Aula 1

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1) Estrutura da terra. Dados sísmicos. Descontinuidades principais: Moho, Gutenberg. Distribuição da densidade na Terra. Variações composicionais e reológicas. Crosta, Manto e Núcleo. Litosfera, Astenosfera. Variação da temperatura com a profundidade. Gradiente geotérmico. Geoterma. Mecanismo de transferência do calor. Mecanismos de convecção no manto. 2) Composição química e mineralógica do manto superior. Evidencias indiretas: estudo dos basaltos e dos meteoritos; evidencias direitas: estudo das rochas ultramáficas, tipo ofiolitos alpinos, e dos xenólitos mantélicos nos kimberlitas e nos basaltos alcalinos. Estudos de petrologia experimental: pyrolito. Programa aulas teóricas

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1) Estrutura da terra. Dados sísmicos. Descontinuidades principais: Moho, Gutenberg. Distribuição da densidade na Terra. Variações composicionais e reológicas. Crosta, Manto e Núcleo. Litosfera, Astenosfera. Variação da temperatura com a profundidade. Gradiente geotérmico. Geoterma. Mecanismo de transferência do calor. Mecanismos de convecção no manto.

2) Composição química e mineralógica do manto superior. Evidencias indiretas: estudo dos basaltos e dos meteoritos; evidencias direitas: estudo das rochas ultramáficas, tipo ofiolitos alpinos, e dos xenólitos mantélicos nos kimberlitas e nos basaltos alcalinos. Estudos de petrologia experimental: pyrolito.

Programa aulas teóricas

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3) Os processos de fusão parcial no manto. As causas do processo de fusão parcial no manto: descompressão adiabática, perturbação da geoterma, abatimento do solidus por adição de voláteis. Os processos de fusão parcial na crosta. A formação dos granitos.

4) Tectônica de placas. Ambientes tectônicos e geração dos magmas: margens de placa divergentes e convergentes.

5) Parâmetros físicos e químicos do magma. Mudanças composicionais nos magmas. Processos de diferenciação dos magmas. Cristalização fracionada: seqüência de cristalização; serie de reação. Mixing. Assimilação.

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6) Diagramas binarios e ternarios. Sistema Ab-Na. Sistema Fo-SiO2. Sistema An-Di-Fo. Tetraedro basáltico. Diagrama petrogenético residual. Diagrama granítico.

7) Ascensão e intrusão dos magmas na crosta. Os principais tipos de corpos Intrusivos. Vulcanismo, Formas e estruturas vulcânicas. Mecanismos de erupção. Processos efusivos e explosivos. Mecanismos deposicionais.

8) Classificação das rochas magmáticas. Classificação mineralógica; sistema QAPF, rochas gabroicas, rochas ultramáficas. Classificação química: norma CIPW, diagramas AFM, TAS, etc. Classificação tectônica: diagramas para basaltos e para granitos.

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9) Elemento maiores e menores. Elementos traços e Terras Raras (ETR). Os elementos traço compatíveis e incompatíveis e seu comportamento nos processos de fusão parcial e cristalização fracionada.

10) Conceito de serie magmática. Serie toleítica, cálcio-alcalina, alcalina. Rochas ultrapotássicas. Magmatismo nos diferentes ambientes tectônicos:

•Margens divergentes: dorsais meso-oceánicas (MORB).

•Margens convergentes: magmatismo de arco de ilhas e de arco de margem continental ativa.

•Ambiente de intraplaca: oceânico (OIB) e continental (flood basalts).

•Ambiente de Rift.

•Kimberlitos.

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Critérios de Avaliação

A menção final será de acordo com os critérios da UnB: SS (9-10); MS (7.0-8.9); MM (5-6.9); MI (3-4.9); II (> 3); SR (sem redimento).

1ª Prova Teórica (15%)2ª Prova Teórica (20%)3ª Prova Teórica (25%)1ª Prova Prática (20%)2ª Prova Prática (20%)

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Saída de campo:(Região de Iporá-Go)

De 4/06/2007 (segunda)

a 8/06/2007 (sexta)

Apresentação relatório de campo obligatorio

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Bibliografia Básica

- ROCHAS MAGMÁTICAS

EBERHARD WERNICK

- IGNEOUS AND METAMORPHIC PETROLOGY

MYRON G. BEST

- IGNEOUS PETROGENESIS

MARJORIE WILSON

- ATLAS OF IGNEOUS ROCKS AND THEIR TEXTURES

MACKENZIE, DONALDSON E GUILFORD

- OPTICAL MINERALOGY

KERR

Page 8: Aula 1

Prof. Massimo Matteini

Instituto de GeociênciasInstituto de GeociênciasUniversidade de BrasíliaUniversidade de Brasília

