIOS:

Em 2015, quando da realizao da prova, o Brasil no possua uma lei antiterror. Assim, o gabarito errado. Posteriormente, o Congresso Nacional aprovou e o Poder Executivo sancionou a Lei n 13.260/2016 Lei antiterrorismo brasileira.

Gabarito: Errado

(CESPE/FUB/2015) Durante cinco minutos, a torre Eiffel, um dos cones da cidade-luz, ficou apagada. Em Roma, a prefeitura foi iluminada com as cores azul, branca e vermelha. Em Braslia, a embaixada francesa adotou um minuto de silncio, assim como em outras partes do planeta. As homenagens s vtimas do atentado se reproduziram globalmente, em repdio ao terrorismo. Fontes oficiais afirmam que um dos autores, de origem franco-argelina, recebeu treinamento militar da Al-Qaeda no Imen.

Correio Braziliense. 9/1/2015 (com adaptaes).

Considerando o fragmento de texto acima como referncia e os mltiplos aspectos relacionados ao tema por ele abordado, julgue os itens.

16) O texto remete aos recentes atentados terroristas ocorridos em Paris, cujos alvos foram a redao da revista Charlie Hebdo que resultou na morte de vrios de seus mais conhecidos colaboradores e uma mercearia especializada na venda de alimentos voltados para o pblico judeu.

COMENTRIOS:

Em de janeiro de 2015, dois atentados terroristas foram cometidos contra a redao da revista de humor Charlie Hebdo e uma mercearia especializada na venda de alimentos voltados para o pblico judeu, em Paris. Os terroristas reivindicaram-se como membros da Al Qaeda na Pennsula Arbica e do Estado Islmico.

Gabarito: Certo

17) H consenso entre os especialistas de que as aes terroristas protagonizadas por seguidores radicais do Isl, como o Estado Islmico

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e a Al-Qaeda, refletem um choque de civilizaes no qual o Oriente se insurge contra a histrica dominao ocidental.

COMENTRIOS:

No h consenso, o consenso na anlise do mundo contemporneo no existe. Quando o Cespe traz esta palavra mgica consenso, a questo tem 99% de chances de estar errada.

Gabarito: Errado

18) A expresso je suis Charlie (eu sou Charlie), presente em cartazes logo nas primeiras manifestaes de repdio aos atos de terror na capital francesa, passou a ser utilizada em vrias regies do planeta como forma de solidariedade aos jornalistas mortos. Por meio da expresso, afirma-se que a violncia praticada ultrapassa suas vtimas diretas, atingindo a todos indistintamente.

COMENTRIOS:

O lema Je suis Charlie (Eu sou Charlie) foi amplamente adotado nas manifestaes de repdio aos atos de terror na capital francesa e pelo mundo, para demonstrar a solidariedade aos mortos. Muitos dos que empunhavam cartazes com o lema podiam at discordar da linha editorial do Charlie Hebdo, mas defendiam a liberdade de expresso. O bordo trazia consigo o significado de que a violncia praticada ultrapassava suas vtimas diretas, atingindo a todos indistintamente.

Gabarito: Certo

19) A organizao terrorista mencionada no texto foi acusada de ter praticado os atentados contra os Estados Unidos da Amrica no dia onze de setembro de 2001, que destruiu as torres do edifcio World Trade Center, em Nova Iorque, e de parte do prdio do Capitlio, em Washington, o que at hoje negado por Osama Bin Laden, sua maior liderana.

COMENTRIOS:

O texto cita a Al Qaeda, organizao terrorista que realizou os atentados de setembro de 2001 nos Estados Unidos. Osama Bin Laden, na poca lder da

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Qaeda, inicialmente negou a autoria dos atentados, mas depois admitiu seu envolvimento e da organizao terrorista.

Gabarito: Errado

20) As recentes manifestaes pblicas contra o terrorismo em escala global so uma novidade, uma vez que, em atentados anteriores, a comoo pblica restringiu-se aos locais atingidos pela violncia terrorista, talvez pelo fato de seus habitantes serem as vtimas diretas dos atos dessa natureza.

