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Economia

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  • CURSO ON-LINE ECONOMIA (MACROECONOMIA (ITENS 17 A 20) E ECONOMIA DO SETOR PBLICO) E FINANAS PBLICAS, ITENS 2 A 6 E ITEM 20 PARA

    AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL SEC. FAZENDA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    TEORIA E EXERCCIOS PROFESSOR: FRANCISCO MARIOTTI

    1

    Prof. Francisco Mariotti www.pontodosconcursos.com.br

    AULA DEMONSTRATIVA

    Ol!

    com grande satisfao que apresento a voc o curso de Finanas

    Pblicas voltado especialmente preparao para a prova de Auditor Fiscal da

    Receita Estadual do Rio de Janeiro. Como eu sempre ressalto no intrito dos

    cursos preparatrios para as diversas receitas estaduais do pas, trata-se sem

    dvida alguma de uma tima oportunidade, especialmente porque adicionado

    ao salrio inclui-se, normalmente, a participao nos resultados da

    arrecadao, o que pode fazer a remunerao efetiva ser BEM maior...

    Muito bem, previamente apresentao do curso, julgo oportuno

    realizar a minha apresentao. Sou analista do BACEN. Leciono em cursos

    preparatrios para concursos desde 2005, j tendo dado aulas em diversos

    cursos preparatrios presenciais e, em especial, no Ponto dos Concursos.

    Dentre alguns cursos j oferecidos, destaco os de Economia, Finanas

    Pblicas e matrias afins, para concursos como Senado Federal, Receita

    Federal, Receitas Estaduais (SP, RJ, etc.), Banco Central, Tesouro Nacional,

    Polcia Federal e mais alguns outros.

    Falando um pouquinho do curso, posso dizer a voc que ele abordar de

    forma pormenorizada toda teoria que fundamenta a cobrana de questes em

    prova. Neste sentido, alm da prpria abordagem terica de cada item do

    contedo programtico, sero propostas sries de exerccios devidamente

    gabaritados e comentados, de tal forma a permitir a anlise de possveis

    pontos que tenham gerado dvidas em decorrncia da resoluo das questes.

    Pelo fato da banca escolhida para a realizao do concurso ter sido a

    FCC, acho que cabe aqui algumas informaes primordiais. A banca

    examinadora normalmente vai um pouco mais a fundo nos conceitos inerentes

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    s Finanas Pblicas, exigindo alguns assuntos no comuns s demais bancas.

    O que estou dizendo que os pontos diferenciados do contedo devem ser

    estudados no seu devido detalhe, pois na prova para Fiscal de SP,

    recentemente aplicada pela FCC, estes tiveram um grande peso em termos de

    questes de prova.

    Fundamentado no que escrevi acima, destaco que nesta aula

    demonstrativa apresento alguns importantes conceitos que muito embora no

    estejam literalmente expressos no contedo programtico, subsidiam todo o

    entendimento dos demais pontos que apresentaremos ao longo do curso.

    Sendo assim, digo a vocs da NECESSIDADE EFETIVA de estudo da aula, como

    fonte de conhecimento para os demais pontos a estudarmos juntos, fechado?

    No menos importante, ressalto que ocorreram mudanas na disposio

    dos contedos, a partir da separao das disciplinas de Economia e Finanas

    Pblicas. Na verdade a maior parte de Finanas Pblicas, ou tambm chamada

    pelo edital de Noes de Economia do Setor Pblico, est presente, na sua

    maior parte, no contedo da matria referente Economia. A outra parte de

    Noes de Economia do Setor Pblico, mas com o nome de Finanas Pblicas,

    est presente nos itens entre 2 e 5 e item 20 da referida matria.

    Assim sendo, objetivamente, posso dizer que o curso abordar os itens

    17 a 20, referente Macroeconomia, os itens entre 21 e 29, referentes

    Noes de Economia do Setor Pblico, e tambm os itens entre 2 e 5, e item

    20, da disciplina denominada no edital de Finanas Pblicas.

    Informo a voc que todos os demais itens presentes na disciplina de

    Finanas Pblicas so, na verdade, Administrao Financeira e Oramentria,

    os quais sero abordados em curso especfico a ser oferecido pelo professor

    Graciano Rocha.

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    Muito bem, vamos ento disposio do calendrio: as aulas sero

    disponibilizadas uma vez por semana, seguindo o seguinte cronograma abaixo:

    Aula Contedo programtico

    Aula Demonstrativa

    Noes de Economia do Setor

    Pblico Pressupostos necessrios ao

    entendimento da matria cobrada no

    concurso. Polticas fiscal, monetria e

    cambial. Efeitos da atuao do Estado

    na economia.

    Aula 1 10/10/2013

    Economia: Conceitos bsicos de

    contabilidade nacional. Contas

    nacionais do Brasil. Balano de

    Pagamentos e relaes com o resto do

    mundo. Deflacionamento do produto.

    Aula 2 - 17/10/2013

    Noes de Economia do Setor

    Pblico: Sistema Tributrio como

    instrumento de distribuio de renda.

    Princpios de tributao. Impostos

    regressivos e progressivos.

    Aula 3 - 24/10/2013

    Impostos sobre consumo em cascata e

    sobre valor adicionado. Incidncia do

    imposto sobre vendas no mercado de

    concorrncia perfeita. Impacto da

    carga tributria na atividade econmica

    e na distribuio de renda.

    Aula 4 - 31/10/2013

    Poltica fiscal e equilbrio oramentrio.

    Conceito de dficit pblico: a dvida

    pblica no Brasil (causas,

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    consequncias e evoluo recente)

    Aula 5 - 07/11/2013

    Pacto Federativo e as polticas pblicas.

    Federalismo fiscal: polticas e critrios

    de distribuio de receitas e encargos

    entre as esferas do governo.

    Vinculaes de Receitas e

    Transferncias Intergovernamentais:

    principais transferncias

    intergovenamentais, transferncias

    legais, transferncias voluntrias e

    desvinculao de recursos da unio

    (DRU).