Aula 1:

Estrutura da Terra

Petrologia Ígnea

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N ú cleo E x t er n o

N ú cleo in te r n o

M a n to I n fe r io r

M a n to S u p e r io r

6 3 7 0

5 2 0 0

2 9 0 0

N ú cleo in te r n o

N ú cleo E x te r n o

M a n to I n fe r io r

M a n to S u p e r io r

6 7 0

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onda P [Sin. onda primária; onda compressional]

Onda sísmica de grande velocidade com deslocamento de partículas comprimindo-se e expandindo-se no sentido da propagação sísmica no interior da Terra.

onda S[Sin.onda secundária; onda cisalhante]

Onda sísmica de velocidade mais baixa do que a onda P e resultante de deslocamentos das partículas perpendicularmente à direção da propagação sísmica no interior da Terra.

As ondas S não se propagam em meio líquido como o núcleo externo da Terra.

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Litosfera

Tr a n s iç ã o d e fa s e

A stenosfe ra

Tr a n s iç ã o d e fa s e

Pro

fund

idad

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m)

V s (k m /s e g )3 ,0 4 ,0 5 ,0 6 ,0

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 0 0

6 0 0

7 0 0

M esosfera

Low Velocity Zone

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Estrutura da Terra

Crosta: região da Terra delimitada na base por a discontunidade Moho (espessura variável entre 5 y 80 km)

Manto superior: região da Terra que se estende desde a Moho ate a descontinuidade dos 670 km (limite manto-nucleo)

C ro s ta

M an to l ito s fé r ic o

A s te n o s fe ra

0

1 0 0

2 0 0

3 0 0

4 0 0

5 0 0

6 0 0

7 0 0

Pro

fund

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m)

Tr a n s iç ã o e s tru tu ra o liv in a - e s tru tu ra e s p in é lio

Tr a n s iç ã o e s tru tu ra e s tru tu ra p e r o v sk itae s p in é lio -

M a n to I n fe r io r

M a n to S u p e r io r

Moho

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Estrutura da Terra

Litosfera: Geosfera rochosa rígida, de espessura variável entre 50 e 200 km, que capeia a Terra e que inclui a crosta e a porção superior do manto (manto litosférico)

Astenosfera: Geosfera que se estende desde a base da litosfera ate 250 km Faz parte do manto superior, tem características reológicas plásticas distintas da litosfera acima que é rígida e rúptil e dela está separada pela zona de baixa velocidade sísmica onde se verifica um salto no gradiente térmico (>1.000o C).

A astenosfera é a fonte principal de magma juvenil que vai ser acrescido à crosta acima, principalmente na formação continuada de crosta oceânica e em arcos magmáticos acima de planos de subducção.

C ro s ta

M a n to l ito s fé r ic o Lit

osfe

ra

A s te n o s fe r a

0

1 0 0

2 0 0

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Pro

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Tr a n s iç ã o e s tru tu ra o liv in a - e s tru tu ra e sp in é lio

Tr a n s iç ã o e s tru tu ra e s tru tu ra p e r o v sk itee s p in é lio -

M e s o s fe r a

zona de baixa velocidade Zona sísmica de baixa velocidade situada entre 60 e 250 km, dentro do manto superior, e que possivelmente congrega vênulas de material fundido, entre a litosfera e a astenosfera.

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C ro s ta

M a n to l ito s fé r ic o Lit

osfe

ra

A s te n o s fe r a

0

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Pro

fund

idad

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m)

Tr a n s iç ã o e s tru tu ra o liv in a - e s p in é lioe s tru tu ra

T r a n s iç ã o e s tru tu ra e s tru tu ra p e r o v sk itae s p in é lio -

C ro s ta

M an to l ito s fé r ic o

A s te n o s f e ra

0

1 0 0

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Pro

fund

idad

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m)

Tr a n s iç ã o e s tru tu ra o liv in a - e s p in é lioe s tru tu ra

T r a n s iç ã o e s tru tu ra e s tru tu ra p e r o v sk itae s p in é lio -

M a n to I n fe r io r

M a n to S u p e r io r

M e s o s fe r a

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L h e rz o li to a g ra n a d a

F a s e s d e a lta p re s sã o

L iq u id us

Ge o te rm

a

L h e r z o l i to a e s p in e l a

L h e r z o l i to a p l a g io c l a s o

So lid us

0

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6 0 0

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1 0 0 0 2 0 0 0 3 0 0 0

2 0 0

L h erz . a p lag .