COMENTRIOS:

Claro que est errado, atentados terroristas causam comoo nas pessoas. Quanto maior o atentado, mais impacta as pessoas pelo mundo. Atentados como os do World Trade Center, em Nova Iorque, do metr de Londres e do trem urbano de Madri, geraram grande comoo e manifestaes pblicas em vrias cidades pelo mundo.

Gabarito: Errado

(CESPE/POLCIA FEDERAL/2015 AGENTE DE POLCIA FEDERAL) Cssio, promotor de justia, comprou pela Internet e recebeu por SEDEX dois novos tipos de drogas, maconha sinttica e pentedrona. As drogas, encomendadas como parte de uma investigao sobre o trfico na Internet, foram entregues no gabinete do promotor, no Frum Criminal da Barra Funda, em So Paulo, maior complexo judicirio da Amrica Latina. A encomenda foi postada em Fortaleza CE, embora o stio estivesse hospedado nos Estados Unidos da Amrica (EUA).

Folha de S.Paulo, 26/10/2014, p. C1 (com adaptaes).

Tendo o fragmento de texto acima como referncia inicial e considerando a relevncia do tema por ele tratado no mundo contemporneo, julgue o item seguinte.

21) Nos mais diversos pases, o trfico internacional de drogas ilcitas facilitado em face da ausncia de instituies policiais voltadas para o combate a esse tipo de comrcio, problema ampliado pela inexistncia de cooperao internacional entre os rgos de segurana encarregados de atuar no setor.

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COMENTRIOS:

Combater o trfico internacional de drogas ilcitas no uma tarefa fcil, pelo contrrio muito difcil. Mas nem por isto, esse trfico facilitado em face da ausncia de instituies policiais voltadas para o combate a esse tipo de comrcio, nos mais diversos pases. Est na cara que a questo est errada. Todos os pases do mundo possuem instituies voltadas ao combate do trfico de drogas ilcitas. E existe cooperao internacional entre os rgos de segurana encarregados de atuar no setor. Exemplo a Interpol, a Organizao Internacional da Polcia Criminal, que ajuda na cooperao entre as polcias de diferentes pases. Menos de dez pases no so filiados a Interpol no mundo.

Gabarito: Errado

22) O xito da poltica antidrogas conduzida pelos EUA pode ser avaliado pelo desbaratamento dos cartis criminosos que atuavam na Amrica do Sul, o que livrou pases como Colmbia e Bolvia, por exemplo, de poderosos grupos de narcotraficantes.

COMENTRIOS:

A poltica antidrogas dos EUA enfraqueceu os cartis criminosos da Colmbia e da Bolvia, mas no foram completamente desbaratados. Exemplo o Cartel de Medeln, na Colmbia, que foi desbaratado. No seu lugar fortaleceu-se o cartel rival, Cali. O combate aos cartis da Colmbia e da Bolvia, levou mudana na rota da droga para ao EUA, com o fortalecimento dos cartis do Mxico, atualmente um dos pases mais violentos do mundo. Verifica-se que os EUA no conseguem atingir o seu objetivo, que o desmantelamento dos carteis que fazem a droga chegar aos consumidores norte-americanos.

Gabarito: Errado

23) Nos ltimos tempos, diversas personalidades, tais como ex-chefes de Estado, tm se dedicado defesa de mudanas nas polticas de combate s drogas, inclusive optando pelo debate em torno da legalizao de algumas delas como forma de enfraquecer o narcotrfico.

COMENTRIOS:

H um debate crescente sobre a poltica de combate s drogas no mundo. Um segmento defende que a legalizao da maconha seria mais eficaz no combate ao narcotrfico, do que a ao essencialmente repressiva do Estado. Vrias personalidades defendem esta posio, entre elas, atores, o

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megainvestidor George Soros e o ex-presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso.

