Aula 1 - Diagnu00d3stico Laboratorial Das Infecu00c7u00d5es Bacterianas

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS INFECÇÕES BACTERIANAS Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo 2015

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Microbiologia Clinica

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DIAGNÓSTICO

LABORATORIAL DAS

INFECÇÕES BACTERIANAS

Profa. Dra.Tatiana Elias Colombo

2015

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Objetivo: fornecer diretrizes para a coleta e o transporte

adequados de diferentes espécimes, além de informações

gerais sobre o processamento dos espécimes no

laboratório.

Diagnóstico laboratorial das doenças bacterianas

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SANGUE

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• Um dos procedimentos mais importantes realizados no laboratório

de microbiologia clínica

• Fator importante que determina o sucesso da hemocultura é o

volume de sangue processado

20ml de sangue – adulto

volumes menores – crianças e neonatos

Hemocultura

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Amostra coletada antes da antibioticoterapia!

Hemocultura

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Cuidado com a desinfecção da pele do paciente

muitos pacientes hospitalizados são suscetíveis a

infecções por microrganismos que colonizam a

pele

Sangue

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Coleta realizada em sistema fechado

Reduz a probabiblidade de contaminação da amostra

Hemocultura

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Amostras de sangue - semeadas em frascos contendo

caldos nutrientes adequados para assegurar o

isolamento máximo de microrganismos importantes

Sangue

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• Bacteremia e fungemia – referidas como sepse

• Sinais clínicos: febre, calafrios e hipotensão

- Resposta à liberação de endotoxinas ou exotoxinas pelos

microrganismos

- Ocorrem pelo menos 1 hora após a entrada do

microrganismo no sangue

OBS: pouco ou nenhum microrganismo pode estar presente quando o

paciente apresenta-se febril. Por esta razão, é recomendado que 2 a 3

amostras de sangue sejam coletadas ao acaso durante um período de 24

horas.

Sangue

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Frascos de caldo recebidos no laboratório incubados

a 37ºC e examinados em intervalos regulares para a

evidência do crescimento microbiano.

Sangue

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Estufa automatizada para cultura de sangue

- Hemocultura automatizada baseada na detecção de CO2 produzido

pelos microrganismos durante seu metabolismo

- Os frascos utilizados nesse sistema podem possuir resinas inibidoras

de antibióticos, aumentando significativamente a recuperação de

microrganismos.

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1. Crescimento detectado

Instrumento automatizado para cultura de sangue

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1. Crescimento detectado

2. Lâmina (coloração de Gram)

Instrumento automatizado para cultura de sangue

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1. Crescimento detectado

2. Lâmina (coloração de Gram)

3. Frascos são subcultivados (incubar 5 – 7 dias, exceção:

microrganismos fastidiosos). Microrganismos

posteriormente isolados

Instrumento automatizado para cultura de sangue

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1. Crescimento detectado

2. Lâmina (coloração de Gram)

3. Frascos são subcultivados (incubar 5 – 7 dias, exceção:

microrganismos fastidiosos). Microrganismos posteriormente isolados

4. Identificação bioquímica e testes de sensibilidade

* Testes moleculares

Instrumento automatizado para cultura de sangue

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A coleta somente pode ser realizada por profissional

especializado

1-) Punção lombar (mais usada e causa menos riscos para o

paciente)

2-) Punção suboccipital

3-) Punção ventricular

Líquido cefalorraquidiano (LCR)

Punção lombar

Contra-indicação para punção lombar: existência

de infecção no local da punção (piodermite)

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• Não é necessário jejum, orienta-se apenas uma refeição leve

• O paciente deve estar acompanhado por um adulto

• Apresentar, se houver, exames recentes como Tomografia e

Ressonância Magnética de Crânio e/ou Coluna

• Após a coleta do material o paciente permanecerá em repouso

alguns minutos no laboratório e deverá fazer repouso deitado em

casa por, no mínimo, mais 24 horas.

Líquido cefalorraquidiano (LCR) – Recomendações coleta

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SETOR BIOQUÍMICA

Tubo congelado

Exames:

GLICOSE

PROTEÍNA

LACTATO

SETOR MICROBIOLOGIA

Tubo TA

Tubo centrifugado: sedimento

(micro) e sobrenadante (imuno)

Exames:

Bacteriologia e Bacterioscópico

1 2 3

SETOR HEMATOLOGIA

Tubo refrigerado

Exames citológicos:

Contagem global e específicaTestes adicionais

Tubo congelado

4

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swab - utilizado para coletar os espécimes de orofaringe

Trato respiratório superior - Coleta

Solicitar ao paciente que abra bem a boca.