L h erz . a es p .

L h e rz o li to a g ra n a d a

F a s e s d e a lta p re s sã o

Te m p e ra tu ra (° C )P

ress

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kbar

)

Pro

fund

idad

e (k

m)

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Fontes de calor na TerraFontes de calor na Terra1.1. Calor dos estágios de acreção e diferenciação da Calor dos estágios de acreção e diferenciação da

TerraTerra

2. Calor produzido por decaimento dos elementos 2. Calor produzido por decaimento dos elementos radioativos (U, Th, K, Rb...)radioativos (U, Th, K, Rb...)

Modo de transferência de calor na TerraModo de transferência de calor na Terra

1.1. ConduçãoCondução2.2. ConvecçãoConvecção

Condução è um dos meios de transferência de calor que geralmente ocorre em materiais sólidos, ela é a propagação do calor por meio do contato de moléculas de duas ou mais substâncias com temperaturas diferentes.

A convecção è um processo de transferência de calor devido a movimento de material a diferentes temperaturas de um lugar a outro. O movimento é causado por diferencia em densidade das partes em movimento.

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Gradiente geotérmico é a taxa de variação da temperatura no interior da Terra com a profundidade.

T/z varia entre 200°/km nas áreas de dorsal oceânica até 20-30°/km nas áreas orogênicas. Pode chegar a °/km nas áreas de fossas oceânicas

Este gradiente varia de local para local, dependendo do fluxo regional de calor e da condutividade térmica das rochas.

Condução è um dos meios de transferência de calor que geralmente ocorre em materiais sólidos, ela é a propagação do calor por meio do contato de moléculas de duas ou mais substâncias com temperaturas diferentes.

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Gradiente geotérmico

Geotermas continental e oceânica estimadas até os 100 km de profundidade.

De Sclater et al. (1980), Earth. Rev. Geophys. Space Sci., 18, 269-311.

A geoterma extrapolada aos 200km de profundidade chegaria a 4000° C

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http://www.smu.edu/geothermal/

Mapa do fluxo de calor

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Fluxo de calor= Gradiente térmico X Condutividade

Mapa do gradiente térmico

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Mapa do gradiente térmico da Islandia

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N úcleo

N úcleo

M anto In ferio r

M a n to s u p e r io r

Modelos de convecção no manto

A convecção è um processo de transferência de calor devido a movimento de material a diferentes temperaturas de um lugar a outro. O movimento é causado por diferencia em densidade das partes em movimento.

Importância da viscosidade do manto.

A convecção è um processo de transferência mais efetivo das condução (evidencias dos “slabs”).

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Tomographic image of aspherical variations in P-wave velocity in the mantle below northern Tonga. The complex morphology of the subducting Tonga slab is seen. (From R. van der Hilst, Nature, Vol. 374, 1995.)

Slab subduction through a phase boundary computed from a geodynamical model showing similar morphology. (U. Christensen, Earth and Planetary Science Letters, Vol. 140, 1996.)

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A tomografia sísmica usa registros sísmicos digitais para a construção de imagens do interior da Terra.

Basicamente este processo inicia-se com a localização e caracterização de um conjunto de sismos significativos. Considera-se que estes sismos iluminam o interior da Terra com ondas sísmicas. O tempo que as ondas sísmicas levam até chegarem a determinadas estações sismográficas pode então ser utilizado para determinar a velocidade destas ondas através da Terra. Ao combinar análises de muitos sismos, localizados em vários locais espalhados pelo globo, pode construir-se um mapa tridimensional de velocidades das ondas sísmicas no interior da Terra.

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Outro estilo de convecção: PLUMA MANTÉLICA

Modelo de anomalia térmica relacionada a reações cristaloquímicas e a correntes de convecções que ocorrem na base do manto, junto ao núcleo líquido, e que desencadeiam a formação de coluna térmica que ascende promovendo mudanças de fases cristalinas meta-estáveis e espraiando-se sob a litosfera onde o calor gera hot spots.