    Organizando o curso em cinco aulas, teremos um bom tempo disponvel

    para os esclarecimentos de todas as dvidas porventura surgidas bem como

    para ampliarmos as discusses sobre a matria.

    Gostaria de inform-lo que poderei, eventualmente, realizar algumas

    pequenas alteraes nos pontos do contedo programtico ora segregados por

    aula. Isto visa tornar sempre as aulas as mais didticas possveis.

    Desde j me coloco disposio de voc para qualquer esclarecimento

    atravs do e-mail [email protected]

    Um grande abrao e bem vindo ao nosso curso,

    Mariotti

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    1. Noes sobre economia do setor pblico

    O setor pblico, comumente conhecido como governo, possui grande

    participao nas sociedades atuais. Sua existncia decorrente da

    necessidade de regulao da atividade econmica, em que de um lado

    encontram-se empresas produzindo bens e servios e, do outro lado, as

    famlias, responsveis pelo consumo destes bens e servios.

    A participao do governo nas inter-relaes entre os agentes

    privados pressupe a necessidade de financiamento das atividades por este

    realizadas. O estudo desta mesma atividade denominado na literatura

    econmica de Economia do Setor Pblico, tambm chamada de Finanas

    Pblicas. O conceito microeconmico das Finanas Pblicas relaciona-se s

    polticas especficas (ou pontuais) realizadas pelo governo, a exemplo da

    imposio de um tributo em um determinado setor da atividade econmica.

    No conceito macroeconmico, o termo finanas pblicas associa-se ao

    estudo dos diversos impactos que as polticas econmicas individualizadas

    (polticas microeconmicas) geram sobre a sociedade.

    Grande estudioso da atividade interventiva governamental, Musgrave1

    destaca que Finanas Pblicas a terminologia que tem sido tradicionalmente

    aplicada ao conjunto de problemas da poltica econmica que envolvem o uso

    de medidas de tributao e de dispndios pblicos.

    A definio acima se baseia no fato de que a necessidade da atuao

    econmica do poder pblico prende-se na constatao de que a simples

    existncia do sistema de mercado (consumidores versus produtores) no

    consegue cumprir adequadamente algumas tarefas e funes que visam o

    bem-estar da populao. A maneira pela qual o Estado intervm no processo

    1 MUSGRAVE, R. A. Teoria das Finanas Pblicas. So Paulo. Atlas, 1974.

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    econmico dependente da srie de instrumentos que este dispe, inclusive

    em termos do financiamento de suas atividades.

    Sendo assim, podemos dizer que o estudo das Finanas Pblicas abrange

    a emisso de moeda e ttulos pblicos, a captao de recursos pelo Estado, sua

    gesto e seu gasto, para atender s necessidades da coletividade e do prprio

    Estado. Na captao dos recursos so estudadas as diversas formas de

    receitas, obtidas em decorrncia do patrimnio do Estado, do seu

    endividamento ou por fora do seu poder tributrio. Uma vez captados os

    recursos impe-se a sua administrao at o efetivo dispndio.

    As fontes geradoras de receitas so a tributao, classificada como

    receita derivada do poder coercitivo do Estado e o endividamento pblico,

    representado pela emisso e resgate de ttulos da dvida pblica.

    A capacidade do Estado de tomar emprstimos est substancialmente

    determinada pelo potencial de recursos compulsrios que, ano a ano, ele tem

    condies de mobilizar da sociedade. Deste ponto, ressalta-se o porqu da

    tributao constituir um dos principais condicionantes do endividamento

    pblico.

    2. Funes do Estado

    O governo necessita realizar atividades de cunho intervencionista nas

    relaes existentes na sociedade. Essa atuao devida existncia do que

    denominamos de Falhas de Mercado, situao na qual a simples interao

    entre consumidores e produtores no leva a melhor alocao possvel dos

    recursos econmicos. A base de interveno do Estado no processo econmico

    associada s funes bsicas que este deve exercer, assim denominadas de

    funo alocativa, distributiva e funo estabilizadora.

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    2.1 Funo Alocativa

    A funo alocativa aquela que atribui ao Estado a responsabilidade

    pela alocao dos recursos existentes na economia quando, pela livre iniciativa

    de mercado, isto no ocorrer. Um bom exemplo desta funo representado

    pela iniciativa do Estado em realizar obras que traro grandes benefcios

    populao. Um caso polmico, mas revestido da funo bsica de alocao dos

    recursos pelo Estado a transposio do Rio So Francisco, que mesmo

    podendo trazer custos ambientais e sociais negativos para parte da populao

    do Serto Nordestino, resultar em um significativo aumento do bem-estar da

    prpria populao, levando gua, sade e riqueza a uma regio bastante

    castigada pela seca.

    2.2 Funo Distributiva

    A funo (re) distributiva representada de fato pela melhoria na

    chamada distribuio da renda gerada na economia. Polticas de tributao

    progressiva da renda com a consequente adoo por parte do governo de

    programas como o Bolsa Famlia representam claramente uma poltica

    distributiva do governo, retirando, a princpio, daqueles que ganham mais e

    repassando queles que ganham menos.

    A funo distributiva governamental implementada no pas por meio de

    polticas pblicas que visam conceder benefcios s famlias de menor poder

    aquisitivo. Dentre estes benefcios incluem-se realizao de transferncias de

    recursos pblicos, a exemplo do Programa Bolsa Famlia. O Programa foi criado

    para apoiar as famlias mais pobres e garantir a elas o direito alimentao e

    o acesso educao e sade. O Programa foi criado para apoiar as famlias

    mais pobres e garantir a elas o direito alimentao e o acesso educao e

    sade. Este visa a incluso social dessa faixa da populao brasileira, por meio

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    da transferncia de renda e da garantia de acesso a servios essenciais. Em

    todo o Brasil, mais de 11 milhes de famlias so atendidas pelo Bolsa Famlia.