Gabarito: Certo

24) (CESPE/POLCIA FEDERAL/2015 AGENTE DE POLCIA FEDERAL) Um homem australiano foi considerado o primeiro criminoso a ser condenado por pedofilia no mundo depois de cair em uma armadilha tecnolgica e propor sexo a uma menina virtual de nove anos. A polcia de uma cidade australiana, que o monitorava, usou uma personagem de computao grfica, criada por uma ONG holandesa, para atra-lo. O criminoso fez ofertas sexuais, despiu-se e enviou imagens suas sem roupa para a suposta criana em uma sala de bate-papo sobre sexo na Internet.

O Globo, 22/10/2014, p. 29 (com adaptaes).

Tendo o fragmento de texto acima como referncia e considerando a amplitude do tema que ele aborda, julgue o item subsequente.

As estratgias utilizadas pelas autoridades policiais para combater crimes como o descrito no texto em apreo incluem o rastreamento da chamada Internet profunda, isto , um conjunto de servidores que permitem a usurios compartilhar contedo criminoso sem que sua identidade seja rastreada.

COMENTRIOS:

Uma das estratgias de combate ao crime utilizada pelas autoridades policiais o rastreamento da chamada internet profunda, um territrio frequentado por usurios protegidos pelo anonimato, tambm conhecida como deep net, dark net ou deep web

Dark net o termo usado para classificar partes da internet que esto escondidas e podem ser de difcil acesso sem a utilizao de um software especial. Essas pginas tambm no podem ser encontradas por meio de uma pesquisa em sites de busca como o Google. O software especial permite que as pessoas usem o TOR (The Onion Router), que permite acesso rede onion, onde os endereos so aleatrios e terminados em.onion e as conexes so criptografadas. O sistema faz a conexo com sites escondidos usando uma rede intrincada de servidores, arquitetada para impedir tentativas de rastreamento. Identificar a origem do acesso muito difcil, o que facilita o anonimato dos usurios.

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Isso no significa que a dark net ilegal. H vrias organizaes que utilizam a sua estrutura de forma lcita. O sistema foi criado para ser usado no Exrcito Americano, mas, agora, tambm ferramenta para ativistas pr-democracia, jornalistas que trabalham em regimes de opresso e criminosos que se aproveitam da condio de anonimato.

Gabarito: Certo

(CESPE/FUB/2015 TCNICO) A Organizao das Naes Unidas (ONU) anuncia que o nmero de refugiados srios passa de quatro milhes. Expulsos pela violncia, muitos desses refugiados vivem em condies de misria nas naes vizinhas e sem qualquer perspectiva de retorno.

Tragdia humana no Oriente Mdio. In: Correio Braziliense, 10/7/2015, p. 12 (com adaptaes).

Tendo esse fragmento de texto como referncia inicial, julgue o item a seguir, no que se refere s tenses no Oriente Mdio e em outras regies do planeta na atualidade.

25) O objetivo declarado do grupo terrorista radical autodenominado Estado Islmico o de recriar o grande califado que remonta expanso do Isl nos sculos VII e VIII, conquistando territrios hoje pertencentes Sria e ao Iraque.

COMENTRIOS:

Em junho de 2014, o Estado Islmico autoproclamou a criao de um califado islmico nas reas que controla na Sria e no Iraque. O lder do EI, Al-Baghdadi foi proclamado califa do EI.

O Califado uma referncia aos antigos imprios islmicos surgidos aps a morte de Maom, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islmica dos quais o mais notrio o Imprio rabe. O califa, considerado sucessor do profeta, a autoridade poltica e religiosa mxima.

Para os muulmanos mais fervorosos, o califado durou at sua abolio na Turquia como consequncia do desaparecimento do Imprio Otomano depois da Primeira Guerra Mundial.

No entanto, acredita-se que o califado tenha durado apenas trs dcadas, durante o governo dos primeiros quatro sucessores de Maom, conhecido como os Quatro Califas Bem Guiados ou os Quatro Califas Ortodoxos.