As plumas, com a forma de um guarda chuva de fluxo térmico com diâmetros de até centena de quilômetros, aquecem a base da litosfera com temperaturas de até 200o acima da isoterma regional (Condie,1989) e desencadeiam tectônica de ascensão e extensão crustal com ponto central de energia térmica, hot spot, que promove fusão "puntual" profunda, gerando magmatismo de tipo alcalino das áreas estáveis continentais e oceânicas. A tectônica extensional evolui com uma junção tríplice e formação de rifts das áreas continentais, quebrando os continentes e gerando novos oceanos.

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Existem dois tipod de PLUME:

•uma profunda, gerada na camada D”

•uma mais superficial, gerada em correspondência da descontinuidade de 670 km

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At the core-mantle boundary, the structure of the mysterious D" layer region becomes clearer

07/97

At roughly 2,900 km below the earth's surface, a thin layer (only 200 - 300 km thick), known by geophysicists as the D" layer, provides a buffer between the Earth's lower mantle and the core. This layer has intrigued scientists for a dozen years because, according to available data, it is heterogeneous. Moreover, energy and mass transfers and kinetic moments between the core and the mantle appear to take place in this region, and scientists would like to be able to quantify these occurrences. For the time being, seismology provides the only direct method of investigating this deeply-buried region. By analyzing the way in which seismic waves released by violent earthquakes behave as they pass through the D" region, seismologists can map certain of its properties. A team at the "Terrestrial and Planetary Dynamics" Laboratory (CNRS-University of Toulouse 3) recently conducted a series of studies which confirm the presence of areas with greater travelling velocities. According to their interpretation, these areas are the remains of old immersed plates pulled to the base of the lower mantle by the phenomenon of subduction. Their research also reveals that at the base of the D" region there is a very thin layer which may correspond to iron seeping from the core. Thanks to the method used they used - comparing the travelling time of two seismic waves, with one passing through the D" layer and the other serving as a control - the researchers were able to characterize heterogeneities with greater precision.

http://www.cnrs.fr/Cnrspresse/en345a2.html

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Composição do manto superior

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Lerzholítica : OL + CPX + OPX ± ESP ± GRA ± PLAG

Evidencias :

1) Rochas ultramáficas de provável derivação mantélica, expostas na superfície terrestre

2) Xenólitos de rochas ultramáficas encontrado nos kimberlitos e nos basaltos

3) Magmas basálticos gerados no manto superior

4) Composição dos meteoritos

5) Dados sísmicos

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1) Rochas ultramáficas de provável derivação mantélica, expostas na superfície terrestre

Ofiolitos: Conjunto litológico ou sequência típica de crosta oceânica, apresentando rochas máfico-ultramáficas serpentinizadas originadas nas zonas de ridges das cadeias meso-oceânicas em um edifício pluto-vulcânico-sedimentar.

Restos de edifícios ofiolíticos, notadamente de massas serpentiníticas (ofis=serpente; litos=rocha) alçadas, seja por diapirismo seja por processos tectônicos como a obducção, muitas vezes a grandes altitudes no meio de cadeias montanhosas, são comuns em zonas de suturas orogênicas como corpos alóctones aí posicionados

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Seqüência ofiolítica típica

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Lavas almofadadas (ofiolitos de Omán)

Page 43: Aula 1

ofiolitos de Omán

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Ofiolitos dos Alpes, Europa

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Lavas almofadadas (Pillow lavas)

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2) Xenólitos de rochas ultramáficas encontrado nos kimberlitos e nos basaltos

- Os magmas kimberlíticos contem abundantes xenólitos:

a) Composição lherzolitica (>40% olivina) com granada

b) Composição hartzburgítica com granada

c) Composição hartzburgítica

d) Composição dunítica

- Os magmas basálticos contem xenólitos:

a) Composição lherzolitica (>40% olivina) com espinélio

b) Composição hartzburgítica com espinélio

c) Composição hartzburgítica

d) Composição dunítica

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3) Magmas basálticos gerados no manto superior

-Os basaltos representam o tipo de magma mais difuso na Terra

-Os basaltos derivam da fusão parcial do manto de composição peridotitica o lherzolitica (dados experimentais)

Pirolito: Composição teórica do manto (Ringwood 1975) calculada combinando, em proporção 1:3, a composição de uma fase líquida basáltica (basalto de Havaí) com a composição de uma rochas ultramáfica estéril, assumida como representante de um sólido resíduo de um processo de fusão parcial no manto.