    A populao alvo do programa constituda por famlias em situao de

    pobreza ou extrema pobreza. As famlias extremamente pobres so aquelas

    que tm renda per capita de at R$ 70,00 por ms. As famlias pobres so

    aquelas que tm a renda per capita entre R$ 70,01 a R$ 140,00 por ms, e

    que tenham em sua composio gestantes, nutrizes, crianas ou

    adolescentes entre 0 e 17 anos.

    Ainda pode ser considerada uma poltica adotada pelo governo no

    atendimento funo distributiva a imposio de tributao incidente sobre

    a renda e a propriedade. Tributando mais aqueles que ganham mais, o

    governo busca a arrecadao de recursos visando distribuir estes mesmos

    recursos para, entre outras formas, poder realizar transferncias

    populao de mais baixa renda.

    No menos importante, a atua poltica de concesso de subsdio

    compra da casa prpria, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida,

    constitui mais um dos instrumentos governamentais de atendimento sua

    funo distributiva. A concesso do benefcio no valor de at R$ 17 mil

    tende a permitir o acesso da classe menos favorecida moradia, gerando,

    de outra forma, a melhoria do padro de vida desta faixa da populao.

    Nota de Informao:

    Um importante conceito utilizado na economia refere-se mensurao da

    demanda agregada, a qual inclui srie de agentes envolvidos no

    processo econmico e que so responsveis pela compra de bens e

    servios produzidos.

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    Em termos de frmula matemtica, podemos afirmar que a demanda

    agregada formada pelas seguintes variveis:

    Demanda Agregada =

    Consumo (C) + Investimento (I) + Gastos do Governo (G) + Exportaes (X)

    Importaes (M)

    O consumo representado pela srie de bens e servios comprados pelos

    indivduos, sejam eles os prprios bens de consumo, a exemplo de uma

    roupa ou um perfume, como no caso de um bem de consumo durvel, a

    exemplo de um automvel;

    Os investimentos referem-se os gastos realizados pelas empresas com a

    compra de mquinas e equipamentos destinados ampliao da sua

    capacidade produtiva;

    Os gastos do governo so representados por todas as compras

    realizadas pelo prprio governo tanto para a manuteno de sua estrutura,

    a exemplo da compra de matrias de expediente, como tambm da

    realizao de investimentos pblicos, a exemplo da construo de

    estradas, escolas, hospitais, portos e aeroportos.

    As exportaes referem-se s vendas de bens e servios produzidos no

    pas, mas destinados ao mercado consumidor externo. Dentre as

    exportaes temos a venda de produtos bsicos, comumente conhecidos

    como commodities, a exemplo de minrio de ferro, petrleo, soja, bem

    como de diversos outros produtos acabados, a exemplo de automveis e,

    tambm, de servios como consultorias e assessorias prestadas no

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    exterior.

    As importaes referem-se s compras de bens e servios realizados por

    consumidores e empresas brasileiras de produtos advindos do exterior.

    Nas importaes incluem-se a compra de automveis importados e

    diversos outros bens e servios.

    Em economia, comum definirmos a Demanda Agregada como sendo

    tambm chamada de Produto Interno Bruto PIB, uma vez que o

    somatrio das variveis componentes (consumo, investimento, gastos do

    governo, exportaes e importaes) corresponde ao total de riqueza gerada

    e consumida pelo pas durante um determinado perodo de tempo.

    2.3 Funo Estabilizadora

    A funo estabilizadora est diretamente associada s polticas fiscal e

    monetria realizadas pelo governo. A poltica fiscal implementada tanto por

    meio do aumento dos gastos do governo como pela reduo dos tributos. A

    diferena encontra-se apenas em qual a varivel impactada diretamente. No

    caso do aumento dos gastos, a varivel estimulada inicialmente a prprio

    gasto (DA = Y = C + I + G + X M). Sua disseminao se d pelos diferentes

    ramos da economia. O ciclo baseado no gasto inicialmente realizado em

    determinado setor (ex: Construo Civil) gerando emprego e renda. Como

    resultado da renda e do emprego gerado neste setor, os trabalhadores

    aumentam a sua demanda nos demais setores da economia, gerando novos

    impactos em termos de crescimento da renda. No caso da reduo dos

    tributos, o resultado se d nas variveis consumo dos trabalhadores e no

    investimento das empresas. Com maior renda disponvel os trabalhadores

    aumentam o seu consumo, estimulando as empresas a investirem mais,

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    gerando impactos sobre a oferta de bens e servios (oferta agregada). Esse

    ciclo se multiplica gerando impactos novamente sobre toda a economia.

    Adicionalmente poltica fiscal, a poltica monetria realizada pelo Banco

    Central visa controlar o excesso de moeda na economia, fazendo que a

    circulao desta seja suficiente para dar lastro s transaes de bens e

    servios no mercado real. O resultado desta poltica a busca pela

    manuteno do nvel constante dos preos e o estimulo gerao de renda e

    emprego via estmulo ao crdito.

    Digno de destaque so as diferenas existentes entre as polticas fiscal e

    monetria e seus impactos diretos sobre a economia. A poltica fiscal tem o

    carter de ter seu objetivo direcionado, atingindo inicialmente o setor no qual

    o governo deseja estimular. Ocorre, no entanto, que toda esta poltica deve ser

    pautada na estruturao do oramento anual, necessitando de tempo e

    aprovao por parte do poder legislativo. De forma contrria, ao apontarmos

    as vantagens da poltica monetria, podemos verificar que sua eficcia

    imediata, uma vez que as decises da autoridade monetria quanto ao

    controle da liquidez so tomadas diariamente. De forma contrria, as

    desvantagens se encontram no fato de que a poltica monetria tem carter

    nacional, no atingindo um setor econmico especfico, nos moldes da poltica

    fiscal.