Posteriormente, vrias dinastias lutaram pelo poder e governaram os territrios do vasto imprio, como os Omadas em Damasco (661-750), os

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Abssida em Bagd (750-1258), os Omadas em Crdoba (929-1031) e os Otomanos na Turquia (1453-1924).

Apesar de os dirigentes destas dinastias adotarem o ttulo de califa, os processos de sucesso foram essencialmente hereditrios.

Em maro de 1924, o presidente turco, Mustafa Kemal Atatrk, aboliu constitucionalmente a instituio do califado.

Gabarito: Certo

26) Segundo analistas da cena internacional contempornea, inadmissvel que, ainda hoje, a ONU no disponha de um rgo especializado para tratar de questes relativas aos refugiados.

COMENTRIOS:

A ONU dispe de um rgo especializado para tratar de questes relativas aos refugiados. Trata-se do Alto Comissariado das Naes Unidas para Refugiados (ACNUR), criado em 1950.

Gabarito: Errado

27) No caso citado no texto, a migrao de milhes de pessoas resulta do caos instalado por uma guerra civil e pela ao violenta de terroristas religiosos.

COMENTRIOS:

A Sria palco de uma violenta guerra civil, iniciada em 2011, no contexto da Primavera rabe. Em fevereiro de 2016, o conflito continuava sem perspectiva de soluo.

Segundo a ONG Observatrio Srio dos Direitos Humanos (OSDH), at o final de 2015, mais de 260 mil pessoas haviam morrido em funo do conflito. At esta data, pelo menos quatro milhes de srios foram obrigados a fugir da violncia e buscar refgio no exterior. Milhes esto na situao de deslocados dentro do pas.

Gabarito: Certo

28) (VUNESP/CMARA MUNICIPAL DE CAIEIRAS/2015) O grupo comeou a aparecer com frequncia no noticirio aps iniciar uma ofensiva no Iraque e tomar cidades importantes do norte do pas.

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Porm, ganhou destaque e passou a ser considerado uma das maiores ameaas da atualidade depois de divulgar dois vdeos com a execuo de jornalistas americanos.

(http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2014. Adaptado)

Trata-se do grupo denominado a) Mossad. b) Al Qaeda. c) ETA. d) Farcs. e) Estado Islmico.

COMENTRIOS:

Trata-se do grupo denominado Estado Islmico (EI), que conquistou vastas reas territoriais no Iraque e na Sria e declarou a criao de um califado islmico. O Califado uma referncia aos antigos imprios islmicos surgidos aps a morte de Maom, que seguiam rigorosamente a Sharia, a lei islmica dos quais o mais notrio o Imprio rabe. O califa, considerado sucessor do profeta, a autoridade poltica e religiosa mxima. Al-Baghdadi o autoproclamado califa do EI.

O Mossad o servio secreto de Israel. A Al Qaeda uma organizao terrorista, fundada por Osama Bin Laden, da qual o Estado Islmico fez parte, sendo posteriormente excludo.

O ETA uma organizao nacionalista basca armada. Luta pela independncia da regio histrica do Pas Basco, cujo antigo territrio atualmente se distribui entre a Espanha e a Frana. Atua na Espanha. As FARCS so uma organizao guerrilheira com atuao na Colmbia.

Gabarito: E

(CESPE/TJDFT/2015 TCNICO JUDICIRIO) Aliado de longa data de Bashar al-Assad, o presidente da Rssia, Vladimir Putin, lanou seu pas em uma indita interveno na Sria para apoiar o lder de Damasco. A ao militar russa, na avaliao de analistas, desencadeou uma nova fase do conflito. Alguns apontam o risco de uma ampliao da guerra e do acirramento das disputas entre a Rssia e o Ocidente, o que deve forar os Estados Unidos da Amrica (EUA) e a Europa a um maior envolvimento nessa contenda. Todavia tambm h o perigo real de radicalizar os poucos grupos moderados ainda existentes na Sria e piorar a crise de refugiados.