Manto superior

Fusão parcial

Magma basálticos

Resíduo sólido lherzolítico

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4) Composição dos meteoritos

-Os meteoritos metálicos e os condritos

-Os chondritos têm abundancia relativas dos elementos não voláteis (Mg, Fe, Si, Al, Ca...) muito similar a do Sol

-Um dos tipos de condritos (carbonosos, C1), contendo fase hidratada e componentes carbonosos (C, H2O...) representa, provavelmente, a matéria de condensação da nebulosa solar da qual se originou nosso sistema solar. A sua composição representa a composição da Terra.

-Cálculos petrológicos a partir dessa composição condrítica permitem calcular a composição do manto primordial.

SiO2+MgO+FeO = 90% em peso do manto

Al2O3+CaO+Na2O= 5-8%

Entre as rochas encontradas na crosta, só as lherzolitas correspondem a esta composição do manto

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condrito carbonoso

Murchison, Australia, carbonaceous chondrite

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Meteorito metálico (Fe-Ni)

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Porque funde o manto?

1) Anomalia térmica que modifica a geoterma

2) Abatimento do “solidus” por adição de voláteis no sistema

3) Descompressão adiabática do manto

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olivine

orthopyroxene clinopyroxene

100% olivine

0 % olivine

HARZBURGITE

DUNITE

LHERZOLITE

Average mantle

opx cpx

ol

ol - 64%opx - 27%cpx - 3%plus - 6%garnet/spinel

(peridotite)

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

A’

A

km

Exemplo de fusão por descompressão adiabática (caso do ascenso do manto nas cadeia meso-oceânicas e nas zonas de rift)

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

km

Anomalia térmica que modifica a geoterma (caso do ascenso de uma pluma mantelica)

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

km

Abatimento do solidus por adição de voláteis no sistema (caso da cuña astenosferica acima duma placa em subducção)

Solidus

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Parâmetros que controlam a composição dum magma primário num processo de fusão parcial do manto superior:

- Mineralogia do manto

- Composição do manto

- Profundidade (pressão)

- Grau de fusão parcial

- Conteúdo de voláteis (H2O, CO2)

Page 63: Aula 1

Grid showing the melting products as a function of pressure and % partial melting of model pyrolite mantle with 0.1% H2O. Dashed curves are the stability limits of the minerals indicated. After Green

(1970), Phys. Earth Planet. Inter., 3, 221-235. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

Tipos de fusões do manto e magmas associados

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Os magmas geram-se por um processo de fusão parcial duma rochas pre-existente. A fusão parcial pode acontecer no manto superior o na crosta.

Os magmas que são gerados por fusão parcial do manto chamam-se

magmas primários.

Quais são as características distintivas dos magmas primários?

Page 65: Aula 1

Os magmas primários acham-se inicialmente em equilíbrio com o a mineralogia típica do manto superior (olivino+opx+cpx± granada ±espinela), e deveriam se caracterizar por:

- alto Mg# (>0.7)

- Alto conteúdo de Ni (>400-500 ppm)

- Alto conteúdo de Cr (>100 ppm)

- SiO2 < 50%

Esses critérios no são mais valido em quanto os magmas primários derivaram de um manto superior metasomatizado.

Page 66: Aula 1

Onde se geram os magmas?

Page 67: Aula 1
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Page 69: Aula 1

Os vulcões localizam-se quase sempre em correspondência dos limites de placas

Page 70: Aula 1

OS TERREMOTOS TENDEM A SE CONCENTRAREMEM CERTAS ZONAS, AS QUAIS COINCIDEM COMTRENDS OCEÂNICOS E CADEIAS EM EXPANSÃO

Page 71: Aula 1

Tipos de limites de placas

Page 72: Aula 1
Page 73: Aula 1

AMBIENTE TECTÔNICO

MARGENS DE PLACAS

Divergente (Construtivo)Dorsais Meso-Oceânicas Centros de Expansão de Retro-arco

Convergente (Destrutivo)Arcos de Ilhas Margens Continentais Ativas

INTRAPLACA

Intraplaca OceânicaIlhas Oceânicas Plateaus Oceânicos

Intraplaca Continental

Províncias Basálticas Continentais Zonas de Rift Continental Magmatismo de Intraplaca Potássico

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DORSAIS MESO-OCEÂNICAS

LIMITES DIVERGENTES

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

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150

A’

A

km

Exemplo de fusão por descompressão adiabática (caso do ascenso do manto nas cadeia meso-oceânicas e nas zonas de rift)

Page 76: Aula 1

Grid showing the melting products as a function of pressure and % partial melting of model pyrolite mantle with 0.1% H2O. Dashed curves are the stability limits of the minerals indicated. After Green

(1970), Phys. Earth Planet. Inter., 3, 221-235. Winter (2001) An Introduction to Igneous and Metamorphic Petrology. Prentice Hall.