    2.4 Adendo: A funo reguladora

    Com a o processo de desestatizao implementado pelo Estado

    brasileiro no fim dos anos 70 e intensificado a partir dos anos 90, surgiu a

    necessidade de que este mesmo Estado passasse a controlar as atividades

    em que antes atuava diretamente, constituindo para isso uma srie de

    Agncias Reguladoras que passaram a ter como misso a regulao dos

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    servios pblicos concedidos iniciativa privada, nos moldes dos regimes

    de concesso de rodovias, portos, distribuio de energia eltrica e

    telefonia.

    Vejamos agora a resoluo de uma questo cobrada no concurso realizado

    para o cargo de Analista de Planejamento e Oramento de So Paulo.

    (APO/SEFAZ-SP ESAF/2009) A atuao do governo na economia tem

    como objetivo eliminar as distores alocativas e distributivas e de

    promover a melhoria do padro de vida da coletividade. Tal atuao

    pode se dar das seguintes formas, exceto:

    a) complemento da iniciativa privada.

    b) compra de bens e servios do setor pblico.

    c) atuao sobre a formao de preos.

    d) fornecimento de bens e de servios pblicos.

    e) compra de bens e servios do setor privado.

    Comentrios:

    Essa questo a princpio parece ser pouco objetiva em termos das respostas

    disponveis, uma vez que algumas assertivas visam mais confundir o candidato

    do que ajud-lo a resolver a questo proposta. Vejamos a anlise de cada uma

    das assertivas:

    a) O complemento da iniciativa privada pode estar ligado, por exemplo,

    participao do governo no processo de melhoria no processo produtivo

    implementado por determinada empresa. Ex: A implantao de um plo

    produtivo, em regio pouco explorada economicamente, imputa ao Estado a

    necessidade de complementar, em termos de infra-estrutura, a atividade

    privada. A construo de uma rodovia/ferrovia para escoamento da produo

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    pode ser considerada como um atendimento por parte do governo dentro da

    sua funo alocativa.

    Opo correta

    b) A compra de bens e servios do setor pblico no gera resultados em

    termos de estmulo atividade econmica uma vez que a prpria ao do

    gasto fica restrita atividade estatal. Uma segunda questo o fato de que a

    participao do Estado no processo econmico visa estimular a maior interao

    entre consumidores e produtores, o que, a princpio, no ocorreria na situao

    em anlise.

    Opo Incorreta gabarito

    c) O processo de atuao sobre a formao de preos est diretamente ligado

    a mais nova funo governamental, qual seja a funo reguladora. Nesta

    assertiva o termo formao de preos parece no estar associado subida

    ou queda de preos devido ao problema inflacionrio, mas sim a formao de

    preos a partir das chamadas estruturas de mercado, tais como o monoplio, o

    oligoplio e outras. Adicionalmente, esta interveno pode ainda estar

    relacionada participao das chamadas agncias reguladoras na formao

    dos preos que remuneraro a atividade exploratria concedida iniciativa

    privada.

    Opo correta

    d) O fornecimento de bens e servios pblicos pode ser entendido como o

    oferecimento pelo Estado daquelas atividades associadas a prpria existncia

    de uma sociedade organizada, tais como justia, educao, servio policial e

    foras armadas.

    Opo correta

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    e) A compra de bens e servios do setor privado a prpria caracterizao de

    uma poltica fiscal expansionista, na qual o Estado se utiliza dos recursos

    captados da sociedade por meio de tributos para realizar o aumento de gastos

    pblicos, o que tende a estimular a demanda agregada, gerando impactos

    positivos sobre a renda e o emprego.

    Opo correta

    A evoluo das funes do governo baseada entre outros motivos no

    processo de mudanas ocorridas no mundo especialmente a partir do sculo

    XX, momento no qual se consolidaram a necessidade de atuao

    governamental no processo econmico. A partir da aula um passaremos a

    discutir um pouco sobre estes aspectos.

    Passemos agora realizao de questes cobradas em provas anteriores,

    sobre os temas ora abordados.

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    Questes Propostas:

    1 - (Auditor Fiscal/Sec. Finanas FCC/2007) Atualmente o Estado

    intervm em quase todas as atividades humanas em razo das

    necessidades pblicas. Dentre outras atribuies, incumbe ao Estado

    regular a atividade econmica, prestar servios pblicos, explorar a

    atividade econmica e exercer poder de poltica. Nesse contexto,

    possvel afirmar que as finanas pblicas

    (A) tm papel secundrio na interveno do Estado na economia, diante da

    poltica liberal vigente.

    (B) as finanas pblicas podem tornar-se poderoso instrumento de atuao

    estatal no domnio econmico, visando a um oramento equilibrado e

    conteno de gastos pblicos.

    (C) pertencem ao universo normativo, regulando a interveno estatal no

    domnio econmico, compondo a poltica financeira estatal e consubstanciada

    nas leis oramentrias.

    (D) caracterizam-se por ser uma disciplina jurdica que tem como objeto de

    seu estudo toda a atividade do Estado no tocante forma de realizao da

    receita e da despesa.

    (E) dizem respeito ao universo do ser, do plano real e dispensam uma

    realidade normativa, ficando adstritas apenas ao campo econmico,

    desvinculado de interveno estatal.

    2 - (AUDITOR/TCE-AL FCC/2008) Analise as assertivas abaixo.

    I. A implementao de programas como o Bolsa Famlia visa promover

    melhor distribuio de renda.

    II. A funo estabilizadora ou anticclica das polticas governamentais

    pode ser cumprida por meio da adoo de medidas tais como a

    concesso do seguro desemprego.

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    III. A reduo da alquota do IPI incidente sobre perfis de ferro ou ao

    no ligado de 5% para 0%, conforme Decreto no 6.024/07, um

    instrumento vlido para que o governo cumpra a funo alocativa da

    poltica econmica.

    IV. A adoo de medidas como as que integram o Programa de

    Acelerao do Crescimento no contribui para que o governo cumpra

    nenhuma das funes da poltica econmica, a saber: alocativa,

    redistributiva e/ou estabilizadora.