- Usando abaixador de língua e swab estéril,

fazer esfregaços sobre as amígdalas e faringe

posterior, evitando tocar na língua e na mucosa

bucal.

- Procurar o material nas áreas com hiperemia

próximas aos pontos de supuração ou remover o

pus ou a placa, colhendo o material abaixo da

mucosa.

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Uma variedade de métodos pode ser usada para coletar

espécimes do trato respiratório inferior – expectoração,

broncoscopia, aspiração por punção direta através da

parede torácica.

Trato respiratório inferior - Coleta

Cuidado com a contaminação do escarro

por bactérias do trato resp. superior –

presença de células epiteliais indica que o

espécime foi contaminado com saliva

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URINA

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• Espécime mais frequentemente submetido à cultura

• Pelo fato das bactérias patogênicas colonizarem a uretra

– coletar o jato médio

Urina

Primeira urina do dia???

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• Os patógenos do trato urinário podem crescer na urina,

assim NÃO deve haver demora no transporte do

espécime para o laboratório

• Caso o espécime não puder ser cultivado

imediatamente (~20 minutos), ele deve ser refrigerado

e semeado no máximo em 24 horas

Urina

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- 1 a 10µl do espécime - semeado em meio de cultura (não-seletivo e seletivo)

- Colocar em lâmina, deixar secar, fixar e corar pelo Gram

Exame direto do sedimento urinário

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• CLED (Cistina Lactose Eletrólito Deficiente)

-Neste meio cresce tanto microrganismos gram positivo, quanto

gram negativo.

-Cor: Verde/azul

- Para o crescimento de colônias é necessário a utilização de alças

calibradas (1, 10, 100 microlitros)

-Feita a inoculação, deixar a 37°C de 18 a 24 horas e fazer leitura.

- Leitura

- Pode ser um fermentador de lactose: Lactose positivo: cor

amarela; Lactose negativo: sem alteração de cor

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• Mac Conkey

- Um meio seletivo para microrganismos

gram-negativos

- Indica fermentação de lactose. Cor: Rosa

- Isolar colônias, usar temperatura de 37°C de 18 a 24 horas.

- Se houve crescimento: Bacterioscopia pós cultura + gram =

inocular em provas bioquímicas.

-Crescimento de colônias incolor ou marrom = não fermentador de

lactose.- Crescimento de colônias rosa = fermentador de lactose

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- Alça calibrada

1μl = 1microlitro = 0.001ml = 1/1000ml

10μl = 10 microlitros = 0.01ml = 1/100ml

Semeadura em estrias

Semeadura em placa

Método de “esteira”

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Contagem do número de colônias

- Alça calibrada 1μl = 1microlitro = 0.001ml = 1/1000ml

N = número de colônias x 1μl

N = número de colônias x 1000

- Alça calibrada 10μl = 10 microlitros = 0.01ml = 1/100ml

N = número de colônias x 10μl

N = número de colônias x 100

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Alça calibrada 1μl

N = número de colônias x 1000

N = 100 X 1000 = 100.000 UFC/mL

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• Até 9.000 UFC/mL = Sem significado clínico

• 10.000 a 90.000 UFC/mL = Suspeita de Infecção

• Acima de 100.000 UFC/mL= Indício de infecção

Critérios interpretativos

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Agentes etiológicos da ITU: Escherichia coli, Enterococcus

spp., Proteus spp., Staphylococcus saprophyticus e

Pseudomonas spp.

Bacilos Gram negativos

Identificação microbiológica

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ESPÉCIME GENITAL

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Espécime genital

URINA – Primeiro jato da micção espontânea é utilizado

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• Variedade de bactérias associadas a DST

• Meio seletivo

• Identificação demorada (crescimento lento)

• Biologia molecular (PCR)

Espécime genital

Neisseria gonorrhoeae C. trachomatis

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Treponema pallidum

- Bactéria Gram-negativa

- Grupo espiroqueta

- Agente etiológico da sífilis

- Microrganismo não cultivado em laboratório

- Diagnóstico: microscopia e sorologia (VDRL)

Espécime genital

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ESPÉCIME FECAL

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Grande variedade de bactérias pode causar infecções

gastrointestinais

Espécime fecal

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(evitar alterações ácidas nas fezes – metabolismo microbiano. Tóxicas para

microrganismos como Shigella)

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Espécime fecal – Diagnóstico laboratorial

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