Tipos de fusões do manto e magmas associados

Page 77: Aula 1

Expansão de

fundos oceânicos-

dorsais oceânicas

Page 78: Aula 1

Final dos anos 50 e década de 60 obtenção de idades das rochas do fundo oceânico rochas mais jovens que 200 Ma.

Datação da Cadeia Meso-Oceânica do Atlântico

Fluxo de calor mais elevado no centro da Cadeia Meso-Oceânica

Page 79: Aula 1
Page 80: Aula 1

Formação de células de convecção abaixo das dorsais oceânicas

Page 81: Aula 1
Page 82: Aula 1

MARGENS CONTINENTAIS

ATIVAS

LIMITES CONVERGENTES

Page 83: Aula 1

1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

km

Abatimento do solidus por adição de voláteis no sistema (caso da cuña astenosferica acima duma placa em subducção)

Page 84: Aula 1

• Exemplos Modernos: Cordilheira dos Andes na América do Sul

• Maior cadeia de montanha contínua do mundo

• Subducçãoteve início durante o Mesozóico (~200 ma)

• Cinturão de montanhas move-se progressivamente para o continente

Pachapaqui Mining, Peru

Limites Convergentes:Modelos Ideais

Page 85: Aula 1

DOMÍNIOS METAMÓRFICOS EM RELAÇÃO A AMBIENTES GEODINÂMICOS

Page 86: Aula 1

As montanhas dos Himalaias constituem numa cadeia que tem comprimento de 3000km desde Afganistão até Burma, sua largura varia de 250 a 350 km e está constituída por uma série de unidades litológicas e tectônicas que ocorrem paralelas ao cinturão de montanhas por grandes distâncias.A rápida migração da Índia durante o Terciário, que finalizou com a colisão da Índia contra o Tibet, começou entre 50 e 60 Ma.

Page 87: Aula 1

LIMITES TRANSFORMANTES

Page 88: Aula 1

• Transformante

Traço da falha de Santo André (Califórnia)

Page 89: Aula 1

Falha de Santo André

Page 90: Aula 1

RIFTS CONTINENTAIS

Intraplaca continental

Page 91: Aula 1

VULCANISMO ASSOCIADO A RIFT CONTINENTAL

SÉRIES

ALCALINAS

Page 92: Aula 1

EXEMPLO DE

RIFTS

CONTINENTAL

E

MAGMATISMO ALCALINO

ASSOCIADO

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ILHAS OCEÂNICAS

HOT SPOTS

INTRAPLACA OCEÂNICA

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

km

Anomalia térmica que modifica a geoterma (caso do ascenso de uma pluma mantelica)

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1 5 % 5 0 %

G E O T E R M A

Solidus

Liq ui du s

1000 1500 2000500 T (°C )0

100

50

150

A’

A

km

Exemplo de fusão por descompressão adiabática (caso do ascenso do manto nas cadeia meso-oceânicas e nas zonas de rift)

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Vulcanismo intraplaca

Ilhas vulcânicas do Hawai

MARGENPASIVO

DORSAL MARGEN ACTIVO

PUNTO CALIENTE

ISLASVOLCANICAS

Isla más joven

Punto caliente fijo

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Formação de ilhas vulcânicas a partir de Hot spots: a) O Hot Spot produz a primeira Ilha Vulcânica; b) com o movimento da placa e o Hot Spot fixo a Ilha Vulcânica 2 irá se formar em outro lugar; c) as ilhas 1 e 2 se deslocam e a ilha vulcânica 3 se forma; d) Arquipélago do Havaí formado por ação de Hot Spot desde 5,6 milhões de anos atrás.

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As montanhas dos Himalaias constituem numa cadeia que tem comprimento de 3000km desde Afganistão até Burma, sua largura varia de 250 a 350 km e está constituída por uma série de unidades litológicas e tectônicas que ocorrem paralelas ao cinturão de montanhas por grandes distâncias.A rápida migração da Índia durante o Terciário, que finalizou com a colisão da Índia contra o Tibet, começou entre 50 e 60 Ma.

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