    Esto corretas:

    a) I, II e III, apenas.

    b) I, II e IV, apenas.

    c) I, III e IV, apenas.

    d) II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III e IV.

    3 (Analista em Gesto Adm./Sec. Estado de Pernambuco FGV-

    RIO/2008) A respeito das funes do governo, correto afirmar que:

    a) a funo alocativa est associada s chamadas falhas de mercado e se

    justifica quando o resultado distributivo do mecanismo de mercado no for

    considerado socialmente desejado.

    b)quando o governo decide destinar parte de recursos pblicos para os setores

    de sade e educao, est exercendo sua funo estabilizadora.

    c) a atividade de compra e venda de ttulos pelo governo em mercados

    primrios e secundrios est associada sua funo reguladora.

    d) as trs funes tradicionais associadas ao governo na literatura das finanas

    pblicas so as funes alocativa, estabilizadora e reguladora.

    e) a funo estabilizadora diz respeito manuteno da estabilidade

    econmica e justifica-se para atenuar o impacto de crises.

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    4 - (AFC/STN ESAF/2008) A aplicao das diversas polticas

    econmicas a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a

    estabilidade, diante da incapacidade do mercado em assegurar o

    atingimento de tais objetivos, compreende a seguinte funo do

    Governo:

    a) Funo Estabilizadora.

    b) Funo Distributiva.

    c) Funo Monetria.

    d) Funo Desenvolvimentista.

    e) Funo Alocativa.

    5 (APO/MPOG ESAF/2008) O sistema de mercado no leva a uma

    justa distribuio da renda, sendo necessrio que o Estado exera essa

    funo:

    a) alocativa

    b) estabilizadora

    c) distributiva

    d) planejadora

    e) de crescimento econmico

    6 (ECONOMISTA/MAPA FUNDAO DOM CINTRA/2010) A ao do

    governo atravs da poltica fiscal abrange trs funes bsicas. Uma

    dessas funes pode ser empregada quando o governo deseja obter

    uma taxa apropriada de crescimento econmico. Trata-se da funo:

    A) estabilizadora;

    B) alocativa;

    C) redistributiva;

    D) desenvolvimentista;

    E) anti-inflacionria.

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    7 (Especialista em Finanas Pblicas/Sec. Fazenda RJ

    CEPERJ/2011) Em relao funo distributiva do governo incorreto

    afirmar:

    A) Est associada a ajustes na distribuio de renda que permitam que a

    distribuio prevalecente seja aquela considerada justa pela sociedade.

    B) Tem como objetivo o uso da poltica econmica visando a um alto nvel de

    emprego, estabilidade de preos e obteno de uma taxa apropriada de

    crescimento econmico.

    C) O Governo se utiliza de princpios como transferncias, impostos e subsdios

    no sentido de promover uma distribuio de renda considerada justa pela

    sociedade.

    D) O Governo pode impor alquotas de impostos mais altas aos bens

    considerados de luxo, consumidos pelos indivduos de classe mais alta.

    E) O Governo pode cobrar alquotas mais baixas dos bens que compem a

    cesta bsica, subsidiando a produo dos bens de primeira necessidade.

    8 (EPPGG/SEPLAG CEPERJ/2009) O sistema de mercado no leva a

    uma justa distribuio da renda, sendo necessrio que o Estado exera

    essa funo:

    a) alocativa

    b) estabilizadora

    c) distributiva

    d) planejadora

    e) de crescimento econmico

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    Gabarito Comentado:

    1 (Auditor Fiscal/Sec. Finanas FCC/2007) Atualmente o Estado

    intervm em quase todas as atividades humanas em razo das

    necessidades pblicas. Dentre outras atribuies, incumbe ao Estado

    regular a atividade econmica, prestar servios pblicos, explorar a

    atividade econmica e exercer poder de poltica. Nesse contexto,

    possvel afirmar que as finanas pblicas

    (A) tm papel secundrio na interveno do Estado na economia, diante da

    poltica liberal vigente.

    (B) as finanas pblicas podem tornar-se poderoso instrumento de atuao

    estatal no domnio econmico,visando a um oramento equilibrado e conteno

    de gastos pblicos.

    (C) pertencem ao universo normativo, regulando a interveno estatal no

    domnio econmico, compondo a poltica financeira estatal e consubstanciada

    nas leis oramentrias.

    (D) caracterizam-se por ser uma disciplina jurdica que tem como objeto de

    seu estudo toda a atividade do Estado no tocante forma de realizao da

    receita e da despesa.

    (E) dizem respeito ao universo do ser, do plano real e dispensam uma

    realidade normativa, ficando adstritas apenas ao campo econmico,

    desvinculado de interveno estatal.

    Comentrios:

    Apontamos primeiramente uma questo cobrada na prova para Auditor-Fiscal

    de 2007 para demonstrar a vocs que muito embora esta primeira parte da

    matria no seja to complexa ou mesmo enfadonha, se a banca quiser

    complicar um pouco, assim far com certeza. Vejamos a anlise de cada uma

    das assertivas:

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    (A) tm papel secundrio na interveno do Estado na economia, diante da

    poltica liberal vigente.

    As finanas pblicas no possuem papel secundrio, mas sim primrio.

    Muito embora prevalecesse a viso liberal de interveno estatal no

    processo econmico at o incio do sculo XX, a crise iniciada pela

    quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, demonstrou que a simples

    interao entre as foras de mercado, oferta e demanda, no

    possibilitaria economia o atingimento do equilbrio necessrio nas

    relaes existentes entre os componentes privados da sociedade

    (consumidores e empresas). Por meio da interveno governamental

    proposta por Keynes, no que se constituiu na revoluo Keynesiana, o

    governo passou a ter papel fundamental na regulao da atividade

    econmica, intervindo no sentido de diminuir a volatilidade existente

    especialmente nos perodos de exceo de expanso ou de crise.

    ASSERTIVA INCORRETA

    (B) as finanas pblicas podem tornar-se poderoso instrumento de atuao

    estatal no domnio econmico, visando a um oramento equilibrado e

    conteno de gastos pblicos.

    De fato este um dos papis fundamentais da cincia Finanas

    Pblicas. Um oramento equilibrado pressupe a proposio de gastos

    baseados em receitas efetivas, de tal forma que o governo no

    prescinda da necessidade da contratao de dvida pblica para

    financiamento de sua atividade interventiva no processo econmico.

    Para a consecuo de um oramento equilibrado, o prprio governo

    deve avaliar e implementar suas aes, por meio de gastos pblicos,

    sujeito sempre a restrio de ingressos suficientes para atendimento

    s suas aes. O melhor exemplo disso consubstanciado na prpria

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    Lei de Responsabilidade Fiscal LRF, marco na conduo das Finanas

    Pblicas em nosso pas.

    ASSERTIVA CORRETA

    (C) pertencem ao universo normativo, regulando a interveno estatal no

    domnio econmico, compondo a poltica financeira estatal e consubstanciada

    nas leis oramentrias.

    Essa assertiva de fato pode confundir a cabea do candidato, pois

    tnue a diferena com o disposto na assertiva b. O erro da letra c

    simplesmente porque as Finanas Pblicas em si no pertencem ao

    universo jurdico, como o caso do chamado Direito Financeiro, o qual

    rege e disciplina as regras referentes s receitas e despesas pblicas.

    Adicionalmente, cabe destacar que as leis oramentrias (Plano

    PluriAnual, Lei de Diretrizes Oramentrias LDO e Lei Oramentria

    Anual LOA) constituem ferramentas presentes no estudo e

    consecuo do oramento pblico, o qual reflete a interveno estatal

    no domnio econmico.

    ASSERTIVA INCORRETA

    (D) caracterizam-se por ser uma disciplina jurdica que tem como objeto de

    seu estudo toda a atividade do Estado no tocante forma de realizao da

    receita e da despesa.

    Conforme apontado na assertiva anterior, a formalizao da receita e

    da despesa disciplinada pelo chamado Direito Financeiro, e no pelas

    finanas pblicas.

    ASSERTIVA INCORRETA

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    (E) dizem respeito ao universo do ser, do plano real e dispensam uma

    realidade normativa, ficando adstritas apenas ao campo econmico,

    desvinculado de interveno estatal.

    Por toda narrativa realizada nas demais assertivas desta questo, bem

    como na parte terico da aula, fica claro que as Finanas Pblicas

    vinculam a interveno estatal.

    ASSERTIVA INCORRETA

    Gabarito: letra b.

    2 - (AUDITOR/TCE-AL FCC/2008) Analise as assertivas abaixo.

    I. A implementao de programas como o Bolsa Famlia visa promover

    melhor distribuio de renda.

    II. A funo estabilizadora ou anticclica das polticas governamentais

    pode ser cumprida por meio da adoo de medidas tais como a

    concesso do seguro desemprego.

    III. A reduo da alquota do IPI incidente sobre perfis de ferro ou ao

    no ligado de 5% para 0%, conforme Decreto no 6.024/07, um

    instrumento vlido para que o governo cumpra a funo alocativa da

    poltica econmica.

    IV. A adoo de medidas como as que integram o Programa de

    Acelerao do Crescimento no contribui para que o governo cumpra

    nenhuma das funes da poltica econmica, a saber: alocativa,

    redistributiva e/ou estabilizadora.

    Esto corretas:

    a) I, II e III, apenas.

    b) I, II e IV, apenas.

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    c) I, III e IV, apenas.

    d) II, III e IV, apenas.

    e) I, II, III e IV.

    Comentrios:

    Trata-se de uma questo bastante capciosa, especialmente devido ao que

    dispe a afirmativa III. Sendo assim, comecemos a anlise das afirmativas.

    I No restam dvidas que o Bolsa Famlia um programa do Governo

    Federal fundamentado especialmente na Funo Distributiva do Governo. A

    populao alvo do programa constituda por famlias em situao de

    pobreza ou extrema pobreza. As famlias extremamente pobres so aquelas

    que tm renda per capita de at R$ 70,00 por ms. As famlias pobres so

    aquelas que tm a renda per capita entre R$ 70,01 a R$ 140,00 por ms, e

    que tenham em sua composio gestantes, nutrizes, crianas ou

    adolescentes entre 0 e 17 anos.

    ASSERTIVA CORRETA

    II A concesso do seguro desemprego est associada ocorrncia de

    demisso involuntria, ou seja, o trabalhador demitido pela empresa sem

    justa causa. Estas situaes esto associadas na maior parte das vezes a

    processos de reduo de custos das empresas, ocasionados especialmente em

    momentos de desaquecimento da atividade econmica. O seguro desemprego,

    no caso em foco, caracteriza-se como uma medida de poltica econmica

    anticclica, na qual o governo concede recursos financeiros ao trabalhador

    desempregado para que este continue a consumir bens e servios necessrios

    a sua subsistncia. Ressalta-se que esta poltica, que considerada como fiscal

    (aumento dos gastos), contribui para evitar uma ampliao do ciclo econmico

    recessivo.

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    ASSERTIVA CORRETA

    III A meno ao Decreto 6.024/07 no anula a questo pelo fato de no

    estar elencado no contedo programtico. Na medida em que a assertiva

    dispe sobre o seu contedo, torna-se possvel uma avaliao quanto funo

    do governo associada medida adotada pelo governo.

    Diz a assertiva:

    A reduo da alquota do IPI incidente sobre perfis de ferro ou ao no ligado

    de 5% para 0% conforme Decreto no 6.024/07, um instrumento vlido para

    que o governo cumpra a funo alocativa da poltica econmica.

    A poltica econmica no se destina apenas a atender a funo estabilizadora.

    muito comum por parte do governo a concesso de benefcios a

    determinados setores econmicos, sendo estes benefcios decorrentes de

    situaes pontuais de crise econmica ocorridas. Na verdade a concesso da

    reduo do IPI sobre perfis de ferro ou ao no ligado visa promover estmulo

    atividade produtiva, criando condies para que este setor adquira

    capacidade e competitividade interna, especialmente devido concorrncia de

    produtos importados.

    Destaca-se que a reduo da alquota tambm est associada a uma poltica

    econmica estabilizadora, o que importa dizer que as funes do governo e

    suas polticas no so excludentes.

    ASSERTIVA CORRETA

    IV - Assertiva nitidamente incorreta, uma vez que o PAC, por se constituir em

    um programa que visa estimular a melhoria da infra-estrutura e da oferta de

    bens e servios na economia, pode ser considerado tanto um atendimento

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    funo alocativa do governo como tambm o atendimento funo

    estabilizadora, consubstanciada na realizao de poltica fiscal disposta nos

    instrumentos de planejamento da Administrao Pblica.

    ASSERTIVA INCORRETA

    Gabarito: letra a.

    3 (Analista em Gesto Adm./Sec. Estado de Pernambuco FGV-

    RIO/2008) A respeito das funes do governo, correto afirmar que:

    a) a funo alocativa est associada s chamadas falhas de mercado e se

    justifica quando o resultado distributivo do mecanismo de mercado no for

    considerado socialmente desejado.

    b)quando o governo decide destinar parte de recursos pblicos para os setores

    de sade e educao, est exercendo sua funo estabilizadora.

    c) a atividade de compra e venda de ttulos pelo governo em mercados

    primrios e secundrios est associada sua funo reguladora.

    d) as trs funes tradicionais associadas ao governo na literatura das finanas

    pblicas so as funes alocativa, estabilizadora e reguladora.

    e) a funo estabilizadora diz respeito manuteno da estabilidade

    econmica e justifica-se para atenuar o impacto de crises.

    Comentrios:

    Analisemos cada uma das assertivas:

    a) A funo alocativa considerada uma das funes clssicas de governo,

    conjuntamente com as funes distributiva e estabilizadora. As funes

    atribudas ao governo embasam-se na necessidade de este realizar as

    correes existentes no mercado devido existncia das Falhas de Mercado.

    Muito embora a assertiva afirme que a funo alocativa esteja associada s

    falhas, o que tornaria a primeira parte da frase correta, sua funo se justifica

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    no sentido de oferecimento pelo setor pblico de bens e servios pblicos, ou,

    se necessrio, interferindo na oferta do setor privado, por meio da poltica

    fiscal.

    Destaca-se ainda que, quando a assertiva se refere ao resultado distributivo do

    mecanismo de mercado quando este no for considerado socialmente

    desejado, ela est fazendo meno funo distributiva.

    Assertiva incorreta.

    b) com base na resposta dada na alternativa a, possvel afirmarmos que a

    alternativa b est associada funo alocativa e no estabilizadora.

    Assertiva incorreta.

    c) a atividade de compra e venda de ttulos pelo governo em mercados

    primrios e secundrios est associada sua funo estabilizadora, uma

    vez que esta atividade caracteriza-se como sendo uma poltica

    monetria.

    Assertiva incorreta.

    d) Conforme j estudado, as trs funes tradicionais associadas ao governo

    na literatura das finanas pblicas so as funes alocativa, estabilizadora e

    distributiva.

    Assertiva incorreta.

    e) Sendo o gabarito da questo, a funo estabilizadora diz respeito

    manuteno da estabilidade econmica e justifica-se para atenuar o impacto

    de crises.

    Assertiva correta.

    Gabarito: letra e.

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    4 - (AFC/STN ESAF/2008) A aplicao das diversas polticas

    econmicas a fim de promover o emprego, o desenvolvimento e a

    estabilidade, diante da incapacidade do mercado em assegurar o

    atingimento de tais objetivos, compreende a seguinte funo do

    Governo:

    a) Funo Estabilizadora.

    b) Funo Distributiva.

    c) Funo Monetria.

    d) Funo Desenvolvimentista.

    e) Funo Alocativa.

    Comentrios:

    A funo estabilizadora visa manter constante o nvel de preos e estimular

    a gerao de renda e emprego. A funo exercida atravs do controle da

    demanda agregada (quantidade de bens e servios consumidos na economia),

    seja por meio de estmulos ao crescimento da renda, seja pelo adequado

    controle dos nveis de dficit e dvida pblica do pas. Realiza ainda o controle

    da oferta de moeda na economia, uma vez que este o principal instrumento

    de estmulo da demanda agregada via disseminao do crdito.

    Gabarito: Letra a.

    5 - (APO/MPOG ESAF/2008) O sistema de mercado no leva a uma

    justa distribuio da renda, sendo necessrio que o Estado exera essa

    funo:

    a) alocativa

    b) estabilizadora

    c) distributiva

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    d) planejadora

    e) de crescimento econmico

    Comentrios:

    Conforme afirmado na aula, a funo (re) distributiva representada de

    fato pela melhoria na chamada distribuio da renda gerada na economia.

    Destacado em aula, comentamos que as polticas de tributao progressiva da

    renda, trabalhadas em conjunto com programas como o Bolsa Famlia,

    representam polticas distributivas do governo.

    Gabarito: letra c.

    6 (ECONOMISTA/MAPA FUNDAO DOM CINTRA/2010) A ao do

    governo atravs da poltica fiscal abrange trs funes bsicas. Uma

    dessas funes pode ser empregada quando o governo deseja obter

    uma taxa apropriada de crescimento econmico. Trata-se da funo:

    A) estabilizadora;

    B) alocativa;

    C) redistributiva;

    D) desenvolvimentista;

    E) anti-inflacionria.

    Comentrios:

    Para que vocs possam consolidar o entendimento. Toda vez que o enunciado

    da questo falar em crescimento econmico, pode-se concluir que esta faz

    referncia funo estabilizadora. As polticas tradicionais associadas a funo

    estabilizadora so a poltica fiscal e a poltica monetria.

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    Cabe destacar, por oportuno, que as letras d e e se enquadram dentro da

    poltica estabilizadora, no se caracterizando como umas das tradicionais

    funes do governo.

    Gabarito: letra a.

    7 (Especialista em Finanas Pblicas/Sec. Fazenda RJ

    CEPERJ/2011) Em relao funo distributiva do governo incorreto

    afirmar:

    A) Est associada a ajustes na distribuio de renda que permitam que a

    distribuio prevalecente seja aquela considerada justa pela sociedade.

    B) Tem como objetivo o uso da poltica econmica visando a um alto nvel de

    emprego, estabilidade de preos e obteno de uma taxa apropriada de

    crescimento econmico.

    C) O Governo se utiliza de princpios como transferncias, impostos e subsdios

    no sentido de promover uma distribuio de renda considerada justa pela

    sociedade.

    D) O Governo pode impor alquotas de impostos mais altas aos bens

    considerados de luxo, consumidos pelos indivduos de classe mais alta.

    E) O Governo pode cobrar alquotas mais baixas dos bens que compem a

    cesta bsica, subsidiando a produo dos bens de primeira necessidade.

    Comentrios:

    Trata-se de uma questo um pouco mais complicada se que este o termo

    correto. Como o enunciado exige do candidato a questo incorreta, deve-se se

    avaliar todas as assertivas, para ento poder considerar aquela que de fato

    no se relaciona funo distributiva. Vejamos assim cada uma das opes da

    questo:

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    A) Est associada a ajustes na distribuio de renda que permitam que a

    distribuio prevalecente seja aquela considerada justa pela sociedade.

    Trata-se de um dos pressupostos associados funo distributiva.

    Quanto mais equnime a distribuio de renda da sociedade, melhor.

    Vale considerar que uma distribuio equnime aquela em que no

    exista uma grande disparidade entre os mais ricos e mais pobres. Cabe

    considerar apenas que essa baixa disparidade no se associa a uma

    situao em que todos ganham pouco, mas sim que existindo uma alta

    renda per capita, que a diferena entre os considerados mais pobres e

    mais ricos no seja to grande.

    ASSERTIVA CORRETA

    B) Tem como objetivo o uso da poltica econmica visando a um alto nvel de

    emprego, estabilidade de preos e obteno de uma taxa apropriada de

    crescimento econmico.

    Essa assertiva faz relao direta com a funo estabilizadora, pois o

    alto nvel de emprego, preos constantes e um adequado crescimento

    econmico esto intimamente ligados s polticas fiscal e monetria.

    ASSERTIVA INCORRETA

    C) O Governo se utiliza de princpios como transferncias, impostos e subsdios

    no sentido de promover uma distribuio de renda considerada justa pela

    sociedade.

    Transferncias, impostos e subsdios so instrumentos utilizados pelo

    governo para atender a funo distributiva. As transferncias so

    representadas, por exemplo, pelo repasse de recursos s famlias

    carentes por meio do Programa do Governo Federal denominado Bolsa

    Famlia. J os impostos, a exemplo do imposto de renda, podem ser

    utilizados para arrecadar recursos ao cofre do Estado para posterior

    repasse s famlias de mais baixa renda. O imposto de renda tem a

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    caracterstica de ser um imposto progressivo, em que pessoas de

    maior poder aquisitivo tem a sua renda tributada em um percentual

    maior do que as famlias de menor poder aquisitivo. O subsdio tem um

    carter prximo s transferncias, mas esto mais associados ao

    dispndio do governo de forma a estimular o consumo das famlias de

    mais baixa renda. Um timo exemplo o subsdio concedido pelo

    Governo Federal para a compra da casa prpria por meio do programa

    Minha Casa Minha Vida.

    ASSERTIVA CORRETA

    D) O Governo pode impor alquotas de impostos mais altas aos bens

    considerados de luxo, consumidos pelos indivduos de classe mais alta.

    Esta assertiva tem o mesmo carter de anlise daquela realizada para

    o imposto de renda na assertiva c. Os bens de luxo so aqueles

    consumidos apenas pelas classes de maior poder aquisitivo.

    Tributando estes bens o governo esta, de forma indireta, atendendo a

    sua funo distributiva, uma vez que repassar os ganhos tributrios

    auferidos com o nus incidente sobre estes bens aqueles de menor

    poder aquisitivo.

    ASSERTIVA CORRETA

    E) O Governo pode cobrar alquotas mais baixas dos bens que compem a

    cesta bsica, subsidiando a produo dos bens de primeira necessidade.

    Trata-se da interpretao inversa assertiva d. Tributando com

    alquotas mais baixas os bens de consumo de primeira necessidade, o

    governo busca reduzir o peso da carga tributria sobre as famlias de

    mais baixa renda, o que contribui para o atendimento funo

    distributiva ou redistributiva.

    ASSERTIVA CORRETA

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    Gabarito: letra b.

    8 (EPPGG/SEPLAG CEPERJ/2009) O sistema de mercado no leva a

    uma justa distribuio da renda, sendo necessrio que o Estado exera

    essa funo:

    a) alocativa

    b) estabilizadora

    c) distributiva

    d) planejadora

    e) de crescimento econmico

    Comentrios:

    Conforme afirmado na aula, a funo (re) distributiva representada de

    fato pela melhoria na chamada distribuio da renda gerada na economia. Na

    aula comentamos que as polticas de tributao progressiva da renda,

    trabalhadas em conjunto com programas como o Bolsa Famlia, representam

    polticas distributivas do governo.

    Gabarito: letra c.

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    Gabarito:

    1 b

    2 a

    3 e

    4 a

    5 c

    6 a

    7 b

    8 c